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97 MAIO/2011 CRESCER e Fernanda Carpegiani Edição Thais Lazzeri Reportagem Bruna Menegueço, Cristiane Rogerio ideias para curtir ainda mais os nove meses e o pós-parto FOTO: JAMIE GRILL/GETTYIMAGES Tudo bem tomar remédios se as náuseas estiverem terríveis. Essa é a conclusão de uma re- visão de estudos inglesa, que analisou dezenas de pesquisas e coloca fim à resistência de alguns médicos de medi- car os enjoos. Cerca de 30% das grávidas sofrem de severas náuseas e vômitos e o mal-estar prolongado piora muito a qualidade de vida da mulher, podendo até causar depressão, além de prejudicar a alimentação. “Se o caso for grave, converse com o médico e tome remédios. Eles não oferecem riscos para o bebê, só causam sonolência na mãe”, diz Thomaz Rafael Gollop, especialista em medicina fetal do Hospital Pérola Byington (SP). Os enjoos são mais comuns no primeiro trimestre por conta do alto nível de hormônios, mas podem continuar. Evite ficar mais de duas horas sem comer, alimente-se antes de escovar os dentes e prefira frutas ácidas, como laranja. CHEGA DE ENJOOS

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e Fernanda carpegiani

edição Thais Lazzerireportagem Bruna menegueço, cristiane rogerio

ideias para curtir ainda mais os nove meses e o pós-partoFo

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Tudo bem tomar remédios se as náuseas estiverem terríveis. Essa é a conclusão de uma re-visão de estudos inglesa, que analisou dezenas de pesquisas e coloca fim à resistência de alguns médicos de medi-car os enjoos. Cerca de 30% das grávidas sofrem de severas náuseas e vômitos e o mal-estar prolongado pioramuito a qualidade de vida da mulher, podendo até causar depressão, além de prejudicar a alimentação. “Se o casofor grave, converse com o médico e tome remédios. Eles não oferecem riscos para o bebê, só causam sonolência namãe”, diz Thomaz Rafael Gollop, especialista em medicina fetal do Hospital Pérola Byington (SP). Os enjoos sãomais comuns no primeiro trimestre por conta do alto nível de hormônios, mas podem continuar. Evite ficar maisde duas horas sem comer, alimente-se antes de escovar os dentes e prefira frutas ácidas, como laranja.

Chega deenjoos

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Mãe aos 40,filhos mais saudáveis

Estresse na gravideze infecção na infânciaGrávidas que enfrentaram situações difíceis, como a morte deum parente próximo ou um divórcio, têm mais chances de o filhoter infecções no futuro. o estudo dinamarquês, em que foramanalisados dados de mais de 1,6 milhão de crianças, acompa-nhadas desde quatro semanas até os 15 anos, mostrou que osfilhos daquelas que passaram por forte estresse na gravidezeram 71% mais propensos a ter infecções. uma das explicaçõesé que a mulher, por estar em uma fase delicada, poderia adotarhábitos ruins, como comer mal e fumar, prejudicando o desen-volvimento do bebê. outra é que essas mesmas mulheres, noafã de cuidar muito bem dos filhos, acabam protegendo-os tan-to que eles deixam de entrar em contato com micro-organismose ficam mais suscetíveis a desenvolver alergias, por exemplo.

É isso mesmo. as mulheres que se tornam mães de-

pois dos 40 anos são ainda mais cuidadosas que as

mais jovens e, por conta disso, seus filhos são mais saudáveis,

mostrou um estudo britânico realizado com 38 mil crianças. eles

observaram que, até os 5 anos, os filhos dessas mulheres sofrem

menos acidentes, são internados menos vezes, e com doenças

menos graves, e ainda têm todas as vacinas em dia. as gestantes

com mais de 40 anos costumam colaborar bastante, realizando

todos os exames, comendo corretamente e seguindo as orien-

tações à risca.

fonte: renaTo marTins sanTana, oBsTeTra do seTor de medicina FeTaLda Universidade FederaL de são PaULo

veGan”“Não sou mais

Obesidade x Infertilidademais uma razão para você estar com o peso ideal quando decidirengravidar. uma pesquisa feita com 41 mil britânicas gestantesde apenas um bebê mostrou que as obesas têm o dobro de chan-ces de abortar. o maior problema enfrentado foi a pré-eclâmp-sia, que causa pressão alta e pode levar ao parto prematuro. sevocê engravidou acima do peso, converse com seu obstetra efaça acompanhamento com uma nutricionista.

a atriz natalie Portman – superbadalada este ano por ganhar ooscar de melhor atriz com sua interpretação em Cisne Negro –voltou aos holofotes ao declarar que deixou de ser vegan por es-tar grávida. mas será que é mesmo preciso? não. a dieta vegan(que exclui todos os tipos de carnes, leite e seus derivados) ouvegetariana (não são consumidos carne de frango e de vaca) ésaudável e pode ser mantida, mas alguns cuidados precisam sertomados. o ideal é que a grávida aumente o consumo de proteí-nas encontradas em grãos, como soja, e o consumo de folhas ver-des-escura, ricas em cálcio e ferro. Como as demais gestantes, asque têm uma dieta restrita também precisam de suplementaçãode ácido fólico, ferro e cálcio, além de vitamina B12, importan-te para o desenvolvimento neurológico e sanguíneo do bebê.

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fonte: ana BeaTriz BarreLLa, nUTricionisTa da rGnUTri consULToria nUTricionaL (sP)

fonte: edUardo cordioLi, GinecoLoGisTa e oBsTeTra do HosPiTaL aLBerT einsTein (sP)

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no nossosite antes

você viu

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pré-natal

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gravidez on Broadway

...qUe GrávidasTêm cóLicasÉ muito comum sentir incômodosabdominais, e todos, do mais leveao que provoca muita dor, deve serinformado ao médico. as causasmais comuns são: as contraçõesque o útero fazia todos os mesespara você menstruar permanecemno início da gravidez, a expansãoque ele faz para acomodar o bebêou gases e a constipação intesti-nal. esses são processos naturaise não envolvem riscos. as cólicasque você precisa se preocupar sãoaquelas nas quais, além da dor, hásangramento e uma dor intensaabaixo do ventre, o que pode in-dicar aborto até a 22ª semana ouparto prematuro. não existe umafórmula mágica para preveni-las.evite sobrecarregar o corpo, con-trolando as atividades físicas; façauma dieta rica em líquidos e evitealimentos fermentados, que cau-sam gases.fontes: Lilian de Paiva rodrigues, obstetrada santa casa de são Paulo, e Teresa cristinasouza Barroso vieira, ginecologista e obstetra daUniversidade Federal de são Paulo

me contou...ninguém

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o Rio de janeiro vai receber mais um musical da Broadway,mas esse vem com uma história que é bem, mas bem familiar.Baby, O Musical, conta as aventuras de três casais “grávidos”:o primeiro é formado por jovens universitários que levamaquele susto; o segundo está na faixa dos 35 anos e desejaaquela criança como nunca; e o último tem filhos já grandese é surpreendido pelo temporão. Confira a entrevista comtadeu aguiar, produtor do musical, responsável pela versãobrasileira da peça e um dos atores.Por que vocês acharam que a Peça faria sucessono Brasil? o espetáculo fala dessa magia de termos umanova vida em nossas vidas, desse sentimento maravilhosoque é o de ser mãe, de ser pai, de ser filho, de estar ligadoa uma outra alma. além de ser embalado por uma música

deliciosa, Baby tem a nossa temperatura, a nossa paixão.o Que os tRÊs Casais tÊm em Comum? em todos, a presen-ça de um bebê em suas vidas os conduz a novos horizontese... o que eu acho lindo nessa aventura de ser pai e mãe, omundo se amplia.É mais Para rir ou se emocionar? o espetáculo é puraemoção. tenho absoluta certeza de que o espectador vaiabraçar e ser abraçado pela peça. sem dúvida, o público vaise identificar, se emocionar, rolar de rir e sair da apresenta-ção muito feliz!

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no siteda crescer

Confira aentrevista na

íntegra

Como ela Éa vidaquantos conselhos você já ouviu desde que descobriu que está grávida? e muitos,

acredite, vão tentar animá-la, como: “ele vai aprender a dormir logo”, e por aí vai... a

escritora norte-americana claudine Wolk, mãe de Joseph, 18 anos, casey, 13, e ally,

10, diz que, quando o primeiro filho nasceu, ficou chocada com a dificuldade que ser

mãe exigia. então, decidiu escrever sobre os desafios da sua nova função e, durante

12 anos, entrevistou centenas de mães (e alguns pais) para suas colunas publicadas

no blog help4newmoms.com/wordpress. em 2008, lançou um livro nos estados Unidos

com base nessa pesquisa e agora ele acaba de chegar ao Brasil com o título Vai Ficar

Mais Fácil... e Outras Mentiras que Contamos às Mães de Primeira Viagem (ed. novo

conceito, r$ 19,90). divirta-se com as dicas cheias de bom humor.

você encontradicas práticaspara vencer todosos desafios ecurtir ainda maiso seu bebê

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pergunte tudo

Escrevapara Crescer/Dr. Taborda

Cartas:av. Jaguaré,1485, ceP

05346-902,são Paulo, sP.

E-mail:wtaborda.colunista@

edglobo.com.br

dr.taBorda

resPoNde

Wladimir Taborda Médico ginecologista, obstetra e doutor em Medicina pelaUniversidade Federal de São Paulo. É autor do livro “A Bíblia da Gravidez”

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especialmente do tipo de pele, derme e gordurasubcutânea. O aparecimento na gravidez ante-rior sugere a sua predisposição para o problema.As medidas para prevenção incluem não ganharpeso excessivo ao longo da gravidez e hidratarbastante as regiões de maior acúmulo de gordu-ra, como abdômen, seios e coxas. Se a sua relaçãoentre peso e altura (índice de massa corpórea)for normal, o ganho de peso ao longo da gravidezdeve ficar por volta de 12 kg, mas nunca deve sermenos de 7 kg. Ainda assim, não é possível ga-rantir que não apareçam novas estrias. Utilizarprotetor solar é uma boa medida adicional paraevitar o escurecimento delas.

estou no oitavo mês e ainda ando de moto, na ga-

rupa. Nunca dirigi na gestação nem ando à toa.

Uso somente quando preciso, pois já não tenho muita

disposição para andar a pé e não possuo outro tipo de

condução. Para as grávidas, quais são os riscos? Da-niele Berlofa, TaTuí (SP)

Sofrer um acidente de motocicleta comoito meses de gestação é um grave proble-

ma. Além dos riscos de fraturas, trauma impor-tante e hemorragia materna, também pode ocor-rer descolamento prematuro da placenta, pelotrauma direto no abdômen mais exposto da grá-vida. Todas essas complicações podem ser fataispara mãe e filho. Portanto, recomendo enfatica-mente que não mais utilize a moto como meio detransporte até o nascimento de seu bebê. Prefiraônibus, lotação, carona ou vá a pé, todos meiosmais seguros que a moto.

Vou começar a tentar engravidar e meu médico

me recomendou tomar as vacinas antitetânica e

contra a hepatite B. Fui a um posto de saúde e eles

disseram que não dariam por risco de aborto. meu

obstetra disse que isso é bobagem, mas fiquei apre-

ensiva. ViViane CarValho, Suzano (SP)O seu médico está correto. Somente as vaci-nas de vírus vivo atenuado ou bactéria viva

atenuada, como pólio oral, sarampo, caxumba, rubé-ola, varicela e BCG, são contraindicadas na gravidez.A vacinação contra hepatite B deve ser feita antes dagravidez, como no seu caso, mas também pode ser uti-lizada em gestantes, em casos especiais. O reforço daantitetânica é recomendado a cada dez anos para todosos adultos e também não é uma causa de aborto. Asúnicas vacinas recomendadas rotineiramente para to-das as gestantes são a vacina dupla tipo adulto (difteriae tétano) e a vacina da influenza (gripe), sempre apósa 14a semana de gestação, especialmente no período demarço a julho de cada ano, fase epidêmica da gripe.

Quero engravidar, mas tive estrias demais na

primeira gestação. o que faço para não tê-las

novamente e não aumentar as que eu já tenho? luCi-Vânia, CaiaPônia (Go)

O surgimento de estrias deve-se às ca-racterísticas individuais de cada mulher,

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comportamento

com Noah, que nasceu de28 semanas de gravidez,erika deixou de ser tãoimediatista. “aprendi quetenho que comemorar asvitórias do dia a dia, e quenão é sempre que vou ter ocontrole de tudo”, diz. ele estáinternado há dois meses

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mes que o filho possa precisar. Se existe uma maneirade chamá-las, a melhor é de mães guerreiras.

Erika é uma delas. Ela não esperava que o filho nas-cesse prematuro. O começo da gravidez foi normalmas, no quinto mês, teve sangramentos. Não demo-rou muito para o parto acontecer. Foi preciso fazeruma cesárea de emergência, e ela nem viu seu bebê nasala de parto. Com 585 gramas, Noah foi direto paraa incubadora. Assim como para Erika, a UTI neonatalé algo que muitos pais só descobrem que existe quan-do o filho é internado, como apurou a reportagem deCRESCER ao passar uma tarde em uma UTI neona-tal de uma das maiores maternidades de São Paulo. Agrande maioria dos pacientes é de prematuros (nasci-dos antes de 37 semanas de gestação) – de acordo como Ministério da Saúde, em 2009 eles representaram7% dos nascimentos – ou têm algum problema de saú-de, como imaturidade pulmonar, doenças cardíacascongênitas ou infecções. Os pais de gêmeos são os quemais noção têm dessa remota possibilidade, mas nempor isso é mais fácil lidar com a notícia.

Fátima Ignez Bueno, 42 anos, corretora de imóveis,que fez reprodução assistida para engravidar, tinha cer-teza que os seus bebês iam ser internados. “Os médicossempre me alertaram”, afirma. Ela teve trigêmeos com 31semanas de gravidez: Fernando, Leonardo e

Conheça as emocionantes histórias de

eixar a maternidade sem o filhonos braços foi um dos dias maistristes da vida de Erika de OliveiraPorcaro, 38 anos. “Eu queria des-cer de escada, mas não podia por-que tinha feito cesárea. Então, fuide elevador e, claro, acabei vendoas outras mães (que saíam do hos-pital com as crianças). Foi horrí-

vel.” Noah, que nasceu prematuramente na 28a sema-na, ainda está internado na UTI neonatal do HospitalSão Luiz (SP). Já são mais de dois meses em que Erikaacorda por volta das 6h15 e, com chuva, com sol ou comtrânsito congestionado, entra com o marido no hospi-tal. Ela vai passar o dia ao lado do seu bebê. Esperança,força e determinação são os sentimentos que movemtodos os pais cujos filhos ainda (sim, para eles, rece-ber alta é uma questão de tempo) não puderam sair damaternidade. Com o apoio de amigos, parentes, outrospais que conhecem na própria UTI e da equipe médica,as mulheres – uma vez que os homens precisam voltarmais rapidamente ao trabalho –, enfrentam jornadas demais de dez horas dentro dos hospitais, reorganizam to-da a rotina para passar ainda mais tempo com os bebês(em alguns casos, sem poder pegar o filho nos braços)e aprendem a lidar com inúmeros procedimentos e exa-

guerreirasMães

Por renata Guerra e Thais Lazzeri Fotos Daniela Toviansky

mulheres cujos filhos estão ou já saíram da UTI neonatal e saiba o que você pode aprender com elas

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comportamento

Rafael. “Quando eles nas-cem e você nem os vê, fi-ca aquela sensação de quefalta alguma coisa”, diz,emocionada. “Falta pe-gar, olhar, e como vocêestá com anestesia, nãopode sair do quarto paravê-los na mesma hora.”

Enquanto nos outrosquartos da maternidade pais ebebês ficam juntos pela primeiravez, quem tem um filho prematuroou um bebê que exige cuidados especiaisfica só. Depois que a anestesia do parto cesárea passa(em casos de parto prematuro, especialmente, os mé-dicos acreditam que esse procedimento é mais seguro),a mãe vai em busca do filho.

A UTI onde Fátima e Erika encontraram os filhos écomposta por seis salas, uma ao lado da outra. É comumver pais que estão lá há mais tempo se cumprimentandono corredor. Médicos e enfermeiros também são cúm-plices. “É imprescindível esse contato com os pais”, afir-ma Luiz Carlos Bueno Ferreira, médico responsável pe-la UTI neonatal do Hospital São Luiz, há 39 anos naárea. Com o tempo, conta, cada mãe e cada pai vai setornando especialista no problema do filho.

Os pais têm livre acesso à UTI. Os médicos sabemquão importante a presença deles é para a evolução dobebê. Avós, irmãos da criança ou parentes mais próxi-mos, dependendo de cada caso, têm horários restritose curtos para fazer uma visita. Quando os pais chegampela primeira vez, é preciso sentar com eles e com apsicóloga e explicar tudo referente ao quadro do filho equais são as perspectivas. “Eles já sentem muito estres-se, e essa é uma maneira de minimizar a insegurança”,afirma Felipe de Souza Rossi, médico neonatologistada UTI do Hospital Albert Einstein (SP).

Para poder ver o filho, é necessário vestir um aven-tal, prender o cabelo, lavar as mãos e não usar relógios(celular é terminantemente proibido!). Ao lado de cadaincubadora, em muitas UTIs, fica uma ou duas cadei-ras, para a mãe e para o pai. Se quiserem, podem passara noite lá. Na hora de pegar os bebês, higienizam-se asmãos de novo com álcool em gel. A equipe médica tam-bém segue procedimentos. A regra de ouro é: manipu-lar o bebê o menor tempo possível. Tudo é feito muitorápido, como trocar medicação ou realizar um exame.

Apesar dessa movimen-tação, o ambiente é bas-tante silencioso. Os pou-cos sons que se ouve sãoo apito do aparelho dosbatimentos cardíacos, ochoro das crianças ou asmães conversando com

elas. Livros e uma pelúciasão permitidos (para que ele

fique dentro da incubadora, épreciso embalar em um plástico)

e apenas quem está com o filho noisolamento pode levar música. Também

ouve-se a troca de histórias e conselhos entre uma mãee outra. “O papel das outras mães é muito importan-te. Talvez o que meu filho esteja vivendo agora, o fi-lho de outra mãe já tenha passado. Você vê o progres-so dos outros, e pensa que o seu também pode chegarlá”, afirma Fátima.

uma nova rotinaSe o bebê for prematuro, muitas vezes é possível apenastocá-lo com as mãos, por orifícios da incubadora. A ali-mentação é feita por uma sonda (chamada de nutriçãoparenteral), com leite da mãe, e pode ser complementa-da com fórmula. Conforme a criança vai crescendo, ga-nhando peso e melhorando, aos poucos os médicos vãoliberando pequenos privilégios que, para qualquer ou-tro pai, seria rotina, como segurar o filho no colo. “Pegopouco eles, mas falo sempre com meus bebês. Quandocheguei aqui, expliquei que eles iam ficar numa casi-nha. Conto notícias, canto músicas, falo dos avós e oque tiver que fazer eu faço”, afirma Fátima.

Com ajuda da equipe de enfermagem, as mãesaprendem a trocar fralda e a ordenhar no banco deleite que, em geral, os hospitais possuem para facili-tar o dia a dia delas. Outra atividade é o método can-guru, em que alguns bebês podem ficar junto ao pei-to dos pais dentro da UTI..Acontece troca de calor, acriança que faz se desenvolve melhor e o método dámais segurança para o bebê e para os pais. No Bra-sil, essa é uma política pública desde 2000.

Perto da UTI, geralmente fica o espaço carinhosa-mente chamado de “conforto das mães”. Nessa sala,com iluminação indireta, a TV fica sempre ligada emum volume baixo, mas nunca ninguém olha com mui-to interesse. Também há um nicho com

Onde fica O bebêo cantinho do bebê prematuro éa incubadora. a temperatura ali

dentro varia de acordo com o peso decada criança, mas está próxima dos36,5º. aparelhos para oxigenaçãoe para medir a frequência cardíacasão o mínimo que um bebê vai ter.se ele precisar, pode ser colocado

no que afere a pressão arterial, umventilador mecânico para ajudá-lo a respirar, acesso venoso etc.

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Fátima, mãe dostrigêmeos (nas fotos),

não se lamenta nafrente dos filhos.Quando tem que

chorar, é nos ombos domarido que encontra

consolo. “os bebêsprecisam de uma mãe

forte. o adulto nãopode estar aqui caindo

aos pedaços”, afirma

Quem é Que cuida......do bebê: além do pediatra neonatologista e da equipe de enfermagem, ele também é atendidopor fonoaudiólogos e fisioterapeutas, que o ajudam a aprender a respirar e a mamar, por exemplo.Com as enfermeiras, as mãe aprendem a trocar as fraldas, cuidar da higienização etc;...da mãe: muitas UTIs têm uma sala específica para acomodar as mães. No Hospital São Luiz, na salado conforto das mães (onde pai não entra), acontecem sessões de massagens e musicoterapia a cada 15 diaspara ajudá-las a relaxar um pouco. Os psicólogos passam todas as manhãs. A mãe pode procurá-los ou aequipe de enfermagem ou médica pode indicar algum caso, como os mais graves ou quando uma mãe queestava bem passa a assumir uma postura depressiva.

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comportamento

Quando regianedescobriu, na gravidez,a doença de Daniel, osmédicos disseram queele teria 15 minutos devida depois de nascer.o bebê completou6 meses no mês demarço. “com ele, metornei uma pessoamelhor, mais humilde”

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armários para que cada uma guarde seus pertences.Ali elas descansam, compartilham experiências e co-memoram a conquista do próprio filho e também dofilho das amigas – o progresso dos outros bebês fun-ciona como estímulo. No dia em que a reportagemda CRESCER visitou a UTI neonatal do Hospital SãoLuiz, Noah, o bebê de Erika, tinha engordado 20 gra-mas – e ela ligou para o marido e dividiu a alegria comquem estava presente. Não é raro que uma mãe quechegue mais tarde saiba por intermédio de outra, pe-lo celular, que o filho está bem, por exemplo. A quan-tidade de bebês prematuros com sequelas graves ouque não conseguem sobreviver é pequena. No Hos-pital São Luiz, a taxa de sobrevida da UTI neonatal écerca de 95% para recém-nascidos abaixo de 1,5 quilo.No Albert Einstein, 5% acabam tendo alguma seque-la. E esses índices são considerados excelentes.

ajuda valiosaAs mães da UTI estão sempre sendo acolhidas. Sejampelas outras mães, pela fé, pelo especialista respon-sável por aquele bebê (cada criança tem seu própriomédico), pelos enfermeiros ou pelo marido, como nocaso de Ana Paula Gonçalves Palma, 32 anos, procu-radora federal. No fim do dia, assim que sai do traba-lho, ele passa quatro horas ao lado da mulher e das fi-lhas Beatriz (que teve alta durante a realização destareportagem) e Gabriela, internada desde 28 de janei-ro. “Quando elas nasceram prematuras, ele tirou fé-rias para ficar com a gente. Não sei o que faria sem oapoio dele”, afirma Ana Paula, que fica 15 horas pordia na UTI. Ela lembra, emocionada, como toda es-sa rede de apoio é importante. “Uma das enfermei-ras, que adora a Gabi, trocou de plantão e trabalhoudobrado para ficar com minha filha porque ela tinhaadoecido. Isso foi especial para nós”, diz.

Assim como Ana Paula, muitas mães estão de licen-ça-maternidade e conseguem permanecer ali o dia to-do. Eliana Bragatto, 47 anos, professora de educaçãofísica e mãe de Olivia e Luca, 2 meses, precisou fazerum revezamento com a avó das crianças porque, com30 semanas, Luca nasceu muito pequeno (640 gramas)e não recebeu alta junto com a irmã. “De manhã fica-va em casa com ela. À tarde, ia para o hospital. Quan-do estava com um, me sentia culpada por deixar o ou-tro. Nunca é o ideal”, diz. Algumas mulheres, quandoo filho não melhora no ritmo que imaginavam, abremmão do trabalho para acompanhá-lo – outra opção é

pedir afastamento temporário após o fim da licença,mediante atestado médico comprovando a internaçãodo bebê. A contadora Regiane Alves, 38 anos, mãe deGabriela, 10 anos, e Daniel, 6 meses, decidiu parar. Elasoube na gravidez que o menino tinha problemas gra-ves na formação óssea. Os médicos acreditavam que eleviveria por 15 minutos. Daniel está internado há 195dias. “Nunca ficamos nos lamentando em cima dele.Sempre fico dizendo: ‘Dani, você vai melhorar’. Pas-saria tudo de novo para ser a mãe dele”, afirma. A fi-lha, Gabi, visitou o irmão três vezes. “Ela sabe de tudoo que acontece”, diz.

tudo é comemoradoO universo da UTI neonatal é repleto de simbolismo.No Dia dos Pais ou das Mães, as enfermeiras colocambilhetes com o nome do filho na incubadora ou no ber-cinho (quando a criança já está com uma condição desaúde melhor, é para lá que ela vai). Quando o bebêcompleta um, dois ou mais meses de vida, elas enchemum balão para lembrar que ele venceu mais uma eta-pa. Cada passo é festejado. “A minha maior emoção équando ele sorri. Eu costumo dar muita risada, e se eleme ouve rindo, sorri de volta também. Eu sei que é umespasmo, que de verdade ele não está sorrindo, mas émaravilhoso de se ver. Eu coloco a mão no rostinho de-le e ele dá aquela risada”, afirma Erika.

Apesar desse clima de comemoração, nenhum paifala sobre o dia da alta. “Isso é uma coisa que nuncaperguntei. Gera uma ansiedade muito grande. Já ou-vi que tem mãe que ficou seis meses, e achei muitotempo, e tem gente que fica só um dia. Então, paramim, é o tempo que precisar ficar”, diz Fátima.

O sonho de cada uma dessas mães, claro, todos nósimaginamos. Camilla Gorgonne, 25 anos, professora,não se esquece do dia que o realizou. Ela levou Rena-to, hoje com 1 ano e 5 meses, para casa, depois de qua-se um mês de internação. “Ele não estava com a rou-pinha que eu tinha comprado para ser a da saída damaternidade, mas nem me importei. Ele estava lin-do!” Em alguns hospitais, quando o bebê ganha alta,naquele corredor que leva até a UTI, por onde os paispassam todos os dias, forma-se uma fila com quemestiver por ali: é o corredor dos aplausos. A enfermei-ra que cuidou daquele bebê passa por todas essas pes-soas com a criança no colo até chegar aos pais. Du-rante o trajeto, o bebê recebe uma salva de palmas ede boas energias para começar uma nova vida.

fontes: BruNamariaNe saLLeNiricco, eNFermeiraDo HosPiTaL sãoLuiz (sP); eLisaauGusTa Desouza Tavares,coorDeNaDoraDas áreas DecoNTeNciosoe coNsuLTivoTraBaLHisTa ePreviDeNciárioDo seviLHa,aNDraDe, arruDaaDvoGaDos;eLsa GiGLiuaNi,coorDeNaDora Daárea TécNica DasaúDe Da criaNçae Do aLeiTameNTomaTerNo DomiNisTério DasaúDe; FerNaNDoPiFFer, aDvoGaDoDo escriTórioFerNaNDo QuérciaaDvoGaDosassociaDos;João FrazioJúNior, méDicoresPoNsáveL PeLauTi NeoNaTaL DoHosPiTaL saNTacaTariNa (sP);reNaTa PereiracoNDes, PsicóLoGa,Da uTi NeoNaTaLDa saNTa casaDe são PauLo

no siteda crescerVeja mais casos

de famíliasbatalhadoras.Você tambémteve um filho

que nasceu antesda hora? Mande

sua história

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112c r e s c e r m a i o / 2 0 1 1

Cadeirinha, berço portátil, banheira e carrinho. Mais cedo ou maistarde, você precisará comprá-los e a escolha diante de dezenas deopções pode não ser tão simples... Aqui, contamos o que observarquando for às lojas e selecionamos os três melhores produtos decada item inspirados nas categorias das passagens aéreas: primeiraclasse, executiva e econômica Por Thais Lazzeri Foto Guto seixas Produção Fátima santos

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CoMo é que seescolhe tudo isso?

Lays vesTe blusa elegging nutrisport.

colete mammyGestante. sapatilhaLuiza Barcelos. os

produtos são da lojaBicho Papão

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1 1 3

cadeirinhaA primeira regra é: todas devem ter, obrigatoria-

mente, o selo do Inmetro.Antes de se apaixonar por algum modelo, faça o

teste e veja se ele cabe no seu carro.Compre em um lugar que, de preferência, faça

ou ensine a fazer a instalação.A indicação de peso e/ou idade precisa ser compa-

tível com as medidas do seu filho. Prefira as que com-portam mais quilos, porque aí a vida útil da cadeiri-nha será maior – em geral, todas que acompanham ocrescimento da criança possuem algum tipo de adap-tação para cada fase do desenvolvimento dela.

Conforto também é um item essencial. Veja se acadeirinha tem a superfície macia e aconchegante.

Se não vier com encosto de cabeça, você pode com-prar um. Ele não vai deixar seu bebê mais protegido,mas serve como apoio para quando a criança dormir.

O tecido deve sair por completo para limpeza,que pode ser feita com água e sabão neutro.

Veja se a cadeirinha pode ser presa pelo cintode três pontos para ficar na posição correta (decostas para o painel do carro até a criança com-pletar 1 ano ou ter dez quilos).

Tudo o que você precisa saber sobre:item por item

BanheiraFique de pé ao lado da banheira. Ela deve estar

na altura da sua cintura – acredite, suas costas vãoachar isso ótimo.

É melhor que tenha um cesto, em uma das late-rais, que acomode os itens que vão ser usados, e es-paço para pendurar a toalha. Tudo isso facilita ahora do banho.

Compre apenas os modelos que venham commangueira – ser fácil de esvaziar é um item pri-mordial. Quando acabar o banho, você pode libe-rar a água e trocar seu filho no mesmo instante.

Ter encosto antiderrapante para o bebê é melhorpara você do que para o seu filho: isso deixa os paismais seguros na hora de dar banho.

Se vier com um brinquedo (ou se for comprar al-gum), ele precisa ter o selo do Inmetro.

Berço portátilTem que ser fácil para montar e desmontar. Por

isso, faça o teste na loja – não, o vendedor não podefazer isso por você.

A altura deve ser de, no mínimo, 60 cm – pa-ra a criança não sair do berço sozinha – e, nomáximo, de 1,5 m. O berço precisa ter duas re-gulagens de altura: uma para quando o bebê épequeno (com cerca de seis quilos, mas a indica-ção varia de acordo com o fabricante) e a outrapara quando ele crescer.

Procure por cestos nas laterais. Quando vocêviaja com o bebê, pode ser difícil acomodar os brin-quedos e alguns produtos, como fraldas. Esses com-partimentos funcionam superbem.

Na hora de testar o colchão, preste atenção porquenão pode existir frestas entre o colchão e as laterais.

Se tiver tela transparente em todos os lados é me-lhor, porque aí você vê seu filho de qualquer ângulo.

Escolha um que venha com trocador.É indicado ter mosquiteiro.As rodas precisam ter travas.

carrinhoO modelo guarda-chuva é o mais fácil para mon-

tar e desmontar e cabe em um porta-malas peque-no – se ficar em pé quando fechado, melhor ainda.

Prefira os de alumínio, que são mais leves.Quanto mais posições para reclinar, melhor.É necessário ter o cinto de cinco pontos.Um cesto (porta-treco) espaçoso na parte de baixo

é legal para acomodar suas coisas e as do bebê. Ces-tos na parte de trás do assento não são indicados por-que podem desestabilizar o carrinho.

Precisa ser fácil retirar todo o tecido para a lim-peza (use sabão neutro).

Rodas grandes dão mais estabilidade para andarem calçadas cheias de armadilhas, e todas devemter travas de segurança.

A criança não pode alcançar o sistema que armae desarma o carrinho, e as dobradiças precisam tercapa de segurança.

As cores A seu fAvorTons neutros são ótimosporque você pode usar o

mesmo produto se tiver outrobebê – e as cores escuras

escondem as manchas(de comida, de leite...) quecertamente vão aparecer.

fontes:aLessandra

Françoia,coordenadorada onG criança

seGura, uma dasmais resPeiTadas na

área de seGurançado País, e Leonardo

rocha, GerenTesuBsTiTuTo

da divisão deProGramas de

avaLiação daconFormidade do

insTiTuTo nacionaLde meTroLoGia,normaLiZação

e QuaLidadeindusTriaL.

Mães: crisTianesanTos BLanch,32 anos, mãe de

Fernanda, 3 anos e6 meses, e rodriGo, 1mês; eLaine crisTinaFernandes, 29 anos,

mãe de soPhia,7 meses; JuLiana

oLiveira, 32 anos,mãe de João, 1 ano;

vanessa miLLer,40 anos, mãe de

dominiQue, 4 anos, enicoLe, 1 ano

e 7 meses

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c r e s c e r m a i o / 2 0 1 11 1 4

cADeIrInHA BAnHeIrA

Primeiraclasse

executiva

econômica

de tecido dry feet,

superconfortável, possui

isolante térmico – o calor

do carro não passa para a

cadeirinha. Tem almofadas

acolchoadas para acomodar melhor o bebê. À medida

que ele for crescendo, você pode retirá-las (veja

instruções do fabricante). reclinável em quatro

posições e possui ombro elevado para casos de

batida brusca. Para crianças com até 18 quilos. Tem

57,5 cm de largura (frente) x 62,5 cm de altura.

enxoval

proXimA, da chicco

Preço: r$ 799

vem com uma base embaixo

que faz com que a cadeirinha

fique bem reclinada para

o recém-nascido – são três

posições no total. Possui

capinhas acolchoadas e protetor de cabeça e de

ombros. um botão na base permite expandir ou

reduzir o espaço entre as laterais, e o encosto para

a cabeça também é ajustável. acompanha a criança

até que ela alcance 36 quilos. Tem 50 cm de largura

x 60 cm de altura.

sAVile mAX, da infanti

Preço: r$ 589

Neo mAtriX, da Burigotto

Preço: r$ 468

Tem uma barra frontal

removível, localizada acima

dos pés do bebê, para você

fixar bem a cadeirinha

no carro e uma capinha

acolchoada, além de dois protetores removíveis e

adaptáveis à cabeça da criança. um porta-copos pode

ser anexado no lado direito ou esquerdo da cadeirinha.

reclinável em três posições. Para crianças com até

25 quilos. Tem 49 cm de largura x 65 cm de altura.

Tem duas funções: de um lado (o

que você vê na foto) há um apoio

para bebês que não conseguem

sentar sozinhos e, do outro lado,

para os que já sentam – ambos

têm assento com borracha

antiderrapante. vem com termômetro digital adesivo.

Tem 30 cm de largura x 93 cm de comprimento x 53 cm

de altura. Para bebês com até 13 quilos. dimensões do

suporte com protetor de plástico: 85 cm de altura x 74

cm de largura x 70 cm de comprimento.

ipANemA, da Burigotto

Preço: r$ 195

Possui trocador totalmente

emborrachado (fácil de limpar)

que, na hora do banho, deve ser

levantado e posicionado ao lado

da banheira, de pé. acompanha

assento antiderrapante para

recém-nascidos, porta-toalhas

e cesto com três divisórias para colocar os produtos

de higiene do bebê. estrutura em aço. Para crianças

de até dez quilos. Tem 99 cm de altura x 72 cm de

largura x 83 cm de comprimento.

rÍGidA, da Galzerano, com

suporte vendido à parte.

Preço: r$ 47,90 e r$ 49,90,

respectivamente

é bem leve e cabe dentro de um

box de banheiro pequeno. Tem

espaço para duas saboneteiras.

outros produtos, como xampu,

precisam ser alocados em

outro lugar. Para crianças de até 15 quilos. a banheira

tem 19 cm de altura x 45 cm de largura x 75 cm de

comprimento. o tamanho do suporte é variável.

oNdA eVolutioN, da BBtrends, com suporte vendido à

parte. Preço: r$ 299 e r$ 199, respectivamente

FoT

os:

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que faz com que a cadeirinha

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1 1 5

totALBerÇo PortÁtIL

r$ 3.956

r$ 2.682

r$ 1.343

liViNG, da chicco

Preço: r$ 1.990

o assento é reversível, dá para

caminhar com seu bebê de

frente para você. Tem capota

com extensor (que é guardado

na própria capota e cobre muito

bem o bebê), apoio para os pés

regulável (em três posições) e, se

inclinado, forma uma espécie de bercinho. de alumínio,

fica em pé quando fechado. vem com cobre-pernas,

bolsa com trocador e capa de chuva. Para bebês de

até 15 quilos. Fechado, tem 96 cm de altura.

o assento muda de posição,

assim, seu filho fica de frente

para você. a alça para empurrá-

lo pode ser elevada e há três

posições de assento. vem com

capota extensível, capa para

os pés, pedana traseira antiderrapante (ali, de pé, pode ir

uma criança de até 20 quilos), protetor frontal que pode

ser aberto de um lado para você retirar o bebê facilmente

e freios conjugados. de alumínio, fica em pé quando

fechado (tem 103,5 cm). Para crianças de até 15 quilos.

pliKo sWitch, da Peg-Pérego,

by Burigotto Preço: r$ 1.399

cAGliAri, da infanti

Preço: r$ 399

de alumínio, é muito fácil de

fechar: basta empurrar a trava

com o pé. são quatro as posições

de recline. a parte onde fica os pés

é retrátil. Quando fechado, forma

um berço para o recém-nascido.

a capota, com extensor, vem com

trava na parte de fora. Tem alças

ergonômicas e rodas grandes.

Para crianças de até 18 quilos. Fechado, mede 110 cm.

Quando o bebê é pequeno (até

6,5 quilos), a parte de baixo

do berço funciona como um

armário, com divisórias (acesso

por um zíper na lateral). Possui

um aparelho que emite música

e luz e outro que vibra no colchão com timer. vem com

trocador (comporta até 11 quilos). Para crianças de até 15

quilos – a bolsa para carregar tudo tem opção de abertura

para as rodinhas. Quatro lados com tela. Tem 104 cm de

largura x 73 cm de comprimento x 91 cm de altura.

além do trocador (que

comporta até 11 quilos), vem

com moisés (para 6,8 quilos)

e um cesto espaçoso na

lateral. Tudo é desmontável.

Possui um aparelho, anexado

à lateral do berço, que funciona como caixa musical e

abajur (ótimo para trocar o bebê à noite), e outro que

vibra no colchão ou no moisés com timer. Quatro lados de

tela. Para crianças de até 15 quilos. Tem 102 cm de largura

x 73 cm de comprimento x 85 cm de altura.

tito, da infanti

Preço: r$ 379

Bem fácil de montar e

desmontar. vem com

trocador com cinto de

segurança, sacola lateral

para guardar objetos

e mosquiteiro. Tem telas em duas laterais. Para

crianças com até 17 quilos ou 93 cm de altura.

dimensões: 75 cm de largura x 106 cm

de comprimento x 77 cm de altura.

NApper, da Graco, by Girotondo

Preço: r$ 499

coNtour storAGe, da Graco, by Girotondo

Preço: r$ 669

1

1

* crItÉrIos De seLeÇão: ser conForTáveL, comPacTo, Leve, seGuro,esPaçoso e Ter FechamenTo Guarda-chuva

* crItÉrIos De seLeÇão: ser comPacTo, FáciL de Fechar, TerTrocador e duas reGuLaGens de aLTura

o assento é reversível, dá para

frente para você. Tem capota

com extensor (que é guardado

na própria capota e cobre muito

bem o bebê), apoio para os pés

regulável (em três posições) e, se

inclinado, forma uma espécie de bercinho. de alumínio,

com o pé. são quatro as posições

de recline. a parte onde fica os pés

é retrátil. Quando fechado, forma

a capota, com extensor, vem com

trava na parte de fora. Tem alças1

cArrInHo

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