Prefeitura deve se preocuparsaber que uma seringueira é ca-paz de reter uma tonelada de CO²...

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Ano X1 - nº 11 Jan/Fev/Mar 2013 NESTA EDIÇÃO Que bom! Os novos subprefeitos da Sé e da Lapa vieram ao encontro dos moradores do Pacaembu. Página 2. Alerta! No escuro da noite você pode ser surpreendido por um homem que se atira sobre os carros. Página 2. Árvores! São retiradas, caem, trazem prejuízo, mas a Praça Barry Parker vai ser recuperada. Página 3. Que tal passear pelo bairro com o olhar do turista? Veja o roteiro sugerido. Páginas 4 e 5. Pedro é o urbanista que mora no Pacaembu. Conheça-o. O casal que retoma a vida em São Paulo escreveu a Carta do Leitor. Página 6. Sabia para onde vai o lixo reciclável recolhido em nossas casas. A coluna da Cia City também está presente. Página 7. Prefeitura deve se preocupar com moradores indesejados Há vizinhos que são bem vindos, recebidos com sorriso, cafezinho e bolo quente. Ou- tros vêm atrás dos restos do bolo e provo- cam gritos e arrepios: são as espécies sinan- trópicas. Conhecidas como pragas urbanas, sinan- trópicos são animais indesejados que vi- vem próximos ao homem. Ratos, pombos, baratas, formigas, mosquitos, pernilongos, pulgas, cupins e morcegos entre outros vêm em busca de abrigo e alimento que descui- dadamente a população oferece. Em troca, trazem mais sujeira, doenças e prejuízos. Francesinha não é charmosa, mas é a avas- saladora barata mais comum entre nós: por onde passa, contamina. De hábitos noturnos, o rato procria rapidamente e se alimenta do lixo, da ração e das fezes de cães/gatos, ricas em nutrientes. Diurno, o pombo chega a ter 6 ninhadas por ano e são suas fezes secas que transmitem do- enças ao homem; não alimentá-los é uma forma de mantê-los à distância. Morcegos são migrantes mais recentes que habitam as copas das árvores. As árvores também são atacadas por cupins tanto quanto a madei- ra do telhado, rodapés, móveis... A invasão do momento sentida no Pacaembu é a de pernilongos que têm infernizado dia e noi- te a população! E a dengue, que em 2012 registrou sua presença com vários casos no bairro... É uma questão de saúde pública a boa con- servação das praças e galerias da cidade. O piscinão do Pacaembu é eficiente tanto na prevenção de enchentes como criadouro destes animais - segundo se apurou, há na Prefeitura a previsão (sem data) de limpeza da área sob a Praça Charles Miller. Livrar da sujeira os bueiros é importante para evitar o aumento desses “moradores” – o site da Prefeitura indica ações feitas nes- te ano só nas galerias e ramais das avenidas Pacaembu, Sumaré e das ruas Angatuba, Cardoso de Almeida, Itapicuru. É muito pouco! O descuido visível no Cemitério do Araçá também colabora para a proliferação dessas pragas. Pequenos besouros que infestam o Cemitério migram para as casas do entorno - esses animais pertencem à espécie Necro- bia ruficollis, identificada pelo IPT - e são de difícil combate. A população tem que fazer a sua parte e cuidar da intimidade da sua casa. À Pre- feitura cabe o zelo pelo macroambiente do bairro. As ações têm que se estender ao lon- go do ano todo, pois a prevenção deve se dar desde o início do inverno, época em que a maioria dos filhotes é gerada. Assim, o ve- rão fica mais agradável e despreocupado. Telefone de contato: 156 (PMSP). Quanto mais protocolos abertos houver, mais rápida será a solução. Cláudia Sodré

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Ano X1 - nº 11 Jan/Fev/Mar 2013

NESTA EDIÇÃO

Que bom! Os novos subprefeitos da Sé e da Lapa vieram ao encontro dos moradores do Pacaembu. Página 2.

Alerta! No escuro da noite você pode ser surpreendido por um homem que se atira sobre os carros. Página 2.

Árvores! São retiradas, caem, trazem prejuízo, mas a Praça Barry Parker vai ser recuperada. Página 3.

Que tal passear pelo bairro com o olhar do turista? Veja o roteiro sugerido. Páginas 4 e 5.

Pedro é o urbanista que mora no Pacaembu. Conheça-o. O casal que retoma a vida em São Paulo escreveu a Carta do Leitor. Página 6.

Sabia para onde vai o lixo reciclável recolhido em nossas casas. A coluna da Cia City também está presente. Página 7.

Prefeitura deve se preocupar com moradores indesejados

Há vizinhos que são bem vindos, recebidos com sorriso, cafezinho e bolo quente. Ou-tros vêm atrás dos restos do bolo e provo-cam gritos e arrepios: são as espécies sinan-trópicas.

Conhecidas como pragas urbanas, sinan-trópicos são animais indesejados que vi-vem próximos ao homem. Ratos, pombos, baratas, formigas, mosquitos, pernilongos, pulgas, cupins e morcegos entre outros vêm em busca de abrigo e alimento que descui-dadamente a população oferece. Em troca, trazem mais sujeira, doenças e prejuízos.

Francesinha não é charmosa, mas é a avas-saladora barata mais comum entre nós: por onde passa, contamina. De hábitos noturnos, o rato procria rapidamente e se alimenta do lixo, da ração e das fezes de cães/gatos, ricas em nutrientes. Diurno, o pombo chega a ter 6 ninhadas por ano e são suas fezes secas que transmitem do-enças ao homem; não alimentá-los é uma forma de mantê-los à distância. Morcegos são migrantes mais recentes que habitam as copas das árvores. As árvores também são atacadas por cupins tanto quanto a madei-ra do telhado, rodapés, móveis... A invasão do momento sentida no Pacaembu é a de pernilongos que têm infernizado dia e noi-te a população! E a dengue, que em 2012 registrou sua presença com vários casos no bairro...

É uma questão de saúde pública a boa con-

servação das praças e galerias da cidade.

O piscinão do Pacaembu é eficiente tanto na prevenção de enchentes como criadouro destes animais - segundo se apurou, há na Prefeitura a previsão (sem data) de limpeza da área sob a Praça Charles Miller.

Livrar da sujeira os bueiros é importante para evitar o aumento desses “moradores” – o site da Prefeitura indica ações feitas nes-te ano só nas galerias e ramais das avenidas Pacaembu, Sumaré e das ruas Angatuba, Cardoso de Almeida, Itapicuru. É muito pouco!

O descuido visível no Cemitério do Araçá também colabora para a proliferação dessas pragas. Pequenos besouros que infestam o Cemitério migram para as casas do entorno - esses animais pertencem à espécie Necro-bia ruficollis, identificada pelo IPT - e são de difícil combate.

A população tem que fazer a sua parte e cuidar da intimidade da sua casa. À Pre-feitura cabe o zelo pelo macroambiente do bairro. As ações têm que se estender ao lon-go do ano todo, pois a prevenção deve se dar desde o início do inverno, época em que a maioria dos filhotes é gerada. Assim, o ve-rão fica mais agradável e despreocupado.

Telefone de contato: 156 (PMSP). Quanto mais protocolos abertos houver, mais rápida será a solução.

Cláudia Sodré

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Segurança

Alerta! Andarilho dá susto em motoristasExiste um morador em situação de rua que vem trazendo trans-torno às pessoas que circulam à noite pelo bairro do Pacaembu e adjacências.

Dono de uma vasta cabeleira, barba e trajando um paletó grande e escuro, perambula pela região há bastante tempo. Já é conhecido de muitos.

O que tem chamado a atenção é que, ultimamente, ele tem se “lançado” sobre os carros em movimento nas avenidas e ruas de tráfego intenso, sempre à noite – já houve relatos de acontecimen-tos na Pacaembu, Sumaré e Cardoso de Almeida, às 20h, às 2h e às 4h da madrugada... A sua forma de atuação tem pouca varia-

ção: fica à espreita num canto da calçada ou atrás das lixeiras e, quando o carro se aproxima, joga-se sobre o veículo em atitude agressiva. Surpreendido, o motorista vira a direção bruscamen-te para desviar ou breca rapidamente para evitar atropelá-lo, po-dendo dessa maneira ocasionar um acidente e colocando em risco vários inocentes. Eventualmente, o homem lança algum objeto, porém invariavelmente pragueja.

Pouco é o que o cidadão pode fazer a não ser ligar imediatamen-te para a PM do bairro pedindo para resgatar o sujeito (Fone: 38622887)

Cláudia Sodré

Reunião mensal - palco de manifestações dos moradores

Como a maioria sabe, nossas reuniões gerais são realizadas men-salmente e a partir da nossa gestão, elas passaram a ter temas es-pecíficos.

Na edição de janeiro, tivemos a presença dos subprefeitos da Lapa e Sé, recém-nomeados por Fernando Haddad. A comunidade do Pacaembu pôde conhecê-los e discutir alguns assuntos emblemáti-cos da nossa região. Compareceram mais de 60 pessoas e foi mui-to proveitoso. O Sr. Marcos Barreto (Sé) e o Sr. Ricardo Pradas (Lapa) mostraram disposição em estudar e, dentro do possível, atender as demandas dos moradores.

Já no encontro de fevereiro, abordamos um assunto importante: as calçadas. Contamos com a presença da Sra. Maria de La Asun-cion Blanco, moradora do bairro e militante há anos nas nossas questões. Ela explanou sobre o tema, apontou o descaso com o pe-destre e nos deu dicas de como nos precavermos contra as multas que a Lei impõe para o passeio irregular.

Fiquem atentos às próximas reuniões. Teremos pautas interessan-tes e assuntos variados, desde Defesa do Consumidor, até Segu-rança Pública e trânsito. Pretendemos ter sempre a participação de um especialista na área. Traga suas dúvidas para a discussão. Vamos, também, bater um papo sobre as questões do Pacaembu e conhecer nossos vizinhos. Afinal, o Pacaembu somos todos nós.

Rodrigo Mauro

Editorial

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3www.vivapacaembu.com.br

A árvore da Rua UbatubaFoi decisão polêmica, mas chegou-se ao consenso entre moradores e agrônomo na reunião mensal: a árvore precisava ser re-movida. Foi um trabalho demorado, mas logo que a calçada for refeita, o pedestre poderá circular por ali com tranquilidade. Nova árvore, mais adequada à região ur-bana foi plantada nas adjacências.

A árvore da Gustavo TeixeiraSem poda de manutenção, sem cuidados fitossanitários adequados, a árvore caiu! Por sorte não matou ninguém, mas o car-ro foi bem danificado. O proprietário do veículo pode acionar a Prefeitura por per-das e danos, mas bom mesmo seria se tais eventos não mais ocorressem no bairro. Tempos atrás a queda de uma árvore ma-tou um motociclista na Avenida Sumaré. Se você notar problemas com alguma ár-vore na vizinhança solicite à subprefeitura que verifique a necessidade de poda ou tratamento.

Terrenos sujosRatos, baratas e várias outras pragas urba-nas proliferam-se rapidamente em locais com acúmulo de lixo, restos de constru-ção, madeira velha, papéis, detritos vários.Infelizmente isso acontece no nosso bair-ro, seja em terrenos vazios, seja em lotes habitados ou mesmo nas praças. No ter-ceiro caso, só resta acionar a subprefeitura e aguardar a limpeza. Mais difícil é quan-do se trata de imóveis particulares. Ainda bem que a Vigilância Sanitária, receben-

do denúncia, tem poder para aplicar mul-tas pesadas aos proprietários.

Árvore retirada, transeuntes tranquilosHavia uma árvore na rua Tácito de Al-meida, em frente ao número 133, que foi danificada por um caminhão e metade do seu tronco exposto foi devorado pelos cupins, impondo reisco de queda iminente sobre os passantes. Feita a queixa na Su-bLapa pela representante da rua Macaé, a solicitação foi prontamente atendida. Nosso agradecimento ao Sr. Ricardo Pra-das e à engenheira agrônoma Cyra.

A Praça Barry Parker é do povoComo combinado com o subprefeito da Sé Marcos Barreto na reunião mensal de janeiro, o engenheiro Fabrício compare-ceu ao encontro com o grupo de morado-res do Pacaembu para verificação do deck de madeira da Praça Barry Parker que está todo deteriorado. Falou das diversas soluções possíveis, umas mais rápidas, ou-tras mais caras e demoradas. Temos a cer-teza de que irá encaminhar e acompanhar o processo de reforma da melhor forma para todos nós. Valeu!!!

Fique atento. Muito atento!Se você ainda não viu, fique atento que pode dar de frente com ele a qualquer mo-mento! Há um morador em situação de rua, que circula pelo nosso bairro e ines-peradamente joga-se na frente dos carros em movimento. Coloca em risco a própria vida, a vida de quem está no carro, de quem vem atrás... e até de quem caminha pela calçada. Levamos o caso ao Subpre-feito da Lapa, e parece que não há muito que fazer. Admire-se!!! Resta-nos estar muito atentos.

Novos SubprefeitosJá temos novos subprefeitos tanto na Sé como na Lapa. Administrando a região da Sé está o Senhor Marcos Barreto, que salientou para os moradores do bairro tombado do Pacaembu seu objetivo de fortificar a interação com a comunidade. Pela Lapa, também o Senhor Ricardo Airut Pradas pretende fazer chegar à Pre-feitura a voz da comunidade e reconhece que isso é um desafio. Sejam bem vindos e desejamos que executem um bom traba-lho pela cidade.

Ciclovia da Av. SumaréO mesmo espaço ocupado por pedestres e ciclistas torna o passeio pelo canteiro cen-tral da avenida bastante perigoso. Faz-se necessário encontrar uma forma segura de atender os dois públicos sem riscos. Sa-bemos da morosidade de se providenciar mais um espaço no local. Pensamos que, só nos finais de semana - quando o movimento de veículos é menor e o trânsito de pessoas a pé e de bicicleta aumenta -, provisoriamente, poder-se-ia ocupar a faixa de motocicleta para uso dos ciclistas e deixar o canteiro central para os pedestres. É só uma sugestão paliativa enquanto a Prefeitura estuda uma solução definitiva para o entrave. Como está, não pode ficar.

Iênidis Benfati

Perigo à vista para os dois usuários

Marcos Barretos – subprefeito da Sé e Ricardo Airut Prada - subprefeito da Lapa.

A Prefeitura precisa cuidar melhor das nossas árvores

Balaio de Notícias

Não teve jeito: a árvore precisou ser retirada

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lugares pitorescos que merecem ser conhecidos

1. Seringueira Praça Casa da ColinaNo momento em que tantas árvo-res de calçadas são questionadas, esta seringueira se destaca, pois, apesar do enorme porte, não atra-palha a passagem dos pedestres. Como? Simples: o passeio con-torna o tronco.

Planta exótica em São Paulo (originária da Amazônia), é do seu caule que se extrai o látex, matéria-prima da borracha. Vale saber que uma seringueira é ca-paz de reter uma tonelada de CO² durante o seu ciclo de vida.

Aproveite e “curta” a paisagem verdejante da praça, um dos oá-sis da cidade.

2. R. São Bartolomeu, 82Para deleite de estudantes, espe-cialistas e curiosos esse endereço abriga uma casa feita de adobe e taipa e é uma das edificações mais antigas do bairro.

Adobe é a técnica milenar de produção artesanal de material de construção à base de terra crua, um dos antecessores do ti-jolo cozido.Taipa é outra técnica de construção que emprega argi-la, cascalho e pau; foi trazida na bagagem dos portugueses.

A consciência ecológica tem fei-to renascer o interesse na aplica-ção de tais processos.

3. Rua Macapá 187Nesse lugar fica o Museu Casa Guilherme de Almeida, fonte de inspiração e de ousadia do poeta. O projeto é de Silvio Eckmann.

A residência foi palco de vários encontros de modernistas, cujas obras estão espalhadas pelos vá-rios ambientes: Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Di Cavalcan-ti, Lasar Segall, Brecheret, Por-tinari, entre outros. Há também móveis, pratarias, objetos e do-cumentos de uso pessoal do au-tor do lema do brasão da cidade de São Paulo “Non ducor, duco”, frase em latim que significa “Não sou conduzido, conduzo”.

4. Av. Dr. Arnaldo, 666Ali fica o Cemitério do Araçá, criado em 1887. Nele estão mau-soléus de importantes famílias paulistanas, da PM do Estado de São Paulo (policiais que morre-ram em ação), de políticos, ar-tistas e religiosos. Muitos túmu-los mostram importantes obras de arte, como a série de escul-turas de Rafael Galvez (quadra 5), a réplica da escultura “Musa Impassível” de Brecheret (na quadra 6, túmulo da poetiza par-nasiana Francisca Júlia - A original, em mármore bran-co, foi recolhida, restaurada e colocada na Pinacoteca do Estado de São Paulo) e a se-quência narrativa da vida do comerciante Antonio Lerá-rio. Lá, pode-se ler também a curiosa homenagem de um tio para o sobrinho, morto aos 19 anos: “Era um garoto, que amava a vida e os carros reluzen-tes/Um ponto oito/Um ponto seis/Um ponto três/Um ponto zero/… Um ponto final”.

Um Tour pelo nosso bairro:

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5. Museu do Futebol Estádio do PacaembuO Museu do Futebol, instalado em-baixo das arquibancadas, tem pro-jeto de Mauro Munhoz. Integra-se o tempo todo à Praça Charles Miller - construída na década de 30 por Se-vero Villares. No andar térreo estão auditório, um café-restaurante e a loja do Museu, que ficam abertos aos visi-tantes da praça.

O Estádio, inaugurado em 1940, foi construído em terras cedidas pela Companhia City, de acordo com pro-jeto do Escritório Ramos de Azevedo - Severo e Villares. Em estilo Art-De-co, sofreu várias intervenções, sendo a mais significativa a construção da arquibancada - “Tobogã” - em substi-tuição à concha acústica que havia no projeto original. Outras edificações - como o ginásio de esportes, quadra de tênis, piscina olímpica – formam, junto com o estádio, um complexo de importância significativa para a histó-ria do esporte paulista.

6. Viaduto General Olym-pio da SilveiraUma das portas de entrada do bair-ro, o Viaduto tem arquitetura carac-

terística da época, foi cons-truído no início da Avenida Pacaembu como parte do projeto urbanístico do en-tão prefeito Prestes Maia (1938-1945) para formar um conjunto com o Es-tádio do Pacaembu. Seus arcos e ornamentos típicos de obra de arte foram pro-

jetados pelo arquiteto Jacques Pilon que, junto com Francisco Matarazzo Neto, participaram e venceram, em 1939, o concurso promovido pela Prefeitura da capital.

7. Rua Caiubi, 126 e 164O conjunto tombado é composto pela Igreja São Domingos, pelo Conven-to de Santo Alberto, pela residência e pela área verde; integravam a an-

tiga Chácara Cardoso de Almeida. A casa fica na parte mais elevada do terreno, tem estilo eclético e data do início do século XX. O Convento tem características neoromânicas e, atual-mente, é ocupado pelo Colégio Pen-tágono. A Igreja, datada do final dos anos 50, tem como autor do projeto original Adolf Franz Heep, arquiteto também do Edifício Itália; desperta a admiração por obedecer ao conceito de nave única e farta iluminação na-tural.

8 e 9. Rua Bahia, 1126 e Rua Itápolis, 961 Casas ModernistasAs casas das Ruas Itápolis e Bahia foram projetadas por Gregori I. War-chavchik e seguem a pureza do estilo moderno, marca de sua obra, e foram concluídas em 1930. A da rua Itápo-lis, tem proporções pequenas, dois pavimentos, e abrigou uma exposição de arte moderna, com obras de artis-tas de grande projeção na época. A da Rua Bahia tem dimensões maiores e, dado o grande desnível de terreno, compreende quatro pisos, sendo um deles subsolo. Abrigam decoração da época e estão abertas à visitação.

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Carta do Leitor

Perfil

Como em janeiro comemoramos o ani-versário de São Paulo, julgamos oportuno publicar a correspondência abaixo. Agra-decemos o apoio do casal e contamos com a sua colaboração.

Prezados Senhores Marcos Q. Barreto (SubSé), Ricardo A. Pradas (SubLapa) e Viva Pac,

É certo que ainda há muito a ser desco-berto (ou “redescoberto”) pela nova ad-ministração da Prefeitura e vossa missão não é simples.

Estamos (eu e minha esposa), desde o ini-cio deste ano, de volta à nossa casa, no nosso querido Pacaembu, após 11 anos de vida e trabalho no exterior, em Paris. É por isso que nos sentimos em situação si-milar à vossa de descoberta/redescoberta do bairro e também com uma grande von-

tade de participar da evolução da nossa cidade, utilizando o que aprendemos nes-tes últimos anos.

Gostaria de registrar a nossa satisfação pela atenção que V.Sas. dispensaram aos moradores, na primeira reunião geral de 2013 da nossa associação de moradores (VivaPac) e confirmar a percepção de que reuniões, como a que tivemos, permitem acelerar o conhecimento das premências dos moradores e suas respectivas solu-ções.

Aproveito para encaminhar-lhes uma sin-gela homenagem feita à cidade de São Paulo por um grande amigo meu ...

Com nossos votos de um Ano Novo de su-cesso e felicidade,

Mihai e Sylvia Demetrescu

O homem de muitas açõesO engenheiro Pedro Py conhece o bairro como poucos. Circula pela região com o olhar atento aos acertos e descontroles que o desen-volvimento da cidade traz. Mora há anos na mesma casa e conta histórias pitorescas da época em que os filhos eram pequenos:

- O ônibus elétrico era a condução normal dos estudantes do bairro! O motorista conhecia toda a molecada e, muitas vezes, buzinava cha-mando os retardatários... As crianças da escola da Prefeitura tocavam a campainha sempre no mesmo horário e saíam correndo, até que, um dia, não sei o porquê não tocaram; então fui falar com eles... A partir daquele dia, nun-ca mais tocaram a campainha; pelo menos da minha casa...

O DNA do Pacaembu está incorporado ao seu: trabalhou na Cia City, com cargos volta-dos à área de construção e urbanização. Lá, geriu projetos implantados tanto na Capital quanto no interior e até em outros estados: City América, Chácara City Castelo, City Ri-beirão...

Pedro é membro atuante da Viva Pac desde a sua fundação. Incansável e idealista, esse cida-dão foi um dos representantes (desde maio de 2006) do Movimento Defenda São Paulo jun-to a CTLU - Câmara Técnica de Legislação Urbanística:

- Essa Câmara está prevista na legislação em vigor e é especifica para tratar de assuntos ur-banísticos de nossa cidade... Ela se reúne men-salmente para apreciar processos nos quais existem duvidas urbanísticas. Conclui esta re-presentação em dezembro de 2012 após par-ticipar de 69 reuniões e de ter ação ativa em 2553 processos ao longo de todo o período...

Destaca ainda que “esta contribuição é vo-luntária e específica em relação ao desenvolvi-mento urbano de São Paulo e tem o objetivo de aprimorar tanto a legislação quanto a sua aplicação”.

Pedro é um homem família e fala sempre com orgulho da mulher – a artista plástica Lucia.

Cláudia Sodré

SÃO PAULO DE TODOS NÓSEng. Peter Ludwig Alouche - um cidadão do mundo

Vim de terras bem longínquasAbrigar-me no teu calor;Fugi da fome de solos áridosFugi de guerras de almas secas;Vim da Sicília, vim do Japão,Sou português, sou catalão,Sou libanês, perdi meu chão,Não tenho pátria, sou judeu errante,Vim procurar paz, lar e pão.Sou branco, sou negro, sou oriental,Sou nordestino do sertão, Deixei a casa onde eu nasci, Ah! Que saudades do Carirí!Vim descobrir minha esperançaAo te pedir chão e trabalho;Com muita lágrima e suor,Fui perseguir teu futuro,Edifiquei tua riqueza,Tornei-te forte e poderosa,A mais altiva da nação.São Paulo, São Paulo de todos nós,Ao te ver de braços abertos,Te adotei no coração.

São Paulo, 13 de janeiro de 1998

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Ecologia

Nosso lixo tem responsável: a LogaA LOGA - Logística Ambiental de São Pau-lo S.A. - é a empresa que oferece serviços especializados de coleta (seletiva e comum), transporte, tratamento e destinação final de resíduos gerados na região noroeste do Município (a frota tem cerca de 300 equi-pamentos, além dos usados nos aterros, na unidade de transbordo e no tratamento de resíduos). Coleta, diariamente, aproximada-mente 6 mil ton. de resíduos provenientes de 1,3 milhões de domicílios, hospitais, clínicas e similares, trabalho definido pela Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urba-na).

Sobre o material reciclável, o resgate por-ta a porta funciona da mesma forma que o do lixo domiciliar. No site www.loga.com.br&nbsp tem dia, hora e ruas em que há a coleta seletiva e a maneira adequada de

acondicionar o material para que seja reco-lhido. Todo resíduo domiciliar - como em-balagens de papel e papelão, vidro, metal e plástico - pode ser reciclado, desde que não esteja sujo de material orgânico (excluem--se, assim, embalagens com restos de ali-mento, fraldas e papeis higiênicos usados).

“Solicitamos que os resíduos estejam acon-dicionados de maneira segura para evitar acidentes com nossos coletores. Vidros e materiais pontiagudos, por exemplo, devem ser embrulhados em jornal ou descartados dentro de uma garrafa pet. Em nosso site, mostramos o jeito certo de descartar mate-riais e objetos que são inofensivos no dia a dia, como palitos de churrasco, mas que po-dem causar acidentes quando descartados incorretamente.”

O material reciclável coletado é pesado e encaminhado a uma central de triagem ca-dastrada pela Prefeitura, administrada por cooperativas de catadores, que se encarre-gam de separar o material e direcioná-lo para as indústrias recicladoras.

No Pacaembu, esse tipo de coleta existe des-de 2004 e atinge praticamente todo o bairro.

“Caso algum morador quiser verificar se está ou não no roteiro pode entrar em con-

tato com nosso Serviço de Atendimento ao Usuário, pelo telefone 0800 770 1111. Atu-almente, todas as solicitações para receber esse tipo de coleta (vindas pelo nosso 0800 ou pelo 156 da Prefeitura) ficam registradas em um banco de dados, para serem opor-tunamente atendidas... A coleta seletiva no município passará por reformulações nos próximos anos e, somente com essa reestru-turação e a construção de mais centrais de triagem, poderemos aumentar a área aten-dida.”

“Outro cuidado é estar atento ao descarte irregular de resíduos nas ruas — que deve ser denunciando pelo nosso telefone 0800 ou pelo 156 da Prefeitura.”

Agradecemos o contato de Suzana Lakatos e as informações dadas por Francisco de Andrea Vianna, coordenador de Planeja-mento e Controle Operacional da Loga.

M. Amélia Perrone

Espaço Cia City

São Paulo: a mega cidade se reinventaNos últimos anos um termo que define os grandes centros urbanos vem ganhando for-ça: megacidade. É fácil entender o porquê, já que atualmente, levando-se em conta o cenário mundial, um em cada dois indivídu-os mora em regiões metropolitanas, sendo que 280 milhões desses habitantes do globo estão concentrados em cidades fortemente industrializadas como São Paulo, que sozi-nha abriga 11% da população total brasilei-ra e é considerada a 5ª maior megacidade do planeta.

Em 1900 São Paulo contava com 240 mil habitantes, o suficiente para ser considera-da uma vila caipira, composta por chácaras que ficavam em torno dos núcleos históricos. Com o sucesso do café e o desenvolvimento da sua identidade industrial e cultural, as características rurais foram paulatinamente substituídas por ares de modernidade.

O resultado foi que nesta passagem de sécu-lo a população paulistana cresceu 27.000% e o seu território 40.000%. A cidade é hoje sede de 63% das empresas internacionais instaladas no Brasil e de 38 das 100 maio-res empresas nacionais, segundo a pesquisa “Urban Age São Paulo”, realizada por Luci Oliveira e Ben Page em 2008.

Os números refletem a necessidade de rein-venção desses grandes núcleos, que preci-sam com urgência destacar suas vocações para garantir as bases de um futuro que agregue o desenvolvimento ao constante crescimento populacional.

Diferente do que se pode imaginar, para que a reorganização urbana ocorra não bas-ta apenas criar novos bairros e expandir os sistemas de transporte, é essencial promover condições para a recuperação e reocupação

de áreas degradadas a exemplo da Luz, Brás e Vila Carioca.

Esses espaços, que ao longo das últimas décadas sofreram com o constante esvazia-mento, são a chave para a redução do eleva-do déficit habitacional da cidade: são ricos em infraestrutura pública, possuem áreas disponíveis a baixo custo e guardam uma identidade sociocultural que merece ser res-gatada.

José Bicudo – presidente Cia. City

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TELEFONES ÚTEISCET 1188Bombeiro 193PM Emergência 190Defesa Civil 199Prefeitura SAC 156 GCM 153 23º Distrito 3864 6712Ilume 0800 722 0156

Ouvidoria Prefeitura 0800 17 5717

SAC: www.prefeitura.sp.gov.br

Email Lapa: [email protected]

Email Sé: [email protected]

EXPEDIENTE Boletim Informativo Viva Pacaembu Por São Paulo

•Conselho editorialRodrigo Mauro, Iênidis Benfati , Cláudia Sodré, Elisangela L. S. Borges ,Sérgio Livovschi, Maria Amélia Perroni, Pedro Py

•Colaboraram nessa ediçãoRodrigo Mauro , Iênidis Benfati, Cláudia Sodré, Milena Isller, José W. Bicudo, Maria Amélia Perroni

•ProjetoGráfico : Juan José Balzi e Milena Issler

•Jornalista Responsável: Silvio Henrique Barbosa (MTB 19258)

•Diagramação: Milena Issler

•Fotografia:Miriam Rezende Fotografia

•Tiragem: 2800 exemplares

•GráficaActiva:Fone – 3255-6718

REUNIÕES VIVAPAC 2013

1 de abril6 de maio

Sala de Imprensa, Estádio do

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