.Adubação de seringueira

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Seringueira ver ramos laterais a uma altura superior a 1,0 m, podar os mais baixos e deixar os dois outros fluxos de ramos laterais sem podar (Estágio 4a). Se houver ra- mos laterais 'e a haste principal apresen- tar menos de três fluxos, podar os ramos laterais mais baixos quando estes apre- sentarem quatro lançamentos maduros (Estágio 4b)..'Se a planta não apresentar formação de copa natural a partir de 2,20 m, fazer a indução pelo método de dobramen to das folhas e cobertura do broto apical (Estágio c e d). ESTÁGIO 5 Plantas com fluxos foliares entre nove-dez meses, proceder de modo se-o melhante ao estágio 4. Se for desejada a formação de copa a uma altura mais alta, por exemplo, 2,5 m, repetir o es- tágio 4 novamente (Estágio 5a). Convém observar que, se o objetivo é iniciar a sangria precoce pelo processo de punctura, é conveniente iniciar o pro- cedimento da poda tardia dos ramos la- terais somente a partir de uma altura su- perior a 1,0 m, pois estudos anatõmicos de casca têm revelado que defeitos con- seqüentes da eliminação de ramos late- rais com idade de seis meses são recupe- rados após cinco anos. Por essa razão, é recomendado um balanço entre o retar- damento da poda para o crescimento' da planta e o tempo de recuperação dos de- feitos causados pelo retardamento da re- ferida poda. REFERENCIAS ALCÃNTARA, E.N. & SOUZA, l.F. Herbici- das recomendados para as principais culturas do estado de Minas Gerais. Inf. Agropec. EPAMIG, Belo Horizonte, ª- (87): 55-80,1982. GONÇALVES, P. de S.; PAIVA, J.R.; RO- DRIGUES, F.M. & SOUZA, R.F. Prepa- ro e utilização do "Toco Alto Avançado" na recuperação de plantios de seringueira. EMBRAPA!CNPSD, 1983. Manaus, 10 p. (Comunicado técnico, 27). LEONG, W. and YOON, P.K. Effect of low and controlled pronning on growth and yeld of Hevea brasiliensis. In: RUBBER RESEARCH INSTITUTE OF MALAY- SlA, Kuala Lumpur, 1983. Planters Con- ference. Kuala Lumpur, 1983. p. 262- 85. '. I. .Adubação de seringueira .,0- Nairam Félix de Barros 1/ Vera Maria Carvalho Alves li A seringueira (Hevea spp) é nativa da região Amazônica, cujos solos po- dem, de modo geral, ser considerados de baixa fertilidade, pelos critérios de in- terpretação normalmente utilizados. Assim, a evolução e o estabelecimento de populações naturais naquela região se devem, provavelmente, a mecanismos de competição que incluem uma habilidade de absorção e utilização de nutrientes minerais relativamente elevados. O interesse pela adubação da seringueira no Brasil era pequeno até há al- gum tempo em razão da exploração do látex se limitar às populações naturais ou plantio 'em áreas recém-desmatadas, onde, normalmente, o nivel de nutrientes minerais no solo é relativamente elevado, em virtude de restos orgânicos deixa- dos ou queima de nutrientes. O zoneamento do estado de Minas Gerais, estabelecendo as regiões de 'escape' para o plantio da seringueira, mostra que os solos são predominantemen- te de baixtssimo nivel de fertilidade, como éo caso daqueles de cerrado ou outros longamente utilizados nas atividades agricolas. Por isso, com base na ex- periência conseguida em outras regiões como o norte do pais e sul da Bahia, pode-se antecipar que, em Minas Gerais, a adubação será uma prática indispensá- vel para assegurar o estabelecimento do seringal, antecipação da primeira sangria e aumento da produtividade. Para adotar um programa operacional de adubação de seringueira, há ne- cessidade de estabelecimento de critérios que permitam responder onde, quando, quanto e como adubar. Outra pergunta de bastante interesse é: que retorno eco- nômico pode ser esperado com a adubação? Hoje, em Minas Gerais e no Brasil, não se podem responder essas pergun- tas com segurança. Este é um dos grandes desafios atuais para a pesquisa em solos, sem considerar outros complicadores como a interação clone x saio. Pretende-se neste trabalho, com base na experiência obtida por pesquisa- dores de outras regiões e paises e no conhecimento adquirido pelos autores com a cultura da seringueira e outras comparáveis, apresentar informações sobre os as- pectos nutricionais da seringueira e da fertilidade do solo para o seu cultivo. AVALIAÇÃO DA NECESSIDADE DE .,DUBAÇ~O / A utilização de um ou mais méto- dos para avaliar a necessidade de aduba- ção depende do estágio de desenvolvi- mento do seringal. Por exemplo, na fase inicial, antes da implantação do po- voamento, a análise do solo é o único método que pode ser adotado. O em- prego deste método requer a existência de valores de níveis críticos dos elemen- tos no solo para fins de interpretação dos resultados obtidos na análise. Atual- mente, em Minas Gerais, adotam-se os critérios da Comissão de Fertilidade do Solo em Minas Gerais (I 978), que discri- minam entre as diferentes culturas, sen- do que para algumas, como o eucalipto, eles não se aplicam (Barros et ai 1982). Uma vez executado o plantio no vi- veiro ou no campo, podem. ser utilizados como critérios de avaliação a análise fo- liar e os sintomas visuais de deficiência mineral. o emprego da análise foliar re- quer, também, a existência de valores de ],,/ Eng'? Agr'?, Ph.D. - Prof. Titular/UFV - 36,570 - Viçosa-MG ~/ Eng'? Agr'?, M.S. - Pesquisadora EMBRAPA/EPAMIG - Caixa Postal 216 - 36.570 - Viçosa~MG Informe Agropecuário, Belo Horizonte, !! (121) janeiro de 1985 29

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Seringueira

ver ramos laterais a uma altura superiora 1,0 m, podar os mais baixos e deixaros dois outros fluxos de ramos lateraissem podar (Estágio 4a). Se houver ra-mos laterais 'e a haste principal apresen-tar menos de três fluxos, podar os ramoslaterais mais baixos quando estes apre-sentarem quatro lançamentos maduros(Estágio 4b).. 'Se a planta não apresentarformação de copa natural a partir de2,20 m, fazer a indução pelo métodode dobramen to das folhas e coberturado broto apical (Estágio c e d).

ESTÁGIO 5Plantas com fluxos foliares entre

nove-dez meses, proceder de modo se-omelhante ao estágio 4. Se for desejada a

formação de copa a uma altura maisalta, por exemplo, 2,5 m, repetir o es-tágio 4 novamente (Estágio 5a).

Convém observar que, se o objetivoé iniciar a sangria precoce pelo processode punctura, é conveniente iniciar o pro-cedimento da poda tardia dos ramos la-terais somente a partir de uma altura su-perior a 1,0 m, pois estudos anatõmicosde casca têm revelado que defeitos con-seqüentes da eliminação de ramos late-rais com idade de seis meses são recupe-rados após cinco anos. Por essa razão, érecomendado um balanço entre o retar-damento da poda para o crescimento' daplanta e o tempo de recuperação dos de-feitos causados pelo retardamento da re-ferida poda.

REFERENCIAS

ALCÃNTARA, E.N. & SOUZA, l.F. Herbici-das recomendados para as principaisculturas do estado de Minas Gerais.Inf. Agropec. EPAMIG, Belo Horizonte,ª- (87): 55-80,1982.

GONÇALVES, P. de S.; PAIVA, J.R.; RO-DRIGUES, F.M. & SOUZA, R.F. Prepa-ro e utilização do "Toco Alto Avançado"na recuperação de plantios de seringueira.EMBRAPA!CNPSD, 1983. Manaus, 10p.(Comunicado técnico, 27).

LEONG, W. and YOON, P.K. Effect of lowand controlled pronning on growth andyeld of Hevea brasiliensis. In: RUBBERRESEARCH INSTITUTE OF MALAY-SlA, Kuala Lumpur, 1983. Planters Con-ference. Kuala Lumpur, 1983. p. 262-85. '.I.

.Adubação de seringueira.,0-

Nairam Félix de Barros 1/Vera Maria Carvalho Alves li

A seringueira (Hevea spp) é nativa da região Amazônica, cujos solos po-dem, de modo geral, ser considerados de baixa fertilidade, pelos critérios de in-terpretação normalmente utilizados. Assim, a evolução e o estabelecimento depopulações naturais naquela região se devem, provavelmente, a mecanismos decompetição que incluem uma habilidade de absorção e utilização de nutrientesminerais relativamente elevados.

O interesse pela adubação da seringueira no Brasil era pequeno até há al-gum tempo em razão da exploração do látex se limitar às populações naturais ouplantio 'em áreas recém-desmatadas, onde, normalmente, o nivel de nutrientesminerais no solo é relativamente elevado, em virtude de restos orgânicos deixa-dos ou queima de nutrientes.

O zoneamento do estado de Minas Gerais, estabelecendo as regiões de'escape' para o plantio da seringueira, mostra que os solos são predominantemen-te de baixtssimo nivel de fertilidade, como é o caso daqueles de cerrado ououtros longamente utilizados nas atividades agricolas. Por isso, com base na ex-periência conseguida em outras regiões como o norte do pais e sul da Bahia,pode-se antecipar que, em Minas Gerais, a adubação será uma prática indispensá-vel para assegurar o estabelecimento do seringal, antecipação da primeira sangriae aumento da produtividade.

Para adotar um programa operacional de adubação de seringueira, há ne-cessidade de estabelecimento de critérios que permitam responder onde, quando,quanto e como adubar. Outra pergunta de bastante interesse é: que retorno eco-nômico pode ser esperado com a adubação?

Hoje, em Minas Gerais e no Brasil, não se podem responder essas pergun-tas com segurança. Este é um dos grandes desafios atuais para a pesquisa emsolos, sem considerar outros complicadores como a interação clone x saio.

Pretende-se neste trabalho, com base na experiência obtida por pesquisa-dores de outras regiões e paises e no conhecimento adquirido pelos autores coma cultura da seringueira e outras comparáveis, apresentar informações sobre os as-pectos nutricionais da seringueira e da fertilidade do solo para o seu cultivo.

AVALIAÇÃODA NECESSIDADEDE .,DUBAÇ~O

/

A utilização de um ou mais méto-dos para avaliar a necessidade de aduba-ção depende do estágio de desenvolvi-mento do seringal. Por exemplo, na faseinicial, antes da implantação do po-voamento, a análise do solo é o únicométodo que pode ser adotado. O em-prego deste método requer a existênciade valores de níveis críticos dos elemen-tos no solo para fins de interpretaçãodos resultados obtidos na análise. Atual-mente, em Minas Gerais, adotam-se oscritérios da Comissão de Fertilidade doSolo em Minas Gerais (I 978), que discri-minam entre as diferentes culturas, sen-do que para algumas, como o eucalipto,eles não se aplicam (Barros et ai 1982).

Uma vez executado o plantio no vi-veiro ou no campo, podem. ser utilizadoscomo critérios de avaliação a análise fo-liar e os sintomas visuais de deficiênciamineral. o emprego da análise foliar re-quer, também, a existência de valores de

],,/ Eng'? Agr'?, Ph.D. - Prof. Titular/UFV - 36,570 - Viçosa-MG~/ Eng'? Agr'?, M.S. - Pesquisadora EMBRAPA/EPAMIG - Caixa Postal 216 - 36.570 - Viçosa~MG

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Seringueira

níveis críticos dos elementos nas folhas,enquanto que para os sintomas visuais éde grande importância a confecção deuma chave de interpretação das deficiên-cias. Estes métodos podem ser adotadosisoladamente para alguns elementos ouconjuntamente com a análise de solo.

ANÁLISEQUIMICA DO SOW

o sucesso da utilização da análisequímica do solo dependerá não-somenteda existência de uma' tabela adequadapara a interpretação dos resultados, mastambém de uma amostragem representa-tiva dos solos da àrea em questão. Ondeo solo é heterogêneo,' há necessidade deproceder-se a uma estratificação da áreae, em seguida, retira-se uma amostracomposta para cada estrato. A camadade solo, da qual a amostra é retirada,deve ser aquela que o sistema radicularda seringueira explorará. Por isso, reco-menda-se a amostragem das camadas de0-20 em e de 20-40 em de profundida-de.

Um provável complicado r na inter-pretação dos resultados da análise quí-mica do solo é a possível variação naexigência nutricional da seringueira emrelação a sua idade. Para outras espéciesarbóreas, como por exemplo o eucalip-to, a exigência de fósforo na fase de mu-das é bem superior àquela de' plantasmais velhas (Novais et al 1982). Poroutro lado, a exigência de potássio, cál-cio e magnésio pelas mudas é bem infe-rior àquelas de outras culturas de ciclocurto (Barros et ai 1982). Assim, é pos-sível que fatos semelhantes sejam tam-bém observados para as mudas de serin-gueira, particularmente no que se refereao fósforo, em razão de o crescimento dosistema radicular das plantas ser muitointensivo nesta fase.

Das tabelas, atualmente existentesno Brasil, para a interpretação de análisedo solo para seringueira, a utilizada nonorte do país (Bueno et al s.d.) sugereníveis de fertilidade superiores àquelesadotados para o sul da Bahia (Santanaet al 1974). Os valores apresentados porCardoso (1984) são mais próximos des-tes últimos. Em Minas Gerais, ainda nãose dispõe de informações de pesquisapara elaboração de uma tabela específi-

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ca para a seringueira. Contudo, com ba-se nas informações existentes em outrasregiões e naquelas adotadas neste Estadopara culturas de porte comparável, suge-rem-se os seguintes limites abaixo dosquais há grande probabilidade de respos-ta da seringueira na fase jovem à aduba-ção:

- Fósforo disponível (extratorMehlich - 1) - solo com textura argilo-sa - 8 ppm; solo com textura média earenosa - 15 ppm

- Potássio disponível (extrato rMehlích-I) - 45 ppm

- Cálcio + Magnésio trocáveis (ex-trator KCL 1~) - 1,5 meg/lOO cc desolo.

- Alumínio trocável (extrato rKCL 1~) - 1,0 meg/lOO cc de solo.

Deve-se chamar a atenção para doisaspectos referentes a estes valores. Oprimeiro refere-se ao teor de Ca + Mgtrocáveis aparentemente muito mais im-portante que o teor total e a relaçãoCa: Mg. Os dados de pesquisa existen-tes sugerem que a seringueira cresce me-lhor quando esta relação é mais estreita,ou seja, provavelmente 2: l.

O segundo aspecto é quanto ao ní-vel de alumínio trocável. A maioria dasculturas de porte arbóreo é pouco sensí-vel a este elemento, sendo importante oteor total de Ca + Mg, que deve estaracima de determinado valor para satisfa-zer as exigências nutricionais da planta.Para as condições do sul da Bahia, San-tana et al (1974) recomendam a calagempara a redução do teor de alumínio tro-cável, quando a saturação do complexode troca por este elemento é superiora 50%.

De acordo com os dados obtidospor Haag et al (1982), a quantidade demacronutrientes absorvidos pela serin-gueira aumenta muito a partir do segun-do ano de plantio. Isto coincide com omaior acúmulo de matéria seca. Daí anecessidade de readubação da seringuei-ra com o avançar da idade.

ANÁLISE FOLIAR

Para a utilização deste método énecessário também o estabelecimentoprévio de níveis que indiquem que oestado nutricional da planta é satisfató-rio ou não. Uma das grandes limitaçõespara o uso do método reside na amostra-

gem das folhas. Grandes variações nosteores dos elementos da folha de umaplanta podem ser observadas em funçãoda posição da folha no ramo, do grau dematuridade, época do ano etc. Assim,para uma maior confiabilidade dos resul-tados de análise foliar, há de estabelecer,através de estudos específicos, o métodode amostragem de folhas. No Brasil, aín-da não se dispõe de informações espe-cíficas quanto aos níveis e métodosde amostragem de folhas de seringueira.Atualmente, só para efeito de referên-cia, têm sido adotadas as orientaçõesfornecidas pelo Rubber Research Insti-tute of Malaya.

Para a amostragem das folhas, asplantas devem ser agrupadas quanto àuniformidade do solo, ao tipo de adu-bação efetuada, à idade da planta, aotipo de clone etc. Em plantas jovensdevem ser coletadas folhas expostasà luz e em plantas adultas, folhas som-breadas. Em ambos os casos, as amos-tras deverão incluir as três primeiras fo-lhas basais, além dos pecíolos do penúl-timo verticílío.

Os valores do Quadro 1 servem co-mo referência para comparação de resul-tados de análises foliares de seringueirae são também oriundos da Malásia.

SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA

Os sintomas de deficiências mineraisnas plantas apresentam-se em decorrên-cia de alterações fisiológicas verificadasquando um ou mais elementos essenciaisencontram-se em baixas concentraçõesna planta. Muitas vezes, esses sintomassó aparecem depois que o crescimentoda planta já foi reduzido de modo acenotuado, principalmente se o sintoma doelemento em questão não for facilmenteperceptível.

Nos seringais jovens existentes emMinas Gerais, as deficiências minerais.mais freqüentes têm sido:

região de cerrado: zinco e borode maneira generalizada e de ni-trogênio e magnésio, se uma boa

. adubação não é feita;

região do Vale do Rio Doce: nasencostas e topos de morro po-dem-se observar deficiências dezinco, nitrogênio e magnésio, masde maneira não generalizada;

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Seringueira

QUADRO I - Níveis Críticos de Alguns Elementos em Folhas de Seringueira

Nível de Insuficiência (%) Nível de Suficiência (%)

Elemento Folhas Expostas Folhas Folhas Expostas Folhasà Luz Sombreadas à Luz Sombreadas

Nitrogênio 3,20 3,30 3,60 3,70Fósforo 0,19 0,21 0,25 0,27Potássio 1,00 1,30 1,40 1,50Magnésio 0,23 0,25 - 0,28

Fonte: Rubber Research Institute of Malaya (1963).

Zona da Mata: semelhante à re-gião do Rio Doce. O principalelemento limitante do crescimen-to de seringais jovens é o fósforo,mas sua deficiência não tem sidodetectada, devido à boa adubaçãoque normalmente é feita para es-te elemento.

Os sintomas visuais de deficiênciasminerais foram descritos em vários tra-balhos, ressaltando-se contudo aqueledesenvolvido por Shorrocks (1964).Chaves para a identificação de deficiên-cias minerais em seringais foram prepa-radas por Shorrocks (1964) e Reis et al(1982), e com base nelas elaborou-sea que é apresentada no Quadro 2.

ADUBAÇÃO DE VIVEIRO

O procedimento para a adubação daseringueira no viveiro depende do tipode muda produzida, isto é, se de raiznua ou em sacola plástica. A tendênciaem Minas Gerais é a produção de mudasem recipientes, em razão da ocorrênciade estação seca relativamente prolonga-da nas regiões onde o plantio da serin-gueira se encontra em expansão. Nestasregiões, a utilização de mudas de raiznua resulta em uma mortalidade consi-derável, se durante ou imediatamenteapós o plantio no campo ocorre vera-nico.

ADUBAÇÃO DEMUDA DE RAIZ NUA

Se este é o método de produção demudas, o substrato de crescimento des-tas é o próprio solo do viveiro. Por isso,

a adubação deverá ser feita em toda asua área útil.

Na região de cerrado, os solos atual-mente utilizados para o cultivo da serin-gueira apresentam, de modo geral,baixíssimos teores de bases e de fósforodisponível. Além disso, a capacidade detroca de cations é baixa e a capacidadede fixação de fósforo é alta. Assim,obviamente, a estratégia para a boa nu-trição das mudas consiste em adotar téc-nicas de adubação que resultem na ele-vação dos teores daqueles elementos porum período mais longo de tempo. Paraisso, sugere-se que, na área a ser utiliza-da para o viveiro, se faça inicialmenteuma fosfatagem, aplicando-se a lançocerca de 2,0 t de fosfato de rocha. Emseguida, o fosfato deve ser incorporado,por gradagem, à camada correspondenteaos 25 em superiores do solo. Esta fos-fatagem fornecerá parte das necessida-des de fósforo e cálcio das plantas e re-duzirá um possível efeito prejudicial doalumínio trocável. Na época do trans-plantio das plântulas para o sulco, apli-car 80 g de superfosfato simples, 8 g decloreto de potássio, 30 g de sulfato demagnésio e 5 g de FTE por metro linear,misturando bem os fertilizantes com osolo. Decorridos de 1,5 a 2 meses apóso transplantio, aplicar em cobertura 25g de sulfato de amônio por metro linearde sulco. No 49 mês repetir a mesmadosagem de sulfato de amônio e aplicarmais 10 g de cloreto de potássio pormetro. Repetir a aplicação de sulfato deamônio, na mesma dosagem, no 69 e 89meses (Quadro 3).

Eventualmente podem aparecer,posteriormente, sintomas de deficiênciade magnésio e de boro e zinco. Nestecaso sugere-se a aplicação de mais 20 gde sulfato de magnésio em cobertura e

Informe Agropecuarío, Belo Horizonte,.!.! (121) janeiro de 1985

de uma solução com 0,6% de sulfato dezinco e 0,3% de ácido bórico, via foliar.

Uma outra alternativa para a aduba-ção de viveiros para mudas de raiz nuano cerrado é a substituição do fosfatode rocha por termofosfato de magnésio.Com isto pode-se provavelmente elimi-nar a aplicação de sulfato de mangésio.ereduzir a quantidade de superfosfatosimples.

Na região do Vale do Rio Doce eZona da Mata, os viveiros são sempre lo-calizados em baixadas cujos solos pos-suem, de modo geral, elevados teores decálcio, magnésio e potássio. Aqui, aadubação deve estar voltada para osuprimento de fósforo e nitrogênio e,eventualmente, boro e zinco. Sugere-se,neste caso, a aplicação de 150 g de su-perfosfato simples por metro linear desulco. A recomendação de nitrogênioseria a mesma adotada para os solos decerrado. Eventuais aparecimentos desintomas de deficiência de magnésio,boro e zinco poderiam ser corrigidos,conforme sugerido anteriormente.

ADUBAÇÃO DE MUDASEM SACOLAS PLÁSTICAS

O substrato normalmente utilizadopara o enchimento das sacolas plásticasconsiste de solo argiloso, para fornecerboa proteção ao sistema radicular du-rante o transporte e plantio das mudasno campo. Na região do Rio Doce e Zo-na da Mata, se o solo para tal finalidadeé retirado em encostas mais elevadas,sua fertilidade tende de média para bai-xa. Se por outro lado, ele for coletadoem baixada, os teores de elementos ba-ses deverão ser suficientes para o rendi-mento normal das plantas.

Tanto para a região de cerradoquanto para a região do Rio Doce e Zo-na da Mata, recomenda-se misturar, acada kg de solo antes do enchimento dassacolas, 5 g de superfosfato simples.Para aquela região, recomendam-se,ainda, misturar com o solo 0,3 g de FTE,0,15 de cloreto de potássio e 0,15 desulfato de magnésio por' kg de solo.Dois meses após o transplantio ou ger-minação (se a semeadura for feita direta-mente na sacola), adicionar 20 mg desulfato de amônio para cada kg de soloexistente na sacola. Esta dosagem deveser repetida no 49 .69 e 8q mês. No 49

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mês repetir a aplicação de clareto de po-tássio e sulfato de magnésio. Se, porventura, aparecerem posteriormente sin-tomas de deficiências de boro e zinco,aplicar, par via foliar, solução contendo0,6% de sulfato de zinco e 0,3% de áci-do bórico.

Para a região do Rio Doce e Zonada Mata, sugere-se analisar quimicamen-te uma amostra de solo a ser utilizadacomo substrato para a produção demudas. Se os teores de potássio e decálcio + magnésio forem próximos a45 ppm e 1,5 meg/100 cc de solo, res-pectivamente, a mesma adubação reco-mendada para a área de cerrado pode seradotada. Esta sugestão está sumarizadano Quadro 4.

ADUBAÇÃO NAFASE DE FORMAÇÃO

DO SERINGAL

A análise da literatura sobre a adu-bação da seringueira mostra que muitasvezes a resposta à aplicação de fertilizan-tes tem sido inconsistente, particular-mente para alguns nutrientes como o ni-trogênio e o potássio. Tais fatos não po-dem ser tomados como definítivos e le-vam à conclusão de que a técnica de adu-bação é desnecessária para a seringueira.Esta planta sendo típica da região tropi-cal tem sido, na maioria das vezes, culti-vada em áreas recém-desmatadas. Nes-tas condições, o resíduo de material ve-getal deixado sobre o solo contribuicom quantidades consideráveis de nu-trientes para o próximo cultivo. Estapode ser uma das razões para a falta deresposta da seringueira à aplicação de al-guns elementos. O consórcio de legumí-nosa com seringueira pode ser outrarazão para a falta de resposta principal-mente à adubação nitrogenada.

Em Minas Gerais, as terras destina-das ao plantio de seringueira, de modogeral, são naturalmente de baixa fertili-dade, como é o caso da região de cer-rado, ou já têm sido longamente utili-zadas para a agricultura e pecuária, comconseqüente redução da fertilidatle.Nessas condições, pode-se esperar res-posta acentuada da seringueira à adubação. Esta técnica deverá concorrer não-somente para o rápido estabelecimentodo seringal, mas também antecipar o es-

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tágio de sangria. Outro benefício daadubação, ressaltado por Shorrocks(1964), é a melhoria da renovação dacasca após a primeira sangria, o qu~ po-derá o ser benéfico na sangria seguinte.Ademais, uma boa adubação na fase deestabelecimento do seringal provavel-mente reduzirá ou dispensará a aplica-ção de fertilizantes na fase de sangria.

No sul da Bahia, em vários experi-mentos conduzidos (Reis et aI 1984 a,b; Reis & Rosand (s.d) e Reis et al s.d.)obtiveram-se respostas de seringueira

quase que exclusivamente a fósforo.Entretanto, Gues (1967) recomenda queem todos os programas de fertilizaçãosejam incluídos nitrogênio, fósforo, po-tássio e magnésio. O fósforo é impor-tante no estímulo ao desenvolvimentodo sistema radicular, enquanto que o ni-trogênio suporta a formação da copa.

A proposição de um programa deadubação da seringueira para Minas Ge-rais deve levar em conta as caracterís-ticas climáticas, edáficas e topográficasde cada região e as variações clonais,

Informe Agropecuário, Belo Horizonte,!! (21) janeiro de 1985

.-quando mais informações estiverem dis-poníveis.

REGIÃO DO CERRADO

Na região de cerrado, normalmentehá durante o período de inverno um dé-ficit hídrico moderado, o que reduziráo crescimento da seringueira. Na regiãodo Rio Doce e Zona da Mata, depen-dendo do local, há também um períodoseco bem definido. Assim, a aplicaçãode fertilizantes deve coincidir com osperíodos quando há umidade suficienteno solo para que ocorram a dissolução,o transporte do elemento e sua conse-qüente absorção pela planta.

Os solos de cerrado, conforme men-cionado anteriormente, são de um modogeral ácidos e pobres em bases e fósforodisponível. .

o A seringueira, aparentemente, épouco sensível a teores relativamenteelevados de alumínio' trocável. Assim,mesmo em solos de cerrado, a calagemcomo corretivo da acidez do solo seriadesnecessária. Ela poderia ser recomen-dada para solos com teores de cálcio emagnésio muito baixos com o objetivode suprir as necessidades nutricionais daplanta a estes elementos. Contudo,outros materiais poderão ser utilizadostais como o fosfato de rocha ou termo-

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Seringueira

fosfato magnesiano que, além de forne-cerem elementos, acrescentam outroscomo o fósforo.

ADUBAÇÃO FOSFATADA

Na região de cerrado o emprego defosfato de rocha seria muito interessan-te (Braga 1983), principalmente quandose pretende plantar alguma leguminosade cobertura. Com base em resultadosobtidos de planta arbórea como o euca-lipto (Rezende et al 1982) poder-se-iarecomendar a aplicação a lanço, seguidada incorporação até a profundidades de25 em, de 1,5 t/ha de fosfato natural, naépoca de preparo do solo. Se não se pla-neja o plantio de leguminosa de cober-tura ou outra cultura qualquer nas en-trelinhas da seringueira, o fosfato natu-ral poderia então ser aplicado numa fai-xa de 2 m de largura, plantando-se a fi-leira de seringueira no centro desta fai-xa. Além do fosfato de rocha é indis-pensável a aplicação na cova de plantiode uma fonte mais solúvel de fósforo,para que se obtenha um crescimentomais rápido da seringueira. Como fontesolúvel de fósforo pode-se utilizar o su-perfosfato simples, que inclui também oenxofre, ou termofosfato magnesiano, omagnésio, ou até mesmo parte de um ede outro. A quantidade do fosfato deveser suficiente para suprir cerca de 60 gde P2 Os por cova. Um excesso de fos-fato solúvel não é desejável pois issopode induzir à deficiência de certos mi-cronutrientes, principalmente, zinco,que é um dos elementos problemáticospara a seringueira em solo de cerrado.

Outras fontes de fósforo, como fos-fatos parcialmente acidulados, têm sur-gido no mercado e podem, às vezes, serutilizadas com vantagem.

ADUBAÇÃO POTÁSSICA

Em alguns solos de cerrado o teorde potássio é muito baixo e sua aplica-ção deve ser parcelada para evitar danosà planta (efeito salino) e perdas por lixi-viação. Assim, parte do potássio (15 gde cloreto de potássio) deve ser aplicadona cova de plantio. Em alguns solosmesmo que o teor de potássio seja sufi-ciente para o crescimento da seringueira,a aplicação de adubo potássico pode serrecomendável para reprimir uma absor-

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ção excessiva de magnésio.O restante do potássio deve ser apli-

cado, no primeiro ano de plantio, emduas parcelas; a primeira de 20 g de elo-reto de potássio, em cobertura em tornodo caule da planta, dois meses após oplantio e a segunda, de 25 g, no iníciodo primeiro período chuvoso após oplantio.

Para o segundo ano, com base narecomendação de Reis et aI (1982), aquantidade de potássio poderia ser do-brada e aplicada nas mesmas épocas,conforme sugerido para o primeiro ano.Do terceiro ao quinto ano, a dose a seraplicada corresponderia ao dobro da uti-lizada no segundo ano. O técnico decampo deve estar atento às possíveis de-ficiências de magnésio causadas por umeventual excesso de potássio. Neste ca-so, as aplicações deste elemento devemser interrompidas, adicionando-se emcontraparte sulfato de magnésio.

ADUBAÇÃO MAGNESIANA

A adubação com calcário dolomíti-co, à base de 200 kg/ha, na faixa de plan-tio em áreas onde a aplicação basal defosfato não é feita, deve ser suficientepara suprir as necessidades iniciais daplanta. Entretanto, onde for possível,o emprego de termofosfato magnesiano(contém cerca de 90% de MgO) é prefe-rível. Outra alternativa é a adição de35 a 40 g de sulfato de magnésio nacova de plantio. Neste caso, a aplica-ção de magnésio deve ser repetida nosegundo ou quarto ano ou quando surgiro sintoma de deficiência, à base de 70 gde sulfato de magnésio por planta, apli-cado a lanço ao redor do tronco e naprojeção da copa.

O excesso de magnésio, principalmente em seringais próximo à época desangria, pode causar a pré-coagulaçãodo látex, reduzindo pois a produção.Este problema pode ser contornado pelaaplicação de potássio.

ADUBAÇÃO NITROGENADA

A aplicação de nitrogênio em plan-tios de seringais deve ser realizada ape-.nas a partir do segundo mês após o plan-tio e a quantidade total a ser aplicadaanualmente deve ser parcelada. Com is-to evita-se a perda do elemento por lixi-viação, visto que a muda quando jovem

não possui um sistema radicular eficien-te para absorção de nutrientes e reduz-se a possibilidade de danos fisiológicoscausados pelo excesso de sais junto aosistema radicular. No primeiro ano, re-comendam-se aplicar, em cobertura,220 g de sulfato de amônio divididos emtrês porções respectivamente, 60, 80 e80 g, aos dois meses após o plantio e orestante nos meses chuvosos do primeiroano.

Para os anos seguintes, ainda combase na recomendação de Reis et al(1982), a dose anual de nitrogêriio deveser dobrada e aplicada no início e meiodo período chuvoso. Esta adubaçãopode ser reduzida e talvez eliminada, senas entrelinhas da seringueira plantar-se uma leguminosa de cobertura.

Um problema que pode ocorrer nafase jovem do seringal, em decorrênciado excesso de nitrogênio, é o tombamen-to e quebra das hastes (há um desbalan-ço entre a copa e o tronco). Neste caso,deve-se paralisar a adubação nitroge-nada.

ADUBAÇÃO COMMICRONUTRIENTES

Na região de cerrado, o zinco e oboro são os principais micronutrientesa limitar o crescimento. A deficiência·destes elementos tende a ser mais severana época da seca, a não ser o caso decertos clones, particularmente exigentesquanto a um ou outro nutriente.

O suprimento de micronutrientestem sido feito pela aplicação de 20 g deFTE por cova na época do plantio. Tem-se observado contudo que os sintomasde deficiência de zinco aparecem com oavanço da idade das plantas. Por isso,recomendam-se aplicar, nas mesmas épo-cas da adubação nitrogenada ou potássi-ca, 8 g de sulfato de zinco e 5 g de bó-rax por planta. O sulfato de zinco deveser colocado em pequenos sulcos lateraispara facilitar a sua absorção pelas raízes.

REGIAO DOVALE DO RIO DOCE E

ZONA DA MATA

Nestas áreas, a grande dificuldadede operacionalização de um programa

Informe Agropecuário, Belo Horizonteç ll (121) janeiro de 1985

Seringueira

de adubação decorre, muitas vezes, datopografia muito acentuada. Isto, decerta forma, é compensado pelo fato dea fertilidade dos solos ser um pouco me-lhor do que a do cerrado.

ADUBAÇÃO FOSFATADA

Nas áreas de baixadas dessas regiões,a adubação de plantios jovens pode qua-se se restringir às adubações fosfatadase nitrogenadas. As características dossolos de baixada não favorecem a utili-zação de fontes pouco solúveis de fósfo-ro como os fosfatos de rocha. Uma al-ternativa que pode ser interessante é otermofosfato magnesiano, principalmen-te, para onde a relação Ca:Mg é mais.aberta. Nas baixadas, o adubo fosfatadopoderia ser aplicado em covas mais arn- .pIas, à base de 54 g de P2 Os por planta(ou seja, 300 g de superfosfato simplesou termofosfato). Para os anos seguin-tes, poder-se-ia aplicar em sulcos late-.rais esta mesma quantidade de fertilizan-te. Esta recomendação pode tambémser adotada para as áreas mais declivosasdessas regiões ou em topos mais estrei-tos de morro. Nos topos mais amplos,onde houver a possibilidade de mecani-zação, pode-se adotar adubação fosfata-da semelhante à sugerida para o cerrado.

ADUBAÇÃO NITROGENADA

Adotar a mesma recomendação fei-ta para a área de cerrado.

ADUBAÇÃO POTÁSSICA

Somente as partes declivosas e to-pos de morro da região do Vale do RioDoce e Zona da Mata podem' requerera aplicação de potássio. Nestes casos,no primeiro ano, o adubo poderia seraplicado em covas laterais em duas par-celas de 40 g de cloreto de potássio, sen-do a primeira parcela dois meses após oplantio juntamente com o nitrogênio.A segunda parcela seria aplicada antesdo início do período chuvoso. Para osanos seguintes, a adubação é repetida.

ADUBAÇÃO MAGNESIANA

Quando o tennofosfato magnesianofor utilizado, podem-se dispensar apli-cações adicionais de magnésio, a não serque os sintomas de deficiência do ele-

mento apareçam. Neste caso, recomen-.da-se aplicar 30 g de sulfato de magné-sio em cobertura ao redor do tronco daplanta.

Nas áreas de baixada não deve havernecessidade de aplicação de magnésiomesmo quando a fonte de fósforo nãofor o termofosfato. Nas encostas e to-pos de morro podem-se aplicar à covade plantio 30 g de sulfato de magnésio.

ADUBAÇÃO COMMICRONUTRIENTES

Adicionar na cova de plantio 10 gde FTE. Se nos meses seguintes apare-cerem sintomas de deficiência de zinco,pode-se fazer a correção por adubaçãofoliar (solução 0,6% de sulfato de zinco)e no início do período chuvoso aplicar5 g de sulfato de zinco em sulcos laterais,conforme mencionado anteriormente,

ADUBAÇÃO NA FASEDE SANGRIA

Se o. seringal foi adequadamenteadubado na fase de estabelecimento ouformação é pouco provável que haja ne-cessidade de adubação na fase de san-gria, pois a quantidade de elementos re-movida no látex é relativamente peque-na (Geus 1967). Neste caso, deve-seproceder a análises de solo e de folhaspara avaliar que elementos e doses deadubo devem ser aplicados. Se a plan-tação não foi adubada previamente,Reis et ai (1982), recomendam, para so-los de fertilidade baixa, a seguinte adu-bação por pé: 360g de sulfato de amô-nio, 168g de superfosfato triplo e 72gde cioreto de potássio. Esta adubação éaplicada no final do período de seca etrês meses após aplicam-se mais 250gde sulfato de amônio. Isto se repete portrês a quatro anos seguidos.

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