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Pré-diagnóstico do Saneamento Básico dos municípios da RIDE DF e Entorno Luziânia - GO Julho-Agosto de 2015 Sumário Antecedentes .............................................................................................................................................2 Visitas de Campo ........................................................................................................................................2 Serviços de Saneamento Básico segundo a Saneago ...................................................................................3 Serviços de Saneamento Básico na visão do Poder Público.......................................................................... 5 Resíduos Sólidos Urbanos ........................................................................................................................... 6 Sistema de Abastecimento de Água e Esgoto....……………………………………..............………..……………………….…….7 Sistema de Drenagem…………………………………………………………………………………………… ................………………….….8 Visão Sociedade............................................................................................................................................9 Visão de RIDE..............................................................................................................................................11 Conclusões Prelimiranres ............................................................................................................................12 Mapas de localização das Unidades.............................................................................................................14 Roteiro Fotográfico .......……………………………….........,………………………………………………………………….............……16 Cartogramas ...............................................................................................................................................19

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Pré-diagnóstico do Saneamento Básico dos municípios da RIDE DF e Entorno

Luziânia - GO

Julho-Agosto de 2015

Sumário Antecedentes ............................................................................................................................................ .2

Visitas de Campo ....................................................................................................................................... .2

Serviços de Saneamento Básico segundo a Saneago .................................................................................. .3

Serviços de Saneamento Básico na visão do Poder Público...................... ....................................................5

Resíduos Sólidos Urbanos ........................................................................................................................... 6

Sistema de Abastecimento de Água e Esgoto....……………………………………..............………..……………………….…….7

Sistema de Drenagem……………………………………………………………………………………………................………………….….8

Visão Sociedade............................................................................................................................. ...............9

Visão de RIDE................................................................................................................................. .............11

Conclusões Prelimiranres............................................................................................................................12

Mapas de localização das Unidades.............................................................................................................14

Roteiro Fotográfico .......……………………………….........,………………………………………………………………….............……16

Cartogramas ................................................................................................................ ...............................19

ANTECEDENTES

O objetivo geral deste Estudo é apresentar proposta para elaboração do diagnóstico do saneamento básico das denominadas RIDE’s (Regiões Integradas de Desenvolvimento do Brasil), RIDE DF e Entorno, RIDE Polo Grande Teresina/PI, e RIDE Polo Petrolina/PE e Juazeiro/BA, incorporando diagnóstico dos entes federados que as compõem.

Esse Diagnóstico será composto de 3 (três) partes para cada uma das RIDE´s:

‘Diagnóstico Analítico’ (técnico, social, econômico e institucional) da situação do saneamento básico nas RIDE’S e nos entes federados que fazem parte de sua composição, com base em dados secundários, estudos disponíveis, indicadores e, quando necessário, dados primários;

Visão Estratégica’ com a identificação das condições a serem enfrentados e a formulação de prognósticos para a política pública e os serviços públicos de saneamento básico para os próximos 20 (vinte) anos;

Plano Regional de Saneamento Básico’ das RIDE’s, contendo, também, os elementos necessários para que cada município, segundo sua decisão individual, elabore seu Plano Municipal.

A RIDE DF e Entorno foi criada pela Lei Complementar n.º 94, de 19 de fevereiro de 1998 e regulamentada pelo Decreto n.º 2.710, de 4 de agosto de 1998, alterado pelo Decreto n.º 3.445, de 4 de maio de 2000. A RIDE é constituída pelo Distrito Federal, pelos Municípios de Abadiânia, Água Fria de Goiás, Águas Lindas, Alexânia, Cabeceiras, Cidade Ocidental, Cocalzinho de Goiás, Corumbá de Goiás, Cristalina, Formosa, Luziânia, Mimoso de Goiás, Novo Gama, Padre Bernardo, Pirenópolis, Planaltina, Santo Antônio do Descoberto, Valparaíso e Vila Boa, no Estado de Goiás, e de Cabeceira Grande, Unaí e Buritis, no Estado de Minas Gerais.

Os territórios dos municípios que compõem a RIDE e o do DF ocupam uma região de 55.435 km². Segundo o Censo 2010 do IBGE, a população da RIDE era de aproximadamente 3,7 milhões de habitantes.

O presente texto constitui uma primeira etapa do Diagnóstico Analítico, que está em elaboração. Apresentam-se, aqui, por município da RIDE, as primeiras avaliações sobre a situação do saneamento básico. Trata-se de um pré-diagnóstico de saneamento básico do município de Planaltina de Goiás.

O objetivo é, no contexto de um processo participativo, dispor de um documento de discussão com os atores locais, com vistas a aperfeiçoar o diagnóstico em nível municipal. Trabalhou-se, essencialmente, com dados secundários e com dados, informações e impressões colhidos à ocasião de visitas ao campo.

VISITAS DE CAMPO

A visita ao município de Luziânia ocorreu em duas etapas nos dias 10/04 e 17/04/2015. Foram visitados no primeiro dia: o escritório da SANEAGO, Prefeitura de Luziânia, poços tubulares profundos, reservatórios, a captação Córrego Palmital, alguns sistemas independentes com

captação por poços tubulares profundos, a ETA. No segundo dia: a ETE, estações elevatórias de esgoto, alguns sistemas independentes do SAA, a Prefeitura e o Lixão.

Os objetivos das visitas foram:

Levantar e atualizar informações acerca dos sistemas de água, drenagem, esgoto e resíduos do município;

Estabelecer contato inicial com a Gestão Pública Municipal;

Levantar informações junto a SANEAGO;

Conhecer os locais de tratamento, captação e armazenamento de água;

Conhecer o aterro/lixão municipal.

Estabelecer contatos com membros da sociedade civil local.

Houve contatos com: Gestores Públicos das áreas de Meio Ambiente, Saúde, Desenvolvimento Urbano,

o Gerente Regional da Saneago, Supervisor de Produção da Saneago, Operador de Sistema da

SANEAGO, Gerente do Distrito de Luziânia da SANEAGO, Membros da Casa do Artesão de Luziânia.

ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Visão Saneago

Abastecimento de Água

O gerente regional apresentou a situação atual dos Sistemas de abastecimento de água e

esgotamento sanitário da cidade de Luziânia.

AVTO (Análise de Viabilidade Técnica Operacional) – a Saneago condiciona a aprovação de

novos empreendimentos à entrada em operação do novo sistema de abastecimento em

Corumbá. Para novos empreendimentos imobiliários, (Minha Casa, Minha Vida) as empresas

devem realizar o sistema completo de abastecimento de água e esgoto e o devido repasse do

sistema para Saneago.

A ETA abastece por volta de 30% do sistema de abastecimento de água da cidade, com

capacidade de 95 a 100 L/s.

O sistema de reservação da área central e alguns bairros é composto por 02 reservatórios

apoiados de 700 m³ e um de 500 m³, com dois conjuntos moto bombas para um reservatório

elevado de 200 m³.

O restante do sistema de abastecimento é realizado por 27 sistemas autônomos e

independentes, com captações por poços tubulares profundos, reservatórios elevados,

apoiados ou com apoiados e elevados, com sistemas de tratamento por hidrogerox ou

hipoclorito de sódio.

Destaca-se o sistema Jardim Ingá/Zuleika, composto por 15 poços tubulares profundos, com

uma vazão média de 225m³/hora, estação elevatória, um reservatório apoiado de 1000 m³ e um

elevado de 200 m³, tratamento com hipoclorito de sódio.

Esgotamento Sanitário

O Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) de Luziânia, atende a 16,61% da população, estando

implantado, principalmente, no centro da cidade;

Todo o restante é atendido através de sistemas fossa/sumidouro ou simplesmente fossas

rudimentares;

A rede coletora foi implantada através do sistema convencional, passando pelas vias transitáveis

e encaminhando o efluente para uma elevatória situada no Setor Fumal III;

A Estação Elevatória de Esgoto Bruto (EEEB) foi projetada para operar com 2 conjuntos

motobombas (1 + 1 reserva), porém o conjunto de reserva não está instalado;

A linha de recalque encaminha o efluente para a ETE localizada 35m acima da EEEB;

A estação de tratamento de esgotos é composta por duas 2 Lagoas Facultativas e lançamento

final no rio Vermelho. Na área da ETE existem mais duas lagoas escavadas sem utilização.

A ETE tem capacidade para atender a uma vazão maior e deverá ser avaliada com o incremento

de novas redes coletoras.

Dados do relatório operacional OP54B fornecidos pela Saneago-ref-maio/2015.

População atendida com água-------------------------------------------------------148.694 hab.

População atendida com esgoto-----------------------------------------------------32.032 hab.

Ligações água com medidor----------------------------------------------------------43.649 unid.

Ligações água sem medidor----------------------------------------------------------6 unid.

Extensão de rede de água total------------------------------------------------------818.210,00 m

Extensão de rede de esgoto total---------------------------------------------------100.765,00 m

Volume máximo de água bruta produzida (dia) -------------------------------- 25.805,00 m3/dia

Volume máximo de água bruta produzida (mês) -------------------------------765.403,00 m3/mê

s

Volume faturado------------------------------------------------------------------------434.921,00m3/mês

Volume macromedido do sistema produtor--------------------------------------1655.835,00 m3/m

ês.

Dados do relatório do SNIS-2013 ano base 2012

Índice de macro-medição----------------------------------------------------------------69,94%

Índice de hidrometração --------------------------------------------------------------- 90,05%

Índice de fluoretação--------------------------------------------------------------------26,69%

Índice de consumo de água-----------------------------------------------------------63,10%

Volume de água disponibilizado por economia----------------------------------16,02 m3

Consumo médio de água por economia-------------------------------------------17,59 m3/mês

Índice de perdas na distribuição-----------------------------------------------------36,90%

Índice de conformidade da quantidade de amostra- cloro residual----------91,91%

Incidência das análises de cloro residual fora do padrão----------------------1,98%

Índice de conformidade da quantidade de amostra –turbidez----------------92,40%

Incidência das análises de turbidez fora do padrão-----------------------------4,73%

Índice de conformidade da quantidade de amostra –coliforme totais-------92,35%

Incidência das análises de coliformes totais fora do padrão------------------1,40%

Índice de atendimento urbano de esgoto----------------------------------------- 16,61%

Índice de atendimento de esgoto tratado à água consumida-----------------22,49%

Extensão de rede de esgoto por ligação------------------------------------------13,78 m

SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO NA VISÃO DO PODER PÚBLICO MUNICIPAL:

A SEMARH (Secretaria Municipal de Meio Ambiente) destacou as dificuldades para elaborar

o Plano Municipal de Saneamento Básico que está licitado para a empresa Xapuri

desenvolver em Luziânia.

Informaram que o Plano Diretor está vencido e precisa ser revisto.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente pode fazer licenciamento, só não pode fazer o que

depende de EIA-RIMA. Foi o primeiro município do Estado que recebeu autorização para

fazer licenciamentos ambientais;

Declaram que o plano de recuperação de áreas degradadas junto às empresas privadas ainda

é muito incipiente.

SOBRE OS RESÍDUOS SÓLIDOS

Informam que a coleta é feita pelo próprio município (sem terceirização); a frequência

depende do bairro (Ex: centro – manhã/tarde/noite), em alguns bairros são 3 vezes por

semana. Tem algumas regiões rurais que a coleta é feita apenas 1 vez por semana por

pontos localizados. Todos os caminhões são compactadores.

Até 2013 a coleta era feita com caminhão caçamba. Afirmam que a coleta seletiva tem

iniciativas com a inclusão sócia produtiva dos catadores que são menos de 200.

Valparaíso e Cidade Ocidental estão levando resíduos da construção civil para despejo

ilegal em Luziânia. Têm problemas com caçambas que despejam resíduos em locais

proibidos. Estão projetando fazer uma área de transbordo, triagem e reciclagem

de resíduos da construção civil e resíduos volumosos – ATTR na área de lixão.

A compostagem será resolvida após a problemática da disposição final dos resíduos de

construção civil - RCC. Foram mencionados os seguintes números: 190 toneladas/dia de

resíduos domésticos. Os resíduos de serviços de saúde - RSS vão para a Cidade Ocidental

(incinerador). Foram relatados problemas com municípios vizinhos que jogam resíduos

aqui em Luziânia. Podas, galhadas e resíduos da varrição são todos encaminhados para

o lixão;

A secretaria responsável pela gestão de resíduos sólidos é a de Desenvolvimento Urbano

e Obras. Porém, a secretária destacou que quanto à problemática dos resíduos, volta a

questão da “espera de solução do CORSAP”. O lixão fica à 7 km da prefeitura no sentido

GO – 010 (por dentro de Caldas Novas). Existem dois projetos pilotos com 3 ruas do

centro, 6 ruas do Ingá e 1 ecoponto em cada uma das 55 escolas municipais. Todos os

resíduos recicláveis são destinados aos catadores de Luziânia, mas a disposição final

ainda é operada como lixão.

Foi feita uma visita ao lixão e detectou-se a presença de catadores que passaram por um

processo inicial de capacitação em associativismo e/ou cooperativismo. A Prefeitura

declara que foram feitos investimentos para o fortalecimento do associativismo e

cooperativismo dos catadores de materiais recicláveis, mas que ainda tem baixo ou

pouco retorno.

A prefeitura informou que a quantidade coletada ano de resíduos sólidos é

aproximadamente 69.350 ton/ano.

Dados do relatório do SNIS-2013 Resíduos sólidos ano base 2012.

População total-----------------------------------------------------------------------188.181 hab.

População urbana-------------------------------------------------------------------175.540 hab.

Percentual população urbana/total----------------------------------------------93,30 %

Responsável pela coleta-----------------------------------------------------------Prefeitura/Empres

a.

Resíduos Totais coletados--------------------------------------------------------57.874,00 ton/ano

Quantidade de resíduos de saúde coletados--------------------------------100,00 ton/ano

Panorama de Resíduos Sólidos de 2014, com projeção da população urbana.

População total projetada--------------------------------------------------------191.139 hab.

População urbana projetada-----------------------------------------------------178.299 hab.

Percentual população urbana/total----------------------------------------------93,30 %

Responsável pela coleta-----------------------------------------------------------Prefeitura/Empres

a.

Resíduos Totais projetados--------------------------------------------------------50.966,00 ton/an

o.

Quantidade de resíduos de saúde projetados---------------------------------243,84 ton/ano

Quantidade de resíduos de construção e demolição projetados----------94.365,00 ton/an

o

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO-VISÃO PREFEITURA

Informam quanto à qualidade da água que existem problemas que interferem na saúde

pública (infecções por protozoários, vermes, bactérias). Esse problema é minimizado

pelo programa de saúde municipal (que dá uma atenção especial para a água das famílias

– tem filtro, verifica como está a caixa d’água, se ferve a água, dentre outros) e o

secretário destacou a necessidade de um saneamento básico mais rigoroso;

Existe um contrato/convênio com Agência Reguladora Estadual do Estado de Goiás.

Há trabalho conjunto entre Secretaria de Saúde e Vigilância Sanitária/Ambiental;

Informam que tem um problema no município em relação ao avanço na implantação de

rede de esgoto, mas existe outro problema sério: os moradores que ligam o esgoto da

casa na rede coletora, não fecham suas fossas e acabam abandonando-as. Não há uma

lei que exija o fechamento das fossas antigas e na visão do secretário de saúde é preciso

“mexer no bolso dos munícipes para não jogarem mais lixo em qualquer lugar”;

O secretário destacou a epidemia de dengue no município no ano de 2014. Foi o 2º

município no Estado de Goiás com maior quantidade de casos de dengue. Em 2014 foram

11 mil casos identificados com 8.500 casos confirmados. Até o momento foram

identificados 125 casos de dengue e 85 confirmados. No ano de 2014 nesta mesma data

foram tidos 2.000 casos identificados. A diminuição dos casos se deu devido um trabalho

realizado pelas secretarias no que tange à limpeza do município e ao recolhimento de

lixo. Nesse sentido, há um trabalho intensivo de recolhimento de lixo municipal. Formam

dados exemplos sobre o recolhimento de Pneus por meio dos ecopontos. Também foram

destacados a dificuldade em relação a educação da população (problema cultural) de

jogar lixo em qualquer lugar;

Houve um avanço no esgotamento público, mas os proprietários não fecharam suas

fossas e isso traz muito problemas para o município. Até o momento se tem mapeado

2.000 fossas desativadas, mas que não estão vedadas;

Não há projetos com a Saneago e com o município para que se implantem os esgotos e

desative as fossas até então utilizadas;

DRENAGEM URBANA:

Declaram que em 2 anos de gestão municipal foram investidos mais recursos em

microdrenagem. Foram feitos investimentos em microdrenagem nos bairros, mas esse

tipo de intervenção depende do apoio do governo federal. “A questão da

macrodrenagem é questão de recursos com a participação efetiva do governo federal”

Não existem cadastros na prefeitura sobre a área de drenagem.

Uma questão que foi destacada é que não adianta ter recursos para os municípios se não

houver técnicos capacitados para fazer projetos para conseguir aprovar;

Desde novembro de 2012 a equipe atual do poder público já estava levantando dados

sobre a rede de drenagem;

EROSÕES

Afirmaram que os problemas com as erosões são muito intensos no município. Foram

destacadas as erosões do Rio Palmital, do Parque Marajoara no Jardim Ingá e Juiz de

Fora, loteamento Mandu I e II Estrela Dalva V e outros, também foi destacado que muitas

das erosões existentes ocorram, possivelmente, por falta de drenagem urbana;

Sobre áreas degradadas e as desapropriações foi destacado o trabalho junto ao

Ministério Público - MP (sob tutela da Promotoria do Meio Ambiente) que está

trabalhando sob os aspectos de áreas de desapropriação das Áreas de Preservação

Permanente – APPs, dentre elas as áreas dos córregos Maravilha e Viegas que formam o

Rio Vermelho. Existem estudos sobre cada um desses córregos. Vai ser montado um

plano para readequar as áreas de APP ocupadas ilegalmente. A Secretaria do Meio

Ambiente tem uma boa relação com o MP;

VISÃO SOCIEDADE: Casa do Artesão de Luziânia.

Segundo os representantes da associação Casa do Artesão a Prefeitura deixa muito a desejar

com relação a preservação do meio ambiente. Tem uma terraplanagem onde existiam 05

minas d’água que foram destruídas para fazer uma obra no local. Isso preocupa a

comunidade.

Para eles existem industrias que prejudicam também o meio ambiente na cidade, em

especial a água. Relatam o exemplo da Minuano, que, por duas vezes, despejou elementos

químicos que prejudicam a água.

Afirmam que em alguns bairros existe agua de qualidade, encanada, com coleta de

excelência. Os entrevistados falaram também que o desafio é fazer a coleta seletiva, que já

existe em alguns lugares e conta com o envolvimento de uma cooperativa de catadores.

Para a associação o lixão é um lugar muito ruim, “sem condições para seres humanos”.

Avaliam que apesar dos problemas o lixo hoje não é problema na cidade merecendo, na

avaliação deles, nota 9. Afirmam que as pessoas sabem ganhar dinheiro com reciclagem

hoje. A coleta é de 02 em dois dias na cidade.

Para a associação, de uns três anos para cá as coisas melhoraram muito no município.

Segundo o representante da associação, a base para as coisas boas que hoje a cidade vive

está na gestão municipal passada: “A nova administração, está colhendo bons frutos

plantados lá traz e mantendo um bom trabalho”.

Com relação a condição da agua – informam que falta muito, inclusive no centro da cidade.

Afirmam que quando o rio enche muito em época de chuva forte o sistema não resiste. Com

relação à Saneago, afirmam que o valor cobrado é muito alto para população de baixa renda,

essa taxa de esgoto onera muito. Eles não fazem revisão em caso de reinvindicação ou de

reclamação da população. A população não entende a conta que recebe, segundo a

associação. Informam ainda que de um tempo para cá têm percebido que existe coleta de

amostra para análise de agua.

Com relação a Drenagem – para eles o ponto mais crítico de alagamento é próximo ao

hospital Santa Luzia. Lá enche as casas de agua. Afirmam que o grande problema do

município é porque parece que ele está dentro de uma “panela”, vem tudo para o centro e

transborda, causando grandes problemas de alagamento. Afirmam que outro fator sério são

as erosões (ex. Ipê, Marilia, Jardim Ingá). Que para eles é consequência do desmatamento

intenso.

Sobre a relação com a comunidade, os representantes da associação Casa do Artesão

afirmam é muito fraca, para eles é necessário precisa articular Saneago, Prefeitura, CEB, é

necessário dialogo.

Com relação a RIDE informam que não têm acesso a nada de serviços, no município não tem

nada de serviços, tudo tem que recorrer a Brasília ou a Goiânia, que às vezes se omite (ou

mente-se) para ser atendido. Segundo eles, às vezes é necessário mentir a origem do

paciente para ser atendido em Brasília, senão morre-se sem atendimento.

Afirmam ainda que não existe participação direta do povo, falta interesse da comunidade e

também interesse da Prefeitura para que o povo participe. Para eles a população não dedica

tempo para fazer pressão ou controle social. Segundo os representantes da associação, os

conselhos têm seus conselheiros indicados pela gestão pública, e o povo não sabe quem são

esses conselheiros, afirma uma das lideranças. Existem algumas associações da sociedade

civil mas precisa avançar no diálogo entre essas organizações.

Avaliam como serviço mais precário o da drenagem, que causa erosão. Mas o esgoto é

também muito problemático segundo eles, talvez até mais que a drenagem.

RIDE

Na visão dos secretários, a região do Entorno é muito complicada, (falando

especificamente de Luziânia, Novo Gama e Cidade Ocidental) com seríssimos problemas

de saneamento básico. Uma das causas apontadas é a falta vontade política em resolver

questões dessas cidades, falando principalmente do Gov. Federal;

Secretaria do Meio Ambiente: a representação da RIDE que interessa é única e

exclusivamente o CORSAP. Foi a única questão que aproximou essa secretaria da RIDE;

Secretaria de Obras: a RIDE não representa nada, pois não tem recursos. Ele indagou:

como resolver os problemas sem recursos para os municípios mais necessitados e que

acabam sobrecarregando outros municípios por falta de infraestrutura básica?

Secretaria de Saúde: ressaltou sua experiência de que quando tem reuniões da RIDE,

juntam 20 “elementos” e a única tratativa das reuniões e ficar “jogando atribuições” para

os municípios da RIDE sem ter recursos para resolver os problemas. Não há

investimentos. Há pouco envolvimento por parte da população e por parte de todos os

gestores. Não dão condições para realizar as ações.

Falta de qualificação de pessoal para fazer projetos para o município;

Ausência de informações sobre a atuação da RIDE/COARIDE;

CONCLUSÕES PRELIMINARES

Uma das maiores dificuldades observadas à prestação de serviço de qualidade nos municípios

pertencentes à RIDE foi a deficiência na gestão dos serviços. É sobre a gestão que recai

sobremaneira o ônus pelos problemas detectados, pois, costumeiramente, visualiza-se o

saneamento básico de forma isolada entre seus componentes água e esgoto, resíduos sólidos e

drenagem, quando deveriam ser geridos de maneira conjunta, de forma a romper a

fragmentação que ainda caracteriza a gestão das cidades e do território RIDE. A melhoria na

gestão poderia impactar diretamente no avanço da qualidade do saneamento básico dos

municípios, mas para que isso aconteça é necessário muito investimento em capacitação do

corpo técnico das empresas concessionárias dos serviços de água e esgoto, capacitação para os

gestores do poder público municipal e investimento na infraestrutura das autarquias locais que

cuidam do saneamento básico dos municípios, bem como por parte da SANEAGO.

As principais conclusões sobre a gestão da RIDE DF e Entorno e a sua relação com os municípios

dela integrantes, obtidos nas saídas de campo foram:

A maioria dos gestores conhece a RIDE, mas são descrentes do trabalho e não conseguem

visualizar seus benefícios, pois ainda não são palpáveis para os municípios;

Distribuição e aplicação correta de recursos são de fundamental importância para equalizar

benefícios aos municípios da RIDE;

Impressão de que o DF quer resolver seus problemas de resíduos, mas não está preocupado

com os municípios vizinhos, apenas que achar uma solução para seus resíduos. Esse

território é encarado mais como uma fonte de problemas do que de potencial

desenvolvimento integrado ao DF;

Não há construção de uma ordem societária baseada na articulação da democracia política

com a ampla participação social para fortalecer a Instância da RIDE DF e Entorno;

Os municípios do Entorno têm baixíssimo desempenho econômico, social, tecnológico e

fiscal;

Foi visível que apesar da existência da RIDE DF e Entorno, ainda há um alto índice de

desigualdade entre o Distrito Federal e demais municípios;

Os municípios mais distantes do Distrito Federal integrantes da RIDE nem mesmo mantém

uma relação estreita de dependência com o DF;

Forte pressão dos municípios da RIDE, especialmente do “Entorno Metropolitano” –

municípios mais próximos do DF, sobre os equipamentos de saúde do DF.

Saber qual é a intencionalidade e a funcionalidade da RIDE é o maior desafio na atual

configuração.

Uma das características notadas em campo foi que os gestores públicos, bem como as

lideranças comunitárias, têm conhecimento da existência da RIDE e que eles fazem parte

desse território/região. Todos almejam as ações citadas anteriormente que até então, estão

como área de interesse da RIDE. Porém, quando questionados sobre as ações efetivas da

RIDE e a participação efetiva dos municípios no Conselho Administrativo da Região Integrada

de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno – COARIDE, a insatisfação e a falta de

esclarecimento sobre as ações desse Conselho foram unânimes tanto entre gestores, como

entre as lideranças. Ou seja, o conhecimento sobre a atuação da RIDE e como é possível

atuar dentro da RIDE para melhorar as condições sociais, econômicas, culturais, territoriais,

políticas, ambientais ainda esbarra no desconhecimento de sua funcionalidade, de sua

gestão e essas características pressupõe refletir sobre os limites e possibilidades da

existência da RIDE.

Mapa 1, a seguir, ilustra os locais visitados nos municípios.

Mapa 1: Localização das unidades levantadas

Mapa 2, a seguir, ilustra os locais visitados nos municípios.

Mapa 2: Localização das unidades levantada

Relatório Fotográfico de Luziânia

Foto: Estação de Tratamento de Água de Luziânia.

Foto: Captação de água no Corr. Palmital.

Foto: Erosão com aterramento de entulho.

Foto: Reservatório apoiado da ETA de Luziânia.

Foto: Degradação ambiental no município de Luziânia.

Foto: Elevatória de bombeamento de água bruta.

Foto: Lagoa da ETE Luziânia.

Foto: Lagoa da ETE fora de operação.

Foto: Lixão de Luziânia.

Foto: Lagoa da ETE Luziânia.

Foto: Gradeamento da ETE Luziânia.

Foto: Lixão do município de Luziânia.

CARTOGRAMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO