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Prática Artemia
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Universidade Tecnológica Federal do Paraná Departamento Acadêmico de Química e Biologia
Disciplina: Ecotoxicologia Aplicada Cód. CTA027 Profas : Adriane Martins de Freitas, Lucia Regina Rocha Martins, Wanessa Ramsdorf
Aula Prática 4: BIOENSAIO DE TOXICIDADE AGUDA COM Artemia salina
Princípio:
O microcrustáceo Artemia sp é um organismo marinho cosmopolita, que tem como habitat
natural lagos de água salgada e salinas, estando adaptada pra sobrevivência em corpos de água
que sofrem marcantes flutuações sazonais. A reprodução partenogenética, quando os machos estão
ausentes, produz cistos que viabilizam a produção de enormes populações e a dispersão do gênero
pelo mundo. O princípio do ensaio consiste na exposição de indivíduos jovens (náuplios fase II e III -
48 horas vida), por um período de 24-48h, a várias concentrações de uma amostra, após o qual
verifica-se o efeito sobre a capacidade natatória (imobilidade)
Equipamentos, reagente e materiais:
lupa estereoscópica
câmara BOD ou estufa (25-27oC)
placa de 24 poços
meio de cultivo para artêmias (solução de água marinha artificial)
funil de separação, bomba de aeração (eclosão de cistos e coleta de náuplios)
béqueres
pipetas graduadas (25, 10 e 5 mL)
pipetas Pasteur e ponteiras
balões volumétricos (50 mL)
solução-teste
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Procedimento:
Para eclosão dos cistos: preparar 200 a 500mL de água marinha artificial (30g L-1) e deixar sob
aeração por 20-40 min. Colocar a água em um béquer e adicionar 100-200 mg de cistos. Incubar o
béquer por 24 horas, na ausência de luz, a 25-28oC. Após, incidir luz apenas na região superior do
béquer (proteger com papel alumínio) e aguardar alguns minutos para a migração das larvas. Retirar
os organismos com auxílio de pipeta-Pasteur ou micropipeta, cuidando para não coletar cistos não
eclodidos. Transferir os náuplios para outros 200-500mL de água marinha artificial previamente
aerada, e incubar o béquer por 24 horas, para que atinjam o estágio adequado à execução do ensaio
(náuplios fase II e III - 48 horas vida).
Preparo das amostras: preparar soluções-teste de SDS nas seguintes concentrações: 50, 40, 30,
20 e 10 mg.L-1, a partir de uma solução-estoque de concentração 100mg.L-1. Homogeneizar
totalmente as soluções-teste. Todas as soluções são preparadas com água marinha artificial
(30 g L-1) para artêmias, assim como o controle.
Outras amostras: adicionar 3g do sal marinho em um béquer com 100mL da solução-teste
(efluente, resíduo de Ni, etc.). A partir desta amostra, realizar as diluições (100, 50, 25, 12 e 6 % ou
100, 10, 1, 0,1 e 0,01%) em água de cultivo.
Protocolo:
1. Transferir cuidadosamente, com auxílio de pipeta Pasteur (ou com pipeta graduada), 10 náuplios
de Artemia sp. (estágio larval mais sensível), para cada poço da Placa de teste.
2. Aspirar, cuidadosamente, o máximo volume possível de meio de cultivo de cada poço,
garantindo a manutenção da quantidade de organismos (usar ponteira de micropipeta)
3. Identificar, na tampa da placa, as concentrações das soluções-teste por fileira de poços, nome
dos responsáveis pelo experimento.
4. Aplicar 1,5 mL de cada solução-teste nos poços (n = 4), assim como no controle negativo
(apenas meio de cultivo)
5. Fechar as placas e mantê-las a 25oC, no escuro, por 24-48 horas.
6. Terminado o tempo de exposição (a leitura poderá ser feita em 24 e 48h, a critério do grupo),
contar os organismos mortos em cada poço: consideram-se mortos aqueles que não
apresentarem qualquer movimento em até 10 segundos de observação. Anotar na tabela e
determinar o valor da CL50 por interpolação gráfica.
7. Validade do teste: a mortalidade no controle negativo (apenas meio de cultivo) não deve
ultrapassar 10% e pelo menos 80% das larvas devem morrer na maior concentração do teste; a
CL50 deve estar entre 13,1 e 30,9 mg/L
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Montagem do Bioensaio de toxicidade aguda:
Esquematize as diluições na placa:
Data de início: ___________________ Data de término: _______________________________
poço controle* Conc 1 Conc 2 Conc 3 Conc 4 Conc 5
A
B
C
D
*controle =1,5 mL de meio de cultivo
Referências bibliográficas:
EPA. United States Environmental Protection Agency. Methods for measuring the acute toxicity of effluents and receiving waters to freshwater and marine organisms. 5.ed. 2002.
Nascimento, Iracema A.; Sousa, Eduinetty C.P.M.; Nipper, Marion. Testes de toxicidade aguda com o microcrustáceo Artemia sp. (In: Métodos em ecotoxicologia: aplicações no Brasil), São Paulo: Editora Artes Gráficas e Indústricas Ltda, 2002.
PETROBRAS. Normas técnicas. Norma técnica N-2588. Determinação da toxicidade aguda de agentes tóxicos em relação à Artemia sp. 1996.
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