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A PARTICIPAÇÃO DOS PAIS E DA COMUNIDADE NA ESCOLA

Andreia Tomás | Carla Freitas | Carolina Martins | Marta Abreu | Teresa Vasconcelos

ÍNDICE

1. Introdução2. Problemática3. Análise sócio-cultural da família e da escola4. Autonomia, Administração e Gestão5. Cultura de Participação e Gestão Participativa6. Caracterização dos Intervenientes 7. Análise de um questionário e caso prático8. Questões9. Conclusão

10. Referências Bibliográficas


Este trabalho visa compreender as alterações decorridas nas últimas décadas no sistema educativo, e em que medida a participação da comunidade educativa tem se reflectido na vida activa dos alunos.

INTRODUÇÃO


Quais foram as mudanças sócio-culturais em Portugal nas últimas décadas e que consequências tiveram na gestão da escola?

PROBLEMÁTICA


As transformações na estrutura familiar

Famílias monoparentais Famílias numerosas desfragmentadas As crianças são desprovidas do contacto diário com os

avós Os pais passam cada vez menos tempo com os filhos Maior percentagem de filhos nascidos fora do

matrimónio As mulheres portuguesas têm o primeiro filho cada vez

mais tarde Afirmação profissional das mulheres portuguesas

MUDANÇAS SÓCIO-CULTURAIS DA FAMILIA E DA ESCOLA


As escolas caracterizam-se pela:

Aumento das taxas de escolarização

Heterogeneidade social e cultural



A escola cultural visa uma perspectiva multidimensional

Dimensão lectiva

Dimensão extra-lectiva

Dimensão interactiva



Exemplos:

Escola preparatória Teixeira Lopes em Vila Nova de Gaia

Escola primária Sismaria da Gândara



Resultados

A satisfação de professores, alunos e familiares é elevada

Os contactos entre os professores e encarregados de educação aumentaram

Os alunos que beneficiam destas intervenções

melhoraram no seu aproveitamento escolar



Decreto de lei nº 49/2005 de 30 de Agosto Artigo 46.º

1 – “A administração e gestão do sistema educativo devem assegurar o pleno respeito pelas regras de democraticidade e de participação (…).2 - O sistema educativo deve ser dotado de estruturas administrativas (…) que assegurem a sua interligação com a comunidade mediante adequados graus de participação(…)”.

Artigo 48.º2 – “Em cada estabelecimento ou grupo de estabelecimentos de educação e ensino administração e gestão orientam-se por princípios de democraticidade e de participação de todos os implicados no processo educativo, tendo em atenção as características específicas de cada nível de educação e ensino”.

AUTONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO


Decreto Legislativo Regional nº 4/2000/M (31 de Janeiro)

Aprova o regime de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos de educação de ensino público da Região Autónoma da Madeira.

Artigo n.º4: “A autonomia das escolas deve ser entendida como a capacidade para tomar decisões nos domínios estratégico, pedagógico, administrativo, financeiro e organizacional, no quadro do projecto educativo e em função das competências e dos meios que lhe estão atribuídos, visando proporcionar aos alunos experiencias e aprendizagens relevantes.”



Solução para a participação da gestão escolar, baseia-se em:

Descentralizar poderes (A abertura das escolas ao exterior )

Transformar cada escola, ou conjunto de escolas afins, numa unidade autónoma de gestão (Reforço da autonomia)

Instituir e desenvolver nas escolas, estruturas e processos de gestão participativa (Reforço de lideranças)



Desenvolvimento da “Gestão participativa”

Teorias da administração e da análise organizacional

Práticas de gestão empresarial

CULTURA DE PARTICIPAÇÃO E GESTÃO PARTICIPATIVA


Podemos verificar a existência de uma larga aceitação quanto às necessidades de incutir meios de “ gestão participativa” em todos os tipos de organizações, mesmo que as motivações possam ser diversas.



Reflexão da “Gestão Participativa” na estrutura escolar

Favorece o envolvimento parental e da comunidade

Formação de professores

Desenvolvimento de parcerias entre a escola, a família e a comunidade

Modificação das suas atitudes relativamente ao envolvimento parental



Professores

Organiza e gere a dimensão do acto educativo

Define objectivos, selecciona estratégias, planifica, organiza, coordena e avalia

Cria condições de facilitação de aprendizagem

CARACTERIZAÇÃO DOS INTERVINIENTES


Pais

A participação não se resume na recepção de informações sobre os seus filhos

Alunos

Não são consumidores passivos dos conhecimentos transmitidos pelos professores, mas sim co-produtores dos saberes



Pessoal não docente

Técnico de apoio logístico

Funções educativas nas actividades da escola

Representantes da Comunidade Local

Parceiros e co-responsáveis pela sociedade local



NOTANOTA

A análise feita a cada uma das questões, corresponde à opiniões mais incidentes dos entrevistados

Foram reagrupadas de maneira sequencial por semelhança de conteúdo

ANÁLISE DE UM QUESTIONÁRIO E CASO PRÁTICO


Encarregados de Educação

● Como caracterizava o seu papel na participação na escola?

Atento e preocupado Vai á escola quando solicitado



Directores de Turma

● Como caracterizava o papel dos pais na comunidade escolar?

O que é atento e preocupado O que vai á escola quando solicitado

O que subitamente fica muito preocupado

O que é despreocupado



Concluímos também que:

A causa da abstenção dos pais na vida escolar dos seus filhos tem particularmente origem nos horários laborais inflexíveis e auxiliar a carreira escolar do aluno torna-se difícil.



Directores de Turma

● O que define a participação dos pais na escola?

A participação não se resume na recepção de informações sobre os seus filhos.

É necessário, que apresentem sugestões, que tomem decisões em comum com os professores, e que participem nas actividades da escola.



● Qual é a tarefa dos pais na educação dos filhos?

É apoia-los e incutir a responsabilidade no seu papel de estudante de forma a preparar para o futuro. Aqui a família representa uma base importante na formação do aluno para a comunidade.



Escola Básica 2º e 3º Ciclos do Caniçal, localizada no Sítio do Barro, freguesia do Caniçal

● Projecto Educativo(2007) Os encarregados de educação, “…não conseguiram opinar com sentido critico…por desconhecerem muito da realidade e das dinâmicas escolares. Há uma necessidade de informar e formar mais os encarregados de educação” (p.24).

ANÁLISE DO CASO PRÁTICO


● Projecto Educativo(2007) “Vão à escola poucas vezes por iniciativa própria ou por assuntos pessoais, só quando solicitados é que vão, se puderem. Muitos ainda não vão à escola. Os que vão fazem-no com o sentido de detectar problemas inerentes ao seu educando, respectivamente em relação à avaliação comportamento…”(p.24).



Escola Básica e Secundária do Carmo, localizada no Sítio do Carmo, cidade de Câmara de Lobos

● O projecto educativo de 2005/2006, “os problemas da escola” as temáticas abordadas foram: a insegurança, indisciplina e a falta de higiene.



● Segundo o tratamento de inquéritos destinados a professores, alunos e funcionários, durante a avaliação deste projecto educativo, concluiu-se que, houve uma melhoria de 50% nas temáticas acima abordadas.

● Permite-nos concluir que se a participação dos pais no contexto escola e casa, fosse mais activa, estes valores poderiam ter sido mais significativos.



Qual é a tarefa dos pais na educação dos seus filhos? (Resposta rápida)

QUESTÕES


Qual é a tarefa dos pais na educação dos seus filhos? (Resposta rápida)

QUESTÕES


● É apoia-los e incutir a responsabilidade no seu papel de estudante de forma a prepara-los para o futuro. Aqui a família representa uma base importante na formação do aluno para a comunidade.

O conselho da comunidade educativa é formado por que elementos: (Escolhe a resposta correcta)

1-Professores, alunos e pais

2-Professores, pais, alunos, pessoal não docente, representantes da comunidade local

3-Professores, pessoal não docente e alunos

QUESTÕES


Os objectivos do novo modelo da gestão escolar são: escolas fechadas em si próprias, negar a participação dos pais e autarquias, reforçar a autonomia e liderança da comunidade escolar. V F

QUESTÕES


Para a escola levar a cabo o projecto educativo precisa do anuimento da família do aluno, que por vezes está incapacitada de saber suficiente. Nalgumas comunidades urge formar os pais para esse envolvimento. Sabe-se a necessidade, adivinha-se o resultado das acções descritas, mas desconhece-se o método de cativar as disponibilidades e atenções dos pais. É necessário, portanto, pensar nas formas, outras formas, de operacionalizar a chamada.

CONCLUSÃO


Marques, R. (1997). Professores, Famílias e projecto educativo. Edições ASA - Divisão Gráfica.

Ferreira, S. (1984). Aprender a ensinar. Ensinar a aprender. Porto: Edições Afrontamento.

Hohmann, M & Weikart, D. (1997). Educar a Criança. Coimbra: Fundação Calouste Gulbenkian.

Ministério da Educação (1997). Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar. Lisboa: Departamento de Educação Básica- Núcleo de Educação Pré-Escolar.

Oliveira, J. (1994). Psicologia da Educação Familiar. Coimbra: Livraria Almedina.

Relvas, A. (1996). O ciclo vital da Família. Porto: Edições Afrontamento.

Marques,R. (1981). Educação hoje. A escola e os pais: como colaborar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


Cury, A. (2006). Filhos Brilhantes, Alunos Fascinantes. Cascais: Editora Pergaminho.

Cury, A. (2004). Pais Brilhantes, Professores Fascinantes. Cascais :Editora Pergaminho.

Direcção Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular (2008). Para o desenvolvimento de uma cultura de participação na escola. Retirado a 16 de Outubro, 2008, dehttp://www.dgidc.min-edu.pt/inovbasic/biblioteca/ccoge01/cap1.html

Projectos de Pesquisa Educativa no País (2002). Envolvimento Parental na Escola e Ajustamento Emocional e Académico. Um estudo longitudinal com crianças do ensino básico . Retirado a 18 de Outubro, 2008, de http://www.ese-jdeus.edu.pt/projectoepe/res/resultados3.html



Projecto Educativo. Escola Básica do 2º e 3º Ciclos do Caniçal 2006/2007. Retirado a 17 de Outubro, 2008, de http://www01.madeira-edu.pt/estabensino/ebcanical/conteudos/ProjectoEducativo.pdf

Acta Reunião conselho da comunidade Educativa. Projecto Educativo. Escola Básica do 2º e 3º Ciclos do Carmo 2005/2006.

Lei n.º49, 30 de Agosto de 2005(2005). Segunda alteração à Lei de Bases do Sistema Educativo e primeira alteração à Lei de Bases do Financiamento do Ensino Superior. Retirado a 12 de Outubro, 2008, dehttp://min-edu.pt/np3content/?newsId=1224&fileName=lei_49_2005.pdf



“Os jovens conhecem cada vez mais o mundo em que estão, mas não sabem quase nada sobre o mundo que vão”(Augusto Cury, 2004, p.15).

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