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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SO CARLOS

CENTRO DE CINCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA

CURSO DE GRADUAO EM ENGENHARIA QUMICA

PROJETO PEDAGGICO

SO CARLOS NOVEMBRO DE 2009

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SO CARLOS

REITOR Prof. Dr. Targino de Arajo Filho

VICE-REITOR Prof. Dr. Pedro Manoel Galetti Junior

PR-REITORIA DE GRADUAO Profa. Dra. Emlia Freitas de Lima

DIRETOR DE CENTRO DE CINCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA Prof. Dr. Ernesto Antonio Urquieta Gonzalez

CHEFE DO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUMICA Prof. Dr. Roberto de Campos Giordano

COORDENADOR E VICE-COORDENADOR DE GRADUAO EM ENGENHARIA QUMICA Prof. Dr. Antonio Jos Gonalves da Cruz Prof. Dr. Everaldo Csar da Costa Arajo

SECRETRIO DO CURSO DE GRADUAO EM ENGENHARIA QUMICA Carlos Augusto Soares

APRESENTAO

O curso de Engenharia Qumica da Universidade Federal de So Carlos (UFSCar) foi criado em 30 de abril de 1976, na 59 Reunio do Conselho Federal de Curadores da Fundao Universidade Federal de So Carlos, sendo o primeiro vestibular realizado em julho do mesmo ano, com o oferecimento de 30 vagas. A estrutura curricular do curso foi aprovada pelo conselho Federal de Educao atravs da homologao do Parecer 7704/78, publicado no Dirio Oficial da Unio em 28 de maro de 1978. O curso foi reconhecido pelo Conselho Federal de Educao atravs da Portaria no 11 de 08/01/1982. Desde sua criao o curso de Engenharia Qumica sofreu quatro alteraes curriculares. A primeira, em 1980, resultou basicamente em mudanas de ementas e alteraes de nomes de disciplinas, sem alterao da carga horria. A segunda, em 1984, partiu de deciso da Cmara de Graduao da UFSCar, que recomendava aos cursos um reestudo de seus currculos com o objetivo de reduo do nmero de crditos. Com essa reestruturao o curso de Engenharia Qumica passou de 290 para 258 crditos. A terceira alterao produziu uma reformulao significativa no projeto do curso com a introduo da disciplina Desenvolvimento de Processos Qumicos que introduziu nova metodologia de ensino da Engenharia Qumica brasileira e produziu o currculo vlido para os ingressantes a partir de 1998. A quarta alterao visou a introduo do projeto pedaggico do curso, aprimorou o currculo anterior e criou o novo currculo vlido para os ingressantes das turmas a partir de 2005. O projeto pedaggico apresentado em detalhes neste catlogo e sua implementao certamente ser bem sucedida com a participao ativa de alunos e professores do curso. Tambm objetivo deste catlogo apresentar informaes sobre o Departamento de Engenharia Qumica, a filosofia, infra-estrutura e sobre a Matriz Curricular do Curso, propiciando uma orientao aos alunos e professores sobre o curso e seu projeto pedaggico.

SUMRIO........................................................................................................................................................pg 1. Introduo...................................................................................................................................1 1.1. Breve Histrico da Engenharia Qumica.................................................................................1 1.2. Histrico do Curso de Engenharia Qumica da UFSCar.........................................................3 1.3. Avaliao do Curso de Engenharia Qumica da UFSCar........................................................4 1.4. Reformulaes Curriculares de 1980, 1984 e de 1998............................................................5 1.5. Aspectos Legislativos da Profisso e Atuao Profissional....................................................8 1.6. Diretrizes Curriculares...........................................................................................................10 2. Apresentao da Atual Reformulao Curricular.....................................................................11 2.1. Definio do Perfil do Profissional a ser Formado................................................................14 2.2. Grupos de Conhecimentos Fundamentais Formao do Profissional de Engenharia Qumica e Definio dos Contedos..........................16 2.3. Competncias, Habilidades, Atitudes e Valores Fundamentais Formao do Profissional de Engenharia Qumica.......................................................................19 2.4. Disciplinas Propostas e Departamentos Responsveis...........................................................22 2.4.1. Disciplinas Obrigatrias......................................................................................................22 2.4.2. Disciplinas Optativas Tcnicas............................................................................................23 2.4.3. Disciplinas Optativas de Cincias Humanas e Sociais........................................................24 2.5. Atividades Curriculares..........................................................................................................24 2.6. Tratamento Metodolgico......................................................................................................25 2.7. Princpios de Avaliao..........................................................................................................27 2.8. Articulao entre Disciplinas e Atividades Curriculares........................................................30 2.9. Ementas e Objetivos Gerais das Disciplinas Propostas..........................................................33 2.9.1. Ementas e Objetivos Gerais das Disciplinas Obrigatrias...................................................33 2.9.2. Ementas e Objetivos Gerais das Disciplinas Optativas Tcnicas........................................56 2.9.3. Ementas e Objetivos Gerais das Disciplinas Optativas de Cincias Humanas e Sociais.....................................................................................65 2.10. Matriz Curricular e Periodizao das Disciplinas.................................................................68 2.11. Infra-estrutura Necessria ao Funcionamento do Curso.......................................................71 2.12. Corpo Docente e Tcnico-administrativo para o Curso........................................................76 2.13. Questes Administrativas Gerais Afetas ao Curso...............................................................79 3. Bibliografia................................................................................................................................81

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1. IntroduoO presente documento apresenta o Projeto Pedaggico do Curso de Graduao em Engenharia Qumica da UFSCar, adequado s Diretrizes Curriculares dos Cursos de Graduao em Engenharia (Resoluo CNE/CES n 11 de 11/03/2002), s Normas para a Criao e Reformulao dos Cursos de Graduao/UFSCar (Parecer CaG/CEPE n 171/98, substitudo pela portaria GR no 771/04, de 18 de junho de 2004) e ao Perfil Geral do Profissional a ser Formado na UFSCar ( Parecer CEPE/UFSCar no 776/2001).

1.1. Breve Histrico da Engenharia QumicaOs primrdios da Engenharia Qumica em escala fabril, de uma forma similar que conhecemos hoje, remontam aos meados do sculo XIX, com a Europa, notadamente Alemanha, Inglaterra e Frana, desempenhando notveis esforos para a produo de bens de consumo durveis em larga escala, principalmente tecidos. Os profissionais que desempenhavam as atividades do desenvolvimento desses processos fabris eram qumicos e engenheiros mecnicos. Esses processos eram muitas vezes simples ampliaes das escalas de laboratrio e muitas vezes realizadas de maneira bastante rudimentar: escolha das matrias primas, seleo de algumas etapas de processamento, usualmente realizadas em grandes tachos, e vendas dos produtos. Aspectos importantes como a otimizao do processo, buscando economizar energia, maior produo por unidade de matria-prima ou proteo ao meio ambiente eram simplesmente ignorados. Em 1883 o amadorismo na operao dessas fbricas chegou a tal nvel que o governo ingls viu-se obrigado a promulgar o Alkali Works Act que limitava a emisso de cido clordrico na produo de hidrxidos alcalinos, tal a devastao provocada pelo ento muito utilizado processo Le Blanc. Essa foi, com certeza, a primeira lei voltada para o meio ambiente, decorrente da industrializao, na histria moderna da humanidade. A aplicao da lei criou a necessidade da existncia de um corpo tcnico de fiscais; dentre eles George E. Davis (18501906). Durante suas inspees, Davis foi acumulando conhecimento tcnico e percebendo a necessidade da existncia de um novo profissional, cujos conhecimentos estivessem entre o do qumico e do engenheiro mecnico e que seria capaz de aplicar uma abordagem mais sistemtica ao desenvolvimento de novas fbricas, bem como sua operao. Tentou em 1880, sem sucesso, criar a Sociedade dos Engenheiros Qumicos, em Londres. Sem se abalar, em 1887 profere doze palestras sobre a operao de fbricas na Escola Tcnica de Manchester, hoje Universidade de Manchester. Nessas palestras, que so admitidas como sendo as primeiras aulas de Engenharia 1

Qumica, Davis no utiliza processos de fabricao de produtos especficos, mas sim o conceito de unidades comuns a todos eles. Em 1901 ele publicou o Manual do Engenheiro Qumico, onde destacava conceitos de segurana, plantas piloto e operaes unitrias, bastante conhecidas do engenheiro qumico de hoje. O sucesso do manual foi to grande a ponto de sair uma segunda edio em 1904, dois anos antes de sua morte. Do outro lado do Atlntico, os Estados Unidos, at ento uma nao de segunda linha no campo da indstria qumica, optaram por no diversificar a fabricao de produtos qumicos, onde os alemes eram imbatveis, mas produzir alguns poucos de alto valor agregado e em grande quantidade. Em 1884 o processo Solvay de obteno de bicarbonato de sdio, desenvolvido em 1863 pelo qumico belga Ernest Solvay, transferido para os EUA, trazendo algumas novidades: 1) continuidade, ou seja, a matria prima e os produtos fluem continuamente para dentro e para fora do processo; 2) eficincia no aproveitamento da matria-prima; 3) simplicidade na purificao dos produtos; 4) limpeza por no gerar prejuzo ao meio ambiente. Em 1888, o professor de Qumica Orgnica Industrial, Lewis Norton, inaugurou o curso de nmero 10 do Instituto de Tecnologia de Massachussets (EUA), encarregado da formao de Engenheiros Qumicos. A forma curricular embrionria desse primeiro perodo curricular buscava organizar e sistematizar os conhecimentos da nova profisso que surgia. Em 1916 foi criada a Escola de Engenharia Qumica na mesma instituio. Nove anos mais tarde, em 1925, seria criado o primeiro curso de Engenharia Qumica do Brasil, na Escola Politcnica da USP, embora j existisse o curso de Engenharia Industrial desde 1896. Nessa primeira fase a caracterizao desse profissional, o engenheiro qumico, foi evoluindo de uma formao baseada no experimentalismo industrial para uma maior sistematizao do conhecimento. Ao transformar matria-prima em produtos de maior valor agregado os primeiros engenheiros qumicos comearam a se familiarizar com as operaes fsicas e qumicas necessrias para essas transformaes. Exemplos dessas operaes incluiam filtrao, moagem, transporte de slidos e fluidos, etc. Essas operaes unitrias tornaram-se uma maneira adequada de organizar a "cincia da engenharia qumica". Em 1915, Arthur Little, em carta endereada ao presidente do Massachussets Institute of Technology enfatizou o potencial das operaes unitrias para distinguir a Engenharia Qumica das demais profisses e tambm fornecer aos programas de engenharia qumica um foco comum. Essa concepo definiu o que se pode chamar de segundo perodo curricular da engenharia qumica.

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Na dcada de 50, os professores Neal R. Amundson e Rutherford Aris iniciaram na Universidade de Minnesota uma srie de estudos relacionados modelagem matemtica de reatores qumicos e em 1960 ocorreu o lanamento daquela que seria talvez a maior revoluo na forma de se ensinar os fundamentos da engenharia qumica: o lanamento do livro Transpot Phenomena dos professores Bird, Stewart e Lightfoot, da Universidade de Wisconsin. Essa dcada pode ser considerada como a do incio do terceiro perodo curricular. Nesse perodo criado em 1976, o Curso de Engenharia Qumica da UFSCar, com o objetivo de formar um engenheiro que aliasse slida base nos fundamentos capacidade de iniciativa e crtica.

1.2. Histrico do Curso de Engenharia Qumica da UFSCarO Curso de Engenharia Qumica da Universidade Federal de So Carlos teve sua criao aprovada em 30 de abril de 1976, na 59 Reunio do Conselho de Curadores da Universidade. A estrutura curricular do Curso foi aprovada pelo Conselho Federal de Educao (CFE) atravs da homologao do Parecer 7.704/78, publicado no Dirio Oficial em 23/03/79, sendo o Curso reconhecido pelo CFE atravs da Portaria n 11 de 08/01/82. O Curso teve seu primeiro Processo Seletivo (Vestibular) realizado em julho do mesmo ano com o oferecimento de 30 vagas. Em 1991, esse nmero foi ampliado para 40 e em 1999 para 60 vagas. Com a implantao do Programa de Apoio a Planos de Reestruturao e Expanso das Universidades Federais (Reuni), a partir do ano de 2009 o curso de Engenharia Qumica passou a oferecer 80 vagas. O Curso tem evoludo rapidamente, sendo apontado hoje como uns dos melhores do pas. Essa posio privilegiada tem sido o resultado da alta qualificao do Corpo Docente do Departamento de Engenharia Qumica e da existncia de uma completa infraestrutura laboratorial, a qual tem permitido o oferecimento de ensino de qualidade. O Curso em perodo integral oferece 80 vagas e apresenta carga horria de 4020 horas, referentes a 268 crditos, distribuda em 10 semestres. Devido a esta notoriedade, nos cinco ltimos processos seletivos, o Curso de Engenharia Qumica da UFSCar vem tendo boa procura com as seguintes relaes candidato/vaga: 2006 (20,30), 2007 (21,98), 2008 (27,05), 2009 (22,40) e 2010 (26,45). Na sua criao, o cerne da estrutura curricular do Curso de Graduao em Engenharia Qumica da UFSCar baseou-se nos que existiam nas principais escolas do Estado de So Paulo naquela poca, porm com uma forte nfase em atividades de prticas laboratoriais. Para tanto se 3

desenvolveu, talvez, um dos mais completos laboratrios de Fenmenos de Transporte da poca. O Departamento de Engenharia Qumica, criado na mesma poca e responsvel pelas disciplinas profissionalizantes e especficas do Curso, constituiu seu corpo docente de maneira ecltica, quanto formao de seus professores, todos eles oriundos das melhores escolas do eixo Rio de Janeiro - So Paulo. Essa vocao laboratorial, mostrando ao aluno a aplicao prtica dos conhecimentos tericos aprendidos em sala de aula tornou-se imediatamente um diferencial que rapidamente se traduziu em aceitao pelo mercado de trabalho dos alunos formados na UFSCar. Em uma segunda etapa, efetuou-se um enorme esforo para titulao de seu corpo docente no Brasil e no Exterior, nos melhores programas de ps-graduao existentes, dessa forma elevando a capacitao dos docentes do curso de graduao de Engenharia Qumica. A dcada de 80 promoveu uma grande revoluo em todos os setores, com o advento da microinformtica, e a de 90 com o fenmeno da globalizao e do seu lado mais visvel, a INTERNET. Com o crescente surgimento de novas tecnologias, novos desafios surgiram para a profisso de engenheiro qumico e o Curso de Engenharia Qumica da UFSCar percebeu a necessidade de evoluo, propondo ao longo de sua existncia trs alteraes curriculares, implantadas em 1980, 1984 e 1998, respectivamente.

1.3. Avaliao do Curso de Engenharia Qumica da UFSCarO Curso de Graduao em Engenharia Qumica tem sido avaliado sistematicamente atravs de processos de avaliao do Ministrio da Educao (MEC) implementados e coordenados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP). De 1996 a 2003, o Exame Nacional de Cursos (ENC-Provo) foi um exame aplicado aos formandos com o objetivo de avaliar os cursos de graduao da Educao Superior, no que tange aos resultados do processo de ensino-aprendizagem (http://www.resultadosenc.inep.gov.br/). A partir do ano de 2004 o INEP implantou o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). O curso de Engenharia Qumica passou por duas avaliaes em 2005 e 2008 nas quais obteve o conceito A. Os resultados das avaliaes encontram-se disponveis no endereo eletrnico: http://www.inep.gov.br/superior/enade/. Desde 2005 o curso de Engenharia Qumica da UFSCar classificado como curso cinco estrelas pelo Guia do Estudante (http://guiadoestudante.abril.com.br/).

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1.4. Reformulaes Curriculares de 1980, 1984 e de 1998Tal como citado, durante o funcionamento desde a criao de curso ocorreram trs reformulaes curriculares. Na seqncia so comentados os principais motivos e as principais mudanas curriculares implementadas por cada uma delas. As discusses para a primeira reforma curricular (1980) iniciaram-se um ano aps ter-se estabelecido o primeiro currculo. A referida reforma foi desencadeada devido fundamentalmente proposta de alterao de disciplinas e ementas por parte de outros departamentos, solicitao de algumas modificaes pelo Conselho Federal de Educao, necessidade de uma reviso geral dos requisitos exigidos na matrcula em algumas disciplinas e necessidade da criao de novas disciplinas pela reestruturao do conjunto de disciplinas bsicas. Esta primeira reforma resultou basicamente em mudanas de ementas e nomes de disciplinas, no alterando a carga horria e os requisitos. A discusso da segunda reforma curricular (1984) partiu de deciso da Cmara de Graduao da UFSCar (CaG), que na poca recomendou aos Cursos um reestudo dos seus currculos com objetivo de diminuir o nmero de crditos. Para o Curso de Engenharia Qumica essa recomendao estipulava um nmero total em torno de 250 de crditos. O resultado desta segunda reforma levou efetivamente a uma reduo do nmero de crditos, conseguida atravs da redefinio de ementas, fuso e/ou eliminao de disciplinas e otimizao do seu nmero de crditos. A Engenharia Qumica brasileira uma das poucas reas do Ensino Superior que tm por hbito reunir bienalmente professores de todo o pas em um encontro patrocinado por uma associao de classe, a Associao Brasileira de Engenharia Qumica (ABEQ). Esses Encontros Nacionais de Ensino de Engenharia Qumica (ENBEQs) permitem, alm da reflexo sobre os ensinos de graduao e ps-graduao, uma troca de experincias entre as diversas escolas. Dessas discusses e das experincias acumuladas pelos corpos docentes dos diversos departamentos que oferecem disciplinas para o Curso de Engenharia Qumica, resultou, no final dos anos 90, uma nova proposta curricular. A estrutura curricular vigente na poca fruto da segunda reforma curricular, aplicada por mais de 12 anos, tinha sido a responsvel pelo sucesso do Curso, verificado pela forte demanda dos nossos profissionais pelos diferentes segmentos empresariais do Setor Qumico, Institutos de Pesquisa e Universidades. 5

No entanto, devido s ocorrncias, por um lado de uma acelerao sem precedentes do desenvolvimento cientfico e tecnolgico, envolvendo aspectos relacionados com a informtica, qualidade, meio ambiente, segurana e, por outro, de mudanas radicais na economia nacional e internacional, principalmente no que diz respeito a abertura de mercado e globalizao, resultou na necessidade de criar mecanismos no curso, que permitiriam aos alunos egressos sarem preparados para enfrentar os desafios tecnolgicos impostos pela sociedade, que cada vez mais exige mudanas na eficincia e qualidade dos bens que consome e da proteo ao meio ambiente pela aplicao de tecnologias limpas. Dessa forma surgiu uma forte necessidade de se introduzir mudanas na estrutura curricular do curso de modo a atingir esses objetivos. As mudanas curriculares sugeridas na terceira reforma curricular (1998) nasceram aps um amplo processo de auto-avaliao do curso, que detectou as necessidades de reformulao especificadas nos itens a seguir. Assim, a Coordenao de Curso, atravs de uma Comisso de Reformulao Curricular designada pelo Conselho de Coordenao de Curso, promoveu uma ampla discusso com os diferentes departamentos que ministram disciplinas ao nosso curso. A diretriz principal das discusses foi uma redefinio do esforo discente/docente com vistas participao mais ativa e independente do aluno no processo de aprendizagem, introduo de um maior uso de mtodos computacionais e de informtica durante o processo de ensino/aprendizagem, procurando estimular sua capacidade criativa e inovadora na soluo de desafios tecnolgicos. As linhas gerais que nortearam a terceira reforma curricular (1998) foram: a) Aproximao e interpenetrao das disciplinas bsicas e profissionalizantes Reduziu-se a separao do curso em ciclo bsico e ciclo profissional. O aluno passou a ter contato com disciplinas especficas de Engenharia Qumica mais cedo e disciplinas consideradas bsicas foram aproximadas de suas aplicaes mais diretas. A disciplina Introduo Engenharia Qumica voltou a fazer parte do currculo, possibilitando ao aluno recm ingresso, uma viso geral da profisso e do curso, bem como um maior contato com as reas de Ensino e Pesquisa do Departamento de Engenharia Qumica. b) Reestruturao dos laboratrios didticos Foram criadas disciplinas especficas de laboratrio de engenharia qumica, especificamente de Fenmenos de Transporte, Operaes Unitrias e Engenharia das Reaes. Isto permitiu uma melhor utilizao dos laboratrios didticos do DEQ, com turmas menores e 6

professores responsveis pela orientao e acompanhamento dos alunos. No entanto, a vinculao entre conceituao terica e prtica em laboratrio didtico permaneceu. c) Maior utilizao de recursos computacionais Os alunos foram incentivados a utilizarem recursos computacionais ao longo de todo o curso e no apenas em disciplinas especficas de programao e simulao, a desenvolver programas computacionais e tambm a utilizar os chamados softwares bsicos e especficos de engenharia qumica. d) Introduo de disciplinas formadoras da capacidade criativa e inovadora Foram criadas as disciplinas Desenvolvimento de Processos 1 e 2 que introduziram laboratrio nas disciplinas de processos. Os alunos, trabalhando em equipes sob a orientao de docentes, tm disponvel um laboratrio para a montagem de experimentos que possam fornecer informaes sobre os processos estudados. o conceito de Laboratrio Aberto, cabendo aos alunos a proposio dos experimentos, de forma criativa e inovadora, para a resoluo de um determinado problema ou a obteno de dados necessrios ao desenvolvimento de um processo. A infra-estrutura deste Laboratrio foi montada com o projeto de ensino financiado pelo PADCT intitulado Laboratrio Aberto de Processos, e a expanso do laboratrio de ensino do DEQ foi financiada pela Secretaria de Ensino Superior do Ministrio da Educao e Cultura (SESU/MEC). e) Reduo da carga horria global Embora uma das premissas da terceira reforma curricular tenha sido a reduo do nmero de crditos, houve efetivamente um aumento de 252 (3780 horas) para 264 crditos (3960 horas). Destacam-se ainda as seguintes modificaes trazidas pela terceira reforma curricular: Incluso de disciplina obrigatria sobre Gesto da Produo e Qualidade, Incluso de disciplina obrigatria sobre Controle Ambiental que trata, alm da caracterizao e controle de efluentes, da importncia de se considerar o tratamento de resduos no desenvolvimento de novos processos, Incluso da disciplina Estgio Supervisionado fazendo com que o estgio em indstrias, empresas de consultoria, institutos de pesquisa ou universidades seja uma atividade curricular obrigatria, Ampliao das relaes de disciplinas Optativas Tcnicas e de Cincias Humanas e Sociais. Pode-se notar que a terceira reforma curricular implementada em 1998 teve uma natureza inovadora propondo uma nova filosofia curricular com profundas modificaes de contedo. 7

Salienta-se que a criao das disciplinas de Laboratrio de Fenmenos de Transporte, Operaes Unitrias e de Engenharia das Reaes veio consolidar o perfil fortemente experimental do Curso de Graduao em Engenharia Qumica da UFSCar j conhecido nacionalmente. Complementando, a proposta das disciplinas de Desenvolvimento de Processos Qumicos 1 e 2 selou uma nova abordagem metodolgica, diferenciando a formao dos nossos egressos.

1.5. Aspectos Legislativos da Profisso e Atuao ProfissionalO exerccio da Profisso de Qumico no Brasil foi regulamentado pelo Decreto Lei N 24.693, de 12 de julho de 1934, que no seu Artigo 1 determina: Art. 1 - No territrio da Repblica, s podero exercer a profisso de qumico os que possurem diploma de qumico industrial agrcola, qumico industrial, ou engenheiro qumico, concedido por escola superior oficial ou oficializada e registrado no Ministrio do Trabalho, Indstria e Comrcio. Observa-se, portanto, que segundo a lei 24.693 os engenheiros qumicos so reconhecidos como profissionais da rea qumica. O perfil dos profissionais da rea qumica foi regulamentado conforme Decreto Lei N 85.877, de 07 de abril de 1981, que estabelece normas para execuo da Lei n 2.800, de 18 de junho de 1956, sobre o exerccio da profisso de qumico. O exerccio da profisso de qumico, em qualquer de suas modalidades, compreende um elenco de 16 atividades listadas a seguir: 01. Direo, superviso, programao, coordenao, orientao e responsabilidade tcnica no mbito das atribuies respectivas; 02. Assistncia, assessoria, consultoria, elaborao de oramentos, divulgao e comercializao, no mbito das atribuies respectivas; 03. Vistoria, percia, avaliao, arbitramento e servios tcnicos; elaborao de pareceres, laudos e atestados, no mbito das atribuies respectivas; 04. Exerccio do magistrio, respeitada a legislao especfica; 05. Desempenho de cargos e funes tcnicas no mbito das atribuies respectivas; 06. Ensaios e pesquisas em geral. Pesquisa e desenvolvimento de mtodos e produtos; 07. Anlise qumica e fsico-qumica, qumico-biolgica, bromatolgica, toxicolgica e legal, padronizao e controle de qualidade; 08. Produo, tratamentos prvios e complementares de produtos e resduos; 8

09. Operao e manuteno de equipamentos e instalaes, execuo de trabalhos tcnicos; 10. Conduo e controle de operaes e processos industriais, de trabalhos tcnicos, reparos e manuteno; 11. Pesquisa e desenvolvimento de operaes e processos industriais; 12. Estudo, elaborao e execuo de projetos de processamento; 13. Estudo de viabilidade tcnica e tcnico-econmica no mbito das atribuies respectivas; 14. Estudo, planejamento, projeto e especificaes de equipamentos e instalaes industriais; 15. Execuo, fiscalizao de montagem e instalao de equipamento; 16. Conduo de equipe de instalao, montagem, reparo e manuteno. Os currculos de natureza qumica distinguem-se em: Qumica: compreendendo os conhecimentos de qumica de carter profissional. Qumica Tecnolgica: compreendendo os conhecimentos de qumica de carter profissional e de tecnologia, abrangendo processos e operaes da indstria qumica e correlatas. Engenharia Qumica: compreendendo os conhecimentos de qumica de carter profissional e de tecnologia, abrangendo processos e operaes, planejamento e projeto de equipamentos e instalaes da indstria qumica e correlatas. Ressalta-se que, dentre os vrios profissionais da rea qumica, segundo a legislao vigente, apenas aos engenheiros qumicos compete o desenvolvimento de todas as 16 atividades listadas. O exerccio da profisso de Engenheiro, e do Engenheiro Qumico em particular, tambm regulamentada pela lei n0 5.194 de 24 de dezembro de 1966. As atribuies profissionais esto definidas no art. 70 e as atividades previstas para o exerccio profissional, para efeito de fiscalizao, esto regulamentadas pela resoluo 218 do CONFEA de 29 de junho de 1973. No caso do Engenheiro Qumico as atividades se aplicam no mbito da indstria qumica e petroqumica, da indstria de alimentos, de produtos qumicos ou se relativas ao tratamento de guas ou de rejeitos industriais, em quaisquer instalaes industriais. As atividades designadas para o exerccio profissional da engenharia so listadas a seguir: 1. Superviso, coordenao e orientao tcnica 2. Estudo, planejamento, projeto e especificao 3. Estudo de viabilidade tcnico-econmica 4. Assistncia, assessoria e consultoria 9

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Direo de obra e servio tcnico Vistoria, percia, avaliao, arbitramento, laudo e parecer tcnico

7. Desempenho de cargo e funo tcnica 8. Ensino, pesquisa, anlise, experimentao, ensaio e divulgao tcnica; extenso 9. Elaborao de oramentos 10. Padronizao, mensurao e controle de qualidade 11. Execuo de obra e servio tcnico 12. Fiscalizao de obra e servio tcnico 13. Produo tcnica especializada 14. Conduo de trabalho tcnico 15. Conduo de equipe de instalao, montagem, operao, reparo ou manuteno 16. Execuo de instalao, montagem e reparo 17. Operao e manuteno de equipamento e instalao 18. Execuo de desenho tcnico

1.6. Diretrizes CurricularesAs Diretrizes Curriculares dos Cursos de Graduao em Engenharia aprovadas em maro de 2002 (Resoluo CNE/CES n 11 de 11/03/2002) definem novos critrios a serem considerados na organizao curricular de novos projetos pedaggicos de Cursos de Graduao em Engenharia no pas. O documento no define carga horria mnima para os cursos de engenharia. proposto um ncleo de contedos bsicos que deve ser atendido por todos os cursos de engenharia, independente da modalidade. Quanto aos contedos profissionalizantes e especficos, em cada projeto pedaggico, de acordo com a modalidade e o perfil do curso, orienta-se escolher uma lista desses contedos, dentro dos conjuntos sugeridos, de forma a atender a formao pretendida para o egresso e ao perfil do curso. Alm de toda a orientao para construo do projeto pedaggico dos cursos de engenharia, as Diretrizes Curriculares definem as necessidades de incluso de um Trabalho de Concluso de Curso e atividades de Estgio Supervisionado com no mnimo 160 horas de durao, como atividades curriculares constantes nos projetos pedaggicos dos cursos.

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2. Apresentao da Atual Reforma CurricularA atual reforma curricular, a quarta do Curso de Graduao em Engenharia Qumica, foi elaborada pela Comisso de Reformulao Curricular aprovada na 27a Reunio Ordinria do Conselho de Coordenao de Curso de Engenharia Qumica em 19/09/2002, constituda pelo Prof. Dr. Alberto Colli Badino Junior, Prof. Dr. Everaldo Csar da Costa Arajo, Prof. Dr. Luiz Fernando de Moura e Prof. Dr. Paulo Igncio Fonseca de Almeida do Departamento de Engenharia Qumica. Como pode ser observado no item 1.4, as grandes mudanas de carter estrutural do currculo do Curso foram propostas, aprovadas e implementadas com sucesso na terceira reforma curricular de 1998. No entanto, aps a concluso do Curso por duas turmas que iniciaram o Curso em 1998 e em 1999, respectivamente, professores, alunos e as ltimas Coordenaes do Curso vm diagnosticando alguns problemas no desenvolvimento do programa. Os principais problemas foram melhor caracterizados em reunio da Comisso de Reformulao Curricular com a Turma EQ-99, realizada em 10/12/2002 contando com expressiva participao dos alunos (cerca de 50 alunos). Nesta reunio foram colhidas apenas opinies consensuais que acabaram por, conjuntamente com a ampla discusso na Comisso, nortear a atual proposta de adequao curricular. A atual proposta teve como base as Diretrizes Curriculares dos Cursos de Graduao em Engenharia (Resoluo CNE/CES n 11 de 11/03/2002), as Normas para a Criao e Reformulao dos Cursos de Graduao/UFSCar (Parecer CaG/CEPE n 171/98, substitudo pela portaria GR no 771/04, de 18 de junho de 2004) e o Perfil Geral do Profissional a ser Formado na UFSCar (Parecer CEPE/UFSCar no 776/2001). Da estrutura anterior manteve-se uma formao geral com forte base terica, uma didtica que busca incentivar o esprito crtico, o comportamento tico e a iniciativa, alm de um leque de disciplinas optativas que atendam os anseios do corpo discente ou que atuem em reas de ponta apoiadas nas linhas de pesquisa do corpo docente do Departamento de Engenharia Qumica. Tais preceitos conduzem a uma formao geral slida, que permitir ao egresso, alm de atuar nos mais diversos ramos de atividades da Engenharia Qumica, buscar o que mais prximo esteja de suas caractersticas e interesses individuais, e se preparar para enfrentar os desafios tecnolgicos atuais, demandados por uma sociedade que cada vez mais exige mudanas na eficincia e qualidade dos bens que consome, bem como utilizao de tecnologias limpas, devido crescente preocupao com o meio ambiente. 11

Dentre as principais mudanas apresentadas pela atual proposta pode-se citar: 1) Diminuio do Nmero Total de Crditos Uma das premissas da Comisso na atual reforma foi a de adequar uma carga horria que permita aos alunos realizar estudos dirigidos e trabalhos sob superviso de professores, alm de atividades de iniciao cientfica, incentivado assim uma maior autonomia dos discentes. 2) Fuso de Contedos Possibilitando Propostas de Novas Disciplinas 2.a) Disciplinas Oferecidas pelo Departamento de Qumica Em discusses com o Departamento de Qumica, props-se a criao de uma nova disciplina denominada Eletroqumica Fundamental (4 crditos), passando a disciplina Engenharia Eletroqumica (4 crditos) a ser optativa. 2.b) Disciplinas Oferecidas pelo Departamento de Matemtica Aps ampla discusso com o Departamento de Matemtica, foram introduzidas modificaes importantes relacionadas com a eliminao, incluso e redistribuio de contedos de forma a permitir uma melhor seqncia de contedos e disciplinas. Prop-se a diminuio da carga horria da disciplina Clculo Diferencial e Integral 1 de 6 crditos (5 crditos tericos + 1 crdito prtico) para 4 crditos (3 crditos tericos + 1 crdito prtico). Substituio das disciplinas Clculo Diferencial e Sries (3 crditos tericos + 1 crdito prtico) e Equaes Diferenciais e Aplicaes (3 crditos tericos + 1 crdito prtico) pelas disciplinas Clculo 2 (3 crditos tericos + 1 crdito prtico) e Sries e Equaes Diferenciais (3 crditos tericos + 1 crdito prtico). 3) Melhor Encadeamento de Grupos de Disciplinas Analisados os contedos a serem abordados em algumas disciplinas, propuseram-se os seguintes encadeamentos de disciplinas em semestres subseqentes: 3.1) Clculo Diferencial e Integral 2 e Sries e Equaes Diferenciais Mtodos de Matemtica Aplicada Fenmenos de Transporte 1 3.2) Balanos de Massa e Energia Termodinmica para Engenharia Qumica 1 Termodinmica para Engenharia Qumica 2 Operaes Unitrias da Indstria Qumica 3 3.3) Fenmenos de Transporte 1 Fenmenos de Transporte 2 Fenmenos de Transporte 3 e Laboratrio de Fenmenos de Transporte 12

3.4) Projetos de Algoritmos e Programao Computacional para Engenharia Qumica (disciplina nova) Clculo Numrico Anlise e Simulao de Processos Qumicos 4) Mudanas nos Perodos de Oferecimento de Disciplinas Com o objetivo de melhorar o seqenciamento de disciplinas ao longo do Curso e minimizar as cargas horrias dos ltimos perodos, principalmente do 8 perodo que apresenta trs disciplinas de laboratrio que demandam razovel carga horria para preparao de relatrios, alm de outras disciplinas com certo nvel de dificuldade, foi proposta a matriz curricular apresentada no item 8. Alm do mais, foi dada maior ateno para carga horria desse perodo (8), uma vez que nele que os alunos realizam vrias viagens participando de processos seletivos para obteno de vagas em estgio. 5) Criao da Disciplina Projetos de Algoritmos e Programao Computacional para Engenharia Qumica Essa disciplina foi criada em substituio disciplina Projeto de Algoritmos e Programao Fortran que era oferecida no 1 perodo do curso. Julgou-se mais conveniente uma disciplina de projetos de algoritmos e programao oferecida pelo Departamento de Engenharia Qumica, que possibilitasse aos discentes, alm do aprendizado de algoritmos, o contato com diferentes linguagens de programao como Excel, Visual Basic, C++, alm do Fortran com aplicaes direcionadas Engenharia Qumica. Alm do mais, tal como citado anteriormente, a disciplina estar encadeada com as disciplinas Clculo Numrico e Anlise e Simulao de Processos Qumicos. 6) Redefinio das Disciplinas Estgio Supervisionado e Trabalho de Graduao De acordo com o Art. 7 da Resoluo CNE/CES n o 11/2002, a formao do engenheiro incluir, como etapa integrante da graduao, estgios curriculares obrigatrios sob superviso direta da instituio de ensino, atravs de relatrios tcnicos e acompanhamento individualizado durante o perodo de realizao da atividade. A carga horria mnima do estgio curricular dever atingir 160 (cento e sessenta) horas. Estabeleceu-se, portanto, o aumento do nmero de crditos da disciplina Estgio Supervisionado de 8 para 12 crditos (180 horas) com atividades a serem desenvolvidas em indstrias, empresas de consultoria, institutos

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de pesquisa ou universidades, acompanhadas por docentes do Departamento de Engenharia Qumica. A nova lei de estgio (Lei No 11.788, disponvel em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11788.htm) foi sancionada em 25 de Setembro de 2008. Na UFSCar foi regulamentada pela Portaria GR No 282/09, de 14 de setembro de 2009. No curso de Engenharia Qumica o estgio curricular obrigatrio realizado durante a disciplina Estgio Supervisionado, durante o 9o perodo do curso. No ltimo ano do curso os alunos dispem de trs dias por semana para realizarem as atividades de estgio. Quanto disciplina Trabalho de Graduao, reserva-se a tarefa de consolidar a contribuio individual do aluno ao conhecimento sistematizado em Engenharia Qumica durante o perodo em que est concluindo o curso. Como atividade a ser avaliada, o aluno dever realizar uma monografia final de curso a respeito de uma atividade prtica ou terica de seu interesse, orientada (supervisionada) por um docente do Departamento de Engenharia Qumica isoladamente ou em conjunto com um profissional indicado pelos professores responsveis pela disciplina, no caso de atividade desenvolvida em indstria ou em laboratrios externos ao Departamento de Engenharia Qumica da UFSCar. 7) Reconhecimento de Atividades de Ensino, Pesquisa e Extenso como Atividades Curriculares Props-se o reconhecimento com atribuio de crditos a constar no histrico escolar do aluno, de atividades complementares como monitoria, iniciao cientfica, participaes no Programa de Educao Tutorial (PET) e Empresa Junior e atividades de extenso, desenvolvidas pelos alunos ao longo do curso.

2.1. Definio do Perfil do Profissional a ser FormadoA definio do perfil do profissional a ser formado pelo Curso de Engenharia Qumica da UFSCar baseou-se na Resoluo CNE/CES no 11/2002 pois em seu Art. 3 determina que o Curso de Graduao em Engenharia tem como perfil do formando egresso/profissional o engenheiro, com formao generalista, humanista, crtica e reflexiva, capacitado a absorver e desenvolver novas tecnologias, estimulando a sua atuao crtica e criativa na identificao e resoluo de problemas, considerando seus aspectos polticos, econmicos, sociais, ambientais e culturais, com viso tica e humanstica, em atendimento s demandas da sociedade.

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Ainda, a atual proposta buscou consonncia com o contedo do documento Perfil do Profissional a ser formado na UFSCar (Parecer CEPE N. 776/2001), que define um profissional capaz de: aprender de forma autnoma e contnua, atuar inter/multi/transdiciplinarmente, pautar-se na tica e na solidariedade enquanto ser humano, cidado e profissional, gerenciar e incluir-se em processos participativos de organizao pblica ou privada, empreender formas diversificadas de atuao profissional, buscar maturidade, sensibilidade e equilbrio ao agir profissionalmente, produzir e divulgar novos conhecimentos, tecnologias, servios e produtos comprometer-se com a preservao da biodiversidade no ambiente natural e construdo, com

sustentabilidade e melhoria da qualidade de vida. Com base nesses documentos e na histria de desenvolvimento do curso de graduao, prope-se que: O egresso do Curso de Engenharia Qumica da UFSCar dever ser um engenheiro com slida formao tcnico-cientfica e profissional que esteja capacitado a desenvolver, aprimorar e difundir desde os conhecimentos bsicos da engenharia qumica, incluindo a produo e a utilizao de mtodos computacionais avanados aplicados, passando por servios, produtos e processos relativos indstria qumica, petroqumica, de alimentos e correlatas at novas tecnologias em reas como a biotecnologia, materiais compostos e de proteo vida humana e ao meio ambiente; que esteja capacitado a julgar e a tomar decises, avaliando o impacto potencial ou real de suas aes, com base em critrios de rigor tcnico-cientfico e humanitrios baseados em referenciais ticos e legais; que esteja habilitado a participar, coordenar ou liderar equipes de trabalho e a comunicar-se com as pessoas do grupo ou de fora dele, de forma adequada situao de trabalho; que esteja preparado para acompanhar o avano da cincia e da tecnologia em relao rea e a desenvolver aes que aperfeioem as formas de atuao do Engenheiro Qumico.

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2.2. Grupos de Conhecimentos Fundamentais Formao do Profissional de Engenharia Qumica e Definio dos ContedosCom base na definio do perfil do profissional a ser formado, define-se como grupos de conhecimentos fundamentais formao desse profissional as seguintes: 1. Qumica; 2. Matemtica; 3. Fsica; 4. Cincias da Computao; 5. Cincia e Tecnologia dos Materiais; 6. Engenharia; 7. Biologia; 8. Cincias Humanas e Sociais; 9. Administrao e Economia; 10. Cincias do Ambiente. A definio dos contedos correspondentes a cada rea de conhecimento teve como base as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduao em Engenharia. Nos tpicos listados constam os contedos programticos que devero ser desenvolvidos durante o desenvolvimento das disciplinas e das atividades curriculares de modo a possibilitar ao longo do curso que o profissional desenvolva as competncias, habilidades, atitudes e valores fundamentais apresentadas no item 2.3. De acordo com o Artigo 6 da Resoluo CNE/CES no 11/2002: Todo o curso de Engenharia, independente de sua modalidade, deve possuir em seu currculo um ncleo de contedos bsicos, um ncleo de contedos profissionalizantes e um ncleo de contedos especficos que caracterizem a modalidade. O ncleo de contedos bsicos versa sobre os tpicos que seguem: I. Metodologia Cientfica e Tecnolgica As atividades curriculares deste tpico devero estar relacionadas com o desenvolvimento de habilidades para a abordagem de problemas, criao de procedimentos e preparao de relatrios. II. Comunicao e Expresso

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Aprimoramento do conhecimento da Lngua Portuguesa, organizao e apresentao de temas nas formas oral e escrita. III. Informtica Aprendizado de softwares relacionados com a edio de textos, tratamentos de dados por planilha e construo de grficos. Ainda este contedo deve incluir o contato com linguagens de programao e pacotes computacionais mais utilizados em engenharia. IV. Expresso Grfica Dimensionamento, relaes entre grandezas e perspectiva. Tais assuntos devero ser abordados na forma manual e com auxlio de computador. V. Matemtica Dentro do contedo deve constar como assuntos ou matrias: a lgebra, a geometria e os clculos diferencial e integral. VI. Fsica Mecnica, leis de conservao, eletricidade e magnetismo. VII. Fenmenos de Transporte Mecnica dos Fluidos, transferncia de calor e transferncia de massa. VIII. Mecnica dos Slidos Equilbrio e dinmica dos corpos rgidos. IX. Eletricidade Aplicada Circuitos lgicos discretos e analgicos, circuitos magnticos, motores e instalaes eltricas. X. Qumica Estrutura atmica e molecular, solues e reaes qumicas e equilbrio qumico. XI. Cincia e Tecnologia dos Materiais Estrutura e propriedades dos materiais. XII. Administrao Processos de produo industrial, noes de planejamento e controle da produo. XIII. Economia Noes de macro e microeconomia. XIV. Cincias do Ambiente Poluio, gerao e processamento de resduos, desenvolvimento sustentvel e preocupao com o meio ambiente. 17

XV. Humanidades, Cincias Sociais e Cidadania Formao humana, gerencial e cidad com conscincia social.

O ncleo de contedos profissionalizantes tem a composio relacionada a seguir: I. II. III. IV. V. VI. VII. VIII. IX. X. XI. XII. XIII. XV. Algoritmos e Estruturas de Dados; Bioqumica; Cincia dos Materiais; Circuitos Eltricos; Circuitos Lgicos; Controle de Sistemas Dinmicos; Converso de Energia; Engenharia do Produto; Segurana do Trabalho; Fsico-qumica; Gerncia de Produo; Gesto Ambiental; Instrumentao; Mtodos Numricos;

XIV. Materiais de Construo Mecnica; XVI. Microbiologia; XVII. Mineralogia e Tratamento de Minrios; XVIII. Modelagem, Anlise e Simulao de Sistemas; XIX. Operaes Unitrias; XX. Processos de Fabricao; XXI. Processos Qumicos e Bioqumicos; XXII. Qualidade; XXIII. Qumica Analtica; XXIV. Qumica Orgnica; XXV. Reatores Qumicos e Bioqumicos; XXVI. Sistemas Trmicos; XXVII. Termodinmica Aplicada.

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O ncleo de contedos especficos constitui extenses e aprofundamentos dos contedos do ncleo de contedos profissionalizantes, incluindo conhecimentos cientficos, tecnolgicos e instrumentais necessrios para a definio da modalidade de engenharia e devem garantir o desenvolvimento das competncias e habilidades (Resoluo CNE/CES no 11/2002). Dessa forma definem-se como contedos especficos do curso de Engenharia Qumica, os seguintes: I. II. III. IV. V. VI. VII. Balanos de Massa e Energia; Anlise e Simulao de Processos Qumicos e Bioqumicos; Desenvolvimento de Processos Qumicos; Instrumentao e Controle de Processos Contnuos e em Batelada; Sntese de Produtos da Indstria Qumica; Projeto de Processos e de Instalaes Qumicas; Anlise, Gesto e Controle Ambiental.

2.3. Competncias, Habilidades, Atitudes e Valores Fundamentais Formao do Profissional de Engenharia QumicaEntre as competncias, habilidades, atitudes e valores fundamentais esperados do engenheiro qumico a ser formado pela UFSCar destacam-se as capacidades de: 1Identificar, formular e solucionar problemas relacionados ao desenvolvimento de servios, processos e produtos relativos s indstrias qumicas, petroqumicas, farmacuticas, de alimentos e correlatas, aplicando conhecimentos cientficos, tecnolgicos e instrumentais, incluindo mtodos computacionais avanados, buscando solues que garantam eficincia tcnica e cientfica, ambiental e econmica e que preservem a segurana operacional. 2Identificar as fontes de informao relevantes para a engenharia qumica, inclusive as disponveis eletrnica e remotamente, e, de forma autnoma e crtica, obter e sistematizar as informaes necessrias soluo dos problemas.

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3-

Relacionar informaes intra e entre diferentes reas do conhecimento, desenvolvendo as capacidades de anlise, sntese, generalizao (indutiva e dedutiva) e o raciocnio associativo.

4-

Desenvolver, sistematizar e aprimorar conhecimentos bsicos, referentes tanto ao desenvolvimento cientfico quanto ao desenvolvimento tecnolgico, necessrios soluo de problemas na sua rea de atuao.

5-

Absorver, produzir, aprimorar, implantar, avaliar e disseminar tecnologias em reas como as de biotecnologia, materiais compostos, proteo ao meio ambiente, entre outras.

67-

Introduzir, desenvolver, avaliar, aprimorar e disseminar servios, processos e produtos da industria qumica, petroqumica, de alimentos e correlatas. Participar ativamente ou supervisionar operaes de pesquisa e de desenvolvimento de processos e produtos, bem como participar da superviso e gerenciamento do processo de produo industrial conduzindo, controlando, executando trabalhos tcnicos, inclusive para garantir a manuteno e reparo de equipamentos e instalaes, e para implantar e garantir as boas prticas de fabricao, a observao de procedimentos padronizados e o respeito ao ambiente, nos diferentes campos de atuao.

8-

Desenvolver, modificar, aplicar e avaliar processos de manuseio, tratamento prvio e complementar e de descarte de rejeitos industriais, de modo a preservar a qualidade ambiental.

9-

Aplicar metodologia cientfica no planejamento e execuo de procedimentos e tcnicas durante a emisso de laudos, percias e pareceres, relacionados ao desenvolvimento de auditoria, assessoria, consultoria na rea de engenharia qumica.

10- Empreender estudos de viabilidade tcnica e tcnica-econmica, relacionados s atividades do engenheiro qumico. 11- Atuar na organizao e no gerenciamento industrial, procurando influenciar nos processos decisrios. Enfrentar os deveres e dilemas da profisso pautando sua conduta profissional por princpios de tica, responsabilidade social e ambiental, dignidade humana, direito vida, justia, respeito mtuo, participao, dilogo e solidariedade. 12- Operar com dados e formulaes matemticas e estatsticas presentes nas relaes formais e causais entre fenmenos produtivos, administrativos e de controle, relacionados s indstrias qumicas, petroqumicas, de alimentos e correlatas. 20

13- Avaliar o impacto potencial ou real dos novos conhecimentos, tecnologias, servios e produtos resultantes de sua atividade profissional, dos pontos de vista tico, social, ambiental e econmico. 14Aplicar e avaliar procedimentos e normas de segurana no ambiente de trabalho e durante o desenvolvimento de processos e produtos industriais e adotar procedimentos de emergncia em situaes de risco que o exijam. 15- Reconhecer a engenharia qumica como uma construo humana importante para a sociedade, compreendendo os aspectos histricos dessa construo e relacionando-a a fatos, tendncias, fenmenos ou movimentos da atualidade, como base para delinear o contexto e as relaes em que sua prtica profissional estar inserida. 16- Inserir-se profissionalmente, de forma crtica e reflexiva, compreendendo sua posio e funo na estrutura organizacional produtiva sob seu controle e gerenciamento. 17Administrar sua prpria formao contnua, mantendo atualizada a sua cultura geral, cientfica e tecnolgica na sua rea de atuao. Assumir uma postura de flexibilidade e disponibilidade para mudanas. 18Adotar condutas compatveis com o cumprimento das legislaes reguladoras do exerccio profissional e do direito propriedade intelectual, bem como com o cumprimento da legislao ambiental e das regulamentaes federais, estaduais e municipais aplicadas s empresas e s instituies. 19- Organizar, coordenar, participar de equipes de trabalho, atuando inter ou multidisciplinarmente sempre que a compreenso dos processos e fenmenos envolvidos assim o exigir. 20- Dar condies ao aluno de adquirir maturidade e de desenvolver sensibilidade para a atuao com equilbrio na sua ao profissional. 21- Desenvolver formas de expresso e de comunicao tanto oral como visual ou textual compatveis com o exerccio profissional, inclusive nos processos de negociao e nos relacionamentos interpessoais e intergrupais. 22- Avaliar as possibilidades atuais e futuras da profisso; preparar-se para atender s exigncias do mundo do trabalho em contnua transformao, com viso tica e humanitria; vislumbrar possibilidades de aperfeioar e ampliar as formas de atuao profissional, visando atender s necessidades sociais.

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2.4. Disciplinas Propostas e Departamentos ResponsveisAs disciplinas so apresentadas separadamente em trs grupos:

2.4.1. Disciplinas ObrigatriasCdigo 03080-5 03086-4 03502-5 06203-0 07013-0 07014-907407-4

07103-0 07208-7 07403-9 07406-3 07618-0 07638-4 08111-6 08302-0 08311-9 08910-9 08920-6 08930-3 08940-0 09110-3 09111-1 09901-5 09903-1 10004-8 10005-6 10006-4 10104-4 10105-2 10208-3 10209-1 10210-5 10211-3 10312-8 10313-6 10314-4 10315-2

Nome da Disciplina Eletrotcnica Mecnica dos Slidos Elementar Materiais para a Indstria Qumica Portugus Qumica 1 - Geral Qumica 2 - Geral Qumica Experimental Geral Qumica Inorgnica Qumica Orgnica Qumica Analtica Experimental Qumica Analtica Geral Fsico-Qumica Experimental Eletroqumica Fundamental Geometria Analtica Clculo Numrico Mtodos de Matemtica Aplicada Clculo 1 Clculo 2 Clculo 3 Sries e Equaes Diferenciais Fsica Experimental A Fsica Experimental B Fsica 1 Fsica 3 Introduo Engenharia Qumica Estgio Supervisionado Trabalho de Graduao Termodinmica para Engenharia Qumica 1 Termodinmica para Engenharia Qumica 2 Fenmenos de Transporte 1 Fenmenos de Transporte 2 Fenmenos de Transporte 3 Laboratrio de Fenmenos de Transporte Operaes Unitrias da Indstria Qumica 1 Operaes Unitrias da Indstria Qumica 2 Operaes Unitrias da Indstria Qumica 3 Laboratrio de Operaes Unitrias da Indstria Qumica 22

Crd. 04 02 04 02 04 04 04 04 04 04 04 04 04 04 04 04 04 04 04 04 04 04 04 04 02 12 08 04 04 04 04 04 04 04 04 04 04

Depto DEMa DEMa DEMa DL DQ DQ DQ DQ DQ DQ DQ DQ DQ DM DM DM DM DM DM DM DF DF DF DF DEQ DEQ DEQ DEQ DEQ DEQ DEQ DEQ DEQ DEQ DEQ DEQ DEQ

10316-0 10410-8 10408-6 10511-2 10512-0 10513-9 10514-7 10518-0 10605-4 10606-2 10607-0 10608-9 10609-7 10706-9 10707-7 10708-5 10910-0 11130-9 11204-6 11302-6 12003-0 12005-7 15006-1 37008-8 16400-3

Controle Ambiental Cintica e Reatores Qumicos Projeto de Reatores Qumicos Balanos de Massa e Energia Anlise e Simulao de Processos Qumicos Controle de Processos 1 Controle de Processos 2 Projetos de Algoritmos e Programao Computacional para Engenharia Qumica Desenvolvimento de Processos Qumicos 1 Desenvolvimento de Processos Qumicos 2 Sntese e Otimizao de Processos Qumicos Projeto de Processos Qumicos Projeto de Instalaes Qumicas Engenharia Bioqumica 1 Engenharia Bioqumica 2 Laboratrio de Engenharia das Reaes Engenharia dos Processos Qumicos Industriais Gesto da Produo e da Qualidade Organizao Industrial Engenharia Econmica Mecnica Aplicada 1 Desenho Tcnico Introduo ao Planejamento e Anlise Estatstica de Experimentos Sociologia Industrial e do Trabalho Economia Geral

04 06 04 04 04 04 04 04 04 04 04 04 04 02 04 04 04 04 04 04 02 04 04 04 04

DEQ DEQ DEQ DEQ DEQ DEQ DEQ DEQ DEQ DEQ DEQ DEQ DEQ DEQ DEQ DEQ DEQ DEP DEP DEP DECiv DECiv DEs DS DCso

2.4.2. Disciplinas Optativas TcnicasCdigo 03035-0 07623-6 08208-2 10106-0 10206-7 10207-5 10212-1 10309-8 10307-1 10317-9 10318-7 10409-4 10406-0 Nome da Disciplina Mineralogia e Tratamento de Minrios Engenharia Eletroqumica Equaes Diferenciais Ordinrias Equipamentos e Instalaes Trmicas Sistemas Particulados Tpicos Especiais de Sistemas Particulados Processos de Separao em Meios Porosos Filtrao de Gases Operaes Unitrias da Indstria Qumica 4 Tpicos Especiais em Operaes Unitrias: Fornos e Caldeiras Cristalizao Industrial Tpicos em Reatores Qumicos Heterogneos Introduo Catlise Heterognea 23 Crd. 04 04 04 04 04 04 04 04 04 04 04 04 04 Depto DEMa DQ DM DEQ DEQ DEQ DEQ DEQ DEQ DEQ DEQ DEQ DEQ

10515-5 10516-3 10517-1 10703-4 10705-0 10711-5 10904-5 11109-0 22001-9 22002-7 33017-5

Controle de Bioprocessos Mtodos de Otimizao Aplicados Engenharia Qumica Identificao de Processos Qumicos Introduo ao Tratamento Biolgico de guas Residurias Industriais Tpicos em Biotecnologia Introduo ao Tratamento Anaerbio de guas Residurias Introduo Tecnologia de Fertilizantes Garantia e Controle de Qualidade Introduo Tecnologia de Produo de Acar Introduo Tecnologia de Produo de Etanol Microbiologia Aplicada rea Tecnolgica

04 04 04 04 04 04 04 04 04 04 04

DEQ DEQ DEQ DEQ DEQ DEQ DEQ DEP DETAI DETAI DMP

2.4.3. Disciplinas Optativas de Cincias Humanas e SociaisCdigo 06101-8 06102-6 16130-6 16207-8 18002-5 18004-1 20007-7 20100-6 Nome da Disciplina Ingls 1 Ingls 2 Sociedade e Meio Ambiente Histria das Revolues Modernas Filosofia da Cincia Introduo Filosofia Introduo Psicologia Introduo Lngua Brasileira de Sinais (LIBRAS) Crd. 04 04 04 04 04 04 04 02 Depto DL DL DCSo DCSo DFMC DFMC DPSi DPSi

2.5. Atividades CurricularesDe acordo com o pargrafo 2o, Art. 5o, da Resoluo CNE/CES no 11/2002: Devero tambm ser estimuladas atividades complementares, tais como trabalhos de iniciao cientfica, projetos multidisciplinares, visitas tcnicas, trabalhos em equipe, desenvolvimento de prottipos, monitorias, participao em empresa jnior e outras atividades empreendedoras. Prope-se, portanto, alm do conjunto de disciplinas, a incluso de atividades curriculares no currculo do curso. Trata-se de um conjunto de atividades eletivas que, uma vez formalizadas, sero reconhecidas, creditadas e constaro no histrico escolar do aluno. Na seqncia so apresentadas as atividades curriculares com os respectivos nmeros de crditos propostos:

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Atividade Curricular Monitoria ACIEPE Programa de Educao Tutorial Atividade em Empresa Junior Iniciao Cientfica

Crditos 02 04 04 04 08

Carter Semestral Semestral Anual Anual Anual

As monitorias sero reconhecidas como atividades curriculares at o nmero de duas ao longo do curso. uma atividade semestral que ter carga horria de 2 crditos cada. As Atividades Curriculares de Integrao Ensino, Pesquisa e Extenso (ACIEPE) j se encontram regulamentadas na UFSCar e oferecidas como disciplinas eletivas de 4 crditos pelos departamentos. A participao em Programa de Educao Tutorial (PET) ser reconhecida como atividade curricular e ter carga horria de 4 crditos para cada ano de participao. As Atividades em Empresa Junior sero reconhecidas como atividades curriculares desde que tutoradas por docente(s) e devidamente comprovadas por Relatrio de Atividades assinado pelo(s) docente(s) responsvel(is). Esta atividade ter carga horria de 4 crditos para cada ano de participao e sero permitidas at o nmero de duas ao longo do curso. Quanto s atividades de Iniciao Cientfica, sero reconhecidas as seguintes como atividades curriculares desde que estejam vinculadas ao Programa Unificado de Iniciao Cientfica (PUIC) (parecer no 830 CEPE). A atividade curricular de Iniciao Cientfica ter carga horria de 8 crditos para cada ano de participao.

2.6. Tratamento MetodolgicoO tratamento metodolgico dado ao conhecimento durante o desenvolvimento do curso ser implementado por procedimentos que visem: 1) o estabelecimento de uma slida base nos fundamentos da engenharia atravs da formao em matemtica, fsica, qumica e bioqumica. 2) a aquisio do conhecimento atravs de aulas tericas, complementadas por disciplinas experimentais aglutinadoras dos conhecimentos desenvolvidos nas disciplinas tericas de Fenmenos de Transporte, Operaes Unitrias da Indstria Qumica e de Engenharia das Reaes Qumicas e Bioqumicas.

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3) a superao da dicotomia ciclo bsico/ciclo profissional pela interposio de disciplinas dos ncleos profissionalizante e bsico. 4) o desenvolvimento das habilidades de analisar, sintetizar, desenvolver e projetar processos, produtos e metodologias relativas Indstria de Processos Qumicos e Bioqumicos, com o auxlio de modernas tcnicas computacionais. 5) a capacitao no desenvolvimento de processos qumicos, enfrentando problemas em aberto relacionados a questes da Indstria Qumica. Para tal, h o oferecimento das disciplinas de Desenvolvimento de Processos Qumicos 1 e 2 nos 7 e 8 perodos do curso, ministradas por 6 professores para turmas de 30 alunos, sendo formados grupos de 5 a 6 alunos tutorados por um docente, que participam do estudo circunstanciado da pesquisa e do desenvolvimento de uma unidade que compe o processo qumico estudado. Os grupos constitudos aleatoriamente projetam, implementam, simulam e analisam os resultados em unidades experimentais construdas e/ou operadas por eles prprios com o auxlio de tcnicos e docentes do Departamento de Engenharia Qumica. Ressalta-se que a metodologia desenvolvida para a implementao do laboratrio aberto de desenvolvimento de processos qumicos permite ao aluno desenvolver a iniciativa de trabalho, estabelecer atitudes adequadas para o trabalho em grupo, desenvolver habilidades para relatar resultados e apresent-los em seminrios, sendo os apresentadores escolhidos por sorteio, confrontar resultados experimentais de laboratrio com os de processos industriais que so visitados durante o decorrer da disciplina e discutir com o professor tutor a tica do trabalho em grupo desenvolvido ao longo dos dois semestres de oferecimento das disciplinas. 6) o aprimoramento da capacidade de projetar nas disciplinas Projeto de Processos Qumicos e Projeto de Instalaes Qumicas, oferecidas no 9 e 10 perodos, onde os alunos aprendem a projetar processos e instalaes industriais, consolidando sua formao em engenharia. Tambm nesses perodos os alunos realizam o Estgio Supervisionado, preferencialmente na rea industrial, concretizando sua insero na profisso escolhida. Alunos com o perfil e interesse voltados para a pesquisa cientfica e/ou tecnolgica, tm a oportunidade de se aprimorar nos laboratrios de pesquisa da UFSCar ou do Departamento de Engenharia Qumica em particular, e melhor se preparar para a ps-graduao durante esse perodo final de sua formao. Completando a formao, a disciplina Trabalho de Graduao estimula o aluno a apresentar sua contribuio para a sistematizao do conhecimento adquirido ao longo da sua formao. 26

2.7. Princpios de AvaliaoAspecto relevante e vinculado organizao curricular pautada pelo desenvolvimento de competncias se refere concepo de avaliao adotada, pois o Pargrafo 1 do Artigo 8 da Resoluo CNE/CES no 11/2002 define que as avaliaes dos alunos devero basear-se nas competncias, habilidades e contedos curriculares desenvolvidos tendo como referncia as Diretrizes Curriculares. A importncia dos mtodos de avaliao confirmada por vrios estudos, pois as atividades de avaliao, incluindo as certificativas, ocupam uma grande parte do tempo e esforo de alunos e docentes; bem como tais atividades tambm influenciam a motivao, o autoconceito, os hbitos de estudo, estilos de aprendizagem dos alunos e desenvolvimento de competncias e habilidades. Nesta perspectiva, se torna oportuno observar a evoluo contnua do conhecimento, consistindo algo em constante transformao, constitudo e alimentado por uma constante interao do sujeito com o objeto em estudo. essa interao que precisa ser analisada e trabalhada, pois so as relaes estabelecidas neste processo que desencadearo a construo do conhecimento. A avaliao contnua propicia o acompanhamento da evoluo do aluno, bem como atravs desta se torna possvel diagnosticar o conhecimento prvio dos alunos, refletir sobre os resultados obtidos e construir estratgias de ensino individuais ou coletivas de superao das dificuldades apresentadas. Tal mtodo figura como diretriz da concepo de avaliao adotada e regulamentada pela da Portaria GR/UFSCar no 522/06, de 10 de Novembro de 2006, ou seja: Art. 2o A avaliao deve permear todo o processo educativo,desempenhando diferentes funes, como, entre outras, as de diagnosticar o conhecimento prvio dos estudantes, os seus interesses e necessidades; detectar dificuldades (...) na aprendizagem no momento em que ocorrem, abrindo a possibilidade do estabelecimento de planos imediatos de superao; oferecer uma viso do desempenho individual, em relao ao do grupo, ou do desempenho de um grupo como um todo. Art. 3o A avaliao deve oferecer subsdios anlise do processo ensino-aprendizagem aos corpos docente e discente, nos seguintes termos:

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I - Para os professores, a avaliao deve permitir recolher indcios dos avanos, dificuldades ou entraves no processo ensino-aprendizagem, nos mbitos coletivo e individual do corpo discente, tendo em vista a consecuo dos objetivos especficos da disciplina/atividade curricular, permitindo-lhes a tomada de decises quanto seqncia e natureza das atividades didticas, no sentido de incluir, de fato, os estudantes no processo ensino-aprendizagem, bem como de contribuir para que a interpretao dos resultados atinja gradualmente nveis de complexidade maiores e a sua incorporao na dinmica do processo ensino-aprendizagem assuma papel seja cada vez mais relevante. Por outra parte, se torna necessrio proporcionar aos alunos vrios momentos de avaliao, multiplicando as suas oportunidades de aprendizagem e diversificando os mtodos utilizados, pois, assim, se permite que os alunos apliquem os conhecimentos que vo adquirindo, exercitem e controlem eles prprios as aprendizagens e o desenvolvimento das competncias, recebendo feedback freqente sobre as dificuldades e progressos alcanados. A utilizao de diferentes mtodos e instrumentos de avaliao disposta pelos Artigos 5, 6 e 7 da Portaria GR/UFSCar n 522/2006: Art. 5o A avaliao do processo ensino-aprendizagem, no mbito das

disciplinas/atividades curriculares deve considerar a complexidade deste, decorrente dos inmeros fatores nele intervenientes, tais como as particularidades dos indivduos, a dinmica individual/coletivo, a multiplicidade de conhecimentos a serem abordados e a diversidade de aspectos da realidade social a serem considerados para atingir o perfil definido para os egressos dos cursos. Art. 6o A multiplicidade de aspectos envolvidos exige avaliao nas abordagens quantitativa e qualitativa com suas possibilidades e limites especficos, entendidas como complementares e utilizadas simultaneamente ou no. Art. 7o Os instrumentos de avaliao podem ser os mais variados, adequando-se legislao e s normas vigentes, s especificidades das disciplinas/atividades, s funes atribudas avaliao nos diferentes momentos do processo ensino-aprendizagem. A escolha dos mtodos e instrumentos de avaliao depende de vrios fatores: das finalidades e objetivos pretendidos, ou seja, do objeto de avaliao, da rea disciplinar e nvel de 28

escolaridade dos alunos a que se aplicam, do tipo de atividade em que o desempenho se manifesta, do contexto e dos prprios avaliadores. Por outra parte, o uso de testes no desconsiderado, no entanto, a aplicao destes requer a compreenso em relao ao modo pelo qual este so construdos, na medida que os mesmos melhoram a capacidade de ateno do aluno, ativam o processamento dos contedos e ajudam a consolidar as aprendizagens. Utilizados regularmente com objetivos formativos, os testes podem funcionar como orientadores da aprendizagem, chamando a ateno do aluno para o que considerado essencial. Devem, contudo, ser utilizados com moderao e complementados por outros mtodos de avaliao. Outro aspecto relevante da Portaria GR/UFSCar n 522/06 se refere ao processo de avaliao complementar que substituiu o Regime Especial de Recuperao (RER), regulamentado pela Portaria GR/UFSCar no 1.019/95, ou seja, o mencionado processo prev: Art. 14 O processo de avaliao complementar dever ser realizado em perodo subseqente ao trmino do perodo regular de oferecimento da disciplina. So pressupostos para a realizao da avaliao complementar de recuperao que: I - o estudante tenha obtido na disciplina/atividade curricular, no perodo letivo regular, nota final igual ou superior a cinco e freqncia igual ou superior a setenta e cinco por cento; II - sejam estabelecidos prazos para que essa avaliao se inicie e se complete em consonncia com o conjunto da sistemtica de avaliao proposta para a disciplina/atividade curricular; III - o resultado dessa avaliao complementar seja utilizado na determinao da nova nota final do estudante, na disciplina/atividade curricular, segundo os critrios previstos na sistemtica de avaliao, a qual definir a sua aprovao ou no, conforme estabelecido no artigo 12. Art. 15 A realizao da avaliao complementar a que se refere o artigo 14 pode prolongar-se at o trigsimo quinto dia letivo do perodo letivo subseqente, no devendo incluir atividades em horrios coincidentes com outras disciplinas/atividades curriculares realizadas pelo estudante. Desta forma, os diversos instrumentos de avaliao devem ser propostos e aplicados pelos docentes, tais como: a resoluo de problemas, avaliao coletiva das atividades acadmico-cientficas, elaborao de projetos, relatrios, apresentao de seminrios individuais 29

e coletivos, publicao de artigos, acompanhamento das atividades de estgio pelos supervisores etc. Assim, atravs destes as competncias podem ser avaliadas, como a capacidade de trabalhar em equipes multidisciplinares, de usar novas tecnologias, a capacidade de aprender continuamente, de conceber a prtica profissional como uma das fontes de conhecimento, de perceber o impacto tcnico-scio-ambiental de suas aes.

2.8. Articulao entre Disciplinas e Atividades CurricularesNovos Encadeamentos de Disciplinas Quanto Articulao entre Disciplinas, tal como mencionado no item 2. Apresentao da Atual Reforma Curricular, dentre as principais mudanas apresentadas pela atual proposta est o melhor encadeamento de grupos de disciplinas. Para tanto se props os seguintes encadeamentos de disciplinas em semestres subseqentes: 1) Clculo Diferencial e Integral 2 e Sries e Equaes Diferenciais Mtodos de Matemtica Aplicada Fenmenos de Transporte 1. 2) Balanos de Massa e Energia Termodinmica para Engenharia Qumica 1 Termodinmica para Engenharia Qumica 2 Operaes Unitrias da Indstria Qumica 3. 3) Fenmenos de Transporte 1 Fenmenos de Transporte 2 Fenmenos de Transporte 3 e Laboratrio de Fenmenos de Transporte. 4) Projetos de Algoritmos e Programao Computacional para Engenharia Qumica (disciplina nova) Clculo Numrico Anlise e Simulao de Processos Qumicos. Disciplinas Aglutinadoras e Consolidadoras A estrutura curricular clssica de ensino de engenharia qumica tem sido a diviso das disciplinas em dois grandes ciclos: o bsico, ministrado nos dois primeiros anos de curso e o profissionalizante, ministrado nos trs anos subseqentes. Este ltimo ainda se divide nas disciplinas de fundamentos (basicamente Fenmenos de Transporte, Termodinmica e Resistncia dos Materiais) nas disciplinas aplicadas (Operaes Unitrias, Clculo de Reatores e Processos Qumicos Industriais) e nas disciplinas de formao complementar (Organizao Industrial, Cincias dos Materiais, etc.). Essa estrutura funcionou sem grandes modificaes

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durante praticamente todo o sculo XX embora padecesse de alguns problemas que se evidenciaram aps a Reforma de Ensino de 1971:

1. Sua estrutura demasiadamente estratificada provoca uma estanqueidade das disciplinas dando a impresso ao aluno que determinados conceitos pertencem disciplina e no ao conhecimento geral que o profissional formado deve ter. 2. Cria uma falsa hierarquia entre as disciplinas do ciclo bsico e do profissionalizante. 3. Conceitos fundamentais vistos em semestres iniciais no so eficientemente assimilados ao longo do curso por no serem repetidos. Em 1998, a Coordenao de Curso de Engenharia Qumica da UFSCar promoveu uma reformulao curricular, criando dois novos conceitos: as disciplinas aglutinadoras e as disciplinas consolidadoras. O primeiro grupo tem a funo de aplicar de uma nica vez os conceitos vistos em uma rea do conhecimento. No caso da UFSCar essas reas so Fenmenos de Transporte, Operaes Unitrias e Reatores Qumicos e Bioqumicos. O aluno v os conceitos em trs ou mais disciplinas tericas semestrais e os aglutina em disciplinas de prticas experimentais. No modelo antigo, a prtica era vista dentro das disciplinas modulares ocorrendo dissociaes de contedos entre os trs Fenmenos de Transporte e entre Reatores Qumicos e Bioqumicos como se os contedos fossem estanques e no relacionados. As disciplinas consolidadoras fazem a vinculao das reas: so basicamente disciplinas envolvendo projeto, pesquisa e desenvolvimento de processos qumicos: Trabalho de Graduao, Estgio Supervisionado, Desenvolvimento de Processos Qumicos, Projeto de Processos e Projeto de Instalaes so essas disciplinas e so oferecidas nos dois ltimos anos do curso. Nelas, os conhecimentos que foram vistos de forma sistematizada dentro de cada rea, so revistos de forma interdisciplinar e o aluno estimulado a tomar a iniciativa de retomar os conceitos que deve utilizar e a forma de utiliz-los. Interposio dos Ncleos Bsicos e Profissionalizantes Alterao importante tambm implantada na reforma curricular de 1998 foi a permeao de disciplinas do bsico no ciclo profissionalizante e vice-versa. A disciplina Introduo a Engenharia Qumica foi implantada no primeiro ano do curso fazendo com que o aluno tivesse contato com sua futura profisso j no ingresso. Algumas disciplinas do bsico como Engenharia 31

Eletroqumica e Fsico-Qumica Experimental, ministradas pelo Departamento de Qumica, foram realocadas em semestres mais prximos das disciplinas profissionalizantes, usurias dos conceitos ministrados nas primeiras. Isso corrigiu a idia de que disciplinas conceituais bsicas no so importantes, freqente entre os alunos ao no verem aplicao imediata para conceitos ministrados. A presente proposta aproveita o esforo de sntese realizado principalmente pelos departamentos de Matemtica e Qumica na redefinio de suas disciplinas bsicas para os cursos de Engenharia e sintetiza os conceitos fundamentais necessrios formao do Engenheiro Qumico, reduzindo a carga em sala de aula e incentivando as atividades extraclasse. A reformulao aqui proposta, entretanto, conserva o mesmo esprito da reformulao de 1998 e visa seu aprimoramento. O resultado foi a reduo do nmero total de horas de 4020 (3780 em sala de aula) para 3960 (3660 em sala de aula), de 268 para 264 crditos, observando-se ainda que a disciplina Estgio Supervisionado, que corresponde a atividades extra classe, teve aumento de 120 para 180 horas, de 8 para 12 crditos, para atender Resoluo CNE/CES no 11/2002. Articulao entre Atividades Curriculares Quanto Articulao entre Atividades Curriculares, as Atividades Curriculares de Integrao Ensino, Pesquisa e Extenso (ACIEPEs) pela sua prpria natureza estabelecem tais relaes, podendo englobar e articular atividades de Iniciao Cientfica e Atividades Desenvolvidas em Empresa Junior, entre outras atividades de pesquisa e extenso. Logo, deve-se estimular o oferecimento de ACIEPEs por docentes do Departamento de Engenharia Qumica e a participao dos alunos do Curso, de forma que outras atividades acadmicas sejam oficializadas e reconhecidas pela instituio, contabilizadas para o Departamento de Engenharia Qumica e creditadas aos discentes.

2.9. Ementas e Objetivos Gerais das Disciplinas PropostasNa seqncia encontram-se as ementas e os objetivos gerais das disciplinas propostas. Cabe ressaltar que a maioria das disciplinas propostas j existe. Quanto s disciplinas novas, as respectivas ementas j foram discutidas com os departamentos que as oferecero.

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2.9.1. Disciplinas Obrigatrias030805 - ELETROTCNICA Objetivos Gerais da Disciplina Caracterizar os problemas, grandezas e fenmenos eltricos relacionados com a utilizao da eletricidade. Caracterizar as mquinas eltricas e os dispositivos de manobra e proteo, relacionados com os sistemas eltricos que os engenheiros de materiais e qumicos lidam em suas atividades profissionais, de modo a garantir instalaes eltricas seguras, no colocando em risco a vida das pessoas e garantindo o desempenho adequado dos equipamentos (consumo de energia, durabilidade, rendimento, etc). Ementa 1. Circuitos eltricos. 2. Sistemas polifsicos. 3. Circuitos magnticos. 4. Geradores e motores de corrente contnua. 5. Geradores e motores de corrente alternada. 6. Motores monofsicos. 7. Instalaes Industriais. 8. Medidas eltricas e magnticas. 03086-4. MECNICA DOS SLIDOS ELEMENTAR Objetivos Gerais da Disciplina No final do perodo letivo, o aluno dever ser capaz de (a) entender os fundamentos tericos do comportamento mecnico dos slidos deformveis, (b) reconhecer as limitaes das hipteses de clculo adotadas, (c) estruturar de maneira lgica e racional as idias e os conceitos envolvidos nos clculos, (d) estabelecer analogias de procedimentos de clculo e conceitos em diferentes situaes, (e) incorporar as habilidades necessrias para resolver problemas de aplicao e (f) calcular tenso e deslocamento em estruturas de barras (isostticas) submetidas a aes simples ou combinadas. Ementa 1. Introduo. 2. Esforos solicitantes em estruturas planas. 3. Barras submetidas fora normal. 4. Toro em barras de seco circular. 5. Flexo em barras de seco simtrica. 035025 - MATERIAIS PARA A INDSTRIA QUMICA Objetivos Gerais da Disciplina Descrever o campo dos materiais classificando-os segundo diversos critrios.

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Fornecer princpios bsicos de estrutura e propriedades com aplicao na seleo e especificao de materiais para a Indstria Qumica. Ementa 1. Introduo: Estrutura dos Materiais; 2. Diagramas de equilbrio; 3. Ensaios de Materiais; 4. Materiais ferrosos e no ferrosos; 5. Aspectos gerais da deteriorao de materiais em servio; 6. Tipos de corroso e mtodos de ensaio; 7. Corroso de ferros e suas ligas; 8. Ligas especiais resistentes corroso; 9. Critrios de proteo; 10. Outros materiais para a Indstria Qumica. 062030 - PORTUGUS Objetivos Gerais da Disciplina Fazer com que o aluno seja capaz de: - aplicar os princpios gerais da Lingstica; - ler criticamente textos de vrias procedncias; - utilizar a expresso oral com clareza e coerncia; produzir textos diversos. Ementa 1. Cincia da linguagem. 2. Desenvolvimento da expresso oral. 3. Leitura e anlise. 4. Produo de textos. 070130 - QUMICA 1-GERAL Objetivos Gerais da Disciplina Levar aos alunos, que apresentam formao bastante heterognea, a elaborarem um conjunto de conceitos muito bem relacionados entre si, que lhes permitam desenvolver raciocnio qumico dedutivo. Este raciocnio deve permitir-lhes, mais tarde, prever ou justificar o comportamento de sistemas em reao e as propriedades de elementos e compostos, baseando-se num tratamento correto e atualizado dos assuntos enumerados na ementa. Ementa 1. Estrutura Atmica. 2. Estrutura Molecular. 3. Os Estados da Matria e as Foras Intermoleculares. 070130 - QUMICA 2-GERAL Objetivos Gerais da Disciplina Ao final da disciplina, o aluno dever ser capaz de caracterizar o que se entende por substncias, materiais, reaes qumicas, estequiometria, cidos e bases, solues tamponantes, equilbrio 34

qumico e propriedades coligativas. Alm disso, dever ser capaz de realizar clculos: a) de composio percentual de substncias e determinar frmulas a partir da composio percentual; b) para uma amostra de uma substncia ou um material envolvendo as grandezas massas, volume, quantidade de matria e nmero de entidades qumicas; c) estequiomtricos; d) envolvendo constantes de equilbrio e quantidades de equilbrio e/ou iniciais; e) envolvendo o pH de solues aquosas; f) envolvendo solues tamponantes ; g) de propriedades coligativas. Ementa 1. Solues. 2. Reaes e Equaes Qumicas. 3. Estequiometria. 4. Equilbrio Qumico.

070181 - QUMICA EXPERIMENTAL GERAL Objetivos Gerais da Disciplina 1. Identificar, localizar e manusear os materiais de segurana do laboratrio. 2. Identificar os riscos decorrentes do manuseio de reagentes qumicos. 3. Identificar e manusear a vidraria e os reagentes bsicos de um laboratrio de qumica. 4. Montar sistemas simples para separar e/ou purificar slidos e/ou lquidos; calcular o rendimento destes processos. 5. Sintetizar e caracterizar compostos orgnicos e inorgnicos. Calcular o rendimento das snteses efetuadas. 6. Identificar metais atravs de medidas de grandezas fsicas e de reaes qumicas. 7. Preparar solues de cidos e bases, determinar sua concentrao e utilizar em anlises. 8. Redigir um relatrio cientfico, discutir e avaliar resultados experimentais. Ementa 1. Introduo ao Curso de Qumica Experimental Geral. Segurana no Laboratrio. Equipamentos Bsicos de Laboratrio. Levantamento, Anlise de Dados Experimentais e Elaborao de Relatrio Cientfico 2. Identificao de Substncias Qumicas Atravs de Medidas de Grandezas Fsicas e de Reaes Qumicas 3. Preparao e Padronizao de Solues 4. Preparao de Compostos Orgnicos e Inorgnicos 5. Mtodos de Purificao e Caracterizao de Substncias Qumicas Orgnicas e Inorgnicas 6. Proposio de procedimentos de descarte e tratamentos dos resduos de laboratrios de Qumica. 071030 - QUIMICA INORGANICA Objetivos Gerais da Disciplina

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1.Identificar os elementos qumicos mais abundantes na crosta terrestre. 2.Identificar os elementos qumicos mais abundantes atravs da produo mineral brasileira. 3.Descrever os mtodos de obteno mais usuais dos elementos mais abundantes e mais utilizados no Brasil. 4.Escrever e balancear as equaes qumicas caractersticas dos elementos de cada grupo da tabela peridica. 5.Descrever as propriedades fsicas e qumicas da substancias inorgnicas provenientes dos elementos descritos no objetivo 3. 6.Identificar os elementos, ons e substancias qumica que possam, de alguma modo, prejudicar o meio ambiente. 7.Identificar na "natureza" substancias inorgnicas em diferentes estados, formas e complexidades. 8.Identificar as principais aplicaes das substncias inorgnicas (item 3). Ementa 1. Propriedades Gerais dos Elementos. 2. Notao e Nomenclatura em Qumica Inorgnica. 3. Hidrognio. 4. Elementos do Bloco s. 5. Elementos do Bloco p. 6. Elementos do Bloco d. 7. Elementos do Bloco f. 8. Compostos de Coordenao e Sais Duplos. 072087 - QUIMICA ORGANICA Objetivos Gerais da Disciplina 1. Introduzir ao aluno de Engenharia os conceitos bsicos da Qumica Orgnica. 2. Identificar e diferenciar a reatividade de compostos orgnicos. 3. Identificar os reagentes e ou condies necessrias, bem como os mecanismos para a interconverso das seguintes funes orgnicas. a) Hidrocarbonetos. b) Alquenos acclicos e cclicos. c) Alquinos. d) Haletos de Alquila. e) Benzeno e derivados. f) lcoois e Fenis. g) Cetonas e Aldedos. h) cidos Carboxlicos e seus derivados. 4. Reconhecer os compostos e suas reaes em trs dimenses. Ementa 1. Hidrocarbonetos. 2. Halogenetos de Alquila e Arila. 3. lcoois, teres e Fenis. 4. Aldedos, Cetonas, cidos Carboxlicos e Anidridos. 5. Aminas, Nitrilas, Amidas.

074063 - QUMICA ANALTICA GERAL Objetivos Gerais da Disciplina

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A disciplina capacitar o aluno a: 1. Identificar, reconhecer e balancear os quatro tipos de reaes qumicas e os correspondentes equilbrios em soluo aquosa envolvidos em Qumica Analtica. 2. Entender os conceitos bsicos que fundamentam as metodologias de Qumica Analtica Fundamental: gravimetria e volumetria. Ementa 1. Reviso de Conceitos Bsicos. 2. Equilbrio cido-Base. 3. Equilbrio com Formao de Precipitados. 4. Equilbrio de Formao de Complexos. 5. Equilbrio na Oxidao Reduo. 6. Introduo aos Mtodos de Anlise Qumica e de Anlise Qumica Instrumental. 07404-7 QUMICA ANALTICA EXPERIMENTAL Objetivos gerais da Disciplina No final do curso os alunos devero estar aptos a analisar amostras qualitativa e quantitativamente, levando em considerao a qualidade de cada amostra, atravs de normas padronizadas. Ementa 1. Normas de trabalho no Laboratrio de qumica experimental B. 2. Mtodos gravimtricos de anlise qumica. 3. Mtodos volumtricos de anlise qumica. 4. Mtodos instrumentais de anlise qumica. 076180 - FISICO-QUIMICA EXPERIMENTAL Objetivos Gerais da Disciplina 1. Desenvolver a capacidade de: a) interpretar fenmenos observados em laboratrio; b) elaborar modelos que permitam explicar experincias realizadas; c) abstrair de dados concretos comportamentos na forma de leis; e d) aplicar princpios gerais j aprendidos em Fsico-Qumica terica. 2. Atender as exigncias do curriculum mnimo dos Cursos de Engenharia Qumica e de Produo Qumica. Ementa 1. Termoqumica. 2. Equilbrio de Fases. 3. Propriedades Coligativas. 4. Cintica de Reaes em Soluo. 5. Atividade de ons em Soluo. 6. Medidas de Fora Eletromotriz em Clulas Eletroqumicas. 7. Aplicaes da Eletroqumica. 07638-4 ELETROQUMICA FUNDAMENTAL 37

Objetivos Gerais da Disciplina Ao final da disciplina, idealmente, o aluno dever ser capaz de: 1) identificar eletrlitos fortes, intermedirios e fracos atravs de valores de condutividade ou resistncia para suas solues; 2) prever valores para parmetros fsico-qumicos (*, Kps, concentraes de ons para eletrlitos fracos, etc.) a partir de valores de resistncia ou condutividade eletroltica; 3) calcular valores de coeficientes de atividade de eletrlitos usando a equao obtida do modelo de Debye-Hckel; 4) calcular fora eletromotriz para clulas galvnicas; 5) calcular parmetros termodinmicos a partir de medidas de potencial; 6) calcular parmetros relacionados com a cintica de processos de eletrodo; 7) descrever algumas aplicaes de reaes eletroqumicas. Ementa 1. Introduo Eletroqumica (Grandezas e Unidades Usuais em Eletroqumica, clulas Eletroqumicas e Galvnicas, Leis da Eletrlise) 2. Eletroqumica do Equilbrio (Atividade de ons em Solues, Teoria de Debye-Huckel, Equilbrio em solues Inicas), 3.Clulas Eletroqumicas (Definio e notao, Fora Eletromotriz, f.e.m. e potenciais de eletrodo, obteno de dados termodinmicos a partir da f.e.m.). 4. Cintica eletroqumica. 5. Aplicaes de sistemas eletroqumicos ( baterias, tratamento de resduos, eletrodeposio, corroso) 081116 - GEOMETRIA ANALTICA Objetivos Gerais da Disciplina Introduzir linguagem bsica e ferramentas (matrizes e vetores), que permitam ao aluno analisar e resolver alguns problemas geomtricos, no plano e espao euclidianos, preparando-o para aplicaes mais gerais do uso do mesmo tipo de ferramentas. Mais especificamente: 1) Analisar e resolver problemas elementares que envolvem operaes de matrizes e sistemas de equaes lineares. 2) Analisar solues de problemas geomtricos no plano e no espao atravs do uso de vetores, matrizes e sistemas. 3) Identificar configuraes geomtricas no plano e no espao euclidiano a partir de suas equaes, bem como deduzir equaes para tais configuraes. Resolver problemas que envolvem essas configuraes. Ementa 1. Matrizes, Sistemas lineares. Eliminao gaussiana 2. Vetores; produtos escalar, vetorial e misto. 3. Retas e planos. 4. Cnicas e quadrticas. 083020 - CLCULO NUMRICO 38

Objetivos Gerais da Disciplina Apresentar tcnicas numricas computacionais para resoluo de problemas nos campos das cincias e da engenharia, levando em considerao suas especificidades, modelagem e aspectos computacionais vinculados a essas tcnicas. Ementa 1. Erros em processos numricos. 2. Soluo numrica de sistemas de equaes lineares. 3. Soluo numrica de equaes. 4. Interpolao e aproximao de funes. 5. Integrao numrica. 6. Soluo numrica de equaes diferenciais ordinrias. 083119 - METODOS DE MATEMATICA APLICADA Objetivos Gerais da Disciplina 1. O aluno dever ser capaz, de, atravs do uso de transformada de Laplace, resolver (e interpretar) problemas de Equaes Diferenciais Ordinrias com funes forantes descontnuas ou da forma impulso. Com o uso de Sries de Fourier (tanto trigonomtrica como generalizadas), o aluno dever ser capaz de resolver (e interpretar solues) Equaes Diferenciais Parciais da Fsica-Matemtica relacionadas com problemas de difuso de calor e vibraes de cordas e membranas elsticas bem como problemas estacionrios. O aluno dever ser capaz de encontrar problemas de sua rea, formul-los matematicamente, resolve-los e question-los usando tcnicas desenvolvidas no curso e os recursos computacionais em laboratrios de informtica da UFSCar. Ementa 1. Transformadas de Laplace. 2. Equaes Diferenciais Parciais e sries de Fourier. 3. Problemas de valores de Contorno e Teoria de Sturm-Liouville. 08910-9 - CLCULO 1 Objetivos Gerais da Disciplina Propiciar o aprendizado dos conceitos de limite, derivada e integral de funes de uma varivel real. Propiciar a compreenso e o domnio dos conceitos e das tcnicas de Clculo Diferencial e Integral 1. Desenvolver a habilidade de implementao desses conceitos e tcnicas em problemas nos quais eles se constituem os modelos mais adequados. Desenvolver a linguagem Matemtica como forma universal de expresso da Cincia. Ementa 39

1. Nmeros Reais e funes de uma varivel real. 2. Limites e continuidade. 3. Clculo Diferencial e Aplicaes. 4. Clculo Integral e Aplicaes. 08920-6 - CLCULO 2 Objetivos Gerais da Disciplina Interpretar geometricamente os conceitos de funes de duas ou mais variveis. Desenvolver habilidades em clculos e aplicaes de derivadas e mximos e mnimos dessas funes. Desenvolver habilidades em diferenciao de funes implcitas e suas aplicaes. Ementa 1. Curvas e Superfcies. 2. Funes Reais de Vrias Variveis. 3. Diferenciabilidade de Funes de Vrias Variveis. 4. Frmula de Taylor, Mximos e Mnimos. Multiplicadores de Lagrange. 5. Derivao Implcita e Aplicaes. 08930-3 - CLCULO 3 Objetivos Gerais da Disciplina 1. Generalizar os conceitos e tcnicas do Clculo Integral de funes de uma varivel para funes de vrias variveis. 2. Desenvolver a aplicao desses conceitos e tcnicas em problemas correlatos. Ementa 1. Integrao dupla. 2. Integrao tripla. 3. Mudanas de coordenadas. 4. Integral de linha. 5. Diferenciais exatas e independncia do caminho. 6. Anlise vetorial: Teoremas de Gauss, Green e Stokes. 08940-0 - SERIES E EQUAES DIFERENCIAIS Objetivos Gerais da Disciplina Desenvolver as idias gerais de modelos matemticos de equaes diferenciais ordinrias com aplicaes s cincias fsicas, qumicas e engenharia. Desenvolver mtodos elementares de resoluo das equaes clssicas de 1 e 2 ordem. Desenvolver mtodos de resoluo de equaes diferenciais atravs de sries de potncias. Representar funes em sries de potncias e em sries de funes trigonomtricas. Desenvolver mtodos de resoluo de equaes diferenciais atravs de sries de potncias. Resolver equaes diferenciais com uso de programas computacionais. 40

Ementa 1. Equaes Diferenciais de 1a Ordem. 2. Equaes Diferenciais de 2a Ordem. 3. Sries Numricas e Sries de Potncias. Noes sobre sries de Fourier. 4. Solues de Equaes Diferenciais por sries de potncias. 091103 - FISICA EXPERIMENTAL A Objetivos Gerais da Disciplina - Preparar o aluno para o desenvolvimento de atividades em laboratrio. - Familiariz-lo com instrumentos de medidas de comprimento, tempo e temperatura. - Capacitar o aluno a organizar dados experimentais, a determinar e processar erros, a construir e analisar grficos; para que possa fazer uma avaliao crtica de seus resultados. - Verificar experimentalmente leis da Fsica. Ementa 1. Medidas e erros experimentais 2. Cinemtica e dinmica de partculas 3. Cinemtica e dinmica de corpos rgidos 4. Mecnica de meios contnuos 5. Termometria e calorimetria. 091111 - FISICA EXPERIMENTAL B Objetivos Gerais da Disciplina - Ao final da disciplina, o aluno dever ter pleno conhecimento dos conceitos bsicos, tericoexperimentais, de eletricidade, magnetismo e ptica geomtrica. - Conhecer os princpios de funcionamento e dominar a utilizao de in