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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA LABORATÓRIO DE POLÍMEROS - LPOL ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DE PROCESSAMENTO NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DE COMPÓSITOS DE POLIESTIRENO E FIBRAS DE CELULOSE Juliane Dettenborn, Crissiê Dossin Zanrosso, Matheus Poletto, Mara Zeni Andrade, Ademir José Zattera 1. INTRODUÇÃO 2. OBJETIVOS 3. EXPERIMENTAL 4. RESULTADOS As fibras naturais são cada vez mais utilizadas no desenvolvimento de compósitos mais ambientalmente amigáveis. São amplamente disponíveis, provenientes de fontes renováveis, possuem baixa densidade e são biodegradáveis. No entanto, o seu uso no desenvolvimento de compósitos apresenta certas restrições. A dificuldade de dispersão das fibras na matriz polimérica é uma delas, devido à formação de ligações hidrogênio entre as próprias fibras e conseqüentemente a tendência de formação de aglomerados. Analisar a influência da velocidade de processamento na dispersão das fibras de celulose na matriz de poliestireno. A polpa de celulose foi recebida na forma de placas, Figura 1(a), em seguida moída em moinho de facas, Figura 1(b), e para a caracterização morfológica a amostra foi analisada em microscópio eletrônico de varredura, apresentando razão de aspecto de fibra, Figura 1(c). A velocidade de 400 rpm proporcionou maior dispersão das fibras de celulose , rompendo as ligações hidrogênio formadas entre as fibras [1,2], devido ao maior cisalhamento do material na extrusora, aumentando com isso a molhabilidade das fibras pela matriz. Desta forma a transferência de esforços da matriz para a fibra é melhorada para os compósitos processados a 400 rpm, assim a resistência a flexão e o módulo de flexão aumentam, conforme Figura 3(a) e (b), quando comparados aos compósitos processados a 200 rpm. Figura 3: Resistência a flexão (a) e módulo em flexão (b) dos compósitos. Os compósitos processados a 400 rpm apresentaram maior resistência ao impacto que aqueles processados a 200 rpm, conforme Figura 4. A melhora na dispersão das fibras, na velocidade de 400 rpm, proporciona maior absorção de energia no momento do impacto, já que as fibras desemaranhadas não atuam concentrando o esforço [3]. 0 10 20 30 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 Resistência a flexão (MPa) Teor de celulose (%) 200rpm 400rpm (a) 0 10 20 30 0 1000 2000 3000 4000 5000 Módulo em flexão (MPa) Teor de celulose (%) 200rpm 400rpm (b) 140 ) 200rpm 400rpm (a) (b) (c) PIBIC/CNPq 5. CONCLUSÕES 6. REFERÊNCIAS 7. AGRADECIMENTOS Figura 1: Polpa de celulose utilizada no desenvolvimento dos compósitos Os compósitos foram desenvolvidos com teores de celulose de 0, 10, 20 e 30% em massa. Os materiais foram processados em extrusora dupla rosca co-rotante, com temperaturas variando entre 160 e 190ºC. Os ensaios mecânicos de flexão e impacto foram realizados conforme as normas ASTM D790 e ASTM D256, respectivamente. As etapas de processamento estão descritas na Figura 2. Figura 4: Resistência ao impacto dos compósitos desenvolvidos Devido ao elevado cisalhamento provocado pelo aumento da velocidade de processamento [4], ocorreu degradação do material na extrusora quando processado a velocidade de 600 rpm. Desta forma os compósitos processados a esta velocidade não foram moldados por injeção. 0 10 20 30 0 20 40 60 80 100 120 Resistência ao impacto (J/m) Teor de celulose (%) Os melhores resultados de resistência à flexão e resistência ao impacto foram obtidos para os compósitos contendo 10% em massa de fibras de celulose. Entretanto, o módulo de flexão aumentou de forma praticamente linear com a adição das fibras. Nos compósitos processados a 600 rpm observou-se degradação acentuada das fibras de celulose indicando que a velocidade limite de processamento é 400 rpm. [1] Kim, H-S.; Lee, B-H.; Choi, S-W.; Kim, S.; Kim, H-J. Composites Part A, 2007, 38, 1473. [2] Freire, C. S. R.; Silvestre, A. J. D.; Pascoal Neto, C.; Gandini, A.; Martin, L.; Mondragon, I. Composites Science and Technology, 2008, 68, 3358. [3] Bengtsson, M.; Le Baillif, M.; Oksman, K. Composites Part A, 2007, 38, 1922. [4] Zhang, J.; Park, C. B.; Rizvi, G. M.; Huang, H.; Guo, Q. Journal of Applied Polymer Science, 2009, 113, 2081. Injeção Polpa de celulose Moinho de facas Secagem Extrusão Poliestireno 200 rpm 400 rpm 600 rpm Secagem Ensaios mecânicos Impacto Flexão Figura 2: Fluxograma das etapas realizadas

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Page 1: poster jovens 2009.ppt [Modo de Compatibilidade] · Title: Microsoft PowerPoint - poster_jovens_2009.ppt [Modo de Compatibilidade] Author: vinicius Created Date: 8/28/2009 2:41:02

UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SULCENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA

LABORATÓRIO DE POLÍMEROS - LPOL

ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DE PROCESSAMENTO NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DE COMPÓSITOS DE

POLIESTIRENO E FIBRAS DE CELULOSE Juliane Dettenborn, Crissiê Dossin Zanrosso, Matheus Poletto, Mara Zeni Andrade, Ademir José Zattera

1. INTRODUÇÃO

2. OBJETIVOS

3. EXPERIMENTAL

4. RESULTADOSAs fibras naturais são cada vez mais utilizadas no desenvolvimento de

compósitos mais ambientalmente amigáveis. São amplamente disponíveis,

provenientes de fontes renováveis, possuem baixa densidade e são

biodegradáveis. No entanto, o seu uso no desenvolvimento de compósitos

apresenta certas restrições. A dificuldade de dispersão das fibras na matriz

polimérica é uma delas, devido à formação de ligações hidrogênio entre as

próprias fibras e conseqüentemente a tendência de formação de

aglomerados.

Analisar a influência da velocidade de processamento na dispersão

das fibras de celulose na matriz de poliestireno.

A polpa de celulose foi recebida na forma de placas, Figura 1(a), em

seguida moída em moinho de facas, Figura 1(b), e para a caracterização

morfológica a amostra foi analisada em microscópio eletrônico de varredura,

apresentando razão de aspecto de fibra, Figura 1(c).

A velocidade de 400 rpm proporcionou maior dispersão das fibras de

celulose , rompendo as ligações hidrogênio formadas entre as fibras [1,2], devido

ao maior cisalhamento do material na extrusora, aumentando com isso a

molhabilidade das fibras pela matriz. Desta forma a transferência de esforços da

matriz para a fibra é melhorada para os compósitos processados a 400 rpm,

assim a resistência a flexão e o módulo de flexão aumentam, conforme Figura

3(a) e (b), quando comparados aos compósitos processados a 200 rpm.

Figura 3: Resistência a flexão (a) e módulo em flexão (b) dos compósitos.

Os compósitos processados a 400 rpm apresentaram maior resistência ao

impacto que aqueles processados a 200 rpm, conforme Figura 4. A melhora na

dispersão das fibras, na velocidade de 400 rpm, proporciona maior absorção de

energia no momento do impacto, já que as fibras desemaranhadas não atuam

concentrando o esforço [3].

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) 200rpm

400rpm(a) (b) (c)

PIBIC/CNPq

5. CONCLUSÕES

6. REFERÊNCIAS

7. AGRADECIMENTOS

Figura 1: Polpa de celulose utilizada no desenvolvimento dos compósitos

Os compósitos foram desenvolvidos com teores de celulose de 0, 10, 20

e 30% em massa. Os materiais foram processados em extrusora dupla rosca

co-rotante, com temperaturas variando entre 160 e 190ºC. Os ensaios

mecânicos de flexão e impacto foram realizados conforme as normas ASTM

D790 e ASTM D256, respectivamente. As etapas de processamento estão

descritas na Figura 2.

Figura 4: Resistência ao impacto dos compósitos desenvolvidos

Devido ao elevado cisalhamento provocado pelo aumento da velocidade de

processamento [4], ocorreu degradação do material na extrusora quando

processado a velocidade de 600 rpm. Desta forma os compósitos processados a

esta velocidade não foram moldados por injeção.

0 10 20 300

20

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)

Teor de celulose (%)

Os melhores resultados de resistência à flexão e resistência ao impacto

foram obtidos para os compósitos contendo 10% em massa de fibras de

celulose. Entretanto, o módulo de flexão aumentou de forma praticamente linear

com a adição das fibras. Nos compósitos processados a 600 rpm observou-se

degradação acentuada das fibras de celulose indicando que a velocidade limite

de processamento é 400 rpm.

[1] Kim, H-S.; Lee, B-H.; Choi, S-W.; Kim, S.; Kim, H-J. Composites Part A,2007, 38, 1473.[2] Freire, C. S. R.; Silvestre, A. J. D.; Pascoal Neto, C.; Gandini, A.; Martin, L.;Mondragon, I. Composites Science and Technology, 2008, 68, 3358.[3] Bengtsson, M.; Le Baillif, M.; Oksman, K. Composites Part A, 2007, 38,1922.[4] Zhang, J.; Park, C. B.; Rizvi, G. M.; Huang, H.; Guo, Q. Journal of AppliedPolymer Science, 2009, 113, 2081.

Injeção

Polpa de

celulose

Moinho de

facas

Secagem

Extrusão

Poliestireno

200

rpm

400

rpm

600

rpm

Secagem

Ensaios

mecânicos

ImpactoFlexão

Figura 2: Fluxograma das etapas realizadas