POSSIBILIDADE MUDAR OS TRAÇOS DO ROSTO, LUGAR DE SUSTENTAÇÃO IMAGINÁRIA DA NOSSA IDENTIDADE...
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POSSIBILIDADE MUDAR OS TRAÇOS DO ROSTO, LUGAR DE SUSTENTAÇÃO IMAGINÁRIA DA NOSSA IDENTIDADE
POSSIBILIDADE DE AMPLIAR INDEFINIDAMENTE A IDADE DE PROCRIAÇÃO
POSSIBILIDADE DE REPRODUÇÃO SEM PARTICIPAÇÃO DE UM PARCEIRO SEXUAL
O CONTEXTO DA ATUAL MEDICINA
EDUCAÇÃO EM SAÚDE – LIMITES DO SABER DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
LETÍCIA ROCHA, 2013
POSSIBILIDADE MUDAR OS TRAÇOS DO ROSTO, LUGAR DE SUSTENTAÇÃO IMAGINÁRIA DA NOSSA IDENTIDADE
POSSIBILIDADE DE AMPLIAR INDEFINIDAMENTE A IDADE DE PROCRIAÇÃO
POSSIBILIDADE DE REPRODUÇÃO SEM PARTICIPAÇÃO DE UM PARCEIRO SEXUAL
O CONTEXTO DA ATUAL MEDICINA
"NAVIGARE NECESSE; VIVERE NON EST NECESSE"
POSSIBILIDADE MUDAR OS TRAÇOS DO ROSTO, LUGAR DE SUSTENTAÇÃO IMAGINÁRIA DA NOSSA IDENTIDADE
POSSIBILIDADE DE AMPLIAR INDEFINIDAMENTE A IDADE DE PROCRIAÇÃO
POSSIBILIDADE DE REPRODUÇÃO SEM PARTICIPAÇÃO DE UM PARCEIRO SEXUAL
O CONTEXTO DA ATUAL MEDICINA
À Regina Lúcia, em memória, e Flávia Resedá que em momentos diversos me incitaram a navegar
NÓS PROFISSIONAIS DA SAÚDE QUE TEMOS COMO OBJETO CONCRETO DE TRABALHO A SAÚDE E A DOENÇA DEPARAMO-NOS COM UMA QUESTÃO
EPISTEMIOLÓGICA CRUCIAL. NENHUMA DISCIPLINA POR SI SÓ DÁ CONTA DO OBJETO A QUE
PERSEGUIMOS, PORQUE ELE ENVOLVE AO MESMO TEMPO E CONCOMITANTEMENTE, AS RELAÇÕES SOCIAIS E O SOCIAL PROPRIAMENTE DITO, AS
EXPRESSÕES EMOCIONAIS E AFETIVAS ASSIM COMO O BIOLÓGICO QUE, EM ÚLTIMA INSTÂNCIA, TRADUZ,
ATRAVÉS DA SAÚDE E DA DOENÇA, AS CONDIÇÕES E RAZÕES SÓCIO-HISTÓRICAS E CULTURAIS DOS
INDIVÍDUOS E GRUPOS. Minayo, 1990
NOSSA ESPECIFICIDADE
“Embora os fatores genéticos possam contribuir para a ocorrência da obesidade, estima-se que somente pequena parcela dos casos de obesidade na atualidade possamser atribuídos a esses fatores (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1998). Cabe destacar portanto, a importância das condições de vida e dos ambientes emque as pessoas vivem cotidianamente, adotando-se aqui um conceito ampliado de ambiente" (político, econômico, social, cultural e físico) (SWINBURN et al., 1999)”.
Ministério da Saúde, 2006
NOSSA ESPECIFICIDADE
O Diabetes Mellitus configura-se hoje como uma epidemia mundial, traduzindo –se em grande
desafio para os sistemas de saúde de todo o mundo. O envelhecimento da população, a
urbanização crescente e a adoção de estilos de vida pouco saudáveis como sedentarismo, dieta
inadequada e obesidade são os grandes responsáveis pelo aumento da incidência e prevalência do diabetes em todo o mundo....
Ministério da Saúde, 2006
NOSSA ESPECIFICIDADE
“Embora os fatores genéticos possam contribuir para a ocorrência da obesidade, estima-se que somente pequena parcela dos casos de obesidade na atualidade possamser atribuídos a esses fatores (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1998). Cabe destacar portanto, a importância das condições de vida e dos ambientes emque as pessoas vivem cotidianamente, adotando-se aqui um conceito ampliado de ambiente" (político, econômico, social, cultural e físico) (SWINBURN et al., 1999)”.
Ministério da Saúde, 2006
“Embora os fatores genéticos possam contribuir para a ocorrência da obesidade, estima-se que somente pequena parcela dos casos de obesidade na atualidade possam ser atribuídos a esses fatores (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1998). Cabe destacar portanto, a importância das condições de vida e dos ambientes em que as pessoas vivem cotidianamente, adotando-se aqui um conceito ampliado de ambiente" (político, econômico, social, cultural e físico) (SWINBURN et al., 1999)”.
Ministério da Saúde, 2006
NOSSA ESPECIFICIDADE
NOSSA ESPECIFICIDADE
“Outros fatores que estão associados ao ganho excessivo de peso são as mudanças em alguns momentos da vida (ex: casamento, viuvez, separação); determinadas situações de violência; fatores psicológicos (como o estresse, a ansiedade, a depressão e a compulsão alimentar);..........
Ministério da Saúde, 2006
NOSSA ESPECIFICIDADE “Outros fatores que estão associados ao ganho excessivo de peso são as mudanças em alguns momentos da vida (ex: casamento, viuvez, separação); determinadas situações de violência; fatores psicológicos (como o estresse, a ansiedade, a depressão e a compulsão alimentar);..........”
Ministério da Saúde, 2006
DIRETRIZ DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA A EQUIPE
CUIDADO INTEGRAL CENTRADO NA PESSOA
A Lição de Anatomia do Dr. Tulp –Rembrandt, 1632
DIRETRIZ DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA A EQUIPE
AJUDAR A CADA PESSOA A
TRANSFORMAR-SE, “INVENTAR-SE” APESAR DA DOENÇA. DE FORMA QUE A DOENÇA AINDA QUE SEJA UM LIMITE,
NÃO A IMPEÇA DE VIVER OUTRAS COISAS NA SUA
VIDA
Ministério da Saúde, 2009 A Lição de Anatomia do Dr. Tulp –Rembrandt, 1632
DIRETRIZES
“ A responsabilidade do profissional de saúde com relação às mudanças nos hábitos de vida não deve se traduzir em um processo de normatização e muito menos de culpabilização do indivíduo, pois o que está em jogo não se restringe apenas à mudança do consumo de alimentos, de atividade física, mas tem influência sobre "toda a constelação de significados ligados ao comer, ao corpo, ao viver" (GARCIA, 1992; RITO, 2004)
,.... o desafio para os profissionais seria o de desenvolver intervenções de saúde apropriadas, sem se tornarem reguladores e vigilantes da vida e do prazer alheios (CHOR, 1999; CAMPOS, 2004) Ministério da Saúde, 2006
“ A responsabilidade do profissional de saúde com relação às mudanças nos hábitos de vida não deve se traduzir em um processo de normatização e muito menos de culpabilização do indivíduo, pois o que está em jogo não se restringe apenas à mudança do consumo de alimentos, de atividade física, mas tem influência sobre "toda a constelação de significados ligados ao comer, ao corpo, ao viver" (GARCIA, 1992; RITO, 2004)
,.... o desafio para os profissionais seria o de desenvolver intervenções de saúde apropriadas, sem se tornarem reguladores e vigilantes da vida e do prazer alheios (CHOR, 1999; CAMPOS, 2004) Ministério da Saúde, 2006
“ A responsabilidade do profissional de saúde com relação às mudanças nos hábitos de vida não deve se traduzir em um processo de normatização e muito menos de culpabilização do indivíduo, pois o que está em jogo não se restringe apenas à mudança do consumo de alimentos, de atividade física, mas tem influência sobre "toda a constelação de significados ligados ao comer, ao corpo, ao viver" (GARCIA, 1992; RITO, 2004)
“.... o desafio para os profissionais seria o de desenvolver intervenções de saúde apropriadas, sem se tornarem reguladores e vigilantes da vida e do prazer alheios (CHOR, 1999; CAMPOS, 2004)” Ministério da Saúde, 2006
“A autonomia (dos pacientes) implica necessariamente a construção de maiores capacidades de análise e de co-responsabilização pelo cuidado consigo, com os outros, com o ambiente; enfim, com a vida (CAMPOS, 2004), sem, portanto, desconsiderar que as soluções para os problemas passam por ações que devem ter sustentação cultural, política e econômica”.
“........esta busca pela autonomia demanda ações que fortaleçam as capacidades dos indivíduos e dos grupos para terem o máximo poder sobre suas próprias vidas.....”
Ministério da Saúde, 2006
Tradicionalmente os trabalhadores e os serviços
de saúde estão estruturados para atender
aos sujeitos em um momento ou instantes de sofrimento, quando este ocorre de forma aguda,
demanda respostas imediatas e com chance de
resolução rápida
Ministério da Saúde, 2008A Lição de Anatomia do Dr. Tulp –Rembrandt, 1632
“A DOENÇA PODE NÃO SER DE TODO UM
MAL”
INSCRIÇÃO NUMA LINHAGEM
PROVOCAR SOFRIMENTO PROMOVER IDENTIFICAÇÃO “ SOU DIABÉTICO” GANHOS SECUNDÁRIOS
UM DOS ASPECTOS QUE MAIS CHAMA A ATENÇÃO, QUANDO DA AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS, É
O DESPREPARO DOS PROFISSIONAIS E DEMAIS TRABALHADORES PARA LIDAR COM A DIMENSÃO SUBJETIVA QUE TODA PRÁTICA DE SAÚDE SUPÕE
Ministério da Saúde, 2008
“A clínica com objeto de trabalho reduzido acaba tendo uma função protetora - ainda que falsamente protetora – porque “permite” ao profissional não ouvir uma pessoa ou um coletivo em sofrimento e, assim, tentar não lidar com a própria dor ou medo que o trabalho em saúde pode trazer.
Ministério da Saúde, 2009
Salvador Dali
A ESTRUTURAÇÃO DO SABER MÉDICO
O objeto: doença
Metodologia: objetividade e cientificidade
O doente: indicador dos signos necessários para estabelecer o diagnóstico
O médico: nomear a doença
Exposição “O fantástico corpo humano”
“As doenças foram sucessivamente localizadas no organismo, no órgão, no
tecido, na célula, no gene, na enzima. E, de modo
sucessivo, trabalhou-se para identificá-las na sala de
autópsia, no laboratório de exames físicos (ótico,
elétrico, radiológico, ultra-sonográfico, ecográfico) e químicos ou bioquímicos”
Georges CanguilhemExposição “O fantástico corpo humano”
“Em fisiologia, não há senão condições próprias a cada fenômeno que é
preciso exatamente determinar, sem se
perder em divagações sobre a vida, a morte, a
saúde, a doença e outras entidades da mesma
espécie” Claude Bernard apud Canguilhem
Exposição “O fantástico corpo humano”
O anonimato é um produto da forma como se constitui o discurso médico. Médico e doente são esvaziados da sua subjetividade Clavreul
René Magritte
NOSSA ESPECIFICIDADE
Para as classes populares, há uma valorização estética da corpulência e da gordura, especialmente entre as mulheres. A gordura parece ser vista como um símbolo do seu poder na família, sem conotação negativa; ao contrário, entre elas parece imperar um padrão estético próprio de apreciação da corpulência, oposto ao das classes privilegiadas (ZALUAR, 1985; BOLTANKI, 1989; TONIAL, 2001).
CONTEXTO CONTEMPORÂNEO DA PRÁTICA MÉDICA
“ Desde o exterior de sua função, principalmente na organização industrial, lhe são proporcionados os meios e ao mesmo
tempo as perguntas para introduzir as medidas de controle quantitativo, os gráficos, as
escalas, os dados estatísticos através dos quais se estabelecem, até a escala
microscópica, as constantes biológicas e se instaura em seu domínio esse deslocamento
da evidência do êxito que corresponde ao advento dos fatos”
Lacan
NOSSA ESPECIFICIDADE
Para as classes populares, há uma valorização estética da corpulência e da gordura, especialmente entre as mulheres. A gordura parece ser vista como um símbolo do seu poder na família, sem conotação negativa; ao contrário, entre elas parece imperar um padrão estético próprio de apreciação da corpulência, oposto ao das classes privilegiadas (ZALUAR, 1985; BOLTANKI, 1989; TONIAL, 2001).
CONTEXTO CONTEMPORÂNEO DA PRÁTICA MÉDICA
“O mundo científico coloca em suas mãos um número infinito do que pode produzir como agentes terapêuticos novos, químicos ou bioquímicos, que coloca à disposição do
público, e pede ao médico, como se fosse um distribuidor, que os ponha à prova”
Lacan
NOSSA ESPECIFICIDADE
“Embora os fatores genéticos possam contribuir para a ocorrência da obesidade, estima-se que somente pequena parcela dos casos de obesidade na atualidade possamser atribuídos a esses fatores (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1998). Cabe destacar portanto, a importância das condições de vida e dos ambientes emque as pessoas vivem cotidianamente, adotando-se aqui um conceito ampliado de ambiente" (político, econômico, social, cultural e físico) (SWINBURN et al., 1999)”.
Ministério da Saúde, 2006
PRÁTICA MÉDICA: ENCONTRO DE UMA TEORIA E UMA TÉCNICA CIENTÍFICA COM UM CORPO
NOSSA ESPECIFICIDADE
“Embora os fatores genéticos possam contribuir para a ocorrência da obesidade, estima-se que somente pequena parcela dos casos de obesidade na atualidade possamser atribuídos a esses fatores (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1998). Cabe destacar portanto, a importância das condições de vida e dos ambientes emque as pessoas vivem cotidianamente, adotando-se aqui um conceito ampliado de ambiente" (político, econômico, social, cultural e físico) (SWINBURN et al., 1999)”.
Ministério da Saúde, 2006
A DOENÇA É VIVIDA SUBJETIVAMENTE PELO DOENTE. MARCADA PELAPRESENÇA/FALTA DE SENTIDO, DESEJO, ANGÚSTIA E GOZO
PRÁTICA MÉDICA: ENCONTRO DE UMA TEORIA E UMA TÉCNICA CIENTÍFICA COM UM CORPO
CONTATO ÍNTIMO E FREQUENTE COM A DOR, O SOFRIMENTO E A MORTE; PACIENTES REBELDES, QUEIXOSOS, AGRESSIVOS, AUTODESTRUTIVOS, HISTÉRICOS, PSICOSSOMÁTICOS
LIMITES E INCERTEZAS DO CONHECIMENTO E DA TERAPÊUTICA EM CONTRAPOSIÇÃO A DEMANDAS E EXPECTATIVAS DE PACIENTES E FAMILIARES
A PRÁTICA MÉDICA
NOSSA ESPECIFICIDADE
Para as classes populares, há uma valorização estética da corpulência e da gordura, especialmente entre as mulheres. A gordura parece ser vista como um símbolo do seu poder na família, sem conotação negativa; ao contrário, entre elas parece imperar um padrão estético próprio de apreciação da corpulência, oposto ao das classes privilegiadas (ZALUAR, 1985; BOLTANKI, 1989; TONIAL, 2001).
A enfermidade no ser humano reclama “sentido” antes ainda que o equilíbrio da saúde orgânica . A dor e o mal-estar são imperativos. Por isso o
pedido de alívio que o paciente dirige ao médico não pode cessar, ainda que ele não possua os
instrumentos para fazê-lo. Sobre o médico pesa a exigência de responder, com os recursos da ciência ou outra coisa. A assunção da função
médica em uma sociedade supõe indispensavelmente o seu reconhecimento no
discurso coletivo. Raul Courel
NOSSA ESPECIFICIDADE
Para as classes populares, há uma valorização estética da corpulência e da gordura, especialmente entre as mulheres. A gordura parece ser vista como um símbolo do seu poder na família, sem conotação negativa; ao contrário, entre elas parece imperar um padrão estético próprio de apreciação da corpulência, oposto ao das classes privilegiadas (ZALUAR, 1985; BOLTANKI, 1989; TONIAL, 2001).
Seria a medicina uma ciência?
NOSSA ESPECIFICIDADE
Para as classes populares, há uma valorização estética da corpulência e da gordura, especialmente entre as mulheres. A gordura parece ser vista como um símbolo do seu poder na família, sem conotação negativa; ao contrário, entre elas parece imperar um padrão estético próprio de apreciação da corpulência, oposto ao das classes privilegiadas (ZALUAR, 1985; BOLTANKI, 1989; TONIAL, 2001).
EMBARAÇOS....
O conceito (de saúde) adotado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1948,
longe de ser uma realidade, simboliza um compromisso, um horizonte a ser perseguido. Remete à
idéia de uma “saúde ótima”, possivelmente inatingível e utópica já que a mudança, e não a estabilidade,
é predominante na vida. Saúde não é um “estado estável”, que uma vez atingido possa ser mantido.
A própria compreensão de saúde tem também alto grau de subjetividade e determinação histórica, na medida em
que indivíduos e sociedades consideram ter mais ou menos saúde dependendo do momento, do referencial e
dos valores que atribuam a uma situação.
Ministério da Educação, PNC “Saúde”
Diversas tentativas vêm sendo feitas a fim de se construir um conceito mais dinâmico, que dê
conta de tratar a saúde não como imagem complementar da doença e sim como construção permanente de cada indivíduo e da coletividade, que se expressa na luta pela ampliação do uso das potencialidades de cada pessoa e da sociedade, refletindo sua capacidade de defender a
vida.Assumido o conceito da OMS, nenhum ser humano (ou
população) será totalmente saudávelou totalmente doente. Ao longo de sua existência, viverá
condições de saúde/doença, de acordocom suas potencialidades, suas condições de vida e sua
interação com elas.
Ministério da Educação, PNC “Saúde”
NOSSA ESPECIFICIDADE
Para as classes populares, há uma valorização estética da corpulência e da gordura, especialmente entre as mulheres. A gordura parece ser vista como um símbolo do seu poder na família, sem conotação negativa; ao contrário, entre elas parece imperar um padrão estético próprio de apreciação da corpulência, oposto ao das classes privilegiadas (ZALUAR, 1985; BOLTANKI, 1989; TONIAL, 2001).
NASCIMENTO DA PSICANÁLISE
HISTÉRIA, FINAL DO SÉCULO XIX PARALISIAS
CEGUEIRA SURDEZ DORES; VERTIGEM; ANESTESIAS PARCIAIS; AFASIAS; ALUCINAÇÕES
NOSSA ESPECIFICIDADE
Para as classes populares, há uma valorização estética da corpulência e da gordura, especialmente entre as mulheres. A gordura parece ser vista como um símbolo do seu poder na família, sem conotação negativa; ao contrário, entre elas parece imperar um padrão estético próprio de apreciação da corpulência, oposto ao das classes privilegiadas (ZALUAR, 1985; BOLTANKI, 1989; TONIAL, 2001).
FREUD –SITUA A “LESÃO” HISTÉRICA EM UM OUTRO LUGAR, O INCONSCIENTE
PARA A PSICANÁLISE O CORPO TEM UM ESTATUTO PRÓPRIO. É AFETADO PELA LINGUAGEM, POSSUI UM CARÁTER ERÓGENO. A IMAGEM CORPORAL É CONSTITUÍDA NA RELAÇÃO COM O SEMELHANTE
O INSTRUMENTO PARA A PSICANÁLISE NÃO É O OLHAR MAS A ESCUTA DO PACIENTE
NOSSA ESPECIFICIDADE
Para as classes populares, há uma valorização estética da corpulência e da gordura, especialmente entre as mulheres. A gordura parece ser vista como um símbolo do seu poder na família, sem conotação negativa; ao contrário, entre elas parece imperar um padrão estético próprio de apreciação da corpulência, oposto ao das classes privilegiadas (ZALUAR, 1985; BOLTANKI, 1989; TONIAL, 2001).
NO CAMPO DA SAÚDE ALGUMAS MANIFESTAÇÕES INTERROGAM OS LIMITES DAS DISCIPLINAS, POR EXEMPLO, A QUESTÃO DA ADESÃO AO TRATAMENTO
Constata-se, na prática clínica dos diversos profissionais, que uma parcela significativa de pacientes com diabetes do
Cedeba possui pouca informação e/ou informações inadequadas sobre o diabetes e o seu tratamento, além de comportamentos incompatíveis com o controle da doença e prevenção das suas complicações, apesar das constantes
informações prestadas ao paciente no decorrer das consultas.
NECESSIDADE DA CRIAÇÃO DE NOVOS DISPOSITIVOS
QUE POSSIBILITE, INCLUSIVE, QUE O ENQUADRE
DISCIPLINAR POSSA OPERAR; CRIAR POSTULADOS ÉTICOS, TEÓRICOS, TÉCNICOS E POLÍTICOS QUE DELIMITEM ESTE NOVO CAMPO DE TRABALHO
PROJETO DE EDUCAÇÃO???
POSSIBILIDADE MUDAR OS TRAÇOS DO ROSTO, LUGAR DE SUSTENTAÇÃO IMAGINÁRIA DA NOSSA IDENTIDADE
POSSIBILIDADE DE AMPLIAR INDEFINIDAMENTE A IDADE DE PROCRIAÇÃO
POSSIBILIDADE DE REPRODUÇÃO SEM PARTICIPAÇÃO DE UM PARCEIRO SEXUAL
O CONTEXTO DA ATUAL MEDICINA
O ACESSO AO SABER PODE SER IMPEDIDO SE HOUVER POR PARTE DO SUJEITO TEMOR DE QUE A
APRENDIZAGEM POSSA INCORRER EM PERDAS. Visca
IV – O SURGIMENTO DO DIABETES
IMPLICA MUDANÇAS. GERA
CORTES, RUPTURAS. A VIDA SERÁ MARCADA
COM UM ANTES E UM DEPOIS
Salvador Dali
Quebra da crença de um corpo íntegro e sadio
Evoca a condição mortal do ser humano
Ameaça com a possibilidade de outras graves patologias
Reduz a expectativa de vida
Demanda conhecimentos e habilidades diversas
O diabetes e suas perdas
Edvard Munch
Edvard Munch
O DIABETES E SUAS PERDAS
O tratamento requer cuidados diários, disciplina irrepreensível e interfere em diversas dimensões da vida cotidiana
Restrições no que diz respeito a gratificação oral As negligências com o tratamento podem gerar do mal-estar ao coma
Elevados custos do tratamento
POSSIBILIDADE MUDAR OS TRAÇOS DO ROSTO, LUGAR DE SUSTENTAÇÃO IMAGINÁRIA DA NOSSA IDENTIDADE
POSSIBILIDADE DE AMPLIAR INDEFINIDAMENTE A IDADE DE PROCRIAÇÃO
POSSIBILIDADE DE REPRODUÇÃO SEM PARTICIPAÇÃO DE UM PARCEIRO SEXUAL
O CONTEXTO DA ATUAL MEDICINA
ALGUMAS CONTRIBUIÇÕES PARA O PROJETO DE EDUCAÇÃO
Tarsila do Amaral
DIRETRIZES
“ A responsabilidade do profissional de saúde com relação às mudanças nos hábitos de vida não deve se traduzir em um processo de normatização e muito menos de culpabilização do indivíduo, pois o que está em jogo não se restringe apenas à mudança do consumo de alimentos, de atividade física, mas tem influência sobre "toda a constelação de significados ligados ao comer, ao corpo, ao viver" (GARCIA, 1992; RITO, 2004)
,.... o desafio para os profissionais seria o de desenvolver intervenções de saúde apropriadas, sem se tornarem reguladores e vigilantes da vida e do prazer alheios (CHOR, 1999; CAMPOS, 2004) Ministério da Saúde, 2006
“ A responsabilidade do profissional de saúde com relação às mudanças nos hábitos de vida não deve se traduzir em um processo de normatização e muito menos de culpabilização do indivíduo, pois o que está em jogo não se restringe apenas à mudança do consumo de alimentos, de atividade física, mas tem influência sobre "toda a constelação de significados ligados ao comer, ao corpo, ao viver" (GARCIA, 1992; RITO, 2004)
,.... o desafio para os profissionais seria o de desenvolver intervenções de saúde apropriadas, sem se tornarem reguladores e vigilantes da vida e do prazer alheios (CHOR, 1999; CAMPOS, 2004) Ministério da Saúde, 2006
I - SABERES CONSTITUÍDOS POR LACUNAS
NÓS PROFISSIONAIS DA SAÚDE QUE TEMOS COMO OBJETO CONCRETO DE TRABALHO A SAÚDE E A DOENÇA DEPARAMO-NOS COM UMA QUESTÃO
EPISTEMIOLÓGICA CRUCIAL. NENHUMA DISCIPLINA POR SI SÓ DÁ CONTA DO OBJETO A QUE
PERSEGUIMOS, PORQUE ELE ENVOLVE AO MESMO TEMPO E CONCOMITANTEMENTE, AS RELAÇÕES SOCIAIS E O SOCIAL PROPRIAMENTE DITO, AS
EXPRESSÕES EMOCIONAIS E AFETIVAS ASSIM COMO O BIOLÓGICO QUE, EM ÚLTIMA INSTÂNCIA, TRADUZ,
ATRAVÉS DA SAÚDE E DA DOENÇA, AS CONDIÇÕES E RAZÕES SÓCIO-HISTÓRICAS E CULTURAIS DOS
INDIVÍDUOS E GRUPOS. Minayo, 1990
DIRETRIZES
“ A responsabilidade do profissional de saúde com relação às mudanças nos hábitos de vida não deve se traduzir em um processo de normatização e muito menos de culpabilização do indivíduo, pois o que está em jogo não se restringe apenas à mudança do consumo de alimentos, de atividade física, mas tem influência sobre "toda a constelação de significados ligados ao comer, ao corpo, ao viver" (GARCIA, 1992; RITO, 2004)
,.... o desafio para os profissionais seria o de desenvolver intervenções de saúde apropriadas, sem se tornarem reguladores e vigilantes da vida e do prazer alheios (CHOR, 1999; CAMPOS, 2004) Ministério da Saúde, 2006
“ A responsabilidade do profissional de saúde com relação às mudanças nos hábitos de vida não deve se traduzir em um processo de normatização e muito menos de culpabilização do indivíduo, pois o que está em jogo não se restringe apenas à mudança do consumo de alimentos, de atividade física, mas tem influência sobre "toda a constelação de significados ligados ao comer, ao corpo, ao viver" (GARCIA, 1992; RITO, 2004)
,.... o desafio para os profissionais seria o de desenvolver intervenções de saúde apropriadas, sem se tornarem reguladores e vigilantes da vida e do prazer alheios (CHOR, 1999; CAMPOS, 2004) Ministério da Saúde, 2006
SAÚDE E DOENÇA, VIDA E MORTE POSSUEM DETERMINAÇÕES QUE ESCAPAM AO DOMÍNIO DOS SABERES CONSTITUÍDOS
I – SABERES CONSTITUÍDOS POR LACUNAS
A RELAÇÃO PACIENTE/ FAMÍLIA/ EQUIPE DE SAÚDE DEVE SE SUSTENTAR E DURAR COM TODAS AS SUAS VICISSITUDES , MANTIDA E
COSTURADA POR UMA FALTA. POR PARTE DOS PAIS, ESSA FALHA É DE TEREM FILHOS
SADIOS, POR PARTE DOS PACIENTES DE CUIDAR-SE E TER UMA VIDA NORMAL; E DA EQUIPE MÉDICA, DE ATUAR A ESSENCIA DE SUA PRÁTICA, A CURA, QUE NÃO SE DÁ.
MIRIAM BURD
POSSIBILIDADE MUDAR OS TRAÇOS DO ROSTO, LUGAR DE SUSTENTAÇÃO IMAGINÁRIA DA NOSSA IDENTIDADE
POSSIBILIDADE DE AMPLIAR INDEFINIDAMENTE A IDADE DE PROCRIAÇÃO
POSSIBILIDADE DE REPRODUÇÃO SEM PARTICIPAÇÃO DE UM PARCEIRO SEXUAL
O CONTEXTO DA ATUAL MEDICINA
DESAFIOS NA CONSTRUÇÃO DE EQUIPES INTERDISCIPLINARES NA SAÚDE
LETÍCIA ROCHA, 2013
II – O homem é aberto à doença não por uma condenação ou por uma sina, mas por sua simples presença no mundo.É normal ficar doente uma vez que se está vivo Canguilhem
Estes slides foram escritos sobre telas do pintor Mark Rothko
III – Responsabilidade do sujeito
Obeso - culpado ou inocente?
“Há poucos anos, muitos julgavam o individuo com excesso de peso como tendo pouca força de vontade ou sem-vergonha, e o médico que o tratava como picareta. A obesidade sequer era reconhecida como doença, vista apenas como conseqüência de um excesso de ingestão alimentar, tendo como causa um fator puramente ambiental (cultural, psicológico, social etc). Tudo muito simples, inclusive o seu tratamento, bastava ter força de vontade....
Estes slides foram escritos sobre telas do pintor Mark Rothko
Obeso - culpado ou inocente?
“Acredito que, se fizermos uma análise isenta de atitudes preconcebidas e considerarmos o fator genético como etiologia principal e o ambiente, secundário, ou, quem sabe desencadeante, poderemos “absorver” o obeso, retirar-lhe as acusações injuriosas que lhe vem sendo infligidas, como as de fraco, sem força de vontade ou até mesmo sem-vergonha”
III – Responsabilidade do sujeito
IV - REDEFINIR NORMAL/PATOLÓGICO
A POSSIBILIDADE DA NORMALIDADE GLICÊMICA PARECE FORNECER O PARÂMETRO PARA A AFIRMAÇÃO DAS EQUIPES DE QUE O PACIENTE PODERÁ TER VIDA NORMAL
Salvador Dali
IV - REDEFINIR NORMAL/PATOLÓGICO
A SAÚDE É UMA NORMALIDADE ASSIM COMO A DOENÇA. O
ASPECTO COMUM É A PRESENÇA DE UMA LÓGICA,
UMA ORGANIZAÇÃO PRÓPRIA, UMA NORMA
CANGUILHEM
Salvador Dali
IV - REDEFINIR NORMAL/PATOLÓGICO
A SAÚDE É UMA CERTA CAPACIDADE DE
ULTRAPASSAR AS CRISES PARA INSTALAR UMA NOVA
ORDEM
UM SER VIVO É NORMAL QUANDO PODE RESPONDER
A EXIGÊNCIA DO MEIO, MESMO QUE SUA
FORMA SEJA RARA POR ELE SER NORMATIVO
CANGUILHEM
O SURGIMENTO DO DIABETES E/OU DE SUAS COMPLICAÇÕES PODE DESORGANIZAR AS REFERÊNCIAS SIMBÓLICAS DO SUJEITO; ABALAR A REPRESENTAÇÃO QUE TEM DO SEU LUGAR NO MUNDO
DIRETRIZES
“Compreende-se que a construção de vínculo, além de corresponder à política de humanização em saúde, é um recurso terapêutico.......entendo a terapêutica como uma parte essencial da clínica que estuda e põe em prática meios adequados para curar, reabilitar, aliviar o sofrimento e prevenir possíveis danos em pessoas vulneráveis ou doentes (CAMPOS, 2003).....
“Segredos, questões íntimas, aspectos da sexualidade, de violência, por vezes associados à obesidade, só são relatados após o estabelecimento de vínculo, de confiança, de cumplicidade”.
Ministério da Saúde, 2006
“Diante das ameaças constituídas pelo diabetes e/ou seu tratamento muitos pacientes lançam mão da negação da doença. A doença não sendo tratada de maneira conveniente manifesta com rigor as suas complicações
“A DOENÇA PODE NÃO SER DE TODO UM
MAL”
INSCRIÇÃO NUMA LINHAGEM
PROVOCAR SOFRIMENTO PROMOVER IDENTIFICAÇÃO “ SOU DIABÉTICO” GANHOS SECUNDÁRIOS
“Em doenças crônicas como o diabetes, quando a sua primeira manifestação está associada a um evento mórbido, como um
falecimento familiar ou uma briga, as pioras no controle glicêmico estarão muitas vezes
relacionadas a eventos semelhantes (na perspectiva do sujeito acometido pela
diabetes).
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009
A doença possui valor subjetivo
“A DOENÇA PODE NÃO SER DE TODO UM
MAL”
INSCRIÇÃO NUMA LINHAGEM
PROVOCAR SOFRIMENTO PROMOVER IDENTIFICAÇÃO “ SOU DIABÉTICO” GANHOS SECUNDÁRIOS
“Eu deveria portar sempre pequena reserva de açúcar, e tão logo percebesse os primeiros
sintomas (de hipoglicemia) deveria ingerí-lo, pois o açúcar puro é de mais fácil absorção...tudo
explicado, tudo compreendido; mas bastava estar afetivamente carente _ e quem não fica neste
mundo atribulado?_ e, eu arranjava hipoglicemias bravas, para ter a atenção de todos . Minhas
hipoglicemias são lendárias entre os meus colegas, alunos, parentes e clientes”.
Rogério Oliveira- endocrinologista
A doença possui valor subjetivo
“A DOENÇA PODE NÃO SER DE TODO UM
MAL”
INSCRIÇÃO NUMA LINHAGEM
PROVOCAR SOFRIMENTO PROMOVER IDENTIFICAÇÃO “ SOU DIABÉTICO” GANHOS SECUNDÁRIOS
A doença passa a constituir numa espécie de carteira de identidade para o sujeito
A doença possui valor subjetivo
VI - O sujeito, por uma questão de estrutura, não reconhece o organismo como parte do corpo; de algum modo o organismo biológico lhe é essencialmente estranho
Frida Kahlo
VI – Possibilitar que órgãos/funções sejam simbolizados, imaginarizados, circunscrito como borda do próprio corpo
Frida Kahlo
“Quando, no ano de 1976, descobri que estava com diabetes, eu já fazia cinema. E diabetes não combina com cinema. A instabilidade econômica, as pressões para decisões instantâneas, as viagens imprevistas, as críticas desfavoráveis, a correria, e sobretudo a má alimentação, eram exatamente as contra-indicações para um diabético. Que fazer então?.... ....descoberta de que o diabetes acontece quando o organismo pede socorro. Liga o sistema de alarme para que se abram as comportas e se descarregue a pressão. Diabetes é como se fosse um termômetro para localizar defeito.
O meu defeito era a péssima administração do meu emocional. Eu não tinha controle, e assim acionava um bombardeio direto no pâncreas. Coitado, ficou sem insulina. Tive que correr esse risco para perceber que, se não mudasse drasticamente meu código de valores, eu poderia morrer. Mudei o código, fiquei mais feliz e o diabetes se adaptou a mim” Tizuka Iamasaki.
As perdas precisam ter o reconhecimento e suporte da coletividade. É necessário favorecer a emergência da palavra para que ali, no lugar do real incomensurável, possa se constituir uma borda que venha delimitar este campo do real, emoldurando sua janela e impedindo o caos.
VII – Elaborar Perdas
Edvard Munch
Edvard Munch
_Sinto uma fome muito forte, tento distrair-me._ Como é a fome?_ É fome de comer doce, e veja você que eu não gostava tanto de doce antes._ Você sabe que tem casas especializadas que vendem doces para diabéticos?_ Minha avó faz doces sem açúcar, de mamão, de banana, uma delícia. Mas sabe o que é? É fome de sorvete, daqueles sorvetes deliciosos que eu comia antes de adoecer.
EDGAR MUNCH
“Minha vida sempre foi muito agitada, atribulada pelo medo do que poderia acontecer, medo devido ao estigma do diabetes e suas complicações, que me ameaçavam com o fantasma da morte e, principalmente da invalidez..... Além do medo de doença e das complicações incapacitantes, eu também tinha medo da miséria e das dificuldades financeiras, bem como da crítica e da não aceitação das pessoas do meu círculo profissional. Talvez para não pensar nessas coisas angustiantes eu vivia ou procurava viver sempre perigosamente....”
Rogério Oliveira
Vl - Organização do sistema de atenção à saúde – tem “co-responsabilidade” na determinação das complicações e mortes evitáveis Ines Lessa
VII - Compreende-se que a construção de vínculo, além de corresponder à política de humanização em saúde, é um recurso terapêutico.......” Ministério da Saúde,
“O remédio mais usado em medicina é o próprio médico, o qual , como os demais medicamentos, precisa ser conhecido em sua posologia, reações colaterais e toxicidade”. Balint
NOSSA ESPECIFICIDADE
Para as classes populares, há uma valorização estética da corpulência e da gordura, especialmente entre as mulheres. A gordura parece ser vista como um símbolo do seu poder na família, sem conotação negativa; ao contrário, entre elas parece imperar um padrão estético próprio de apreciação da corpulência, oposto ao das classes privilegiadas (ZALUAR, 1985; BOLTANKI, 1989; TONIAL, 2001).
Formar uma equipe capaz de sustentar tamanho desafio requer disponibilidade dos profissionais; tempo de elaboração, construção e avaliação das práticas; sustentação institucional
POSSIBILIDADE MUDAR OS TRAÇOS DO ROSTO, LUGAR DE SUSTENTAÇÃO IMAGINÁRIA DA NOSSA IDENTIDADE
POSSIBILIDADE DE AMPLIAR INDEFINIDAMENTE A IDADE DE PROCRIAÇÃO
POSSIBILIDADE DE REPRODUÇÃO SEM PARTICIPAÇÃO DE UM PARCEIRO SEXUAL
O CONTEXTO DA ATUAL MEDICINA
DESAFIOS NA CONSTRUÇÃO DE EQUIPES INTERDISCIPLINARES NA SAÚDE
LETÍCIA ROCHA, 2013
Aprender a curar é aprender a conhecer a contradição entre a esperança de um dia e o fracasso, no final, sem dizer não à esperança de um dia. Canguilhem