Portfolio @ Revista da Qualidade #30

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DIABETES: COMO PREVENIR? PORTUGAL TECNOLÓGICO VIII ENCONTRO DE ECONOMISTAS DE LÍNGUA PORTUGUESA OUTUBRO ‘10 | EDIÇÃO 30 ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO JORNAL ‘DIÁRIO DE NOTÍCIAS’ E SEMANÁRIO ‘SOL’ (ANGOLA, MOÇAMBIQUE E CABO VERDE) “No mercado segurador, é necessário reafirmar a lógica de cooperação na Península Ibérica”, garante ANTÓNIO VILELA, PRESIDENTE DA APROSE (I FÓRUM IBÉRICO DOS SEGUROS EM DESTAQUE) FOTOGRAFIA: DIANA QUINTELA

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DIABETES:COMO PREVENIR?

PORTUGALTECNOLÓGICO

VIII ENCONTRO DEECONOMISTASDE LÍNGUAPORTUGUESA

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“No mercado segurador, é necessário reafirmar a lógica de cooperação na Península Ibérica”, garante

ANTÓNIO VILELA, PRESIDENTE DA APROSE(I FÓRUM IBÉRICO DOS SEGUROS EM DESTAQUE)

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14 de Outubro de 2010

Hotel Tiara Park Atlantic Lisboa

I Fórum Ibérico dos Seguros | FIS

“Portugal e Espanha: O Desafi odo Mercado Ibérico dos Seguros”

Foi sob o signo da confiança que de-correu, no passado dia 14 de Outu-bro de 2010, no Hotel Tiara Park

Atlantic, em Lisboa, o I Fórum Ibérico dos Seguros, subordinado ao tema “Por-tugal e Espanha: O Desafio do Mercado Ibérico dos Seguros”. António Vilela, presidente da Associação Portuguesa dos Produtores Profissionais de Seguros (APROSE) e José María Campadaval Castellvi, presidente do Consejo Gene-ral de los Colegios de Mediadores de Seguros, entidade espanhola congénere da APROSE, foram os anfitriões deste evento que contou com a participação de um distinto leque de oradores, distri-buídos por três sessões. A conferência inaugural esteve a cargo de Gustavo de Aristegui, Deputado e Porta-voz dos Assuntos Parlamentares do Partido Po-pular no Parlamento de Espanha, tendo-se seguido duas mesas redondas dedi-cadas, respectivamente, à “Situação dos Mercados e Modelos de Negócio” e às “Relações transfronteiriças de negócio: seguradores e mediadores de seguros”. Nesta ocasião foi lançado o novo livro “Xeque à Globalização” de José An-tónio Almaça, professor catedrático de Economia, seguido de um jantar onde António Vilela e José María Campada-val Castellvi assinaram o Protocolo de

Cooperação Internacional APROSE – Consejo General, tendo em vista, por um lado, o reforço do desenvolvimento de um mercado comum ibérico e, por outro, a conquista de massa crítica nas instâncias internacionais representativas do mercado segurador.

Um novo ciclo se abriráOs momentos difíceis que a Economia, a Sociedade e a Política atravessam exi-gem aos cidadãos coragem, perseverança e criatividade. Na sua intervenção, Gus-tavo de Aristegui chamou estes desígnios até si e, inspirado pelo conceito de luz e sombra de uma História ibérica comum - ora brilhante, consagrada nos Desco-brimentos, ora obscura, sofrida nos con-flitos - vaticinou que um dia se cumprirá a importância estratégica dos dois países. Iluminado pelo conceito de profunda transformação global que estamos a vi-ver, a mensagem de Gustavo de Ariste-gui ganha uma dimensão quase oracular na forma como perspectiva as sinergias que deverão ser seguidas, nomeadamen-te através da potenciação das heranças identitárias mais tradicionalistas como a língua, o território e os costumes. Consi-derando que Portugal e Espanha devem transformar as suas actuais incertezas em oportunidades, Aristegui mostra-se muito

confiante nas mais-valias que o mercado ibérico poderá trazer ao reconhecimento da soberania além-fronteiras.

Em busca de referências co-munsO conhecimento mútuo da realidade dos mercados, na perspectiva económica e legislativa, princípio norteador deste I Fórum Ibérico dos Seguros, implicou, em primeira instância, a percepção de ameaças e oportunidades de que não é despiciendo o foco constante na neces-sidade de maior ética nos negócios, da valorização do processo de venda e da constituição de margens realistas, face à grande disparidade de preços que a con-corrência traz ao mercado liberalizado. Existe, igualmente, a necessidade de con-ceder uma maior normalização da infor-mação prestada aos clientes e uma devi-da harmonização do mercado com base na adaptação do risco às necessidades de cada consumidor. Na medida em que a legislação e a supervisão têm garantido um desenvolvimento sustentável do mer-cado segurador, assume particular im-portância o cumprimento do disposto no ‘Solvência II’, o novo conjunto de requi-sitos regulamentares de índole financeira para as empresas de seguros que operam na União Europeia.

A reinvenção da confi ança num mundo em mutação

SEGU

ROS

05O sector segu-rador enfrenta hoje desafi os ao nível da criação e gestão de valor, que se prendem, por um lado, com a ética comercial, harmonização do mercado e for-mação de preços e, por outro, com as exigências fi nanceiras da União Euro-peia, ao abrigo do projecto Solvên-cia II. Fique a conhecer alguns dos contornos do I Fórum Ibérico dos Seguros e uma breve visão do Presidente da Associação Portuguesa dos Produtores Profi ssionais de Seguros, António Vilela.

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Quais é que são as grandes conclu-

sões que emergem do I Fórum Ibérico

dos Seguros?

A primeira grande conclusão que eu tiro é a da necessidade de rea-firmar a lógica de cooperação na Península Ibérica, na medida em que Portugal e Espanha são dois países vizinhos, sem fronteiras, constituintes de dois mercados muito semelhantes, mas não exac-tamente iguais, que têm vivido, absurdamente, de costas voltadas. Há uma seguradora espanhola que investiu fortemente em Portugal, a Mapfre, numa base de que não hou-ve muito mais replicações. Por sua vez, há uma seguradora portuguesa que investiu muito em Espanha, a Fidelidade Mundial, integrante do Grupo Caixa Geral de Depósitos. Se outro mérito este Fórum não ti-vesse, teve pelo menos o de afirmar que afinal estamos cá e temos tudo a ganhar, se deixarmos de estar de costas e colaborarmos uns com os outros. O mercado não vai crescer, milagrosamente, por nos juntarmos e pelo facto de habitarem nos dois países cerca de 50 milhões de pesso-as, mas abrem-se novas oportunida-des para os operadores. Um outro aspecto importante, que também nos satisfez, é que há lugar para existir regularmente um encontro desta natureza.

Um dos pontos debatidos no Fórum

foi o do desenvolvimento do merca-

do com base em parcerias descentra-

lizadas. Que caminho há a percorrer

neste sentido?

Neste momento há sistemas que colocam um cliente deslocalizado em contacto com um novo corretor que corresponda às suas necessi-dades, por iniciativa do seu agente inicial. Considero, obviamente,

Entrevista a António Vilela, Presidente da Associação Portuguesa dos Produtores Profi ssionais de Seguros (APROSE), entidade co-organizadora do evento

que é uma iniciativa interessante, mas não podemos esquecer que o direito à escolha do mediador é da responsabilidade do cliente e que deve existir uma boa articulação do processo.

Em que pilares assenta o protocolo

assinado entre a APROSE e o Consejo

General de los Colegios de Mediado-

res de Seguros?

O protocolo estabelece uma base de entendimento entre Portugal e Espanha no seio da Confedera-ção Europeia de Seguros (Euro-pean Confederation Insurance), na COPAPROSE - Confederación Panamericana de Productores de Seguros, em que estamos represen-tados a lado a lado com os países da América Latina e com os Estados Unidos da América, bem como na Federação Mundial de mediadores de seguros (WFII). No passado, sempre que Portugal e Espanha ali-nharam posições, nós conseguimos resultados extremamente positivos para todos, o que garante massa crítica de decisão e o desenvolvi-mento harmonizado de um merca-do comum.

Sendo a lusofonia um apelativo

cartão-de-visita para estabelecer

contactos com países em pleno cres-

cimento, quer em África, quer na

América Latina, o que é que falta a

Portugal para se afi rmar nestes mer-

cados emergentes?

Temos um capital enorme que é a nossa língua e somos, efectivamen-te, a porta para a África Lusófona, mas o que é certo é que não temos sabido potenciar os eixos que esta herança cultural proporciona, tan-to em África, como na América. Nesse campo particular os espa-nhóis têm sido mais inteligentes do que nós e não dá para adiar muito mais o que é inadiável, no entanto há que ter em conta que ao avançar para mercados maduros como o Brasil, terá de se aportar inovação e competitividade aos projectos a desenvolver.

Considera que a credibilização do

sector dos Seguros passa pelo refor-

ço da importância da ética do negó-

cio e da valorização da venda, como é

frequentemente apontado pelos seus

pares?

O que eu penso como represen-

tante dos operadores, é que mais do que vendedores, somos con-selheiros e, mais do que isso, os alfaiates do fato por medida que cada risco precisa. Quando nos reduzem à mera expressão de dis-tribuidores, não gostamos muito, porque muitas vezes distribuímos aquilo que nós próprios concebe-mos. Temos uma fábrica que são as seguradoras, detentoras de uma panóplia de capacidades de subs-crição de riscos. O que nós temos é de adaptar os riscos à necessidade de cada consumidor. Quando se foca a questão da remuneração e da transparência, que vem focada na próxima directiva Solvência II, o novo conjunto de requisitos regulamentares para as empresas de seguros que operam na União Europeia, há que não esquecer que a mediação profissional de segu-ros acrescenta valor ao negócio e presta serviço às seguradoras e aos clientes.

Neste momento, que mensagem é

que gostaria de enviar aos profi ssio-

nais de seguros e aos leitores?

Uma palavra: Esperança.

José María Campadaval Castellví e António Vilela assinando o protocolo de cooperação Internacional entre o Consejo General e a APROSE

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I Fórum Ibérico dos Seguros | FIS

Conferência inaugural:

“Portugal e Espanha como eixo da triangulaçãoeconómica e política do século XXI”

António Vilela, Presidente da APROSE (à direita) e José María Campadabal Castellvi, Presidente

do Consejo General de los Colegios de Mediadores de Seguros

Gustavo de Aristegui, Deputado e Porta-voz dos Assuntos Exteriores do

Partido Popular no Parlamento de Espanha, na Conferência Inaugural

«É muito agradável ouvir palavras deesperança em tempos de crise».

António Vilela, presidente da APROSE,sobre as declarações de Gustavo de Aristegui

«Num tempo de ameaças, incertezas, mas também de oportunidades, é estratégico olhar para o mercado ibérico como um desafio comum. E no momento pre-sente talvez nenhum outro sector tenha entendido tão bem esse desafio como o dos Seguros».

«Um dia far-se-á justiça sobre o valor que estas duas nações [Portugal e Espanha] têm no mundo, pelo seu passado imperial e colonial».

«Não são as condições geográficas que condicionam o futuro de um país. Veja-se o exemplo da evolução do Chile, encaixado entre o Oceano Pacífico e os An-des, numa posição ultraperiférica».

«Há histórias de êxito em África depois dos conflitos de décadas, na História que se pode construir em conjun-to e no potencial económico que muitos desses países apresentam.»

«Eu tenho um fundamental op-timismo no futuro dos nossos países, apesar das incertezas e dos cenários exógenos que se colocam no domínio das riva-lidades, posições agressivas e política externa. Com serieda-de, ambição e responsabilida-de histórica, enfrentaremos os desafios do século XXI».

GGusttav do d Ae A iristteg iui DDe tput dado e PPortta voz ddo As Assu tnto Es E txte iriores ddo

TESTEMUNHOS DOS ORADORES

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Segunda Sessão:

“Situação dos Mercados e Modelos de Negócio”

Ricardo Lozano, Director-Geral da “Dirección General de

Seguros e Fondos de Pensiones” (Espanha)

Fernando Dias Nogueira, Presidente do Instituto de Seguros

de Portugal (ISP)

Pedro Seixas Vale, Presidente da Associação Portuguesa

de Seguradores (APS)

«Os seguros e os fundos de pensões apresentam-se hoje de uma forma muito fechada a nível europeu, ainda que este mercado tenha resistido à situação económica e financeira das últimas décadas».

«É imprescindível que os operadores assegurem o rigor e a transpa-rência no sistema europeu, numa base de profissionalização e credi-bilização do sector, porque nem a legislação, nem o mercado podem construir, por si só, modelos de sucesso».

«É de realçar o trabalho de harmonização do sector dos seguros que está a ser levado a cabo pela União Europeia, mas o efectivo êxito da profissão depende do empenho que for colocado na resolução dos desafios que se colocam».

«Portugal resistiu à crise financeira, no sector segurador, verificando-se no nosso país uma grande capacidade de gerência de poupanças de longo prazo, por parte das operadoras».

«O ISP defende uma só directiva europeia para o sector segurador, com partes específi-cas consoante a matéria e os destinatários».

«Em Portugal vive-se num mercado bipolar e relativamente pequeno, composto ora por ban-cos, ora por seguradoras internacionais. Existe no nosso país um elevado número de mediadores, em detrimento da quan-tidade de corretores, que é muito pequena para o seu potencial».

«A imagem do sector tem crescido acentuadamente, ao invés dos bancos, segundo dados do European Consumer Satisfaction Index, uma realidade que não será alheia ao facto de as seguradoras portuguesas estarem a apostar na melhoria da qualidade de serviços, no que respeita à gestão de sinistros, por exemplo.»

«A supervisão opera com qualidade em Portugal, num sector que não é nem conservador, nem resistente à mu-dança, e que se rege por legislação actualizada. Creio que o sector segurador português não vai ter grandes dificul-dades em assumir as exigências do programa ‘Solvência II’, uma vez que apresenta bons índices».

«É preciso caminhar no rumo da harmoniza-ção do mercado e da normalização da infor-mação prestada ao cliente a seu pedido».

RicRicardardo Lo Lozaozanono DiDirecrectortor GeGeralral dada ““DDireireccicciónón GenGeneraeral dl dee

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I Fórum Ibérico dos Seguros | FIS

«O nível de conhecimento exigido aos operadores vai ser muito maior, em termos de produtos, serviços, preços e distribuição».

«A importância do ramo vida em Portugal é muito elevada, sendo que 52 por cento dos produtos de aforro de longo prazo são geridos pelas seguradoras. Esta realidade coloca desafios ao nível da gestão de activos que devem ser explorados numa lógica de integração».

«Há muitos factores de ligação na definição de um mercado ibérico, porque as econo-mias estão cada vez a integrar-se mais».

«O mercado espa-nhol apresenta-se solvente, de cresci-mento plano e au-tonomizado».

«Face a uma cadeia de custos que era preocupante, tem ha-vido uma efectiva redução dos mesmos, o que eu considero que é uma medida inteligente.»

«No sector segurador, A Península Ibérica apresenta bons índices de solidez, margens consistentes e con-fiança do mercado».

“Penso que o facto de ainda não se ter avançado para um mercado ibé-rico a funcionar em pleno, se deva ao desconhecimento da legislação e da própria actividade seguradora, nas especificidades que assume em cada país».

«Temos conhecimento de que as operadoras portuguesas no merca-do da mediação de seguros em Es-panha são muito poucas».

«Estamos perante um mercado ibé-rico por descobrir».

«É imprescindível harmonizar os canais de distribuição como cadeia de valor para as seguradoras e para os consu-midores, porque neste sector nada pode viver isolado».

Pedro Seixas Vale, Presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS)

José María Campadabal,

Presidente do “Consejo

General de los Colegios de

Mediadores de Seguros”

Adolfo Campos, Presidente do “Instituto Atlântico de

Dirección de Empresas (INADE) – Espanha”

Conclusões da Segunda Sessão, pelo seu moderador, António Vilela:

Terceira Sessão:

“Relações transfronteiriças denegócio: seguradores e mediadores de seguros”

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Fiel a um mercado em que a confi ança é a palavra-chave, a SABSEG tem orientado o seu crescimento sustentado numa lógica de satisfa-ção global das necessidades dos clientes e da sua fi delização o que, face aos desafi os de competitividade do sector segurador, se afi gura como a chave para o sempre desejado sucesso.

SABSEG

“Construímos relações seguras”

Quando, onde e com que objectivos é que

foi criada a SABSEG – Mediação de Segu-

ros, S.A.?

A SABSEG foi criada em 1999, tendo sede no Porto e marcando presença em Braga, com o objectivo, à época, de ser uma empresa de mediação de seguros de referência na Região Norte. Na fase ini-cial da actividade o desenvolvimento da empresa esteve centrado no eixo Braga-Porto. A rede de distribuição da SAB-SEG é hoje composta por 13 escritórios de Norte a Sul do país e com presença em Angola (Luanda). Através destes escritó-rios estamos a desenvolver uma rede de agentes ligados ao grupo SABSEG.

Qual é a vocação da SABSEG no domínio da

mediação de seguros?

Inicialmente, o desenvolvimento do negócio da SABSEG esteve focado no segmento de empresas essencialmente no ramo ‘Não Vida’. Esta especialização es-tava muito relacionada com as competên-cias e experiência da equipa que fundou a SABSEG. Porém, com o crescimento da empresa, novos colaboradores se jun-taram ao projecto com novas competên-cias, o que permite que hoje a SABSEG seja um Grupo de Corretagem Global, apresentando aos seus clientes - empresas e particulares - as melhores soluções para

a cobertura dos seus riscos quer na área ‘Vida’ quer na área ‘Não Vida’.

Como é que se desdobra a oferta comercial

de seguros da SABSEG nos domínios gené-

ricos para os quais está vocacionada?

No segmento de empresas, a forma de apresentação do Grupo SABSEG é como consultor especializado na gestão de riscos do património e das pessoas que compõem o meio envolvente. É com esta perspectiva que as equipas comerciais do Grupo SABSEG procuram, para cada situação, a melhor e mais eficiente cober-tura de risco, recorrendo não só ao merca-do nacional, mas também a soluções no mercado internacional. Por outro lado, no apoio ao cliente num dos momentos da verdade mais crítico nesta actividade, que é o momento do sinistro, procura-mos fornecer um serviço de excelência. No segmento de particulares, partindo da oferta de seguros obrigatórios, procura-mos sensibilizar os clientes para a protec-ção financeira global, através de um vasto leque de soluções para a protecção do seu património, a preparação da reforma ou a protecção dos rendimentos familiares em caso de infortúnio. Se pudessem fazer um breve retrato do

sector dos Seguros em Portugal, como é

que apresentariam esse quadro aos nossos

leitores?

É sempre complicado resumir o estado de um sector de actividade tão impor-tante para o funcionamento das socie-dades modernas, assentes nos princípios da propriedade privada e no direito das pessoas, na qual os seguros funcionam como garantes do equilíbrio das relações entre os vários actores. Imaginem o que seria a circulação automóvel em Portugal se não existisse de forma obrigatória o se-guro automóvel? Como iríamos garantir a reposição do automóvel danificado num acidente em que não tivéssemos culpa? Ou se não existissem os fundos de pensões privados para permitir equilibrar o rendimento familiar após o período da reforma? Neste sentido diríamos que a actual situação dos Seguros em Portugal é boa pois está a cumprir a sua função de base. Os aspectos de melhoria da situa-ção podem ser colocados a dois níveis. Em primeiro lugar ao nível da rentabili-dade do sector segurador, porque as difi-culdades económicas actuais podem por em causa o seu desenvolvimento futuro. Neste particular, existem indicadores preocupantes uma vez que pelas infor-mações disponíveis o rácio combinado do sector segurador é superior a cem por cento. Em segundo lugar, no profissiona-lismo do sector da distribuição. Para que o desenvolvimento do sector seja perene e consistente é necessário que o cliente veja incrementada a qualidade de atendi-mento e do serviço que lhe é fornecido. Para que estes factores sejam uma reali-dade é necessário investir em formação do Capital Humano e em Tecnologia de Informação. Este investimento só será possível para operadores com um míni-mo de dimensão crítica. Neste sentido pensamos que a consolidação ao nível da distribuição é uma tendência para os próximos anos. Sabendo que, em primeira instância, a

compra de um seguro se pauta por uma

relação de confiança e por uma lógica de

complementaridade, qual é a importância

que atribuem ao ‘cross selling’?

A palavra “cross selling” é inicialmente adoptada no sector bancário na década de noventa, para orientar a rede de distri-buição para a venda de novos produtos que entretanto tinham sido desenvolvidos para além dos depósitos e do crédito. Do ponto de vista do cliente a palavra “cross selling” deve ser entendida como satisfa-ção global das necessidades. Neste sentido a importância que lhe atribuímos é máxi-ma. Só garantindo a satisfação global das necessidades é que conseguimos garantir a satisfação do cliente e a sua fidelização. O que não poderemos confundir é a satis-fação das necessidades dos clientes com a vontade própria de vender muitos pro-dutos, pois aí podem surgir conflitos que invertem o sentido da fidelização. Gostariam de deixar alguma mensagem

final aos nossos leitores?

Em jeito de mensagem final, par-tilhamos com o público os objec-tivos do Grupo SABSEG para o triénio 2011-2014 que são atingir o TOP 3 no ranking da Corretagem em Portugal, bem como ser um operador de referência no Mundo Lusófono. Para tal estão em curso dois programas chave - o Progra-ma de consolidação em Portugal, procurando trazer para dentro do Grupo SABSEG, empresas e pro-fissionais com iniciativa e visão de progresso, bem como o Programa de internacionalização, que conta já com presença em Angola. Temos previsto ainda para 2010 a abertura da SABSEG Espanha e da SAB-SEG Brasil e em 2011 está prevista a abertura da SABSEG Cabo Verde e da SABSEG Moçambique. Este desenvolvimento será realizado mantendo a fidelidade ao lema da SABSEG: “Construímos Relações Seguras”.

LER NA ÍNTEGRA EM WWW.QUALIDADEONLINE.COM

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Criada em fi nais de Junho de 2008, em Viseu, com o objectivo primordial de actuar na área das inspecções de gás, a Intervertical desen-volveu um sustentado processo de certifi cação de qualidade que visa a criação de valor numa lógica de complementaridade de produtos e serviços, como explica João Miguel Bento, director técnico e um dos fundadores da empresa, à Revista da Qualidade.

Intervertical

Qualidade e segurança no rumo da excelência

Há dois anos nascia no Centro do país, na cidade de Viseu, a Intervertical, uma empresa

dedicada à fiscalização, inspecção e certificação de energias. Norteada pelos princípios do licenciamen-to da Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), aos quais se juntou a imprescindível acreditação do Instituto Português de Acredita-ção (IPAC), a Intervertical está hoje consolidada em termos processuais e operacionais, como refere João Miguel Bento, director técnico. A inspecção de gás em imóveis, redes, ramais e outras instalações, que constitui o core business da Interver-tical, foi o ponto de partida para a prestação de outro tipo de serviços, nomeadamente certificações e audi-torias energéticas e acústicas, bem como coordenação de segurança em ambiente de obra. “Nesta fase esta-mos a desenvolver estas actividades complementares em parceria, mas o objectivo é aglutiná-las na estrutura da Intervertical, assumindo uma

maior proximidade com os clientes, tal como já vem acontecendo com a actividade de inspecção de gás”, revela João Miguel Bento, assegu-rando que “a Intervertical procura a consolidação do mercado, numa perspectiva de realização de investi-mentos, por norma muito elevados, em especial na área da Certificação Acústica.”A abrangência nacional da Interver-tical, sustentada numa base de inter-

mediação com subempreiteiros que trabalham para grandes empresas nacionais, é uma mais-valia na opi-nião de João Miguel Bento. Neste sentido, o director técnico concreti-za que 80 por cento do volume de negócios da Intervertical é com-posto por instaladores que, muitas vezes, trabalham directamente para as entidades distribuidoras, nomea-damente na área do gás natural. Atento às singularidades da utili-

zação do gás e sensível a algumas notícias de acidentes com infra-es-truturas e equipamentos ligados a este tipo de combustível, o director técnico da Intervertical reconhece o problema da falta de inspecção, em alguns casos, mas salienta que as pessoas se têm vindo a tornar mais conscientes. “Viveu-se muitos anos neste país a achar que não era preciso ir fazendo uma verificação periódica das instalações, apesar de estar previsto na legislação esse procedimento”, notando, por outro lado que “há uma grande falha de informação na medida em que no momento em que nós entramos em casa das pessoas e se detecta algu-ma anomalia, elas pensam que so-mos nós que vamos reparar e não é assim que acontece, porque legal-mente não podemos realizar essa operação. Há directrizes em termos de confidencialidade e exclusivida-de dos nossos técnicos que não po-dem fazer mais nenhuma interven-ção para além da inspecção”. A valorização dos recursos humanos é uma importante meta desta em-presa e, neste campo, João Miguel Bento indica que a Intervertical tem apostado na área da qualidade, no sentido de dotar os técnicos de refe-renciais de qualidade nas diferentes fases de implementação dos sistemas

Viveu-se muitos anos neste país a achar que não era preciso ir fazendo uma veri-fi cação periódica das instalações, apesar de estar previsto na legislação esse pro-cedimento

João Miguel Bento, Director Técnico

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adjudicados. “É imprescindível o conhecimento da norma ISO/IEC 17020, que é aquela em que estamos acreditados, para que se verifique a uniformização de processos. Este ano já todos os nossos recursos humanos frequentaram formação na área da qualidade e a aposta terá de continuar nesse sentido”, defende o director téc-nico. No campo da coordenação de segurança em obra, uma actividade ligada, fortemente, à questão da Segu-rança, Higiene e Saúde no Trabalho, a Intervertical dispõe de um técnico dedicado, detentor do Certificado de Aptidão Profissional de Nível 5 em Higiene e Segurança no Trabalho. Questionado sobre os desafios que se colocam à Intervertical, João Miguel Bento assegura que a maior parte dos clientes consumidores

de gás natural já são detentores do respectivo certificado de inspecção, daí assumir particular importância a inspecção dos equipamentos que ainda operam com garrafas de gás - um mercado que, de resto, tende a desaparecer, em detrimento do gás canalizado. “O nosso objectivo é, partindo do sistema de gestão da qualidade que já temos implementa-do, avançar para a norma ISO 9001 para nos acreditarmos no domínio de outras valências, tendo em vista a afirmação plena da Intervertical e o lançamento de novos produtos e serviços”, revela João Miguel Bento, denotando interesse na in-ternacionalização da empresa para Angola, um mercado que está a ser estudado com atenção. Partindo do princípio de que a legislação ango-

Um desejo

chamado Certicasa

O serviço Certicasa, que irá ser lançado brevemente, prevê a realização de uma inspecção global a um imóvel, ao nível das infra-estruturas e equipamentos de base (água, electricidade, gás), no campo das certifi cações acústicas e térmicas e na moni-torização da qualidade geral da construção. O Certicasa per-spectiva a valorização do imóvel analisado e terá como principais destinatários, por um lado, os construtores, as imobiliárias e os bancos, nos domínios da edi-fi cação, promoção e venda e, por outro, os clientes fi nais. Dividir-se-á em dois segmentos: o Cer-ticasa Light, que se baseia num relatório simplifi cado de ins-pecção, e o Certicasa Premium que prevê a emissão de certifi -cados ofi ciais por cada valência analisada.

lana na área das infra-estruturas de gás tem fortes similitudes com a legislação portuguesa, João Miguel Bento é optimista: “Gostaríamos de encarar essa possibilidade. É uma aposta estratégica para nós, porque há milhares de lares que vão precisar de ser inspeccionados, o que nos leva a um mercado muito importante para conquistar.A terminar e consciente de que o competitivo negócio da Interver-tical se afigura em expansão, quer dentro, quer fora de portas, João Miguel Bento aponta, em primeira instância, o crescimento sustentado da empresa, suportado pelos bons indicadores de operacionalidade verificados ao longo do último ano, como o caminho a seguir rumo ao sucesso.