Portefólio

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Este documento está certificado e assinado digitalmente por Jorge Reis.

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  • Natural da Gafanha da Encarnao, concelho de lhavo. Vive em Eixo,

    concelho de Aveiro. Colabora pontualmente com a VerArte contempornea

    Galeria de Arte em Aveiro. Frequenta o Mestrado de Criao Artstica

    Contempornea na Universidade de Aveiro sob a direco de Paulo Bernardino.

    Entre 2004 e 2009 destacam-se por esta ordem a inaugurao do

    espao Guetto em Caldas da Rainha com a exposio de desenho Ping-Pong.

    Foi seleccionado no concurso Aveiro Jovem Criador 05 em Aveiro. Foi

    seleccionado na primeira mostra de vdeo do Office Club em Caldas da Rainha.

    Conclui a Licenciatura de Artes Plsticas na Escola Superior de Artes e

    Design em Caldas da Rainha. seleccionado no concurso Jovens Criadores

    2008. Em 2009 expe no Centro de Congressos de Lisboa e em Braga.

    distinguido com uma meno honrosa no concurso internacional de vdeo

    promovido pela associao Experimenta para a Bienal de Design Experimenta

    Design 2009 - It's About Time. Criou a par com a Animadora Cultural Daniela

    Ambrsio a organizao CREARE.

    Actualmente para alm de frequentar o Mestrado na Universidade de

    Aveiro e de trabalhar pontualmente na VerArte contempornea, est a fazer a

    curadoria de um ciclo a acontecer no espao do estdio de artes performativas

    PerFormas em Aveiro para 2010, e director geral do projecto Arthoughts.

    BIOGRAFIA

    Morada: Rua Miguel Torga, Bloco15.A, 1. Esquerdo

    3800-741 Eixo

    E-mail: [email protected]: 916537517

    http://reisjorge.wordpress.comhttp://arthoughts.wordpress.comhttp://c-r-e-a-r-e.blogspot.com

  • A partir da observao que fiz das obras de Torie Begg, cheguei auma concluso. Reparei que o assunto estava na objectificao da pintura,onde havia uma recusa da representao na superfcie do plano da pintura.Toda a ateno residia, portanto, nos bordos da imagem. A tinta escorridaque se apresentava para alm dos bordos, enfatizada pela ausncia deassunto na superfcie do plano da pintura. Perante isto, entendi que a tintase queria autonomizar do suporte, e conclu a minha interpretao comuma questo: ?Quais sero os requisitos mnimos para uma pintura??, aoque respondi ?Se a tinta se quer autonomizar do suporte, porque a tintase mostra, de facto e devido a esta situao, como um elemento que sepretende desprender dos conceitos cannicos de uma tcnica preza a umacademismo.?

    medida que na introduo era feita uma relao do trabalho deuma artista com o meu trabalho, iam-se revelando os temas da recusa aosuporte de pintura e da recusa representao de figuras e de quaisquerfragmentos do visvel. Tomei decises que foram, portanto, reveladoraspara o meu trabalho, tais como a de apresentar uma situao de manchade tinta que parece ter sido acidentalmente deixada cair no espao. Esteaspecto acidental dissocia-se de qualquer inteno de representao. Umavez que dado este aspecto acidental, o espectador jamais poderinterpret-la como se ela tivesse origem num acto propositado, num actopuramente intencional de produzir algo que fosse agradvel ao olhar. Estasmanchas tm a propriedade de parecer pertencer ao espao. Parecem tertido como ponto de origem o espao onde so apresentadas. Nestasituao no feita nenhuma invocao de suporte de pintura, porque amancha afirma-se apenas como uma mancha de tinta proveniente de umacto desprovido de intenes. O suporte de pintura rejeitado, mas o quepassa para o espectador no essa recusa. Na imediatez da apreenso damancha, o espectador sente o inesperado, e o surpreso, por causa doaspecto acidental da mancha e da relao que ela tem com o espao. Oespao acaba por ser um elemento muito importante neste projecto. neleque consigo, de facto, desviar-me de todas as intenes de representaoem pintura, partilhando a mesma relao que estava patente nas dcadasdos anos 60 e 70 com o minimalismo e o conceptualismo americanos. Arelao obra ? espao, tomada, agora neste momento, como a matriz daexperimentao no meu trabalho.

    Ttulo: ?Apparently Yellow L&M series

    Ano: 1995

    Autor (a): Torie Begg

  • Ttulo: ?Com Ttulo?

    Dimenses: 90 x 60 cm

    Tcnica: Tinta Plstica

    Ano: 2005

    Autor (a): Jorge Reis

    Coleco: David Pinto

    Pormenor de ?Com Ttulo?

  • Ttulo: ?????

    Dimenses: 172 x 64 cm

    Tcnica: Tinta Plstica

    Ano: 2006

    Autor (a): Jorge Reis

    Pormenor de ?????

  • Ttulo: ???) splash!?

    Dimenses: 263 x 213 cm

    Tcnica: Tinta Plstica

    Ano: 2007

    Autor (a): Jorge Reis

    Vdeo

    em Casa do Castelo ? Torres Vedras - 2007

  • Neste vdeo existe uma sequncia de ideias espontneas que

    por sua vez so imprevisveis at pela prpria pessoa que as emite. Por

    serem ditas umas imediatamente a seguir s outras, banalizado o acto

    de ter ma ideia acerca da produo de um trabalho de carcter plstico

    com caractersticas stio-especficas. Na verdade o que o observador

    vai ver concretizado no nenhuma das ideias proferidas no vdeo, mas

    sim uma outra coisa; o vdeo.

    Caractersticas tcnicas

    ?Tenho uma ideia para este espao? mostrado numa televiso,

    em formato DVD PAL, cores, estreo, e em loop. O vdeo tem

    00h:08m:42s. A televiso colocada em cima de um plinto e por dentro

    deste plinto oco est o leitor de DVD. A imagem do vdeo est dividida a

    meio pela linha de um canto do espao onde decorreu a gravao. Essa

    linha coincidir na instalao do vdeo com o espao fsico. Isto causa

    uma semelhana da imagem do vdeo com a imagem do espao onde o

    vdeo est a ser mostrado.

    Ttulo: ?Tenho uma ideia para este espao?

    Tcnica: Vdeo, PAL, cor, som stereo, 00h08m42s, loop

    Ano: 2009

    Autor: Jorge Reis

  • Vdeo distinguido com Meno Honrosa no concurso 20secpara a Bienal ExperimentaDesign - It?s About Time.*

    Ttulo: ?From Inner to Outer?

    Tcnica: Vdeo, PAL, cor, som estreo, 00h00m20s

    Ano: 2009

    Autor: Jorge Reis

  • Tomei como ponto de partida a paisagem martima para apresentar a relao

    que existe com um corpo que se interpe entre a imagem projectada e o projector.

    Com esta interposio so inventadas novas maneiras de apresentao de uma

    paisagem, onde o corpo fora o olhar sobre uma paisagem sua esquerda ou sua

    direita por meio da afirmao num espao.

    A apreenso o resultado da sntese dos elementos que constituem o vdeo

    (corpo, paisagem, e som). O confronto entre o corpo e a paisagem acentuado,

    com o objectivo de colocar os tempos de aco que esto representados no vdeo,

    em permanente atrito. A apreenso que feita sobre o tempo das imagens

    perturbada, devido a no se saber o que que realmente est a decorrer em tempo

    real. Num primeiro instante, a aco parece acontecer em tempo real (corpo) e

    num espao real (som), mas a oposio do movimento da paisagem ao movimento

    que imprimido pelo corpo, abre espao para incertezas acerca do que que

    realmente est em tempo real, se a presena do corpo ou se os elementos que

    pertencem paisagem (imagem fundo e\ou som). O som foi o meio que encontrei

    para tornar presente uma paisagem em movimento. Aproxima a imagem

    experincia do real.

    Neste vdeo existe um jogo entre o dilogo de uma imagem parada com um

    corpo que se mexe, onde ambos se completam como uma nica imagem quando

    percepcionadas em conjunto. Em contrapartida este conjunto dissocia-se quando a

    percepo do tempo apercebida singularmente (som, paisagem, corpo). Ou seja,

    numa delas, a determinada altura, apercebe-se que parado e na outra parece

    acontecer em tempo real ? paisagem e corpo respectivamente. A identidade deste

    corpo omitida tal como a sua definio de gnero / sexo.

    Ttulo: ?Se... (M). Ti! Tu (...) lo...?

    Tcnica: Vdeo, PAL, cor, som stereo, 1,55?, loop

    Ano: 2007

    Autor (a): Jorge Reis

  • A obra de arte entendida, por mim, como um rgo germinador no

    espao, tendo este espao atributos maternos na forma em como v a obra a

    alterar-se. Como acontece com a minha nica escultura ? ...?, um exemplo

    de um trabalho nascido no espao natural, sem o propsito de ser exibido, ele

    vive por ele prprio, e molda-se natureza modificando-se com as intensidades

    dos elementos naturais. Para ser sincero, o acto de esculpir no me d prazer.

    Deixei que este objecto se entregasse totalmente ao acaso de uma inaco.

    Deste modo ela permanece diferente no tempo at desaparecer. efmera

    como a vida. Aproveito agora para contrapor um fragmento de Deleuze sobre o

    acto de resistncia da obra de arte. Eu no acho sinceramente que a obra deva

    resistir sua morte, muito pelo contrrio se a obra de arte pretende cada vez

    mais se aproximar da vida, segundo Baudelaire, porque no deixar que ela

    morra, se dissolva com o tempo como se de um ser vivo se trata-se? Segundo

    Claudio Parmiggiani, artista italiano, a obra de arte , tambm, entendida como

    um ser vivo. Quando se encontra num novo espao interroga-se, altera-se,

    transforma-se. ? ...? alterar-se- at se tornar numa mancha e desaparecer

    por completo. Concluo ento com uma citao deste artista relativamente a este

    assunto: ?Pensei que o corpo da terra fosse o melhor museu para acolher uma

    escultura. Uma escultura deixada dentro da terra como se fosse uma semente

    (...) nascida para nenhuma exibio, para nenhum pblico.?

    Ttulo: ? ...?

    Tcnica: Escultura

    Materiais: Barro espanhol

    Ano: 2003 - 2007

    Autor (a): Jorge Reis

  • Parto da paisagem martima como elemento de estudo da

    percepo contemplativa e da percepo inconsciente. No se trata de

    uma representao do real, trata-se antes da inveno de mecanismos

    aleatrios para chegar a uma semelhana com o real. O Acaso est

    constantemente presente neste trabalho, desde a sua realizao at

    observao. Decidi apresentar este trabalho em cores cinzas, para

    intensificar, a partir de contrastes, a profundidade e a textura. Com

    estas cores, -me permitido transformar a observao contemplativa

    numa observao aleatria, e no feita instantaneamente uma

    relao com a paisagem. Quando o observador se encontra a uma

    distncia de pelo menos 3 a 4 metros, no consegue sentir a paisagem,

    parecendo que se trata unicamente de uma experincia abstracta. Ao

    aproximar-se perceptvel que existem elementos que ajudam a

    desmontar a primeira interpretao. A ambiguidade entre abstracto e

    figurativo trabalhada no sentido de camuflar a observao

    contemplativa que est sempre presente quando se observam

    trabalhos cujo tema paisagem.

    Quando me refiro a percepo contemplativa, refiro-me

    situao que est normalmente associada s grandes obras de arte do

    sculo XIX e princpios de sculo XX, onde depositada grande parte

    da admirao e dado um especial cuidado perceptivo nos

    pormenores tcnicos ao longo dos anos at os dias de hoje. So vistas

    como fenmenos artsticos. Quando me refiro a Percepo

    inconsciente refiro-me percepo mais pura que existe no ser

    humano, comparvel com a observao interpretativa de uma criana,

    num mundo onde tudo lhe intenso. Este tipo de observao apoia-se

    apenas e s naquilo que mais intenso para cada um de ns.

    Ttulo: ?Mar (?) cu!?

    Dimenses: 21 x 29,7 cm

    Tcnica: Tinta plstica s/ papel

    Ano: 2003

    Autor (a): Jorge Reis

  • Seleco de outros trabalhos

  • Ttulo: ?Aparentemente paisagem?

    WORK IN PROGRESS

    Autor: Jorge Reis

  • Ttulo: ?Utitled-5 (Blue)?

    Dimenses: 20 x 29,7 cm

    Tcnica: Impresso sobre papel glossy

    Ano: 2007

    Autor: Jorge Reis

  • Ttulo: ?INNER?

    Dimenses: 90 x 210 cm

    Tcnica: Impresso jacto de tinta

    Ano: 2007

    Autor: Jorge Reis

    2010-01-02T15:32:55+0000Jorge Reis