Pop Art
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INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA
ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DE BEJA
Educação Comunicação e Multimédia
Unidade Curricular: Cultura Visual
Docente: José Pedro Fernandes
Discente: Miguel Esteves Barriga
Nº4707
Beja, Julho 2010
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Educação e Comunicação Multimédia | Cultura Visual
ÍNDICE
Agradecimentos ………………………………………………………….. 3
1 – Introdução …………………………………………………………….. 4
2 – Conceitos
2.1 – Arte ………………………………………………………………. 5
2.2 – Obra de Arte ……………………………………………………. 6
2.3 – Pop Art …………………………………………………………... 7
3 – Bibliografia do Autor da instalação DIAS FELIZES ……………... 9
4 – Fotografias da instalação DIAS FELIZES ………………………… 10
5 – Análise da instalação DIAS FELIZES ……………………………... 11
6 – Ver VS Sentir ………………………………………………………… 13
7 – Conclusão …………………………………………………………….. 14
8 – Bibliografia ……………………………………………………………. 15
Anexos …………………………………………………………………….. 16
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Educação e Comunicação Multimédia | Cultura Visual
Agradecimentos
Ao professor José Pedro Fernandes, pela oportunidade de realizar este
trabalho.
Ao autor, Carlos Apolo Martins, pela sua disponibilidade, atenção e com votos
de constante sucesso profissional.
E a todos os que cooperaram neste trabalho.
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1 – Introdução
Este trabalho está divido em partes distintas. Inicialmente, é feita uma
contextualização, através de recolha directa de informação no meio mais
desenvolvido das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), a internet.
Vão ser abordados os seguintes conceitos: Arte, obra de arte, pop art.
Tendo em conta o objectivo do trabalho, analise a uma obra de pop art, escolhi
a obra de um autor que reside na cidade de Beja, de seu nome Carlos Apolo
Martins. Irá também ser feita uma apresentação da bibliografia do autor.
A obra escolhida para análise trata-se de uma instalação designada por DIAS
FELIZES.
Neste trabalho também vai existir espaço para a opinião, mais especificamente,
qual o reflexo que obras como esta tem na sociedade.
Será que todos vemos e sentimos da mesma forma uma obra de arte?
"A grandeza de uma obra de arte está fundamentalmente no seu carácter
ambíguo, que deixa ao espectador decidir sobre o seu significado."
(Theodor Adorno)
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2 – Conceitos
2.1 – Arte
Existem várias definições de arte. É consensual que arte geralmente é
entendida como a actividade humana ligada a manifestações de ordem
estética, feita por artistas a partir de percepção, emoções e ideias, com o
objectivo de estimular essas instâncias de consciência em um ou mais
espectadores, dando um significado único e diferente para cada obra de arte.
Esta varia de acordo com a época e a cultura. É produzida por um artista, onde
o mesmo emprega todos os seus sentimentos, suas vontades, seu
conhecimento, suas ideias, sua criatividade e sua imaginação, o que deixa
claro que cada obra de arte é uma forma de interpretação da vida.
Arte é um fenómeno cultural. Regras absolutas sobre arte não sobrevivem ao
tempo, mas em cada época, diferentes grupos (ou cada indivíduo) escolhem
como devem compreender esse fenómeno.
A verdadeira essência da arte e a do artista poder transformar a realidade de
acordo com seus ideais e pensamentos.
Existem várias formas para a expressar, transmitir, como por exemplo:
Arquitectura
Artes cénicas
Arte digital
Arte-educação
Artes plásticas
Artes visuais
Banda desenhada
Cinema
Dança
Desenho
Escultura
Graffiti
Fotografia
Literatura (Poesia e Prosa)
Música
Pintura
Poesia
Teatro
Em suma, a arte pode ser sinónimo de beleza e tudo o que é belo deve ser
apreciado.
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2.2 – Obra de Arte
Obra de arte (trabalho artístico ou somente obra) é uma obra criada ou
avaliada por sua função artística ao invés de prática. Por função artística se
entende a representação dum símbolo, do belo. Apesar de não ter como
principal objectivo, uma obra de arte pode ter utilidade prática.
Pode consistir num objecto, uma composição musical, arquitectura, um texto,
uma apresentação, um filme, um programa de computador, entre outros.
Entretanto, o que é considerado uma obra de arte depende do contexto
histórico e cultural, e do próprio significado de arte.
Existem três grandes factores que definem uma obra de arte:
A obra não pode ser vulgar
Tem que ser produzida pelo autor
Tem que ser bela
Todas as obras de arte transmitem uma mensagem. A que aprecia-las,
compreende-las, interpreta-las, até mesmo descodifica-las e absorver e
processar toda a informação que as mesmas transmitem.
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2.3 – Pop Art
Pop Art é um movimento artístico que floresceu nos finais dos anos 50 e 60,
sobretudo nos Estados Unidos e no Reino Unido. A ―paternidade‖ do nome é
atribuída ao crítico de arte Lawrece Alloway, que fazia assim alusão à
utilização, pelos artistas deste movimento, de objectos banais do quotidiano
nas suas obras. Nos Estados Unidos, Claes Oldenburg, Andy Warhol, Tom
Wesselman e Roy Lichtenstein — e do outro lado do Atlântico David Hockney e
Peter Blake — foram as suas figuras de proa.
A Arte Pop é considerada como uma reacção ao Expressionismo Abstracto, um
movimento artístico, liderado entre outros por Jackson Pollock. O
Expressionismo Abstracto, que floresceu na Europa e nos Estados Unidos nos
anos 50, reforçava a individualidade e expressividade do artista rejeitando os
elementos figurativos.
Pelo contrário, o universo da Arte Pop nada tem de abstracto ou de
expressionista, porque transpõe e interpreta a iconografia da cultura popular. A
televisão, a banda desenhada, o cinema, os meios de comunicação de massas
fornecem os símbolos que alimentam os artistas Pop. O sentido e os símbolos
da Arte Pop pretendiam ser universais e facilmente reconhecidos por todos,
numa tentativa de eliminar o fosso entre arte erudita e arte popular.
A Pop Art também reflectia a sociedade de consumo e de abundância na forma
de representar. As garrafas de Coca-cola de Warhol, os corpos estilizados das
mulheres nuas de Tom Wesselman — onde se evidencia o bronzeado pela
marca do bikini — ou ainda os objectos gigantes de plástico, como o tubo de
pasta de dentes de Claes Oldenburg, são exemplos da forma como estes
artistas interpretavam uma sociedade dominada pelo consumismo, o conforto
material e os tempos livres.
As peças dos artistas da Pop também iam buscar as suas referências à
produção industrial. Veja-se, por exemplo, a repetição de um mesmo motivo
nas serigrafias de Warhol ou as telas gigantes de Lichtenstein onde, ao ampliar
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as imagens de banda desenhada, o artista revela os pontos de cor inerentes à
reprodução tipográfica.
Nos Estados Unidos e no Reino Unido, a Arte Pop teve expressões diferentes e
alguns críticos consideram que a corrente americana foi mais emblemática e
agressiva que a britânica. Na altura, a Pop Art foi acusada pelos críticos de ser
frívola e superficial, e mal compreendida pelo público. Mas foi um marco
decisivo.
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3 – Bibliografia do Autor da instalação DIAS FELIZES
Carlos Apolo Martins
Nasceu em Faro em 1972 Vive em Beja desde
2001.
Tem formação profissional em Luminoplastia
para Teatro pela Escola de Formação Teatral do
Centro Dramático de Évora.
Curso avançado de fotografia do Instituto Português de Fotografia de Lisboa.
Exposições individuais – Prémios
2008 ―Dias Felizes‖ (instalação) - 43º Festival de Sintra -
Centro Cultural Olga Cadaval | Diário Gráfico‖ (desenho) -
Galeria Espaço VOL - Serpa e na Casa da Cultura - Beja
|Exposições colectivas (selecção) |2008 - Prémio ―Ciudad de
Palencia‖ - Fundación Díaz Caneja - Palencia - Espanha |―Arte
no Morrazo‖ XVI Colectiva Internacional de Pintura e Escultura -
Cangas - Espanha |―Prémio de Pintura e Escultura D. Fernando II - X Edição‖ -
Sintra |Menção Honrosa ―Prémio de
Pintura e Escultura Artur Bual‖ – Amadora |2007 3º Prémio ―XV Galeria Aberta -
Museu Jorge Vieira - Beja |2006
―Prémio de Pintura e Escultura Artur Bual‖- Amadora |―V Bienal /Salão de Artes‖
- Vidigueira |―Escultura no Jardim‖-
Jardim Municipal de Serpa |2005 ―Prémio Saluquia às Artes‖ - Moura |Menção
Honrosa ―XIV Galeria Aberta―-
Museu Jorge Vieira - Beja |XV Certamen Ibérico de Escultura 'Ciudad de Punta
Umbría' - Huelva – Espanha.
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4 – Fotografias da instalação DIAS FELIZES
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5 – Análise da instalação DIAS FELIZES
Quando se analisa uma obra de arte, várias questões devem ser questionadas
interiormente a nós mesmos, são essas mesmas questões que vão permitir
interpretar a obra.
Dia Felizes, de Carlos Apolo Martins, trata-se de uma instalação encomendada
pela empresa municipal Empresa Municipal Sintra Quorum para o 43º Festival
de Sintra.
O tema é : Ruínas.
A instalação foi criada em Junho de 2008, ficou em exposição no 1º Piso do
Centro Cultural Olga Cadaval durante o tempo que decorreu o Festival Sintra.
Relativamente a técnica e ao material o autor usou esponja de alta densidade
forrada a napa preta e cordas de nylon preta.
O título foi retirado da peça ―os dias felizes‖ de Samuel Beckett, escritor e
dramaturgo que exerce bastante influência em todo o trabalho do autor, pela
depuração dos meios criativos e pelo universo absurdo e angustiante onde se
movem as suas personagens.
―Dias Felizes‖ consiste num conjunto de 5 peças dispostas umas sobre as
outras. Cada peça mede 4m de comprimento sendo a sua largura variável.
Estas peças são feitas de placas de esponja densa totalmente revestidas a
napa preta brilhante que são forçadas a enrolar sobre si mesmas através de
muitos metros de corda preta. As cordas criam um leito dinâmico.
O preto é a cor predominante pois é uma cor de alto contraste e de expressão
trágica e simultaneamente é um valor unificador dos vários elementos que
compõem a instalação.
Sendo uma instalação as dimensões estão relacionadas com o espaço a
ocupar entre os elementos (1000x200x180 cm).
A disposição dos elementos remete para dispersão de fragmentos.
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Aquando de uma primeira observação da obra esta propõe uma visão trágica,
restos, destroços.
É visível também um enorme contraste entre a instalação e o espaço onde a
mesma se encontra exposta.
Relativamente a símbolos, que muitas das vezes são utilizados pelos autores,
nesta obra específica não são identificáveis.
Analisando esta obra, e conhecendo o trabalho do autor, é possível concluir
que o mesmo tem como directrizes temáticas: o silêncio, a espera, a angústia,
a inquietude.
Após análise uma pergunta foi feita ao autor:
O que pretende exprimir?
“Uma sensação de perda”
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![Page 13: Pop Art](https://reader034.fdocumentos.tips/reader034/viewer/2022052510/568bd4e51a28ab20349679fc/html5/thumbnails/13.jpg)
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6 – Ver VS Sentir
Ver e Sentir, quantas vezes vemos, certas e determinadas obras que estão a
nossa volta, no nosso quotidiano? Por exemplo na cidade de Beja foram
implementadas em várias rotundas diversas obras de arte. Para além de as
vermos o que sentimos? Certo é que as mesmas não servem apenas para
embelezar o espaço, mas sim para passar uma mensagem.
E essa mensagem tem impacto na nossa vida? Qual o reflexo que tem essas
obras na sociedade?
Relativamente as obras que estão nas rotundas, estas perguntas vão ficar por
responder.
Contudo a obra DIAS FELIZES, que foi analisada neste trabalho, foi
apresentada a várias pessoas da nossa sociedade, pessoas de diferentes
idades, etnias, de diferentes classes sociais.
Definitivamente a cultura individual de cada um, tem bastante importância na
análise da obra.
Foi possível concluir com esta apresentação, que nem todos vem e sentem o
mesmo, relativamente a esta obra, e que para se analisar uma obra de arte é
necessário que os olhos e sentidos estejam educados, treinados para
conseguir interpretar a mensagem do autor.
Mas a arte é isto, e como já foi falado inicialmente, o seu carácter muitas das
vezes ambíguo é que torna as obras tão fascinantes.
Esta conclusão tem como base, um formulário preenchido pelos
―entrevistados‖.
Com imagens da obra, duas questões simples e directas foram feitas: O que
vê? O que sente?
A digitalização dos formulários encontra-se em anexo.
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7 – Conclusão
A Pop art é um movimento artístico que transmite em imagens e através de
símbolos o mundo real. Valoriza objectos do nosso quotidiano, dando-lhes
valores e significados. Vivemos numa época marcada pela sociedade de
consumo, a globalização é uma realidade, e os trabalhos realizados pelos
autores reflectem o mundo onde vivemos. Mundo este em constante
progressão, mudança e desenvolvimento permanente. Neste tipo de arte são
utilizadas todas as formas de expressão urbanas, tendo estas uma matriz
comum igual em todo o mundo. Somos dominados por uma sociedade de
consumo. É esta mesma sociedade que serve de inspiração para a criação das
obras de arte. Tendo em conta a actualidade mundial, a pop art continuara em
expansão e desenvolvimento pois cada vez mais existe a necessidade de
expressão, dando origem a trabalhos inovadores e de grande impacto social.
Concluindo, este trabalho foi bastante gratificante pois obtive informações que
até data desconhecia, assim sendo este tema foi uma mais-valia tanto a nível
profissional como pessoal, pois abrange diversos pontos interessantes que
muitas das vezes nós não damos o devido valor.
Em suma fica um desejo, que sejamos educados a nível cultural e visual pois
só assim vamos conseguir analisar e absorver as informações que os autores
deste tipo de obras pretendem passar.
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8 – Bibliografia
Joly, Martine; Introdução à análise da imagem – arte e comunicação,
Edições 70;
Gervereau, Laurent; Ver, compreender, analisar as imagens;
Mirzoeff, Nicholas; Uma introduccion a la cultra visual;
A.Walker, John; Visual cultura;
Nota: Utilização de tecnologias de informação, nomeadamente, rede à escala
global de seu nome internet.
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ANEXOS
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![Page 24: Pop Art](https://reader034.fdocumentos.tips/reader034/viewer/2022052510/568bd4e51a28ab20349679fc/html5/thumbnails/24.jpg)
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![Page 25: Pop Art](https://reader034.fdocumentos.tips/reader034/viewer/2022052510/568bd4e51a28ab20349679fc/html5/thumbnails/25.jpg)
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![Page 26: Pop Art](https://reader034.fdocumentos.tips/reader034/viewer/2022052510/568bd4e51a28ab20349679fc/html5/thumbnails/26.jpg)
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![Page 27: Pop Art](https://reader034.fdocumentos.tips/reader034/viewer/2022052510/568bd4e51a28ab20349679fc/html5/thumbnails/27.jpg)
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