Poesías do delírio cotidiano

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EDUARDO COSTA LEONARDO SANTANA Moreno, 2010

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Aqui se encontrar poesias selecionadas por dois poetas pernambucanos. O formato das poesias é livre, a temática é variada, desde temas amorosos à morte. Oferecendo um panorama de versos criativos, mas que muitas vezes fogem da melosidade.

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EDUARDO COSTA LEONARDO SANTANA

Moreno, 2010

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IMPRESSORACABRAL

Diagramação

© 2009 Leonardo Santana / Eduardo CostaPoesias do Delírio Cotidiano

Capa: Leonardo Santana

Todos os direitos reservado aos autores

ApoioAdriano Santana

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Para

Deus

Marina Maria

Brandina Rocha

Mary Albuquerque

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Apresentação

Aos correr os olhos nas próximas páginas, você vai encontrar poesias selecionadas por dois poetas pernambucanos.

Desde o modernismo, movimento que mudou o rumo da cultura brasileira, significou para a poesia, mudanças que desobedecem a certas regras na combinação de palavras. Os autores aqui presentes usam essa liberdade.

O formato das poesias é livre, a temática é variada, desde temas amorosos à morte.

O trabalho de cada um é muito diferente, como você verá. Oferecendo um panorama de versos criativos, mas que muitas vezes fogem da melosidade.

L. S.

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Mulher de retrato...................................................................08Um colega ouviu de mim.......................................................09O vinho que me dás é suave................................................ 10Vi e acompanhei seus passos...............................................11Versos a morte...................................................................... 12Uma brasa.............................................................................13Poesia etílica......................................................................... 14Já adaptei um verso de Bocage............................................15De frente um para o outro o desejo se expressava.............. 16Atravessei a ponte santa Maria............................................. 17Aos pobres de espírito.......................................................... 18Azar no jogo.......................................................................... 19Parei na ponte fina................................................................ 20Ontem, batendo perna em Vitória......................................... 21Doidão e estressado............................................................. 22“Poemas pra sentir tesão ou não”......................................... 23Temporal poesia.................................................................... 24Poeta coveiro........................................................................ 25

Depressão............................................................................. 28Tortura................................................................................... 29

PRIMEIRA PARTE (Leonardo Santana)

SEGUNDA PARTE (Eduardo Costa)

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Um dia em sua vida.............................................................. 30A tristeza tomou conta de mim.............................................. 31E o sofrimento não passa..................................................... 32Destroyer............................................................................... 33O inferno veio me visitar........................................................ 34Me afundo............................................................................. 35Morrer sem Deus.................................................................. 36O cospe ostia........................................................................ 37João tem medo..................................................................... 38Linda..................................................................................... 39Carlinha firstfunking.............................................................. 40O desgosto............................................................................ 41Maria sapatão....................................................................... 42Ana........................................................................................ 43Galega................................................................................... 44Van........................................................................................ 45Se suicide.............................................................................. 46Colégio Dom Jaime Câmara................................................. 47

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PRIMEIRA PARTE

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O artista pinta uma figura nua numa bela paisagem,Não obstante, a imagem dos seus desejos.Instiga a idéia da perfeição,Que não existe em vida e em seus braços.– Pinta a ilusão!Mas não da ilusão que sofreu com alguém,Que não mereceu sua atenção.E se antes se iludia com o amor de mentira,Qual nos chega uma carícia imunda,Igual ao beijo de Judas, que dor nos produz...Pessoa assim prefere-se que não nos apareça mais.Tem somente na arte à parte, em suma,Tudo aquilo que, entre os seres, é difícil conter:Noventa por cento de honestidade.

Mulher de retrato

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Um colega ouviu de mim:“Aquela rapariga é linda!”Ele achou feia a palavra dita, rapariga,a alguém tão elegante e tão bonita,a qual o mesmo tão pouco conhecia,sem saber que um diaela foi prostituta.Sem saber que no diaeu usei a palavra culta.

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O vinho que me dás é suave. O beijo que me dás é ainda mais. E me embriago no teu bálsamo de carícias que traz [mais sede de prazer.

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Vi e acompanhei seus passossustentando um olhar ousado,contemplando a maravilha da forma femininaque se aproximava! – que maravilha! – Linda!“Linda!” (meu pensamento havia dito,enquanto ela chegava mais perto ainda);iria passar somente, eu sei,mas a admirei com meu largo olharas emanações do seu rosto,do seu encantado corpo.Por vez, também cheirosa,e essa combinação de sentidos,passando pertinho, queimou-me por dentroum anseio, um deslumbramentode abraçá-la como uma serpente,e injetar-lhe meu veneno.

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Já, agora, sem tédio da vida,Estes versos que te dou, A saber, minha querida,Está cheio de vinho e licor.

Não ache patéticos estes versosQue patético seja então somente este autor.Poeta de versos, que por assim dizer,Não diz de amor.

Senti-me como uma noite densa, escura Sem as límpidas estrelas, sem a alva lua...Passos do extremo da vida eu senti.

Mas descobri, no limiar da desesperança,Uma frase do subconsciente me fez escapar de ti:“Cada um é responsável por aquilo que quer sentir.”

Versos a morte

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Uma brasaabrasa por dentroque começabem no centrodo peitoe se espalhapela carne mal passada.

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Poesias...Eu às vezes façocomo quem bebecerveja quentemais uísque barato;como quem tomaquartinhos de canae doses de ypiocas.Então não siga meus versos,por hora,se não quer se embriagar.

Poesia etílica

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Já adaptei um verso de BocageA dizer outras verdadesDo coração meu.

Escrevi à Gonçalves Dias,Que um céu dentro de mim se abria,Quando me via ao lado teu.

Spanca, Meireles, RiosGuia-me à luz de outros caminhosAbrindo seus versos, como abri pra ti os braços meus.

Trago já minha palavra sem a finura dos poetas; Sem a fineza das rosas Ou com o encanto das violetas,

Que se um dia me embriaguei de você,Devora o tempo a vidaRestando uma lembrança a pender.

Mistura-se em minha alma O vinho encarnado da saudade Em que me embebedo a arder.

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De frente um para o outro o desejo se expressavaEnquanto a boca minha contra a sua beijava Com dedos em meio as suas coxas lhe acariciava.A mão dela abaixo do meu umbigo me embalava...Ao prazer que em meio às coxas se abriaDe sobressalto, a moça ardiaEu abaixo dela incendiando prosseguia...Em sua excitada forma que me vinha, Agitava com energia –Na cadência maliciosa – No quarto, na cama, Sobre a carne voluptuosaA minha ardente substância se esvaíaE junto com essa, mais uma vez a paixão lhe seguia.

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Atravessei a ponte Santa MariaPra Maria encontrarCheguei à Praça do BaltazarE nada dela chegarEsperei meia-horaAté ela me telefonar“Desculpa. Hoje não vai dar.”E não deuNem naquele E nem no outro diaNão tendo outro jeitoFaço essa poesiaSem me preocupar com a pobreza da coisa dita,Pois minha carência não precisa De um lirismo comedido pra tomar cachaça com a solidão.

Toma o real, a garçonete.E ela me traz aquela “gostosa” por quem eu sou apaixonado,Sem ligar se eu penso em outra.

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Ontem eu vi JoãoNascido em Jaboatãoe “malcriado” em Morenoe também de seu Tonho,que não gostava dele.Que morou na Rua Santos Dummont,do lado do SofrônioDepois se mudoupra Rua do cemitério(Foi a pé e não carregado)Eu fiquei feliz em vê-lo,porque ele tava feliz. - Tava casado.Encontrou o Amor verdadeironuma Moça que mora na subida do Banco Real.Ele agora é um homem rico.

Aos pobres de espírito...

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não duvido da sortenemdo amor, meu bem.Masseu amoré um jogo também.

Azar no jogo...

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Parei na ponte finada minha cidadee olhei o rio cheio correr...me lembrei de quando era meninoe via o mesmo rio cheio sem antes precisar choverpara tanto...o rio segue seu curso...quiçá se lembrando de quando era mais jovemafogando as mágoas da secura.

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Ontem, batendo perna em Vitória, vi um adolescentecom uma garrafa de colana mão. Sentado, à toa, chupando o polegar.Na mesma horapassava por ele uma senhora e disse;“Tenha vergonha!” “Desse tamanho chupando dedo!”

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Doidão e estressadoPaulo queria escrever algoPra afogar as suas angustiasDe obcecado por ManuelaQue gostava muito de rolaQue bem levava na boca,Entre as coxas... Tantos Intensos encontros Com outros, Paulo descobriu E isso não engoliuE no seu desassossego Queria expressar em palavras Mas demorou tanto sair uma linha, Que a caneta não aguentouPulou Da sua mãoLhe escreveu um palavrãoE se suicidouCaindo de ponta no chão.

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“Poemas pra sentir tesão ou não”É um dos livros de MiróQue emprestei a Lia.Ela sentiu tesão De querer conhecer mais de suas poesias.Então emprestei minha coleção.Ela ficou feliz E me emprestou seu coração.Ela me devolveu os livrosE eu, o que ela me emprestou.Porém, aqui vai um segredo,Guardei pra mim os seus bons sentimentos.

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Rapaz sem cabeçaTirada por um facão...“Mundo cão” passa na televisão... Platão!“Destruição!...”De tudo! Pra todos!Homens em suas casasficam presos com suas próprias gradescom medo da violência de outros homens.Mulheres atacadas...crianças estupradas...polícia / bandido... bandido barra a polícia...polícia – bandida...tudo mostrado dentro de uma caixa eletrônica,e a gente paga a contade água, luz e a telefônica.E o telefone toca:É cobrança de uma loja...Enquanto coisas ruins vão acontecendoe sendo comentada pela vizinhança... Escrotos roubam seus sóciosE os deixam fodidos de corpo e espírito...Mais um corpo estirado no chão...“Tá é bêbado!” “Aleluia irmão!” – Gritaram –“Pega ladrão!”Mais um dia - Temporal poesia!

Temporal poesia

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Abro um jazigo de tristezaCá dentro do meu peitoNo outono deste meu pensamentoOnde deixo aberto o buraco do lamentoQue guardará a tua pequena forma, Menino azarento.

Poeta coveiro

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SEGUNDA PARTE

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Dor invisívelrainha da tristezaguerra interna entre mim e mim mesmo.Não és o caminho, a verdade e a vida.És o atalho, a mentira e a morte“pai afasta de mim este cálice”o espírito estar preparadomas a carne é fracae sofrer demais dóivejo o mundo cinzanão tem mais brincadeiranão tem mais carnavalnão tem mais rock and rollnão tem mais natalporém viva a vidasem tesão não há soluçãovou vencer esta guerraassim como Guevaravenceu a opressãovencerei a depressão.

Depressão

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Quando eu olho pra vocême lembro de coisa ruimcomo a morte vestida de cetimsão os olhos chorandoa boca gritandoos dentes rangendoo peito furandoo coração partindoe o sangue derramandoquando penso em vocêos neurônios queimama cabeça ferveos ouvidos fumaçama dor se espalhaa depressão corróio corpo dóie o amor se apagaêita mulher danadamulher que me faz sofrervivo te esperandovivendo e me torturandomeu mundo acabandosem as noites e o amanhecer.

Tortura

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Um dia na sua vida, eu quero ser importante.Um cara muito brilhantenão por um instantenão por um derradeiro errante

um dia na sua vida, eu quero ser Osírisassim como foi para Írispara transformar o mundoe uma mitologia criar

um dia na sua vida, eu quero ser o solpara o caminho iluminare no mundo brilhare ser dono do luar

um dia na sua vida, hás de me amarcomo o morcego ama a noitecomo o vampiro ama sangrarhei de me amar, hás de me amar.

Um dia em sua vida

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Com maldade, com falsidade.Com mentira, sem dignidadepois foi assima tristeza tomou conta de mim

ser desumano, ser roubadoser enganado, ser maltratadopois foi assima tristeza tomou conta de mim

sai tristeza, saidesta mente agredidae traumatizada

sai tristeza, sai rancordeste coração que choratanta dor.

A tristeza tomou conta de mim

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Brincadeira de depressivoé se jogar na frente do carroé comer barropra ver se o sofrimento passa

é tomar venenofeito café pequenosaboroso e fervendopra ver se o sofrimento passa

é pegar o canhãoabrir o bocãoatirar com a mãopra ver se o sofrimento passa

é tomar impulsocom estilete apulsocortar os pulsospra ver se o sofrimento passa

é comer chumbinhoque mata ratinhobem devagarzinhopra ver se o sofrimento passa

e o sofrimento não passa.

E o sofrimento não passa

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Cheguei para destruir a poesia.para acorrentar Castro Alves no tronco.Deixar feia Florbela Espanca.Queimar a bandeira de Manoel.Engaiolar patativa do Assarée matar os anjos de Augusto.

Destroyer

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É só catástrofe, calamidadeos homens a caluniarcom maldade, com castidadeo inferno veio me visitar

é só podridão, enfermidadeos homens a roubarcom falsidade, na infelicidadeo inferno veio me visitar

oh deus, por que me permitisteo sofrimento e a tristezaa angústia e a malvadeza

o demônio tende a expulsareu não aguento mais choraro inferno veio me visitar.

O inferno veio me visitar

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Hoje eu me afundona miséria deste mundode tristeza e solidãoangústia e depressãoa morte me chamandodançando ao som de um tangoa cova sempre abertaa porta e a janelada casa do futurocaminho de todos nósvamos todos morrere enfimviver em paz

Me afundo

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É ir pro infernoé viver no invernoé queimar prá semprea morte queridano dia da partidamorrer sofrendoo diabo te querendoteu corpo estremecendoa alma sem salvaçãoé morrer sem Deus.

Morrer sem Deus

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Eu conheço um loucoque faz sempre uma misturae nem acha poucocatolicismo com loucura Pra fugir da amarguraprocura uma igrejasem perder a ternuraos pés da santa, ele beija Mas na hora da comunhãoa hóstia recebe normalmentedepois é cuspida feito pirãouma guerra interna na sua mente É a sua briga de Jesus com o cramunhãoa hóstia é alimento pra almao demônio cospe no chãoJesus abençoa, com sua calma.

O cospe hóstia

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João tem medode meus poemasde uma porção de letrinhasde vagos temas

João tem medodo que não existedo papel e da canetae o medo persiste

João tem medoda necessária morteque por azar ou por sortevem como um corte

João tem medoda minha pessoa entãoescrevendo poesiatem medo de quê, João?

João tem medo

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A João Lauriano

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Não posso te tocarcompleta de magiaa voz dos dedostema de poesiao que acontece comigonão sei explicarnão é para acontecercoisa de magiasei lásó sei que és lindaeu nem te conheço aindae nem tua boca toqueisó sei que te gostochamego proibidoamor bandidobandido coraçãoque nunca me obedecefico sofrendoa dor de um amor imaginárioque existeno peito deste otárioque ama sem precisão.

Linda

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Carlinhatinha uma bucetinhaque cabiaum dedodois dedostrês dedosquatro dedoscinco dedose um braçoa mãe de Carlinhadizia que elaainda era cabaço.

Carlinha fistfunking

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A puta que me comeuquando eu tinha 13 anosprendeu o seu gozome estuprando, me tarando

ela queria me estraçalharmeu sangue sugarme tarar e me matarpra sempre me traumatizar

hoje da vida tenho desgostosem sexo sem amorum mundo sem gostosó sexo com horror

o sangue do meu cabrechoa muito já foi derramadofoi um sangue de purezaum pobre menino estuprado.

O desgosto

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Maria, MariaMaria sapatãoMaria diz que é homemMaria tem cunhão

Maria,MariaMaria homenzarrãoo brinquedo de Mariaé um grande maranhão

Maria,Mariadiz que não tem vaginao pinguelo de Mariaé uma pitoca de menina

Maria, Mariaé lésbica de criancinhana sua vizinhançacomia todas as menininhas

Maria sapatão

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Anamundanatomadorade canafumadorade marijuanameninasacanate amandoeu voume arruinandovivendoumtenebrosodrama

Ana

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Page 44: Poesías do delírio cotidiano

Galega tarada, galega cruelme faz subir pelas paredesme mela de melpra matar sua sede.

Van Nistelrooy, Van arrasadoraVan Baster, Van goleadoraVan Gogh, Van pintoraVan Hallen, Van cantora

filha bastardada invasão holandesaem Pernambuco

galega de guerra, inacabadagalega mauriceiame deixou maluco.

Galega

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Page 45: Poesías do delírio cotidiano

É só amoré pura paixãovai embora vida tristeque bom que você existe

é razão de viveré viver com prazervai embora vida tristeque bom que você existe

é a alegria do mundoé a galega do poeta vagabundovai embora vida tristeque bom que você existe

eu só quero amarnão sei por que você insistevai embora vida tristeque bom que você existe.

Van

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Page 46: Poesías do delírio cotidiano

Se suicide amorse suicidesai deste mundo cãodeste mundo enfermose suicidese suicidese suicide tesãoele não é digno de um homem decentese isole se privese suicide de coisa medíocree viva muito bem.

Se suicide

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O colégio Dom Jaime Câmaraé um colégio mal assombradoantes era um cemitérioantes era um templo acabado

os fantasmas assistem aulasas caveiras circulam a noiteos demônios possuem pessoasque só saem em um açoite

padre Luiz era um padre exorcistaexpulsou muitos demôniosque estavam à sua vista

assim é o Dom Jaime Câmara, colégio cemitérioacredite quem quiserlá existe este mistério.

Colégio Dom Jaime Câmara (uma lenda)

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