Pódio - 30 de agosto de 2015

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MANAUS, DOMINGO, 30 DE AGOSTO DE 2015 [email protected] “Doentes” por seus clubes de futebol, torcedores eternizam no corpo o amor pelos times ao tatuarem os escudos das equipes e não se preocupam com os possíveis preconceitos. Pódio E6 e E7 FOTOS: RAIMUNDO VALENTIM ARTHUR CASTRO

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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MANAUS, DOMINGO, 30 DE AGOSTO DE 2015 [email protected]

“Doentes” por seus clubes de futebol, torcedores eternizam no corpo o amor pelos times ao tatuarem os escudos das equipes e não se preocupam com os possíveis preconceitos. Pódio E6 e E7

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O primeiro jogador da história do vo-leibol a ganhar títulos mundiais

em três categorias diferen-tes (infanto-juvenil, juvenil, adulto) e participante das Olimpíadas (Atlanta, Sydney, e Atenas), Nalbert Tavares, visitou Manaus na última sexta-feira (28) para uma conversa com funcionários de uma empresa local.

Durante o evento, o ex-jo-gador de vôlei falou sobre a história dos Jogos Olímpicos e contou um pouco de sua experiência como atleta pro-fi ssional. Aposentado das qua-dras, o ex-capitão da seleção brasileira contou ao PÓDIO como continua tendo contato com o esporte como comen-tarista esportivo e avaliou as possibilidades de medalha do vôlei nas Olimpíadas do Rio.

PÓDIO - Como você ava-lia, como comentarista, a estrutura para os jogos?

Nalbert Tavares - Sou oti-mista por natureza, só que há alguns problemas, atrasos... Mas tenho total convicção que o Brasil fará Jogos Olímpicos únicos. Melhor ou pior que outros? Não há comparação, o importante não é isso, o im-portante e fazer os jogos com a cara do Brasil. Vai ser uma Olimpíada colorida, alegre e bem organizada. O país tem condição de realizar grandes eventos com competência. Na Copa do Mundo, o país fez bonito e assim como a Copa vai correr tudo bem.

PÓDIO - Você acredita que os jogos vão deixar um bom legado?

NT - Sim, sem sombra de dúvidas. Vai ser fantástico. Não somente em termos fí-sicos, mas um legado social para o Brasil inteiro, para que as crianças possam se moti-var no esporte. Dessa forma, novos campeões irão surgir, mas também grandes cida-dãos, pessoas de bons valores e bons princípios. A função do esporte é essa, formar e inspi-rar. Com os Jogos Olímpicos é a oportunidade para isso.

PÓDIO - Nos dias de hoje é mais fácil para pessoa conseguir traçar o caminho do profi ssionalismo dentro de qualquer modalidade?

NT - É muito mais fácil, sim. Os esportes cresceram bastante. Hoje em dia, existe um número de investimento muito maior do que no meu início de carreira. Acho que alguma coisa nesse sistema esportivo pode ser melhorado, a educação física precisa ser mais valorizada e o espor-te precisa estar mais forte nas escolas. Seria o ponto número um, mas sem esque-cer que as confederações e o Comitê Olímpico são bem melhores em ternos de estru-tura fi nanceira em traçar bons planejamentos para fazer boas preparações.

PÓDIO - Você acredita no ouro olímpico do vôlei em casa?

NT - Acredito, sim! Acho que o vôlei tem muita tra-dição no Brasil assim como futebol. O Brasil nunca pode ser descartado como possí-vel campeão, jogando em casa a pressão no vôlei é muito maior, os atletas e as pessoas falam muito nessa grande oportunidade de dis-putar e conquistar o ouro em casa, mas eles como time têm que encontrar uma força maior para superar o peso da camisa que tem grande história.

PÓDIO - Como você avalia o atual cenário do esporte no Brasil?

NT - É bom, mas não é o ideal. O Brasil já melhorou muito em comparação a algu-mas Olimpíadas atrás. A rea-lidade brasileira é de grandes chances de medalhas. A meta para 2016 é estar entre os dez primeiros colocadas nas Olim-píadas. É uma meta arrojada, ousada, mas ainda possível porque tem alguns esportes que certamente irão trazer me-dalha. Além disso, tem sempre aquelas surpresas, principal-mente para atletas brasileiros que chegam por fora, que não são favoritos e que acabam se tornando uma grande vanta-gem. A meta para conquistar medalhas é 25 colocando o

Brasil em uma das dez maiores potências esportiva do mundo, o que para nossa realidade seria fantástico.

PÓDIO - Como você avalia Manaus como sede Olímpica?

NT - Manaus é uma cidade que tem tradição esportiva. Já joguei aqui muitas vezes. Na época, fui para Ponta Negra e participei de um jogo de exibição no vôlei de praia. Na época, tinha 7 mil pessoas. Todos aqui adoram esporte. Manaus vai sediar o futebol, por mais que seja distante do Rio, mostra que o Brasil inteiro abraça esse espírito olímpico e a cidade pode ser um símbolo disso. Manaus é parte integrante disso tudo. Sediou uma Copa com quali-dade e teremos uma Olimpía-da com muita qualidade. Nós ainda vamos lembrar daqui um tempo que o Brasil rece-beu a primeira Olimpíada na America do Sul, isso mostra que a Olimpíada é brasileira, não somente carioca, com a cara do país.

PÓDIO - Estamos bem representados com os ga-rotos que conquistaram a prata no Pan?

NT - Os garotos do vôlei estão em um bom caminho, lembrando que a seleção mas-culina não foi com força total, já que tinha ainda a Liga Mundial. Eu tenho muita espe-rança que todos os esportes, em especial o meu voleibol, possam fazer um grande papel aqui (nas Olimpíadas).

PÓDIO - O Brasil tem acer-tado nessa renovação?

NT - Acho que por algum momento perdemos um pou-co da nossa essência de ter jogadores não tão altos, mas jogadores mais habilidosos, mais técnicos. Acho que isso está sendo revisto. É muito importante que seja revis-to, porque o Brasil tem que jogar como o Brasil e não como Rússia. A Rússia tem a escola deles, a nossa escola é muito diferente da deles. É uma escola mais completa, é uma escola mais habili-dosa e por algum momento a gente priorizou a altura e

deixou de lado a habilidade e outras valências que foram importantes para nós.

PÓDIO - Estamos servi-dos de bons jogadores?

NT - A gente tem algumas posições que infelizmente so-mos carentes. A posição de ponteiro e passador, que sem-pre tivemos os melhores, hoje em dia está em falta.

PÓDIO - Vamos ver um equilíbrio dos adversários em 2016, tanto no mascu-lino quanto no feminino?

NT - Eu acho que o equi-líbrio no masculino é maior. Existe um grupo de seleções que podem tranquilamente ser medalhas de ouro, ou quinto e sexto lugar, seis, sete times que podem tranquila-mente ganhar uma Olimpí-ada… Lembremos da Rússia, atual campeã olímpica, que ganhou tudo nos últimos anos, e nem na fase fi nal (da Liga Mundial) chegou. Fez uma campanha da Liga Mundial péssima, ganhou um jogo só de 12. Então, a gente vê como o nível está alto.

PÓDIO - O favoritismo pode atrapalhar?

NT - Acho que o Brasil não vai chegar favoritíssimo, o que pode ser bom. Já chegamos em outras competições como favoritos e acabou pesando muito. Acho que chegar em uma Olimpíada, entre aspas, correndo por fora, seria bas-tante interessante.

PÓDIO - O alto investi-mento aplicado nas Olimpí-adas por parte das empre-sas preocupa para o futuro do esporte?

NT - O sistema esportivo brasileiro tem muita coisa a ser vista, estudado e melho-rado, mas a Olimpíada está aí e a gente tem que apro-veitar da melhor maneira. O caminho é esse: esporte e educação, e não dá para a gente ficar só dependendo das políticas que vem lá de cima, do governo. É sempre bom estimular que os jovens pratiquem esportes. Tem que ser nossa mentalidade daqui em diante.

Nalber TAVARES

‘O Brasil TEM QUE jogar como BRASIL E NÃO como Rússia’

Eu acho que o equilíbrio no masculino é maior. Existe um grupo de se-leções que podem tran-quilamente ser meda-lhas de ouro, ou quinto e sexto lugar, seis, sete times que podem tran-quilamente ganhar uma Olimpíada”

LINDIVAN VILAÇA

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Acho que o Brasil não vai chegar favoritíssi-mo, o que pode ser bom. Já chegamos em outras competições como favo-ritos e aca-bou pesando muito. Acho que chegar em uma Olimpíada, entre aspas, correndo por fora, seria bastante interessante”

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Para o verdadeiro mes-tre, o lugar mais alto do pódio em nada se compara à conquista

de ver seus discípulos vivendo de forma digna e disciplinada, em perfeita harmonia entre corpo, mente e espírito. Este tem sido o caminho trilhado pelo sargento da polícia mili-tar Rudá de Souza Monteiro, 43, que há quase três décadas se dedica ao aperfeiçoamento e ensino da arte marcial chi-nesa Kenpo budo kai.

Na última sexta (28), o grão-mestre 10° Dan recebeu o título de Mestre Honorífi co em Artes, homenagem esportiva 2015 e medalha dos Grandes Mestres das Artes Marciais do Brasil, na Assembleia Legisla-tiva do Estado de São Paulo.

A homenagem foi concedida pela Faculdade Einsten (Facei), na 7ª edição do livro “Grandes Mestres das Artes Marciais do Brasil”, pela editora Bueno. Em setembro, o grão-mes-tre Rudá de Souza também será homenageado na Assem-bleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam).

“Foi uma pesquisa realizada pela faculdade de São Paulo que descobre e investiga so-bre os mestres de todo o Brasil. Para minha surpresa, recebi o convite e fui homenagea-do pelos trabalhos que tenho desempenhado”, afi rmou.

A paixão de Rudá pelas artes marciais começou ainda na adolescência, aos 16 anos, após conhecer as possibili-

dades de crescimento que o Kenpo budo kai poderia ofe-recer para desenvolvimento

do corpo e do espírito. “Desde pequeno tenho ligação com sabedoria oriental, e sempre busquei estar em contato com ela por meio de fi lmes e livros. No início, o que me infl uenciou foi conhecer a história do mes-tre de Kenpo Jeff Speakman, naquele fi lme dos anos 80 ‘Arma perfeita’. A partir daí vi a essência do Kenpo e caiu como uma luva para o que eu era e sentia. O Kenpo tem uma essência muito bonita, não busca só o equilíbrio mental e físico, mas nos faz encontrar a diferença entre o tigre, que é forte mas impulsivo e o dragão, que é sempre sábio e evita a guerra”, explicou.

O americano Jeff Speakman foi apenas um dos mestres que fi caram mundialmente conhecidos. A partir do fi nal da década de 70 e início dos anos 80, o cinema disseminou a fi losofi a das artes orientais com fi lmes do mestre chinês Bruce Lee ou mesmo o saudoso e fi ctício mestre Keisuke Miya-gi, personagem do ator Pat Morita da série “Karate Kid”.

Após a identifi cação com a arte, Rudá tem dedica-do toda a vida a aprender e ensinar o Kenpo.

“Mais do que ensinar téc-nicas de autodefesa, os ver-dadeiros mestres de artes marciais empreendem uma jornada em busca de auxiliar os alunos a trilhar o verdadeiro caminho com paz e equilíbrio interior. Sem contar na me-

Mais um degrau alcançado

lhoria de saúde, em verdadeiro equilíbrio do corpo de da mente. Existem dois tipos de caminhos das artes marciais, dos lutadores e dos mestres. Todo meu tempo dedico a ensinar e nunca fui de competir. Trilhei o caminho da docência. Dou aula no Brasil inteiro. Me tornei mestre puro da arte de defesa que visa a sobrevivência neste mundo violento”, ressaltou.

Ele ensina a civis, policiais das forças especiais e militares sobre a arte de legítima defesa que reúne diversas artes marciais. “É uma arte de legítima defesa. Neste mundo violento, é uma arte contundente. É muito importante que profi ssionais da segurança pública tenham essa

habilidade que o Kenpo oportuniza. O verdadeiro mestre não se preo-cupa com dinheiro. O meu retorno é ver o policial voltando para casa vivo e o sorriso do aluno, que me fala que aprendeu coisa que nunca aprendeu na polícia”, afi rmou.

Rudá explicou que o Kenpo é oriundo da China, passou pelo Ja-pão e caiu no gosto dos ocidentais. Sua experiência e habilidade em diversas artes marciais – como o muay-thai, jiu-jítsu, kickboxing – o fi zeram fundar um estilo próprio de Kenpo. “Ele (o kenpo) é mais forte no Japão, China e Estados Unidos. Apesar de temor o ‘Brasilian Ken-po’, ele ainda não é muito difundido em nosso país”, salientou.

Rudá de Souza Monteiro recebeu título de Mestre Honorífico em Artes pela faculdade Einsten, em São Paulo

Rudá de Souza Monteiro – grão-mestre 10° Dan em Kenpo budo kai – é formado em gestão de segurança privada e pós-graduado em segurança publica. Ele é reconhecido pelo conselho mundial de defesa pessoal e sistemas de combate e pela federação de kickbo-xing tradicional do Estado do Rio de Janeiro. Ele é faixa-preta 3°Dan de kick-boxing e Karate full-con-tact, mestre faixa-preta 5°Dan de defense combat system, faixa-preta 3°Dan de Hapkido, faixa-preta de jiu-jítsu, professor de Ta-clocom, mestre fundador de comando close combat e combat jutsu, professor de muay-tai, professor de kapap Krav Maga, espe-cialista em defesa pes-soal, professor de close

combat militar.Ele também é profes-

sor de segurança públi-ca e privada do Instituto Integrado de Ensino em Segurança Publica (IESP), instrutor da Centro Espe-cializado em Treinamen-to Tático Avançado, em Táticas Especiais e Ope-cações Especiais (Cet-ta Internacional) e Stan Solutions da Itália com credenciamento nacional e internacional. Além de diretor técnico do con-selho mundial de defesa pessoal e sistema de com-bate, instrutor do Centro dinâmico de Treinamento Avançado (CDTA).

Ele também desenvol-ve os projetos sociais “Lutar para mudar” e “Resgatando Vidas” na Gold Star academia.

Histórico de um mestre dedicado

IVE RYLO

Sargento da polícia, Rudá é um ícone nas artes marciais

Mestre Rudá ensi-nando golpes de krav maga a policiais

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Sport e Flamengo se enfrentam neste domingo pela 21ª primeira rodada do Campeonato Brasileiro vivendo momentos opostos no campeonato

rubro-negros rubrorubroDuelo de no Recife

Recife (PE) – Após ser eliminado pelo Vasco na Copa do Brasil, o Flamen-

go terá uma difícil missão neste domingo (30), pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time da Gávea vai ao Recife fazer o duelo de rubro-negros contra o Sport, às 15h (de Manaus), na Arena Pernambuco. A partida tende a ser quente, já que no primeiro turno, quando as equipes empa-taram no Maracanã por 2 a 2, houve troca de ofensas na saída do campo e o meia Diego Souza, que acabou a partida como goleiro, recla-

mou do tempo de acréscimo dado pelo árbitro.

O Rubro-Negro carioca tem problemas para a partida. O atacante Paolo Guerrero, machucado, está fora de combate. O meio-campista Ederson, com estiramento na coxa esquerda, também é desfalque. A boa notícia é que o lateral-direito Pará, expulso contra o Vasco no meio de se-mana, foi liberado para atuar pelo Brasileirão. Alem dis-so, o meia Alan Patrick está confi rmado no time titular.

Diante deste cenário, o Flamengo deve ir a campo com: Paulo Victor, Pará, Cé-sar Martins, Samir, Jorge,

Canteros, Márcio Araújo, Alan Patrick, Emerson Sheik, Everton e Marcelo Cirino.

SportPelo lado do Rubro-Negro

Nordestino, uma briga sau-dável no gol e no ataque são as únicas dúvidas do técnico Eduardo Baptista para a par-tida. Na meta do Sport, bri-gam pela vaga o experiente Magrão e Danilo Fernandes, já no setor ofensivo Hernane Brocador, ex-Fla, e André dis-putam uma vaga ao lado de Maikon Leite. Outra possível mudança no time titular é a saída do meia Marlone para a entrada de Élber, que

foi acionado durante o jogo contra o Bahia. O lateral-direito Samuel Xavier, que estava suspenso na Copa Sul-Americana, deve voltar na vaga de Ferrugem.

Com isso, a tendência é que o Sport entre em campo com Magrão (Danilo Fernandes); Samuel Xavier, Matheus Fer-raz, Durval e Renê; Rithely, Rodrigo Mancha, Diego Sou-za, Marlone (Élber) e Maikon Leite; André (Hernane).

O Sport tem 31 pontos e sonha em voltar ao G-4. O time carioca com 26 e na 13ª colocação no Brasileirão, quer se afastar ainda mais da zona de

Com a ausência de Paolo Guer-rero, Paulinho pode ser uma boa opção de ataque no Fla

Meia Diego Souza é o prin-cipal nome do Sport na atual temporada

Palmeiras recebe JEC de olho no G-4PARA EMBALAR

Verdão quer vitória no Allianz Parque

Corinthians duela contra Chapecoense

Chapecó (SC) – A elimina-ção da Copa do Brasil para o Santos não foi tão lamentada pelo Corinthians. Perder para o rival nunca será bem digerido pela torcida, mas, mesmo sem confessar, os jogadores do Al-vinegro paulista acreditam que o caminho para o quinto título brasileiro será mais tranquilo com apenas uma competição até o fi nal do ano. Diante deste pensamento, o líder do Campe-onato Brasileiro enfrenta a Cha-pecoense, às 15h (de Manaus), deste domingo (30), na Arena Condá, em Chapecó (SC), pela 21ª rodada do Brasileirão.

Para o duelo o Timão tem um desfalque. Bruno Henri-que, suspenso, não jogará. Ralf assume o posto. Se per-deu o volante, o técnico Tite terá os retornos de Fagner, Elias e Jadson, que não atua-ram no meio de semana, além do zagueiro Felipe liberado pelo departamento médico.

NO SUL

Fluminense faz clássico interestadual com o Galo

Rio de Janeiro (RJ) – Clas-sifi cado para as quartas de fi nal da Copa do Brasil e no G-4 do Campeonato Bra-sileiro. O ambiente do Flu-minense é de calmaria e esperança de vôos mais altos no Brasileirão. Para isso se concretizar, o Tricolor preci-sa obrigatoriamente vencer, neste domingo (30), às 15h (de Manaus) no Maracanã, o vice-líder Atlético-MG. O duelo é o chamado jogo de seis pontos, já que se o Flu vencer, diminuirá para três a diferença para o Galo. O Corinthians, que lidera a competição, tem 10 pontos a mais que os cariocas, será o próximo adversário do Flu, na próxima quarta-feira (2), na Arena Itaquera.

Mas nem tudo são fl ores nas Laranjeiras. Os atacan-tes Fred e Osvaldo, e o volan-te Edson, machucados, não enfrentam o time mineiro. Ronaldinho Gaúcho que não atuou na partida contra o

Paysandu em Belém no meio da semana, retorna ao time titular. Pierre fi ca responsável pela marcação no meio de campo e o polivalente Gusta-vo Scarpa deixa a lateral-es-querda para atuar na criação de jogadas. Diego Cavaliere, recuperado de lombalgia, vol-ta à meta Tricolor.

O time que vai a campo deve ser formado por: Diego Ca-valieri; Renato, Gum, Marlon, Victor Oliveira, Pierre, Jean, Cícero, Ronaldinho, Gustavo Scarpa e Magno Alves.

GaloO Galo deve entrar em

campo contra o Fluminense com a força máxima, caso Carioca e Giovanni estejam em condições. O time deve atuar com Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Je-merson e Douglas Santos; Leandro Donizete, Rafael Carioca, Giovanni Augus-to, Luan e Thiago Ribeiro; Lucas Pratto.

NO MARACANÃ

Verdão quer vitória no Allianz Parque

São Paulo (SP) – Para voltar ao G-4 na 21ª ro-dada do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras recebe o Figueirense às 15h (de Manaus) deste domingo (30), no Allianz Parque. Os comandados de Marcelo Oliveira vivem momento de oscilação na competição nacional e por isso ocupa atualmente a quinta colocação.

Melhor jogador do Pal-meiras no duelo contra o Cruzeiro, pela Copa do Brasil, o jovem atacante Gabriel Jesus começará como titular a partida contra os catarinenses. Por conta do desgaste dos jogos, o treinador palmei-rense está adotando um rodízio de atletas. Desta vez, quem pode ser pou-pado é o capitão Lucas. João Pedro deve assumir a lateral-direita. O mesmo acontece com Rafael Mar-ques, de dá lugar a Jesus.

No meio, o volante Ama-ral segue como titular na vaga de Arouca ainda sem condições físicas de atuar.

O Palmeiras deve ir a campo com: Fernan-do Prass, João Vitor, Jackson, Vitor Hugo, Egídio, Amaral, Robinho, Zé Ro-berto, Gabriel Jesus, Dudu e Lucas Barrios.

Sport e Flamengo se enfrentam neste domingo pela 21ª primeira rodada Sport e Flamengo se enfrentam neste domingo pela 21ª primeira rodada Sport e Flamengo se enfrentam neste domingo pela 21ª primeira rodada Sport e Flamengo se enfrentam neste domingo pela 21ª primeira rodada Sport e Flamengo se enfrentam neste domingo pela 21ª primeira rodada Sport e Flamengo se enfrentam neste domingo pela 21ª primeira rodada Sport e Flamengo se enfrentam neste domingo pela 21ª primeira rodada Sport e Flamengo se enfrentam neste domingo pela 21ª primeira rodada Sport e Flamengo se enfrentam neste domingo pela 21ª primeira rodada Sport e Flamengo se enfrentam neste domingo pela 21ª primeira rodada Sport e Flamengo se enfrentam neste domingo pela 21ª primeira rodada Sport e Flamengo se enfrentam neste domingo pela 21ª primeira rodada Sport e Flamengo se enfrentam neste domingo pela 21ª primeira rodada Sport e Flamengo se enfrentam neste domingo pela 21ª primeira rodada Sport e Flamengo se enfrentam neste domingo pela 21ª primeira rodada Sport e Flamengo se enfrentam neste domingo pela 21ª primeira rodada Sport e Flamengo se enfrentam neste domingo pela 21ª primeira rodada Sport e Flamengo se enfrentam neste domingo pela 21ª primeira rodada vivendo momentos vivendo momentos vivendo momentos vivendo momentos vivendo momentos vivendo momentos vivendo momentos vivendo momentos vivendo momentos vivendo momentos vivendo momentos vivendo momentos vivendo momentos vivendo momentos vivendo momentos vivendo momentos oopospostos no campetos no campeonatoonato

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Canteros, Márcio Araújo, Alan Patrick, Emerson Sheik, Everton e Marcelo Cirino.

SportPelo lado do Rubro-Negro

Nordestino, uma briga sau-dável no gol e no ataque são as únicas dúvidas do técnico Eduardo Baptista para a par-tida. Na meta do Sport, bri-gam pela vaga o experiente Magrão e Danilo Fernandes, já no setor ofensivo Hernane Brocador, ex-Fla, e André dis-putam uma vaga ao lado de Maikon Leite. Outra possível mudança no time titular é a saída do meia Marlone para a entrada de Élber, que

foi acionado durante o jogo contra o Bahia. O lateral-direito Samuel Xavier, que estava suspenso na Copa Sul-Americana, deve voltar na vaga de Ferrugem.

Com isso, a tendência é que o Sport entre em campo com Magrão (Danilo Fernandes); Samuel Xavier, Matheus Fer-raz, Durval e Renê; Rithely, Rodrigo Mancha, Diego Sou-za, Marlone (Élber) e Maikon Rodrigo Mancha, Diego Sou-za, Marlone (Élber) e Maikon Rodrigo Mancha, Diego Sou-

Leite; André (Hernane).O Sport tem 31 pontos e

sonha em voltar ao G-4. O time carioca com 26 e na 13ª colocação no Brasileirão, quer se afastar ainda mais da zona de

Com a ausência de Paolo Guer-rero, Paulinho pode ser uma boa opção de ataque no Fla

Meia Diego Souza é o prin-cipal nome do Sport na atual temporada

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Em busca de valorizar o desporto comuni-tário e organizar as atividades esporti-

vas junto aos bairros, a Fe-deração das Ligas Despor-tivas do Amazonas (Fldam) está realizando eleições em todas as zonas da cida-de para eleger presidentes de cada região. Eles se-rão o link entre a Fldam e as comunidades.

O presidente da Fldm, Hélio Veiga, estima reunir 620 mil comunitários da capital, que fazem parte de um total de 104 comunidades, oriundos

das ligas desportivas filia-das à entidade, nas seis zo-nas de Manaus e região me-tropolitana, nesse momento democrático, onde a própria população escolhe quem irá presidir a liga do bairro.

A proposta da Fldm é or-ganizar o desporto comuni-tário de acordo com a Lei Pelé número 9.615, que visa à prática do esporte em três níveis - Desporto Educa-cional (escola), Desporto de Participação (comunitário) e Desporto de Alto Rendimen-to (clubes e federações).

“Nós encontramos mui-

ta resistência por realizar esse processo de eleição. A partir disso, resolvemos criar novas ligas sem ferir o estatuto, pois seria muito complicado e não haveria entendimento, mas este con-ceito contrário mudou por sermos uma entidade priva-da e, quem não era filiado, agora estão sendo integra-das”, destacou Hélio Veiga.

A ideia é ter, num futu-ro próximo, uma liga des-portiva em cada um dos municípios do Estado. Das 165 ligas entre capital e interior, 104 estão filiadas

em Manaus.

ProjetoOrçado em mais de R$ 8,

milhões, a Fldam projeta uma gestão esportiva junto ao Mi-nistério do Esporte, a distribui-ção das técnicas de modalida-des esportivas e quantitativa aos atletas. As práticas se-riam desenvolvidas em escolas que apresentam ociosidade. Os espaços inativos seriam otimizados com nove ativida-des esportivas – basquetebol, futsal, futebol, handebol, judô, jiu-jítsu, natação, voleibol e tênis de mesa.

Os trabalhos seriam desen-volvidos por meio da Federa-ção da Vila Olímpica (FVO) e convênio com a Secretaria de Estado de Educação (Se-duc). O projeto inicialmente atenderia 31 unidades esco-lares da capital. Ao todo, 227 profi ssionais farão parte dos trabalhos e que atuarão após o processo seletivo realizado através de licitação.

O projeto prevê ainda, além da participação das escolas, a in-tegração entre igrejas, associa-ções, conselhos e ligas desporti-vas. O objetivo é a massifi cação da prática do esporte por meio

das atividades do desporto de participação bem como oportu-nizar a atividade física e esporti-va a pessoas de baixa renda.

Copa InterbairrosA Fldam. em parceria com

o Grupo Raman Neves de Comunicação, vai promover a segunda edição da Copa Interbairros. O evento vai acontecer no período de 10 de outubro a 12 de dezembro deste ano. A premiação será de 100 mil e os jogos aconte-cerão nos estádios da capital, com a fi nal programada para a Arena da Amazônia.

Democratização do desportoFederação das Ligas Desportivas do Amazonas (Fldam) está promovendo eleições nos bairros para defi nir os presidentes das ligas desportivas nas comunidades

Copa Interbairros organizada pela Fl-dam foi um sucesso

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Quando o coração fi ca pequeno para uma paixão, ela fa-talmente irrompe

qualquer barreira e chega a afl orar na pele. Amor, loucura, fi xação, incoerência. Mas, afi -nal, o que é mesmo coerente em uma paixão? Assim é a devoção de alguns torcedo-res pelos clubes de futebol que não medem esforços e chegam a tatuar no corpo a fi delidade e amor incondicio-nal às equipes brasileiras.

Os vira-casacas que os per-doem, mas já dizia o apóstolo Paulo: “O amor é paciente, não guarda ressentimento, tudo crê, tudo espera e tudo suporta”. E foi este sentimento que fez com que o vendedor Fabiano Lima de Oliveira, 33, tatuasse na pele o amor ao Botafogo em 2003, no ano em que o time foi rebaixado.

O desenho do símbolo do time com a águia no braço direito foi uma das provas de amor ao time do coração, demons-trada por Fabiano quando ele tinha 21 anos de idade. Amor que ele herdou do pai. “Come-cei a torcer pelo Botafogo por incentivo do meu pai. Quando tinha jogo, sempre assistíamos juntos. Quando tive a ideia de fa-zer a tatuagem, perguntei dele se poderia, porque ele nunca gostou muito de tatuagem ou brinco. Mas como ele também é botafoguense, acabou concor-dando e no fi nal gostou. Minha mãe sempre foi mais aberta e gostou da arte”, disse.

Homenagear um clube no ano de seu rebaixamento causou

entre os amigos de Fabiano enorme surpresa. “Quando o botafogo foi rebaixado, meus amigos fi caram zoando e disse-ram que eu nunca mais ia usar a camisa. Mas fui lá e tatuei o símbolo, ou seja, independente de ter a camisa, o botafogo passou a fi car sempre comigo. Sou contrário a quem abando-na o time em momentos ruins, quando ele é rebaixado, como é o caso do Botafogo atual-mente, que está na segunda de novo”, afi rmou.

Apesar de muitos torcedo-res de times adotarem a este tipo de declaração de amor, ainda hoje a arte no corpo de Fabiano chama atenção por onde ele passa. “Conheço mui-tas pessoas, amigos que fazem parte de torcidas organizadas que têm tatuagens de times no corpo. Quando as pessoas veem, brincam perguntando se eu não tinha outro time para tatuar no corpo, fi ca aquela brincadeira”, afi rmou.

Os jogos são motivo para reunir toda a família em frente à televisão. “Eu, meu pai e meu fi lho João Benício, 4, nos reunimos para ver as partidas. Por infl uência do meu pai, a família já está na terceira geração de botafoguenses. E se meu fi lho quiser fazer uma tatuagem, já esta autorizado, claro”, liberou Fabiano.

Hoje, 12 anos após a impres-são e vendo o time rebaixado novamente, Fabiano confessa que tem um arrependimento. “Só me arrependi de não ter feito maior, fi z num tamanho médio, deveria ter feito maior. Mesmo rebaixado, a paixão só aumenta”, assegurou.

Tatuagem Futebol Clube

Uma promessa incenti-vou o administrador Lavor Neto, 39, a tatuar o amor pelo Flamengo. Há 2 anos, a palavra “Raça” – em homenagem ao clube e a torcida organizada – está estampada na perna direi-ta de Neto.

Ele e mais quatro ami-gos comprometeram-se a registrar na pele o amor ao Rubro-Negro. “Dos quatro, somente dois, eu e meu amigo Rodrigo Sampaio, cumprimos a promessa. A tatuagem dele é bem detalhada e fi cou muito boa. É um urubu com a camisa do Flamengo no peito, próximo ao ombro. A minha é somente a palavra raça em preto e vermelho”, afi rmou.

A prática de estampar na pele a devoção ao time é comum entre os torcedo-res mais antigos da torci-da organizada. “Todos os torcedores mais antigos tinham a tatuagem e eu tinha vontade de fazer. Então, um amigo me de-safi ou. No dia que ele foi retocar a dele me chamou e eu apareci no estúdio. Nem ele acreditou que eu iria. Saí do meu trabalho e fui fazer, foi meio de supetão”, ressaltou.

A tatuagem foi feita em apenas uma sessão

e exigiu muita garra ao torcedor. “Ele começou a desenhar de baixo pra cima. Em cima do osso perto do calcanhar doeu muito, principalmente na hora de preencher, mais deu para suportar. Na hora deu agonia pois nunca tinha feito uma tatuagem, mas não me arrependi”, afi rmou.

Sem ter avisado a nin-guém, ele surpreendeu toda a família pela co-ragem e orgulhou o avô, o percussor da paixão. “Quando nasci, meu avô me levou três conjunti-nhos de time para que eu escolhesse o clube que iria torcer. Mas os três eram do Flamengo. Desde o berço ele me incentivou. Minha mãe se assustou com a tatuagem, mas depois gostou. Ela sabe que eu sou torcedor faná-tico. Fiquei mais fanático depois que entrei para a torcida. Se não tivesse a torcida, não tinha toda esta festa que vemos nos estádios”, afi rmou.

Futuramente ele pla-neja tatuar na outra perna as palavras “Ru-bro-Negra”. “A tatuagem é uma demonstração de paixão pelo clube que fi -cará marcada pelo resto da vida”, fi nalizou.

Flamengo de corpo e alma

Urubu do Fla-mengo voando

em direção ao coração

do torcedor rubro-negro

IVE RYLO

Apaixonados por futebol, torcedores amazonenses eternizam o amor pelos clubes com tatuagens de tamanhos e formas das mais variáveis possíveis

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E7MANAUS, DOMINGO, 30 DE AGOSTO DE 2015

Tatuagem Futebol Clube

De acordo com o sociólogo Ademir Ramos, a pintura cor-poral acompanhou o homem desde os primórdios nas ci-vilizações mais antigas, e é usada tanto como represen-tação estética quanto como fi rmação de uma identidade cultural ou étnica.

“Na verdade, pintura cor-poral detém em si formas de linguagem que podem identifi car determinados grupos. Acontece muito entre povos indígenas, que adotam pinturas diferentes entre os grupos étnicos. Está impressa na identida-de étnica cultural dos po-

vos tradicionais”, afi rmou o sociólogo.

Ele explicou que, com o tempo, a arte de pintar o corpo foi passada para o ar-tesanato. Mesmo mediante o desenvolvimento e com-plexidade das sociedades, ganhou o mesmo sentido das civilizações primitivas, de comunicar e identifi car. “Você valoriza o ator de acor-do com a pintura. A partir do momento em que a pessoa usa a pintura no corpo, é uma forma de selar um pac-to com o compromisso que assume, é o caso da paixão pelo futebol”, explicou.

Ele apontou que no caso do futebol, as tatuagens denunciam o sentimento pelos clubes. “O futebol é uma grande paixão que os atores imprimem no corpo, como uma declaração de amor, guerra ou compro-misso com o time. Aquele que dá a vida pelo time. É uma paixão muito forte no Brasil e na América Latina. É uma linguagem que denuncia identidade e que fundamenta-se na paixão e cria um campo favorável de força entre aqueles que torcem por aquele time”, disse.

Identifi cação de grupos sociais

A alma corintiana do gerente comercial Charles Gonçalves, 28, há 3 anos foi revelada para o mundo ver. O amor pelo Timão estimulou a criatividade do rapaz, que cuidadosamente pensou em um símbolo que representasse e marcasse sua vida para sempre. “Pensei em um símbolo do Corinthians como se estivesse rasgando e saindo pela minha pele na pan-turrilha esquerda”, afi rmou.

Corintiano desde pequeno, o jovem cultivava a ideia de fazer a tatuagem há mui-tos anos. Quando realmente conseguiu realizar o sonho, a primeira sessão aconteceu um dia depois que o Timão tinha “concedido uma colher de chá, claro”, ao Flamengo pela Libertadores de 2012. “Marquei a sessão, e foi meio complicado. Lembro como se fosse hoje, na quarta à noite o Corinthians perdeu do Fla-mengo e na quinta de manhã fui ao estúdio. Mas foi tranqui-lo, para mim não importava o título, se perdesse ou se ganhasse”, afi rmou.

Bem-humorado, ele lem-bra que no dia da primeira sessão da arte, pós-derro-ta, o torcedor foi zoado pe-los amigos. “Sou muito fa-nático pelo meu time. Tem gente que gosta de carro, moto, de som de carro, eu gosto do meu time. Viajo para ver os jogos em outros Estados e a tatuagem faz sucesso. Muitas pessoas, até em São Paulo, acham

que eu fi z a tatuagem fora do país, por causa da qualidade”, ressaltou.

A paixão alvinegra começou de maneira inusitada ainda na infância, aos 8 anos. “Sempre gostei de jogar bola, mas não era de assistir os jogos na TV, não torcia por nenhum time. Até que precisava ir com uma camisa de time para um even-to na escola e minha mãe me levou no Centro para eu esco-lher uma camisa. Fui na loja e o vendedor me mostrou um monte de camisas, e no meio de todas elas, eu gostei da camisa branca do Corinthians e começou assim. Passei a acompanhar o jogos e com 10 anos de idade já sabia tudo sobre futebol e descobri o amor”, reconheceu.

Em lugar de destaque do guarda-roupas, ele guarda a primeira camisa comprada pela mãe, e não vende nem troca por nada. “É uma camisa antiga, do tempo em que o patrocínio era a tinta Suvinil, em 1996. Tenho uma com o autógrafo de todos os joga-dores, que consegui quando entrei no CT em São Paulo, mas não é mais valiosa que a minha primeira camisa, que minha mãe guardou”, disse.

Além de reunir diversos ar-tigos com a marca do time, Charles coleciona uma dezena de “loucuras” protagonizadas para fi car mais perto dos ído-los. “Já cheguei a faltar prova na faculdade para ver o jogo, e a viajar para São Paulo com

apenas R$ 100 na carteira, numa sexta-feira e voltar na segunda-feira para ir de ma-nhã ao trabalho. Passei três dias sem dormir. Fiz muitas loucuras pelo meu time, mas agora já estou mais tranqui-lo”, assegurou.

Por pouco, Charles não foi assistir ao jogo do Timão no Japão em 2012, pelo Mundial de Clubes. “Optei por honrar minhas contas, mas por pouco não fui. Depois me arrependi de não ter ido. Em São Paulo teve gente que vendeu o carro para ir, e pai que mexeu na poupança de R$ 19 mil do fi lho, e viajou com a mulher e o fi lho para assistir o jogo. Foi um movimento grande no Japão, fomos o time da América do Sul que mais levou gente para lá”, afi rmou.

Em meio a tantas demons-trações de amor, a tatuagem foi – dentre a lista de loucuras – a mais singela. “Minha mãe falou muito, não queria deixar. Ela se preocupou que a tatua-gem poderia me prejudicar na hora de arrumar um emprego, porque muita gente ainda tem preconceito, mas com o tem-po eu a convenci, levei o dese-nho para ela ver e ela aprovou e quando fi cou pronta, ela achou bonita”, disse.

Fiel de todo coração e na pele

tigos com a marca do time, Charles coleciona uma dezena de “loucuras” protagonizadas para fi car mais perto dos ído-los. “Já cheguei a faltar prova na faculdade para ver o jogo, e a viajar para São Paulo com

Charles confi r-mou a alcunha dos torcedores do Corinthians,

que são cha-mados de fi éis

Tatuagem foi feita no ano que o Botafogo foi rebaixado no Campeo-

nato Brasileiro

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Willian D’Âgelo

Olímpico, o clube dos cinco arosFundado em 17 de outubro

de 1938 e conhecido como “O clube dos cinco aros” e “O clube da elite de Manaus”, o Olímpico Clube conquistou os campeonatos regionais de 1944, 1947 e 1967. Na era do profi ssionalismo, o Olímpico teve vários artilheiros como Irailton (1967), Luís Darque (1970) e Santos (1971). Na era do amadorismo, o joga-dor Quinha é o maior artilhei-ro em um jogo do estadual, ao marcar nove gols na partida vencida pelo Olímpico com o placar de 14 a 1 diante do Independência, em 28 de dezembro de 1957.

O time também conhecido por se apresentar sempre de forma elegante para os seus torcedores tem outros resul-tados marcantes em sua his-tória no futebol amazonense. Em 27 de dezembro de 1947, o time goleou o Independên-cia por 11 a 1 e, em 24 de fevereiro de 1968 venceu o Nacional por 2 a 0, jogo do terceiro título do clube.

No Campeonato Amazo-nense de 1944, que teve como participantes Nacional, Rio Negro, Fast, Independência, Tijuca e Olímpico, a decisão fi cou entre “O clube dos cinco aros” e o Galo da Praça da Saudade. O Olímpico venceu por 4 a 3 e mandou a campo a seguinte formação: Théo, Zeca Periquito e Tuta; Catré, Gióia e Júlio; Cabral, Fedegun-

des, Marcos Gonçalves, Dor-val e Mário Matos. Também jogaram Salgado (goleiro), Manuel Braga e Ceará.

Em 1947 o Olímpico con-quistou seu segundo título, tendo como adversários as equipes do Nacional, Tijuca, Fast, Eldorado, Independên-cia, Comercial e América. O time foi campeão com Luizinho (Théo), Caçador e Aurélio; Salum Omar, Gato (Gatinho) e Dog; Cabral, Zé Luiz, Raimundo Rebelo, Síl-vio e Juvenil (Marcílio). Mário

Matos, Babau, Artur Tribuzi, Russinho, Tuta e Rui Braga também vestiram a cami-sa azul, vermelha e branca. O zagueiro Gatinho (Edgar Alcântara), que nasceu em Manaus no dia 23 de maio de 1928, foi titular abso-luto das seleções do Ama-zonas de 1950 a 1960 e um dos maiores zagueiros do futebol amazonense.

No ano de 1964, o treinador Timinho levou uma boa base do Labor para o Olímpico que estava voltando aos grama-dos. O time que contou com jogadores como o goleiro Luís, Edvar, Russo, Caçaro-la, Walter, João Neto, Zica, Milton Prudente e Gordinho não foi bem naquela competi-ção, que teve ainda Nacional (Campeão), Rio Negro, Fast,

São Raimundo, Sul América e América.

Em 1967 o Olímpico dis-putou o campeonato ao lado de Nacional, Rio Negro, Fast, São Raimundo, América e Sul América. O time foi campeão com Procópio, Sidney, Faus-tino, Russo e Sales; Xerém e Jarbas; Cascadura, Iraílton, Gilberto e Santiago. Também jogaram Dari, Irá, Armando,

Waldir Lima, Copá, Walfre-do, Airton, Sérgio, Normando, Geba e Thomaz. O técnico foi Moacir Bueno e depois o goleiro Dari. No título de 1967, o Olímpico não hesitou em trazer dezenas de atletas provenientes do estado do Rio de Janeiro, entre eles, Dari (goleiro), Xerém, Jarbas, Cascadura, Irailton, Gilberto, Walfredo, Sidney e o ama-

paense Faustino, além do técnico Moacir Bueno.

Além dos certames de 1944, 1947 e 1967, o clube conquistou também a Taça Amazonas (1967) e dois Tor-neios Início (1942 e 1947). Após mais de 20 anos, o time tricolor ainda retornou aos gramados em 2007 para a disputa do Campeonato Amazonense da Série B.

COLUNISTA DO PÓDIO

O jogador Quinha é o maior artilheiro em um jogo do estadual, ao marcar nove gols na partida vencida

pelo Olímpico com o placar de 14 a 1

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