Plantas transgénicas
-
Upload
abilio-duarte -
Category
Education
-
view
44 -
download
0
Transcript of Plantas transgénicas
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA UNIVERSIDADE DO PORTO
SEMINÁRIO SOBRE A DIDÁCTICA E METODOLOGIA DA BIOLOGIA
EXPERIÊNCIA EDUCATIVA – ENSINO SECUNDÁRIO
BIOTECNOLOGIA NA ESCOLA
3
Aulas previstas
.Referir sucintamente aplicações práticas da engenharia genética, salientando a sua aplicação ao nível da Agricultura. E na produção de alimentos geneticamente modificados..Projecção e interpretação de esquemas representativos da transformação mediada por Agrobacterium tumefaciens: Manipulação genética natural e o Sistema binário..Conhecer a transformação por bombardeamento de partículas e as vantagens da sua aplicação..Salientar as vantagens e limitações dos métodos de transformação de plantas..Realização da actividade prática:” Transferência Natural de Genes –Agrobacterium tumefaciens “..Perante a leitura, análise e discussão de artigos veiculados nos meios de informação (nomeadamente jornais e internet) destacar a importância da engenharia genética na modificação e melhoramento da diversidade dos seres vivos por intervenção directa no genoma..Referir que no âmbito da aplicação desta tecnologia algumas situações representam progresso e benefício enquanto outras terão de ser controladas rigorosamente ou então rejeitadas. Discutir a necessidade de se estabelecerem limites éticos nas aplicações práticas.
.Agrobacterium tumafaciens
.OGM’s (Organismos geneticamente modificados)
.Plantas transgénicas
.Transformação
.Bombardeamento de partículas
.Compreender o mecanismo de transferência de genes e modificação do património genético.
.Identificar as diferentes etapas do mecanismo.
.Compreender a importância que a engenharia genética desempenha na obtenção de novas variedades de plantas.
. HEREDITARIEDADE
.GENÉTICA APLICADA -princípios básicos de Engenharia Genética.
- Organismos geneticamente modificados –aplicação na Agricultura.
ESTRATÉGIASTERMOS ECONCEITOS
OBJECTIVOSCONTEÚDOS
Tabela 1: Planeamento da experiência educativa do Ensino Secundário (11º. Ano)
1º. MOMENTO
1º. MOMENTO: PLANIFICAÇÃO
REVISÃO DO CONCEITO DE BIOTECNOLOGIA
Biotecnologia:
Nome dado a um grande número de tecnologias, no domínio da Agricultura, Indústria e Medicina, que utiliza organismos vivos (microrganismos, plantas ou animais) ou então parte deles (ex: células isoladas ou proteínas) de modo a obter novos produtos.
1º. MOMENTO: PLANIFICAÇÃOÁREAS DE APLICAÇÃO DA BIOTECNOLOGIA
. Remoção de herbicidas
. Degradação de pesticidasAmbiente
. Cereais resistentes a doenças
. Resistência a pesticidas
. Bio-insecticidas
. Fixação do azoto
Agricultura
Proteínas: . Insulina . Albumina sérica humana. Hormona humana de crescimento. Activador plasminogénico de tecidos. Factores de coagulação do sangue
Vacinas: . Hepatite B. Herpes. Gripe. Malária
Medicina
1º. MOMENTO: PLANIFICAÇÃO
REFERÊNCIA A NOTÍCIAS
Na dúvida não coma transgénicos
in: Jornal de Notícias; 2 de Abril de 2000
Luz verde para os alimentos geneticamente modificados
in: www.sic.pt, 21 de Agosto de 2002
1º. MOMENTO: PLANIFICAÇÃO
RECONHECIMENTO DA APLICAÇÃO DA BIOTECNOLOGIA ÀS PLANTAS -
BIOTECNOLOGIA VEGETAL -
PLANTAS TRANSGÉNICAS
Plantas transgénicas
Plantas transformadas, que possuem nas suas células um gene introduzido de novo.
1º. MOMENTO: PLANIFICAÇÃO
EXISTÊNCIA DE DIVERSIDADE DE TÉCNICAS NA BIOTECNOLOGIA VEGETAL
- ENGENHARIA GENÉTICA -
Engenharia Genética
Consiste na criação de uma nova molécula de DNA, geralmente pela recombinação de DNA de diferentes organismos, por meios artificiais, utilizando enzimas de restrição, e a consequente produção de muitas cópias de DNA recombinante.
Vantagens da engenharia genética
1º. MOMENTO: PLANIFICAÇÃO
Delimitação do problema a estudar:
- Métodos e procedimentos específicos da engenharia genética de plantas.
- Aplicações desenvolvidas e aplicações em estudo.
REVISÃO DE CONCEITOS:- DNA
- Cromossoma
- Gene
- Vector
- Hospedeiro
- Dador
- Plasmídio
- Enzima de restrição
- Transformação
1º. MOMENTO: PLANIFICAÇÃO
TRANSFORMAÇÃO MEDIADA POR Agrobacterium tumefaciens
- Manipulações genéticas naturais -
- Características de Agrobacterium tumefaciens
Plasmídio Ti
Genoma T DNA
1º. MOMENTO: PLANIFICAÇÃO- Caracterização do plasmídio Ti
ori
T- DNA
vir
Limite direitoLimite esquerdo
Catabolismo das opinas
- Descrição do processo de transformação
Núcleo
Poro nuclear
Plasmídio Ti
Genoma
Indução dos genes vir
T DNA
Núcleo
Poro nuclear
Plasmídio Ti
GenomaProteínas vir T-DNA
integrado no genoma nuclear
T-DNA excisado
AgrobacteriumFenóis
Secretados
Célula vegetal num tecido ferido
1º. MOMENTO: PLANIFICAÇÃO
Tumor
Transferência do plasmídio Ti para a
célula vegetal
- Descrição do processo de transformação
1º. MOMENTO: PLANIFICAÇÃOTRANSFORMAÇÃO MEDIADA POR Agrobacterium tumefaciens
-Sistema Binário -
- Dificuldades de manipular moléculas grandes.
- Alteração da zona do T-DNA: - possui limites direito e esquerdo;
- eliminação dos genes tumorais e do gene da opina são substituídos pelos genes de interesse.
- Sistema binário: - genes vir e T-DNA estão presentes em plasmídiosindependentes.
Núcleo
Poro nuclear
Vector de clonagem binário
Transformação
Amplificação do vector: clonagem em E.coli
Isolamento
Transformação
Plasmídio helper
Genes vir
A OBTENÇÃO DE PLANTAS TRANSGÉNICAS em laboratório
1º. MOMENTO: PLANIFICAÇÃO
TRANSFORMAÇÃO POR BOMBARDEAMENTO DE PARTÍCULAS
-Também designado de biolística
- Transformar cereais não atacados por Agrobacterium tumefaciens.
1º. MOMENTO: PLANIFICAÇÃO
PROPOR A REALIZAÇÃO DO TRABALHO PRÁTICO
- Método compatível com as condições físicas da escola.
- Como se deve fazer?
- Qual o material que deve ser utilizado?
1º. MOMENTO: PLANIFICAÇÃOtrabalho de casa
- Fornecimento de notícias veiculadas na internet e na imprensa escrita
1º. MOMENTO: PLANIFICAÇÃO
1º. MOMENTO: PLANIFICAÇÃO
1º. MOMENTO: PLANIFICAÇÃO
1º. MOMENTO: PLANIFICAÇÃO
- Os alunos devem reflectir para cada uma das aplicações:
. Alteração da qualidade nutricional;
. Contribuição para acabar com a fome;
. Consequências ambientais;
. Impacto económico
. Avaliar riscos e benefícios da sua aplicação;
. Manifestar opinião acerca da concordância ou não com a aplicação em causa.
2º. MOMENTO
2º. MOMENTO: EXECUÇÃO
DIVISÃO DA TURMA EM GRUPOS
INFORMAR OS ALUNOS ACERCA DAS PRECAUÇÕES
ESPECIAIS
LEITURA DO PROTOCOLO
2º. MOMENTO: EXECUÇÃO
ESTRUTURA DA SALA DE AULA
1
2
3
4
5
2º. MOMENTO: EXECUÇÃO
TRANSFERÊNCIA NATURAL DE GENES
- Agrobacterium tumefaciens -
OBJECTIVOS:
Com a realização desta actividade prática a planta Bryophyllum ou Kalanchoe sp. (ambas propagam-se muito facilmente e crescem rapidamente) é infectada com a estirpe selvagem de Agrobacterium tumefaciens. Em quatro semanas é possível observar um tumor (crowngall).
2º. MOMENTO: EXECUÇÃOOBJECTIVOS (continuação):
A. Modo de infecção:
- ferir a planta e infectá-la imediatamente com Agrobacterium tumefaciens;
- ferir a planta, e no dia seguinte espalhar sobre essa superfície Agrobacterium tumefaciens;
- ferir a planta e infectá-la com Agrobacterium tumefaciens. A superfície ferida é coberta com um pedaço de toalhete de papel húmido;
- ferir a planta no entanto não deve ser infectada com a bactéria;
- aplicar Agrobacterium tumefaciens a uma planta não ferida.
B. Locais de infecção
- caule
- superfície da folha
2º. MOMENTO: EXECUÇÃO
PREPARAÇÃO
1. Propagação das plantas hospedeiras (os alunos podem mesmo fazê-lo em casa, se tiverem condições para tal).
2. Preparação do meio nutritivo e as culturas de Agrobacterium tumefaciens. As culturas devem ser preparadas pelo menos 2 semanas antes de serem utilizadas.
ORGANIZAÇÃO
Crescimento das plantas hospedeiras: 4 meses.
Preparação da cultura de Agrobacterium: 2 semanas.
Infecção das plantas com Agrobacterium: 20 minutos.
Observação do crescimento do tumor: 3 a 4 minutos.
2º. MOMENTO: EXECUÇÃOMaterial(que deve estar em cada grupo)
- Água esterilizada
- Ansa de inoculação
- Agulha
- Microscópio óptico
- Tesouras
- Etiquetas
- Marcador
- Fita adesiva
- Toalhas de papel
- Etanol
- Cultura de A.tumefaciens (em agar nutritivo)
- Plantas Kalanchoe (Bryophyllum)
- Bico de Bunsen
2º. MOMENTO: EXECUÇÃO
PROCEDIMENTO
1. Cada planta deve ser identificada com a data e com o tratamento que vai receber. Também se podem identificar os locais da planta que são infectados com o recurso a fita adesiva.
2. Após o tratamento, as plantas devem ser colocadas num local iluminado e devem ser mantidas húmidas.
3. Observar e registar o desenvolvimento do tumor durante as semanas seguintes (4-6). Após este tempo os tumores devem ser observados ao microscópio e comparados com órgãos da planta que não foram infectados.
2º. MOMENTO: EXECUÇÃOPROCEDIMENTO (continuação)
Modo de infecção com Agrobacterium tumefaciens
TRATAMENTO 1
1. Mergulhar a agulha em álcool e levá-la ao rubro pelo calor do bico de Bunsen. Ferir a superfície da planta uma ou mais vezes, com a agulha.
2. Infectar as feridas com Agrobacterium. Primeiro deve esterilizar-se, ao rubro pelo calor a ansa de inoculação e deixá-la arrefecer um pouco. Posteriormente introduz-se a ansa no interior do frasco com a cultura e deve retirar-se um pouco de material biológico. Este material é espalhado na superfície da ferida. Após este procedimento a ansa deve ser esterilizada novamente.
Etanol: Inflamável
Bico de Bunsen
Ferir a planta com agulha esterilizada
Esterilização da agulha
Aplicar a bactéria à ferida
Cultura de A.tumefaciens
Levar ao rubro a ansa de inoculação antes e após a sua
utilização
2º. MOMENTO: EXECUÇÃO
PROCEDIMENTO
TRATAMENTO 2
1. Ferir a planta (como indicado no tratamento 1).
2. Espalhar Agrobacterium ao longo da área infectada após 24h.
TRATAMENTO 3
1. Ferir e infectar a planta (como indicado no tratamento 1).2. Cortar a toalhas de papel em pequenos pedaços e humedecer em
água esterilizada. Colocá-los sobre a ferida e prendê-los com fita adesiva. O papel deve ser mantido húmido durante 2 dias.
Modo de infecção com Agrobacterium tumefaciens
2º. MOMENTO: EXECUÇÃO
PROCEDIMENTO
TRATAMENTO 4
1. Ferir a planta (como indicado no tratamento 1) no mesmo local que a planta
1 (superfície da folha) e também num segundo local. As feridas não são
infectadas com Agrobacterium.
TRATAMENTO 5
1. Não ferir a planta.
2. Aplicar Agrobacterium, utilizando uma ansa de inoculação esterilizada, a
um ou mais locais da superfície não ferida.
Modo de infecção com Agrobacterium tumefaciens
Etanol: Inflamável
Bico de Bunsen
Ferir a planta com agulha esterilizada
Esterilização da agulha
Aplicar a bactéria à ferida
Cultura de A.tumefaciens
Levar ao rubro a ansa de
inoculação antes e após a sua
utilização
2º. MOMENTO: EXECUÇÃODIVISÃO DE TAREFAS
DISCUSSÃO INTRA-GRUPO (antes da execução da experiência)
DISCUSSÃO (durante e após a execução da experiência)
INTRA-GRUPO:
- Reflectir sobre os procedimentos que estão a executar e o porquê da sua realização.
- Perceber o que acontece a nível microscópico.
- Previsão dos resultados.
INTER-GRUPO
- Partilha de opiniões
2º. MOMENTO: EXECUÇÃORECOLHA DOS RESULTADOS (DURANTE 3-4 SEMANAS)- Elaboração e preenchimento de uma tabela-resumo
1º. DIA DE VISUALIZAÇÃO DO TUMOR
PRESENÇA DE TUMORTRATAMENTO
2º. MOMENTO: EXECUÇÃO
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS
RETIRAR CONCLUSÕES
3º. MOMENTO
3º. MOMENTO: SÍNTESE
ESTRUTURA DA SALA DE AULA
3º. MOMENTO: SÍNTESE
FORMAÇÃO DE GRUPOS
BREVE DISCUSSÃO INTRA-GRUPO
Discussão das implicações dos alimentos transgénicos (âmbito social, ambiental, económico, ambiental e ético)
3º. MOMENTO: SÍNTESE
Estas permitem:
. Melhoramento das características agronómicas:
Resistência a insectos – Plantas Bt
Resistência a herbicidas
Alteração da maturação dos frutos
Tolerância a condições ambientais adversas.
. Melhoramento das qualidades nutritivas:
Aumento dos níveis de metionina
Aumento dos níveis de Vitamina E
. Aumento da produção.
. Manipulação da Pigmentação floral.
BENEFÍCIOS:
3º. MOMENTO: SÍNTESE
HOMEM
- Alergias;
- Aumento das substâncias tóxicas;
- Aumento da resistência a antibióticos;
- Alteração do metabolismo humano.
RISCOS :
AMBIENTE
- Aparecimento de efeitos imprevistos e desconhecidos;
- Mudança no consumo de herbicidas;
- Aparecimento de “super” ervas daninhas;
- Alteração do metabolismo humano;
- Redução da biodiversidade.
3º. MOMENTO: SÍNTESE
RISCOSBENEFÍCIOSAPLICAÇÃO
PREENCHIMENTO DE UMA TABELA RESUMO
AVALIAÇÃOAVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM DO ALUNO
AVALIAÇÃO DA LIÇÃO
Informal: - Empenhamento (Interesse, Participação, Atenção);
- Cooperação (cumprimento das regras do trabalho de grupo);
- Responsabilidade (Respeito, Compreensão de normas sociais);
- Iniciativa (Intervenção na resolução de problemas);
- Autonomia (Capacidade de executar projectos diversos);
- Organização (Recolha de dados e utilização da informação).
Formal
- Envolvimento, entusiasmo e interesse comunicado pelos alunos
SEMINÁRIO SOBRE A DIDÁTICA E METODOLOGIA DA BIOLOGIA
EMERÊNCIA RAQUEL DA SILVA MENDONÇA TEIXEIRA
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA UNIVERSIDADE DO PORTO
PORTO, 12 DE DEZEMBRO DE 2002