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Ricas em açúcares, coletadas pelas formigas:
Formigas são insetos muito importantes em florestas tropicais, especialmente neotropicais, em função do enorme número de operárias e grande número de colônias. Elas constituem um importante grupo de mutualistas com as plantas em função de sua abundância e ampla distribuição geográfica. Existem muitas espécies e uma variadade de modos de vida. As saúvas (Atta spp.) danificam plantas, cortando folhas para alimentar os fungos que cultivam e do qual se alimentam. A maioria das formigas, no entanto, protege as plantas. Elas são geralmente muito agressivas, e perdem suas próprias vidas para salvar o ninho ou seus recursos. Funcionam como um "superorganismo", cujos membros se ocupam de conseguir recursos e defender a rainha
Plantas e formigas
BignoniaceaeCecropiaceaeRubiaceae
Ramos ocos (ver p.72)
procriadora. A perda de indivíduos estéreis não significa muito a esse "superorganismo", mas a perda da rainha significa a morte da colônia. Muitas plantas "exploram" essa agressividade em relações mutualísticas, providenciando recursos às formigas que, ao defendê-los, automaticamente defendem a planta.
No mutualismo entre plantas e formigas, a planta pode oferecer abrigo e/ou alimento, enquanto a formiga pode oferecer proteção contra herbivoria, promover a dispersão de sementes, retirar plântulas de epífitas ou, ainda, seus detritos podem servir de fonte de nutrientes para as plantas. As estruturas das plantas ligadas às formigas são geralmente muito úteis na identificação.
São estruturas dilatadas que ocorrem na base do pecíolo de Cecropia spp. e apresentam "corpos de Müller", ricos em lipídios, geralmente coletados pelas formigas.
Glândulas produzindo secreções (nectários extraflorais) (ver p. 70)
Triquília
CASAS DE FORMIGAS
Ocorre em muitas espécies. Em Lauraceae é freqüente aparecer apenas em ramos quando com flores ou frutos. Também ocorre em Cordia nodosa, entre os ramos da inflorescência.
Casa de formiga feita de "papel-cartão" na superfície
Ocotea cujumari
Lauraceae
Sclerolobium setiferum (Leg: Caesalpinioideae) Conceveiba martiana (Euphorbiaceae)
Folhas ou estípulas curtas
Conceveiba martiana
Euphorbiaceae
MelastomataceaeChrysobalanaceaeLeg: Caesalpinioideae
Domáceas (ver p. 72)
Boraginaceae Rubiaceae
CombretaceaeSimaroubaceae (Picrolemma sprucei) e outras
PRODUTOS DE PLANTAS - ALIMENTO
Cecropia purpurascens
CecropiaceaeAparisthmium cordatum
Euphorbiaceae
BignoniaceaeChrysobalanaceaeEuphorbiaceaeLeg: MimosoideaeLeg: Caesalpinioideae
MalpighiaceaePassifloraceaePolygalaceae
Inga chrysantha
Leg: Mimosoideae
PLA
NT
AS E
FO
RM
IGA
S
Bignoniaceae
Memora moringiifolia
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Esses jardins, conhecidos popularmente por ninhos de "tracuá", são associações simbióticas nas quais várias espécies de formigas constroem seus ninhos sobre as árvores e plantam sementes de epífitas, cujas raízes fornecem a estrutura desses ninhos. Além disso, as formigas se alimentam da polpa dos frutos, do arilo das sementes e das secreções dos nectários extraflorais das folhas dessas epífitas, enquanto as plantas encontram um substrato rico em nutrientes e têm suas sementes dispersadas e cultivadas pelas formigas. Os jardins de formiga aparecem com mais freqüência em locais com elevada intensidade luminosa, propiciando às plantas rápido crescimento, e as formigas têm rapidamente garantida a estrutura de seus ninhos. É sugerido que estando os ninhos em áreas de elevada intensidade luminosa, estariam também expostos a chuvas intensas e as plantas teriam assim importante papel na manutenção da estrutura. Isso não apenas pela resistência fornecida pelas raízes, mas também pela transpiração que seca os ninhos, impedindo que estes caiam pelo próprio excesso de peso, quando sujeitos a chuvas consecutivas. É também proposto que a simbiose com as plantas permite às formigas
JAR
DIN
S D
E F
OR
MIG
AS
Anthurium bonplandiiAnthurium gracilePhilodendron megalophyllum
Aechmea bromeliifoliaAechmea contracta
Codonanthe calcarataCodonanthe crassifoliaCodonanthopsis ulei
Epidendrum smaragdinumMaxillaria camaridii
Peperomia macrostachya Markea camponoti
Codonanthe crassifolia Anthurium gracile
Araceae Bromeliaceae Gesneriaceae
Piperaceae SolanaceaeOrchidaceae
JARDINS DE FORMIGA
construírem ninhos sem tamanho limitado, e às colônias multiplicarem-se rapidamente. Os jardins ocorrem no campo de forma agrupada, formando um conjunto de colônias agregadas de diferentes tamanhos, derivadas de uma colônia comum. As espécies de formigas mais abundantes em jardins de formiga são Camponotus femoratus e Crematogaster parabiotica, geralmente encontradas no mesmo jardim, a última nidificando em galerias pequenas no interior da primeira. Enquanto Camponotus femoratus ocorre apenas nesses jardins, espécies de Crematogaster são freqüentemente encontradas visitando nectários extraflorais de diversas espécies, fora dos jardins de formiga, ou mesmo habitando ramos ocos. Esse gênero de formiga pode ser facilmente reconhecido pelo tamanho pequeno e abdômen em forma de coração. A associação entre essas plantas e as formigas parece ser obrigatória para ambos os grupos. Tais espécies de plantas só ocorrem nesses jardins ou isoladamente nos ramos, mas sempre associadas a formigas, como nos ramos ocos habitados por Crematogaster spp. Algumas vezes são encontrados jardins abandonados pelas formigas.
Aechmea contracta
Markea componoti Peperomia macrostachya
Maxillaria camaridii
Aechmea mertensii
Aechmea mertensii
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Várias espécies de invertebrados usam tecidos de plantas para sua alimentação na fase juvenil. Muitas delas causam modificações anatômicas nas partes infectadas das plantas produzindo estruturas chamadas galhas. Essas estruturas têm duas funções para o animal: proteção, pois ele fica escondido embaixo dos tecidos da planta, e alimentação, ou seja, a planta produz tecidos nutritivos próximos ao animal dos quais este se alimenta.
As galhas são produzidas como uma resposta aos hormônios secretados pelo animal. São construídas a partir de células da planta, dependendo da interação com o organismo envolvido, e apresentam um desenvolvimento aparentemente desorganizado. Os animais são bem específicos, freqüentemente atacando uma única espécie, e geralmente as estruturas apresentam uma forma somente. Às vezes, através dessa interação, existe a possibilidade de identificar a planta com base na forma da galha produzida.
As galhas são ainda pouco estudadas em florestas neotropicais e dificilmente sabemos com certeza a identidade e especificidade do animal que está atacando, mas a presença de uma galha com uma forma já conhecida pode ser um sinal de que a planta é da mesma espécie. A grande vantagem de observar galhas é que a forma delas pode variar entre espécies
GA
LH
AS
Galhasmais que os próprios caracteres das plantas hospedeiras. Um exemplo disso ocorre no gênero Protium (Burseraceae), cujas espécies são muito difíceis de identificar quando estéreis, mas existem parasitas nelas que produzem galhas bem variadas. Exemplos de galhas são ilustrados no guia de Burseraceae, e podem facilitar a identificação. As galhas nem sempre estão presentes, provavelmente têm ciclos de abundância, e podem ser comuns ou raras.
As galhas são produzidas por vários invertebrados, incluindo Nematoda e Acari, mas a maioria é produzida por insetos, incluindo besouros (especialmente Curculionidae), vespas e moscas.
Fungos também podem ter relações hospedeiras específicas, deixando sinais, que podem ser usados na identificação.
Os exemplos abaixo foram selecionados para ilustrar a variabilidade de formas de galhas em algumas famílias da Reserva. Exceto pelas espécies do gênero Protium (Burseraceae) e pela espécie Brosimum parinarioides (Moraceae), nas demais esta associação não é obrigatória, ou seja, no campo nem sempre você irá encontrar aquela galha em determinada espécie.
Connarus perrottetii
ConnaraceaeChrysobalanaceae
Couepia canomensis Parinari excelsa
Moraceae
Brosimum parinarioides Brosimum potabile
Burseraceae
Protium strumosumProtium trifoliolatum Protium paniculatum
Leg: Papilionoideae
Dipteryx polyphylla Dipteryx punctata
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Muitas plantas na floresta tropical têm relações com micélios de fungos que entram em suas células. Eles formam canais para transferência e metabolismo de nutrientes entre o mecanismo bioquímico da planta e o ambiente exterior. Essas relações são consideradas simbioses, com os dois parceiros ganhando. Os nutrientes são absorvidos do solo pelos fungos e convertidos em substâncias numa forma que as plantas podem utilizar.
As plantas conhecidas como saprófitas têm uma relação forte com fungos e até os parasitam. São plantas sem clorofila e às vezes sem folhas, e ganham energia e nutrientes alimentando-se de micélio de fungos. Assim ,elas não são estritamente "saprófitas", pois são os fungos que metabolizam tecidos mortos e as plantas ganham substâncias através disso. O micélio dos fungos pode entrar em várias plantas e, assim, as saprófitas podem ganhar nutrientes de outras plantas, sendo indiretamente parasitas delas. A distribuição das saprófitas parece estar relacionada
SA
PR
ÓFIT
AS
Saprófitascom necessidades ecológicas dos fungos micorrízicos e por isso elas podem ocorrer nos diversos ambientes da Reserva. Muitas saprófitas são encontradas próximas porque estão associadas com os mesmos fungos.
O fenômeno de saprofitismo ocorre em 6 famílias nas florestas neotropicais, com exemplos de 4 na Reserva, totalizando 22 espécies. Geralmente as plantas apresentam órgãos subterrâneos, visíveis somente quando estão férteis. Elas tipicamente têm caules bem finos, sem clorofila e com folhas bem reduzidas ou ausentes. Essas saprófitas apresentam padrões biológicos marcantes, tais como: redução no número de estômatos, relacionada à baixa taxa de clorofila; redução de pêlos absorventes (exceto em Triuridaceae); redução de órgãos vegetativos (folhas); grande desenvolvimento de partes subterrâneas; e, algumas vezes, são coloridas para atrair o polinizador. As quatro famílias são fáceis de se reconhecer.
Gentianaceae tem oito espécies na Reserva (Voyria e Voyriella). As únicas saprófitas com folhas opostas. Caule ereto com apenas uma ou poucas flores terminais, vistosas, brancas, amarelas ou lilases. Cálice e corola distintos.
Voyria spruceana
Folhas opostasLentibulariaceae com uma espécie na Reserva, Utricularia nigrescens. Muitas espécies podem ser confundidas com saprófitas. São ervas crescendo em áreas encharcadas. Apresentam um caule com folhas reduzidas, com as partes aéreas relacionadas com a reprodução. Flores amarelas. Cálice partido em quatro e uma corola com duas pétalas, em geral bilobada.
Burmanniaceae com oito espécies na Reserva.Caule ereto. Folhas pare-cendo escamas. Inflo-rescência ereta geralmente cimeira terminal bifurcada ou reduzidas a flores soli-tárias. Flores bissexuais, diminutas ou vistosas, alvas ou azuladas. Ovário ínfero.
Orchidaceae com duas espécies. Caule ereto. Inflorescência ereta, não bifurcada. Flores bissexuais, terminais, creme-esbranquiçadas. Ovário ínfero. Simetria zigomorfa (bilateral).
Triuridaceae com quatro espécies, todas do gênero Sciaphila spp. Caule ereto, folhas muito pequenas parecendo escamas. Inflorescência não pendente com flores em racemos terminais. Flores unissexuais, raramente bissexuais. Ovário súpero e composto de carpelos livres. Simetria actinomorfa (radial), raramente zigomorfa.
Folhas alternas
Flor não tubulosaFlor tubulosa
Gymnosiphon minutus
Outras
Sciaphila oligantha
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Outras
VENAÇÃO PARALELA (MONOCOTILEDÔNEAS E GIMNOSPERMAS)
Folhas simples e alternas
VENAÇÃO PINADA (DICOTILEDÔNEAS)
Folhas simples e opostas (ou verticiladas)
Ervas são plantas terrestres não lenhosas. Com esta definição até Phenacospermum guianense (Strelitziaceae) é considerada erva, mas cresce até 10 m de altura. Em geral, consideram-se herbáceas plantas pequenas, raramente atingindo mais de 1 m. Às vezes as ervas grandes começam a ser lenhosas e
Folha pinada Folha bífida Folhas lineares-lanceoladas
Folhas na base com uma parte plana e
outra torcida
Outras Folhas espiraladas
Cheiro aromático
Com ócrea
Estípula interpeciolar
Folha com espinhos
ER
VA
S T
ER
REST
RES
Ervas terrestres
Margem serreada ou denteada
Asteraceae
EuphorbiaceaeMalvaceaeOchnaceaeAsteraceaeTurneraceae
PiperaceaeAsteraceaeOnagraceae
Rubiaceae
Arecaceae (Geonoma, Bactris)Cyclanthaceae
Arecaceae (acaules)Zamiaceae (sem nervura central diferenciada)
BromeliaceaeCostaceaeCyclanthaceaeOrchidaceae
Na margem:BromeliaceaeCyperaceaeRapateaceae (Saxofridericia)ThurniaceaeNo pecíolo:Zamiaceae
CyperaceaeEriocaulaceaePoaceaeRapateaceaeThurniaceaeXyridaceae
AraceaeCommelinaceaeCyclanthaceaeOrch idaceae (Eulophia)
Rapateaceae
freqüentemente plantas lenhosas parecem ervas quando jovens.
Escandentes
MarantaceaeCommelinaceae
Folhas oblongas com pecíolo alongado
HeliconiaceaeMarantaceaeStrelitziaceaeZingiberaceae
Folhas hastatas, sagitadas ou trífidas
Araceae
Ramos parecendo folha compostaEuphorbiaceae
Glândula no pecíoloou na base da lâmina
EuphorbiaceaeTurneraceae Folhas peltadas
Apiaceae
Folhas lobadasEuphorbiaceae
Com látexEuphorbiaceae
Folhas compostas
Trifoliolada
Leg: Papilionoideae (Desmodium, Centrosema)Rutaceae (Ertela)
Bipinada
Leg: Mimosoideae em Mimosa spp. (rasteira escandente e sensitiva)
Bifoliolada
Leg: Papilionoideae (Zornia latifolia) Folhas cordiformes
OutrasAcanthaceaeGentianaceaeLamiaceaeLoganiaceae (Spigelia)Lythraceae
3-nervada (ou mais)
Melastomataceae
Com látexEuphorbiaceae (Chamaesyce)Asclepiadaceae
CaryophyllaceaeScrophulariaceaeRubiaceae
FOLHAS REDUZIDAS OU AUSENTES
Lentibulariaceae e saprófitas.
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Pteridophyta
SAMAMBAIAS
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Descendentes, que nascem na copa e enviam raízes ao chão
Exceto as espécies de Araceae, as demais são lenhosas.
ARBUSTOS E ARVORETAS ESCANDENTES
Sobre o tronco ou ramos com raízes aéreas reconhecíveis
Estão incluídas aqui epífitas verdadeiras, hemi-parasitas e parasitas verdadeiras, plantas encontradas sobre outras (forófitos no caso de epífitas e hospedeiros no caso das hemiparasitas e parasitas) sem contato direto com o solo em nenhuma fase da vida. As hemiparasitas parecem epífitas por
Plantas encontradas sobre outras (forófitos) conectadas com o solo através de raízes em alguma fase da vida. Algumas hemiepífitas lenhosas podem ser confundidas com lianas. Quando fica difícil reconhecer as raízes como tal, podem ser reconhecidas pela ausência de crescimento
Arbustos ou arvoretas que inicialmente crescem até certa altura e depois se apóiam em plantas vizinhas. Não possuem estruturas específicas para subir (gavinhas, crescimento em espiral etc.) e geralmente permanecem no sub-bosque. Muitas vezes é difícil reconhecê-las como árvores, arbustos ou lianas. Algumas espécies com esta forma de P
LA
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Parasitas, parecendo flores ou frutos da planta hospedeira
Hemiparasitas, parecendo ramos da planta hospedeira (sem raízes reconhecíveis)
Plantas dependentes de suporteEPÍFITAS, HEMIPARASITAS E PARASITAS
possuírem folhas verdes, mas apresentam estruturas que penetram no hospedeiro (os haustórios), de onde retiram água e nutrientes. As parasitas verdadeiras não apresentam folhas e as partes vegetativas ficam dentro do hospedeiro e só podem ser reconhecidas quando com flores ou frutos.
Em jardins de formigas
LoranthaceaeViscaceae
AraceaeBromeliaceaeCactaceaeGesneriaceaeOrchidaceae
PteridophytaRubiaceae (Hillia)Solanaceae (Markea)Marcgraviaceae (Souroubea)
Rafflesiaceae (específicas em Leguminosae)
AraceaeBromeliaceaeGesneriaceae
OrchidaceaePiperaceaeSolanaceae
HEMIEPÍFITAS
em espiral ao redor do tronco do forófito ou de gavinhas, pela ramificação das raízes próximo ao solo e/ou pelo grande número de raízes agrupadas. Em relação às descendentes, o caule é geralmente mais grosso no ápice.
Ascendentes, subindo pelo tronco com o auxílio de raízes
vida têm reprodução vegetativa quando o caule não apoiado encosta no chão emitindo raízes.
Acanthaceae (Ruelia sprucei)Lauraceae (Ocotea boissieriana)
Leguminosae:Papilionoideae (Clitoria)Caesalpinioideae (Senna)
Em geral são plantas herbáceas ou sublenhosas.
Bignoniaceae (Schlegelia - folhas carnosas)Gesneriaceae (Drymonia - folhas carnosas com máculas vermelhas)Melastomataceae (folhas trinervadas)
Folhas simples e opostas Mata-pau
Clusiaceae Moraceae (Ficus, somente algumas espécies) Cecropiaceae
Clusiaceae (látex - venação obscura)
Folhas simples e opostasOutras
AraceaeEricaceae Pteridophyta
Cyclanthaceae (folhas bífidas)
Venação paralela
Moraceae (estípula terminal e látex)Cecropiaceae (estípula terminal e sem látex)Ericaceae (venação palmada e seiva vermelha)Marcgraviaceae (ramos pendentes, venação obscura ou veia marginal ou submarginal presente)
Folhas simples e alternas
Outras
Araceae (com numerosas raízes finas, lenticeladas e em geral aromáticas)
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Folhas simples
LIANAS
FOLHAS ALTERNAS
ConvolvulaceaeAnnonaceae (Annona haematantha)Dichapetalaceae (folhas ásperas)Icacinaceae (Casimirella, Pleurisanthes)Menispermaceae (Telitoxicum)Olacaceae (Cathedra acuminata)Solanaceae (Solanum sendtnerianum)
LIA
NA
S
Venação pinada e sem caracteres dos outros grupos Dichapetalaceae
EuphorbiaceaePassifloraceaeSterculiaceaeVitaceaeCucurbitaceaePolygalaceae (na inserção do pecíolo)
Glândulas no pecíolo ou base da folhaPecíolo com bainha ou ócrea
(ou cicatriz)
Piperaceae
Margem serreadaSterculiaceaeEuphorbiaceaeDilleniaceaePassifloraceaeVitaceae
Com gavinhasCucurbitaceaePassifloraceaeSmilacaceaeVitaceae[Rhamnaceae]
Folhas compostas Folhas pinadasConnaraceaeLeg: Caesalpinioideae (Senna)Leg: Papilionoideae (Derris, Machaerium, Dalbergia)Sapindaceae (Serjania e Paullinia)
Leg: Caesalpinioideae (Bauhinia)
Bilobadas ou unifolioladas
Leg: Mimosoideae (Acacia, Mimosa, Piptadenia, Entada)
Folhas bipinadas
Folhas trifoliadas ou ternadas
Leg: Papilionoideae (Mucuna, Clitoria, Dioclea, Centrosema)VitaceaeSapindaceae (Serjania)Connaraceae
HEMIEPÍFITASFOLHAS COM VENAÇÃO PARALELA (Monocotiledôneas)
Arecaceae (Desmoncus - flagelos com espinhos recurvados)Marantaceae (Ischnosiphon)Cyclanthaceae (folhas bífidas)Cyperaceae (Scleria - folhas finas cortantes)Orchidaceae (Vanilla)
SAMAMBAIAS (PTERIDOPHYTA)L y g o d i u m volubile
Algumas hemiepífitas podem ser confundidas com lianas (ver na página
Algumas lianas quando jovens podem ser reconhecidas como arbustos, como, por exemplo,
algumas espécies de Dilkea (Passifloraceae) e Doliocarpus (Dilleniaceae).
Pulvino ou pecíolo articulado
Rhamnaceae
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Venação palmada ou trinérvia na base
Dioscoreaceae AristolochiaceaeHernandiaceaeCucurbitaceaePassifloraceaeEuphorbiaceae
MenispermaceaeRhamnaceaeSterculiaceae Vitaceae Ericaceae (folhas carnosas)[Olacaceae]
Polygonaceae
DichapetalaceaeMenispermaceae
FOLHAS OPOSTAS
Venação pinada, e sem os caracteres dos outros grupos
Asteraceae (Mikania)Combretaceae (Combretum) HippocrateaceaeMalpighiaceae (poucas)Verbenaceae (Petrea - folhas ásperas)
Loganiaceae (Strychnos - com gavinhas)Melastomataceae (Adelobotrys, Clidemia, Leandra, Tococa)Acanthaceae (Mendoncia)
Venação obviamente palmada ou trinérvia na
base da folha
Folhas simples
Apocynaceae
Folhas com pêlos glandulares (ver com lupa)
Ramos com entrenós distintos e "articulações"
GnetaceaeAcanthaceae
Látex branco nos ramos
AsclepiadaceaeAsteraceae
Apocynaceae
Glândulas na folha ou pecíolo
Malpighiaceae Asclepiadaceae
Estípula interfoliar
Rubiaceae Apocynaceae
Folhas compostas com gavinhaBignoniaceae (maioria)
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Folhas imparipinadas
Às vezes plantas imparipinadas podem ter algumas folhas trifolioladas.
Árvores, arvoretas e arbustosFOLHAS COMPOSTAS
Folhas palmadas
AraliaceaeBombacaceae
Leg: Caesalpinioideae (Hymenaea,Macrolobium, Peltogyne, Bauhinia)Leg: Mimosoideae (Inga)
Verbenaceae (Vitex)Bignoniaceae (Tabebuia)
Folhas bifolioladas e alternas
Folhas alternas
Folhastrifolioladas
FO
LH
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OM
PO
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AS
Folhas opostas
ConnaraceaeLeg: Papilionoideae (Bocoa e algumas Swartzia)Euphorbiaceae (Hevea - látex)Sapindaceae (Allophylus)RutaceaeSimaroubaceae[Cochlospermaceae]
Folhas alternas
Verbenaceae (Vitex)Folhas opostas
Folhas bipinadas
Folhas unifolioladas e alternas
Burseraceae (Protium unifoliolatum)Leg: Papilionoideae (Andira unifoliolata e Ormosia grandiflora)Bombacaceae
Quiinaceae (Touroulia)Leg: Papilionoideae (Taralea, Platymiscium)
Folhas opostas
Folhas opostas
Folhas alternas
Leg: Mimosoideae (maioria)Leg: Caesalpinioideae(Dimorphandra)
Em Zanthoxylum (Rutaceae) e Trichilia (Meliaceae), a organização dos folíolos é muito variável e quase todas as possibilidades ocorrem.
Folhas alternas e paripinadas
MeliaceaeSapindaceaeLeg: Mimosoideae (Inga)
Leg: Caesalpinioideae (maioria)Simaroubaceae (Simaba)Rutaceae (pontos translúcidos na folha)
Atenção
Crescimento indeterminado da folha
Leg: Papilionoideae (Dipteryx)Meliaceae (Guarea)
Leg: Caesalpinioideae (poucas)Leg: Papilionoideae (poucas)Meliaceae (Trichilia)RutaceaeSapindaceaeSimaroubaceae
AnacardiaceaeBurseraceaeConnaraceae (Connarus)Leg: Caesalpinioideae (poucas)Leg: Papilionoideae (maioria)MeliaceaeRutaceaeSabiaceaeSimaroubaceae
Pelo menos o último par de folíolos opostos (ou subopostos)
Todos os folíolos alternos
As frondes são em geral dissectadas, ou parecem folhas multipinadas. Não podem ser confundidas com as
Samambaias (Pteridophyta)
Freqüentemente dividida, parece pinada ou às vezes bífida; não pode ser confundida com
Palmeiras (Arecaceae)
Folhas alternas
Bignoniaceae (Jacaranda)Leg: Mimosoideae (Parkia nitida)
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FO
LH
AS S
IMP
LES E
OP
OST
AS
FOLHAS SIMPLES E OPOSTAS (OU VERTICILADAS)
Margem
Margens serreada ou denteada
Elaeocarpaceae (Sloanea pubescens)Monimiaceae SiparunaceaeQuiinaceaeVerbenaceae (Lantana e Stachytarpheta)Violaceae
MyrtaceaeMemecylaceae ApocynaceaeVochysiaceaeSapotaceae
Veia intra-marginal ou marginal
Domáceas
Tufos de pêlos nas axilas das nervuras secundárias
Melastomataceae (venação trinérvia ou palmada)Rubiaceae (Duroia)
Estruturas abrigando formigas
Euphorbiaceae (Sandwithia)
Monimiaceae e SiparunaceaeLauraceae (poucas espécies)Verbenaceae (Lantana) Myrtaceae
Odor forte Outras
Verbenaceae (Aegiphila)Violaceae (poucas)Memecylaceae
Melastomataceae
Venação "tipo Clusia"
ClusiaceaeVochysiaceaeMyrtaceaeMemecylaceae
Venação
Venação palmada
Estípulas interpeciolares
Estípulas intrapeciolares
Estípulas(ou cicatrizes)
Loganiaceae (Potalia)Rubiaceae Quiinaceae RhizophoraceaeViolaceae (caducas)
Malpighiaceae (Byrsonima)Rubiaceae (Capirona)ViolaceaeVochysiaceae
Pecíolo espessado na base e/ou no ápice
ElaeocarpaceaeEuphorbiaceae (Sandwithia guianensis)Violaceae
Pontuações na lâmina Glândulas na axila da folha, no pecíolo ou na base da lâmina
Glândulas
VochysiaceaeMalpighiaceae (Glandonia)
Myrtaceae (translúcidas)Clusiaceae (Vismia, látex alaranjado)Monimiaceae e Siparunaceae
Folhas alternas e opostas no mesmo ramo Rubiaceae
QuiinaceaeRhizophoraceaeApocynaceae (látex)Sapotaceae (látex)VerbenaceaeProteaceae (sub-verticiladas)
ElaeocarpaceaeLauraceae (Aiouea e Licaria)
Folhas verticiladas
LátexApocynaceae (maioria das espécies)Clusiaceae Sapotaceae (maioria)Nyctaginaceae
Folhas opostasalternadas com folhas
verticiladas
Folhas ásperas
Verbenaceae (Petrea)Monimiaceae
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90 91FOLHAS SIMPLES E ALTERNAS
Com exsudatos
Espinhos ou acúleos no tronco ou ramo
EuphorbiaceaeChrysobalanaceaeCombretaceaeRosaceaeEbenaceae (base)
Pontuações na lâmina da folha
LauraceaeCombretaceae Euphorbiaceae (Micrandra siphonioides)AnnonaceaeAnacardiaceaeTiliaceae (Apeiba)
Domáceas
Myristicaceae (maioria)Chrysobalanaceae (algumas)EuphorbiaceaeApocynaceae (Aspidosperma nos ramos)Myrsinaceae (nos ramos)
Exsudação em geral branca (amarelada ou café-com-leite)
Glândulas
FO
LH
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IMP
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ALT
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S
Exudato vermelho
Um par de glândulas na lâmina ou veia central
ChrysobalanaceaeEuphorbiaceaeEbenaceae
ChrysobalanaceaeCombretaceaeEuphorbiaceae (Mabea)HugoniaceaeHumiriaceae
No pecíolo ou na base da lâmina
Flacourtiaceae (contra a luz)Myrsinaceae RutaceaeTheaceaeSapotaceae (Pouteria rostrata)RhabdodendraceaeAquifoliaceae
SolanaceaeFlacourtiaceae (Xylosma)
Cavidade ou tufos de pêlos na axila das nervuras secundárias
Estruturas abrigando formigas
Chrysobalanaceae (base da folha)Boraginaceae (ramo)Combretaceae (ramo)Cecropiaceae (tronco)
LauraceaeAnacardiaceaeAnnonaceaeIcacinaceaeMyristicaceae (Virola mollissima)Piperaceae (arbustos)SapotaceaeViolaceae
Odor forte
Moraceae Sapotaceae Euphorbiaceae Anacardiaceae
Clusiaceae (Caraipa)Olacaceae (pouco nas folhas)M y r i s t i c a c e a e (Osteophloeum)
Bombacaceae (unifoliolada)Elaeocarpaceae (todas)Euphorbiaceae Sterculiaceae (Sterculia)TiliaceaeTheophrastaceaeOlacaceae (Minquartia)HugoniaceaeHumiriaceaeMenispermaceae (lianas)Flacourtiaceae (Carpotroche)Sabiaceae (Meliosma)
Pecíolo engrossado no ápice e/ou na base
Espalhadas na lâmina
Folhas alternas e verticiladas na mesma planta
CombretaceaeNyctaginaceae
Folhas ásperas
CapparaceaeMoraceaeBoraginaceae (algumas espécies)
AnnonaceaeLecythidaceaeThymelaeaceae
Casca com envira
Sapotaceae
Folhas agrupadas no ápice dos ramos
LauraceaeCombretaceaeSapotaceae (Manilkara - folhas espiraladas)TheaceaeViolaceae
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Persistentes e bem evidentes
Caducas ou pouco evidentes
Tricomas estrelados ou escamas
ChrysobalanaceaeDichapetalaceaeEuphorbiaceaeFlacourtiaceaeLacistemataceae
HumiriaceaeHugoniaceae (Roucheria)Ochnaceae (secundárias arqueadas, não tocam a margem)OpiliaceaeSapotaceae (Micropholis)
FO
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AS S
IMP
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ALT
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NA
S
Estípulas (ou cicatrizes)
Venação "tipo Clusia"
Venação
Venação palmada ou trinérvia
AraliaceaeBombacaceaeEuphorbiaceaeMenispermaceaePeridiscaceaeAnisophyllaceae (curvinérvia)
SterculiaceaeTiliaceaeUlmaceaeUrticaceaeLauraceae[Olacaceae]
AnnonaceaeEuphorbiaceaeMyristicaceaeSolanaceae
Icacinaceae Styracaceae BombacaceaeSterculiaceae
Galhos verticilados ehorizontais, folhas dísticas
MyristicaceaeAnnonaceaeFlacourtiaceaeLauraceaeEuphorbiaceae (Mabea)
OutrasLauraceaeAquifoliaceaeBoraginaceaeCelastraceaeChrysobalanaceaeDichapetalaceaeDuckeodendraceaeEbenaceaeEuphorbiaceae
FlacourtiaceaeHumiriaceaeIcacinaceaeOlacaceaeSolanaceaeViolaceaeLecythidaceaeAnnonaceaeThymelaeaceae
ElaeocarpaceaeEuphorbiaceaeFlacourtiaceae (terciárias pecurrentes-perpendiculares)Celastraceae (Goupia glabra)HugoniaceaeHumiriaceae LacistemataceaeLecythidaceae
Margens serreadas, denteadas ou crenadas
OchnaceaeSabiaceae (Meliosma)TheaceaeTheophrastaceaeTiliaceae (Lueheopsis rosea)ViolaceaeMoraceae (2 espécies)Sterculiaceae (Theobroma)Ulmaceae
Face inferior da folha dourada ou prateada
LauraceaeEuphorbiaceae (Pera)
Folhas lobadas
AraliaceaeCecropiaceaeSolanaceae
Face inferior com cera
esbranquiçada
LauraceaeEuphorbiaceae ChrysobalanaceaeOlacaceaeStyracaceaeIcacinaceae
Piperaceae (base do pecíolo formando uma bainha)
Ócrea
Estípula terminal
MoraceaeCecropiaceae
ErythroxylaceaeSapotaceae (Ecclinusa, Chromolucuma)Chrysobalanaceae (no ápice dos ramos)Euphorbiaceae (Conceveiba martiana)
CelastraceaeRhadbodendraceaeViolaceaeUlmaceae
Nervuras secundárias retas, intercaladas por intersecundárias bem desenvolvidas
LecythidaceaeHugoniaceaeSapotaceae (Manilkara)Apocynaceae (Aspidosperma)
Nervura marginal ou intramarginal
Apocynaceae (Aspidosperma)Hugoniaceae (Roucheria)Rhabdodendraceae
Euphorbiaceae (Amanoa)Celastraceae (Maytenus)
Nervuras terciárias percurrentes-perpendiculares
FlacourtiaceaeCelastraceaeLacistemataceaeLauraceae
IcacinaceaeOlacaceae (Minquartia)M y r i s t i c a c e a e
Ramos em ziguezagueAnnonaceaeCelastraceaeFlacourtiaceaeIcacinaceaePiperaceae
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92 93Famílias difíceis com folhas simplesFA
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Existem várias famílias de árvores com folhas simples e alternas, que não têm caraterísticas marcantes e que não podem ser identificadas com facilidade. Às vezes é possível reconhecer uma espécie ou um gênero numa dessas famílias, mas as demais espécies, ou os demais gêneros, são de difícil identificação. Esses últimos taxa podem não ter as características normalmente utilizadas na identificação no nível de família. Assim, para identificá-las
é necessário conhecer o "jeitão" particular de cada uma. Para isso, é muito importante explorar ao máximo os caracteres no campo. Nesta página apresentamos algumas dicas, que são traduções resumidas do "jeitão" individual de algumas famílias. Botânicos costumam sugerir, que quando não souber a família de uma planta, tente primeiro Euphorbiaceae ou Flacourtiaceae, tal a variação morfológica que apresentam.
Tem pecíolo em geral cilíndrico e robusto, completamente coberto por pêlos, que em plantas adultas apresentam uma cicatriz no ápice, indicando a posição onde nascem as flores, uma exceção que caracteriza a família.
Dichapetalaceae
As glândulas podem ser muito difíceis de ver ou às vezes são completamente ausentes. As estípulas são em geral caducas, embora possam, na maioria das vezes, serem observadas no ápice dos ramos. Muitas espécies têm ramos lenticelados. Folhas com indumento branco e denso na face inferior, removível com os dedos, é uma característica de muitas espécies. A casca interna é quase sempre avermelhada e tem textura arenosa.
Chrysobalanaceae
Goupia glabra é fácil de identificar pelas folhas assimétricas, com nervuras secundárias fortemente ascendentes e terciárias perpendiculares à central. As folhas ficam enegrecidas quando secas. O gênero Maytenus não apresenta essas características. Neste, o ápice do ramo é verde e anguloso e a base da folha é decurrente no pecíolo. Confunde com Humiriaceae e Olacaceae.
Celastraceae
Aquifoliaceae
Confunde em geral com Annonaceae. As espécies têm, em geral, uma fina camada de casca negra entre a casca morta e a casca viva, que pode estar presente em Annonaceae, mas a casca não tem envira. Os ramos são, em geral, verticilados e horizontais com folhas dísticas. As folhas são, às vezes, completamente cobertas por indumento denso, ou apresentam pontuações escuras na face inferior.
Ebenaceae
A folha tem venação e forma muito distintas das demais grandes árvores da floresta. Com a prática pode-se rapidamente reconhecer a única espécie. O tronco é também típico, acanalado ou com sapopemas altas e curtas na base, com ritidoma fissurado e escuro.
Duckeodendraceae
Família vegetativamente muito variável. Algumas espécies têm látex, outras glândulas, outras pêlos estrelados, outras, ainda, venação palmada. Algumas, no entanto, não possuem esses caracteres e são mais difíceis de reconhecer vegetativamente. As espécies de Amanoa, por exemplo, são caracterizadas pelas folhas elípticas de margem inteira, coriáceas com margem espessada e pecíolo curto. Apresentam venação intersecundária bem evidente, mas podem ser confundidas com outras famílias, como Lecythidaceae, que também apresenta intersecundárias bem desenvolvidas, mas a margem da folha é geralmente serrilhada. A presença de folhas com pecíolos de tamanhos muito diferentes no mesmo ramo e com ápice dilatado, permite reconhecer gêneros como Senefeldera, Nealchornea e Anomalocalyx. Na maioria das espécies, as estípulas são muito pequenas e pouco evidentes, ou são caducas e não deixam uma cicatriz muito conspícua.
Euphorbiaceae
A única espécie encontrada apresenta a venação obscura, característica da família, com as veias imersas na lâmina e visíveis como linhas mais escuras. A venação é broquidódroma e apresenta pontuações escuras na lâmina. As folhas são pequenas e quando secas ficam enegrecidas. A casca interna é clara e tem textura arenosa. No entanto, ao contrário das demais espécies de Ilex, a margem da folha não é serreada e a planta não é um arbusto ou arvoreta, mas uma árvore de dossel.
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As espécies de Rinorea com folhas opostas e margem serreada e com estípulas, ou cicatrizes de estípulas, são fáceis de reconhecer pela combinação desses caracteres. As espécies com folhas alternas e margem serrilhada confundem principalmente com Flacourtiaceae e não podem ser reconhecidas com facilidade. As demais, com folhas alternas e margem inteira não têm nenhum caractere óbvio e podem ser confundidas com diversas famílias. A presença de caulifloria ou de cicatrizes de caulifloria ajuda a reconhecer Leonia glycycarpa. Os ramos têm crescimento por substituição, ou seja, cada unidade de crescimento inicia a partir de uma gema lateral, depois que a gema apical foi abortada, ou se diferenciou em uma inflorescência terminal. Nós distintos com cicatrizes podem caracterizar a família.
Violaceae
Assim como Euphorbiaceae, Flacourtiaceae é uma família heterogênea. As estípulas são pequenas e caducas e não deixam cicatriz bem evidente. A combinação de folhas de margem serreadas e venação terciária percurrente-perpendicular permite reconhecer gêneros com Casearia, Laetia, Xylosma (tem espinhos) e Ryania. Os arbustos e arvoretas de sub-bosque desses gêneros têm em geral folhas dísticas em ramos horizontais, num tronco único. Além disso as folhas são minutamente pontuadas (ver contra a luz), ausentes em algumas espécies, mas presentes nas de Casearia que apresentam margem inteira. Carpotroche não tem pontuações, as folhas são cartáceas, de margem serrilhada e o pecíolo é dilatado no ápice.
Flacourtiaceae
Vegetativamente semelhante à Flacourtiaceae, com margem serrilhada ou denticulada e folhas cartáceas. As estípulas são caducas, mas deixam cicatrizes bem evidentes.
Lacistemataceae
As espécies arbóreas têm veias terciárias perpendiculares à central e paralelas entre si, como Flacourtiaceae, mas a margem da folha é inteira. As folhas são coriáceas e de base obtusa, com pecíolo fortemente canaliculado, que continua com a nervura central impressa na face superior. Dendrobangia tem escamas como Euphorbiaceae e pode confundir com espécies de Pera. Emmotum e Poraqueiba têm folhas em geral discolores, que no primeiro são formente seríceas na face inferior.
Icacinaceae
As espécies de margem serrilhada não são difíceis de reconhecer. Além da margem, a venação é completamente broquidódroma, a base da folha é cuneada e decurrente num pecíolo curto de base dilatada. Vantanea e Humiria não apresentam margem serreada, mas os outros caracteres estão presentes. O tronco é muito característico, principalmente quanto à textura da casca interna, que é constituída de fibras grossas, rígidas e soltas.
Humiriaceae
As duas espécies têm nervuras secundárias e intersecundárias +/- perpendiculares à central e retas, unindo-se na margem por uma veia submarginal. Em Roucheria essas nervuras são muito próximas formando a venação do "tipo Clusia", e tem a margem da folha crenada. A base da folha é decurrente no pecíolo, que é curto e dilatado na base. Em função disso pode confundir com Humiriaceae.
Hugoniaceae
Trema micrantha é fácil de reconhecer pelo tronco lenticelado, liso, folhas dísticas de margem serrilhada. Pode confundir com Flacourtiaceae. Ampelocera não têm margem serrilhada e pode ser diferenciada de outras famílias pela base sempre assimétrica das folhas.
Ulmaceae
O gênero Meliosma, que tem folhas simples, é difícil identificar. Parece com Sapotaceae mas não tem látex. A folha é espatulada com pecíolo curto e engrossado na base.
Sabiaceae
Praticamente impossível de separar vegetativamente de Olacaceae, da qual distingüe-se pela venação eucampdódroma.
Opiliaceae
Minquartia guianensis é fácil de reconhecer pelo tronco fenestrado. Os demais gêneros são mais difíceis e podem ser confundidos com outras famílias. Heisteria costuma ter látex nas folhas, mas é escasso e em geral pouco evidente, e o pecíolo é curvado. Dulacia e Pthychopetalum têm folhas esbranquiçadas na face inferior. Confunde com Opiliaceae e Aquifoliaceae.
Olacaceae
Pelas folhas é confundida com diversas outras famílias de folhas alternas. A presença de envira na casca é diagnóstico, porque é quase impossível romper os ramos ou a casca do tronco (muito mais forte que em Lecythidaceae e Annonaceae). Tem odor ruim no corte do tronco.
Thymelaeaceae
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A intenção deste guia rápido é chamar atenção aos caracteres que tornam possível reconhecer rapidamente um táxon. Caracteres detalhados ou difíceis de interpretação não estão incluídos. Deve ser usado na busca de espécies que apresentem um caractere relativamente raro. Não utilizá-lo, por exemplo, para buscar espécies arbóreas, ou com folhas simples, ou com folhas alternas.
Na tabela da página ao lado, cada linha corresponde a um caractere, ou a um conjunto de caracteres. Em cada linha as colunas correspondem aos estados de caracter. O estado mais freqüente entre as plantas na Reserva tem fundo branco, os mais raros têm fundo colorido. A presença de um desses caracteres mais raros em uma espécie ou grupo de espécies é indicada com a cor correspondente na margem externa das páginas ímpares de cada família. Por exemplo, as hemiepífitas, um hábito restrito a poucas espécies na Reserva, podem ser rapidamente localizadas. Para isso, deve-se procurar folheando a margem do livro, uma caixa bege na posição da primeira linha da tabela ao lado. O tamanho da marcação corresponde ao número de espécies que na página apresentam a característica selecionada. Assim, se apenas uma ou poucas espécies apresentam a característica, então a marcação tem a metade ou um quarto do tamanho total. Se na mesma página ocorrem dois ou mais estados do mesmo caractere, a marcação é dividida nas cores correspondentes a cada um.
Recomendamos não utilizar esse guia para excluir os diagramas de identificação, porque estão marcadas apenas as espécies ou grupos de espécies onde o caractere chama mais atenção. Por exemplo, na linha de lenticelas, estão indicadas as espécies ou famílias onde esses padrões são mais destacados. Se a marcação for branca não significa necessariamente que todas as espécies na página não têm lenticelas, e, da mesma forma, que todas as páginas com espécies, onde lenticelas estão presentes, sejam etiquetadas.
Os estados dos caracteres estão indicados não seguindo definições botânicas exatas. A presença de pontuações na lâmina, por exemplo, é indicada para qualquer
exemplo que possa ser entendido como pontuação. Da mesma forma, margem serreada inclui todas as possibilidades de margem não inteira (crenada, denteada etc.). Algumas vezes, quando for possível confundir-se com um caractere, a marcação é feita com uma cor menos forte. Por exemplo, as páginas com espécies onde pseudoestípulas ocorrem são marcadas com uma caixinha azul claro na posição que corresponde as estípulas.
As marcações referem-se a todas as espécies do par de páginas, e aparecem somente quando o caractere é também indicado no texto diagnóstico de cada espécie. As caixinhas não aparecem nas páginas introdutórias de cada família. Se uma família começa numa página ímpar, as caixinhas na margem dessa página inicial referem-se apenas as espécies da página precedente. Esse guia é apenas para espécies, não para famílias.
Esta chave de busca rápida é experimental e não poderia ter sido testada antes da montagem do livro. Marcações adicionais podem ser feitas pelo próprio usuário, uma vez que "marcante" ou "que chama atenção" são conceitos subjetivos.
Guia rápido
Liana
Folhas opostas
Folhas ternadas
Estípula interpeciolar
Nectários extraflorais
Gavinhas
GU
IA R
ÁP
IDO
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marcas de olhos
da família
oxidação rápida
Hábito arbusto liana erva epifíta hemiepífitaárvore
Ambiente alteradas aquático campinafloresta
Folhas bi/trifoliadas pinadas bipinadas ternadas palmadassimples
Margens lobadas serradas bífidasinteiras
Venação palmada paralela "tipo clusia" ausente escalariformepinada
Estípulas interpeciolar intrapeciolar terminal ócreaausentes
Tronco acanalado fenestradocircular
Sapopemas tabulares escorasraiz
adventíciaraiz
superficialpequenas/ ausentes
Exsudatos branco amarelo vermelho marromausente
agradávelCheiro resina ruim esquisitafraco
Ritidoma liso fissurado depressõesrugoso
Desprendimento lâminasplacas
grandesreticuladoausente
placas pequenas
Lenticelas dispersas horizontais verticais hoopmarkspoucas/ausentes
Glândulas nectários pontuaçõesausentes
ausentesArmamentos espinhos gavinhas pêlos urticantes
Formigas domácea ramos ocos jardim de formiga
ausentes
pulvino/pulvínuloMiscelânea saprófitas folhas
ásperastufos de
pêlos axilares
Caractere Estados menos freqüenteComum
Filotaxia opostas verticiladasalternas
suberoso
estipélas
outra associação
vermelho
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