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PLANO PLURIANUAL Ano Letivo 2017-2018

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PLANO PLURIANUAL

Ano Letivo 2017-2018

Lar D. Pedro V – Avenida Central, nº 144 – 4710-229 Braga Telef. 253 200 640 - Fax: 253 200 641– E-mail: [email protected] – N.I.F. n.º 500 746 907 2

Índice

Introdução .................................................................................................................................................. 3

1 Caracterização do Contexto Educativo .............................................................................................. 6

2 Recursos Humanos ............................................................................................................................. 7

3 Recursos Físicos ................................................................................................................................ 10

4 Horário de funcionamento do estabelecimento de educação e ensino .......................................... 12

5 Cargas Curriculares ........................................................................................................................... 13

6 Temática do Plano Plurianual ........................................................................................................... 16

6.1 Comportamentos Emergentes de Leitura e Escrita ................................................................. 19

6.2 Papel do Educador ................................................................................................................... 21

7 Competências Gerais ........................................................................................................................ 25

7.1 Pré-Escolar ................................................................................................................................ 25

7.2 1º Ciclo ..................................................................................................................................... 38

8 Comunicação e Divulgação do Plano ............................................................................................... 54

9 Avaliação .......................................................................................................................................... 55

10 Bibliografia ................................................................................................................................... 57

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Introdução

O Plano Plurianual do Lar D. Pedro V é o culminar de um trabalho de investigação e análise, na

construção de um suporte de coerência profissional. Assim, a construção articulada do saber

implica que as diferentes áreas a contemplar não possam ser vistas como compartimentos

estanques, mas antes abordadas de uma forma globalizante e integrada.

No presente Projeto Plurianual pretende-se expressar as intenções educativas e a forma como

vão ser executadas, programando conteúdos, objetivos e atividades num quadro de

flexibilidade curricular que atenda à especificidade do contexto e aos interesses e necessidades

das crianças.

O conceito de Projeto Plurianual assenta na ideia do currículo como um todo integrado (Zabalza,

1992), em que as diversas atividades realizadas na escola adquirem um sentido global, pois

atendem a uma intencionalidade formativa comum e, ao mesmo tempo, respondem às

necessidades reais da comunidade escolar. Assim, os projetos curriculares sustentam-se

necessariamente no Projeto Educativo de Escola, sendo através dele que este adquire rosto e

visibilidade nos processos práticos de aprendizagem e socialização cultural, características da

Acão educativa. Como afirma J. M. Bonafé (1991), os projetos curriculares são um espaço

importante, quer de reflexão e discussão sobre os problemas educativos fundamentais (que

cultura e que saber, para que escola, em que sociedade), quer de tomada de decisões

pedagógico – didáticas para melhorar as práticas educativas.

Através da comunicação, os seres humanos são capazes de transmitir os seus pensamentos e

sentimentos e captar informação emitida por outros. Isto é, através da comunicação, o indivíduo

estabelece contacto com o meio em que vive.

Desde o seu nascimento, vai experimentando diferentes formas de comunicação que lhe permitem,

progressivamente, ter acesso a conteúdos cada vez mais complexos, e transmitir os seus estados, desejos

e conhecimentos através de novas formas de representação. Neste processo a sua relação com o meio

enriquece-o e aprofunda-se.

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No Jardim de Infância cabe um importante papel neste processo, ampliando e diversificando as

experiências da criança e promovendo intercâmbios comunicativos com outras crianças e com os

adultos.

A escola é o lugar por excelência onde o aluno inicia a sua competência escrita, logo há a necessidade de

práticas sistemáticas, programadas e orientadas para os objetivos da aquisição e consolidação da

capacidade de uso da escrita da língua (Fonseca, 1992, p. 227).

Na perspetiva do D. E. B (Departamento da Educação Básica, 1997, p. 29/30) a expressão escrita é uma

via poderosa de comunicação e aprendizagem que " requer estratégias precisas, diversas e sofisticadas".

O seu ensino, na escola, deve garantir aos alunos a aprendizagem de técnicas e estratégias básicas, assim

como o domínio das variáveis essenciais.

Quando inicia a escolarização a criança já possui fluência no uso da Língua Materna, já possui,

nomeadamente, competência linguística suficiente para as suas necessidades comunicativas.

Reconhece-se a Língua Materna como elemento mediador que permite a nossa identificação, a

comunicação com os outros e a descoberta e compreensão do mundo que nos rodeia.

Compete à escola, na emissão de ensinar saberes e saber - fazer sobre a língua, proporcionar aos alunos

o acesso às potencialidades da linguagem escrita, que, como salienta Castro (1995), além da área de

prossecução de objetivos, é o meio de avaliação das diversas disciplinas.

A leitura e a escrita constituem um domínio fundamental da aprendizagem da Língua Materna, para que

se realize esse acesso "ao conhecimento, à criação e à fruição" e para fomentar a participação social.

Áreas de aprendizagem, como, ouvir, falar, ler, escrever e compreensão do funcionamento da língua,

visa o ensino - aprendizagem da Língua Materna como instrumento de comunicação, de posicionamento

no mundo e de afirmação pessoal.

A aprendizagem da escrita contribui para uma descoberta da língua para a sua prática, organização e

desenvolvimento do pensamento. Permite ler melhor, e aprender mais, o que leva também a uma

autoestima e confiança mais elevada.

A condução do processo ensino - aprendizagem cabe a todos os atores educativos e não se limita à mera

execução, mas essencialmente à decisão e organização. A gestão curricular torna-se responsabilidade da

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escola, da turma, do professor e de todos os parceiros educativos, designadamente no envolvimento

empenhado e ativo dos pais e encarregados de educação.

Com este projeto a escola pretende fundamentalmente:

> Reforçar a autonomia curricular.

> Operacionalizar o currículo nacional de acordo com as orientações definidas no PE.

> Contribuir para a valorização da convivência, desde cedo com a literatura.

> Proporcionar ambientes de aprendizagens que favoreçam a integração de saberes.

> Conferir qualidade de ensino, mobilizar recursos indispensáveis à formação integral das crianças.

O sucesso da implementação deste projeto depende de um trabalho colaborativo entre os professores,

entre toda a comunidade educativa e entre os encarregados de educação.

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1 Caracterização do Contexto Educativo A caracterização que se expõe de seguida é uma breve síntese daquela que foi apresentada no

projeto educativo. Enquanto no projeto educativo se optou por uma

caracterização detalhada e exaustiva do meio que envolve o jardim-de-

infância do Lar D. Pedro V., no presente plano as linhas de orientação

vão fundamentalmente de encontro à ação pedagógica e curricular

que se pretende.

O Lar D. Pedro V é uma Instituição Particular de Solidariedade Social

(IPSS), situada na cidade de Braga, capital de distrito, na Avenida

Central, número cento e quarenta e quatro, freguesia de S. Lázaro, que reveste a forma de

associação de solidariedade social.

A instituição encontra-se instalada no centro da cidade, local este privilegiado pelo acesso ao

comércio tradicional e a uma variedade de serviços estatais, como a saúde, a educação e a

administração pública que caracterizam a cidade.

A indústria, apesar de se situar mais na periferia ou arredores de Braga, tem-se desenvolvido

de forma a manifestar-se como um dos indicadores importantes da qualidade de vida em Braga.

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2 Recursos Humanos CARACTERIZAÇÃO DO CORPO DOCENTE (dados relativos ao ano letivo 2017/2018).

Existe uma equipa docente competente e estável, em que as funções de cada elemento se

encaixam na perfeição ao seu perfil, é essencial para que a motivação de docentes e alunos

surja de forma natural.

No Pré-Escolar existem 4 Docentes, todas pertencentes ao quadro de funcionárias. Em relação

ao corpo não docente, este é constituído por 4 auxiliares da ação educativa, distribuídas pelas

quatro salas de atividade e uma auxiliar de apoio às atividades realizadas nas salas e responsável

também pela manutenção do dormitório.

No 1º Ciclo existe quatro docentes e três auxiliares, ambas pertencentes ao quadro de

funcionárias.

Tabela 1 – Caracterização do corpo docente e não docente

C

OR

PO

DO

CEN

TE

Dir

eto

ra

Pe

dag

ógi

ca

Pré- Escolar

Dra. Alcina Silva

Primeiro Ciclo

Dra. Alcina Silva

P

ré-E

sco

lar

Dr.ª Cristina

Antunes

Sala 1

Dr.ª Maria José

Soares

Sala 2

Dr.ª Corina Lopes Sala 3

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Dr.ª Alexandra

Brandão

Sala 4

P

rim

eiro

Cic

lo

Drª Leonor Soares

Dra. Madalena

Rodrigues

Dr.ª Juliana Veiga

Drª Adriana

Moreira

2º Ano

4º ano

3º Ano

1º ano

Act

ivid

ades

de

Enri

qu

ecim

ento

Cu

rric

ula

r

Drª Joana Teixeira

Dr. Rui Lemos

Drª Fabíola

CO

RP

O N

ÃO

DO

CEN

TE

Pré

-Esc

ola

r

Sameiro Ferreira

Ivone Cunha

Conceição Pereira

Dormitório e

acolhimento /

entrega

Cátia Pinto Sala 1

Elvira da Luz

Raimundo

Sala 2

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Cátia Silva Sala 3

Helena Coelho Sala 4

Pri

mei

ro C

iclo

A.T

.L

Lucinda 1º Ano

Mónica Ferreira ATL

Sílvia ATL

Atividades extracurriculares

Karaté Prof. Cláudio

Ballet Drª Gabriela

Dança a Brincar Dra. Bárbara

Yoga Dra. Bárbara

Percussão Prof. Mário

Cavaquinho Prof. Francisco

Natação Ginásio Gym

Tonico

Escola de Futebol D. Pedro V Dr. Rui Lemos

Piano Prof. Ana Maria

Prof. Marta

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ALUNOS (dados relativos ao ano escolar 2017/2018)

A população escolar discente é composta por 188 alunos, distribuídos pelos dois níveis de

escolaridade, de acordo com a tabela.

Tabela- População escolar discente

Pré-escolar 1º Ciclo

100 88

3 Recursos Físicos

Numa descrição sumária, podemos dizer que existem os seguintes espaços do ensino básico:

Jardim de Infância:

a) Quatro salas equipadas com material pedagógico diversificado e apropriado para as diferentes

idades;

b) Três instalações sanitárias;

c) Ginásio (comum aos alunos do Ensino Básico);

d) Uma Biblioteca Escolar (comum aos alunos do Ensino Básico);

f) Duas áreas ao ar livre sendo uma equipada com brinquedos vários e outra um recinto livre para exercício

de jogos tradicionais e/ou criativos;

g) Um refeitório com 135 lugares

h) Uma sala de convívio.

1º ciclo:

a) Quatro salas de aula polivalentes (distribuídas pelo edifício principal, que possui elevador);

b) Uma sala equipada para Educação Visual e Tecnológica;

c) Duas salas para o uso exclusivo dos Professores, com W.C. privativos;

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d) Uma área de recreio ao ar livre;

e) Um terraço de uso livre;

f) Uma área de recreio no interior;

g) Um refeitório com 135 lugares.

h) Uma sala de convívio.

i) Uma Biblioteca Escolar (comum aos alunos do Ensino Básico);

J) Ginásio (comum aos alunos do Ensino Básico);

Para que as crianças usufruam de todos os meios pedagógicos hoje disponíveis, dispomos de:

a) Todo o material didático requerido pelas disciplinas mais específicas; b) Televisores e vídeos; c) Projetores (acetatos; "slides"; etc.); d) Quadros Interativos; e) Aparelhagens de som de alta-fidelidade; f) Um amplificador de som; g) Computadores pessoais.

O corpo docente faz regularmente o diagnóstico do material eventualmente necessário e apresenta a sua

solicitação à direção que decide acerca da sua oportuna aquisição. Mais do que preocupado com "o

indispensável", o nosso Colégio procura manter-se na vanguarda, adquirindo, sempre que possível, tudo o

que possa contribuir de forma real para o sucesso escolar dos seus alunos: livros, jogos didáticos, cassetes

de vídeo, discos compactos, discos de vídeo, etc.

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4 Horário de funcionamento do estabelecimento de educação e ensino

EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR:

Em relação à educação pré-escolar o horário de funcionamento é o seguinte:

Das 8hOO às 18hOO (horário normal)

Das 18hOO às 19hOO (prolongamento de horário)

PRIMEIRO CICLO:

No que concerne o 1° CEB, a escola tem o seguinte horário:

Das 9hOO às 17h30 (horário normal) às Segundas e Quintas, sendo o término nos restantes dias às 16h30

Das 16h30 ou 17h30 (consoante os dias da semana) às 19hOO (prolongamento de horário)

No que se refere à componente educativa do pré-escolar, esta funciona das 9h às 12h e das 14h

às 16h. O Primeiro Ciclo funciona das 9h às 12:15h e das 14:00h às 17:30h, sendo que cada uma

das Docentes estabeleceu uma hora de atendimento aos pais fora deste horário.

Relativamente à componente de apoio à família do Pré-Escolar, esta é assegurada pelas

auxiliares de ação educativa em regime de rotatividade. Esta componente funciona com o

seguinte horário: das 8h às 9h; das 12h às 14h e das 16h às 18h, havendo prolongamento de

horário até às 19h. A organização da componente social é da responsabilidade da equipa

pedagógica, da qual fazem parte as Docentes, assim como, a diretora pedagógica. Desta forma,

o papel desta equipa é o de orientação e coordenação da componente de apoio à família e nas

formas como se articula com a componente curricular. Na verdade, temos de pensar na

componente socioeducativa para que, com a orientação/coordenação correta, todo o tempo

que a criança passe na instituição tenha qualidade educativa e qualidade de atendimento.

Organizar esta componente deve merecer uma cuidadosa reflexão, tendo como condição mais

importante garantir um atendimento de qualidade, que deve proporcionar atividades

diversificadas e diferentes das realizadas no horário letivo de funcionamento.

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5 Cargas Curriculares

No respeito pelos limites constantes curriculares a que se refere o n.° 1, do art.° 5°, do Decreto-Lei n.°

6/2001, de 18 de Janeiro, as cargas horárias a atribuir às diversas componentes do currículo da educação

pré-escolar e do 1° ciclo do ensino básico são indicadas no plano curricular.

A reorganização curricular trazida pelo D.L. 6/2001 (alterado pelo D.L. 209/2002) contempla

diversos aspetos inovadores que convirá destacar. Um deles é a presença em todos os ciclos e

com um carácter transversal da educação para a cidadania e da utilização das tecnologias da

informação e da comunicação.

A educação para a cidadania é uma componente do currículo de natureza transversal, em

todos os ciclos. O seu objetivo central é o de contribuir para a construção da identidade e o

desenvolvimento da consciência cívica dos alunos. Esta componente curricular não é da

responsabilidade de um professor ou de uma disciplina, atravessando todos os saberes e

passando por todas as situações vividas na escola.

A utilização das tecnologias da informação e da comunicação integra também o currículo em

todos os ciclos, assumindo igualmente uma natureza transversal.

As áreas curriculares disciplinares mantêm-se, criando-se, isso sim, três novas áreas curriculares

não disciplinares, no 1º Ciclo:

O Estudo Acompanhado visa essencialmente promover a apropriação, pelos alunos, de

métodos de estudo, de trabalho e de organização, assim como o desenvolvimento de atitudes

e capacidades que favoreçam uma crescente autonomia na realização das suas próprias

aprendizagens. Trata-se de desenvolver a capacidade de aprender a aprender, de acordo com

o pressuposto de que aprender, por exemplo, a consultar diversas fontes de informação, a

elaborar sínteses ou a organizar trabalhos originais constitui um objetivo a assumir

explicitamente pela escola e em correspondência com tarefas que nela se realizam.

A Área de Projeto tem o objetivo central de envolver os alunos na conceção, realização e

avaliação de projetos, permitindo-lhe articular saberes de diversas áreas curriculares em torno

de problemas ou temas de pesquisa.

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A Formação Cívica é um espaço privilegiado para o desenvolvimento da educação para a

cidadania, constituindo um espaço de diálogo e reflexão sobre experiências vividas e

preocupações sentidas pelos alunos e sobre questões relativas à sua participação na vida da

turma, da escola e da comunidade.

O início e o término do ano letivo são definidos pelo despacho próprio.

Componentes do currículo:

Edu

caçã

o P

ara

a C

idad

ania

Áreas curriculares disciplinares:

Língua Portuguesa

Matemática

Estudo do Meio

Expressões:

- artísticas

- físico-motoras

Áreas curriculares nãos disciplinares: (a)

Área de Projeto

Estudo Acompanhado

Formação Cívica

Total: 25 horas

Atividades de Enriquecimento

(a) Estas áreas devem ser desenvolvidas em articulação entre si e com as áreas disciplinares,

incluindo uma componente de trabalho dos alunos com as tecnologias da informação e da

comunicação e constar explicitamente do Plano de Atividades de turma.

(b) Atividades de carácter facultativo, nos termos do artigo 9º, incluindo a iniciação a uma língua

estrangeira – Inglês, nos termos do nº 1 do artigo 7º.

O trabalho a desenvolver pelos alunos integrará, obrigatoriamente, atividades experimentais e

atividades de pesquisa adequadas à natureza das diferentes áreas, nomeadamente no ensino

das ciências.

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Os horários são divididos em blocos de 45 minutos para todos os alunos do Ensino Básico. As

atividades de carácter mais lúdico são distribuídas pelos dias da semana, de preferência nos

últimos blocos da manhã ou da tarde, altura em que o trabalho escolar tem menor

produtividade. De acordo com a filosofia do despacho do Ministério da Educação relativamente

à gestão curricular do 1º Ciclo do Ensino Básico, foram estabelecidos tempos mínimos para a

lecionação do programa. Cada Professora definirá a sua planificação semanal, estando obrigada

a sumariar todas as atividades desenvolvidas e a cumprir a seguinte tabela, expressa em

número de blocos de 45 minutos:

1º ano 2º ano 3º, 4º

anos

1º P. 2º P. 3º P. 1º e 3º

P.

2º P. 1º P. 2º e 3º

P.

Português 14 11 11 11 11 11 11

Matemática 8 9 10 10 9 10 11

Estudo do Meio 5 6 6 6 6 6 6

Áreas das

expressões e

Restantes

Áreas

Curriculares

Expressão

Artística

2 2 2 2 2 1 1

Expressão

Físico-Motora

1 2 1 1 2 2 1

Área de

Projeto (TIC)

1 1 1 1 1 1 1

Estudo

Acompanhado

1 1 1 1 1 1 1

Formação

Cívica

1 1 1 1 1 1 1

Atividades de

Enriquecimento

Inglês 2 2 2 2 2 3 3

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6 Temática do Plano Plurianual

Tendo em conta o desenvolvimento da criança e a realidade atual da sociedade, a equipa

educativa, tomando em consideração as observações e avaliações realizadas no início do

presente ano letivo, propõe que a temática do Plano Plurianual se desenvolva em torno das

questões inerentes à Linguagem.

As crianças expressam-se usando “Cem Linguagens” (Malaguzzi,1998) que são várias formas de

linguagem ou modos de expressão, incluindo também as palavras, movimentos, desenho,

pintura, modelagem, colagem, jogo e outros.

As atividades que as crianças realizam incluem observações, sentimentos, ideias, memórias e

novos conhecimentos, que vão desde o jogo ao desenho, do desenho à pintura e depois à

modelagem (papel, barro, plasticina). Esta multiplicidade de formas de expressão possibilita à

criança representar a realidade que a cerca, e comunicar (com pares e adultos) as experiências

vividas e os conhecimentos adquiridos. As representações das crianças funcionam como base

para formular hipóteses, debates, confrontar ideias, sentimentos e saberes que dão ao adulto

informações sobre o nível do seu desenvolvimento.

Cabe à escola proporcionar aos alunos o acesso às potencialidades da escrita para que, no fim da

escolaridade, o domínio dessa competência seja atingida, isto é, que o aluno ultrapasse a capacidade de

transcrição oral para adequar a expressão escrita aos requisitos ditados pela situação e objetivos

comunicativos.

A escola de hoje tem como missão preparar os alunos para agir e não pode estar unicamente

vocacionada para a transmissão e aquisição de saberes.

Neste sentido a escola é um projeto de realização de aprendizagens e de desenvolvimento de

competências, devendo proporcionar aos alunos experiências significativas de forma coerente e

articulada entre as suas diversas componentes.

Neste contexto, o ponto de referência para a ação educativa são as competências essenciais formuladas

no currículo nacional.

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A própria designação de competências essenciais procura salientar os saberes que se consideram

fundamentais, para todos os cidadãos, na nossa sociedade atual, tanto a nível geral como nas diversas

áreas do currículo. (Cf. Currículo Nacional do Ensino Básico / Competências Essenciais, DEB, 2001, p. 10).

A Educação deverá contribuir para promover nos alunos atitudes e valores que lhes permitam

tornarem-se cidadãos conscientes e solidários, capacitando-os para a resolução dos problemas

da vida. Deve favorecer a formação da criança, tendo em vista a sua plena inserção na sociedade

como ser autónomo, livre e solidário.

A educação na cidadania, baseada na aquisição de um espírito crítico e da interiorização de

valores, pressupõe conhecimentos e atitudes que se iniciam na educação Pré-Escolar através

da abordagem de temas transversais, tais como: educação multicultural, educação sexual,

educação para a saúde, educação para a prevenção de acidentes, educação do consumidor, etc,

em que se articule a abordagem das diferentes áreas de conteúdos e domínios inscritos em

cada uma, de modo a que se integrem num processo flexível de aprendizagem que corresponda

às suas intenções e objetivos educativos e que tenha sentido para a criança.

A Educação na cidadania pode e deve fazer-se no Jardim-de-infância já que é na prática

quotidiana das interações, é no dia-a-dia, teimosamente, que se constrói a democracia.

Tornando claro para o grupo de crianças que elas têm em si o poder de gerir conflitos e que

existem regras que salvaguardam a justiça. As crianças são levadas a fazer cedências e a cumprir

aquilo que combinaram em conjunto para que a vida de grupo se processe harmoniosamente.

Este falar, este conversar, tem grande força como prática de cidadania.

A vida em grupo implica o confronto de opiniões e a solução de conflitos que permite uma

primeira tomada de consciência de perspetivas e valores diferentes, que suscitarão a

necessidade de debate e negociação, de modo a fomentar atitudes de tolerância, compreensão

do outro e de respeito pela diferença.

É, então, imperativo apoiar cada criança para que atinja níveis a que não chegaria por si só,

facilitando uma aprendizagem cooperada, que dê oportunidade às crianças de colaborarem no

processo de aprendizagem umas das outras.

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Neste contexto, pretendemos proporcionar experiências que favoreçam uma maturidade

cívica, criar atitudes e hábitos interventivos, contribuir para formar cidadãos com espírito crítico

e criativo, capazes de se empenharem na comunidade em que se inserem.

Assim, a capacidade de criar e compreender representações desenvolvem-se nos anos que

passam no jardim-de-infância onde as crianças precisam de tempo e de um clima de apoio para

poderem crescer e desenvolver-se como criadoras de símbolos.

As crianças ao representarem os seus gostos, as suas ideias, ao exprimirem-se através do

desenho, pintura ou modelagem, partem de gestos e linhas mais simples, para interações mais

complexas e trabalhos mais diferenciados.

Nesta perspetiva, Hohmann e Weikart (1997) referem Arnheim e Golomg, que veem a

representação como um processo de resolução de problemas, em que as crianças inventam

formas estruturalmente adequadas para substituir objetos e eventos complexos.

Através do faz de conta, da pintura, do desenho, da modelagem, as crianças constroem os seus

próprios escritos e imagens tomando consciência deles próprios, como atores e criadores de

imagens. As crianças desenvolvem assim um sentido de investimento pessoal no seu trabalho

e diversão.

Hohmann e Weikart (1997) concluem assim que a representação é um processo interior em

que as crianças constroem símbolos mentais para substituir objetos reais, pessoas e

experiências. Elas são assim capazes de relacionar o que percebem com o que se lembram e

imaginam, expressando as suas mudanças de perceção e compreensão do mundo em

linguagem e através de uma variedade de outros meios.

As crianças enquanto criam estas imagens externas, resolvem problemas, revelam as suas

intenções e empenham-se no processo e no produto dos seus trabalhos, pelo que se tornam

mais conscientes de si e dos outros e compreendem melhor o mundo.

Com a exploração da temática em estudo, pretendemos também abordar a multiculturalidade

e as relações sociais como fatores centrais para a aprendizagem do mundo da diversidade que

nos rodeia (Oliveira-Formosinho,2001).

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Vivemos numa sociedade em constante mutação. O ritmo de vida é cada vez mais acelerado. A

relação existente entre as diferentes gerações é hoje praticamente inexistente. Os avós estão

na maioria dos casos afastados dos netos, impossibilitando, deste modo, a hipótese de se

enriquecerem através do saber de experiências feito que possuem os mais velhos. As pessoas

vivem anos e anos no mesmo edifício e não se conhecem. A própria noção de comunidade, tal

como existia há uns anos, também desapareceu. A figura do “contador de histórias” não se

extinguiu, mas encontra-se adormecida. Outrora eram personagens fulcrais dos serões à lareira

ou dos fins de tarde no largo da aldeia. Tinham o dom de encantar quem os ouvia, através das

diversas entoações e da linguagem gestual tão sabiamente usada.

6.1 Comportamentos Emergentes de Leitura e Escrita

Segundo Mata “durante muitos anos atribuiu-se um estatuto muito formal e mesmo muito

«sério» à linguagem escrita e a todo o seu processo de aprendizagem. Punha-se a tónica

essencialmente nos aspetos técnicos, considerando-se que só aos 5/6 anos as crianças estariam

preparadas para esta aprendizagem, assumindo a escola e o professor todo o controlo e

condução deste processo, ignorando ou esquecendo sistematicamente os conhecimentos e

aquisições que as crianças possuíam antes de serem submetidas a um ensino formal” (1997,

p.6).

Mais recentemente, estudos levados a cabo por diversos especialistas têm demonstrado que a

confrontação tardia da criança com o escrito é a principal responsável pelo insucesso na

aprendizagem e desenvolvimento das competências linguísticas, sobretudo no quadro dos

objetivos da escolaridade.

Aos 6 anos já é muito tarde para a criança descobrir o escrito e as consequências poderão ser

dramáticas, se lhe acrescentarmos os fatores da inadequação da maioria dos métodos de leitura

e escrita usada no primeiro ciclo. Assim sendo, é urgente “descolarizar” a iniciação da escrita e

da leitura.

De facto, tal como afirmam Martins e Niza, “a história da aprendizagem da leitura e da escrita

começa muito antes da entrada para o 1º Ciclo (...) desde muito cedo que as crianças se

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interrogam e põem hipóteses sobre o escrito que as rodeia, sobre as suas funções, as suas

características formais, as suas relações com a linguagem oral” (1998, p.47).

A pedra angular do processo de “descolarização” a que nos referimos anteriormente é a

atenção dada à criança. De facto, a apreensão da linguagem escrita “deve ser feita

naturalmente no contacto funcional e contextualizado com o escrito, onde a criança terá um

papel ativo e participado” (Mata, 1997, p.5). Por outro lado, é também importante a construção

de uma atitude, por parte do educador, que motive a curiosidade e o interesse da criança, para

que a relação com a leitura e a escrita surja naturalmente num processo mais vasto e

diversificado de comunicação. Isto parte do pressuposto de que não se pode ensinar a escrever

e a ler, pois é a criança que aprende a escrever e a ler. Segundo Jolibert, “nesta perspetiva,

ensinar já não é inculcar ou pré dirigir, mas ajudar alguém nas suas próprias etapas de

aprendizagem. A função de apoio do professor não desaparece, longe disso, mas o seu papel é

diferente” (1991, p.19).

Ao longo destes últimos anos, tem-se assistido a uma mudança na conceção da apropriação da

linguagem escrita pela criança de idade pré-escolar. Essa mudança é assumida de forma clara

nas Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar (Ministério da Educação, 1997). Neste

documento afirma-se que a iniciação à leitura e à escrita tem início antes da entrada para o 1º

Ciclo, porque o impresso faz parte do meio em que a criança se move e com o qual interage. De

facto, as referidas Orientações Curriculares têm subjacente esta nova conceptualização da

aprendizagem da leitura, afirmando que “não há hoje em dia crianças que não contactem com

o código escrito e que, por isso, ao entrar para a educação pré-escolar não tenham já algumas

ideias sobre a escrita. Ao fazer, neste domínio, referência à abordagem à escrita pretende-se

acentuar a importância de tirar partido do que a criança já sabe, permitindo-lhe contactar com

as diferentes funções do código escrito. Não se trata de uma introdução formal e clássica à

leitura e à escrita, mas de facilitar a emergência da linguagem escrita. Esta abordagem à escrita

situa-se numa perspetiva de literacia enquanto competência global para a leitura no sentido de

interpretação e tratamento da informação que implica a “leitura” da realidade, das “imagens”

e de saber para que serve a escrita, mesmo sem saber ler formalmente.” (Ministério da

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Educação, 1997, pp. 65-66). Assim sendo, a criança constrói uma representação global quanto

aos objetivos e natureza da leitura e da escrita e sobre a sua funcionalidade, através de

comparações e aproximações sucessivas à escrita convencional.

A natureza e a qualidade das experiências precoces com a linguagem escrita vão influenciar os

esquemas conceptuais que a criança vai desenvolver ao longo deste processo de apropriação,

o que implica que as crianças cheguem ao primeiro ciclo com conhecimentos diferenciados

sobre o que é ler e escrever, fruto das interações vividas com o meio. Desta forma, “subjacente

ao conceito de “comportamentos emergentes de leitura”, está a ideia de que, no seu

desenvolvimento, as crianças estão a aprender, a mudar e a refinar os seus motivos e as suas

estratégias, ou a desenvolver outros, num processo constante de assimilação/acomodação.”

(Teale e Sulzby, 1992, cit in Viana e Teixeira, 2002, p.99).

6.2 Papel do Educador

Como vimos, nas suas tentativas de leitura e de escrita as crianças vão passando por diferentes

fases. Estas fases não têm uma idade certa para acontecerem, podendo ocorrer mais cedo ou

mais tarde em função das interações que os adultos estabelecem com as crianças a propósito

da linguagem escrita. Assim, se estas são frequentemente interrogadas sobre o significado que

querem atribuir às suas garatujas e se estabelece um diálogo acerca das mesmas, as crianças

avançarão mais depressa. Se, pelo contrário, ninguém conversa com elas sobre o que

produzem, a evolução será muitíssimo mais lenta. No fundo, tudo depende da metodologia e

dos estímulos proporcionados na sala de atividades. Quer isto dizer que as experiências

educativas no Jardim-de-infância são determinantes neste desenvolvimento.

Neste contexto, e segundo Martins e Niza, ao educador cabem tarefas importantíssimas, como

sejam: “desenvolver o trabalho na sala de aula a partir de experiências significativas das

crianças de modo a que estas possam comunicar o que sabem, pensam e sentem; respeitar a

linguagem das crianças utilizando-a como ponto de partida para o trabalho sobre a linguagem

escrita; valorizar as descobertas das crianças, ajudando-as a explorar a linguagem oral e a

linguagem escrita; encorajar tentativas de leitura e de escrita, entendendo os erros como

formas naturais de aprendizagem e desenvolvimento; apresentar-se como modelo, usando

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uma linguagem apropriada, escrevendo e lendo para as crianças; diversificar os materiais e tipos

de textos lidos e escritos; planificar o tempo e as atividades de modo a que as crianças possam

ter experiências de leitura e de escrita, individuais, em pequeno grupo e coletivas; e envolver a

família e a comunidade nas aprendizagens das crianças.” (1998, p.82).

Em suma, e ainda de acordo com as mesmas autoras, o educador deve ser entendido como o

auditor das falas das crianças; respeitador da diversidade dos alunos, nomeadamente ao nível

dos seus ritmos de aprendizagem linguística; facilitador das relações sociais e das

aprendizagens da fala, da escrita e da leitura; escriba das crianças; e criador de situações-

problema. Além disto, a ele compete planificar e desenvolver atividades para que as crianças

adquiram conhecimentos acerca da linguagem escrita.

As citações das Orientações Curriculares (Ministério da Educação, 1997, pp.70-71) que

seguidamente se apresentam procuram especificar qual o papel do educador no processo de

desenvolvimento da linguagem escrita.

“As histórias lidas ou contadas pelo educador, recontadas ou inventadas pelas crianças, de

memória ou a partir de imagens, são um meio de abordar o texto narrativo que, para além de

outras formas de exploração, noutros domínios de expressão, suscitem o desejo de aprender a

ler.

Mas, para além de livros de literatura infantil em prosa e poesia, são ainda indispensáveis, na

educação pré-escolar, outro tipo de livros, como dicionários, enciclopédias, e também jornais,

revistas, etc. Dispor de uma grande variedade de textos e formas de escrita é uma forma de ir

apreendendo as suas diferentes funções.

O modo como o educador lê para as crianças e utiliza os diferentes tipos de texto constituem

exemplos de como e para que serve ler. Na leitura de uma história o educador pode partilhar

com as crianças as suas estratégias de leitura, por exemplo, ler o título para que as crianças

possam dizer do que se trata a história, propor que prevejam o que vai acontecer a seguir,

identificar os nomes e as atividades das personagens.

Procurar com as crianças informações em livros, cujo texto o educador vai lendo e comentando

para que as crianças interpretem o sentido, retirem as ideias fundamentais e reconstruam a

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informação, e também ler notícias num jornal, consultar um dicionário ou ler em conjunto uma

receita e segui-la para a realização de um bolo, são alguns dos meios para que as crianças se

apercebam de diferentes utilidades da leitura.

Cabe assim ao educador proporcionar o contacto com diversos tipos de texto escrito que levam

a criança a compreender a necessidade e as funções da escrita, favorecendo a emergência do

código escrito. A forma como o educador utiliza e se relaciona com a escrita é fundamental para

incentivar as crianças a interessarem-se e a evoluírem neste domínio.”

Assim tendo em conta processo de apropriação da linguagem escrita pelas crianças em idade

pré-escolar e tendo em conta a filosofia que emana nas Orientações Curriculares para a

Educação Pré-Escolar, propusemo-nos desenvolver um projeto de intervenção em jardim-de-

infância com vista a potenciar comportamentos emergentes de leitura e escrita, ou seja, a dar

continuidade a um processo educativo contínuo que tem o seu ponto de partida na família e

que se deve prolongar ao longo de toda a vida.

De facto, todo o projeto de intervenção assenta em alguns pilares que consideramos essenciais,

os quais são o reflexo das referidas Orientações Curriculares. Assim sendo, os grandes objetivos

do nosso trabalho baseiam-se no pressuposto de que “o contacto com o texto manuscrito e

impresso nos seus diferentes formatos, o reconhecimento de diferentes formas que

correspondem a letras, a identificação de algumas palavras ou pequenas frases, permitem uma

apropriação da especificidade do código escrito. Assim, as crianças poderão compreender que

o que se diz se pode escrever, que a escrita permite recordar o dito e o vivido, mas constitui um

código com regras próprias.” (Ministério da Educação, 1997, p. 70).

De acordo com este pressuposto e com os objetivos a atingir, consideramos essencial

desenvolver um conjunto de competências literárias, com os seguintes objetivos específicos:

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- Facilitar um maior domínio da linguagem oral;

- Promover a familiarização com o código escrito e o entendimento de que este

transcreve a fala;

- Desenvolver a progressiva compreensão da natureza da leitura e da escrita;

- Desenvolver conceções acerca da funcionalidade da linguagem escrita;

- Permitir o contacto com diversos tipos de suporte;

- Proporcionar oportunidades de tentativa de escrita;

- Promover a “leitura” realizada pelas crianças.

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7 Competências Gerais

7.1 Pré-Escolar

A formulação das competências a alcançar no final da escolaridade básica tem como referentes os

pressupostos da Lei de Bases do Sistema Educativo, sustentando-se num conjunto de valores e princípios

que a seguir se enunciam:

• A construção e a tomada de consciência da Identidade pessoal e social.

• A participação na vida cívica de forma livre, responsável, solidária e crítica.

• O respeito e a valorização da diversidade dos indivíduos e dos grupos quanto às suas pertenças e

opções.

• A valorização de diferentes formas de conhecimento, comunicação e expressão.

• O desenvolvimento do sentido de apreciação estética do mundo.

• O desenvolvimento da curiosidade intelectual, do gosto pelo saber, pelo trabalho e pelo estudo.

• A construção de uma consciência ecológica conducente à valorização e preservação do

património natural e cultural.

• A valorização das dimensões relacionais de aprendizagem e dos princípios éticos que regulam o

relacionamento com o saber e com os outros.

À luz destes princípios, equacionaram-se as competências necessárias à qualidade de vida pessoal e

social do indivíduo, a promover gradualmente ao longo da educação pré-escolar e 1º Ciclo:

Desta forma, não podemos esquecer que a “educação pré-escolar é hoje a primeira etapa da

educação básica, sendo complementar da ação educativa da família, com a qual deve

estabelecer estreita cooperação, favorecendo a formação e o desenvolvimento equilibrado da

criança e tendo em vista a sua plena inserção na sociedade como ser autónomo, livre e solidário”

(Lei Quadro da Educação Pré - Escolar, lei nº 5/97, artº 2º).

No âmbito do diploma mencionado anteriormente, são também definidos os objetivos

específicos da educação pré-escolar, sendo que os mais relevantes, passaremos a citar de

seguida:

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- Criar na criança o sentimento de que a escola é um local de múltiplas aprendizagens;

- Socializar, ensinando a estabelecer relações com os outros, através do desenvolvimento

linguístico e do respeito pela pluralidade das culturas, do sentido da liberdade e da

responsabilidade na perspetiva de uma educação para a cidadania;

- Promover o desenvolvimento das capacidades intelectuais da criança, incutindo hábitos

e atitudes que favoreçam uma aprendizagem cativa;

- Desenvolver na criança as capacidades de sentir, agir, refletir e imaginar;

- Contribuir para a estabilidade e segurança afetivas da criança;

- Proceder à despistagem de inadaptações, deficiências e precocidades, promovendo a

melhor orientação e encaminhamento da criança;

- Assegurar a participação permanente das famílias no processo educativo.

A educação pré-escolar é entendida como o conjunto de serviços prestados às crianças dos três

aos seis anos de idade em contextos formais e prestados por pessoal profissional, em que há a

preocupação explícita de promover atividades e experiências nos domínios do

desenvolvimento, da socialização e da instrução.

Pesquisas efetuadas no decorrer dos anos, quer no campo da psicologia, quer no campo da

pedagogia, mostram como são importantes os primeiros anos de vida de uma criança, já que

eles correspondem à fase de maior desenvolvimento das suas capacidades, constatando-se que

as deficiências de aproveitamento das suas potencialidades produzem atrasos no

desenvolvimento, que depois serão difíceis de compensar.

Assim, pode-se afirmar que, do jardim-de-infância se espera uma ação diversificada,

integradora e global com um conteúdo específico, próprio, rico e vasto, que se centra em

atividades múltiplas de índole essencialmente qualitativa e formativa. Esta ação expressa-se,

designadamente no âmbito da liberdade, da criatividade e da sociabilidade, concretizando-se

no plano psicomotor, afetivo e intelectual, bem como, na aquisição de hábitos e de normas.

Os quadros de incidência do desenvolvimento global expressos nos domínios referidos,

constituem o sentido da função educativa que cabe aos jardins-de-infância. Não se trata do

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ensino formal, muito menos da antecipação do processo de aprendizagem inerente a uma fase

seguinte. Na verdade, a educação pré-escolar promove o desenvolvimento integral da criança,

permitindo-lhe a aquisição de capacidades que serão fundamentais para todas as suas

aprendizagens futuras.

A educação de infância privilegia também a relação com os pais e a participação dos mesmos

no processo educativo das crianças. Assim sendo, ao ter em conta as características de classe

social dos pais, do grupo de vizinhança e da comunidade, esta organização educativa pretende

proporcionar um conjunto de experiências enriquecedoras, as quais darão à criança aptidões

requeridas em todo o seu processo de aprendizagem e crescimento pessoal.

A educação pré-escolar será assim uma educação que, ao inscrever-se no quadro do

desenvolvimento integral do indivíduo, contribui para desenvolver as faculdades cognitivas,

psicomotoras, sócio afetivas, bem como as que decorrem das vivências em sociedade: opiniões

pessoais, desenvolvimento do sentido de responsabilidade moral e social, sentido critico, entre

outras.

As orientações curriculares para a educação de infância não existem fora de contextos

históricos, sociais e culturais, pelo que a eficiência educativa forçará à aproximação das

diferentes dimensões e contextos da criança. É com base nestas orientações que o trabalho é

estruturado, planeado e desenvolvido. Este documento constitui um referencial para os

educadores e uma informação para os pais, pois visa melhorar a intervenção pedagógica e, em

simultâneo, permite uma explicitação às famílias de todo o trabalho desenvolvido no jardim-

de-infância.

Deste modo, a família e a instituição de educação pré-escolar são dois contextos que

contribuem para a educação da mesma criança, tornando-se necessária uma relação forte entre

estes dois sistemas. A colaboração entre eles deve ser cada vez mais estreita e atenta,

revestindo-se de várias formas e níveis.

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OBJECTIVOS PEDAGÓGICOS:

Fomentar a inserção da criança em grupos sociais diversos, no respeito pela pluralidade das

culturas.

Estimular o desenvolvimento global da criança no respeito pelas suas características

individuais, incutindo comportamentos que favoreçam aprendizagens significativas e

diferenciadas;

Desenvolver a expressão e a comunicação através das linguagens múltiplas como meio de

relação, de informação, de sensibilização estética e de compreensão do mundo.

Sensibilizar para as questões éticas e morais suscitadas pelo mundo dos heróis.

Promover aprendizagens diversificadas e enriquecedoras tendo como ponto de partida o

saber das crianças;

Promover o interesse pela literatura infantil, tendo como ponto de partida a fantasia e o

imaginário subjacentes à mesma

Proporcionar aprendizagens significativas partindo dos reais interesses das crianças

Promover o desenvolvimento pessoal e social da criança, sensibilizando-a para a

importância de ajudar o outro.

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Conteúdos:

Área da formação Pessoal e Social:

Desenvolvimento da educação estética, contacto com o meio envolvente, com

a natureza e com a cultura.

Favorecer a aquisição de um espírito crítico e a interiorização de valores

espirituais, estéticos, morais e cívicos;

Contribuir para promover nos alunos atitudes e valores que lhes permitam

tornarem-se cidadãos conscientes e solidários, capacitando-os para a

resolução dos problemas da vida;

Favorecer a formação da criança tendo em vista a sua plena inserção na

sociedade como ser autónomo livre e solidário;

Tomar consciência de si e do outro, diferenciando as suas características

individuais;

Favorecer a autonomia da criança e do grupo;

Participação democrática na vida do grupo (negociação de regras e tarefas);

Adquirir maior independência;

Aceitar as diferenças sexuais, sociais e étnicas;

Ser sensível aos sentimentos dos outros, interesses e à proveniência

sociocultural;

Reconhecer e resolver problemas;

Expressar e compreender sentimentos;

Cuidar das necessidades próprias, compreendendo a organização da rotina;

Construir relações com outras crianças e adultos;

Criar e experimentar o jogo colaborativo;

Reconhecimento das características individuais;

Adquirir maior independência, autonomia e partilha do poder nas decisões e

escolhas de tarefas;

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Área da Expressão e Comunicação:

Domínio da expressão motora, dramática, plástica e musical:

Proporcionar atividades de expressão plástica;

Reconhecer objetos pelo som, toque, gosto e cheiro;

Imitar ações e sons;

Relacionar figuras, fotografias e modelos com lugares e objetos reais;

Representar e brincar ao faz de conta;

Desenhar, pintar e colar utilizando várias técnicas e materiais;

Proporcionar ocasiões de motricidade global e também de motricidade fina,

através de jogos de movimento;

Movimentar-se de várias formas locomotoras;

Movimentar-se com objetos;

Expressar criatividade no movimento;

Reproduzir e seguir batimentos;

Proporcionar ocasiões de exercício da motricidade global e motricidade fina;

Explorar diferentes formas de movimento;

Tomar consciência dos diferentes segmentos do corpo, das suas

possibilidades e limitações;

Interiorizar o esquema corporal;

Tomar consciência do corpo em relação ao exterior;

Manipular diversos objetos;

Identificar e designar as diferentes partes do corpo;

Aprender a utilizar melhor o seu corpo;

Promoção de atividade de dramatização (jogo simbólico);

Permitir à criança recrear experiências da vida quotidiana, situações

imaginárias;

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Utilizar os objetos livremente atribuindo-lhes significados múltiplos;

Mimar e dramatizar vivências e experiências das crianças;

Criar novas situações de comunicação;

Dramatizar histórias;

Desenvolver a imaginação, a linguagem verbal e não verbal;

Explorar espontaneamente diversos materiais;

Promoção de atividades de expressão musical, cantares e danças, ouvir e

tocar músicas relacionadas com o corpo humano;

Explorar e descobrir diferentes possibilidades e diferentes materiais;

Representar e recriar experiências;

Alargar as experiências, desenvolver a imaginação e as possibilidades de

expressão;

Proporcionar o contacto com diferentes formas de manifestação artística.

Explorar sons e ritmos;

Identificar instrumentos musicais;

Escutar, cantar, dançar, tocar e criar;

Domínio da Linguagem oral e escrita:

Promover o contacto com materiais impressos;

Manuseamento de livros, revistas, etc;

Ouvir e criar histórias;

Recontar histórias;

Falar com os outros sobre experiências pessoais significativas;

Favorecer a interação verbal e criar um clima de comunicação;

Favorecer a comunicação criança – criança; criança – grupo e criança – adulto;

Adquirir um maior domínio da linguagem oral (expressão e comunicação);

Ser capaz de expor as suas ideias e experiências em grande grupo;

Criar oportunidade de alargar as situações de comunicação

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Utilizar adequadamente frases simples de tipos diversos: afirmativa, negativa,

interrogativa, exclamativa bem como as concordâncias de género, número, tempo, pessoa e lugar;

Dar oportunidade de “imitar” a escrita através do fornecimento de folhas, agendas,

entre outros;

Representar os momentos de um acontecimento através do desenho;

Facilitar a emergência da linguagem escrita, explorando o seu carácter lúdico;

Familiarizar a criança com o código escrito, proporcionando oportunidade de

descodificar códigos simbólicos, convencionais e convencionados;

Inventar sons e descobrir as relações;

Estimular o diálogo e o interesse em comunicar em diferentes situações de

comunicação (histórias, entrevistas, reflexões, comunicações, conversas em grupo, pesquisa…)

Promoção do domínio da linguagem escrita através do desenho, da escrita

convencional, construção de histórias, construção de ficheiros;

Domínio da Matemática:

Promoção do domínio da matemática, através da exploração de espaço e do tempo;

Proporcionar experiências diversificadas que apoie a reflexão das crianças colocando

questões que lhes permitam ir construindo noções matemáticas;

Desenvolver o pensamento e raciocínio lógico matemático;

Construir ludicamente noções de matemática;

Reconhecer e representar diferentes formas;

Diferenciar e nomear as formas;

Classificar objetos de acordo com uma ou várias propriedades;

Estabelecer relações entre os objetos;

Agrupar os objetos, ou seja, formar conjuntos de acordo com um critério previamente

estabelecido;

Construir a noção de número;

Encontrar e estabelecer padrões;

Relacionar número e quantidade.

Comparar na mesma dimensão: mais comprido/mais curto, mais áspero/mais suave...;

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Ordenar várias coisas segundo a mesma dimensão e descrever as relações: o mais comprido,

o mais curto...;

Investir e rotular os atributos das coisas;

Observar e descrever semelhanças e diferenças;

Separar e agrupar objetos;

Distinguir e utilizar noções básicas;

Considerar mais do que um atributo ao mesmo tempo;

Observar coisas/lugares de diferentes perspetivas;

Experimentar e representar o próprio corpo;

Aprender a localizar objetos na sala;

Interpretar representações de relações espaciais em desenhos/pinturas;

Comparar números e quantidade: mais/menos, a mesma quantidade;

Usar medidas de tempo e observar que os relógios e calendários marcam a passagem do

tempo.

Área do conhecimento do mundo:

Proporcionar contactos com novas situações e ocasiões de descoberta e

exploração do mundo;

Proporcionar deslocações ao exterior para reconhecer o contexto social e

familiar do meio próximo;

Proporcionar deslocações ao exterior onde permitam o acesso à realidade

(hospitais centros de saúde, consultório médico, cruz vermelha...);

Promover atividades de sensibilização às ciências;

Sensibilizar a educação para a saúde e Higiene;

Desenvolver aspetos relacionados a hábitos alimentares;

Situar-se socialmente numa família e noutros grupos sociais;

Proporcionar experiências no domínio da luz, ímanes, ar, água, etc.;

Incentivar a curiosidade e o desejo de saber;

Proporcionar o alargamento de saberes básicos à vida na sociedade;

Fomentar nas crianças uma atitude científica e experimental;

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Sensibilizar a criança para os cuidados com a preservação do ambiente.

Estabelecer relações entre as características do meio físico e as formas de

vida.

Valorizar a importância do meio natural para a vida humana, manifestando

atitudes de respeito e cuidado, intervindo na medida das suas possibilidades

Avaliação

Avaliar na Educação Pré-Escolar pressupõe, para nós, enquanto grupo de Educadores de

Infância, analisar e refletir sobre as Orientações Curriculares que constituem uma referência

comum para todos os educadores da Rede Nacional de Educação Pré-Escolar e se destinam à

organização da componente educativa e que não sendo um programa se diferenciam de

conceções de currículo, por serem mais gerais e abrangentes dado que incluem a possibilidade

de fundamentar diversas opções educativas e portanto vários currículos. A Avaliação será de

natureza qualitativa / formativa sendo os processos e resultados avaliados em função do

desenvolvimento da criança e da metodologia utilizada.

Assim a avaliação deverá ser:

Individualizada, centrando-se na evolução de cada criança,

tendo em conta as suas características individuais;

Um elemento chave no processo educativo, tornando-se um

suporte fundamental na reorientação e planificação

Deve adequar-se ao contexto em que ocorre e deve pressupor a participação de todos os

intervenientes de modo a tornar-se um elemento regulador da atividade educativa.

Instrumentos de Avaliação

Os instrumentos de avaliação devem referenciar as competências a adquirir:

Competências para a Educação Pré-Escolar;

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Ficha de avaliação diagnostica;

Ficha de Observação e Avaliação;

Ficha de Avaliação do Desenvolvimento das Crianças.

Portefólio Individual da Criança

Os portefólios individuais das crianças são instrumentos de documentação e avaliação contínua

do desenvolvimento das crianças nas diferentes áreas curriculares.

Os portfólios individuais possibilitam observar como as crianças são diferentes, devido à ênfase

dada aos processos de aprendizagem e não só aos produtos finais permitindo, deste modo ao

docente definir objetivos de acordo com o desenvolvimento de cada criança, promovendo a

diferenciação pedagógica.

PIP

Esta escala de avaliação permite ao docente avaliar o ambiente educativo (organização do

espaço e materiais), a rotina diária, a interação adulto-criança e a interação adulto-adulto.

Deste modo, este instrumento permite avaliar a qualidade dos contextos de educação pré-

escolar, identificar as necessidades de formação das educadoras de infância e de outros

profissionais que trabalhem com crianças pequenas.

O COR as experiências-chave, as múltiplas inteligências de Garner e a escala de envolvimento

são um importante contributo para orientar a minha observação, pois estas “representam os

conteúdos naturais do desenvolvimento e da aprendizagem das crianças,” (Parente, 1996, p.27)

e quando o adulto consegue identificar os momentos e circunstâncias em que elas ocorrem

consegue planificar as suas observações e documentá-las melhor.

Na página seguinte destaca-se um quadro integrando as áreas de conteúdo a desenvolver,

tendo em consideração, não só as competências traçadas, como também as Orientações

Curriculares para a Educação Pré-Escolar.

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Critérios de Avaliação

Os critérios de avaliação das competências traçadas serão expressos de uma forma descritiva,

possibilitando uma leitura global, clara e compreensiva do desempenho da criança nas diversas

áreas de conteúdo.

CR

ITÉR

IOS

DE

AV

ALI

ÃO

ÁREAS DE CONTEÚDO Competências

Formação Pessoal e Social

Integração

Autonomia

Iniciativa

Responsabilidade

Espírito Crítico

Relações Interpessoais

Exp

ress

ão e

Co

mu

nic

ação

Expressão

Motora

Coordenação dinâmica geral

Coordenação óculo-manual

Coordenação óculo-pedal

Motricidade fina

Expressão Dramática Expressividade corporal

Expressão Plástica Expressividade gráfica

Expressão Musical Expressividade musical

Linguagem e Abordagem

à Escrita

Expressividade oral

Compreensão oral

Abordagem à escrita

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Matemática

Classificação

Seriação

Correspondências

Noção de número e quantidade

Estruturação espacial

Estruturação temporal

Conhecimento do Mundo

Observação

Conhecimento do meio social e familiar

Resolução de problemas

Organização da informação e pesquisa

Assim, as competências essenciais devem ser definidas em torno dos quatro grandes domínios:

compreensão e expressão orais; compreensão e expressão escritas; leitura; e funcionamento

da língua.

Domínios Competências

Conhecimento

explícito da

língua (uso

funcional)

Ser capaz de conhecer os aspectos elementares da gramática da língua, como forma

de desenvolver as competências linguísticas e comunicativas (oralmente e por

escrito).

Ser capaz de identificar os principais aspectos da estrutura e funcionamento da

língua, a partir de contextos funcionais (situações concretas de comunicação que

obriguem a usos diversos e à consciencialização da necessidade da existência de

regras/normas).

Domínios Competências

Compreensão

oral/Expressão

Oral (Ouvir /

Falar)

Ser capaz de ser um ouvinte atento, captando pequenos enunciados orais,

seguindo instruções.

Saber escutar produções do património oral.

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Ser capaz de compreender, progressivamente, enunciados orais de curta

duração, sobretudo os do seu quotidiano ou do património oral.

Ser capaz de reter informação, relativamente ao que foi ouvido.

Saber expressar-se de forma clara e audível.

Saber interagir, assumindo o papel de interlocutor.

Saber fazer uso de vocabulário adequado às situações comunicativas criadas,

seguindo instruções/ indicações precisas.

Modalidades de Avaliação

Avaliar é fundamental para melhor conhecer, corrigir, adequar e projetar. A avaliação será

descritiva, contínua e sistemática, envolvendo todos os intervenientes em momentos

regulares e oportunos. Assim, a avaliação, para além dos objetivos pré-definidos, irá fazer parte:

a observação direta/indireta da criança;

o registo individual de desempenho;

a elaboração de registos gráficos elaborados pelas crianças;

reflexões conjuntas;

a avaliação diagnóstica;

a ficha de acompanhamento /avaliação da atividade;

a ficha individual de avaliação .

Todos estes registos de observação e reflexão terão como sustentabilidade alguns instrumentos

de avaliação:

7.2 1º Ciclo

Competências a Privilegiar

Competências Gerais

Uma vez que as dez competências gerais enunciadas no Currículo Nacional do Ensino Básico são

passíveis de serem desenvolvidas ao longo de todo o 1.º Ciclo, consideramos que todas devem

ser tidas em consideração. No entanto, deve haver liberdade suficiente para que haja uma

adaptação ao contexto de sala de aula, a ser feita pelo Plano de Atividades de Turma.

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1. Mobilizar saberes culturais, científicos e tecnológicos para compreender a realidade e para

abordar situações e problemas do quotidiano;

2. Usar adequadamente linguagens das diferentes áreas do saber cultural, científico e

tecnológico para se expressar;

3. Usar corretamente a língua portuguesa para comunicar de forma adequada e para estruturar

pensamento próprio;

4. Adotar metodologias personalizadas de trabalho e de aprendizagem adequadas a objetivos

visados;

5. Pesquisar, selecionar e organizar informação para a transformar em conhecimento

mobilizável;

6. Adotar estratégias adequadas à resolução de problemas e à tomada, de decisões;

7. Realizar atividades de forma autónoma, responsável e criativa;

8. Cooperar com outros em tarefas e projetos comuns;

9. Relacionar harmoniosamente o corpo com o espaço, numa perspetiva pessoal e interpessoal

promotora da saúde e da qualidade de vida.

Competências Transversais

Partindo das competências definidas a nível nacional, entendemos que o presente Plano

Plurianual sugere o reforço das competências transversais seguintes:

a) Métodos de trabalho e de estudo;

b) Tratamento de informação;

c) Comunicação;

d) Estratégias cognitivas

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e) Relacionamento interpessoal e de grupo.

Competências Transversais e Situações de Aprendizagem:

Métodos de trabalho e de estudo;

Participar em atividades e aprendizagens individuais e coletivas, de acordo com as regras

estabelecidas;

Identificar, selecionar e aplicar métodos de trabalho e de estudo;

Exprimir dúvidas ou dificuldades;

Analisar a adequação dos métodos de trabalho e de estudo formulando opiniões, sugestões e

propondo alterações;

Tratamento de Informação:

Pesquisar, organizar, tratar e produzir informação em função das necessidades, problemas a

resolver e dos contextos e situações.

Comunicação:

Utilizar diferentes formas de comunicação verbal, adequando a utilização do código linguístico

aos contextos e às necessidades;

Resolver dificuldades ou enriquecer a comunicação através da comunicação não verbal com

aplicação das técnicas e dos códigos apropriados.

Estratégias Cognitivas:

Identificar elementos constitutivos das situações problemáticas;

Escolher e aplicar estratégias de resolução;

Explicitar, debater e relacionar a pertinência das soluções encontradas em relação aos

problemas e às estratégias adotadas.

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Relacionamento interpessoal e de grupo:

Conhecer e atuar de acordo com as normas, regras e critérios de atuação pertinente, de

convivência, trabalho, de responsabilização e sentido ético das ações definidas pela

comunidade escolar nos seus vários contextos, a começar pela sala de aula.

Competências Específicas das Áreas Curriculares Disciplinares

As competências essenciais a desenvolver por ano de escolaridade nas áreas disciplinares

curriculares foram definidas pelo Conselho escolar.

Primeiro Ano

Língua Portuguesa

Comunicação oral:

Exprimir-se por iniciativa própria com progressiva autonomia e clareza.

Ler e reproduzir textos simples.

Reter informações a partir de um enunciado oral.

Comunicação escrita:

Conhecer e identificar as letras e alguns casos especiais, acabando por construir frases a partir de imagens.

Aperfeiçoar a competência escrita pela utilização de técnicas de auto e heterocorrecção.

Matemática

Números e operações.

Ler e escrever números até vinte.

Efetuar contagens de dois em dois e de três em três.

Calcular somas e subtrações.

Praticar o cálculo mental.

Ordenar números.

Resolver situações problemáticas simples.

Forma e espaço

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Fazer e desfazer construções.

Reconhecer e representar figuras geométricas.

Grandezas e medidas.

Estabelecer relações de grandeza entre objetos e entre factos e ações que levem à noção de fator temporal.

Reconhecer a necessidade de escolha de uma unidade para fazer medições.

Ordenar objetos segundo o critério que envolve a noção de capacidade.

Relacionar hora/dia/semana/mês e ano.

Conhecer notas e moedas em uso.

Estudo do Meio

À descoberta de si mesmo, dos outros, do ambiente natural, dos materiais e objetos, das instituições e das inter-relações e espaços.

Conhecer o nome próprio e de família, sexo, idade e endereço.

Conhecer as partes do corpo e aplicar as normas de higiene corporal.

Respeitar animais e plantas.

Conhecer e aplicar normas de prevenção rodoviária.

Descrever ações ao longo da semana.

Segundo Ano

Língua Portuguesa

Comunicação oral

Ler e reproduzir textos de complexidade crescente.

Formular perguntas e respostas a partir de excertos de pequenos textos, desenvolvendo a

leitura.

Comunicação escrita

Elaborar pequenos textos.

Escrever frases simples partindo de gravuras ou palavras fornecidas pela professora.

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Ordenar frases.

Identificar e aplicar corretamente os casos especiais de leitura.

Conhecer de aspetos fundamentais da estrutura e funcionamento da Língua.

Aperfeiçoar a competência escrita pela utilização de técnicas de auto e heterocorrecção.

Matemática

Números e operações

Ler e escrever números.

Praticar o cálculo mental.

Compor e decompor números.

Utilizar a simbologia <,> e =.

Relacionar a dezena com a unidade.

Substituir uma adição de parcelas iguais pela multiplicação.

Resolver situações problemáticas de complexidade crescente.

Forma e espaço

Fazer e desfazer construções.

Reconhecer e representar figuras geométricas em papel quadriculado.

Distinguir superfícies planas e curvas.

Grandezas e medidas

Reconhecer as notas e moedas em uso corrente.

Reconhecer a necessidade de escolha de uma unidade para fazer medições.

Relacionar hora/dia/semana/mês e ano.

Consultar o calendário.

Conhecer notas e moedas em uso.

Estudo do Meio

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À descoberta de si mesmo, dos outros, do ambiente natural, dos materiais e objetos, das instituições e das inter-relações e espaços

Conhecer o seu corpo (órgãos dos sentidos, alimentação, higiene pessoal) e saber regras relacionadas com a sua saúde.

Identificar sinais de perigo, informação, proibição e obrigação.

Aplicar regras de convivência social.

Identificar alguns serviços sociais e suas funções na comunidade.

Identificar algumas plantas e reconhecer o ambiente onde vivem.

Reconhecer a existência do ar.

Identificar animais domésticos e animais selvagens.

Reconhecer as suas características e os diferentes ambientes em que vivem.

Terceiro Ano

Língua Portuguesa

Comunicação oral

Exprimir-se respeitando a estruturação sintática da Língua.

Relatar acontecimentos e recriar histórias num ambiente de comunicação.

Comunicação escrita

Ler textos de forma expressiva e fluente.

Identificar elementos fundamentais da frase.

Construir pequenos textos corretamente por escrito.

Distinguir diferentes tipos de textos.

Usar corretamente o dicionário.

Diferenciar a forma afirmativa e negativa na frase.

Organizar família de palavras.

Conhecer e utilizar os sinais de pontuação.

Identificar nomes, verbos, adjetivos.

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Estabelecer relações de antinomia e sinonímia.

Matemática

Números e operações

Conhecer e ler números até mil.

Relacionar unidade, dezena, centena e milhar.

Conhecer e ler numerais até à décima.

Relacionar a décima com a unidade.

Decompor somas, diferenças e produtos.

Calcular produtos por dois algarismos.

Construir as tabuadas até à dos sete.

Calcular quocientes de números inteiros de três algarismos por um algarismo.

Calcular diferenças por empréstimo.

Conhecer e ler numerais até ao vigésimo.

Forma e espaço

Dominar conceitos básicos de geometria.

Medir perímetros de polígonos.

Identificar sólidos geométricos.

Distinguir e representar retas paralelas e perpendiculares.

Medir áreas em papel quadriculado.

Distinguir e traçar círculos e circunferências.

Grandezas e medidas

Relacionar metro, decímetro e centímetro.

Relacionar litro e decilitro.

Relacionar quilograma e grama.

Relacionar hora, dia, semana, mês e ano.

Consultar calendários e horários.

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Estudo do Meio

À descoberta de si mesmo, dos outros e das instituições, do ambiente natural, das inter-relações e espaços, dos materiais e objetos

Relacionar os órgãos do corpo com as funções vitais.

Conhecer algumas regras de primeiros socorros.

Conhecer factos e datas importantes da localidade.

Conhecer o relevo e os meios aquáticos da região.

Classificar animais e plantas.

Construir cadeias alimentares simples.

Conhecer os pontos cardeais.

Realizar experiências simples com materiais e objetos.

Quarto Ano

Língua Portuguesa

Comunicação oral

Exprimir-se corretamente em diálogos, entrevistas, pequenos relatos.

Interpretar histórias, textos, avisos e instruções, utilizando um vocabulário verbal correto.

Relatar acontecimentos vividos e ou imaginados.

Comunicação escrita

Ler com entoação e expressividade.

Produzir, por escrito, textos com diferentes intenções comunicativas.

Flexionar e aplicar verbos nos tempos principais.

Aplicar o grau dos adjetivos.

Identificar e usar os diferentes determinantes e os pronomes.

Classificar palavras quanto à acentuação.

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Matemática

Números e operações

Ler e escrever números inteiros e decimais, do milhão à milésima.

Representar números numa reta graduada.

Reconhecer os múltiplos de um número.

Compreender e aplicar o algoritmo das quatro operações.

Aplicar e regra da multiplicação e divisão por dez, cem, mil, uma décima, uma centésima ou uma milésima.

Resolver situações problemáticas de complexidade crescente.

Fazer estimativas.

Forma e espaço

Identificar e construir a planificação de sólidos geométricos.

Traçar linhas e segmentos de reta.

Distinguir e traçar linhas paralelas e perpendiculares.

Reconhecer ângulos em objetos e figuras geométricas planas.

Desenhar e medir a amplitude de ângulos.

Desenhar utilizando a régua.

Distinguir raio, diâmetro e circunferência.

Grandezas e medidas

Identificar e aplicar unidades de comprimento, de capacidade e de massa.

Fazer estimativas e medições simples.

Calcular o perímetro.

Medir a área de figuras.

Comparar e medir volumes.

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Estudo do Meio

À descoberta de si mesmo, dos outros e das instituições, do ambiente natural, das inter-relações e espaços, dos materiais e objetos

Possuir hábitos de higiene pessoais.

Aplicar regras para uma vida saudável, com a utilização de normas básicas de segurança.

Estruturar noções de espaço e de tempo.

Identificar elementos relativos à História e Geografia de Portugal.

Identificar elementos básicos do meio físico envolvente (relevo, rios, oceanos, continentes, astros, fauna, flora…).

Identificar diferentes aglomerados populacionais.

Localizar Portugal na Europa e no mundo.

Reconhecer as diferentes atividades comerciais.

Reconhecer e aplicar regras de preservação ambiental.

Ao definir as competências essenciais relativas a cada ano de escolaridade, definimos igualmente o que entendemos ser o perfil do nosso aluno no final do 1.º Ciclo do Ensino Básico.

Áreas Não Curriculares

Ser assíduo e pontual.

Manifestar interesse pelas diversas atividades escolares e participar.

Empenhar-se na regulação de conflitos.

Manifestar autocontrolo das emoções negativas.

Cooperar com o grupo.

Ajudar os colegas.

Respeitar adultos e colegas, dentro e fora da escola.

Refletir sobre comportamentos e atitudes.

Manifestar confiança nos conhecimentos e em si mesmo.

Autonomizar-se nas suas tarefas.

Organizar o seu trabalho diário.

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Arrumar e manter arrumada a sua área de trabalho.

Definir estratégias de resolução de problemas.

Língua Portuguesa

Comunicar com clareza e autonomia.

Mostrar o domínio das técnicas básicas da leitura.

Reter informação oral.

Interpretar informação escrita.

Saber usar o dicionário.

Saber intervir com oportunidade.

Escrever diferentes tipos de texto com correção ortográfica e gramatical.

Matemática

Dominar e aplicar as noções gramaticais apreendidas.

Reconhecer cardinais, ordinais, múltiplos, números inteiros e números decimais.

Reconhecer e operar somas, diferenças e produtos.

Reconhecer e efetuar divisões.

Reconhecer e efetuar operações como relação de operação inversa.

Decompor números.

Identificar e diferenciar figuras e sólidos geométricos.

Representar figuras e sólidos geométricos.

Identificar superfície, face, aresta e vértice.

Identificar e traçar ângulos.

Usar o compasso para representar frisos e rosáceas.

Efetuar medições com as unidades adequadas.

Desenhar e traçar itinerários em plantas e mapas.

Identificar e usar instrumentos de medição do tempo.

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Conhecer numerário – notas e moedas do euro.

Medir e calcular perímetros.

Determinar áreas de polígonos.

Resolver situações problemáticas de complexidade crescente.

Desenvolver o cálculo mental.

Estudo do Meio

Identificar e enunciar órgãos dos sentidos.

Reconhecer e identificar funções corporais.

Associar órgãos a sistemas e enumerá-los.

Conhecer e aplicar as regras de higiene pessoal básicas.

Identificar, reconhecer e enunciar diferentes instituições.

Reconhecer a importância da preservação da saúde.

Reconhecer e respeitar regras de segurança.

Identificar e descrever atividades e costumes tradicionais.

Identificar e descrever atividades dos seres humanos.

Identificar e diferenciar meios de comunicação.

Reconhecer a existência de corpos celestes.

Identificar e atribuir qualidades a estrelas e planetas.

Identificar processos de orientação.

Reconhecer movimentos de deslocação dos seres vivos.

Observar, identificar e descrever características de diferentes seres vivos.

Comparar animais e plantas.

Observar, relatar e registar as condições atmosféricas diárias e as relacionadas com as estações do ano.

Recolher amostras de rochas e identificá-las.

Saber manipular objetos do quotidiano atribuindo-lhe funções.

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Realizar experiências com ar e inferir a sua existência reconhecendo a sua importância.

Realizar experiências com luz, com magnetos e realizar experiências com força mecânica.

Áreas das Expressões

Adquirir e expressar um sentido de estética.

Adequar materiais a efeitos pretendidos.

Criar ilustrações adequadas a textos.

Reproduzir ritmos simples.

Entoar canções infantis.

Usar os sons corporais como produção encadeada sonora.

Jogar sem se magoar e sem magoar os outros.

Receber e executar ordens.

Conhecer regras de jogos.

Divertir-se com exercícios de ginástica simples e associados a ritmos.

Participar na criação de histórias e personagens.

Adequar atitudes a perfis das personagens criadas.

Naturalmente que todas estas competências assentam em aprendizagens ativas e significativas,

valorizando constantemente os conhecimentos e as capacidades prévias de cada aluno. Só

deste modo, o processo complexo de ensino-aprendizagem faz sentido e assume os contornos

desejáveis e definidos pelas diretrizes da legislação vigente.

Avaliação

A avaliação terá as funções de estimular o sucesso educativo de todos os alunos, contemplar os

vários ritmos de aprendizagem, detetar erros que serão interpretados como um sintoma de falta

de domínio das operações necessárias para a resolução de problemas (pelo que serão uma fase

do processo de aprendizagem) e de garantir o controlo da qualidade do ensino.

A avaliação adquire assim um carácter formativo, sistemático e contínuo, implicando momentos

de diálogo com os alunos, com os outros professores e os encarregados de educação.

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Instrumentos de Avaliação

Os instrumentos de avaliação contemplarão diferentes documentos elaborados pelos

professores titulares de turma, para a recolha de informações necessárias ao processo de

avaliação dos alunos.

Deste modo, realizar-se-ão:

fichas de avaliação formativa e sumativa;

grelhas de autoavaliação;

grelhas de heteroavaliação;

grelhas de observação e registo.

Critérios de Avaliação

Os critérios de avaliação das competências essenciais e transversais serão expressos através de

uma terminologia comum, possibilitando uma leitura global, clara e compreensiva dos vários

níveis de desempenho:

Níveis Competências Essenciais Competências Transversais

Não Satisfaz

Não adquire as competências definidas; Revela grandes falhas ao nível da compreensão, aplicação e análise.

-Manifesta desinteresse e falta de empenhamento pela aprendizagem. -Não interioriza atitudes e valores fundamentais e uma correta socialização. -Não participa nem coopera na vida cívica de forma crítica e responsável. -Não conhece, aplica, nem seleciona técnicas de estudo. -Não revela autonomia.

Satisfaz

Revela ainda dificuldades na aquisição das aprendizagens elementares a nível de conceitos e factos.

-Manifesta sentido de responsabilidade, interesse e empenhamento. -Interioriza algumas atitudes e valores fundamentais a uma correta socialização.

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Revela algumas dificuldades e/ou incorreções na compreensão, aplicação e análise.

-Participa e coopera na vida cívica de forma crítica e responsável. -Conhece, aplica e seleciona diversas técnicas de estudo. -Revela pouca autonomia.

Satisfaz Bastante

Adquire com facilidade as aprendizagens elementares a nível de conceitos e factos. Revela facilidade ao nível de compreensão, aplicação e síntese.

-Manifesta muito interesse e empenho na vida escolar. -Interioriza atitudes e valores fundamentais a uma correta socialização. -Participa e coopera na vida cívica de forma crítica e responsável e revela iniciativa. -Conhece, aplica e seleciona diversas técnicas de estudo, adaptando-as às suas necessidades ou às do grupo.

Excelente

Desenvolve com facilidade os conhecimentos adquiridos. Compreende e aplica com facilidade e originalidade os conhecimentos a novas situações. Revela bastante facilidade ao nível da análise, síntese.

-Revela muito interesse e empenho na vida escolar. -Interioriza atitudes e valores fundamentais a uma correta socialização, aplicando-os. -Conhece, aplica e seleciona diversas técnicas de estudo, adaptando-as às suas necessidades ou às do grupo. -Trata, pesquisa, organiza e produz informação em função de tarefas orientadoras, de forma autónoma. -Revela muita autonomia.

Modalidades de Avaliação

Existem 3 tipos de avaliação: a diagnóstica, a formativa e a sumativa. Em todas elas devem ser

respeitadas as competências essenciais e transversais definidas pelo Conselho Escolar para cada

ano de escolaridade, tendo sempre em vista o perfil desejável do aluno no final do 1.º ciclo.

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A avaliação diagnóstica identifica as aprendizagens e competências que o aluno possui numa

determinada área antes de se iniciar/reiniciar uma atividade educativa.

A avaliação formativa assume carácter contínuo e sistemático e visa a regulação do ensino e da

aprendizagem, recorrendo a uma variedade de instrumentos de recolha de informação. É da

responsabilidade dos professores titulares e coadjuvantes, em diálogo com os Alunos,

Encarregados de Educação e Serviço de Psicologia e Terapia da Fala.

Compete ao Conselho Escolar, a partir dos dados da avaliação formativa, mobilizar e coordenar

os recursos existentes com vista a desencadear respostas adequadas às necessidades dos

alunos.

A avaliação sumativa consiste na criação de uma síntese das informações recolhidas, no fim de

cada período letivo, sobre o desenvolvimento das aprendizagens e das competências definidas

para cada área curricular, no quadro do plano de atividades de turma respetivo.

A informação resultante da avaliação sumativa é da responsabilidade do professor titular de

turma e expressa-se de forma descritiva, de acordo com uma ficha de avaliação elaborada e

aprovada em conselho escolar.

Sempre que se realiza uma avaliação sumativa cabe ao professor titular de turma, em

articulação com o conselho escolar, reanalisar o plano de atividades de turma, com vista à

introdução de eventuais reajustamentos ou apresentação de propostas para o ano letivo

seguinte

Frequência da Avaliação

Foram definidas em Conselho Pedagógico as seguintes regras de base que determinam o

processo de avaliação sumativa ao nível das competências essenciais. Serão realizadas duas

fichas de avaliação e uma prova global por período, nas áreas de Língua Portuguesa,

Matemática e Estudo do Meio.

8 Comunicação e Divulgação do Plano A comunicação e divulgação de qualquer plano plurianual junto da comunidade são muito

importantes. Assim sendo, para divulgar o nosso trabalho, propomo-nos fazer uma Festa final

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de Ano com os trabalhos realizados. Elaboraremos convites que serão entregues não só a todos

os que irão participar no projeto, assim como, aos pais, e à comunidade envolvente.

Na elaboração da Festa, propriamente dita, pretende-se que toda a equipa participe,

especialmente as crianças. Toda a planificação relativa à festa será decidida em reuniões com a

equipa pedagógica.

9 Avaliação A avaliação constitui um elemento fundamental a ter em atenção na construção de um Plano

Plurianual, esta deverá estar presente em todas as fases da sua elaboração e concretização.

A avaliação dá um panorama geral do desenrolar de um projeto e permite a reflexão/ reformulação das

atitudes de todos os intervenientes no processo de ensino-aprendizagem.

O educador/professor enquanto principal promotor do desenvolvimento global da criança

avalia para poder refletir sobre a sua atuação enquanto docente e sobre as aprendizagens das

crianças/alunos. Avaliar o processo e os efeitos, implica tomar consciência da ação para

adequar o processo educativo às necessidades das crianças e do grupo e à sua evolução. Neste

sentido, a avaliação é um suporte do planeamento e será sempre feita de uma forma contínua,

recorrendo-se à observação, registos e comunicação e à partilha com outros adultos que

também têm responsabilidades na sua educação nomeadamente, colegas, auxiliares de ação

educativa e, também, os pais.

No que se refere ao nosso Plano Plurianual, a avaliação está presente ao longo do processo, no

final de cada atividade integradora. Assim, planificamos uma avaliação diferenciada, contínua

e formativa.

Esta avaliação permite-nos sistematizar os passos que já foram dados, refletir quais as

mudanças a serem efetuadas e escolher o melhor caminho a percorrer para alcançar os

objetivos do Plano.

Para sabermos se os objetivos propostos foram ou não alcançados, propomo-nos a realizar uma

avaliação final e sumativa. Pretendemos também reunir ao longo do ano, analisando os dados

que vão sendo recolhidos com base nos trabalhos das crianças e nos registos de observação

feitos pelo educador durante as várias fases do projeto.

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Esta avaliação sumativa poderá ir de encontro ou não com os objetivos gerais e conteúdos

programáticos do próprio projeto. Se por acaso esta avaliação não constituir um considerável

grau de satisfação, servirá para a tomada de novas decisões, novos passos, novas experiências

e aprendizagens. No entanto, constituirá, mesmo assim, bases para uma reflexão e para a

planificação de um novo ponto de partida.

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