PLANO MUNICIPAL DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE …
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PLANO MUNICIPAL DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
CAMPINA DO SIMÃO-PR
2016
Vias: Prefeitura Municipal de Campina do Simão ( )
CS Ambiental ( )
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_________________________________________________________________________ (42) 3622-9250. Av. Manoel Ribas, 1422. Centro. CEP 85010-180. Guarapuava. Paraná. [email protected]
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PLANO MUNICIPAL DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
CAMPINA DO SIMÃO - PR
2016
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 8
2. ASPECTOS GERAIS ............................................................................................................. 8
2.1 Dados demográficos: ........................................................................................................ 13
2.2 Saúde ................................................................................................................................ 15
2.3 Educação ........................................................................................................................... 15
2.4 Segurança Pública............................................................................................................. 15
2.5 Comunicação .................................................................................................................... 16
2.6 Igrejas ............................................................................................................................... 16
2.7 Cemitérios ......................................................................................................................... 17
2.9 Situação fundiária e eixos de desenvolvimento ................................................................ 21
2.10 Caracterização das áreas de interesse social ................................................................... 21
2.11 Infraestrutura .................................................................................................................. 22
2.12 Aspectos Socioeconômicos ............................................................................................ 23
2.13 Principais Carências de Planejamento Físico Territorial:............................................... 27
2.14 Situação fundiária e eixos de desenvolvimento .............................................................. 29
2.15 Caracterização das áreas de interesse social ................................................................... 29
2.17 Indicadores de saúde de Campina do Simão .................................................................. 31
2.18 Dinâmica social, estrutura organizacional da sociedade, atores e segmentos setoriais
estratégicos no município ....................................................................................................... 32
2.19 Situação do Saneamento Básico ..................................................................................... 36
2.20 Situação Geral dos municípios da região ....................................................................... 44
2.21 Legislação local em vigor ............................................................................................... 45
2.22 Estrutura Operacional, fiscalizatória e gerencial ........................................................... 45
3. SITUAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS .......................................................................... 48
3.1 Dados Gerais e Caracterização ......................................................................................... 48
3.2 Resíduos Sólidos Domiciliares-RSD Secos ..................................................................... 49
3.3 Resíduos Sólidos Domiciliares Úmidos - RSD Úmidos .................................................. 49
3.4 Resíduos Sólidos Domiciliares-Rejeitos .......................................................................... 50
3.5 Resíduos da Limpeza Pública ........................................................................................... 51
3.6 Resíduos da Construção Civil-RCC ................................................................................. 52
3.7 Resíduos do Serviço de Saúde-RSS ................................................................................. 52
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3.8 Resíduos passíveis de Logística Reversa.......................................................................... 53
3.9 Resíduos de Serviços Públicos de Saneamento Básico .................................................... 54
3.10 Resíduos Sólidos Cemiteriais ......................................................................................... 54
3.11 Resíduos de Óleos Comestíveis ...................................................................................... 55
3.14 Resíduos agrosilvopastoris ............................................................................................. 56
3.15 Embalagens de agrotóxicos ............................................................................................ 57
3.16 Embalagem de medicamentos ........................................................................................ 57
3.17 Medicamentos ................................................................................................................. 57
3.18 Carcaça animal ............................................................................................................... 57
3.19 Resíduos perfurocortantes – atividades de assistência veterinária ................................. 58
3.20 Dejetos animais............................................................................................................... 59
4. COLETA E TRANSPORTE ............................................................................................... 59
4.1 RSD Convencional e Secos .............................................................................................. 59
4.2 Resíduos da Limpeza Pública-RLP .................................................................................. 60
4.5 Resíduos da Construção Civil........................................................................................... 60
4.6 Resíduos dos Serviços de Saúde-RSS .............................................................................. 60
5. DESTINAÇÃO FINAL ........................................................................................................ 61
5.1 Custos ............................................................................................................................... 61
5.2 Competências e Responsabilidades .................................................................................. 62
5.3 Carências e deficiências.................................................................................................... 63
5.4 Legislação Aplicável a cada tipo de resíduo .................................................................... 65
6. PLANO DE AÇÃO ............................................................................................................... 66
6.1 Definição de Responsabilidades Públicas e Privadas ....................................................... 66
7. DIRETRIZES, ESTRATÉGIAS, PROGRAMAS, AÇÕES E METAS PARA O
MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS .................................................................................... 67
7.1 Ações conforme os resíduos sólidos ................................................................................. 67
7.1.1 RSD Domiciliares Secos Não Recicláveis ................................................................ 67
7.1.2 RSD Domiciliares Recicláveis .................................................................................. 68
7.1.3 RSD Domiciliares Úmidos ........................................................................................ 69
7.1.4 Limpeza Pública ........................................................................................................ 69
7.1.5 RCC- Construção Civil .............................................................................................. 70
7.1.6 Resíduos Volumosos ................................................................................................. 71
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7.1.7 Resíduos Verdes ........................................................................................................ 71
7.1.8 Resíduos de Serviços de Saúde ................................................................................. 72
7.1.9 Equipamentos eletroeletrônicos ................................................................................. 72
7.1.10 Pilhas e baterias ....................................................................................................... 73
7.1.11 Lâmpadas ................................................................................................................. 73
7.1.12 Pneus ........................................................................................................................ 74
7.1.13 Óleos lubrificantes e embalagens ............................................................................ 74
7.1.14 Agrotóxicos ............................................................................................................. 75
7.1.15 Resíduos sólidos cemiteriais .................................................................................... 75
7.1.16 Óleos comestíveis .................................................................................................... 76
7.1.17 Resíduos industriais ................................................................................................. 77
7.1.18 Resíduos agrosilvopastoris ...................................................................................... 77
7.2 Ações Específicas nos Órgãos da Administração Pública. ............................................... 78
7.3 Regramento dos Planos de Gerenciamento Obrigatórios ................................................. 79
7.3.1 Conteúdo mínimo dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos para entes do
município de Campina do Simão: ...................................................................................... 81
7.4 Iniciativas de Educação Ambiental ................................................................................. 83
7.4.1 Educação Ambiental nos Órgãos Públicos e Privados .............................................. 83
7.5 Controle Social ................................................................................................................. 84
7.6 Sistemática das Informações Locais ................................................................................. 85
7.7 Ajustes na Legislação Geral e Específica ......................................................................... 85
7.8 Programas Especiais para a Questão de Resíduos Mais Relevantes ................................ 85
7.9 Monitoramento e verificação de resultados ...................................................................... 89
8. ASSINATURAS .................................................................................................................... 90
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CONSULTORA CAMINHOS SUSTENTÁVEIS SERVIÇOS AMBIENTAIS & SEGURANÇA DO
TRABALHO LTDA.
Avenida Manoel Ribas nº 1422, Centro.
85010-180 – Guarapuava – PR
Tel. (042) 3622-9250
Fax: (042) 3622-3973
www.csambiental.com.br
CNPJ: 08.647.169/0001-40
CREA: 46.599
EQUIPE TÉCNICA
Profissional Formação Função Ildefonso Costa Junior CREA PR 135958
Gestor Ambiental Perito Ambiental Auditor Ambiental
Coordenador Técnico
Angelo Felipe Rando CREA PR 123069/D
Engenheiro Ambiental e de Segurança do Trabalho Auditor Interno SGI
Equipe Técnica
Camila Klassar Walore CREA PR 152655/D
Engenheira Agrônoma Equipe Técnica
Juliano Alves Silva CREA PR 78480/D
Engenheiro Florestal e de Segurança do Trabalho
Equipe Técnica
Meridiana Bombardelli CRBIO 66459/07 – D
Bióloga Esp. Gestão e Educação Ambiental
Equipe Técnica
Cleusem Lizandra Crissi Bacharel em Direito e Perita Ambiental
Equipe Técnica
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COLABORADORES
Comitê Diretor
Presidente: Wagner Lamonica Lopes Fernandes- Divisão Municipal de Meio Ambiente
Vice-Presidente: Cristiano Rossi – Secretaria Municipal de Saúde
1º Secretário: Aline Alves Ferreira – Secretaria Municipal de Promoção Social
2º Secretário: Jungles Marcondes- Secretaria Municipal de Agricultura
Membros efetivos:
Leni Hardt da Cruz- Secretaria Municipal de Educação
Rodrigo Mayer Colaço- Secretaria Municipal de Promoção Social
Marilda Munhoz- Departamento Municipal de Esportes
Cérgio Bortolanza- Secretaria Municipal de Obras e Viação
Ana Carolina Silvestri- Secretaria Municipal de Obras e Viação
Grupo de Sustentação
Presidente: Antonio Ferreira Ribas – Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural
Vice-Presidente: Marcio Mayer – Conselho Municipal de Saúde
1 Secretário: Zinaldo Neuman – Conselho Municipal de Meio Ambiente
2 Secretário: Edilson Miranda – Setor do Comércio
Membros efetivos:
Eronilso Wozne- Setor da Indústria
Rinaldo Sanini- Setor de Prestação de Serviços
Renato Hardt- setor de Produção Rural
Jeferson Matte- Setor da Sociedade Civil Organizada
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PLANO MUNICIPAL DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS
1. INTRODUÇÃO
O presente documento tem por objetivo apresentar o atual panorama dos resíduos
sólidos em Campina do Simão. Mais importante ainda, tem por objetivo apresentar soluções
integradas para a correta produção, manejo e destinação final destes resíduos sólidos, em
consonância com a Política Nacional de Resíduos Sólidos e com as normativas legais da
Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Estado do Paraná.
Este Plano foi elaborado com apoio técnico do Grupo Diretor do município, havendo
ampla participação popular através do Grupo de Sustentação Municipal, sendo assim um
instrumento que deve estar ao alcance de toda a população, para conhecimento de suas
obrigações frente aos resíduos sólidos produzidos por si, bem como da responsabilidade em
seu correto manejo e destinação.
Destaque-se que o Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos de
Campina do Simão terá validade de 20 anos, devendo, a cada 04 anos, ser atualizado
conforme as realidades contemporâneas.
2. ASPECTOS GERAIS
O município de Campina do Simão, localizada na região Centro-Oeste do Estado do
Paraná, possui uma área territorial de 451,311 km², estando sua sede a 308 km distante da
capital do Estado e 70 km de Guarapuava, a cidade-polo regional.
É antiga a movimentação com fins de colonização, datando do início do século XX.
Densamente povoada por povos indígenas, floresceu na localidade a propriedade do Sr.
Daniel Bueno, às margens do Rio Piquiri. O nome do lugar surgiu em homenagem a seu
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primeiro morador, Sr. José Simão, mais conhecido por Jeca Simão, o qual construiu um
rancho de pau-a-pique numa das clareiras, ou campina, lugar onde não há mata e sim
gramíneas, surgindo então o nome de Campina do Simão.
Em determinado período residiu na região o Sr. José Vicentin - o Bépe Vicentin. Era o
único comerciante da localidade e a população acabou sendo beneficiada por seu comércio.
Resolveram então homenageá-lo, e denominaram o lugar de Campina do Bépe, denominação
que perdurou por 30 anos. A família de Jeca Simão protestou e a localidade voltou ao nome
de Campina do Simão.
Em 26 de fevereiro de 1964, pelo Decreto-Lei nº 4.838, Campina do Simão foi elevado à
categoria de distrito judiciário, anexo ao Município de Guarapuava. O Município de Campina
do Simão foi criado através da Lei Estadual nº 11.180, de 16 de novembro de 1995, na sede
do antigo Distrito de Campina do Simão, com território desmembrado do Município de
Guarapuava. A instalação ocorreu em 1º de janeiro de 1997.
Possui um único acesso por rodovia pavimentada, que liga o município à BR 277 e uma
linha de transporte coletivo privado, ligando-o à Guarapuava, bem como a rede de transporte
dentro do município se resume às linhas de transporte escolar.
Campina do São possui atualmente uma população total de 4.113 pessoas, distribuídas
em seu território. Estando a 994 metros acima do nível do mar.
Possui um clima caracterizado como subtropical, com estações e períodos chuvosos bem
definidos. Está inserido em uma área de Mata Atlântica de Altitude, sendo um dos últimos
territórios do sul do Brasil que abriga reservas de Araucárias nativas, dentre outras espécies de
grande interesse ambiental.
O município tem uma característica interiorana, herdada de seus fatores de colonização e
ocupação, onde a maioria da população está concentrada nas comunidades do interior do
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município, o que influi diretamente nas tomadas de decisões e planejamentos referentes a
saneamento básico.
Figura 1 - Mapa de situação e localização do município de Campina do Simão – PR. Fonte: IPARDES.
A seguir, a distância entre Campina do Simão e os municípios vizinhos:
Município vizinho Distância
Guarapuava 75 km
Goioxim 64 km
Santa Maria do Oeste 25 km
Turvo 74 km
Boa Ventura de São Roque 68 km
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Figura 2 - Distância entre Campina do Simão e a capital do estado: 330 km. Fonte: Google maps
Dentre as comunidades do município, são estas:
- Sede Municipal (centro): localizada na porção centro-norte do território municipal,
possui 1.541 habitantes.
É nesta comunidade em que estão localizados a grande maioria dos equipamentos sociais
e serviços disponíveis à população municipal.
- Rosa Maria: distante 21 km da sede do município, com 243 habitantes.
-Piquiri: distante 15 km da sede do município, com 253 habitantes.
-Assentamentos (Nova Capanema, Nova Conquista, Araçaí): distante 18 km da sede do
município, com 228 habitantes.
-Xerê: distante 8 km da sede do município, com 150 habitantes.
-Passo da Moura: distante 6 km da sede do município, com 278 habitantes.
-Bahia: distante 16 km da sede do município, com 97 habitantes.
-Grongoró: distante 8 km da sede do município, com 120 habitantes.
- Faxinal das Araras: distante 25 km da sede do município, com 97 habitantes.
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- São Damião: distante 15 km da sede do município, com 100 habitantes.
- Losso: distante 6 km da sede do município, com 20 habitantes.
-Capivara: distante 8 km da sede do município, com 16 habitantes.
-Bandeira: distante 6 km da sede do município, com 88 habitantes.
-Vista Alegre: distante 8 km da sede do município, com 149 habitantes.
-Serro Verde: distante 15 km da sede do município, com 183 habitantes.
-Boa Vista: distante 20 km da sede do município, com 188 habitantes.
-Baú: distante 45 km da sede do município, com 107 habitantes.
Figura 3 - Representação espacial da localização das comunidades interioranas em relação à Sede do Município. Fonte: Prefeitura Municipal de Campina do Simão
A distância das comunidades interioranas à sede do município refere-se à distância do
que seria a “sede” destas comunidades, ou seja, do ponto onde existe algum equipamento
social, como escola, igreja, salão de eventos e eventualmente algum comércio.
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Demais dados geográficos:
Latitude: -25.0689
Longitude: -51.8252
Coordenadas 25° 4′ 8″ Sul, 51° 49′ 31″ Oeste
- Altitude: 963 metros
-Clima: Subtropical úmido
-Densidade populacional: 9,1 hab/km 2.
2.1 Dados demográficos:
A população total do município é de 4.113 pessoas, sendo que a evolução demográfica
dos últimos dez anos encontra-se da seguinte forma:
Ano Numero de habitantes
2014 4.113
2013 4.130
2012 4.033
2011 4.054
2010 4.076
2009 4.272
2008 4.284
2007 4.243
2006 4.263
2005 4.274
2004 4.312
2003 4.322
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2002 4.329
2001 4.352
2000 4.365
Em relação à distribuição da população por sexo, a mesma apresenta-se da seguinte
forma:
- total de homens: 1.945
- total de mulheres: 2.163
Em relação à pirâmide etária, a população de Campina do Simão encontra-se
distribuída da seguinte forma:
Distribuição territorial:
- população urbana: 1.541
- população rural: 2.572
Sistemas públicos existentes no município; descrição da infraestrutura e organização
social das comunidades do município; práticas de saúde e de saneamento.
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2.2 Saúde
-1 Unidade Básica de Saúde, vinculada à Prefeitura Municipal, com atendimento em Saúde
Coletiva, Emergências, Ginecologia, Pediatria, Fisioterapia e Psicologia.
- 1 Policlínica Municipal, também vinculada à Prefeitura Municipal, com atendimento em
Odontologia, Imunização e Vigilância em Saúde (Vigilância Sanitária).
- 1 Casa de Apoio, para pacientes em trânsito.
A capacidade de atendimento destas estruturas (capacidade instalada) é suficiente para
o fluxo em Atenção Básica para toda a população municipal (sede e comunidades
interioranas).
2.3 Educação - 1 escola municipal de ensino básico, com capacidade para 450 alunos.
- 1 escola estadual, de ensino fundamental e médio, com capacidade para 300 alunos.
- 1 escola para alunos portadores de necessidades específicas (APAE), com capacidade para
20 alunos.
2.4 Segurança Pública - 1 Destacamento de Polícia Civil.
- 1 Destacamento da Polícia Militar, ligado ao Batalhão de Guarapuava, com um efetivo atual
de quatro policiais, em escala de plantão e uma viatura.
A capacidade de atendimento destas estruturas é limítrofe à população urbana do
município, estando portanto aquém do necessário para proporcionar um serviço eficiente à
população total.
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2.5 Comunicação - Telefonia fixa na sede do município, provida por empresa privada, com capacidade para 300
linhas de telefonia fixa e internet.
- Telefonia móvel na sede e em algumas localidades interioranas, provida por empresa
privada, com capacidade para cerca de 6 mil linhas de telefonia móvel no município.
- serviço de internet banda larga provido por duas empresas privadas, na sede e interior do
município, com capacidade para cerca de 150 pontos de acesso.
- não há emissoras de rádio no município, bem como não há também nenhuma repetidora de
sinal de televisão aberta ou privada;
- não há nenhum jornal de circulação local regular ou irregular.
A grande maioria da população comunica-se através de telefonia móvel,
principalmente na sede do município.
Atualmente, estão sendo instaladas duas torres de telefonia móvel nas partes sul e
norte do território municipal, o que, segundo a expectativa, deverá prover acesso à
comunicação telefônica em todo o território municipal.
As fontes de informação na sede e interior do município são a internet, seja por banda
larga ou por sinal de telefonia móvel, a televisão, através de captação de sinal por antena
parabólica e o rádio, através de emissoras de Guarapuava e Pitanga que têm alcance de sinal
no município.
2.6 Igrejas A sede do município conta com 5 igrejas, sendo 1 de denominação católica e 4 de
denominações evangélicas.
As igrejas existentes na sede municipal têm influência direta na organização social da
comunidade, visto que a maioria da população se declara como pertencente a uma destas
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denominações religiosas; os eventos sociais promovidos por estas igrejas, bem como os
eventos religiosos, influenciam diretamente no comportamento e conduta diária da população.
2.7 Cemitérios A sede municipal conta com 1 cemitério, sendo este o maior dos existentes dentro do
território de Campina do Simão.
O mesmo situa-se no centro da cidade, em sua avenida principal, e não conta com
nenhuma estrutura de drenagem de águas e percolados, barreira de poeira e coleta seletiva de
seu lixo ali produzido. Não há controle de acesso. A delimitação é feita por cerca de arame
alambrado, não oferecendo nenhum isolamento visual do ambiente cemiterial.
A área central da cidade, onde situa-se o cemitério, é rodeada por moradias, inclusive
com alguns pontos comerciais e estabelecimento públicos próximos, sendo que algumas
destas habitações encontram-se construídas abaixo do nível de drenagem das águas do
cemitério.
Visivelmente, este é um grande problema sanitário do município.
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Figura 4: Vista frontal do cemitério, a partir da porta principal da Unidade Básica de Saúde do município. Fonte: Prefeitura Municipal de Campina do Simão.
Figura 5: Vista posterior do cemitério municipal, a partir das ruas que o contornam lateral e posteriormente. Fonte: Prefeitura Municipal de Campina do Simão.
2.8 Principais Carências de Planejamento Físico Territorial
Área Urbana
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A área urbana de Campina do Simão teve sua ocupação efetiva, imprimindo ao atual
centro a característica de cidade, enquanto território organizado, somente a partir dos últimos
20 anos.
Desde então, até hoje, embora haja medições para delimitação dos terrenos urbanos,
estas medições esbarram em erros de ocupação cometidos no passado, que comprometem o
desenho da cidade dentro dos corretos padrões de urbanização:
Dentre os principais problemas, podemos citar:
- terrenos urbanos medidos erroneamente, com áreas maiores do que o constado em seus
documentos, onde muitas vezes, invadem o espaço que deveria ser ocupado por calçadas e
ruas ou fecham quadras por onde deveriam passar ruas e vias públicas.
- ausência de uma política de regularização fundiária urbana, onde a grande maioria dos
imóveis urbanos não têm escritura, mas somente contratos de compra e venda.
- invasão de áreas de preservação para construção civil; isso se deve principalmente à falta de
ordenamento há décadas, onde foi feito o desmatamento em áreas distantes do que seria o
centro, para lavoura, e foram deixadas áreas de preservação no entorno do centro, que
deveriam ser utilizadas para a expansão urbana da nascente cidade.
- presença de pequenos imóveis do tipo “chácaras” dentro do quadro urbano do município,
com resistência de seus proprietários em urbaniza-los; isto representa inclusive um problema
sanitário, visto a criação de animais para consumo humano nestas propriedades.
- devido a falta de planejamento urbano, ao contrário de outras cidades e regiões de ocupação
mais recente e ordenada, há alguns imóveis urbanos construídos às margens de rios que
cortam a cidade, constituindo não só um problema ambiental mas também de segurança.
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É expressamente proibida cópia, reprodução parcial, reprografia, fotocópia ou qualquer forma de extração de informações deste sem prévia autorização dos autores conforme legislação vigente.
- a área urbana foi planejada às margens do Rio Tigre, um dos principais do município e que o
corta inteiramente em sua região urbana; isto constitui em um problema ambiental e também
urbanístico, visto que limita a expansão urbana ordenada e concêntrica.
Área rural
A ocupação da área rural de Campina do Simão apresenta-se tão problemática quanto
a área urbana.
A exemplo, na época do fluxo migratório e ocupação rural do município, não houve a
preocupação nem dos ocupantes nem das autoridades competentes em promover uma
ocupação e uso do solo de forma ordenada e regular.
Isso resultou em propriedades rurais demarcadas a esmo e sem nenhum documento de
valor legal de propriedade; a maioria delas permanece assim até os dias atuais.
Há maior concentração de latifúndio na porção sul do município, por influência do
agronegócio proveniente de Guarapuava, com quem esta porção de Campina do Simão faz
divisa. Nesta região, a maioria dos imóveis rurais, senão todos, possuem documentação de
propriedade em conformidade com a legislação vigente.
Nas regiões central e norte da área rural, há o predomínio das pequenas e médias
propriedades, geralmente pertencentes a famílias ou a seus descendentes, que herdaram estas
terras mas não providenciaram sua escrituração. É nestas duas regiões que estão os maiores
problemas de regularização fundiária do município.
Não há em Campina do Simão a determinação ou identificação de ZEIS-Zonas
Especiais de Interesse Social, previstas no Plano Diretor do município.
No entanto, se considerarmos a definição de ZEIS como sendo áreas de assentamentos
habitacionais de população de baixa renda, surgidos espontaneamente, existentes,
consolidados ou propostos pelo Poder Público, onde haja possibilidade de urbanização e
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regularização fundiária, a administração municipal, no ato da revisão de seu plano diretor,
deverá considerar todo o quadro urbano de Campina do Simão como uma ZEIS.
2.9 Situação fundiária e eixos de desenvolvimento Situação Fundiária
Cerca de 85 % dos imóveis urbanos em Campina do Simão encontram-se me situação
fundiária irregular, não possuindo escrituração junto aos órgãos competentes. Cerca de 60 %
dos imóveis rurais do município estão na mesma situação.
Eixos de Desenvolvimento/Parcelamento e Urbanização
Não há nenhuma citação no Plano Diretor do Município sobre os eixos de
desenvolvimento urbano de Campina do Simão, sendo este um problema bastante sério a ser
enfrentado quando da revisão de seu Plano Diretor Municipal.
2.10 Caracterização das áreas de interesse social Levando-se em conta a identificação da situação dos dois componentes abaixo:
Esgoto sanitário: não há nenhuma cobertura de esgoto sanitário em nenhum imóvel urbano
ou rural do município; também não existem galerias de drenagem e destinação de águas
pluviais e a coleta de resíduos sólidos é deficiente.
Precariedade habitacional: embora grande parte das residências do perímetro urbano e rural
tenham condições satisfatórias de ocupação, a maioria ainda se encontra aquém dos requisitos
mínimos de segurança, conforto e salubridade,
Pode-se considerar, como citado anteriormente, que todo o quadro urbano de Campina
do Simão, bem como propriedades rurais pontuais dentro do território do município,
compõem uma Zona Especial de Interesse Social-ZEIS.
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2.11 Infraestrutura - energia elétrica
Cerca 98 % das residências do município são abastecidas com energia elétrica
proveniente do prestador local, tanto na área urbana quanto rural.
-pavimentação:
Cerca de 40 % da malha viária urbana é pavimentada.
-transporte
Na área urbana há uma única solução de transporte regular, privado, que liga o
município a Guarapuava. Não há transporte público urbano.
Na área rural, a única solução de transporte é o escolar, que liga toda a rede estudantil
do interior ao centro municipal.
- habitação
A grande carência habitacional em Campina do Simão não é quantitativa, mas sim
qualitativa.
O déficit habitacional no município deverá ser suprido com o término da construção
de 2 conjuntos habitacionais, um já em fase de construção e outro em fase de elaboração de
projeto.
No entanto, a qualidade das habitações já existentes é, em sua maioria, bastante
precária, quando considerados os requisitos mínimos de salubridade, segurança e conforto.
Relação entre costumes e saneamento/meio ambiente:
Embora praticamente todas a residências e pontos empresariais da sede do município
contem com abastecimento de água, coleta de lixo e fossas negras em seus estabelecimentos,
as práticas sanitárias e ambientais ainda são falhas:
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- a separação do lixo em reciclável, orgânico e de descarte não é levada a termo pela maioria
da população.
- não foi identificada preocupação coletiva ou até mesmo individual com os riscos sanitários
referentes a atual situação do cemitério.
- o hábito de descarte do lixo em vias públicas é evidente.
-em algumas residências, há esgoto proveniente da cozinha correndo a céu aberto.
- algumas residências ainda insistem em criar animais na área urbana, para abate e consumo
alimentício.
- não se identificou a percepção da população da sede municipal da relação entre a poeira e a
transmissão de doenças, bem como da localização das fossas negras nos quintais e da água
das chuvas, que não têm uma coleta e vazão adequadas.
- a totalidade dos inúmeros terrenos baldios não é cercada nem carpida/roçada.
- não se identificou preocupação coletiva com os riscos sanitários provenientes da criação
inadequada de animais domésticos na sede municipal.
- não se identificou nenhuma preocupação com a poluição sonora oferecida por veículos
pesados, som automotivo ou quaisquer outras fontes.
2.12 Aspectos Socioeconômicos IDH do município
Campina do Simão apresenta um IDH de 0,630.
Sendo ao IDH nacional, em média de 0,744, o município encontra-se com um IDH
abaixo da média nacional.
Ocupa, dentro do Estado do Paraná, a posição 336, sendo portanto, o 63° menos
desenvolvido dos 399 municípios do Estado.
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Índice Nutricional da população infantil de 0 a 2 anos:
Os índices nutricionais para esta faixa etária da população de Campina do Simão
apresentam-se bastante satisfatórios, sendo que 0 % das crianças, nesta faixa etária,
encontram-se com peso muito baixo, baixo ou elevado para sua idade.
Figura 6: Situação social e econômica de Campina do Simão, segundo seu IDH-M, em relação aos demais municípios.
Figura 7: demonstrativo do PIB do Paraná.
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Figura 8: Grau de dependência econômica da população de Campina do Simão.
Figura 9: Campina do Simão estando entre os municípios do Paraná que menos produzem no setor agropecuário.
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Figura10: Campina do Simão entre os municípios menos industrializados no Estado.
Figura 11: Campina do Simão possui os menores índices de urbanização do Paraná.
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2.13 Principais Carências de Planejamento Físico Territorial:
Área Urbana
A área urbana de Campina do Simão teve sua ocupação efetiva, imprimindo ao atual
centro a característica de cidade, enquanto território organizado, somente a partir dos últimos
20 anos.
Desde então, até hoje, embora haja medições para delimitação dos terrenos urbanos,
estas medições esbarram em erros de ocupação cometidos no passado, que comprometem o
desenho da cidade dentro dos corretos padrões de urbanização:
Dentre os principais problemas, podemos citar:
- terrenos urbanos medidos erroneamente, com áreas maiores do que o constado em seus
documentos, onde muitas vezes, invadem o espaço que deveria ser ocupado por calçadas e
ruas ou fecham quadras por onde deveriam passar ruas e vias públicas.
- ausência de uma política de regularização fundiária urbana, onde a grande maioria dos
imóveis urbanos não têm escritura, mas somente contratos de compra e venda.
- invasão de áreas de preservação para construção civil; isso se deve principalmente à falta de
ordenamento há décadas, onde foi feito o desmatamento em áreas distantes do que seria o
centro, para lavoura, e foram deixadas áreas de preservação no entorno do centro, que
deveriam ser utilizadas para a expansão urbana da nascente cidade.
- presença de pequenos imóveis do tipo “chácaras” dentro do quadro urbano do município,
com resistência de seus proprietários em urbaniza-los; isto representa inclusive um problema
sanitário, visto a criação de animais para consumo humano nestas propriedades.
- devido a falta de planejamento urbano, ao contrário de outras cidades e regiões de ocupação
mais recente e ordenada, há alguns imóveis urbanos construídos às margens de rios que
cortam a cidade, constituindo não só um problema ambiental mas também de segurança.
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- a área urbana foi planejada às margens do Rio Tigre, um dos principais do município e que o
corta inteiramente em sua região urbana; isto constitui em um problema ambiental e também
urbanístico, visto que limita a expansão urbana ordenada e concêntrica.
Área rural
A ocupação da área rural de Campina do Simão apresenta-se tão problemática quanto
a área urbana.
A exemplo, na época do fluxo migratório e ocupação rural do município, não houve a
preocupação nem dos ocupantes nem das autoridades competentes em promover uma
ocupação e uso do solo de forma ordenada e regular.
Isso resultou em propriedades rurais demarcadas a esmo e sem nenhum documento de
valor legal de propriedade; a maioria delas permanece assim até os dias atuais.
Há maior concentração de latifúndio na porção sul do município, por influência do
agronegócio proveniente de Guarapuava, com quem esta porção de Campina do Simão faz
divisa. Nesta região, a maioria dos imóveis rurais, senão todos, possuem documentação de
propriedade em conformidade com a legislação vigente.
Nas regiões central e norte da área rural, há o predomínio das pequenas e médias
propriedades, geralmente pertencentes a famílias ou a seus descendentes, que herdaram estas
terras mas não providenciaram sua escrituração. É nestas duas regiões que estão os maiores
problemas de regularização fundiária do município.
Não há em Campina do Simão a determinação ou identificação de ZEIS-Zonas
Especiais de Interesse Social, previstas no Plano Diretor do município.
No entanto, se considerarmos a definição de ZEIS como sendo áreas de assentamentos
habitacionais de população de baixa renda, surgidos espontaneamente, existentes,
consolidados ou propostos pelo Poder Público, onde haja possibilidade de urbanização e
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regularização fundiária, a administração municipal, no ato da revisão de seu plano diretor,
deverá considerar todo o quadro urbano de Campina do Simão como uma ZEIS.
2.14 Situação fundiária e eixos de desenvolvimento
Situação Fundiária
Cerca de 85 % dos imóveis urbanos em Campina do Simão encontram-se me situação
fundiária irregular, não possuindo escrituração junto aos órgãos competentes. Cerca de 60 %
dos imóveis rurais do município estão na mesma situação.
Eixos de Desenvolvimento/Parcelamento e Urbanização
Não há nenhuma citação no Plano Diretor do Município sobre os eixos de
desenvolvimento urbano de Campina do Simão, sendo este um problema bastante sério a ser
enfrentado quando da revisão de seu Plano Diretor Municipal.
2.15 Caracterização das áreas de interesse social
Levando-se em conta a identificação da situação dos dois componentes abaixo:
Esgoto sanitário: não há nenhuma cobertura de esgoto sanitário em nenhum imóvel urbano
ou rural do município; também não existem galerias de drenagem e destinação de águas
pluviais e a coleta de resíduos sólidos é deficiente.
Precariedade habitacional: embora grande parte das residências do perímetro urbano e rural
tenham condições satisfatórias de ocupação, a maioria ainda se encontra aquém dos requisitos
mínimos de segurança, conforto e salubridade,
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Pode-se considerar, como citado anteriormente, que todo o quadro urbano de Campina
do Simão, bem como propriedades rurais pontuais dentro do território do município,
compõem uma Zona Especial de Interesse Social-ZEIS.
2.16 Infraestrutura
- energia elétrica
Cerca 98 % das residências do município são abastecidas com energia elétrica
proveniente do prestador local, tanto na área urbana quanto rural.
-pavimentação:
Cerca de 40 % da malha viária urbana é pavimentada.
-transporte
Na área urbana há uma única solução de transporte regular, privado, que liga o
município a Guarapuava. Não há transporte público urbano.
Na área rural, a única solução de transporte é o escolar, que liga toda a rede estudantil
do interior ao centro municipal.
- habitação
A grande carência habitacional em Campina do Simão não é quantitativa, mas sim
qualitativa.
O déficit habitacional no município deverá ser suprido com o término da construção
de 2 conjuntos habitacionais, um já em fase de construção e outro em fase de elaboração de
projeto.
No entanto, a qualidade das habitações já existentes é, em sua maioria, bastante
precária, quando considerados os requisitos mínimos de salubridade, segurança e conforto.
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2.17 Indicadores de saúde de Campina do Simão
Longevidade
A esperança de vida ao nascer em Campina do Simão é de 72,49 anos, sendo que seu IDH-M
– longevidade é de 0,792.
Natalidade
A taxa bruta de natalidade no município, em 2013, foi de 11, 14 a cada mil habitantes.
Nos últimos anos, a taxa de natalidade em Campina do Simão apresentou-se conforme tabela
abaixo:
Fecundidade
Atualmente, a taxa de fecundidade de Campina do Simão é de 2,5 filhos por mulher.
Mortalidade
A taxa de mortalidade no município, por mil habitantes/ano, é de 7,19, sendo que a
evolução desta taxa nos últimos anos, bem como as principais causas de mortalidade em
Campina do Simão podem ser vistas no quadro abaixo:
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2.18 Dinâmica social, estrutura organizacional da sociedade, atores e segmentos setoriais
estratégicos no município
A dinâmica social e a forma como a sociedade de Campina do Simão se organiza
difere um pouco da maioria dos municípios do Estado.
Por se tratar de um município onde praticamente 2/3 de sua população reside no
interior, por ter um histórico de ocupação antiga, com poucos investimentos públicos em
todos os setores e por estar inserido em uma região também de ocupação antiga, podemos
encontrar as seguintes particularidades:
- os habitantes manifestam expressamente seu bairrismo, priorizando sua ligação com a
comunidade onde vivem.
- há um pensamento coletivo de dependência dos agentes políticos, principalmente
municipais.
- a informação não acontece como nas maneiras mais usuais, sendo que muitas vezes é
necessário o contato entre as pessoas para disseminação das informações, bem como a
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obtenção do parecer de pessoas próximas às famílias ou de seus representantes políticos,
sobre determinados assuntos, para que o mesmo seja considerado ou não de credibilidade.
- o fato de ter uma ocupação antiga, porém ser um município jovem, aliado a outros fatores,
como falta de investimentos públicos em educação, transporte e comunicação, ao longo das
décadas, faz com que grande parte da população apresente analfabetismo funcional ou
dificuldades de assimilação.
- a politicagem é um fator presente nas relações sociais, inclusive orientando as relações
interpessoais e interfamiliares.
- grande parte da população ainda pratica hábitos tidos como “antigos”, inclusive hábitos
sanitários e ambientais, como queima do lixo, criação de animais para consumo humano sem
controle sanitário, recintos sanitários do tipo “mictório” em alguns locais, benzimento para
determinadas doenças, inclusive parasitárias, consumo muito elevado de carne mal passada,
inclusive carne suína; consumo excessivo de álcool;
De frente destas informações, podemos concluir que há algumas dificuldades na
implantação de algumas politicas públicas, dificuldades estas que vão desde o entendimento e
assimilação por parte da população até a inserção e mudança de alguns hábitos de vida.
Nível educacional da população municipal
Abaixo, a taxa de analfabetismo da população municipal, por faixa etária, em %:
De 15 ou menos- 11,93
De 15 a 19- 1,60
De 20 a 24- 3,07
De 25 a 29- 3,15
De 30 a 39- 5,84
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De 40 a 49- 13,38
De 50 e mais- 26,71
Pode-se verificar que o analfabetismo no município apresenta sua maior taxa junto à
população acima de 30 anos.
Indicadores de educação:
- IDH-M Educação: 0,527
- Índice de Escolaridade da População Adulta: 0,28
- Frequência Escolar: 0,71
em relação à aprovação, reprovação e evasão escolar, o município conta com as
seguintes taxas:
- ensino fundamental:
Aprovação de 88 %.
Reprovação de 10,3 %.
Evasão de 1,7 %.
- ensino médio:
Aprovação de 89,5 %.
Reprovação de 4,1 %.
Evasão de 6,4 %.
Pode-se notar que a taxa de evasão escolar no ensino médio pode ser considerada de
média a alta em Campina do Simão.
Capacidade do sistema educacional do município em apoiar ações de promoção de
saúde, qualidade de vida e de salubridade.
- sistema educacional formal:
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Possui uma boa capacidade de apoio a estas questões junto à população, no entanto,
esta capacidade não está sendo explorada regularmente.
Percebe-se que questões de prevenção em saúde, promoção da qualidade de vida,
instruções sanitárias e ambientais, introdução de hábitos adequados de higiene e
comportamento ambientalmente corretos são abordados junto à população escolar de maneira
incipiente.
As escolas de ensino fundamental e médio , conforme visitação e constatação, não
possuem material didático adequado para abordagem dos seus alunos junto a estas questões.
Também não foi identificada nenhuma integração entre secretaria municipal de saúde
e divisão municipal de meio ambiente junto à secretaria municipal de educação e ao colégio
estadual, visando a elaboração de materiais didáticos para tal estratégia, nem para capacitação
dos decentes na abordagem de tais assuntos.
Esta é uma questão relevante no município, que precisa ser corrigida com urgência.-
sistema educacional informal:
De maneira categórica, o sistema educacional informal do município tem
pouquíssimas condições de promover adequadamente ações de promoção de saúde,
ambiental, qualidade de vida e salubridade.
Descrição dos Indicadores der renda, pobreza e desigualdade:
A população de Campina do Simão encontra-se, em relação ao valor de referência
nacional (R$ 510,00), na faixa de renda abaixo da média nacional, com uma renda média per
capita de R$ 328,24.
Seu Índice de Gini de Renda Per Capita Capita Domiciliar é de 0,5034.
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Conforme o Ipardes, o município apresenta um índice Ipardes de Desempenho
Municipal – IPDM, em relação a Emprego, Renda e Produção Agropecuária de 0,4631,
sendo, portanto, um índice considerado de médio-baixo desempenho.
Seu PIB Per Capita é de R$ 13. 915,00, portanto, muito abaixo da média nacional
(quase 50 % abaixo), que é de cerca de R$ 24.000,00.
Um outro indicador que pode referenciar a baixa renda média no município é sua frota
automobilística, sendo que este possui uma média de 1 carro para cada 6,4 habitantes,
enquanto que a média nacional é de 1 carro para cada 4,0 habitantes.
2.19 Situação do Saneamento Básico
Descrição das práticas de saúde e de saneamento
Neste tópico, serão descritas a s práticas de saúde e saneamento relatadas pelas
comunidades durante as reuniões executadas no território municipal.
Conforme questionário distribuído e discutido no final das reuniões, foram coletadas
as seguintes informações:
Comunidade dos Assentamentos:
- problemas de alagamento na área onde moram:
100 % da comunidade relata não ter este problema
- presença de lixo nas beiras de rios, após as chuvas:
75 % da comunidade relata não presenciar este problema
25 % da comunidade relata presenciar este problema.
- destino do lixo produzido em cada residência:
65 % da comunidade relata queimar o lixo
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35 % da comunidade relata queimar e enterrar o lixo
- separação do lixo em orgânico (seco) e inorgânico (úmido):
65% da comunidade relata não separar
35 % da comunidade relata separar
- sobre saber o que é coleta seletiva
60 % da comunidade relata saber o que é
40 % da comunidade relata não saber o que é
- sobre se gostariam de fazer a separação do lixo em sua casa
95 % da comunidade relata que gostariam de fazer
5 % da comunidade relata que não gostaria de fazer
- se a coleta do lixo ocorre de forma regular em sua comunidade ou residência:
100 % da comunidade relata não ter regularmente nem irregularmente a coleta
- sobre a satisfação da comunidade sobre a coleta do lixo em sua comunidade e residência
100 % da comunidade relata estar insatisfeita com o destino do lixo
Comunidades Grongoró e Bahia
- presença de lixo nas beiras de rios, após as chuvas:
31 % da comunidade relata não presenciar este problema
69 % da comunidade relata presenciar este problema.
- destino do lixo produzido em cada residência:
100 % da comunidade relata queimar o lixo
0 % da comunidade relata queimar e enterrar o lixo
- separação do lixo em orgânico (seco) e inorgânico (úmido):
30,8% da comunidade relata não separar
69,2 % da comunidade relata separar
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É expressamente proibida cópia, reprodução parcial, reprografia, fotocópia ou qualquer forma de extração de informações deste sem prévia autorização dos autores conforme legislação vigente.
- sobre saber o que é coleta seletiva
46 % da comunidade relata saber o que é
54 % da comunidade relata não saber o que é
- sobre se gostariam de fazer a separação do lixo em sua casa
92,3 % da comunidade relata que gostariam de fazer
7,7 % da comunidade relata que não gostaria de fazer
- se a coleta do lixo ocorre de forma regular em sua comunidade ou residência:
100 % da comunidade relata não ter regularmente nem irregularmente a coleta
- sobre a satisfação da comunidade sobre a coleta do lixo em sua comunidade e residência da
comunidade relata estar insatisfeita com o destino do lixo.
Comunidades Faxinal das Araras e São Damião
- destino do esgoto doméstico:
100 % relata fossa negra
- odor de esgoto próximo da residência:
100 % relata não ter este problema
- problemas de alagamento na área onde moram:
100 % da comunidade relata não ter este problema
- presença de lixo nas beiras de rios, após as chuvas:
8 % da comunidade relata não presenciar este problema
92 % da comunidade relata presenciar este problema.
- destino do lixo produzido em cada residência:
75 % da comunidade relata queimar o lixo
17 % da comunidade relata queimar e enterrar o lixo
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É expressamente proibida cópia, reprodução parcial, reprografia, fotocópia ou qualquer forma de extração de informações deste sem prévia autorização dos autores conforme legislação vigente.
8 % da comunidade relata jogar seu lixo em rios/córregos
- separação do lixo em orgânico (seco) e inorgânico (úmido):
76 % da comunidade relata não separar
24 % da comunidade relata separar
- sobre saber o que é coleta seletiva
56 % da comunidade relata saber o que é
44 % da comunidade relata não saber o que é
- sobre se gostariam de fazer a separação do lixo em sua casa
100 % da comunidade relata que gostariam de fazer
5 % da comunidade relata que não gostaria de fazer
- se a coleta do lixo ocorre de forma regular em sua comunidade ou residência:
100 % da comunidade relata não ter regularmente nem irregularmente a coleta
- sobre a satisfação da comunidade sobre a coleta do lixo em sua comunidade e residência
100 % da comunidade relata estar insatisfeita com o destino do lixo
Comunidades Cerro Verde, Boa Vista e Baú
- problemas de alagamento na área onde moram:
89 % da comunidade relata não ter este problema
11 % da comunidade relata ter este problema
- presença de lixo nas beiras de rios, após as chuvas:
55 % da comunidade relata não presenciar este problema
45 % da comunidade relata presenciar este problema.
- destino do lixo produzido em cada residência:
12 % da comunidade relata queimar o lixo
88 % da comunidade relata queimar e enterrar o lixo
39
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É expressamente proibida cópia, reprodução parcial, reprografia, fotocópia ou qualquer forma de extração de informações deste sem prévia autorização dos autores conforme legislação vigente.
- separação do lixo em orgânico (seco) e inorgânico (úmido):
55% da comunidade relata não separar
45 % da comunidade relata separar
- sobre saber o que é coleta seletiva
55 % da comunidade relata saber o que é
45 % da comunidade relata não saber o que é
- sobre se gostariam de fazer a separação do lixo em sua casa
88 % da comunidade relata que gostariam de fazer
12 % da comunidade relata que não gostaria de fazer
- se a coleta do lixo ocorre de forma regular em sua comunidade ou residência:
100 % da comunidade relata não ter regularmente nem irregularmente a coleta
- sobre a satisfação da comunidade sobre a coleta do lixo em sua comunidade e residência
100 % da comunidade relata estar insatisfeita com o destino do lixo
Comunidades Xerê, Passo da Moura e Paiquerê
- problemas de alagamento na área onde moram:
100 % da comunidade relata não ter este problema
- presença de lixo nas beiras de rios, após as chuvas:
86 % da comunidade relata não presenciar este problema
14 % da comunidade relata presenciar este problema.
- destino do lixo produzido em cada residência:
28 % da comunidade relata queimar o lixo
72 % da comunidade relata queimar e enterrar o lixo
- separação do lixo em orgânico (seco) e inorgânico (úmido):
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28% da comunidade relata não separar
72 % da comunidade relata separar
- sobre saber o que é coleta seletiva
28 % da comunidade relata saber o que é
42 % da comunidade relata não saber o que é
- sobre se gostariam de fazer a separação do lixo em sua casa
100 % da comunidade relata que gostariam de fazer
- se a coleta do lixo ocorre de forma regular em sua comunidade ou residência:
100 % da comunidade relata não ter regularmente nem irregularmente a coleta
- sobre a satisfação da comunidade sobre a coleta do lixo em sua comunidade e residência
100 % da comunidade relata estar insatisfeita com o destino do lixo
Comunidade Rosa Maria e Piquiri
- problemas de alagamento na área onde moram:
100 % da comunidade relata não ter este problema
- presença de lixo nas beiras de rios, após as chuvas:
42 % da comunidade relata não presenciar este problema
58 % da comunidade relata presenciar este problema.
- destino do lixo produzido em cada residência:
100 % da comunidade relata queimar o lixo
- separação do lixo em orgânico (seco) e inorgânico (úmido):
38 % da comunidade relata não separar
62 % da comunidade relata separar
- sobre saber o que é coleta seletiva
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33 % da comunidade relata saber o que é
67 % da comunidade relata não saber o que é
- sobre se gostariam de fazer a separação do lixo em sua casa
100 % da comunidade relata que gostariam de fazer
- se a coleta do lixo ocorre de forma regular em sua comunidade ou residência:
100 % da comunidade relata não ter regularmente nem irregularmente a coleta
- sobre a satisfação da comunidade sobre a coleta do lixo em sua comunidade e residência
100 % da comunidade relata estar insatisfeita com o destino do lixo
*** Em síntese, considerando as informações coletadas, pode-se apontar como
indicadores das zona rural do município:
- 50,5 % da população do interior do município relata observar a presença de lixo nas margens
de rios e à beira de nascentes, após um período chuvoso.
Esta informação foi confirmada em análise junto às margens de rios e córregos, em
algumas comunidades; mesmo em períodos não chuvosos, há lixo junto á vegetação
ribeirinha, bem como junto a algumas nascentes.
- 100 % da população do interior do município ou queima / enterra o lixo produzido em suas
residências.
No entanto, mesmo não havendo relatos por parte da comunidade, constatou-se que
boa parte do lixo produzido nas residências do interior é descartada nos leitos d’`agua, devido
à presença de lixo em suas margens, mesmo em períodos não chuvosos.
- 48 % da população do interior do município não sabe o que é coleta seletiva.
- 95 % da população do interior do município relata não contar com coleta regular de lixo,
sendo que mais de 90 % das comunidades não contam com nenhum tipo de coleta (regular ou
não ) do lixo ali produzido.
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- embora a grande maioria da comunidade relata não ter tido nenhum problema de saúde
relacionado á agua, esgoto ou lixo, os dados da Secretaria Municipal de Saúde são claros em
mostrar um alto índice de consultas médicas junto á população rural, principalmente por
diarreia e vômito, em períodos pós-chuvosos ou de seca prolongada; tais doenças
costumeiramente aparecem junto à população em surtos, comprometendo todas as faixas
etárias.
- a principal reivindicação de todas as comunidades interioranas é coleta regular de lixo e
abastecimento de água potável junto às residências.
Melhorias junto ao destino final do esgoto sanitário produzido também representam
uma parcela significativa das reivindicações.
Sede do Município
- problemas de alagamento na área onde moram:
48 % da comunidade relata ter este problema
- presença de lixo nas beiras de rios, após as chuvas:
75 % da comunidade relata não presenciar este problema
25 % da comunidade relata presenciar este problema.
- destino do lixo produzido em cada residência:
100 % da comunidade relata ter o lixo coletado regularmente
- separação do lixo em orgânico (seco) e inorgânico (úmido):
47% da comunidade relata não separar
53 % da comunidade relata separar
- sobre saber o que é coleta seletiva
100 % da comunidade relata saber o que é.
- sobre se gostariam de fazer a separação do lixo em sua casa
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É expressamente proibida cópia, reprodução parcial, reprografia, fotocópia ou qualquer forma de extração de informações deste sem prévia autorização dos autores conforme legislação vigente.
100 % da comunidade gostaria de fazer.
- se a coleta do lixo ocorre de forma regular em sua comunidade ou residência:
31 % da comunidade relata não ter a coleta regularmente
69 % da comunidade relata ter regularmente a coleta
- sobre a satisfação da comunidade sobre a coleta do lixo em sua comunidade e residência
46 % da comunidade relata estar insatisfeita com a coleta de lixo
54 % da comunidade relata estar satisfeita com a coleta de lixo
Avaliação dos Serviços Prestados
Para avaliação da eficácia, eficiência e efetividade dos serviços de saneamento
prestados dentro do município, existe o Conselho Municipal de Meio Ambiente, único órgão
dentro do município capaz de proceder a estas avaliações.
Recursos humanos no saneamento básico municipal
- abastecimento de água: 1 funcionário, da Sanepar.
- coleta de lixo: 2 funcionários, da prefeitura municipal, em revezamento (não fixos para esta
atividade)
- águas pluviais: nenhum funcionário; em casos de alagamento, a prefeitura municipal aloca,
em situação emergencial, funcionários da secretaria de obras para os trabalhos com águas
pluviais.
- esgoto sanitário: nenhum funcionário.
2.20 Situação Geral dos municípios da região
Com exceção de Guarapuava e Pitanga, que são municípios mais populosos e melhor
estruturados, todos os municípios da região apresentam situações sanitárias semelhantes às de
Campina do Simão.
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2.21 Legislação local em vigor
O município de Campina do Simão, assim como todos os municípios brasileiros, tem
suas normas e diretrizes de Saneamento Básico definidos pela Lei Federal 11.445, de 05 de
janeiro de 2007.
Em âmbito estadual, o município está inserido no elenco de leis próprias do prestador
de serviço de fornecimento de água e de coleta e destinação de esgoto, no caso, a Sanepar,
sendo que os principais instrumentos legais deste órgão, nestas áreas, são:
- lei 16242, de 2009, que institui a criação do Instituo das Águas do Paraná.
- decreto 3926, de 17 de outubro de 1988, que regulamenta os serviços prestados pela
Sanepar.
- decreto 2460 de 08 de janeiro de 2004, que estabelece a criação da Tarifa Social.
Na esfera municipal, temos, sob responsabilidade do município a questão dos resíduos
sólidos e das águas pluviais, sendo que não existe nenhum instrumento legal criado, no
município, que estabeleça as normas e diretrizes para a execução destes serviços,
Porém a partir da elaboração do Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos
Sólidos de Campina do Simão, o mesmo será transformado em lei, tendo-se assim uma
normatização legal a ser cumprida me relação aos resíduos sólidos, no município.
2.22 Estrutura Operacional, fiscalizatória e gerencial
Avaliação dos Serviços Prestados
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Para avaliação da eficácia, eficiência e efetividade dos serviços de saneamento prestados
dentro do município, existe o Conselho Municipal de Meio Ambiente, único órgão dentro do
município capaz de proceder a estas avaliações.
Recursos humanos no saneamento básico municipal
- abastecimento de água: 1 funcionário, da Sanepar.
- coleta de lixo: 2 funcionários, da prefeitura municipal, em revezamento (não fixos para esta
atividade)
- águas pluviais: nenhum funcionário; em casos de alagamento, a prefeitura municipal aloca,
em situação emergencial, funcionários da secretaria de obras para os trabalhos com águas
pluviais.
- esgoto sanitário: nenhum funcionário.
Política tarifária dos serviços de saneamento no município
- para coleta de lixo, esgoto sanitário e águas pluviais, não há nenhuma política tarifária, até
mesmo porque estes serviços ainda não são prestados no município, com exceção da coleta de
lixo, que é feita pela prefeitura municipal sem nenhuma tarifação.
- abastecimento de água na área urbana: segue a política tarifária da Sanepar, que será descrita
mais adiante no item “infraestrutura do abastecimento de água”.
Participação e controle social no saneamento básico municipal
Feito somente pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente; no entanto, este encontra
dificuldades para suas ações, visto a falta de comprometimento coletivo no município com as
questões sanitárias do mesmo.
Sistema de informações sobre os serviços
O único sistema de informações sobre os serviços de saneamento básico executados em
Campina do Simão fica a encargo da base de dados da Sanepar.
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Mecanismos de cooperação entre os entes federados
Estes mecanismos consistem em duas modalidades:
- contrato entre o governo municipal e estadual, para prestação de serviços, como o caso do
contrato entre o município e a Sanepar, para fornecimento de água potável na área urbana do
município.
-convênios entre o governo federal/estadual e o município, a exemplo:
- convênio entre o governo federal e o município para elaboração de seu Plano Municipal de
Saneamento Básico, em execução.
- convênio entre os governos federal e estadual para implantação do sistema de coleta e
tratamento do esgoto sanitário, em fase de elaboração.
- convênio entre o governo federal e o município para a construção de módulos sanitários em
domicílios em situação sanitária insalubre.
Iniciativas e capacidade de educação ambiental
- sistema educacional formal:
Possui uma boa capacidade de apoio a estas questões junto à população, no entanto,
esta capacidade não está sendo explorada regularmente.
Percebe-se que questões de prevenção em saúde, promoção da qualidade de vida,
instruções sanitárias e ambientais, introdução de hábitos adequados de higiene e
comportamento ambientalmente corretos são abordados junto à população escolar de maneira
incipiente.
As escolas de ensino fundamental e médio , conforme visitação e constatação, não
possuem material didático adequado para abordagem dos seus alunos junto a estas questões.
Também não foi identificada nenhuma integração entre secretaria municipal de saúde
e divisão municipal de meio ambiente junto à secretaria municipal de educação e ao colégio
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estadual, visando a elaboração de materiais didáticos para tal estratégia, nem para capacitação
dos decentes na abordagem de tais assuntos.
Esta é uma questão relevante no município, que precisa ser corrigida com urgência.-
sistema educacional informal:
De maneira categórica, o sistema educacional informal do município tem
pouquíssimas condições de promover adequadamente ações de promoção de saúde,
ambiental, qualidade de vida e salubridade.
3. SITUAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
3.1 Dados Gerais e Caracterização
RSD – coleta convencional
Como mostrado no gráfico acima, a maioria (60%) dos resíduos sólidos domiciliares
coletados em Campina do Simão é composta por resíduos secos. Observa-se que estes
resíduos secos são compostos tanto por rejeitos quanto por resíduos sólidos recicláveis, o que
evidencia a ausência de uma política municipal de reciclagem de resíduos sólidos.
No entanto, boa parte dos resíduos (40%) é composta por resíduos úmidos, mostrando
assim a ausência de uma politica municipal de reaproveitamento do lixo orgânico.
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3.2 Resíduos Sólidos Domiciliares-RSD Secos
Observa-se no gráfico acima a maior quantidade de resíduos sólidos domiciliares
secos produzidos no município: os plásticos, somando 35 %, sendo 25 % plásticos duros e 10
% plásticos moles. Considera-se a coleta convencional, destacando-se que não há coleta
seletiva no município.
3.3 Resíduos Sólidos Domiciliares Úmidos - RSD Úmidos
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Conforme observado no gráfico acima, a maioria dos resíduos úmidos produzidos no
município constitui-se de alimentos ins natura, descartados pela população, não havendo
nenhuma política municipal de aproveitamento dos resíduos orgânicos.
3.4 Resíduos Sólidos Domiciliares-Rejeitos
Como observa-se no gráfico acima, 10 % dos resíduos produzidos pela população
municipal é composta de resíduos completamente não-aproveitáveis (rejeitos). Constitui-se
basicamente de embalagens que foram danificadas pela umidade ou de materiais que, pela sua
constituição, não podem ser reciclados.
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3.5 Resíduos da Limpeza Pública
Observa-se no mapa acima que a maior parte dos resíduos decorrentes da limpeza
urbana é constituída por terra e areia; isso é explicado pela maior parte dos terrenos do
município, mesmo quando contêm casa, ser mal cuidada, sem muros de proteção e sistemas
de drenagem de águas; muitas vezes não se tem o cuidado de se retirar a terra dos mesmos,
fazendo-se as construções muito acima do nível da rua, o que contribui para o deslocamento
de terra para calçadas e vias de transito.
O fato de a maioria dos terrenos do município não receber o cuidado adequado de
capina ou poda regular, faz com que grande parte destes resíduos seja também constituída por
folhas e galhos.
Ocupando uma parcela significativa destes resíduos, está o lixo (20%), uma vez que
a educação ambiental e urbana infelizmente não se faz presente na maior parte do tempo em
relação aos hábitos locais.
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3.6 Resíduos da Construção Civil-RCC
Como observa-se acima, a maior parte dos rejeitos de construção civil é composta de
materiais perfeitamente aproveitáveis; no entanto, não há no município uma politica de
reaproveitamento, seja dos resíduos típicos, como argamassa e correlatos, ou de resíduos
perfeitamente recicláveis, como madeiras, plásticos e metais.
3.7 Resíduos do Serviço de Saúde-RSS
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Como observa-se acima, a grande maioria dos resíduos de saúde produzidos no
município são classificados como Classe D- resíduos recicláveis; os mesmos correspondem,
em sua maioria, às embalagens de produtos utilizados nesta área.
Os 30 % restantes constituem-se da seguinte forma:
-resíduos da Classe A- Infecto-contagiantes- 15 %- correspondem geralmente a luvas de
procedimento e cirúrgicas, gaze, algodão e tecidos contaminados.
-resíduos da Classe B- químicos- 10%- correspondem a restos de medicamentos e insumos
clínico-hospitalares;
- resíduos da Classe E- perfuro-cortantes- 5%- correspondem a agulhas e laminas de corte
utilizados nesta área.
* o município não produz resíduos de saúde da classe C- radioativos.
3.8 Resíduos passíveis de Logística Reversa
Observa-se acima que a maior produção de resíduos passíveis de logística reversa são
as embalagens de agrotóxicos e os lubrificantes e óleos automotivos. Cabe ao município
formular uma política eficiente de logística reversa junto a estes resíduos localmente
produzidos.
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3.9 Resíduos de Serviços Públicos de Saneamento Básico
Há somente uma Estação de Tratamento de Água no município, cuja água é coletada
através de poço artesiano, sendo a mesma tratada diretamente na fonte; portanto, não há
geração de resíduos específicos desta atividade.
Não há Estação de Tratamento de esgoto-ETE no município.
3.10 Resíduos Sólidos Cemiteriais
Como observado acima, a maior parte dos resíduos cemiteriais produzidos no
município corresponde a resíduos de construção civil, seja de construções novas ou de
demolições de jazigos antigos; neste sentido, o mais preocupante são os resíduos de
demolição, visto seu potencial contaminante e sua falta de destino adequado no município.
Também há de se considerar os resíduos provenientes de madeiras de esquifes, que,
mesmo em pequenas proporções, possuem um alto poder contaminante.
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3.11 Resíduos de Óleos Comestíveis
Como observa-se acima, os maiores produtores de óleo comestível são os domicílios,
seguidos pelos estabelecimentos comerciais e públicos, em igualdade. Não há nenhuma
política de destinação adequada destes resíduos, o que infelizmente faz com que os mesmos
sejam descartados junto ao sistema de fossas dos domicílios e estabelecimentos e de lá
diretamente para o solo.
3.12 Resíduos sólidos industriais
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Os resíduos sólidos industriais do município podem ser divididos basicamente em
dois: papel e pasta de papel e madeira picada. Não sendo um município industrializado, as
poucas indústrias aqui instaladas desenvolvem atividades madeireiras (4 indústrias) e
papeleira (1 indústria).
3.13 Resíduos de serviços de transporte
Não produzidos dentro do município, uma vez q eu não há transportadores aqui
instaladas, assim como não há estação rodoviária, ferroviária, portuária e aeroviária.
3.14 Resíduos agrosilvopastoris
Estes resíduos são provenientes das 3 principais atividades agropecuárias no
município: bovinocultura leiteira, bovinocultura de corte e reflorestamento comercial.
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3.15 Embalagens de agrotóxicos
São recolhidos pelos fornecedores, por logística reversa, não constituindo-se assim um
problema ambiental para o município.
3.16 Embalagem de medicamentos
Produzidos em alta escala, infelizmente os produtores rurais possuem o hábito de
descartarem diretamente no ambiente; é urgente a adoção de medidas educativas e
fiscalizatórias para a normatização do descarte deste tipo de resíduo sólido no município.
3.17 Medicamentos
Geralmente, as sobras de medicamentos também são descartadas diretamente no
ambiente, assim como suas embalagens, o que também faz com que medidas educativas e
fiscalizatórias sejam tomadas urgentemente por parte do município.
3.18 Carcaça animal
Este tipo de resíduo geralmente é proveniente do abate de animais para consumo
familiar, prática ainda muito comum no município, principalmente entre as famílias residentes
no interior.
Os ossos, vísceras e o couro, na maioria das vezes, são descartados no ambiente, longe
da casa, sejam enterrados ou muitas vezes expostos, para decomposição, quando não
descartados em corpos de água na propriedade.
Também cabem medidas normativas, uma vez que a produção destes resíduos sólidos
é alta no município e na maioria das vezes sua destinação final é inadequada.
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3.19 Resíduos perfurocortantes – atividades de assistência veterinária
Por regra, todos eles são descartados em recipiente apropriado e levados ao serviço de
saúde pública do município, não sendo este um problema a ser solucionado.
Detergentes, sabões e demais produtos químicos:
Estes são, sem dúvida, o principal problema no município, uma vez que a atividade de
pecuária leiteira é bastante presente; conforme verificado em campo, o descarte das águas
misturadas aos sabões para lavagens de equipamentos é feito diretamente no solo, o que
constitui-se em um erro ambiental gravíssimo.
São provenientes da higienização de equipamentos na atividade leiteira.
Os principais componentes químicos destes insumos são:
Ácido nítrico: corrosivo para pele, olhos, trato respiratório e trato digestivo; potente
contaminador de águas, tornando-as sumariamente impróprias para qualquer uso; potente
contaminador do ar, através de seus vapores.
Ácido fosfórico: altamente corrosivo, portanto sua inalação ou ingestão pcausam danos
severos à vida animal, inclusive levando à morte; potente contaminador de solos e de águas.
Didroxido de sódio: altamente corrosivo para qualquer tecido animal, podendo levar à morte;
miscível à água, portanto altamente contaminante para solos e principalmente cursos de água.
Hipoclorito de sódio: altamente corrosivo para tecidos animais; seus vapores são altamente
prejudiciais ao sistema respiratório; altamente tóxico para organismos aquáticos.
Benzeno: altamente cancerígeno; altamente nocivo ao sistema neurológico; altamente nocivo
ao sistema reprodutor animal;
Sulfonato de sódio: irritante para pele e olhos; quando hidrolisado, libera ácido sulfúrico,
altamente contaminante do solo e de águas.
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3.20 Dejetos animais
Algumas propriedades o aproveitam para produção de adubo orgânico;
No entanto, algumas propriedades não se preocupam com o manejo destes dejetos, deixando-
os expostos ao ambiente e a ação das águas da chuva e enxurrada.
Cabe a cada propriedade se planejar no sentido de dar uma adequada destinação a
estes dejetos.
Vísceras/couro
Proveniente da atividade de pecuária de corte, sendo esta pouco expressiva para uso
comercial no município;
No entanto, o abate de animais para consumo próprio (familiar) é uma prática
constante, sendo que na maioria das vezes as vísceras são descartadas diretamente em cursos
de água ou sobre o solo.
4. COLETA E TRANSPORTE
4.1 RSD Convencional e Secos
- número de veículos: somente um
- veículo utilizado: caminhão basculante com mais de 20 anos de uso, em situação precária.
- pesagem/quantidade: não realizada
- cobertura atual: insuficiente, uma vez que atende somente a sede do município e um das
localidades rurais, o Bairro Piquiri.
- frequência: suficiente às localidades atendidas.
- pesquisa de satisfação da população: não realizada
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4.2 Resíduos da Limpeza Pública-RLP
- número de veículos: nenhum; é utilizado o mesmo para coleta dos RSD secos e
Convencionais.
- cobertura atual: insuficiente
- frequência de coleta: insuficiente
4.3 Resíduos Verdes
- número de veículos: nenhum; é utilizado o mesmo para coleta dos RSD secos e
Convencionais.
- cobertura atual: insuficiente
- frequência de coleta: insuficiente
4.4 Resíduos Volumosos
- número de veículos: nenhum; é utilizado o mesmo para coleta dos RSD secos e
Convencionais.
- cobertura atual: insuficiente
- frequência de coleta: insuficiente
4.5 Resíduos da Construção Civil
- não são coletados no município; os próprios geradores encarregam-se de descarta-los em
terrenos baldios.
4.6 Resíduos dos Serviços de Saúde-RSS
- não coletados pelo município.
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- os mesmo são acondicionados em ambiente apropriado, pelos geradores, coletados,
transportados e destinados por empresas particulares prestadoras de serviço.
5. DESTINAÇÃO FINAL
Na tabela abaixo, a indicação das unidades de processamento de resíduos sólidos
presentes e ausente no município:
Tipo de Unidade de Processamento PRESENTE no município
AUSENTE no município
Lixão X Aterro Controlado X Aterro Sanitário X Unidade de Transbordo X Unidade de triagem (galpão ou usina) X Unidade de compostagem (pátio ou usina) X Unidade de manejo de galhadas e podas X Unidade de tratamento por micro-ondas ou autoclave X Unidade tratamento por incineração X Vala específica de serviços de saúde X Aterro industrial X Área de transbordo e triagem de RCC e volumosos (ATT)
X
Queima em forno de qualquer tipo X Bota fora de entulhos X Instalações de sucateiros (ferros velhos ou similares) X Centrais de recebimento de embalagens vazias de agrotóxico
X
Unidade biodigestora (rural e urbana) X Unidade de captação de pneus usados X Pontos de captação de pilhas e baterias X Pontos de captação de lixo eletrônico X
5.1 Custos
Em 2015, os custos finais estimados com os serviços de coleta e destinação final de
resíduos sólidos no município de Campina do Simão está em torno de R$ 60,00/habitante/ano.
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5.2 Competências e Responsabilidades
O quadro a seguir define as responsabilidades de cada gerador de resíduos sólidos no
município, frente ao seu transporte e destinação final.
Define basicamente como de responsabilidade do setor público e privado.
Quando de responsabilidade do setor público, entende-se que a responsabilidade inclui
a coleta, transporte e destinação final.
Quando de responsabilidade do setor privado, entende-se que a responsabilidade pode
ser parcial, que seria somente no transporte ou somente pela destinação final, ou integral, que
seria o transporte e destinação final. Quando a responsabilidade do setor privado for parcial,
obrigatoriamente o setor público estará marcado, indicando assim sua responsabilidade
também parcial, seja no transporte ou na destinação final destes resíduos.
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Tipo de resíduo Resp.
Pública Integral
Resp. Pública Parcial
Resp. Privada/ Transporte
Resp. Privada/ Destinação
RCC x x
Resíduos volumosos x x
Residuos verdes x x
Resíduos de serviços de saúde x x x
Equipamentos eletrônicos x
Pilhas e baterias x
Lâmpadas x
Pneus x x
Óleos lubrificantes e embalagens x x
Agrotóxicos x x
Sólidos cemiteriais x
Resíduos de saneamento básico x
Óleos comestíveis x x
Resíduos industriais x x
agrosilvopastoris x x
RSD x
5.3 Carências e deficiências
- abrangência dos serviços de coleta de RSD
Definitivamente, não atinge-se, no município, a universalidade do atendimento à
população.
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A coleta de resíduos sólidos resume-se à área urbana do município, o que corresponde
a cerca de somente 25 % da poulação, e também ao Bairro Piquiri, que corresponde a cerca de
10 % da população.
Portanto, somente 35 % da população de Campina do Simão é servida pela coleta
domiciliar de RSD-resíduos sólidos domiciliares.
- ausência de ação por parte do setor privado
O setor privado, no que diz respeito aos resíduos agrosilvopastoris, aos resíduos
industriais (parcialmente) e a muitos resíduos domésticos (como óleos comestíveis, pneus,
etc), não cumpre seu papel como responsável pelo transporte e destinação final dos RS
gerados em seus domicílios.
Isso se dá pela ausência de uma politica educativa, pela própria ausência do poder
publico local e prover, de forma parcial, a responsabilidade compartilhada pela coleta e
destinação destes resíduos e, principalmente, pela ausência de normatizações municipais
eficazes para sistematizar a situação.
- dificuldades gerenciais
Não existe Secretaria de Meio Ambiente no município.
Existe uma Divisão de Meio Ambiente, que realiza, pela falta de estrutura física e
humana, trabalhos administrativos, na tentativa principiante de normatizar as atividades
ambientais no município, para que, quando houver estrutura suficiente, os diagnósticos de
sanemaneto e demais áreas ambientais já estejam elaborados, bem como apontadas a maioria
das soluções para os problemas do município.
Atualmente, as atividades de coleta e destinação de resíduos sólidos fica a encargo da
Secretaria Municipal de Obras, que encontra dificuldades das mais variadas formas no
exercício de suas funções.
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5.4 Legislação Aplicável a cada tipo de resíduo
Segue abaixo o elenco de leis nacionais que devem ser rigorosamente aplicadas pelos
município brasileiros em relação à produção,
Transporte e destinação final dos Resíduos Sólidos produzidos em seu território.
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6. PLANO DE AÇÃO
6.1 Definição de Responsabilidades Públicas e Privadas
A seguir, serão definidas as responsabilidades pelo manejo, transporte e destinação final
dos deferentes tipos de resíduos sólidos gerados em Campina do Simão, sendo estas
responsabilidades divididas em públicas, privadas e compartilhadas (públicas e privadas).
1- Serviço Público de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos Domiciliares
De responsabilidade do setor público municipal.
2- Resíduos gerados em ambientes privados, em geral
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De responsabilidade do setor privado, no caso, o gerador.
3- Resíduos passíveis de Logística Reversa:
De responsabilidade privada, através de seus fabricantes, importadores, distribuidores e
comerciantes.
4- Resíduos com Plano de Gerenciamento obrigatório
De responsabilidade privada, através de seus geradores.
5- Acondicionamento e Disposição Adequados e diferenciados
Privada, através de seus geradores.
6- Pequenos e grandes geradores
Os resíduos gerados pelos pequenos geradores são de responsabilidade compartilhada
(pública e priva).
Os resíduos gerados por grandes geradores são de responsabilidade exclusivamente
privada, necessitando assim o estabelecimento gerador de plano de gerenciamento específico,
independente do tipo de resíduo que ele gere.
7. DIRETRIZES, ESTRATÉGIAS, PROGRAMAS, AÇÕES E METAS PARA O
MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
7.1 Ações conforme os resíduos sólidos
7.1.1 RSD Domiciliares Secos Não Recicláveis
Diretrizes
- recolhimento uma vez na semana, na sede do município.
- recolhimento uma vez na semana, nos bairros interioranos do município.
- diminuição do volume gerado no município.
Estratégias
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- separação e acondicionamento específico feito pela população (domicílio ou
estabelecimento gerador)
- recolhimento, transporte e destinação feita pelo poder público.
- destinação final através de transbordo (estação própria) e transporte intermunicipal, por
empresa privada contratada.
- aquisição de um caminhão coletor apropriado para esta atividade.
Metas Quantitativas
- até Julho de 2017.
Programas e Ações
- Participação da População e setor público municipal.
- educação da população na separação do lixo.
7.1.2 RSD Domiciliares Recicláveis
Diretrizes
- recolhimento uma vez na semana, na sede do município.
- recolhimento uma vez na semana, nos bairros interioranos do município.
Estratégias
- separação e acondicionamento específico feito pela população (domicílio ou
estabelecimento gerador)
- recolhimento, transporte e destinação feita pelo poder público.
- destinação final através de cooperativa de reciclagem, a ser instituída no município.
- aquisição de um caminhão coletor apropriado para esta finalidade.
Metas Quantitativas
- até Julho de 2017.
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Programas e Ações
- Participação da População e setor público municipal.
- educação da população na separação do lixo doméstico.
- implantação da associação de recicladores de resíduos sólidos municipal.
7.1.3 RSD Domiciliares Úmidos
Diretrizes
- recolhimento uma vez na semana, na sede do município.
Estratégias
- separação e acondicionamento específico feito pela população (domicílio ou
estabelecimento gerador)
- recolhimento, transporte e destinação feita pelo poder público.
- destinação final junto à Usina Municipal de Produção de Adubo Orgânico, a ser instituída no
município.
Metas Quantitativas
- até Julho de 2017.
Programas e Ações
- Participação da População e setor público municipal.
- educação da população na separação do lixo.
- construção da usina municipal de compostagem, para produção de adubo orgânico.
7.1.4 Limpeza Pública
Diretrizes
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É expressamente proibida cópia, reprodução parcial, reprografia, fotocópia ou qualquer forma de extração de informações deste sem prévia autorização dos autores conforme legislação vigente.
- recolhimento no mínimo uma vez ao mês, conforme escala a ser definida pela órgão
competente, em relação ao diversos logradouros urbanos do município.
Estratégias
- recolhimento, transporte e destinação feita pelo poder público.
- destinação final junto adequada, conforme o tipo de resíduo coletado em logradouros
públicos.
Metas Quantitativas
- até Julho de 2017.
Programas e Ações
-Setor público municipal.
7.1.5 RCC- Construção Civil
Diretrizes
- recolhimento quando necessário, pelo poder público municipal, através de pedido
protocolado pelo gerador junto ao órgão competente.
Estratégias
- acondicionamento adequado e disponibilização feitos pelo gerador, até a data do
recolhimento.
- recolhimento, transporte e destinação feita pelo poder público.
- destinação final junto à aterro específico, a ser instituído pelo poder público municipal.
Metas Quantitativas
- até Julho de 2017.
Programas e Ações
-geradores privados e Setor público municipal.
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É expressamente proibida cópia, reprodução parcial, reprografia, fotocópia ou qualquer forma de extração de informações deste sem prévia autorização dos autores conforme legislação vigente.
- campanha de orientação junto à população, referente as datas de coleta, ao correto
acondicionamento até a coleta e a não destinação em locais inadequados (terrenos baldios,
etc)
- construção de aterro especifico no município para este tipo de resíduo sólido.
7.1.6 Resíduos Volumosos
Diretrizes
- recolhimento quando necessário, pelo poder público municipal, através de pedido
protocolado pelo gerador junto ao órgão competente.
Estratégias
- acondicionamento adequado e disponibilização feitos pelo gerador, até a data do
recolhimento.
- recolhimento, transporte e destinação feita pelo poder público.
- destinação final junto à cooperativa de reciclagem, a ser constituída no município.
Metas Quantitativas
- até Julho de 2017.
Programas e Ações
-geradores privados e setor público municipal.
7.1.7 Resíduos Verdes
Diretrizes
- recolhimento pelo poder público municipal, quando necessário.
Estratégias
- recolhimento, transporte e destinação feita pelo poder público.
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É expressamente proibida cópia, reprodução parcial, reprografia, fotocópia ou qualquer forma de extração de informações deste sem prévia autorização dos autores conforme legislação vigente.
- destinação final junto à Usina Municipal de Produção de Adubo Orgânico.
Metas Quantitativas
- até Julho de 2017.
Programas e Ações
-geradores privados e Setor público municipal.
- campanha de orientação junto à população.
7.1.8 Resíduos de Serviços de Saúde
Diretrizes
- recolhimento por empresa terceirizada, contratada pelo gerador.
Estratégias
- acondicionamento feito pelo gerador.
- recolhimento e transporte feito por empresa terceirizada.
- destinação final fora do município, conforme critérios das empresas contratadas.
Metas Quantitativas
- até Julho de 2017.
Programas e Ações
-geradores privados e Setor público municipal.
7.1.9 Equipamentos eletroeletrônicos
Diretrizes
- recolhimento pelo poder público municipal, quando necessário.
Estratégias
- recolhimento, transporte e destinação feita pelo poder público.
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É expressamente proibida cópia, reprodução parcial, reprografia, fotocópia ou qualquer forma de extração de informações deste sem prévia autorização dos autores conforme legislação vigente.
- destinação final junto à Associação Municipal de Recicláveis.
Metas Quantitativas
- até Julho de 2017.
Programas e Ações
-geradores privados e Setor público municipal.
- orientação junto à população.
7.1.10 Pilhas e baterias
Diretrizes
- recolhimento pelo poder público municipal, quando necessário.
Estratégias
- recolhimento, transporte e destinação feita pelo poder público.
- destinação final junto aos fabricantes/fornecedores.
Metas Quantitativas
- até Julho de 2017.
Programas e Ações
-geradores privados
7.1.11 Lâmpadas
Diretrizes
- recolhimento pelo poder público municipal, quando necessário.
Estratégias
- recolhimento, transporte e destinação feita pelo poder público.
- destinação final junto à associação municipal de reciclagem.
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É expressamente proibida cópia, reprodução parcial, reprografia, fotocópia ou qualquer forma de extração de informações deste sem prévia autorização dos autores conforme legislação vigente.
Metas Quantitativas
- até Julho de 2017.
Programas e Ações
-geradores privados e Setor público municipal.
7.1.12 Pneus
Diretrizes
- recolhimento pelo poder público municipal, quando necessário.
Estratégias
- recolhimento, transporte e destinação feita pelo poder público.
- destinação final junto à associação municipal de reciclagem.
Metas Quantitativas
- até Julho de 2017.
Programas e Ações
-geradores privados e Setor público municipal.
Estabelecimento de parceria junto fabricantes, dentro do conceito de Logística Reversa.
7.1.13 Óleos lubrificantes e embalagens
Diretrizes
- recolhimento pelo poder público municipal, quando necessário, das embalagens; o óleo
usado deve seguir logisitica reversa junto aos distribuidores/fabricantes.
Estratégias
- recolhimento, transporte e destinação feita pelo poder público, das embalagens;
recolhimento, transporte e destinação final do óleo usado feitos pelo fornecedor/fabricante.
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É expressamente proibida cópia, reprodução parcial, reprografia, fotocópia ou qualquer forma de extração de informações deste sem prévia autorização dos autores conforme legislação vigente.
- destinação final do óleo usado junto aos fornecedores/fabricantes; destinação final das
embalagens junto à associação municipal de reciclagem.
Metas Quantitativas
- até Julho de 2017.
Programas e Ações
-geradores privados e Setor público municipal.
- estabelecimento de parceria junto a fabricantes, dentro do conceito de Logística Reversa.
7.1.14 Agrotóxicos
Diretrizes
- recolhimento e acondicionamento feito pelo gerador.
Estratégias
- transporte e destinação feito pelo fornecedor/fabricante – Logística Reversa.
Metas Quantitativas
- até Julho de 2017.
Programas e Ações
- orientação junto aos geradores privados.
7.1.15 Resíduos sólidos cemiteriais
Diretrizes
- recolhimento pelo poder público municipal, quando necessário.
Estratégias
- transporte e destinação feita pelo poder público.
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É expressamente proibida cópia, reprodução parcial, reprografia, fotocópia ou qualquer forma de extração de informações deste sem prévia autorização dos autores conforme legislação vigente.
- destinação final:
- todo material proveniente da parte interna de sepulturas, excetuando-se materiais orgânicos
humanos, deve seguir para a estação de transbordo, sendo considerada como lixo seco.
- os resíduos de construção civil devem ser tratados como tal ( conforme descrito no item 5).
- os resíduos plásticos, recolhidos na superfície externa às sepulturas, devem ser reciclados.
- resíduos sólidos constituídos por materiais orgânicos humanos, cuja destinação adequada
não for realizada pelos responsáveis, no prazo estabelecido pelo município, deverão ser
destinados ao ossário municipal.
- demais resíduos externos às sepultura que não forem passiveis de reciclagem deverão ser
transportados pelo poder público municipal e destinados à estação municipal de transbordo.
Metas Quantitativas
- até Julho de 2017.
Programas e Ações
-geradores privados e setor público municipal.
- orientação junto à população.
7.1.16 Óleos comestíveis
Diretrizes
- recolhimento pelo poder público municipal, quando necessário.
Estratégias
- acondicionamento adequado pelo gerador, seja público ou privado.
- recolhimento, transporte e destinação feita pelo poder público.
- destinação final junto à associação municipal de reciclagem.
Metas Quantitativas
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- até Julho de 2017.
Programas e Ações
-geradores privados e setor público municipal.
- geradores públicos.
- orientação junto à população.
- estruturação da associação municipal de reciclagem, no sentido de produzirem sabão a partir
do óleo coletado.
7.1.17 Resíduos industriais
Diretrizes
- recolhimento pelo setor privado.
Estratégias
- acondicionamento, recolhimento, transporte e destinação final pelo setor privado.
- destinação final a critério do setor privado, conforme legislação ambiental nacional.
Metas Quantitativas
- até Julho de 2017.
Programas e Ações
-geradores privados.
7.1.18 Resíduos agrosilvopastoris
Diretrizes
- recolhimento pelo gerador privado.
Estratégias
- recolhimento, acondicionamento, transporte e destinação feitos pela iniciativa privada.
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- destinação final pelo setor privado.
- obrigatoriedade de todas propriedades rurais em elaborar seu Plano de Gerenciamento de
Resíduos Agrosilvopastoris, conforme legislação ambiental municipla vigente.
Metas Quantitativas
- até Dezembro de 2016.
Programas e Ações
- orientação junto aos geradores privados.
7.2 Ações Específicas nos Órgãos da Administração Pública.
Diretrizes
- produzir o mínimo de resíduos sólidos dentro do desempenho das funções da administração
pública.
Estratégias
- elaboração da Agenda Ambiental da Administração Pública – A3P
- envolver na A3P os seguintes órgãos da administração pública municipal:
- órgãos gestores de resíduos
- órgãos gestores de meio ambiente
- órgãos gestores de compras públicas
- órgãos gestores de tecnologia da informação
- órgãos gestores da iluminação pública.
- órgãos responsáveis pela manutenção de veículos
- órgãos de apoio às atividades agrosilvopastoris.
- demais órgãos da administração pública municipal.
- demais órgãos da administração pública, estadual e federal, presentes no município.
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Metas Quantitativas
Dezembro de 2017.
Programas e Ações
- orientação e incumbência de responsabilidades junto aos gestores públicos e funcionários
dos respectivos órgãos públicos.
7.3 Regramento dos Planos de Gerenciamento Obrigatórios
Em obediência ao Decreto Federal 7404, de 23 de Dezembro de 2010, da Presidência
da República e, em observância às especificidades do município, no que diz respeito à
geração, acondicionamento e destinação final de resíduos sólidos, terão de elaborar, dentro do
município de Campina do Simão, os seus PGRS - Planos de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos:
- todo estabelecimento empresarial, seja ele de qualquer categoria.
- todo estabelecimento com atividade informal, seja ele do ramo da indústria, comércio,
produção primária ou prestação de serviços.
- todo estabelecimento ou propriedade, urbana ou rural, que possua atividade no ramo
agrosilvopastoril, seja qual for a atividade.
- estabelecimentos que desenvolvam atividades industriais.
- estabelecimentos que desenvolvam atividades na área da saúde.
- responsáveis por serviços públicos de saneamento básico.
- empresas e terminais de transporte.
- mineradoras
- construtoras
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É expressamente proibida cópia, reprodução parcial, reprografia, fotocópia ou qualquer forma de extração de informações deste sem prévia autorização dos autores conforme legislação vigente.
Os respectivos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos deverão ser entregues
ao órgão municipal competente, onde o mesmo deverá iniciar o fluxo de informações entre os
geradores, o órgão público municipal e o Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão
dos Resíduos Sólidos- SNIR.
O órgão municipal competente deverá dispor de toda a infraestrutura material e
humana necessária para desempenho destas atividades, iniciando assim a fiscalização junto a
estes estabelecimentos e propriedades, em parceria com os órgãos ambientais e federais e
estaduais (IAP e IBAMA).
Deverá também atualizar no SINIR, anualmente, as informações referente à gestão dos
resíduos sólidos nos estabelecimentos e propriedades ora citados. Para isso, se faz necessário
e fica estabelecido que estes estabelecimentos e propriedades apresentem a os seus Planos de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos atualizados ao órgão público municipal competente, em
periodicidade ANUAL, em data a ser definida e divulgada por este órgão público municipal.
Em conformidade com o Decreto Federal 6514, de 22 de Julho de 2008 , da
Presidência da República, em seu Artigo 2, e o Artigo 84 do Decreto Federal 7404, de 23 de
Dezembro de 2010, as sanções decorrentes da não observância do estabelecido neste
documento são:
- advertência
- multa, que tem seu valor mínimo em R$ 50,00 (cinquenta reais) e seu valor máximo em R$
50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais), conforme a infração cometida pelo ente privado
ou público.
- destruição ou inutilização do produto junto ao ente infrator.
- suspensão da produção e venda do ente infrator.
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É expressamente proibida cópia, reprodução parcial, reprografia, fotocópia ou qualquer forma de extração de informações deste sem prévia autorização dos autores conforme legislação vigente.
- embargo da obra e de suas áreas.
- demolição da obra.
- suspensão total ou parcial da atividade do ente infrator.
- restrição de direitos, inclusive reclusão de até 3 anos.
Portanto, fica clara a importância dos estabelecimentos e propriedades citados neste
documento de elaborarem seus Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, bem como da
observância do conteúdo nele contido, em obediência às Leis Federais, Estaduais e
Municipais, afim de evitar-se a aplicação das sanções descritas acima, bem como manter-se o
equilíbrio entre produtividade e preservação ambiental.
7.3.1 Conteúdo mínimo dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos para entes do
município de Campina do Simão:
- deverá ser elaborado em estrita conformidade com a Legislação Federal vigente, conforme a
atividade exercida pelo ente em questão.
- deverá ser assinado ou pelo proprietário ou sócios ou responsáveis diretos (em caso de
estabelecimentos informais), pelo ente a que se refere o Plano, indicando assim,
responsabilidade destes para com a execução de seu conteúdo.
- deverá ser aprovado pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente, através de validação
gráfica, legitimando assim o referido Plano Municipal de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos, sendo esta a única forma de o Plano ter validade perante as instituições públicas
municipais, estaduais e federais.
- após a aprovação e validação pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente, uma cópia do
Plano deverá ser protocolada junto ao órgão municipal competente.
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É expressamente proibida cópia, reprodução parcial, reprografia, fotocópia ou qualquer forma de extração de informações deste sem prévia autorização dos autores conforme legislação vigente.
- os Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos deverão ser atualizados a cada 12 (doze)
meses, cuja cópia atualizada deverá ser protocolada junto ao órgão municipal competente. O
PGRS não atualizado até a data de doze meses após sua elaboração ou ultima atualização terá
sua validade expirada automática e imediatamente, passando assim o responsável pelo
estabelecimento ou propriedade a que se refere o PGRS a estar sujeito às penalidades
previstas na legislação vigente.
Das Penalidades
Em observância ao Decreto Federal 6514, de 22 de Julho de 2008 , da Presidência da
República, em seu Artigo 2, e o Artigo 84 do Decreto Federal 7404, de 23 de Dezembro de
2010, as penalidades para os responsáveis ou proprietários de estabelecimentos ou
propriedades que não protocolarem seus PGRS junto ao órgão municipal competente são:
- multa, que tem seu valor mínimo em R$ 50,00 (cinquenta reais) e seu valor máximo em R$
50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais), conforme a infração cometida pelo ente privado
ou público.
- destruição ou inutilização do produto junto ao ente infrator.
- suspensão da produção e venda do ente infrator.
- embargo da obra e de suas áreas.
- demolição da obra.
- suspensão total ou parcial da atividade do ente infrator.
- restrição de direitos, inclusive reclusão de até 3 anos.
Fica estabelecida a data de 02 (dois) de Setembro de 2016 para que os
estabelecimentos e propriedades do município de Campina do Simão entreguem seus Planos
de Gerenciamento de Resíduos Sólidos ao órgão municipal competente.
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7.4 Iniciativas de Educação Ambiental
7.4.1 Educação Ambiental nos Órgãos Públicos e Privados
Diretrizes
- orientação e fiscalização permanente junto aos órgãos e entidades públicas e privadas, no
sentido e incentivar seus funcionários a agirem dentro da Educação Ambiental, dentro das
diretrizes e parâmetros estabelecidos pela Política Nacional de Educação Ambiental - PNEA
e do Programa Nacional de Educação Ambiental – PRONEA.
Estratégias
- elaboração de panfletos explicativos a serem distribuídos junto aos funcionários públicos do
município.
- elaboração de treinamentos rápidos junto aos gestores públicos e privados do município,
afim de que possam multiplicar as informações junto a seus subordinados.
Metas Quantitativas
- redução de 30 % dos resíduos sólidos gerados nas entidades públicas e privadas do
município.
- até Julho de 2017.
Programas e Ações
- Programa Funcionários Conscientes
- Programa Empresa Consciente
Forma de Cobrança de Custos dos Serviços Públicos
Em obediência à Lei Federal 11.445/2007 e de seu Decreto Regulamentador
7217/2010 e da Lei Federal 11.445/2010, os municípios não só podem como deve realizar a
cobrança de taxas para o manejo de resíduos sólidos gerados dentro do município.
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Neste sentido, fica estabelecido, através deste PMGIRS, a obrigatoriedade do
município em elaborar o elenco de atividades de manejo de resíduos sólidos a serem passiveis
de cobrança de taxa, bem como os valores a serem cobrados e a forma de recolhimento junto
ao Governo Municipal.
Este elenco deve ser publicado como documento oficial do município (decreto ou lei
municipal), devendo ser elaborado pelos órgãos municipais competentes e sancionado pelo
Executivo Municipal.
Também fica estabelecido que estas taxas, em conformidade com a Legislação Federal
vigente, serão destinadas total e exclusivamente para o Fundo Municipal de Meio Ambiente.
O prazo para estas ações fica estabelecido em 31 de Dezembro de 2016.
7.5 Controle Social
O Controle Social das etapas de execução do conteúdo do Plano Municipal de
Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos deverá sempre envolver a discussão e
aprovação do Conselho Municipal de Meio Ambiente e do Conselho Municipal de Saúde,
obedecendo o seguinte critério:
- Conselho Municipal de Saúde: deverá ser primeiramente consultado, afim de fornecer
subsídios informativos ao Conselho Municipal de Meio Ambiente, tendo assim, caráter
consultivo e não deliberativo.
- Conselho Municipal de Meio Ambiente: terá caráter deliberativo em todas as ações a serem
executadas, referentes ao Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos.
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7.6 Sistemática das Informações Locais
A administração Municipal deverá disponibilizar toda a estrutura humana e física para
que as etapas do Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos de
Campina do Simão sejam implantadas efetivamente.
Dentro deste contexto, inclui-se a implantação e manuseio dos dois programas federais
para informações ambientais:
SINIR: Sistema Nacional de Informações sobre o Gerenciamento de Resíduos Sólidos.
SINISA: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico.
A implantação de toda esta estrutura terá como data limite 31 de Dezembro de 2016.
7.7 Ajustes na Legislação Geral e Específica
A exemplo da existência do Código Municipal de Obras, do Código Municipal de
Posturas, deverá ser elaborado, pela Administração Municipal, o Código Municipal de manejo
de Resíduos Sólidos.
Este Código de Postura, uma vez aprovado como Lei Municipal, passará a fazer parte
do Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos do Município.
O prazo para elaboração deste documento fica estabelecido em 31 de Dezembro de
2016.
7.8 Programas Especiais para a Questão de Resíduos Mais Relevantes
O Plano de Gestão precisa tratar estes resíduos com estratégia diferenciada. Pro-
gramas prioritários focados nestes temas permitirão a estruturação dos processos, a conquista
dos primeiros resultados e a consolidação da participação ampla dos diver-sos agentes. Mas a
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existência de programas prioritários, por outro lado, não deve ini-bir o preparo de programas
para outros resíduos especialmente impactantes como os resíduos dos serviços de saúde.
As áreas para captação de resíduos integrarão as ações para os resíduos prioritários
mas também permitirão ações voltadas a outros resíduos:
-resíduos da construção civil gerados em pequenas quantidades;
- resíduos volumosos (móveis, podas e inservíveis);
- resíduos domiciliares secos de entrega voluntária ou captados por meio de pequenos
veículos;
- resíduos com logística reversa (pneus, lâmpadas, eletroeletrônicos, pilhas e baterias).
PROGRAMA PRIORITÁRIO PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE
CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO
Implantação de Pontos de Entrega Voluntária – PEV (Ecopontos), Áreas de Tria-gem
e Transbordo – ATT, ou PEV Central , após setorização da malha urbana;
Difusão de informações para a organização dos fluxos de captação, com possível
apoio de agentes de saúde, visando redução da multiplicação de vetores (dengue e
outros);
organização do fluxo de remoção dos resíduos segregados e concentrados na rede (é
essencial a eficiência deste fluxo para a credibilidade do processo);
recolhimento segregado dos resíduos no processo de limpeza corretiva, quando
necessária;
destinação adequada de cada resíduo segregado;
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recuperação, por simples peneiração, da fração fina do RCC classe A, para uso como
“bica corrida” ou “cascalho” em serviços de manutenção.
Incentivo à presença de operadores privados com RCC, para atendimento dos maiores
geradores privados;
PROGRAMA PRIORITÁRIO PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
DOMICILIARES SECOS
organização das ações em torno dos Pontos de Entrega Voluntária – PEV (Eco-
pontos), PEV Central e Galpões de Triagem;
definição dos roteiros de coleta em torno das instalações, com possível uso de LEVs,
Locais de Entrega Voluntária, estabelecidos em instituições parceiras; a lo-gística de
transporte deve ser apoiada primeiramente nos pequenos veículos, pa-ra concentração
das cargas dos roteiros, associada posteriormente ao transporte com veículos de maior
capacidade;
difusão de informações para a organização dos fluxos de captação, com possível apoio
de agentes de saúde;
cadastramento dos catadores atuantes, visando sua organização e inclusão em
processos formais;
formalização do papel dos catadores, organizados em associações e cooperati-vas,
como agentes prestadores do serviço público da coleta seletiva;
organização do fluxo de remoção dos resíduos concentrados na rede (é essencial a
eficiência deste fluxo para a credibilidade do processo);
destinação adequada de cada resíduo segregado;
incentivo à presença de ações de economia solidária e negócios voltados à reuti-
lização e reciclagem de resíduos secos;
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estruturação de iniciativas como A3P e “Escola Lixo Zero”; incentivo à organiza-ção
de ações por Instituições privadas.
PROGRAMA PRIORITÁRIO PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
DOMICILIARES ÚMIDOS
implantação de unidades de valorização de orgânicos – compostagem simplificada ou
acelerada, em pátios ou galpões; instalações para biodigestão;
cadastramento dos grandes geradores, com geração homogênea de orgânicos (feiras,
sacolões, indústrias, restaurantes e outros);
estruturação de iniciativas como A3P, “Escola Lixo Zero”, “Feira Limpa”; incentivo à
organização de ações por Instituições privadas.
difusão de informações para a organização dos fluxos de captação;
organização dos roteiros e do fluxo de coleta seletiva de RSD úmidos (é essencial a
eficiência deste fluxo para a credibilidade do processo);
estabelecimento do uso de composto orgânico em serviços de manutenção de parques,
jardins e áreas verdes;
indução de processo de logística reversa para os resíduos úmidos com feirantes e seus
fornecedores;
incentivo à presença de negócios voltados à reutilização e reciclagem de resíduos
úmidos;
promover a interação dos sistemas de tratamento dos resíduos orgânicos com o de
tratamento do esgoto sanitário;
buscar redução significativa da presença de resíduos orgânicos da coleta con-vencional
nos aterros, para redução da emissão de gases.
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7.9 Monitoramento e verificação de resultados
A Lei Federal estabelece que o PGIRS seja revisto, no mínimo a cada quatro anos. O
monitoramento e verificação de resultados, para que, nas revisões, sejam aplicadas as
correções necessárias, deve ser realizado com apoio, sobretudo nos indicadores de
desempenho definidos no plano. Além deles, são elementos importantes de monitoramento:
implantação de Ouvidoria – órgão para recebimento de reclamações, avaliações e
denúncias – ou utilização de órgão ou serviço já existente;
estabelecimento de rotinas para avaliação dos indicadores, tal como a produção de
relatórios periódicos que incluam a análise dos registros feitos pela Ouvidoria;
reuniões do órgão colegiado com competência estabelecida sobre a gestão dos
resíduos.
O órgão colegiado a ser estabelecido, em atendimento ao artigo 34 do Decreto 7217/2010,
deverá ser o grande instrumento de monitoramento e verificação de resultados, pela
possibilidade que oferece de convivência entre os diversos agentes envolvidos.
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8. ASSINATURAS
Guarapuava, 17 de Junho de 2016
_______________________________ Ildefonso Costa Junior
Auditor, Gestor e Perito Ambiental CREA-PR 135958/D CRQ IX – 09202747
________________________________________________ Caminhos Sustentáveis Serviços Ambientais & Segurança do Trabalho LTDA.
CREA PR 46599
90
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9. ANEXOS
I – ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA – ART
91
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ANEXO I – ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA – ART
92
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