PLANO DE RECURSOS HíDRICOS DA BACIA HIDROGRÁFICA...
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PLANO DE RECURSOS HíDRICOSDA BACIA HIDROGRÁFICA
DO RIO SÃO FRANCISCO2016-2025
ATUALIZAÇÃO2016 - 2025
PLANO DE RECURSOS HÍDRICOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO
SÃO FRANCISCORP6 - PLANO DE METAS,
AÇÕES PRIORITÁRIAS E INVESTIMENTOS PARA ABACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO FRANCISCOVolume 2 – Plano de investimentos e mecanismos de
acompanhamento e implementaçãosetembro 2016
PLANO DE RECURSOS HÍDRICOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO FRANCISCO
RP6 – Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investim entos
Volume 1 – Eixos de atuação, planos de metas e de ações
Volume 2 – Plano de investimentos e mecanismos de acompanhamento e
implementação
Volume 3 – Consultas públicas (3ª fase)
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: i Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Registro de Controle de Documentos Document Control Record
Cliente Client Associação Executiva de Apoio à Gestão de Bacias Hidrográficas Peixe Vivo
Projeto Project Plano de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco
Documento Document RP6 – Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Volume 2 – Plano de Investimentos e Mecanismos de Acompanhamento da Implementação
Aprovação do Autor Author’s Approval
Supervisionado por Supervised by Pedro Bettencourt Correia Revisão Revision 3
Aprovado por Approved by Pedro Bettencourt Correia Data Date 14.09.2016
Aprovação do Cliente Client’s Approval
Data Date
____ / ____ / _________
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Revisão Data Descrição Breve Autor Supervisão Aprovação
Revision Date Short Description Author Supervision Approval
0 31.05.2016 RP6; Volume 2 NEMUS
1 14.07.2016 RP6; Volume 2 NEMUS
2 10.08.2016 RP6; Volume 2 NEMUS
3 14.09.2016 RP6; Volume 2 NEMUS
Elaborado por Prepared by
NEMUS, Gestão e Requalificação Ambiental, Lda.
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ii Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
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Apresentação
A NEMUS – Gestão e Requalificação Ambiental, Lda. apresenta o Plano de metas, ações prioritárias e
investimentos (RP6) do Plano de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, composto por:
• Volume 1 – Eixos de atuação, planos de metas e de ações;
• Volume 2 – Plano de investimentos e mecanismos de acompanhamento e implementação;
• Volume 3 – Consultas públicas (3ª fase).
A NEMUS agradece a confiança demonstrada, o acompanhamento e todo o apoio prestados pelo Comitê
de Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco e pela Associação Executiva de Apoio à Gestão de Bacias Hidrográficas
Peixe Vivo durante a realização do trabalho.
Salvador, setembro de 2016
O Coordenador Geral
Pedro Bettencourt Correia
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: iii Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
PLANO DE RECURSOS HÍDRICOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO FRANCISCO
RP6 – Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investim entos
Volume 2 – Plano de Investimentos e Mecanismos de Acompanhamento e Implementação
SUMÁRIO
7. Plano de Investimentos 1
7.1. Introdução 1
7.2. Investimentos e fontes de financiamento do Plano Decenal de Recursos Hídricos 2004-2013 2
7.2.1. Investimentos e fontes de financiamento previstos no PRH-SF 2004-20132
7.2.2. Investimentos realizados na BHSF (2004-2015) 4
7.3. Investimentos no período 2016-2025 12
7.3.1. Introdução 12
7.3.2. Orçamento executivo 12 7.3.3. Orçamento estratégico 32
7.3.4. Síntese 41
7.4. Fontes de Recursos para o PRH-SF 42
7.4.1. Plano Plurianual Federal 2016-2019 43
7.4.2. Planos Plurianuais Estaduais 62 7.4.3. Financiamento de âmbito Nacional 88
7.4.4. Financiamento de âmbito Estadual 109 7.4.5. Financiamento de âmbito Internacional 121 7.4.6. Compensação financeira pela utilização dos recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica 124 7.4.7. Cobrança pelo uso de recursos hídricos 127
8. Mecanismos de Acompanhamento da Implementação do Pl ano de Recursos Hídricos 129
8.1. Introdução 129
iv Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
8.2. Síntese da Estratégia de Implementação do Plano de Recursos Hídricos 130
8.2.1. Mapa do caminho 130
8.2.2. Faseamento da implementação das ações, por eixo 135
8.3. Estratégia para Engajamento de Atores e Difusão do Plano 146
8.3.1. Engajamento de atores 146 8.3.2. Difusão do plano 148
8.4. Cronograma síntese de implementação das ações do CBHSF 149
8.5. Monitoramento e Avaliação 153
8.5.1. Objetivos 153
8.5.2. Indicadores e metas 154
Referências Bibliográficas 171
Apêndice 1 – Estimativas de custo dos sistemas de s aneamento. 177
Apêndice 2 – Proposta inicial, contendo as bases pa ra a implementação das metas do PRH-SF 2016-2025, em seus diversos eix os. 183
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: v Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Alocação dos investimentos segundo os eixos do PRH-SF 2016-2025. 13
Figura 2 – Valor anual dos investimentos. 14 Figura 3 – Distribuição dos investimentos no eixo I. 15
Figura 4 – Distribuição dos investimentos no eixo II. 16 Figura 5 – Distribuição dos investimentos no eixo III. 17 Figura 6 – Distribuição dos investimentos no eixo IV. 18
Figura 7 – Distribuição dos investimentos no eixo V. 18 Figura 8 – Distribuição dos investimentos no eixo VI. 19
Figura 9 – Representatividade do orçamento estratégico e do orçamento executivo no período 2016-2025. 41 Figura 10 – Mapa do caminho. 133
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Investimentos previstos no PRH-SF 2004-2013. 2 Quadro 2 – Execução financeira. 5 Quadro 3 – Investimentos na bacia hidrográfica do rio São Francisco (2004-2015). 7
Quadro 4 – Programas que integraram ações relativas à revitalização da Bacia do Rio São Francisco nos PPA Federais (2004-2015). 8
Quadro 5 – Cronograma financeiro relativo ao orçamento executivo (R$). 21 Quadro 6 – Potenciais fontes de financiamento das ações do CBHSF. 25 Quadro 7 – Ações potencialmente financiadas pela ampliação da cobrança em rios de domínio dos estados. 29 Quadro 8 – Orçamento estratégico (R$). 33
Quadro 9 – Estimativa de valores dos PPA Estaduais potencialmente alocáveis a ações a implementar na BHSF. 38
Quadro 10 – Programa Agropecuária Sustentável. 45 Quadro 11 – Iniciativas do Programa Agropecuária Sustentável (objetivo 0175). 46 Quadro 12 – Programa Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade. 47
Quadro 13 – Programa Desenvolvimento Regional e Territorial. 49 Quadro 14 – Programa Mudança do Clima. 50
Quadro 15 – Programa Pesca e Aquicultura. 51 Quadro 16 – Programa Qualidade Ambiental. 52 Quadro 17 – Programa Recursos Hídricos. 53
Quadro 18 – Iniciativas do Programa Recursos Hídricos (objetivo 0479). 59 Quadro 19 – Programa Saneamento Básico. 60
Quadro 20 – Programa Transporte Aquaviário. 61 Quadro 21 – Programa Energia Elétrica. 62 Quadro 22 – PPA 2016 – 2019 Minas Gerais: eixo infraestrutura e logística. 63
Quadro 23 – PPA 2016 – 2019 Minas Gerais: eixo saúde e proteção social. 63 Quadro 24 – PPA 2016 – 2019 Minas Gerais: eixo desenvolvimento produtivo, científico e tecnológico. 64
vi Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Quadro 25 – PPA 2016 – 2019 Bahia: programa meio ambiente e sustentabilidade. 68 Quadro 26 – PPA 2016 – 2019 Bahia: programa água para todos. 71
Quadro 27 – PPA 2016 – 2019 Pernambuco: objetivo estratégico modelo integrado de gestão. 75
Quadro 28 – PPA 2016 – 2019 Pernambuco: objetivo estratégico sustentabilidade. 75 Quadro 29 – PPA 2016 – 2019 Pernambuco: objetivo estratégico desenvolvimento rural. 76
Quadro 30 – PPA 2016 – 2019 Pernambuco: objetivo estratégico recursos hídricos e saneamento. 77
Quadro 31 – PPA 2016 – 2019 Alagoas: Eixo Desenvolvimento Econômico Setorial. 79 Quadro 32 – PPA 2016 – 2019 Alagoas: Eixo Desenvolvimento Humano e Social. 81 Quadro 33 – PPA 2016 – 2019 Sergipe: Eixo II – Construir o Futuro. 82
Quadro 34 – Ações financiadas pelo FUNASA (saneamento). 94 Quadro 35 – Porcentual de contrapartida FUNASA (2012). 96
Quadro 36 – Ações financiadas pela Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental. 101 Quadro 37 – Valores da CFURH devidos pelas usinas da BSF (2010-2014). 125
Quadro 38 – Usinas da BSF e o valor da CFURH (2014). 125 Quadro 39 – Municípios e Unidades da Federação da BSF e respectivo valor da CFURH (2014). 126 Quadro 40 – Valores da cobrança pelo uso de recursos hídricos na BSF. 128 Quadro 41 – Cronograma de ações do CBHSF, por fase. 151
Quadro 42 – Indicadores e metas (Eixo I). 155 Quadro 43 – Indicadores e Metas (Eixo II) 158
Quadro 44 – Indicadores e Metas (Eixo III) 161 Quadro 45 – Indicadores e Metas (Eixo IV) 165
Quadro 46 – Indicadores e Metas (Eixo V) 167 Quadro 47 – Indicadores e Metas (Eixo VI) 169 Quadro 48 – Estimativa de Custo dos Sistemas Urbanos de Abastecimento de Água. 177 Quadro 49 – Estimativa de Custo dos Sistemas Rurais de Abastecimento de Água. 178
Quadro 50 – Estimativa de Custos dos Sistemas Urbanos de Esgotamento Sanitário. 178 Quadro 51 – Estimativa de Custos dos Sistemas Rurais de Esgotamento Sanitário. 179
Quadro 52 – Estimativa de Custos dos Sistemas Urbanos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. 180
Quadro 53 – Estimativa de Custos dos Sistemas Urbanos de Drenagem. 180
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: vii Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
LISTA DE NOMENCLATURAS E SIGLAS
ABC Agricultura de Baixa Emissão de Carbono
ADASA Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do
Distrito Federal
AFD Agência Francesa de Desenvolvimento
AGB-PV Associação Executiva de Apoio à Gestão de Bacias
Hidrográficas Peixe Vivo
AHSFRA Administração da Hidrovia do São Francisco
ANA Agência Nacional das Águas
ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica
ANTAQ Agência Nacional de Transportes Aquaviários
APAC Agência Pernambucana de Águas e Clima
APP Áreas de Preservação Permanente
BDMG Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais S.A.
BHSF Bacia Hidrográfica do rio São Francisco
BID Banco Interamericano de Desenvolvimento
BIRD Banco Internacional Para Reconstrução e Desenvolvimento
BM Banco Mundial
BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
CAF Corporação Andina de Fomento
CASAL Companhia de Saneamento de Alagoas
viii Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
CBH Comitê de Bacia Hidrográfica
CBHSF Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco
CCR Câmaras Consultivas Regionais
CEFET-SE Centro Federal de Educação Tecnológica de Sergipe
CEFIR Cadastramento Estadual Florestal de Imóveis Rurais
CEMA Conferência Estadual de Meio Ambiente
CEMIG Companhia Energética de Minas Gerais
CERH Conselho Estadual de Recursos Hídricos
CETAS Centro de Triagem de Animais Silvestres
CFURH Compensação Financeira dos Recursos Hídricos para fins de
Geração de Energia Elétrica
CHESF Companhia Hidroelétrica do São Francisco
CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico
CNRH Conselho Nacional de Recursos Hídricos
CODEVASF Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e
Parnaíba
COFIEX Comissão de Financiamento Externos
COHIDRO Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e
Irrigação de Sergipe
COMPESA Companhia Pernambucana de Saneamento
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: ix Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
CONSEMA Conselho Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco
COPANOR Copasa Serviços de Saneamento Integrado do Norte e
Nordeste de Minas Gerais
COPASA Companhia de Saneamento de Minas Gerais
CPRM Serviço Geológico do Brasil
CPTEC Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos
CRAD Centros de Referência em Recuperação de Áreas Degradadas
CT Câmaras Técnicas
DAGES Departamento de Água e Esgoto
DARIN Departamento de Articulação Institucional
DBO Demanda Bioquímica de Oxigênio
DDCOT Departamento de Cooperação Técnica
DESO Companhia de Saneamento de Sergipe
DNOCS Departamento Nacional de Obras Contra Secas
DNPM Departamento Nacional de Produção Mineral
DOU Diário Oficial da União
EMATER-MG Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas
Gerais
EMBASA Empresa Baiana de Águas e Saneamento
EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
FAT Fundo de Amparo ao Trabalhador
x Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
FEAM Fundação Estadual do Meio Ambiente
FEHIDRO Fundo Estadual de Recursos Hídricos de Pernambuco
FEMA Fundo Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco
FERFA Fundo Estadual de Recursos para o Meio Ambiente da Bahia
FERH Fundo Estadual de Recursos Hídricos de Alagoas
FERHBA Fundo Estadual de Recursos Hídricos da Bahia
FGTS Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
FHIDRO Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento
Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas
Gerais
FIDA Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura
FIEMG Federação das Indústrias de Minas Gerais
FNDF Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal
FNMA Fundo Nacional do Meio Ambiente
FUNASA Fundação Nacional da Saúde
FUNERH Fundo Estadual de Recursos Hídricos de Sergipe
GEE Gases do Efeito Estufa
GEF Global Environment Facility (Fundo Global para o Meio
Ambiente)
GT Grupo de Trabalho
IBAMA Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: xi Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
IBRAM Instituto Brasileiro de Mineração
IDA Associação Internacional de Desenvolvimento
IFC Corporação Internacional de Financiamento
IGAM Instituto Mineiro de Gestão das Águas
INEMA Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos
INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
IPA Instituto Agronômico Pernambuco
JICA Agência de Cooperação Internacional do Japão
MAPA Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
MCTI Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
MI Ministério da Integração Nacional
MMA Ministério do Meio Ambiente
MME Ministério de Minas e Energia
MP Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
OGU Orçamento Geral da União
ONG Organização Não Governamental
ONS Operador Nacional do Sistema Elétrico
PAE Planos de Ação de Emergência
PAP Plano de Aplicação Plurianual
PISF Projeto de Integração do Rio São Francisco
PNDR Política Nacional de Desenvolvimento Regional
xii Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
PNMC Política Nacional sobre Mudança do Clima
PNSB Plano Nacional de Saneamento Básico
PPA Plano Plurianual
PRA Programa de Regularização Ambiental
PRH-SF Plano de Recursos Hídricos do rio São Francisco
PRODES Programa de Despoluição de Bacias Hidrográficas
PRORURAL Programa de desenvolvimento sustentável
PSA Pagamento por Serviços Ambientais/ Projeto de Saneamento
Ambiental
QUALIÁGUA Programa de Estímulo à Divulgação de Dados da Qualidade de
Água
RF Região Fisiográfica
RH Recursos Hídricos
RIMAS Rede Integrada de Monitoramento das Águas Subterrâneas
RMBH Região Metropolitana de Belo Horizonte
RNQA Rede Nacional de Monitoramento da Qualidade das Águas
Superficiais
RURALMINAS Fundação Rural Mineira
SEAIN Secretaria de Assuntos Internacionais
SEGREH Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos
SEIA Sistema Estadual de Informações Ambientais e de Recursos
Hídricos
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: xiii Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
SEMA Secretaria do Meio Ambiente
SEMAD Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável
SEMARH Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos
Hídrico
SEMAS Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade
SIMGE Sistema de Meteorologia e Recursos Hídricos de Minas Gerais
SIRH Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos
SISEMA Sistema Estadual do Meio Ambiente da Bahia
SISEMAS Sistema Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade
SNIRH Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos
SNIS Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento
SNSA Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental
SRHE Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos
SUDAM Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia
SUDECO Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste
SUDENE Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste
UEFS Universidade Estadual de Feira de Santana
UF Unidade da Federação
UFAL Universidade Federal de Alagoas
UFLA Universidade Federal de Lavras
xiv Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
UFMG Universidade Federal de Minas Gerais
UFPE Universidade Federal de Pernambuco
UFS Universidade Federal de Sergipe
UHE Usina Hidroelétrica
UNB Universidade de Brasília
ZEE Zoneamento Ecológico-Econômico
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 1 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
7. PLANO DE INVESTIMENTOS
7.1. Introdução
O presente documento constitui o Volume 2 – Plano de Investimentos e Mecanismos
de Acompanhamento e Implementação do Plano de Metas, Ações Prioritárias e
Investimentos (RP6) do Plano de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio São
Francisco elaborado para o período 2016-2025. Dá continuidade ao Volume 1 – Eixos
de atuação, planos de metas e de ações do RP6, que apresenta os capítulos 1 a 6.
No presente capítulo, são indicados os investimentos previstos no PRH-SF 2004-
2013 e os investimentos realizados na bacia no período 2004-2015 (seção 7.2).
Para o período 2016-2025, apresenta-se um orçamento executivo e um orçamento
estratégico para a bacia (seção 7.3), indicando-se as estimativas de investimento e
potenciais fontes de financiamento (posteriormente especificadas na seção 7.4).
Apresenta-se ainda um cronograma financeiro das atividades previstas executar até
2025 pelo Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.
As fontes de recursos são detalhadas na seção 7.4, analisando-se os Planos
Plurianuais, correspondentes ao período 2016-2019, tanto a nível Federal como a nível
Estadual e, ainda as possibilidades de financiamento nacional, estadual e internacional,
através da análise de fundos e compensações financeiras. Deste modo foram
analisados os fundos existentes que dão apoio a áreas como a gestão de recursos
hídricos, a conservação do meio ambiente ou outras relacionadas com os eixos
prioritários definidos no volume anterior do presente relatório.
2 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
7.2. Investimentos e fontes de financiamento do Pla no Decenal de
Recursos Hídricos 2004-2013
7.2.1. Investimentos e fontes de financiamento prev istos no PRH-SF 2004-2013
O PRH-SF 2004-2013 previa um investimento total de 5,2 bilhões de reais (Quadro 1).
O componente IV representava 84,1 % dos investimentos necessários para implementar
o Plano, dos quais 26,5% a aplicar no semiárido.
Quadro 1 – Investimentos previstos no PRH-SF 2004-2 013.
Tipo de ações
Investimento
previsto PRH-SF
2004-2013 (R$)
Ações de gestão:
componente I- Implantação do
sistema integrado de gerenciamento
de recursos hídricos e do plano de
bacia
Programa Fortalecimento
institucional
91.500.000
Instrumentos de gestão
Ações de planejamento:
componente II- Uso sustentável dos
recursos hídricos, proteção e
recuperação hidroambiental +
componente IV - Qualidade e
saneamento ambiental
Águas para todos
141.840.000 +
4.379.992.998
Saneamento ambiental
Proteção e conservação
Estudos e projetos
Ações estruturais:
componente III - Serviços e obras de
recursos hídricos e uso da terra +
componente V -Sustentabilidade
hídrica do semiárido
Águas para todos
128.010.000 +
465.100.002
Saneamento ambiental
Proteção e conservação
Serviços e obras
Total (R$) 5.206.443.000
Fonte: PRH-SF 2004-2013 (ANA/GEF/PNUMA/OEA, 2004).
A revitalização da Bacia do Rio São Francisco foi, em 2004, abrangida por um Programa
Federal denominado de Programa de Revitalização de Bacias Hidrográficas com
Vulnerabilidade Ambiental. Este Programa, coordenado pelo Ministério do Meio
Ambiente, em articulação com o Ministério da Integração, foi contemplado pela primeira
vez no PPA 2004-2007 do Governo Federal.
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 3 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
De acordo com o indicado no PRH-SF 2004-2013, os recursos identificados como de
possível emprego na Bacia em intervenções de interesse do Plano foram estimados em
cerca de R$ 3,8 bilhões , ficando R$ 1,3 bilhões (ou 26,0 % do total a ser investido) para
serem negociados com os Estados (que não tiveram os investimentos previstos em seus
PPA’s contabilizados no PRH-SF 2004-2013) e pela contratação de um financiamento
internacional. Foram consideradas as seguintes fontes de financiamento:
• Planos Plurianuais Federais: extrapolando-se para os 10 anos de
vigência do Plano, a mesma proporção de destinação dos recursos do
PPA 2004-2007, estimou-se que os valores no PPA federal disponíveis
para serem aplicados na Bacia poderiam chegar a quase R$ 3 bilhões;
• Cobrança pelo uso dos recursos hídricos: uma primeira iniciativa do
potencial de arrecadação da cobrança pelo uso da água, feita no âmbito
do PBHSF estimou em R$ 33,9 milhões a receita anual da cobrança pelo
uso dos recursos hídricos;
• Compensação hidroenergética: adotou-se um total de 20% sobre o
montante da compensação hidroenergética como a contribuição dos
municípios para o conjunto de investimentos do PBHSF, o que
representaria R$ 8 milhões anuais
• Recursos de concessionárias de serviços públicos (COPASA, CHESF,
CEMIG, etc.): considerou-se que estes recursos poderiam representar
cerca de R$ 448 milhões no período examinado (2004-2013)
Dos recursos previstos no PPA Federal 2004-2007 com interesse para o PBHSF,
esperava-se que o Ministério das Cidades coordenasse mais da metade dos recursos
não exclusivos da Bacia disponíveis para Saneamento, enquanto os Ministérios da
Integração Nacional e do Meio Ambiente concentrariam sob sua jurisdição os recursos
para a irrigação.
Com relação ao tema Revitalização, a grande maioria dos recursos estaria no Programa
Revitalização de Bacias, compreendendo cerca de 98% dos investimentos desse tema.
Todo recurso a ser aplicado diretamente na Bacia para o tema Revitalização estaria sob
a coordenação do Ministério do Meio Ambiente, exceção feita para os recursos da ação
“Obras de Revitalização e Recuperação”, sob a responsabilidade do Ministério da
Integração.
4 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Para as ações de Infraestrutura destacava-se o Programa PROÁGUA Infra-estrutura,
com investimentos para realização de adutoras e canais. Outros investimentos
exclusivos da Bacia se encontravam no Programa CONVIVER, no qual se destacavam
as adutoras do PROAGUA/Semi-árido e no Programa Corredor São Francisco, no qual
estavam alocados recursos para melhoramentos no canal de navegação da hidrovia do
rio São Francisco.
7.2.2. Investimentos realizados na BHSF (2004-2015)
A. INVESTIMENTOS DO CBHSF (APÓS 2010)
O CBHSF e a AGB Peixe Vivo atuam junto as entidades públicas do Governo Federal,
dos Governos Estaduais e dos Governos Municipais, por meio de seus Ministérios,
Secretarias, Autarquias, Empresas Públicas, de forma a harmonizar os diversos
investimentos programados, com o objetivo de compatibilizá-los com as propostas
contidas no Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica.
O CBHSF tem destinado a maior parte de seus recursos financeiros provenientes da
cobrança pelo uso de recursos hídricos, conforme previsto nos Planos de Aplicação
Plurianuais, em:
• Planos Municipais de Saneamento e Projetos de Saneamento Básico, de
forma que os municípios possam acessar os recursos financeiros
existentes no Orçamento Federal para a implantação das obras;
• Programas de comunicação, mobilização e educação ambiental junto às
comunidades da bacia;
• Implantação de projetos demonstrativos de recuperação de áreas de
recarga hídrica e de preservação de nascentes, dentre outros projetos
hidroambientais;
• Atualização do plano e acompanhamento das ações/investimentos da
bacia.
Tais intervenções, realizadas coerentemente com os Planos de Aplicação Plurianuais e
ainda coerentemente com o Plano Decenal de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica
do Rio São Francisco, estão descritas nos Relatórios Anuais de Acompanhamento das
Ações Executadas com os recursos da cobrança na bacia.
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 5 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
No Quadro 2 apresenta-se em resumo a execução financeira anual correspondente aos
92,5% dos recursos da cobrança pelo uso dos recursos hídricos na bacia hidrográfica
do rio São Francisco, comparando-se esse valor com o previsto nos Planos de
Aplicação.
Quadro 2 – Execução financeira.
Ano
Execução financeira (92,5% dos recursos da cobrança )
Execução (R$)
(previsto)
2015 17.358.130,88
(34.225.000,00)
2014 13.906.533,80 (36.535.000,00)
2013 13.725.825,00
(21.795.000,00)
2012 5.336.409,72
(45.000.000,00)
2011 R$ 1.475.127,28
(R$ 28.056.225,62)
2010 (jun-dez) R$ 71.240,67
(sem informação)
Fonte: Relatório anual de acompanhamento das ações executadas com os recursos da cobrança (ANA/AGB Peixe Vivo, 2015, 2014, 2013, 201 2); Relatório de Gestão do exercício 2012 (ANA/AGB Peixe Vivo, 2012); Relatóri o financeiro AGB Peixe Vivo (2011, 2010).
O relatório de avaliação da política pública “Revitalização do Rio São Francisco”
(Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle, 2015)
recomenda com respeito à cobrança pelo uso de recursos hídricos:
• A revisão dos critérios e parâmetros utilizados na cobrança pelos usos
dos recursos hídricos para que passem a considerar de forma mais
relevante o porte dos usuários e o princípio do poluidor-pagador;
• Que a construção de parâmetros métricos se aproxime o máximo
possível dos diferentes usuários e das múltiplas funções da água em uma
mesma bacia hidrográfica. O relatório refere, em particular: “em relação
ao setor de irrigação, é interessante que ocorra, além de uma revisão
salutar dos mecanismos de cobrança e elevação dos preços públicos
unitários, o estímulo a práticas sustentáveis de reutilização da água, bem
6 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
como a adoção de técnicas mais eficientes de irrigação, como os
sistemas de microaspersão e gotejamento, a fim de minimizar o
desperdício de recursos hídricos.”
• Que a aplicação dos recursos da cobrança seja feita de forma mais
eficiente, uma vez que um montante demasiadamente significativo é
aplicado na elaboração de estudos e programas em detrimento de obras
e ações que efetivamente contribuem para a revitalização e ampliação do
volume de águas do rio São Francisco.
B. INVESTIMENTOS DE OUTRAS ENTIDADES, VOLTADOS À RE VITALIZAÇÃO
DA BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO
Segundo o levantamento de projetos e investimentos programados para municípios da
bacia do rio São Francisco realizado pela AGB Peixe Vivo, foram feitos os seguintes
investimentos por parte da CODEVASF, Ministério da Integração, FUNASA e Ministério
das Cidades, entre 2011 e 2014:
• Os investimentos realizados no período 2012-2014 pelo Governo
Federal, através de suas instituições (FUNASA, CODEVASF, Ministério
das Cidades, Ministério da Integração) na revitalização do rio São
Francisco são da ordem de R$ 182 milhões , com os principais
investimentos ligados a obras para abastecimento de água e
esgotamento sanitário (não incluindo as obras relativas à transposição do
rio SF e outras obras acessórias relacionadas, onde o investimento
atribuído é superior a R$ 2 bilhões) (ANA/CBHSF/AGB Peixe Vivo, 2014).
• Existem contratos vigentes em execução na bacia do rio São Francisco,
com previsões de encerramento a partir de 2015, cujo montante de
valores investidos desde 2011 é de aproximadamente R$ 482 milhões .
(ANA/CBHSF/AGB Peixe Vivo, 2015).
• Os investimentos em ações e projetos já concluídos, voltados à
revitalização da bacia hidrográfica do rio São Francisco, quando somados
aos valores aplicados de projetos em processo de execução são da
ordem de R$ 665 milhões , entre os anos de 2011 e 2014
(ANA/CBHSF/AGB Peixe Vivo, 2015).
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 7 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
• Investimentos ligados à proteção e conservação de mananciais são muito
irrelevantes quando comparados aos investimentos ligados ao
saneamento básico (ANA/CBHSF/AGB Peixe Vivo, 2015).
O documento “Programa de Revitalização do Rio São Francisco - At ividades em
Andamento ” (MMA; 2012), reporta R$ 1,4 bilhão de ações concluídas, R$ 3 bilhões em
ações em andamento e R$ 2 bilhões em ações programadas (Quadro 3). As principais
fontes de financiamento envolvidas são: PPA 2004-2007, PPA 2008-2011, PPA 2012-
2015, PAC-Saneamento, PAC-Recursos Hídricos e PAC II.
Quadro 3 – Investimentos na bacia hidrográfica do r io São Francisco (2004-
2015).
Ações
Executadas e em
execução (R$)
2004-2011
Programadas (R$)
2012-2015 Executores
Esgotamento sanitário 2.037.877.003,43 1.172.776.918,38 MI/Codevasf/MCidades
Abastecimento de água 1.301.627.326,01 147.984.913,20 MI/Codevasf/MCidades/
MDS
Manejo de resíduos
sólidos 27.024.320,69 193.431.821,98
MI/Codevasf/MCidades/
MMA
Manejo de águas
pluviais 410.795.186,28 210.315.492,81 MCidades
Sistemas integrados
(água, esgoto,
resíduos, urbanização)
272.651.841,90 102.795.689,96 MCidades
Desenvolvimento
institucional 13.005.900,00 - MCidades
Controle de processos
erosivos 156.434.649,39 192.649.727,45 MI/Codevasf
Recuperação e
preservação 40.121.900,00 46.585.636,00 MMA
Estudos e projetos 36.358.736,89 30.109.697,72 MCidades
Projetos culturais 260.000,00 16.800.000,00 MCultura
TOTAL 4.296.156.864,59 2.113.449.897,50 -
Fonte: MMA, 2012.
8 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
As principais ações relacionadas à revitalização da Bacia do Rio São Francisco
consideradas nos programas dos PPA Federais (Quadro 4) entre 2004 e 2015 foram as
seguintes:
• 10ZW – Recuperação e Controle de Processos Erosivos em Municípios
das Bacias do São Francisco e do Parnaíba (02H3 no PPA 2012-2015)
• 101P – Recuperação e Preservação da Bacia do Rio São Francisco +
20VR – Recuperação e Preservação de Bacias Hidrográficas (02H2 -
Preservação, conservação, recuperação e uso sustentável dos recursos
naturais na Bacia do São Francisco no PPA 2012-2015)
• 10RM – Implantação, Ampliação ou Melhoria de Sistemas Públicos de
Esgotamento Sanitário em Municípios das Bacias do São Francisco e
Parnaíba
• 10RP – Implantação, Ampliação ou Melhoria de Sistemas Públicos de
Coleta, Tratamento e Destinação Final de Resíduos Sólidos em
Municípios das Bacias do São Francisco e Parnaíba
Quadro 4 – Programas que integraram ações relativas à revitalização da Bacia
do Rio São Francisco nos PPA Federais (2004-2015).
PPA Ações
10ZW 101P* + 20VR 10RM 10RP
PPA 2004-
2007
Programa “1305 -
Revitalização de
Bacias Hidrográficas
em Situação de
Vulnerabilidade e
Degradação
Ambiental
Programa “1305 -
Revitalização de
Bacias
Hidrográficas em
Situação de
Vulnerabilidade e
Degradação
Ambiental”
Ação não
específica para a
bacia
Ação não
específica para a
bacia
PPA 2008-
2011
Programa “1305 -
Revitalização de
Bacias Hidrográficas
em Situação de
Vulnerabilidade e
Degradação
Ambiental”
Programa “1305 -
Revitalização de
Bacias
Hidrográficas em
Situação de
Vulnerabilidade e
Degradação
Ambiental”
Programa “1305 -
Revitalização de
Bacias
Hidrográficas em
Situação de
Vulnerabilidade e
Degradação
Ambiental
Programa “1305 -
Revitalização de
Bacias
Hidrográficas em
Situação de
Vulnerabilidade e
Degradação
Ambiental”
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 9 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
PPA Ações
10ZW 101P* + 20VR 10RM 10RP
PPA 2012-
2015
Programa “2026 -
Conservação e
Gestão de Recursos
Hídricos”
Programa “2026 -
Conservação e
Gestão de
Recursos Hídricos”
Programa “2068 -
Saneamento
Básico”
Programa “2068 -
Saneamento
Básico”
Fonte:CMA, 2015.
* De 2013 a 2015, esta ação não voltou a constar da s leis orçamentárias. O relatório de avaliação refere que os valores referentes à ação 1 01P passaram a constar da ação 20VR – Recuperação e Preservação de Bacias Hidrográficas .
O relatório de avaliação do programa “Revitalização do Rio São Francisco” por parte da
Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (2015)
compara a execução orçamentária (valores empenhados sobre valores previstos na Lei
Orçamentária Anual) com a financeira (valores pagos sobre os valores empenhados),
no período de 2008 a 2015, para as principais ações relativas à revitalização do São
Francisco:
• Na ação “10ZW - Recuperação e Controle de Processos Erosivos em
Municípios das Bacias do São Francisco e do Parnaíba” (a cargo da
CODEVASF), verificou-se uma execução financeira abaixo do planejado,
com alguns anos, como, 2008 a 2010, com execução financeira inferior a
20%;
• Os recursos que visavam a recuperação e preservação da bacia do São
Francisco (ação 101P, a cargo do Ministério do Meio Ambiente)
apresentaram baixa execução orçamentária e financeira. Em 2005, os
recursos dessa ação somavam R$ 12,7 milhões, atingindo R$ 15,7
milhões em 2006 e 2007. De 2008 em diante, houve queda do orçamento
dessa ação;
• Os recursos que visavam a Melhoria de Sistemas Públicos de
Esgotamento Sanitário em Municípios das Bacias do São Francisco e
Parnaíba (ação 10RM) apresentaram elevada execução orçamentária,
embora com execução financeira baixa;
• Os recursos que visavam a Ampliação ou Melhoria de Sistemas Públicos
de Coleta, Tratamento e Destinação Final de Resíduos Sólidos em
10 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Municípios das Bacias do São Francisco e Parnaíba (ação 10RP)
apresentaram baixa execução orçamentária e financeira.
Considerando o conjunto das principais ações que englobam a revitalização da Bacia
do Rio São Francisco, de 2008 a 2015, verificou-se um desequilíbrio orçamentário entre
as principais ações referentes ao programa de revitalização da Bacia do Rio São
Francisco e Parnaíba, com um alto investimento em esgotamento (ação 10RM) em
detrimento do tratamento de processos erosivos (10ZW), da recuperação e preservação
da bacia (101P e 20VR) e de investimentos em sistemas de coleta de resíduos sólidos
(10RP):
• Os empenhos correspondentes à ação 10RM, corresponderam a 74% do
total (1.561.455.595 reais);
• Somente 2% do valor de empenhos (35.446.946 reais) foram destinados
à recuperação e preservação da Bacia do Rio São Francisco (ação 101P
e 20VR);
• O somatório dos valores empenhados referentes à ação 10RP, de 2008
a 2015, correspondeu a 5% do total (110.723.640 reais);
• A soma de valores empenhados referentes à ação 10ZW
corresponderam, de 2008 a 2015, a 19% do total de recursos gastos
(397.448.360 reais).
Quanto a outras ações relacionadas à revitalização:
• 10RF - Melhoria da Hidrovia do São Francisco Trecho Ibotirama/Juazeiro:
com valores previstos na Lei Orçamentária Anual de 75.028.309 reais no
período 2007-2010, apresentou baixa execução orçamentária e
financeira.
• 12J1 - Melhoramentos no Canal de Navegação da Hidrovia do São
Francisco: com valores previstos na Lei Orçamentária Anual entre
5.000.000 e 20.800.000 reais no período 2011 a 2015, apresentou baixa
execução orçamentária e financeira.
• 12KE - Melhoramentos no Canal de Navegação da Hidrovia do São
Francisco - Trecho Divisa BA/MG - Pirapora - no Estado de Minas Gerais
foi utilizada em 2011 e também contribui para revitalização. Apresentou
empenho de R$ 3.400.000 e zero de pagamentos.
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 11 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
• 141J - Ligações Intradomiciliares de Esgotos Sanitários e Módulos
Sanitários Domiciliares nas Bacias do Rio São Francisco e Parnaíba:
apresentou valores significativos previstos na LOA entre 2012 e 2015
(variando entre 5.000.000 e 28.000.000 reais), com alta execução
orçamentária e financeira.
O relatório de avaliação do programa “Revitalização do Rio São Francisco” (CMA, 2015)
conclui que:
• Ações voltadas à recuperação e preservação da bacia do São Francisco
e à recuperação e controle de processos erosivos contam com recursos
bastante inferiores aos aplicados para esgotamento;
• Os valores alocados para ações de recuperação e controle de processos
erosivos, são absolutamente insuficientes para reverter a situação de
degradação ambiental da bacia;
• A ausência de indicadores claros e objetivos a respeito da implementação
das ações prejudica a avaliação do Programa;
• A falta de coordenação do Programa, com grande multiplicidade de
agentes executores, prejudica a sua execução e acompanhamento. O
MMA, embora coordenador do Programa, não dispõe de orçamento e
estrutura operacional suficiente para realizar suas atividades;
• Praticamente não houve iniciativa que buscasse a despoluição das águas
da bacia hidrográfica nos trechos de classe inferior, mas a concentração
dos esforços na implantação de sistemas de esgotamento sanitário nos
municípios com menos de 50 mil habitantes;
• A baixa qualidade dos projetos, muitas vezes sem considerar as ligações
intradomiciliares, as questões fundiárias relacionadas as soluções
locacionais das estações de tratamento de esgoto, o licenciamento
ambiental e a sustentabilidade financeira da operação e manutenção dos
sistemas propostos.
12 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
7.3. Investimentos no período 2016-2025
7.3.1. Introdução
As necessidades de investimento na Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco no
período de vigência do Plano Decenal, ou seja, entre 2016 e 2025 são estimadas
através de um orçamento executivo e de um orçamento estratégico.
O orçamento executivo reúne as estimativas dos investimentos necessários efectuar na
Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco e que deverão ser executados pelo Comitê de
Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.
O orçamento estratégico reúne as estimativas dos investimentos necessários efectuar
na bacia e que deverão ser promovidos e executados por entidades externas ao Comitê
de Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. São exemplos destas entidades, os Órgãos
Gestores de Recursos Hídricos Estaduais, as Secretarias Estaduais de Ambiente, as
empresas concessionárias de serviços de saneamento, a CODEVASF, a Agência
Nacional de Águas, os municípios, entre outras entidades (identificadas, por atividade,
no Quadro 68 do Volume 1 do RP6).
7.3.2. Orçamento executivo
A. ESTIMATIVA DO INVESTIMENTO
Para o período 2016-2025 estimou-se a necessidade de um investimento total na BHSF
por parte do CBHSF da ordem dos 532,5 milhões de reais .
O eixo V – Biodiversidade e requalificação ambiental e o eixo I – Governança e
mobilização social, são os que representam maior valor de investimento no que se refere
às ações a executar pelo CBHSF (29% e 27%, respectivamente), seguidos do eixo IIII
(Quantidade de água e usos múltiplos – 17%), do eixo II (Qualidade da água e
saneamento – 15%), do eixo IV (Sustentabilidade hídrica do Semiárido – 9%), e
finalmente, do eixo VI (Uso da terra e segurança de barragens – 3%).
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 13 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Figura 1 – Alocação dos investimentos segundo os ei xos do PRH-SF 2016-
2025.
O investimento estimado para a totalidade dos eixos (considerando as ações a executar
pelo CBHSF) é superior na 2ª fase de implementação do plano (2019-2021),
correspondendo a cerca de 40% do investimento total (ou 212,5 milhões de reais), com
um pico no ano 2020 (73,7 milhões de reais). Na fase inicial (2016-2018) o investimento
cresce gradualmente, totalizando 116,8 milhões de reais nesses três anos (22%). Na
fase final (2022-2025), espera-se um investimento próximo dos 203,2 milhões de reais
(38%).
Eixo I – Governança e mobilização social
27%
Eixo II– Qualidade da água e saneamento
15%
Eixo III – Quantidade de água e usos múltiplos
17%
Eixo IV – Sustentabilidade hídrica do semiárido
9%
Eixo V – Biodiversidade e requalificação ambiental
29%
Eixo VI – Uso da terra e segurança de barragens
3%
14 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Figura 2 – Valor anual dos investimentos.
Analisando a distribuição dos investimentos por eixo, verifica-se que a atividade que
comporta maior porcentagem do investimento estimado para o eixo I é a 1.2.b -
Fortalecimento institucional do CBHSF (27%), seguida das atividades 1.6.a –
Fiscalização de recursos hídricos (19%), I.3.a – Programa de Educação Ambiental da
BHSF (14%), I.1.a – Implementação dos instrumentos de gestão dos recursos hídricos
da bacia (13%) e I.5.a – Programa de comunicação da BHSF (13%). Com um nível de
investimento inferior encontram-se as atividades I.1.b – Atualização de Planos Diretores
de Bacias de rios afluentes (8%), I.4.a – Programa de formação e capacitação de
usuários (4%) e, finalmente, I.2.a – Gestão do plano e articulação das ações dos órgãos
atuantes na bacia (3%).
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
80000
2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025
10
00
$R
Ano
Valor anual dos investimentos
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 15 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Figura 3 – Distribuição dos investimentos no eixo I .
No eixo II a atividade II.4.a – Desenvolvimento de planos municipais de saneamento
básico corresponde a cerca de 32% do investimento a executar pelo CBHSF. As
restantes atividades apresentam representatividades inferiores a 15% do total do
investimento estimado para o eixo, com um mínimo de 3% associado à atividade II.3.e
– Selagem de poços abandonados.
13%
8%
3%
27%
14%
4%
13%
19%
I.1.a I.1.b I.2.a I.2.b I.3.a I.4.a I.5.a I.6.a
Atividades
Distribuição dos investimentos no Eixo I
I.1.a – Implementação dos instrumentos de gestão dos recursos hídricos da bacia I.1.b – Atualização de Planos Diretores de Bacias de rios afluentes I.2.a – Gestão do plano e articulação das ações dos órgãos atuantes na bacia I.2.b – Fortalecimento institucional do CBHSF I.3.a – Programa de Educação Ambiental da BHSF I.4.a – Programa de formação e capacitação de usuários I.5.a – Programa de comunicação da BHSF I.6.a – Fiscalização de recursos hídricos
16 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Figura 4 – Distribuição dos investimentos no eixo I I.
No eixo III a atividade III.2.d – Promoção de usos múltiplos da água e redução de
conflitos envolve cerca de 43% do investimento que se estima necessário para executar
as ações propostas para o CBHSF nesse eixo. A atividade III.1.c – Estudo de
alternativas para o incremento da disponibilidade hídrica, comporta cerca de 19% do
investimento, e as restantes, porcentagens inferiores a 15%, com mínimos de 2% para
as atividades III.1.b – Monitoramento quantitativo dos recursos hídricos superficiais,
III.2.b – Incremento da oferta de água e III.2.c – Melhoria na eficiência do uso da água.
12%12%
8%
10%
8%
4%3%
32%
6% 6%
II.1.a II.2.a II.3.a II.3.b II.3.c II.3.d II.3.e II.4.a II.5.a II.6.a
Atividades
Distribuição dos investimentos no Eixo II
II.1.a – Aprimoramento da rede de monitoramento de qualidade das águas superficiais; II.2.a – Implementação de uma rede de monitoramento da água subterrânea; II.3.a – Recuperação ambiental das áreas afetadas pelas atividades minerárias na Bacia; II.3.b – Recuperação ambiental das áreas afetadas pelas atividades agrícolas e pecuárias na Bacia; II.3.c – Controle da poluição industrial na Bacia; II.3.d – Delimitação de perímetros de proteção de poços destinados ao abastecimento público; II.3.e – Selagem de poços abandonados; II.4.a – Desenvolvimento de planos municipais de saneamento básico; II.5.a – Implantação de Sistemas de Abastecimento de Água; II.6.a – Implantação de Sistemas de Esgoto, Resíduos Sólidos e Drenagem Urbana.
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 17 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Figura 5 – Distribuição dos investimentos no eixo I II.
A atividade IV.2.a – Nova matriz energética, menos dependente da madeira representa
perto de 83% dos investimentos previstos executar no eixo IV. Segue-se a atividade
IV.3.a – Planejar para as mudanças climáticas com cerca de 13% do investimento, e a
atividade IV.1.a – Coleta e manejo de água, com cerca de 4%.
9%
2%
19%
13%
4%
2% 2%
43%
6%
III.1.a III.1.b III.1.c III.1.d III.2.a III.2.b III.2.c III.2.d III.2.e
Atividades
Distribuição dos investimentos no Eixo III
III.1.a – Programa de ação para as águas subterrâneas; III.1.b – Monitoramento quantitativo dos recursos hídricos superficiais; III.1.c – Estudo de alternativas para o incremento da disponibilidade hídrica; III.1.d – Estudo para definição de vazões ambientais consentâneas com a preservação do meio ambiente; III.2.a – Proteção de zonas de infiltração; III.2.b – Incremento da oferta de água; III.2.c – Melhoria na eficiência do uso da água; III.2.d – Promoção de usos múltiplos da água e redução de conflitos; III.2.e – Prevenção dos impactos de eventos hidrológicos extremos
18 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Figura 6 – Distribuição dos investimentos no eixo I V.
A atividade V.1.a – Proteção de áreas naturais com importância para a bacia
hidrográfica, abrange 85% do investimento previsto no eixo V. Seguem-se as atividades
V.3.a – Recuperação de áreas degradadas, matas ciliares e nascentes e V.2.a – Criação
de uma "rede verde", respectivamente com cerca de 8% e de 6% do investimento.
Figura 7 – Distribuição dos investimentos no eixo V .
4%
83%
13%
IV.1.a IV.2.a IV.3.a
Atividades
Distribuição dos investimentos no Eixo IV
85%
6% 8%
V.1.a V.2.a V.3.a
Atividades
Distribuição dos investimentos no Eixo V
IV.1.a – Coleta e manejo de água; IV.2.a – Nova matriz energética, menos dependente da madeira; IV.3.a – Planejar para as mudanças climáticas.
V.1.a – Proteção de áreas naturais com importância para a bacia hidrográfica; V.2.a – Criação de uma "rede verde"; V.3.a – Recuperação de áreas degradadas, matas ciliares e nascentes
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 19 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
No eixo VI a atividade VI.2 – Apoio à implementação da política de segurança de
barragens na bacia a representa cerca de 68% do investimento, e a atividade VI.1.a –
Apoio aos municípios para a gestão sustentável dos solos e do meio ambiente os
restantes 32%.
Figura 8 – Distribuição dos investimentos no eixo V I.
32%
68%
VI.1.a VI.2.a
Atividades
Distribuição dos investimentos no Eixo VI
VI.1.a – Apoio aos municípios para a gestão sustentável dos solos e do meio ambiente; VI.2.a – Apoio à implementação da política de segurança de barragens na bacia.
20 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
B. CRONOGRAMA FINANCEIRO
No quadro seguinte, apresenta-se o cronograma financeiro para as ações identificadas
no Volume 1 do RP6 (sintetizadas no cronograma da seção 6.7.1. Ações do
CBHSF/Agência de Águas (ou entidade delegatária)) como tendo o Comitê de Bacia
Hidrográfica do Rio São Francisco como principal executor.
As atividades indicadas no quadro requerem geralmente recursos adicionais aos
indicados, a prover por outras entidades, com exceção para as seguintes atividades, da
responsabilidade exclusiva do CBHSF:
• Atividade I.2.b – Fortalecimento institucional do CBHSF;
• Atividade I.3.a – Programa de Educação Ambiental da BHSF;
• Atividade I.5.a – Programa de comunicação da BHSF;
• Atividade III.1.c – Estudo de alternativas para o incremento da
disponibilidade hídrica;
• Atividade III.1.d – Estudo para definição de vazões ambientais
consentâneas com a preservação do meio ambiente;
• Atividade IV.2.a – Nova matriz energética, menos dependente da
madeira.
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 21 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Quadro 5 – Cronograma financeiro relativo ao orçame nto executivo (R$).
Atividade
(considerando as ações a executar
pelo CBHSF, sintetizadas no
cronograma da seção 6.7.1 do
Volume 1)
2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 Total
2016-2025
R$ % R$ % R$ % R$ % R$ % R$ % R$ % R$ % R$ % R$ %
Eixo I – Governança e mobilização social
Atividade I.1.a – Implementação dos
instrumentos de gestão dos recursos
hídricos da bacia
570 000 3% 1 425 000 8% 2 850 000 15% 3 420 000 18% 3 800 000 20% 3 800 000 20% 1 425 000 8% 570 000 3% 570 000 3% 570 000 3% 19 000 000
Atividade I.1.b – Atualização de Planos
Diretores de Bacias de rios afluentes 330 000 3% 412 500 4% 1 345 000 11% 2 417 500 21% 2 912 500 25% 1 262 500 11% 767 500 7% 767 500 7% 767 500 7% 767 500 7% 11 750 000
Atividade I.2.a. Gestão do plano e
articulação das ações dos órgãos atuantes
na bacia
125 000 3% 375 000 9% 312 500 8% 562 500 14% 312 500 8% 562 500 14% 312 500 8% 562 500 14% 312 500 8% 562 500 14% 4 000 000
Atividade I.2.b. Fortalecimento institucional
do CBHSF 3 465 000 9% 6 160 000 16% 3 850 000 10% 3 850 000 10% 3 850 000 10% 3 465 000 9% 3 465 000 9% 3 465 000 9% 3 465 000 9% 3 465 000 9% 38 500 000
Atividade I.3.a – Programa de Educação
Ambiental da BHSF 1 200 000 6% 1 200 000 6% 2 200 000 11% 2 200 000 11% 2 200 000 11% 2 200 000 11% 2 200 000 11% 2 200 000 11% 2 200 000 11% 2 200 000 11% 20 000 000
Atividade I.4.a – Programa de formação e
capacitação de usuários 103 600 2% 299 600 6% 612 100 12% 612 100 12% 612 100 12% 612 100 12% 612 100 12% 612 100 12% 612 100 12% 612 100 12% 5 300 000
Atividade I.5.a – Programa de comunicação
da BHSF 1 800 000 10% 1 800 000 10% 1 800 000 10% 1 800 000 10% 1 800 000 10% 1 800 000 10% 1 800 000 10% 1 800 000 10% 1 800 000 10% 1 800 000 10% 18 000 000
Atividade I.6.a. Fiscalização de recursos
hídricos 1 125 000 4% 2 250 000 8% 2 750 000 10% 3 875 000 15% 3 875 000 15% 2 525 000 10% 2 525 000 10% 2 525 000 10% 2 525 000 10% 2 525 000 10% 26 500 000
Total Eixo I – Governança e mobilização
social 8 718 600 6% 13 922 100 10% 15 719 600 11% 18 737 100 13% 19 362 100 14% 16 227 100 11% 13 107 100 9% 12 502 100 9% 12 252 100 9% 12 502 100 9% 143 050 000
Eixo II – Qualidade da água e saneamento Atividade II.1.a. Aprimoramento da rede de
monitoramento de qualidade das águas
superficiais
301 000 3% 395 600 4% 1 083 100 11% 1 302 400 13% 1 302 400 13% 1 083 100 11% 1 083 100 11% 1 083 100 11% 1 083 100 11% 1 083 100 11% 9 800 000
Atividade II.2.a. Implementação de uma rede
de rede de monitoramento da água
subterrânea
301 600 3% 499 200 5% 999 200 11% 1 202 000 13% 1 202 000 13% 999 200 11% 999 200 11% 999 200 11% 999 200 11% 999 200 11% 9 200 000
Atividade II.3.a. Recuperação ambiental das
áreas afetadas pelas atividades minerárias
na Bacia
291 200 4% 504 000 8% 724 200 11% 825 000 13% 825 000 13% 724 200 11% 724 200 11% 724 200 11% 629 000 10% 629 000 10% 6 600 000
Atividade II.3.b. Recuperação ambiental das
áreas afetadas pelas atividades agrícolas e
pecuárias na Bacia
291 200 4% 504 000 6% 911 700 11% 1 012 500 13% 1 012 500 13% 911 700 11% 911 700 11% 911 700 11% 816 500 10% 816 500 10% 8 100 000
Atividade II.3.c. Controle da poluição
industrial na Bacia 51 150 1% 199 950 3% 387 450 6% 787 350 13% 787 350 13% 787 350 13% 787 350 13% 787 350 13% 787 350 13% 787 350 13% 6 150 000
Atividade II.3.d. Delimitação de perímetros
de proteção de poços destinados ao
abastecimento público
0 0% 180 000 6% 305 000 11% 395 000 14% 395 000 14% 305 000 11% 305 000 11% 305 000 11% 305 000 11% 305 000 11% 2 800 000
22 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Atividade
(considerando as ações a executar
pelo CBHSF, sintetizadas no
cronograma da seção 6.7.1 do
Volume 1)
2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 Total
2016-2025
R$ % R$ % R$ % R$ % R$ % R$ % R$ % R$ % R$ % R$ %
Atividade II.3.e. Selagem de poços
abandonados 0 0% 90 000 4% 265 000 12% 310 000 13% 310 000 13% 265 000 12% 265 000 12% 265 000 12% 265 000 12% 265 000 12% 2 300 000
Atividade II.4.a. Desenvolvimento de planos
municipais de saneamento básico 250 000 1% 2 500 000 10% 3 125 000 13% 6 250 000 25% 6 250 000 25% 3 750 000 15% 1 750 000 7% 500 000 2% 375 000 2% 250 000 1% 25 000 000
Atividade II.5.a. Implantação de Sistemas de
Abastecimento de Água 180 000 4% 562 500 13% 562 500 13% 720 000 16% 720 000 16% 562 500 13% 562 500 13% 270 000 6% 180 000 4% 180 000 4% 4 500 000
Atividade II.6.a. Implantação de Sistemas de
Esgoto, Resíduos Sólidos e Drenagem
Urbana
180 000 4% 562 500 13% 562 500 13% 720 000 16% 720 000 16% 562 500 13% 562 500 13% 270 000 6% 180 000 4% 180 000 4% 4 500 000
Total Eixo II – Qualidade da água e
saneamento 1 846 150 2% 5 997 750 8% 8 925 650 11% 13 524 250 17% 13 524 250 17% 9 950 550 13% 7 950 550 10% 6 115 550 8% 5 620 150 7% 5 495 150 7% 78 950 000
Eixo III – Quantidade de água e usos múltiplos Atividade III.1.a. Programa de ação para as
águas subterrâneas 62 000 1% 124 000 2% 1 241 500 16% 1 737 500 23% 1 737 500 23% 1 551 500 20% 311 500 4% 311 500 4% 311 500 4% 311 500 4% 7 700 000
Atividade III.1.b. Monitoramento quantitativo
dos recursos hídricos superficiais 0 0% 90 000 5% 190 000 11% 235 000 14% 235 000 14% 190 000 11% 190 000 11% 190 000 11% 190 000 11% 190 000 11% 1 700 000
Atividade III.1.c. Estudo de alternativas para
o incremento da disponibilidade hídrica 765 000 5% 1 530 000 9% 2 040 000 12% 5 100 000 30% 5 100 000 30% 2 465 000 15% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 17 000 000
Atividade III.1.d. Estudo para definição de
vazões ambientais consentâneas com a
preservação do meio ambiente
112 500 1% 225 000 2% 1 637 500 14% 1 750 000 15% 1 750 000 15% 1 525 000 13% 1 187 500 10% 1 187 500 10% 1 187 500 10% 1 187 500 10% 11 750 000
Atividade III.2.a – Proteção de zonas de
infiltração 104 000 3% 130 000 4% 281 000 8% 515 000 14% 515 000 14% 515 000 14% 515 000 14% 385 000 11% 320 000 9% 320 000 9% 3 600 000
Atividade III.2.b – Incremento da oferta de
água 0 0% 90 000 6% 165 000 11% 210 000 14% 210 000 14% 165 000 11% 165 000 11% 165 000 11% 165 000 11% 165 000 11% 1 500 000
Atividade III.2.c – Melhoria na eficiência do
uso da água 0 0% 90 000 6% 165 000 11% 210 000 14% 210 000 14% 165 000 11% 165 000 11% 165 000 11% 165 000 11% 165 000 11% 1 500 000
Atividade III.2.d – Promoção de usos
múltiplos da água e redução de conflitos 577 500 2% 1 925 000 5% 5 775 000 15% 7 700 000 20% 7 700 000 20% 3 850 000 10% 3 850 000 10% 3 850 000 10% 1 925 000 5% 1 347 500 4% 38 500 000
Atividade III.2.e – Prevenção dos impactos
de eventos hidrológicos extremos 190 000 4% 380 000 7% 605 500 11% 605 500 11% 605 500 11% 605 500 11% 605 500 11% 605 500 11% 567 500 11% 529 500 10% 5 300 000
Total Eixo III – Quantidade de água e usos
múltiplos 1 811 000 2% 4 584 000 5% 12 100 500 14% 18 063 000 20% 18 063 000 20% 11 032 000 12% 6 989 500 8% 6 859 500 8% 4 831 500 5% 4 216 000 5% 88 550 000
Eixo IV – Sustentabilidade Hídrica do Semiárido Atividade IV.1.a – Coleta e manejo de água 0 0% 225 000 11% 287 500 14% 212 500 11% 212 500 11% 212 500 11% 212 500 11% 212 500 11% 212 500 11% 212 500 11% 2 000 000
Atividade IV.2.a – Nova matriz energética,
menos dependente da madeira 0 0% 850 000 2% 850 000 2% 850 000 2% 850 000 2% 5 100 000 12% 8 500 000 20% 8 500 000 20% 8 500 000 20% 8 500 000 20% 42 500 000
Atividade IV.3.a - Planejar para as mudanças
climáticas 0 0% 500 000 8% 812 500 13% 812 500 13% 812 500 13% 812 500 13% 812 500 13% 812 500 13% 687 500 11% 437 500 7% 6 500 000
Total Eixo IV – Sustentabilidade Hídrica
do Semiárido 0 0% 1 575 000 3% 1 950 000 4% 1 875 000 4% 1 875 000 4% 6 125 000 12% 9 525 000 19% 9 525 000 19% 9 400 000 18% 9 150 000 18% 51 000 000
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 23 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Atividade
(considerando as ações a executar
pelo CBHSF, sintetizadas no
cronograma da seção 6.7.1 do
Volume 1)
2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 Total
2016-2025
R$ % R$ % R$ % R$ % R$ % R$ % R$ % R$ % R$ % R$ %
Eixo V – Biodiversidade e requalificação ambiental
Atividade V.1.a - Proteção de áreas naturais
com importância para a bacia hidrográfica 10 720 000 8% 10 720 000 8% 13 400 000 10% 16 080 000 12% 16 080 000 12% 16 080 000 12% 13 400 000 10% 13 400 000 10% 13 400 000 10% 10 720 000 8% 134 000 000
Atividade V.2.a - Criação de uma "rede
verde" 0 0% 525 000 5% 1 075 000 11% 1 075 000 11% 1 075 000 11% 1 250 000 13% 1 250 000 13% 1 250 000 13% 1 250 000 13% 1 250 000 13% 10 000 000
Atividade V.3.a - Recuperação de áreas
degradadas, matas ciliares e nascentes 180 000 1% 360 000 3% 860 000 7% 1 580 000 12% 1 580 000 12% 1 940 000 15% 1 760 000 14% 1 580 000 12% 1 580 000 12% 1 580 000 12% 13 000 000
Total Eixo V – Biodiversidade e
requalificação ambiental 10 900 000 7% 11 605 000 7% 15 335 000 10% 18 735 000 12% 18 735 000 12% 19 270 000 12% 16 410 000 10% 16 230 000 10% 16 230 000 10% 13 550 000 9% 157 000 000
Eixo VI – Uso da terra e segurança de barragens Atividade VI.1.a. Apoio aos municípios para
a gestão sustentável dos solos e do meio
ambiente
100 000 2% 160 000 4% 472 500 11% 512 500 11% 512 500 11% 592 500 13% 552 500 12% 552 500 12% 552 500 12% 492 500 11% 4 500 000
Atividade VI.2.a. Apoio à implementação da
política de segurança de barragens na bacia 206 500 2% 206 500 2% 644 000 7% 1 322 500 14% 1 617 500 17% 2 827 000 30% 644 000 7% 644 000 7% 644 000 7% 644 000 7% 9 400 000
Total Eixo VI – Uso da terra e segurança
de barragens 306 500 2% 366 500 3% 1 116 500 8% 1 835 000 13% 2 130 000 15% 3 419 500 25% 1 196 500 9% 1 196 500 9% 1 196 500 9% 1 136 500 8% 13 900 000
TOTAL 23 582 250 4% 38 050 350 7% 55 147 250 10% 72 769 350 14% 73 689 350 14% 66 024 150 12% 55 178 650 10% 52 428 650 10% 49 530 250 9% 46 049 750 9% 532 450 000
.
24 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
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Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 25 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
C. ORIGEM DO FINANCIAMENTO DAS AÇÕES DO CBHSF
Partindo da análise das fontes de financiamento detalhadas na seção C, apresentam-
se no Quadro 6 as potenciais fontes de financiamento das ações da responsabilidade
do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. Essas ações encontram-se
sistematizadas no cronograma da seção 6.7.1 do Volume 1 do RP6.
A identificação dessas fontes partiu do pressuposto que, além dos recursos
provenientes da cobrança pelo uso de recursos hídricos, poderão ser destinados à AGB
Peixe Vivo, no âmbito do contrato n.º 014/ANA/2010, recursos orçamentários
provenientes do orçamento geral da União, dos Estados e dos Municípios, e de
quaisquer outras fontes (conforme parágrafo 7 da cláusula quarta do 4º termo aditivo ao
contrato de gestão da AGB com a ANA – contrato n.º 014/ANA/2010).
Quadro 6 – Potenciais fontes de financiamento das a ções do CBHSF.
Atividade Potenciais fontes de financiamento
Eixo I – Governança e mobilização social
Atividade I.1.a –
Implementação dos
instrumentos de gestão
dos recursos hídricos da
bacia
• Cobrança pelo uso de recursos hídricos
• Orçamento geral da União e dos Estados
• Fundo Nacional do Meio Ambiente - FNMA
• Fundo de Recursos Hídricos – CT-HIDRO
Atividade I.1.b –
Atualização de Planos
Diretores de Bacias de rios
afluentes
• Cobrança pelo uso de recursos hídricos
• Orçamento geral da União e dos Estados
Atividade I.2.a. Gestão do
plano e articulação das
ações dos órgãos atuantes
na bacia
• Cobrança pelo uso de recursos hídricos
• Orçamento geral da União e dos Estados
Atividade I.2.b.
Fortalecimento
institucional do CBHSF
• Cobrança pelo uso de recursos hídricos
• Orçamento geral da União e dos Estados
Atividade I.3.a – Programa
de Educação Ambiental da
BHSF
• Cobrança pelo uso dos Recursos Hídricos
• Orçamento geral da União e dos Estados
• Fundo Nacional do Meio Ambiente - FNMA
• Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal
26 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Atividade Potenciais fontes de financiamento
Atividade I.4.a – Programa
de formação e capacitação
de usuários
• Cobrança pelo uso dos Recursos Hídricos
• Orçamento geral da União e dos Estados
• Fundo Nacional do Meio Ambiente – FNMA
• Fundo Nacional sobre Mudança do Clima
• Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal
• Fundo de Recursos Hídricos - CT-HIDRO
Atividade I.5.a – Programa
de comunicação da BHSF • Cobrança pelo uso dos Recursos Hídricos
Atividade I.6.a.
Fiscalização de recursos
hídricos
• Cobrança pelo uso de recursos hídricos
Eixo II – Qualidade da água e saneamento
Atividade II.1.a.
Aprimoramento da rede de
monitoramento de
qualidade das águas
superficiais
• Cobrança pelo uso de recursos hídricos
• Orçamento geral da União e dos Estados
Atividade II.2.a.
Implementação de uma
rede de rede de
monitoramento da água
subterrânea
• Cobrança pelo uso de recursos hídricos
• Orçamento geral da União e dos Estados
Atividade II.3.a.
Recuperação ambiental
das áreas afetadas pelas
atividades minerárias na
Bacia
• Cobrança pelo uso de recursos hídricos
• Orçamento geral da União e dos Estados
Atividade II.3.b.
Recuperação ambiental
das áreas afetadas pelas
atividades agrícolas e
pecuárias na Bacia
• Cobrança pelo uso de recursos hídricos
• Orçamento geral da União e dos Estados
Atividade II.3.c. Controle
da poluição industrial na
Bacia
• Cobrança pelo uso de Recursos Hídricos
• Orçamento geral da União e dos Estados de Minas Gerais e
Bahia
Atividade II.3.d.
Delimitação de perímetros
de proteção de poços
destinados ao
abastecimento público
• Cobrança pelo uso dos Recursos Hídricos
• Orçamento geral da União e dos Estados
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 27 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Atividade Potenciais fontes de financiamento
Atividade II.3.e. Selagem
de poços abandonados
• Cobrança pelo uso dos Recursos Hídricos
• Orçamento geral da União e dos Estados
Atividade II.4.a.
Desenvolvimento de
planos municipais de
saneamento básico
• Cobrança pelo uso dos Recursos Hídricos
• Orçamento geral da União e dos Estados
• Recursos do Ministério das Cidades
Atividade II.5.a.
Implantação de Sistemas
de Abastecimento de Água
• Cobrança pelo uso dos Recursos Hídricos
• Orçamento geral da União e dos Estados
Atividade II.6.a.
Implantação de Sistemas
de Esgoto, Resíduos
Sólidos e Drenagem
Urbana
• Cobrança pelo uso dos Recursos Hídricos
• Orçamento geral da União e dos Estados
Eixo III – Quantidade de água e usos múltiplos
Atividade III.1.a. Programa
de ação para as águas
subterrâneas
• Cobrança pelo uso dos Recursos Hídricos
• Orçamento geral da União e dos Estados
• Fundo de Recursos Hídricos – CT-HIDRO
Atividade III.1.b.
Monitoramento quantitativo
dos recursos hídricos
superficiais
• Cobrança pelo uso dos Recursos Hídricos
• Orçamento geral da União e dos Estados
Atividade III.1.c. Estudo de
alternativas para o
incremento da
disponibilidade hídrica
• Cobrança pelo Uso dos Recursos Hídricos
• Orçamento geral da União e dos Estados
• Fundo Nacional sobre Mudança do Clima
• Fundo de Recursos Hídricos – CT-HIDRO
• Recursos do Ministério das Cidades
Atividade III.1.d. Estudo
para definição de vazões
ambientais consentâneas
com a preservação do
meio ambiente
• Cobrança pelo Uso dos Recursos Hídricos
• Orçamento geral da União e dos Estados
• Fundo Nacional do Meio Ambiente
• Fundo de Recursos Hídricos – CT-HIDRO
Atividade III.2.a – Proteção
de zonas de infiltração
• Cobrança pelo uso dos Recursos Hídricos
• Orçamento geral da União e dos Estados
• Fundo Nacional sobre Mudança do Clima
• Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal
• Fundo de Recursos Hídricos – CT-HIDRO
Atividade III.2.b –
Incremento da oferta de
água
• Cobrança pelo uso dos Recursos Hídricos
• Orçamento geral da União e dos Estados
28 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Atividade Potenciais fontes de financiamento
Atividade III.2.c – Melhoria
na eficiência do uso da
água
• Cobrança pelo uso dos Recursos Hídricos
• Orçamento geral da União e dos Estados
Atividade III.2.d –
Promoção de usos
múltiplos da água e
redução de conflitos
• Cobrança pelo uso dos Recursos Hídricos
• Orçamento geral da União e dos Estados
Atividade III.2.e –
Prevenção dos impactos
de eventos hidrológicos
extremos
• Cobrança pelo uso dos Recursos Hídricos
• Orçamento geral dos Estados
• Fundo de Recursos Hídricos – CT-HIDRO
Eixo IV – Sustentabilidade Hídrica do Semiárido
Atividade IV.1.a – Coleta e
manejo de água
• Cobrança pelo uso dos Recursos Hídricos
• Orçamento geral da União e dos Estados
Atividade IV.2.a – Nova
matriz energética, menos
dependente da madeira
• Cobrança pelo Uso dos Recursos Hídricos
• Orçamento geral dos Estados
• Fundo Nacional do Meio Ambiente
• Fundo de Recursos Hídricos – CT-HIDRO
Atividade IV.3.a - Planejar
para as mudanças
climáticas
• Cobrança pelo Uso dos Recursos Hídricos
• Orçamento geral da União e dos Estados
• Fundo Nacional sobre Mudança do Clima
Eixo V – Biodiversidade e requalificação ambiental
Atividade V.1.a - Proteção
de áreas naturais com
importância para a bacia
hidrográfica
• Cobrança pelo uso dos Recursos Hídricos
• Orçamento geral da União e dos Estados
• Fundo Nacional sobre Mudança do Clima
• Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal
• Programa Produtor de Água
Atividade V.2.a - Criação
de uma "rede verde"
• Cobrança pelo Uso dos Recursos Hídricos
• Orçamento geral dos Estados
• Fundo Nacional do Meio Ambiente
• Fundo de Recursos Hídricos - CT-HIDRO
Atividade V.3.a -
Recuperação de áreas
degradadas, matas ciliares
e nascentes
• Cobrança pelo uso dos Recursos Hídricos
• Orçamento geral da União e dos Estados
• Fundo Nacional sobre Mudança do Clima
• Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 29 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Atividade Potenciais fontes de financiamento
Eixo VI – Uso da terra e segurança de barragens
Atividade VI.1.a. Apoio aos
municípios para a gestão
sustentável dos solos e do
meio ambiente
• Cobrança pelo uso dos Recursos Hídricos
• Orçamento geral da União e dos Estados
Atividade VI.2.a. Apoio à
implementação da política
de segurança de
barragens na bacia
• Cobrança pelo uso de recursos hídricos
• Orçamento geral da União e dos Estados
A ampliação da cobrança em rios de domínio dos estados poderá contribuir para o
financiamento das seguintes atividades, nas respectivas sub-bacias:
Quadro 7 – Ações potencialmente financiadas pela am pliação da cobrança em
rios de domínio dos estados.
Atividade Ações
Eixo I – Governança e mobilização social
Atividade I.1.a –
Implementação dos
instrumentos de gestão
dos recursos hídricos da
bacia
• Estudos sobre o aprimoramento de instrumentos de gestão
(dados de cadastro e outorgas, cobrança, enquadramento)
• Acompanhamento da implementação do programa de
efetivação do enquadramento
Atividade I.2.b.
Fortalecimento
institucional do CBHSF
• Levantamento de oportunidades de formação e de eventos
• Levantamento de necessidades de capacitação
• Apoio a estudos, incluindo os dirigidos a empresas
socioambientais, comunidades tradicionais, estudos de caráter
excecional e projetos especiais
Atividade I.4.a – Programa
de formação e capacitação
de usuários
• Ações de capacitação para acompanhar e certificar usuários
que pratiquem ou pretendam praticar atividades tradicionais
(estas ações devem ser a base do mecanismo de pagamento
por serviços ambientais)
30 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Atividade Ações
Eixo II – Qualidade da água e saneamento
Atividade II.3.a.
Recuperação ambiental
das áreas afetadas pelas
atividades minerárias na
Bacia
• Acompanhamento da elaboração, e divulgação dos resultados,
dos estudos de avaliação da influência de áreas de explotação
mineira na qualidade das águas
• Apoio ao planejamento das intervenções destinadas à
minimização de problemas de qualidade da água
• Acompanhamento da implementação das intervenções
Atividade II.3.b.
Recuperação ambiental
das áreas afetadas pelas
atividades agrícolas e
pecuárias na Bacia
• Acompanhamento da elaboração, e divulgação dos resultados,
dos estudos de avaliação da influência da poluição difusa de
origem agrícola e pecuária na qualidade das águas
• Apoio ao planejamento das intervenções destinadas à
minimização de problemas de qualidade da água
• Acompanhamento da implementação das intervenções.
Atividade II.3.c. Controle
da poluição industrial na
Bacia
• Acompanhamento da elaboração, e divulgação dos resultados,
dos estudos da influência da poluição industrial na qualidade
das águas superficiais
• Acompanhamento do processo de monitoramento das
indústrias
• Acompanhamento do planejamento, da elaboração dos
projetos e da implementação das obras de controle de
poluição industrial
Atividade II.3.d.
Delimitação de perímetros
de proteção de poços
destinados ao
abastecimento público
• Apoio à divulgação pública dos poços e das áreas dos
perímetros de proteção
Atividade II.4.a.
Desenvolvimento de
planos municipais de
saneamento básico
• Contratação de empresas especializadas para elaboração dos
Planos Municipais de Saneamento Básico
Atividade II.5.a.
Implantação de Sistemas
de Abastecimento de Água
• Apoio aos municípios na busca de recursos para
desenvolvimento e implementação de projetos
• Sistematização e atualização das principais intervenções
planejadas e realizadas na componente de abastecimento de
água
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 31 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Atividade Ações
Atividade II.6.a.
Implantação de Sistemas
de Esgoto, Resíduos
Sólidos e Drenagem
Urbana
• Apoio aos municípios na busca de recursos para
desenvolvimento e implementação de projetos
• Sistematização e atualização das principais intervenções
planejadas e nas componentes de esgotamento sanitário,
destinação de resíduos e drenagem urbana
Eixo III – Quantidade de água e usos múltiplos
Atividade III.1.a. Programa
de ação para as águas
subterrâneas
• Avaliação da viabilidade de desenvolvimento de infraestruturas
de armazenamento da precipitação em zonas críticas de
déficit de água subterrânea (em particular no semiárido) ou em
risco de superexplotação.
Atividade III.1.c. Estudo de
alternativas para o
incremento da
disponibilidade hídrica
• Estudo de alternativas para o incremento da disponibilidade
hídrica em afluentes do rio São Francisco
• Elaboração de estudos, formatação de projetos e elaboração
de Termos de Referência relativos a projetos de revitalização
da bacia e projetos de aumento da oferta hídrica com
infraestruturas naturais
• Apoio a pesquisas para o desenvolvimento de processos
avançados de reuso de efluentes de esgotos tratados
Atividade III.2.a – Proteção
de zonas de infiltração
• Projetos locais de potenciação da infiltração, com particular
destaque para as intervenções de revegetação de solos
desmatados em áreas de recarga de aquíferos cársticos e
porosos
Atividade III.2.d –
Promoção de usos
múltiplos da água e
redução de conflitos
• Apoio às iniciativas destinadas à viabilização da hidrovia na
calha e principais afluentes da bacia hidrográfica do rio São
Francisco (como estudos de viabilidade técnica e econômica
para a implementação da hidrovia, estudos da dinâmica fluvial
do rio São Francisco, estudos e monitoramento dos processos
erosivos marginais)
• Apoio ao desenvolvimento sustentável da pesca e aquicultura
(estudos sobre o estoque pesqueiro e sobre o potencial
aquícola da bacia; apoio ao fortalecimento das cadeias
produtivas da pesca e aquicultura)
• Apoio ao desenvolvimento do turismo associado aos recursos
hídricos (à divulgação de ações que promovam o
desenvolvimento sustentável deste tipo de turismo e à
elaboração de planejamento que propicie a exploração do
potencial de áreas turísticas)
32 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Atividade Ações
Atividade III.2.e –
Prevenção dos impactos
de eventos hidrológicos
extremos
• Apoio à elaboração de estudos de pormenor para avaliar a
implementação das medidas de prevenção e mitigação dos
impactos dos eventos hidrológicos extremos
Eixo IV – Sustentabilidade Hídrica do Semiárido
Atividade IV.2.a – Nova
matriz energética, menos
dependente da madeira
• Implementação de projetos demonstrativos de utilização de
fontes de energia alternativas e/ou de aplicação de métodos
inovadores de maior eficiência energética
Atividade IV.3.a - Planejar
para as mudanças
climáticas
• Projetos-piloto de recarga artificial no semiárido
Eixo V – Biodiversidade e requalificação ambiental
Atividade V.1.a - Proteção
de áreas naturais com
importância para a bacia
hidrográfica
• Implementação de projetos hidroambientais
• Monitoramento, divulgação de resultados e de boas práticas
de projetos hidroambientais
Atividade V.3.a -
Recuperação de áreas
degradadas, matas ciliares
e nascentes
• Implantação de projetos-piloto de recuperação de áreas
degradadas, matas ciliares e nascentes
• Replicação dos projetos-piloto que tiveram sucesso, em áreas
degradadas, matas ciliares e nascentes
7.3.3. Orçamento estratégico
A. ESTIMATIVA DO INVESTIMENTO
Considerando o conjunto das ações a executar por outras entidades que não o CBHSF,
estima-se que seja necessário investir na BHSF, no período 2016-2025, um valor da
ordem dos 30,8 bilhões de reais .
Destacam-se as seguintes áreas de atuação, com uma necessidade de investimento
estimado da ordem dos 29,6 bilhões de reais:
• 25% para abastecimento de água (7,7 bilhões de reais);
• 63% para esgotamento sanitário, resíduos sólidos e drenagem urbana
(19,3 bilhões de reais);
• 9% para recuperação de áreas degradadas, matas ciliares e nascentes
(2,6 bilhões de reais).
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 33 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Além destas áreas de atuação, considerou-se ainda um valor de cerca de 1,2 bilhões
de reais (4% do orçamento estratégico), relacionado a áreas de atuação diversas,
incluindo a elaboração de estudos e planos diretores de bacias afluentes, a fiscalização,
o aumento do conhecimento, a ampliação das redes de monitoramento qualitativo e
quantitativo superficiais e subterrâneas, e o aumento da oferta de água.
Dos 30,8 bilhões de reais, estima-se a necessidade de aplicação na área da bacia
correspondente ao Semiárido de um valor entre os 40% (cerca de 12,3 bilhões de reais,
considerando a população da bacia que reside nesta região) e os 50% (cerca de 15,4
bilhões de reais, considerando a área da bacia no semiárido).
Quadro 8 – Orçamento estratégico (R$).
Área de
atuação Parâmetros de estimativa de custos
Valor (R$)
2016-2025
Abastecimento
de Água (1)
Sistemas urbanos:
Para uma meta de 93% da população urbana atendida por sistemas
de abastecimento de água, e levando em conta a população urbana
já atendida em 2012, estima-se uma população a ser beneficiada de
1,8 milhão de habitantes em toda a bacia. Foram considerados os
custos para implantação e/ou ampliação dos sistemas por faixas
populacionais e atribuídos valores para essas faixas (Quadro 48,
Apêndice 1). Estima-se um custo médio unitário da ordem dos R$
2.324/hab.
Sistemas rurais:
Para uma meta de 93% da população rural atendida por sistemas
de abastecimento de água, e levando em conta a população rural já
atendida em 2012, estima-se uma população a ser beneficiada de
2,8 milhões de habitantes em toda a bacia. Foram considerados os
custos para implantação e/ou ampliação dos sistemas utilizando
valores para soluções individuais (cisternas) ou por faixas
populacionais, atribuindo-se valores para essas faixas (Quadro 49,
Apêndice 1). Estima-se um custo médio unitário da ordem dos R$
1.256/hab.
7.700.000.000
34 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Área de
atuação Parâmetros de estimativa de custos
Valor (R$)
2016-2025
Esgotamento
Sanitário,
Resíduos
Sólidos e
Drenagem
Urbana (1)
Esgotamento sanitário – sistemas urbanos:
Para uma meta de 76% da população urbana atendida por sistemas
de esgotamento sanitário, e levando em conta a população urbana
já atendida em 2012, estima-se uma população a ser beneficiada de
3,4 milhões de habitantes em toda a bacia. Foram considerados os
custos para implantação e/ou ampliação dos sistemas por faixas
populacionais e atribuídos valores para essas faixas (Quadro 50,
Apêndice 1). Estima-se um custo médio unitário da ordem dos R$
2.007,1/hab. Esgotamento sanitário – sistemas rurais:
Para uma meta de 76% da população rural atendida por sistemas
de esgotamento sanitário, e levando em conta a população rural já
atendida em 2012, estima-se uma população a ser beneficiada de
2,9 milhões de habitantes em toda a bacia.
Foram considerados os custos para implantação e/ou ampliação dos
sistemas utilizando valores para soluções individuais (fossas
sépticas e sumidouros) ou por faixas populacionais, atribuindo-se
valores para essas faixas (Quadro 51, Apêndice 1). Estima-se um
custo médio unitário da ordem dos R$ 1.592,5/hab.
Sistemas de gerenciamento de resíduos sólidos urbanos:
Para uma meta de 95% da população urbana atendida por sistemas
de coleta e disposição de resíduos sólidos, e levando em conta a
população urbana já atendida em 2012, estima-se uma população a
ser beneficiada de 7,2 milhões de habitantes em toda a bacia. Foram
considerados os custos para implantação e/ou ampliação dos
sistemas por faixas populacionais e atribuídos valores para essas
faixas (
Quadro 52, Apêndice 1). Estima-se um custo médio unitário da
ordem dos de R$ 100/hab.
Sistemas urbanos de drenagem:
Para uma meta de 100% da população urbana atendida por
sistemas de drenagem de águas pluviais, e levando em conta a
população urbana já atendida em 2012, estima-se uma população a
ser beneficiada de 13,4 milhões de habitantes em toda a bacia.
Foram considerados os custos para implantação e/ou ampliação dos
sistemas por faixas populacionais e atribuídos valores para essas
faixas (Quadro 53, Apêndice 1). Estima-se um custo médio unitário
da ordem dos R$ 532/hab.
19.300.000.000
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 35 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Área de
atuação Parâmetros de estimativa de custos
Valor (R$)
2016-2025
Recuperação de
áreas
degradadas,
matas ciliares e
nascentes (2)
Considerou-se a necessidade de recuperação de 600.000 ha de
APP utilizando o valor médio de R$ 4.400 por hectare recuperado 2.640.000.000
Outras
(diversas)
Aumento do conhecimento (estudos): R$ 119.300.000.
Entre os estudos considerados encontram-se estudos geológicos e
hidrogeológicos, estudo do sistema de avaliação e
acompanhamento da irrigação na bacia, estudos para a revisão da
política de gestão de reservatórios, estudos sobre alterações
climáticas, estudos orientados para o reuso da água, estudos sobre
a reativação dos fundos de pasto, estudos sobre o estado de
conservação das áreas importantes para conservação da
biodiversidade
1.160.650.000
Elaboração de planos diretores de bacias afluentes: R$ 103.835.000
Elaboração de 19 planos diretores de bacias afluentes:
- MG/DF/GO (1): Paracatu;
- BA (9): Corrente, Grande, Paramirim/Santo Onofre/Carnaíba de
Dentro, Margem Esquerda do Sobradinho, Verde e Jacaré, Salitre,
Curaçá, Macururé, Curituba;
- PE (7): Garças, Rio do Pontal, Brígida, Terra Nova, Pajeú ,
Moxotó, Seco;
- AL (1): Ipanema;
- SE (1): Baixo São Francisco.
Custo médio: R$ 5.465.000/plano.
Monitoramento: R$ 187.515.000
- Qualidade da água superficial: R$ 35.045.000.
- Quantidade de água superficial: R$ 82.500.000.
- Qualidade e quantidade de água subterrânea: R$ 69.970.000
Fiscalização: R$ 210.000.000
Controle de poluição e recuperação ambiental: R$ 170.000.000, dos
quais:
- Com origem agropecuária: R$ 95.000.000
- Com origem em mineração e indústria: R$ 75.000.000
36 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Área de
atuação Parâmetros de estimativa de custos
Valor (R$)
2016-2025
Outras
(diversas)
Aumento da oferta de água:
- Construção e recuperação de açudes e reservatórios de água,
instalação de sistemas armazenamento e aproveitamento de água,
apoio a programas de reciclagem de água em indústrias e em
estações de tratamento de água considerou-se um valor global de
R$ 370.000.000 para investimentos em toda a bacia hidrográfica.
(1) Saneamento:
As previsões foram elaboradas com base nos dados at uais de cada município conforme planilhas do PRH 2016-2025 (população atual e nívei s de atendimento). Projetadas as populações para o final da meta (2023), foi abatida a população atualmente atendida em cada município. Considerou-se esse o universo a ser atendido ate o final da meta. Para os recursos financeiros necessários, foram consider ados os custos para a elaboração de projetos e para a implantação dos sistemas, esti mados com base na experiência local (definidos pelo porte e dimensão populacional de ca da cidade e pela população rural por município).
(2) Revitalização da bacia:
- O PIDF-SF (Plano Integrado de Desenvolvimento Flo restal Sustentável de Suporte ao Programa de Revitalização da Bacia do Rio São Franc isco nos Estados de Minas Gerais, Bahia, Goiás e no Distrito Federal), publicado em 2 008, estimava a existência de aproximadamente 1.000.000 ha de áreas de preservaçã o permanentes (APPs) apenas nas margens dos rios e córregos nos estados de MG, BA, GO e no Distrito Federal, das quais 70% (700.000 ha) necessitariam ser recuperadas.
- De acordo com o relatório de avaliação do program a “Revitalização do Rio São Francisco” (CMA, 2015), de 2008 a 2015, os valores empenhados referentes à ação 10ZW - Recuperação e Controle de Processos Erosivos em M unicípios das Bacias do São Francisco e do Parnaíba (a cargo da CODEVASF), corr esponderam a $R 397.448.360 e $R 35.446.946 foram destinados à recuperação e preserv ação da Bacia do Rio São Francisco (ação 101P e 20VR) (a cargo do Ministério do Meio Ambiente), perfazendo assim cerca de $R 433 milhões em 8 anos. Utilizando um valor médio de R$ 4.000 por hectare recuperado, estima-se como estando ainda a necessitar de intervenção cerca de 600.000 ha.
B. ORIGEM DO FINANCIAMENTO
Entre as fontes de financiamento disponíveis, contam-se as seguintes (analisadas em
maior detalhe na seção 7.4):
• Planos Plurianuais Federal e Estaduais
• Fundos Federal e Estaduais
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 37 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
• Recursos de organismos Federais que podem suportar ações de
recuperação e revitalização da bacia (p.ex., FUNASA e Ministério das
Cidades) e de combate à desertificação (p.ex. MMA)
• Recursos de programas como: Programa Água Doce, Programa Águas
para Todos, Programa Produtor de Água, Programa de Despoluição de
Bacias Hidrográficas, Programa Nacional de Avaliação da Qualidade das
Águas, Programa Segunda Água, Programa Minas Sustentável
• Financiamento de âmbito Internacional
• Compensação financeira pela utilização de recursos hídricos para a
geração de energia
A identificação dos valores do PPA Federal e dos PPA Estaduais que podem ser
alocados ao financiamento de ações na BHSF é dificultada pela falta de discriminação
que estes planos fazem dos valores disponíveis por ação (com exceção do PPA de
Minas Gerais). Acresce ainda a questão da territorialização, por vezes correspondente
ao Estado, outras vezes a territórios específicos, abrangendo apenas parcialmente a
bacia hidrográfica do rio São Francisco.
Os programas e ações dos PPA Estaduais que se enquadram nos temas relacionados
com recursos hídricos e ambiente, e os territórios a que se destinam, são apresentados
de forma mais detalhada na seção 7.4.
No Quadro 9 apresenta-se uma estimativa dos valores dos PPA Estaduais
potencialmente alocáveis a ações a implementar na BHSF. Essa estimativa partiu dos
valores indicados nos PPA para o período 2016-2019, e considerou que os valores
estimados para 2016-2019 estariam disponíveis na mesma proporção para os períodos
seguintes, até ao ano 2025. Consideraram-se ainda os seguintes pressupostos:
• PPA de Minas Gerais: adicionaram-se os valores considerados para as
ações indicadas no Quadro 22 ao Quadro 24; como base de cálculo
considerou-se que as mesmas se aplicavam à totalidade do território do
Estado de Minas Gerais, estimando-se que 40% do valor global será
aplicado ao território da BHSF;
• PPA da Bahia: adicionaram-se os valores dos programas “meio ambiente
e sustentabilidade” e “água para todos”; como base de cálculo
38 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
considerou-se que os mesmos se aplicavam à totalidade do território do
Estado da Bahia, estimando-se que 54% do valor global será aplicado ao
território da BHSF;
• PPA de Pernambuco: adicionaram-se os valores dos programas
indicados no Quadro 27 ao Quadro 30; como base de cálculo considerou-
se que os mesmos se aplicavam à totalidade do território do Estado de
Pernambuco, estimando-se que 71% do valor global será aplicado ao
território da BHSF;
• PPA de Alagoas: adicionaram-se os valores das ações indicadas no
Quadro 31 e no Quadro 32; como base de cálculo considerou-se que as
mesmas se aplicavam à totalidade do território do Estado de Alagoas,
estimando-se que 52% do valor global será aplicado ao território da
BHSF;
• PPA de Sergipe: adicionaram-se os valores das ações indicadas no
Quadro 33; como base de cálculo considerou-se que as mesmas se
aplicavam à totalidade do território do Estado de Sergipe, estimando-se
que 32% do valor global será aplicado ao território da BHSF.
Quadro 9 – Estimativa de valores dos PPA Estaduais potencialmente alocáveis a
ações a implementar na BHSF.
Unidade da
Federação
Valor PPA em
ações
relevantes ($R)
(2016-2019)
Estimativa para a
BHSF ($R)
(2016-2019)
Projeção para a BHSF
($R)
(2016-2025)
MG 3.861.110.377 1.544.444.151 3.861.110.377
BA 6.415.968.000 3.464.622.720 8.661.556.800
PE 5.794.632.500 4.114.189.075 10.285.472.688
AL 1.142.937.662 594.327.584 1.485.818.961
SE 977.147.330 312.687.146 781.717.864
Total 18.191.795.869 10.030.270.676 25.075.676.690
Fontes: Governo do Estado da Bahia, 2016; Governo d o Estado de Alagoas, 2016; Governo do Estado de Minas Gerais, 2015; Governo do Estado de Pernambuco, 2015; Governo do Estado de Sergipe, 2016; Governo Federal do Brasil, 2015a,b, com cálculos Nemus.
No PPA Federal 2016-2019 , considerando os recursos orçamentados para os
programas “Conservação e uso sustentável da biodiversidade”, “Recursos hídricos” e
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 39 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
“Saneamento básico” (detalhados na seção 7.4), obtém-se um valor total de 58 bilhões
de reais para o Brasil.
Se a distribuição desse valor fosse uniforme no território brasileiro, ter-se-ia um valor
disponível da ordem dos 4,6 bilhões para a BHSF nesse período, valor que seria de 11,6
bilhões no período 2016-2025 se o orçamento se mantivesse equivalente nos períodos
seguintes, até ao ano 2025.
Adicionando os 11,6 bilhões estimados como provenientes do PPA Federal aos 25
bilhões estimados com proveniência dos PPA Estaduais, obtém-se um valor estimado
de cerca de 36,7 bilhões como potencialmente utilizáveis na BHSF no período 2016-
2025. Considerando esta estimativa, em termos globais, os recursos alocados aos
PPA, podem satisfazer as necessidades de investiment o na bacia para o período
de vigência do plano .
É contudo necessário proceder a uma análise dirigida a cada área de atuação para
identificar as fontes de recursos a que recorrer.
Por exemplo, no caso do saneamento devem estar disponíveis no PPA Federal apenas
cerca de 30% (8 bilhões de reais) das necessidades de investimento previstas para a
BHSF (cerca de 27 bilhões de reais). O restante valor terá que ser obtido nos PPA
Estaduais (estimando-se que estejam disponíveis cerca de 18 bilhões de reais) e em
outras fontes.
No que diz respeito à revitalização da bacia , o PPA Federal 2016-2019 (Governo
Federal do Brasil, 2015a) não prevê meta regionalizada para a BHSF, formulando-se
uma meta federal pouco ambiciosa: “M0423 - Conservar e recuperar 8.000 ha de solos,
matas ciliares e nascentes no âmbito do Programa Produtor de Água”, para a qual não
é indicado um valor específico. Se mantida esta meta nos próximos PPA, considerando
um período de 10 anos, e utilizando o valor médio de R$ 4.400 por hectare recuperado,
obtém-se uma revitalização de 20.000 ha com um investimento de $R 88.000.000. Este
investimento é um pouco superior ao previsto no PRH-SF 2004-2013 (recuperação de
áreas degradadas, de nascentes, margens fluviais e áreas de recarga de aquíferos:
cerca de $R 18.375.000; controle de erosão dos solos e do assoreamento: $R
62.100.000), mas seguramente insuficiente face às reais necessidades de recuperação.
40 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Foi contudo divulgado o lançamento de um novo programa de revitalização (“Novo
Chico”), prevendo um gasto da ordem dos R$ 10 bilhões até 2026 (AMORA, D. et. al.,
2016).
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 41 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
7.3.4. Síntese
No período 2016-2025 estima-se a necessidades de investimento na BHSF de um valor
da ordem dos 31,3 bilhões de reais , dos quais:
• 532,5 milhões de reais correspondem ao orçamento executivo (cerca de
2%);
• 30,8 bilhões de reais correspondem ao orçamento estratégico (cerca de
98%);
• Entre 12 e 15 bilhões de reais dirigidos à área da bacia correspondente
ao Semiárido.
Figura 9 – Representatividade do orçamento estratég ico e do orçamento
executivo no período 2016-2025.
Partindo dos valores disponíveis no PPA Federal e nos PPA Estaduais em programas
relacionados com os recursos hídricos e ambiente (incluindo o saneamento e a
conservação da biodiversidade), e projetando os valores para a bacia e para o período
2016-2025, estima-se que o financiamento disponível cubra as necessidades de
investimento identificadas.
42 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
7.4. Fontes de Recursos para o PRH-SF
Para analisar as fontes de financiamento disponíveis, durante a próxima década, foram
analisados os planos plurianuais dos Estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco,
Sergipe e Alagoas integrantes da bacia hidrográfica do rio São Francisco (conferir ponto
7.4.2), bem como o Plano Plurianual Federal (ponto 7.4.1). Todos estes documentos de
planejamento consideram o horizonte temporal 2016-2019, isto é, os primeiros quatro
anos de vigência do plano de recursos hídricos.
Após este exercício são mencionados os principais fundos ou recursos disponíveis que
podem, potencialmente, financiar ações associadas à implementação do Plano de
Recursos Hídricos. Assim são descritos os fundos de âmbito Federal (Fundo Nacional
do Ambiente, Fundo Clima, Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal, Fundação
Nacional de Saúde, Fundo de Recursos Hídricos – CT-HIDRO – Fundo Setorial de
Ciência e Tecnologia alocado no Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico), recursos de organismos Federais que podem suportar ações de
recuperação e revitalização da bacia (FUNASA e Ministério das Cidades) e programas
que possuem recursos específicos (verificar ponto 7.4.3).
A nível Estadual, são igualmente analisados os diversos fundos disponíveis no âmbito
dos recursos hídricos e ambiente (ponto 7.4.4). É também realizada uma análise ao
financiamento internacional, sendo que a candidatura a fundos internacionais terá de
ser coordenada com a Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão (conferir ponto 7.4.5).
Por fim são descritas duas fontes de financiamento relacionadas diretamente com a
gestão dos recursos hídricos da bacia do São Francisco: a compensação financeira pela
utilização de recursos hídricos para a geração de energia (verificar ponto 7.4.6), valor
que é distribuído pelos municípios, Estados e pela União; e ainda a cobrança pelo uso
de recursos hídricos (ver ponto 7.4.7).
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 43 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
7.4.1. Plano Plurianual Federal 2016-2019
O Plano Plurianual (PPA) Federal 2016-2019 surge sem alterações significativas
quanto à sua estrutura e conceitos relativamente ao PPA anterior. Contudo, existiram
mudanças com o intuito de dotar este Plano da capacidade de interpretar a realidade na
qual é implantado e as especificidades de cada política pública nele inserida.
A primeira mudança foi reforçar o caráter estratégico do plano, tendo sido estruturado
em uma dimensão estratégica , contendo uma visão de futuro e um conjunto de eixos
e diretrizes estratégicas . Existe assim uma conexão lógica que permite visualizar
como a estratégia geral do governo, anunciada na dimensão estratégica, orienta as
escolhas das políticas públicas materializadas em objetivos e metas expostos na
dimensão programática.
O segundo ponto teve como foco qualificar o conteúdo dos programas temáticos , que
passam a expressar com maior clareza as escolhas estratégicas para cada área por
meio de seus objetivos e respectivas metas, que por sua vez destacam de forma concisa
as entregas mais relevantes e estruturantes para a implementação das políticas
públicas.
Em março de 2015, foi iniciado o debate sobre as diretrizes estratégicas do PPA no
âmbito do diálogo entre o governo e a sociedade civil. Seguidamente, em maio e junho,
ocorreram as oficinas governamentais de formulação dos programas temáticos . No
total ocorreram 120 oficinas, com a participação de aproximadamente 4.000 pessoas,
além de reuniões bilaterais para a pactuação, especialmente, de políticas transversais
aos programas. Após a construção coletiva do escopo do programa , por meio dos
objetivos , seguiu-se a definição das metas e iniciativas e, por fim, a seleção dos
indicadores (Governo Federal do Brasil, 2015a).
44 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Com base em um cenário macroeconômico de recuperação econômica, projetando um
crescimento real do PIB de 2,5% em 2019, o PPA 2016-2019 da União estabelece os
seguintes eixos estratégicos:
• Educação de qualidade como caminho para a cidadania e o
desenvolvimento social e econômico;
• Inclusão social e redução de desigualdades, com melhor distribuição das
oportunidades e do acesso a bens e serviços públicos de qualidade;
• Ampliação da produtividade e da competitividade da economia, com
fundamentos macroeconômicos sólidos, sustentabilidade e ênfase nos
investimentos públicos e privados, especialmente em infraestrutura;
• Fortalecimento das instituições públicas, com participação e controle
social, transparência e qualidade na gestão.
Estes eixos estratégicos dividem-se em várias diretrizes estratégicas, que se
desenvolvem em um total de 54 programas. O PPA prevê um total de 8.217 bilhões de
reais para todos estes programas, com cerca de 66% proveniente de receitas
orçamentárias e o restante com receitas extraordinárias, incluindo 28% de créditos e
demais fontes.
Nas seções seguintes, apresentam-se as metas e iniciativas com relevância para a
bacia do rio São Francisco dos seguintes programas temáticos:
a) Agropecuária Sustentável;
b) Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade;
c) Desenvolvimento Regional e Territorial;
d) Mudança do Clima;
e) Pesca e Aquicultura;
f) Qualidade Ambiental;
g) Recursos Hídricos;
h) Saneamento Básico;
i) Transporte Aquaviário;
j) Energia Elétrica.
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 45 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
A. PPA 2016-2019: PROGRAMA AGROPECUÁRIA SUSTENTÁVEL
Este programa está orçamentado em quase 900 bilhões de reais para o período 2016-
2019, com cerca de 90% proveniente de créditos e demais fontes. O próximo quadro
apresenta os objetivos e metas mais relevantes deste programa para a bacia
hidrográfica do rio São Francisco (BHSF). É importante ressaltar que as metas de todos
os programas deste PPA dividem-se consoante as várias regiões do país e, por isso,
considera-se que as regiões nordeste e sudeste representam a área da bacia
hidrográfica do rio São Francisco.
Destaca-se o objetivo de desenvolvimento dos projetos públicos de irrigação (objetivo
0175), com iniciativas específicas para a área da bacia do rio São Francisco (conferir
Quadro 11). Ainda no âmbito deste objetivo, de notar a iniciativa de apoiar os Estados
na elaboração de Planos Estaduais de Irrigação.
Quadro 10 – Programa Agropecuária Sustentável.
Metas relevantes Metas por
região Órgão
Objetivo 0175: Concluir a implantação, melhorar a gestão, recuperar e modernizar os projetos públicos
de irrigação existentes visando à emancipação
M009Z: Implantar infraestruturas de irrigação em 30
projetos públicos de irrigação
Nordeste: 15
Sudeste: 1
Ministério de Integração M00A5: Revitalizar 46 infraestruturas de irrigação
de uso comum e de apoio à produção visando à
transferência de gestão
Nordeste: 34
Sudeste: 8
Objetivo 0600: Aperfeiçoar o monitoramento meteorológico e climático e os sistemas de previsão de
tempo e clima, com ênfase na disponibilidade dos dados históricos e em tempo real
M046J: Ampliar a rede de estações meteorológicas
automáticas de superfície de 598 para 700 estações
Nordeste: 181
Sudeste: 187 MAPA
Objetivo 0743: Promover o conhecimento e elevar a adoção da Agricultura de Baixa Emissão de
Carbono (ABC)
- - MAPA
Objetivo 0750: Ampliar e diversificar a produção de biomassa agropecuária, com ênfase em cultivos
agroenergéticos e florestas plantadas
046T: Ampliar a área plantada de florestas de 7,6
milhões de hectares para 9,0 milhões de hectares - MAPA
46 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Metas relevantes Metas por
região Órgão
Objetivo 1042: Disseminar sistemas de produção agropecuária sustentável, com agregação de valor e
renda, segurança do alimento, valorização de origem e conservação dos recursos naturais
M046A: Promover a implementação de 15 projetos
Estaduais para adoção de práticas e sistemas
conservacionistas de solo
Nordeste: 3
Sudeste: 1 MAPA
Objetivo 1049: Promover o desenvolvimento da agropecuária irrigada de forma econômica, social e
ambientalmente sustentável, com racionalização dos recursos hídricos
M04A4: Incorporar 1,5 milhão de hectares
irrigados às áreas de produção agropecuária.
Nordeste: 300 mil
Sudeste: 400 mil MAPA
Fonte: Governo Federal do Brasil (2015a).
Quadro 11 – Iniciativas do Programa Agropecuária Su stentável (objetivo 0175) .
Iniciativas Custo total (mil R$) Início Término
Implantação de Projetos Públicos de Irrigação
Baixio de Irecê (BA) R$ 601.663 1999 2022
Manoel Dionísio (SE) R$ 250.000 2011 2023
Canal do Sertão Alagoano (AL) R$ 172.452 2012 2022
Pontal (PE) R$ 313.294 1992 2020
Salitre (BA) R$ 657.847 1998 2022
Jaíba (MG) R$ 480.877 1999 2021
Mocambo/Cuscuzeiro (BA) R$ 200.000 2016 2022
Iuiú (BA) R$ 350.000 2016 2022
Adequação de Projetos Públicos de Irrigação para tr ansferência da Gestão
Mirorós (BA) R$ 105.676 2011 2020
Nilo Coelho (PE) R$ 821.061 2007 2021
Formoso (BA) R$ 841.158 2011 2021
Gorutuba (MG) R$ 179.357 2011 2021
Curaçá (BA) R$ 150.751 2011 2021
Maniçoba (BA) R$ 165.099 2011 2020
Moxotó (PE) R$ 147.179 2012 2025
Fonte: Governo Federal do Brasil (2015b).
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 47 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Ainda no âmbito do Programa Agropecuária Sustentável, releva-se o objetivo de
disseminação da Agricultura de Baixa emissão de Carbono (ABC), notadamente através
do apoio financeiro e técnico para elaboração de Planos Estaduais. O Ministério da
Agricultura terá, também, uma política de incentivo ao plantio florestal, inclusive através
do financiamento a produtores rurais.
Por fim, o Ministério da Agricultura terá, igualmente, uma política virada para o
desenvolvimento da agricultura irrigada, através de financiamento adequado e inclusive
através da criação de um mapeamento de irrigantes (em conjunto com a ANA) (objetivo
1049).
B. PPA 2016-2019: PROGRAMA CONSERVAÇÃO E USO SUSTEN TÁVEL DA
BIODIVERSIDADE
Este programa, da exclusiva responsabilidade do Ministério do Meio Ambiente, está
orçamentado em quase três bilhões de reais para 2016-2019, provenientes de receitas
fiscais e de créditos e demais fontes (cerca de metade em cada). Os principais objetivos
deste programa podem ser observados no Quadro 12.
Destaque para o financiamento de projetos para recuperação e produção florestal
sustentável e aumento do conhecimento sobre as florestas, por meio do Fundo Nacional
de Desenvolvimento Florestal – FNDF, no âmbito dos objetivos 1064 e 1066.
Quadro 12 – Programa Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade.
Metas relevantes Metas por
região Órgão
Objetivo 1078: Reduzir ameaça à extinção de espécies da biodiversidade brasileira, recuperar suas
populações e promover o conhecimento e o uso sustentável
M0485: Integrar, harmonizar e padronizar as
informações de gestão do uso da biodiversidade nas
27 unidades da Federação visando garantir sua
sustentabilidade
- MMA
48 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Metas relevantes Metas por
região Órgão
Objetivo 1064: Promover a Regularização Ambiental dos Imóveis Rurais por meio dos instrumentos do
Código Florestal
M046Y: Incentivar a recuperação de 20% das áreas
degradadas dos imóveis rurais que aderiram ao
Programa de Regularização Ambiental – PRA
- MMA
Objetivo 1065: Contribuir para a conservação do meio ambiente por meio da elevação de renda e
inclusão social e produtiva
M0470: Desenvolver Ações de Inclusão Produtiva
em territórios de conservação ou de povos e
comunidades tradicionais
Nordeste: 3 MMA
Objetivo 1066: Ampliar a produção florestal sustentável e o conhecimento sobre as florestas brasileiras
M04D4: Incluir 4000 pequenos produtores rurais e
extrativistas em atividades florestais sustentáveis
por meio de assistência técnica e capacitação
Caatinga: 1.500
Cerrado: 1.500 MMA
M04D5: Ampliar a área do Inventário Florestal
Nacional de 100 milhões para 400 milhões de
hectares
Cerrado: 180
milhões MMA
Objetivo 1070: Fortalecer o Sistema Nacional de Unidades de Conservação e Consolidar as Unidades
de Conservação Federais
M047X: Aumentar de 265 para 283 Unidades de
Conservação Federais com conselhos gestores
criados
Caatinga: 2
Cerrado: 1
Mata Atlântica: 10
MMA
Fonte: Governo Federal do Brasil (2015a).
C. PPA 2016-2019: PROGRAMA DESENVOLVIMENTO REGIONAL E
TERRITORIAL
O Programa de Desenvolvimento Regional e Territorial está orçado em cerca de 250
bilhões de reais para os próximos quatro anos, com a maioria do valor proveniente de
gastos tributários (recursos extraorçamentários).
Destaque para a iniciativa do Ministério do Meio Ambiente de elaboração, juntamente
com os colegiados responsáveis, dos ZEEs da bacia hidrográfica do Rio São Francisco,
no âmbito do objetivo 0789 (conferir Quadro 13).
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 49 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Nota, ainda, para o objetivo de promoção da qualidade de vida e inclusão social e
produtiva nos territórios rurais, mais especificamente, no Semiárido Nordestino. Neste
particular destaca-se as iniciativas de implantação do Acordo de Cooperação com o
Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura (FIDA) para a ampliação do
Projeto Dom Helder Câmara e o estímulo a projetos de infraestrutura e serviços que
beneficiem mulheres, juventude e povos e comunidades tradicionais nos territórios
rurais.
Quadro 13 – Programa Desenvolvimento Regional e Ter ritorial.
Metas relevantes Meta por região Órgão
Objetivo 0789: Promover o desenvolvimento regional e o ordenamento do território brasileiro por meio
do planejamento da ocupação e do uso do espaço de forma sustentável e com abordagem territorial
M02MY: Incrementar de 60% para 75% do
território brasileiro com diretrizes de uso e
ocupação em bases sustentáveis , definidas por
meio de iniciativas de Zoneamento Ecológico-
Econômico (ZEE) validadas pelos colegiados
responsáveis
Do incremento de
15%, 7,5%
corresponde à
Região Hidrográfica
São Francisco
MMA
Objetivo 0979: Promover a qualidade de vida e a inclusão socioprodutiva com a oferta de infraestrutura
e serviços nos territórios rurais
M049Q: Beneficiar 15.000 famílias com ações
territorializadas voltadas ao combate à pobreza no
semiárido do Nordeste
Nordeste: 15.000
Ministério do
Desenvolvimento
Agrário
Fonte: Governo Federal do Brasil (2015a).
50 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
D. PPA 2016-2019: PROGRAMA MUDANÇA DO CLIMA
O Programa Mudança do Clima, orçado em 2,6 bilhões de reais, é da responsabilidade
partilhada do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e do Ministério do Meio
Ambiente.
Destaque para a promoção da investigação científica neste campo (objetivo 0540) e a
implementação da Política Nacional sobre Mudança do Clima (objetivo 1067), que tem
prevista as iniciativas de atualização e implementação do Plano de Ação para
Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Cerrado e o
estabelecimento de novos instrumentos econômicos para a redução do desmatamento
e da degradação florestal na Amazônia e no Cerrado.
É de notar, ainda, a intenção de expandir para todos os biomas, o monitoramento remoto
do desmatamento e degradação florestal, o que inclui, claro está, os biomas presentes
na bacia do rio São Francisco.
Quadro 14 – Programa Mudança do Clima.
Metas relevantes Órgão
Objetivo 0540: Gerar e disseminar informação, conhecimento e tecnologias para mitigação e adaptação
aos efeitos das mudanças climáticas
M047I: Fomentar 15 pesquisas e projetos sobre Mudanças Climáticas Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação
Objetivo 1067: Mitigar a mudança do clima e promover a adaptação aos seus efeitos, por meio da
implementação da Política Nacional sobre Mudança do Clima (MMA)
Objetivo 1069: Desenvolver tecnologias para o monitoramento por sensoriamento remoto do
desmatamento, uso da terra e ocorrência de queimadas e incêndios florestais e disseminar as
informações
M047Q: Expandir para todos os biomas, além da Amazônia, o
monitoramento do desmatamento, da degradação florestal e do uso da
terra
Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação
Fonte: Governo Federal do Brasil (2015a).
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 51 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
E. PPA 2016-2019: PROGRAMA PESCA E AQUICULTURA
Com um orçamento de cerca de 420 milhões de reais de recursos orçamentários, o
Programa Pesca e Aquicultura, da responsabilidade do Ministério da Pesca e
Aquicultura possuiu várias iniciativas de relevo para a bacia hidrográfica do rio São
Francisco (conferir Quadro 15).
Quadro 15 – Programa Pesca e Aquicultura.
Metas relevantes Meta por região Órgão
Objetivo 1133: Estimular a ampliação da produção aquícola e pesqueira de forma sustentável e
competitiva
M04IA: Promover a implantação e a regularização da
aquicultura em 25 reservatórios da União
Nordeste: 5
Sudeste: 10
Ministério da Pesca e
Aquicultura
M04IC: Reestruturar 19 unidades de produção de
formas jovens para aquicultura Nordeste: 13
M04IE: Implantar o programa para interiorização da
carcinicultura em 11 unidades da Federação
Nordeste: 6
Sudeste: 1
M04IF: Atender 14.400 famílias no âmbito do
programa de aquicultura familiar, com foco na
construção de viveiros escavados
Nordeste: 4.320
Sudeste: 1.440
Fonte: Governo Federal do Brasil (2015a).
Dos vários objetivos e metas estabelecidos por este programa, destaca-se o objetivo de
ampliar a produção aquícola e pesqueira de forma sustentável, notadamente no rio São
Francisco. Neste âmbito, o Ministério da Pesca e Aquicultura possui várias iniciativas
como o apoio financeiro e técnico à implantação de distritos industriais da aquicultura,
a concessão de crédito a pescadores e aquicultores, o financiamento para embarcações
e o financiamento de projetos para promoção de novas tecnologias na cadeia de valor
da pesca, entre outros.
52 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
F. PPA 2016-2019: PROGRAMA QUALIDADE AMBIENTAL
Orçamentado em cerca de 500 milhões de reais, o Programa Qualidade Ambiental, da
responsabilidade quase exclusiva do Ministério do Meio Ambiente, prevê a revisão do
Plano Nacional de Resíduos Sólidos e a promoção de programas municipais no mesmo
âmbito (conferir Quadro 16).
O Ministério do Trabalho e Emprego é o responsável por uma meta, notadamente a de
fomentar cooperativas e associações de catadores de materiais recicláveis, para atingir
o objetivo de redução da pressão sobre os recursos naturais.
Quadro 16 – Programa Qualidade Ambiental.
Metas relevantes Órgão
Objetivo 1102: Reduzir a pressão sobre os recursos naturais e a poluição por meio da implementação
da Política Nacional de Resíduos Sólidos com a inclusão socioeconômica de catadores de materiais
recicláveis
M04LI: Elevar de 37% (2013) para 70% (2019) o patamar da população
brasileira beneficiada por Planos Municipais de Resíduos Sólidos MMA
M04S6: Fomentar e fortalecer 1.000 cooperativas, associações e redes de
cooperação de catadores de materiais recicláveis para atuação na coleta
seletiva e na cadeia produtiva da reciclagem
Ministério do Trabalho
e Emprego
Objetivo 1105 - Realizar o controle e a fiscalização ambiental de atividades e empreendimentos
M04E9: Realizar 1.600 ações de fiscalização ambiental em todo o território
nacional. MMA
M04EA: Instaurar 50.000 processos administrativos de apuração de infração
ambiental MMA
M04EB: Julgar 60.000 processos administrativos de apuração de infração
ambiental. MMA
Fonte: Governo Federal do Brasil (2015a).
G. PPA 2016-2019: PROGRAMA RECURSOS HÍDRICOS
O Programa Recursos Hídricos apresenta um orçamento de quase 15 bilhões de reais,
com a grande maioria dos recursos provenientes do Orçamento Geral da União.
O programa apresenta diversos objetivos, que vão desde a promoção da disponibilidade
da água para usos múltiplos, o fortalecimento do Sistema Nacional de Gerenciamento
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 53 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
de Recursos Hídricos, a conservação ambiental dos corpos de água, entre outros (cf.
Quadro 17).
Ainda que não existam metas regionalizadas especificamente para a bacia hidrográfica
do rio São Francisco, existem diversas iniciativas específicas com relação direta com a
bacia do rio São Francisco, como a conclusão da implantação do Projeto de Integração
do Rio São Francisco, a avaliação da cobrança pelo uso da água, a recuperação e
conservação de água, solo e recursos florestais para revitalização da bacia, entre
outras.
Fazendo parte de uma medida ampla de estudo de águas subterrâneas, está prevista a
realização de estudos hidrológicos integrados no Aquífero Urucuia e em bacias
hidrográficas associadas, visando a determinação da contribuição da água subterrânea
para a vazão do rio São Francisco, no âmbito do objetivo 1024 (cf. Quadro 17).
Quadro 17 – Programa Recursos Hídricos.
Metas relevantes Metas por região Órgão
Objetivo 1025: Promover a disponibilidade de água para usos múltiplos, por meio da implementação da
Política Nacional de Recursos Hídricos e de seus instrumentos
M041L: Implementar regras de uso da água em 5
bacias ou sistemas hídricos interestaduais com
criticidade qualiquantitativa
-
MMA
M041N: Disponibilizar dados padronizados de
qualidade de água no portal do Sistema Nacional
de Informações sobre Recursos Hídricos – SNIRH,
no âmbito do Programa Qualiágua, de 16
Unidades da Federação
Nordeste: 6
Sudeste: 4
M041: Ampliar de 21% para 30% a Rede
Hidrometeorológica automatizada com transmissão
de dados em tempo real
-
M041P: Ampliar de 58% para 100% a cobertura do
território nacional com Planos Estaduais de
Recursos Hídricos
Nordeste: 3,8%
Sudeste: 0,5%
54 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Metas relevantes Metas por região Órgão
Objetivo 1026: Fortalecer os entes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, por
meio de promoção da integração federativa, da articulação intersetorial e do apoio às estruturas
colegiadas (MMA)
M041W: Avançar nas metas estaduais referentes à
Capacitação setorial, Cadastro de usuários,
Monitoramento hidrometeorológico, Monitoramento
da qualidade da água e Outorga em 20 unidades
da federação, no âmbito do Programa de
Consolidação do Pacto Nacional pela Gestão das
Águas – Progestão
- MMA
Objetivo 1027: Promover a conservação, a recuperação e o uso racional dos recursos hídricos, por
meio da indução de boas práticas de uso de água e solo e da revitalização de bacias hidrográficas
M041X: Reduzir os níveis de poluição hídrica pela
remoção de 72.000 toneladas de carga
poluidora de Demanda Bioquímica de Oxigênio
(DBO) lançadas nos rios, por meio do pagamento
pelo esgoto tratado, no âmbito do Programa
Despoluição de Bacias Hidrográficas (PRODES)
-
MMA
M0423: Conservar e recuperar 8.000 hectares de
solos, matas ciliares e áreas de nascentes no
âmbito do Programa Produtor de Água
-
Objetivo 0549: Fortalecer o planejamento e a gestão dos investimentos em infraestrutura hídrica
M01LN: Implementar o modelo de gestão do
Projeto de Integração do Rio São Francisco - PISF - MI
Objetivo 0479: Ampliar a oferta de água para usos múltiplos por meio de infraestruturas hídricas
M044C: Concluir a implantação dos Eixos Norte e
Leste do Projeto de Integração do Rio São
Francisco - PISF
-
MI M016Z: Ampliar a capacidade de reservação de
água bruta em 1.939,7 milhões de m³
Nordeste: 1.667,7
milhões de m³
M044B: Ampliar a capacidade de adução de água
bruta em 97,3 m³/s Nordeste: 96,1 m³/s
Objetivo 0480: Garantir a operação e a funcionalidade das infraestruturas hídricas por meio de sua
recuperação e manutenção
M0171: Recuperar 19 infraestruturas hídricas Nordeste: 19
MI M04FL: Realizar a regularização fundiária,
ambiental, de outorga e de segurança de 11
barragens da União
Nordeste: 11
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 55 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Metas relevantes Metas por região Órgão
M04FN: Desenvolver e implantar o Sistema
Nacional de Informações sobre Segurança de
Barragens - SNISB
- MMA
Objetivo 1024: Ampliar e difundir o conhecimento sobre águas subterrâneas e suas interações com as
superficiais, por meio da realização de levantamentos, estudos e pesquisas
M040P: Ampliar a Rede Nacional Integrada de
Monitoramento das Águas Subterrâneas - RIMAS
com a inclusão de 280 novos poços
Nordeste: 130
Sudeste: 35
Min. de Minas e Energia
M040Q: Ampliar a base de dados do Sistema de
Informações de Águas Subterrâneas por meio da
inclusão de 44.000 novos poços
Nordeste: 20.000
Sudeste: 7.000
M040R: Elaborar 20 mapas de água subterrânea
(diversas escalas) em ambiência regional, nacional
e internacional, com base no desenvolvimento de
pesquisas e estudos hidrogeológicos
Nordeste: 4
Sudeste: 3
M040S: Desenvolver três estudos hidrológicos
integrados , visando o entendimento da dinâmica
hídrica chuva-água subterrânea-água superficial,
utilizando novas tecnologias de coleta e medições
Nordeste: 1
Fonte: Governo Federal do Brasil (2015a).
Destacam-se as seguintes iniciativas, associadas aos objetivos indicados:
Objetivo 1025:
• 04MM - Ampliação da quantidade de dados e informações disponíveis à
sociedade no Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos -
SNIRH
• 04MN - Aprimoramento e expansão de dados e informações de volume de
água do Sistema de Acompanhamento de Reservatórios – SAR
• 04MO - Realização da batimetria dos principais reservatórios federais de
usos múltiplos
• 04MS - Automação e regulamentação de novos procedimentos e critérios de
outorga em bacias críticas e setores usuários específicos
• 04MT - Otimização da operação de reservatórios por meio da revisão de
condições gerais e restrições operativas definidas em outorgas e do apoio a
eventuais adaptações de usos da água
56 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
• 04MU - Definição de regras operacionais em reservatórios e sistemas
hídricos estratégicos para a compatibilização
• dos usos múltiplos da água, principalmente em situações de conflito de uso
e escassez hídrica
• 04MV - Implementação de regras de alocação de água e proposta de
descentralização da gestão de açudes da região semiárida
• 04MW - Regulamentação e apoio técnico à operação e manutenção dos
serviços de adução e reservação de água bruta, incluindo o Projeto de
Integração do São Francisco - PISF, açudes, perímetros irrigados e sistemas
adutores
• 04MX - Avaliação da contribuição das águas subterrâneas na vazão do rio
em bacia de rio de domínio da União, de forma a orientar a tomada de
decisão integrada na aplicação de instrumentos da Política Nacional de
Recursos Hídrico (PNRH).
• 04MY - Avaliação do efeito da cobrança pelo uso da água nas bacias dos
rios Piracicaba-Capivari-Jundiaí (PCJ) e do São Francisco
• 04MZ - Formação e capacitação de recursos humanos no âmbito do Sistema
Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH) para a
participação da sociedade na gestão das águas superficiais e subterrâneas
• 04N7 - Fomento à elaboração de Planos de Contingência para escassez
hídrica
Objetivo 1026:
• 04NF - Apoio técnico e financeiro ao funcionamento de Comitês em bacias
interestaduais
• 04NG - Elaboração de diagnóstico sobre o uso da água na irrigação e na
indústria para subsidiar a oferta de água e a gestão da demanda.
• 04NH - Apoio técnico aos Estados para gestão das águas subterrâneas com
foco na gestão integrada de águas subterrâneas e superficiais.
• 04NI - Promoção da Integração federativa para a gestão das águas
subterrâneas e dos recursos hídricos fronteiriços e transfronteiriços.
• 04NJ - Melhoria da articulação do Sistema Nacional de Gerenciamento de
Recursos Hídricos – SINGREH com os entes do Sistema Nacional de
Proteção e Defesa Civil – SINPDEC e com os demais órgãos responsáveis
pela gestão de desastres nos níveis federal e estadual.
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 57 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
• 04NL - Elaboração de novo programa de fortalecimento dos órgãos gestores
estaduais de recursos hídricos – PROGESTÃO II.
• 04NM - Coordenação da operacionalização do Monitor de Secas do
Nordeste, em conjunto com os órgãos federais e estaduais responsáveis
pelo monitoramento hidrometeorológico e pela gestão de recursos hídricos,
visando ao acompanhamento de secas e de medidas de prevenção e
mitigação associadas.
• 04NO - Elaboração do Programa de Fortalecimento dos Comitês de Bacias
Hidrográficas – Pró-Comitês.
Objetivo 1027:
• 04NQ - Estruturação de programa de recuperação de áreas de preservação
permanente em sub-bacias hidrográficas cujos trechos de rios sejam
considerados prioritários para a conservação dos recursos hídricos
• 04NR - Promoção da implementação de projetos-piloto de reuso e de uso
racional da água
• 04NY - Recuperação e conservação de água, solo e recursos florestais para
revitalização das bacias dos rios São Francisco, Parnaíba, Itapecuru e
Mearim
• 04NZ - Acompanhamento, avaliação e regionalização de ações prioritárias
em bacias hidrográficas intensamente degradadas
• 05G9 - Implementação de plano de ação de formação e capacitação de
educadores ambientais, gestores e demais públicos envolvidos com a
agenda Recursos Hídricos
• 06LC - Reestruturação do Comitê Gestor para articulação das ações do
Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do rio São Francisco
Objetivo 0480:
• 01LO - Operação e manutenção do Projeto de Integração do Rio São
Francisco - PISF
• 01LP - Recuperação de Reservatórios Estratégicos para a Integração do Rio
São Francisco (CE/PB/PE/RN)
• 05OZ - Operação e manutenção de infraestruturas hídricas
• 05P0 - Recuperação e regularização de infraestruturas hídricas
58 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Objetivo 1024:
• 04KX - Articulação interinstitucional visando o planejamento, a ampliação e
a operação da Rede Nacional Integrada de Monitoramento das Águas
Subterrâneas - RIMAS para a integração do monitoramento de águas
superficiais e subterrâneas
• 04KY - Perfuração e instrumentalização de poços dedicados ao
monitoramento
• 04KZ - Ampliação dos instrumentos de cooperação com órgãos gestores
Estaduais e Federal, além de intervenientes em recursos hídricos em geral,
para obtenção de dados hidrogeológicos
• 04L1 - Realização de estudos hidrogeológicos integrados em aquíferos de
bacias hidrográficas de rios de domínio da União
• 04L2 - Desenvolvimento de pesquisas para definição da potencialidade para
produção de água em aquíferos localizados em zonas de escassez
(semiárido)
• 04L3 - Avaliação da disponibilidade hídrica subterrânea para áreas urbanas
de municípios da Região Nordeste
• 04L5 - Realização de estudos hidrológicos integrados no Aquífero Urucuia e
em bacias hidrográficas associadas, visando a determinação da contribuição
da água subterrânea para a vazão do Rio São Francisco
• 04L6 - Realização de estudos em bacias hidrográficas para o
desenvolvimento de modelos da dinâmica da água, que podem ser aplicados
em áreas correlatas·
• 04L7 - Melhoria da precisão da informação hidrológica por meio da
implantação de um centro de aferição e calibração de equipamentos
• 04LB - Difusão de 36 relatórios e prognósticos para subsidiar a utilização de
águas subterrâneas na mitigação de eventos hidrológicos críticos
• 04LA - Ampliação de rede de monitoramento hidrogeológico para obtenção
de dados relacionados a estiagens e secas
As iniciativas no âmbito do Programa Recursos Hídricos do PPA Federal 2016-2019
com impacto para a bacia hidrográfica do rio São Francisco e valor superior a 250
milhões de reais podem ser verificadas no Quadro 18. Todas estas iniciativas estão
compreendidas no objetivo 0479, de ampliação da oferta de água para usos múltiplos,
e são da responsabilidade do Ministério da Integração. Destaque para o projeto de
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 59 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
integração do rio São Francisco que terá um custo de cerca de 10 bilhões de reais
(contando com a necessária recuperação de reservatórios estratégicos).
Quadro 18 – Iniciativas do Programa Recursos Hídric os (objetivo 0479).
Iniciativas Custo (mil R$) Início Término
Projeto de Integração do Rio São Francisco - Eixo Norte
(CE/PB/PE/RN) R$ 6.127.751 2007 2017
Projeto de Integração do Rio São Francisco - Eixo Leste
(PB/PE) R$ 3.463.292 2004 2017
Recuperação de Reservatórios Estratégicos (CE/PB/PE/RN) R$ 400.000 2011 2021
Canal do Sertão Alagoano (AL) R$ 2.396.971 2001 2019
Ramal do Agreste (PE) R$ 1.376.888 2014 2020
Canal Xingó (BA/SE) R$ 1.200.000 2017 2022
Sistema Adutor do Agreste (PE) R$ 1.259.587 2007 2020
Ramal do Entremontes (PE) R$ 1.151.230 2014 2020
Sistema Jequitaí (MG) R$ 319.943 2010 2020
Adutora do Pajeú (PB/PE) R$ 361.820 2007 2020
Sistema Adutor do Oeste (PE) R$ 312.167 2013 2019
Fonte: Governo Federal do Brasil (2015b).
H. PPA 2016-2019: PROGRAMA SANEAMENTO BÁSICO
O Programa Saneamento Básico está avaliado em quase 40 bilhões de reais para o
período 2016-2019, sendo que grande parte destes recursos provêm de fontes
extraorçamentárias.
Os objetivos deste programa podem ser observados no Quadro 19, sendo que são da
responsabilidade quer do Ministério das Cidades quer do Ministério da Saúde. É de
destacar que quase todas as metas estabelecidas neste programa são numéricas. Por
exemplo, existe uma meta (04I6) de ampliar em 1,6 milhões os domicílios rurais
abastecidos por rede de distribuição de água, poço ou nascente.
60 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Quadro 19 – Programa Saneamento Básico.
Metas relevantes Órgão
Objetivo 0353: Implementar medidas estruturantes que assegurem a melhoria da gestão e da prestação
dos serviços públicos de saneamento básico
M00OL: Ampliar de 10% para 32% os municípios com plano municipal de
saneamento básico
Ministério das Cidades M040K: Apoiar a elaboração de estudos e projetos de engenharia em
369 municípios , visando a ampliação da oferta e do acesso aos serviços de
saneamento básico
M04ON: Executar ações de apoio ao controle da qualidade da água para
consumo humano em 2.000 municípios Ministério da Saúde
Objetivo 0355: Implementar medidas estruturais e estruturantes em áreas rurais e comunidades
tradicionais, que assegurem a ampliação do acesso, a qualidade e a sustentabilidade das ações e
serviços públicos de saneamento básico
M04I6: Ampliar de 6,8 para 7,4 milhões os domicílios rurais abastecidos
por rede de distribuição de água, poço ou nascente
Ministério da Saúde
M04I7: Ampliar de 2,8 para 3,0 milhões os domicílios rurais servidos por
rede coletora, fossa séptica para os excretas ou esgotos sanitários
M04I8: Ampliar de 6,0 para 6,4 milhões os domicílios rurais com renda
de até três salários mínimos mensais que possuem banheiro ou sanitário no
domicílio ou na propriedade
M04K3: Executar ações de apoio ao controle da qualidade da água para
consumo humano em 3.000 Comunidades Rurais e Tradicionais
Objetivo 0610 : Implementar medidas estruturais em áreas urbanas, por meio de ações que assegurem
a ampliação da oferta e do acesso aos serviços públicos de saneamento básico
M040L: Ampliar de 54,8 para 57,8 milhões os domicílios urbanos
abastecidos por rede de distribuição de água, poço ou nascente
Ministério das Cidades
M040M: Ampliar de 46,8 para 49,6 milhões os domicílios urbanos
servidos por rede coletora ou fossa séptica para os excretas ou esgotos
sanitários
M040N: Ampliar de 4,5 para 4,8 bilhões de m 3 o volume anual de esgoto
tratado
M04Q9: Ampliar de 27,5 para 30,1 milhões o número de domicílios
urbanos com renda de até três salários mínimos mensais que possuem
banheiro ou sanitário no domicílio ou na propriedade
Ministério da Saúde
Fonte: Governo Federal do Brasil (2015a).
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 61 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
I. PPA 2016-2019: PROGRAMA TRANSPORTE AQUAVIÁRIO
Com um valor orçamentado de mais de 35 bilhões de reais, o Programa Transporte
Aquaviário possuiu vários objetivos com relação às hidrovias, portos fluviais e marítimos,
entre outros.
Relacionado ao rio São Francisco, este programa possuiu dois objetivos (cf. Quadro 20),
notadamente de ampliar a capacidade do transporte hidroviário e de assegurar a sua
manutenção e operação através de operações de dragagem de aprofundamento, entre
outras.
Quadro 20 – Programa Transporte Aquaviário.
Metas relevantes Meta por região Órgão
Objetivo 0234: Ampliar a capacidade da rede de transporte hidroviário por meio da melhoria das
condições de navegabilidade e da adequação da infraestrutura portuária pública de pequeno porte
M00F2: Eliminar 18 pontos críticos em hidrovias Nacional: 6
Sudeste: 6 Min. dos Transportes
Objetivo 1054: Assegurar a disponibilidade da rede de transporte hidroviário de passageiros e cargas por
meio da manutenção e da operação
M00F3: Manter 7 corredores hidroviários Nacional: 5
Min. dos Transportes M04LQ: Melhorar ou implantar sinalização em 7
hidrovias Nacional: 5
Fonte: Governo Federal do Brasil (2015a).
J. PPA 2016-2019: PROGRAMA ENERGIA ELÉTRICA
O Programa Energia Elétrica está orçado em cerca de 211 bilhões de reais para os anos
2016-2019. Focando no aumento da oferta de geração e transmissão de energia
elétrica, este programa estabelece um objetivo de aumento da capacidade de geração
no valor de 30 mil MW, metade dos quais a partir de fonte hídrica (cf. Quadro 21).
Com relação à bacia hidrográfica do rio São Francisco, o aumento da capacidade de
geração apenas se refere a um empreendimento, notadamente a usina hidroelétrica
Luiz Gonzaga e a sua ampliação de capacidade planejada.
62 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Em relação ao objetivo de planejamento do aumento da demanda futura de energia, a
meta 044N estabelece a realização de estudos de viabilidade de usinas hidroelétricas,
estando estabelecido um valor para a bacia do rio São Francisco. Isto significa que serão
realizados estudos de viabilidade de novas usinas hidroelétricas no rio São Francisco
com uma capacidade instalada total potencial de 480 MW.
Quadro 21 – Programa Energia Elétrica.
Metas relevantes Meta por região Órgão
Objetivo 0034: Planejar o atendimento das demandas futuras de energia elétrica por meio da
elaboração de estudos de expansão da geração e da transmissão, bem como da promoção de leilões
M044N: Realizar e aprovar estudos de
viabilidade de usinas hidrelétricas com potencial
total da ordem de 5.600 MW
Região Hidrográfica São
Francisco: 480 MW MME
Objetivo 0019: Expandir a capacidade de geração do sistema elétrico brasileiro, pela implantação de
novos empreendimentos e ampliação e ou repotenciação de usinas existentes
M0001: Adicionar 14.655 MW de capacidade
instalada de geração de energia elétrica a partir
da fonte hídrica
Nordeste: 5 MW MME
Fonte: Governo Federal do Brasil (2015a).
7.4.2. Planos Plurianuais Estaduais
Apresentam-se seguidamente os Planos Plurianuais para os Estados de Minas Gerais,
Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe.
A. PLANO PLURIANUAL 2016-2019 DO ESTADO DE MINAS GE RAIS
O Plano Plurianual de Ação Governamental 2016-2019 de Minas Gerais define cinco
eixos de atuação prioritários, sendo eles:
• Eixo 1 – Desenvolvimento produtivo, científico e tecnológico;
• Eixo 2 – Infraestrutura e logística;
• Eixo 3 – Saúde e proteção social;
• Eixo 4 – Segurança pública;
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 63 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
• Eixo 5 – Educação e cultura.
O Estado de Minas Gerais é dividido em 17 territórios de desenvolvimento, sendo que
sete destes se integram em parte ou totalmente na bacia hidrográfica do rio São
Francisco (Noroeste, Norte, Alto Jequitinhonha, Central, Metropolitana, Oeste e
Vertentes).
Os próximos quadros traduzem os programas e respectivas ações que se enquadram
nos temas relacionados com recursos hídricos e ambiente, nos territórios pertencentes
à bacia hidrográfica do rio São Francisco.
Quadro 22 – PPA 2016 – 2019 Minas Gerais: eixo infr aestrutura e logística.
Ação Território Órgão
Programa 0145: Saneamento é vida
Ação 1112 – Implantação e melhoria de sistemas de
abastecimento de água e esgoto (R$ 38.558.505) Vários
(inclui BHSF)
Secretaria de Estado
de Desenvolvimento
Regional, Política
Urbana e Gestão
Metropolitana
Ação 1113 – Implantação e melhoria de sistemas públicos
de manejo de resíduos sólidos (R$ 12.398.220)
Ação 1170 – Serviços de saneamento em localidades com
concessão da COPANOR (R$ 440.000.000)
Norte e
Nordeste
(inclui BHSF)
Fundo Estadual de
Saúde
Ação 3024 – Contribuir para a universalização dos
serviços de saneamento em localidades com concessão
da COPASA
(R$ 2.364.560.772)
Vários
(inclui BHSF) COPASA
Fonte: Governo do Estado de Minas Gerais (2015).
Quadro 23 – PPA 2016 – 2019 Minas Gerais: eixo saúd e e proteção social.
Ação Território Órgão
Programa 0122: Água para todos- Universalização do acesso e uso da água
Ação 1056 – Implantação de barraginhas ou pequena barragem
(R$ 5.000.000) Norte
Secr. Estado de
Des. e
Integração do Ação 1061 – Complementação de barragem em Mato Verde
(R$ 39.000.000)
64 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Ação Território Órgão
Ação 1062 – Ampliação do sistema de abastecimento de água
de Montes Claros (R$ 52.000.000)
Norte e Nordeste
de MG
Ação 1057 – Implantação de barramentos (R$ 100.000.000)
Vários
(inclui BHSF)
Ação 1059 – Implantação de cisterna de consumo (R$
5.000.000)
Ação 1060 – Implantação de sistema simplificado de
abastecimento de água (R$60.000.000)
Fonte: Governo do Estado de Minas Gerais (2015).
Quadro 24 – PPA 2016 – 2019 Minas Gerais: eixo dese nvolvimento produtivo,
científico e tecnológico.
Ação Território Órgão
Programa 0058: Cidadania no campo: construindo o desenvolvimento s ustentável
Ação 4135 – Água para plantio, dessedentação animal e
consumo humano – água para a vida (R$ 2.533.229) Estado
Secr. Estado
de Des.
Agrário
Programa 0062: Infraestrutura rural
Ação 4149 – Conservação e revitalização de sub-bacias
hidrográficas (R$ 4.000) Vários
(inclui BHSF) Ruralminas Ação 4151 – Serviços de engenharia e motomecanização
(apoio para infraestruturas hídricas) (R$ 4.197.000)
Ação 4672 – Piscicultura (R$ 4.000)
Programa 0064: Barragens de Minas
Ação 1032 – Construção de reservatórios de pequeno porte
(R$ 16.000.000) Norte e Central
Ruralminas Ação 2051 – Implantação e construção de barragens
(R$ 38.575.696) Norte
Programa 0068: Assistência técnica e extensão rural para o Estado de Minas Gerais
Ação 4163 – Segurança hídrica e sustentabilidade ambiental
(R$ 675.917)
Vários
(inclui BHSF) Emater-MG
Programa 0120: Gestão e desenvolvimento sustentável de recursos hí dricos
Ação 4362 – Apoio à gestão de recursos hídricos (apoio a
projetos) (R$ 70.965.900) Estado FHIDRO
Ação 4365 – Apoio à gestão de recursos hídricos, recursos
reembolsáveis (R$ 8.600.000)
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 65 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Ação Território Órgão
Ação 4389 – Apoio aos comitês de bacias hidrográficas (R$
20.312.228)
Ação 4388 – Monitoramento da qualidade e quantidade da
água
(R$ 37.028.873)
Ação 4451 – Elaboração dos planos diretores de recursos
hídricos e enquadramento dos corpos de água (R$ 9.100.000)
Ação 4454 – Operação e manutenção de radares
meteorológicos
(R$ 25.349.275)
Ação 4550 – Reabilitação de áreas contaminadas (R$
10.800.000)
Ação 4379 – Monitoramento hidrológico (R$ 11.187.032)
Metropolitano IGAM Ação 4381 – Gestão da informação em recursos hídricos
(R$ 5.699.000)
Ação 4409 – Programa nacional de desenvolvimento dos
recursos hídricos – Pró-água (R$ 2.067.800) Norte
IGAM
Ação 4411 – Pesquisa, projetos e programas a gestão de
recursos hídricos (R$ 3.252.000)
Metropolitano
Ação 4413 – Gerenciamento executivo para implementação
dos programas do Plano Estadual de Recursos Hídricos (R$
2.400.000)
Ação 4419 – Pacto nacional pela gestão das águas –
Progestão
(R$ 3.000)
Ação 4421 – Programa de estímulo à divulgação de dados de
qualidade de água – Qualiágua (R$ 4.000)
Ação 4590 – Plano de segurança hídrica (R$ 2.003.000)
Ação 4591 – Gestão participativa, apoio Conselho Estadual
de Recursos Hídricos, comitês de bacias hidrográficas e
entidades equiparadas a agências de bacia (R$ 2.163.200)
Estado
Programa 0142: 3A – Alimento, água e ambiente
Ação 4331 – Manejo integrado de sub-bacias hidrográficas
(R$ 4.000) Metropolitano
Secr. Estado
Agricultura,
Pecuária e
Abastec.
66 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Ação Território Órgão
Programa 0143: Proteção das áreas ambientalmente conservadas, a fa una, e a biodiversidade
florestal
Ação 4322 – Fomento florestal (R$ 25.860.750)
Vários (inclui BHSF) Instituto
Estadual de
Florestas
Ação 4380 – Criação, gestão e implantação das unidades de
conservação (R$ 106.229.851)
Ação 4417 – Regularização fundiária de unidades de
conservação (R$ 97.339.863)
Ação 4433 – Proteção da fauna silvestre (R$ 17.005.625)
Ação 4435 – Proteção da biodiversidade (R$ 1.085.378) Estado
Ação 4488 – Bolsa verde, ampliação e conservação da
cobertura vegetal nativa (R$ 98.021.924) Vários (inclui BHSF)
FHIDRO Ação 4542 – Implantação do mosaico de áreas protegidas
(R$ 5.374.512) Estado
Programa 0191 – Melhoria da qualidade ambiental
Ação 4514 – Gestão de resíduos sólidos e rejeitos (R$
18.881.471)
Estado FEAM Ação 4516 – Gestão da qualidade do solo e reabilitação de
áreas degradadas e contaminadas (R$ 3.355.000)
Ação 4517 – Bolsa reciclagem (R$ 11.400.000)
Ação 4519 – Gestão de efluentes líquidos (R$ 1.550.600)
Programa 0206: Cultivando água boa
Ação 4592 – Ampliação das áreas de vegetação ativa e
recuperação de áreas degradadas, cultivando água boa (R$
4.827.588) Estado
Instituto
Estadual de
Florestas Ação 4593 – Conservação e recuperação da mata atlântica,
cerrado e caatinga (cultivando água boa) (R$ 12.121.400)
Ação 4600 – Revitalização da bacia do rio das Velhas (R$
4.800.000) Metropolitano
Sec. Estado
de Meio
Ambiente e
Des.
Sustentável
Ação 4617 – Implementação dos planos diretores de recursos
hídricos – cultivando água boa (R$ 10.003.000) Vários (inclui BHSF) FHIDRO
Fonte: Governo do Estado de Minas Gerais (2015).
Destacam-se os valores destinados ao Fundo de Recuperação, Proteção e
Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais –
FHIDRO, parte dos quais para apoio a projetos de recuperação ambiental e hídrica
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 67 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
(conferir Quadro 24) e o elevado investimento na expansão de serviços de saneamento
no Estado (verificar Quadro 22).
B. PLANO PLURIANUAL 2016-2019 DO ESTADO DA BAHIA
O Plano Plurianual do Estado da Bahia para os anos de 2016 até 2019 definiu 15 temas
estratégicos de atuação (Governo do Estado da Bahia, 2015):
• Pobreza, inclusão socioprodutiva e mundo do trabalho;
• Desenvolvimento rural e agricultura familiar;
• Desenvolvimento urbano e rede de cidades;
• Saúde e assistência social;
• Educação, conhecimento, cultura e esporte;
• Segurança pública cidadã;
• Consolidação e diversificação da matriz produtiva Estadual;
• Infraestrutura para o desenvolvimento integrado e sustentável;
• Inserção competitiva e integração cooperativa e econômica nacional e
internacional;
• Meio ambiente, segurança hídrica, economia verde e sustentabilidade;
• Mulheres, gênero e diversidade;
• Igualdade racial e identidades;
• Geração, cidadania e direitos humanos;
• Gestão governamental e governança socioeconômica.
Destaca-se a consideração do tema “meio ambiente, segurança hídrica, economia
verde e sustentabilidade” como estratégico. Resultando, pelo menos em parte, deste
tema estratégico o PPA 2016 – 2019 considera assim 19 programas temáticos, dos
quais se destacam os seguintes, com relação aos recursos hídricos e ambiente:
• Meio ambiente e sustentabilidade;
• Água para todos.
No PPA 2016 – 2019, cerca de 244,5 milhões de reais destinado ao programa “meio
ambiente e sustentabilidade” e 6,2 bilhões de reais é reservado para o programa “água
para todos”. Os dois próximos quadros apresentam todos os compromissos
identificados no PPA 2016 – 2019 do Estado da Bahia para os dois programas acima
68 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
descritos. Destaca-se, por exemplo, a meta de apoiar técnica e financeiramente 10
projetos socioambientais (compromisso 5 – “meio ambiente e sustentabilidade”) e os
vários compromissos relativos ao saneamento e abastecimento de água (“água para
todos”).
O PPA considera 27 territórios de identidade, dos quais 10 abrangem a BHSF: Irecê,
Velho Chico, Chapada Diamantina, Sertão do São Francisco, Bacia do Rio Grande,
Bacia do Paramirim, Sertão Produtivo, Piemonte da Diamantina, Semiárido Nordeste II,
Bacia do Rio Corrente.
Quadro 25 – PPA 2016 – 2019 Bahia: programa meio am biente e
sustentabilidade.
Metas Território Órgão
Compromisso 1: Promover a ampliação e restauração das áreas prior itárias e estratégicas para
conservação e uso da biodiversidade e dos recursos hídricos
M1: Realizar ação para estimular o mercado de cotas de reserva
ambiental em áreas prioritárias para a conservação
Estado Secretaria do
Meio
Ambiente
M2: Promover o Sistema Estadual de Unidades de Conservação
M3: Implementar ações para gestão de fauna no estado por meio da
criação do sistema de informação, do estudo e mapeamento de
áreas para soltura de animais silvestres
M4: Implementar programa de restauração florestal em áreas
prioritárias e estratégicas
M5: Implementar planos de ação e de recuperação de espécies de
fauna e flora ameaçadas de extinção
M6: Elaborar estudos para manejo de espécie de interesse
socioeconômico e ambiental
Vários
(inclui BHSF)
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 69 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Metas Território Órgão
Compromisso 2: Fortalecer os Sistemas Estaduais de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
M1: Promover nos municípios a estruturação da gestão ambiental
partilhada
Estado
Secretaria do
Meio
Ambiente
M2: Modernizar Sistema Estadual de Informações Ambientais e de
Recursos Hídricos - SEIA
M3: Requalificar estrutura física de unidades regionais
M4: Realizar ações de educação ambiental para promover a
democratização dos conhecimentos e informações socioambientais
M5: Implementar a política editorial para Sistema Estadual do Meio
Ambiente
M6: Realizar eventos de capacitação de gestores, técnicos,
conselheiros e servidores
M6: Implementar plano de ação para o manejo de espécies exóticas
invasoras do Estado
M7: Implementar instrumentos para a gestão dos recursos hídricos
M8: Assegurar o pleno funcionamento de unidades regionais de
meio ambiente e recursos hídricos Vários
(inclui BHSF) M9: Promover a implantação e funcionamento de Centros de
Triagem de Animais Silvestres - Cetas
70 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Metas Território Órgão
Compromisso 3: Aprimorar a qualidade e o controle ambiental
M1: Apoiar técnica e financeiramente projetos socioambientais
Estado
Secretaria do
Meio
Ambiente
M2: Realizar ações de prevenção e fiscalização para o controle de
incêndios florestais
M3: Disponibilizar materiais didáticos para aprimoramento das
condicionantes de educação ambiental
M4: Realizar a fiscalização ambiental de atividades e
empreendimentos
M5: Cadastrar propriedade de agricultura familiar para apoiar a
regularização ambiental
M6: Operacionalizar redes de monitoramento da qualidade ambiental
M7: Realizar a regularização ambiental de atividades e
empreendimentos
M8: Realizar diagnósticos da qualidade ambiental de recursos
naturais para atendimento das demandas externas e internas
M9: Apoiar técnica e financeiramente os municípios no
desenvolvimento de ações preventivas a danos ambientais Casa Civil
M10: Implantar Centro Estadual de Monitoramento e Gerenciamento
de Riscos e Desastres
Compromisso 4: Promover o uso sustentável dos resíduos oriundos d as principais cadeias
produtivas
M1: Realizar estudos para análise da viabilidade do uso de resíduos
em cadeia produtiva Estado Secretaria de
Desenv.
Econômico M2: Promover o uso sustentável de resíduos da atividade mineral Vários
(inclui BHSF)
Compromisso 5: Promover a sustentabilidade na produção de organis mos aquáticos de
interesse para a pesca e aquicultura do Estado
M1: Realizar estudos sobre os impactos das atividades de pesca e
aquicultura do Estado
Estado
S.Agricultura,
Pecuária,
Irrigação,
Pesca e
Aquicultura
M2: Realizar o Cadastramento Estadual Florestal de Imóveis Rurais
(CEFIR) de pequenos aquicultores
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 71 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Metas Território Órgão
Compromisso 6: Fortalecer a governança ambiental e participativa nas bacias, unidades de
conservação, territórios e colegiados Estaduais
M1: Apoiar técnica e financeiramente projetos socioambientais
Estado
Secretaria do
Meio
Ambiente
M2: Realizar oficinas de entrega qualificada de materiais didáticos e
pedagógicos para estruturas educadoras
M3: Modernizar sistema Georreferenciado de Gestão Ambiental da
Bahia – Geobahia
M4: Realizar o mapeamento de experiências socioambientais
voltadas à sustentabilidade desenvolvidas nos Territórios de
Identidade
M5: Realizar ações de educação ambiental nos colegiados
territoriais e ambientais
M6: Realizar Conferência Estadual de Meio Ambiente – CEMA
M7: Apoiar comitês e colegiados de participação social voltados ao
planejamento, gestão ambiental e de recursos hídricos
M8: Apoiar financeiramente redes de pesquisa ambiental e estudos
voltados à gestão ambiental
Fonte: Governo do Estado da Bahia (2015).
Quadro 26 – PPA 2016 – 2019 Bahia: programa água pa ra todos.
Metas Território Órgão
Compromisso 1: Promover a inovação da Gestão Estadual de Saneamen to Básico
M1: Elaborar o Plano Estadual de Saneamento Básico
Estado
Secretaria de
Infraestr.
Hídrica e
Saneamento
M2: Elaborar o Plano Estadual de Segurança Hídrica
M3: Elaborar o Plano Estadual de Segurança de Barragens
M4: Implantar o Portal da Água
M5: Promover capacitações e outros eventos na área de
saneamento básico
M6: Elaborar Planos Regionais de Saneamento Básico
Vários
(inclui BHSF)
M7: Apoiar tecnicamente a implementação do modelo de gestão
para operação e manutenção de sistemas através da implantação de
centrais
M8: Apoiar a elaboração de Plano Municipal de Saneamento Básico
72 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Metas Território Órgão
Compromisso 2: Reestruturar a atividade de regulação e fiscalizaç ão dos serviços públicos de
saneamento básico, garantindo a eficiência, a quali dade e o bom atendimento
M1: Fiscalizar os serviços públicos de saneamento básico em
municípios atendidos pela Embasa Estado
Secretaria de
Infraestr.
Hídrica e
Saneamento
M2: Realizar capacitações e outros eventos em Saneamento Básico
M3: Realizar pesquisa de satisfação na área de saneamento básico
Compromisso 3: Ampliar a cobertura de esgotamento sanitário compr eendendo coleta,
tratamento e destinação adequados
M1: Implantar sistemas de esgotamento sanitário
Vários
(inclui BHSF)
Secretaria de
Infraestr.
Hídrica e
Saneamento
M2: Ampliar sistemas de esgotamento sanitário
M3: Construir módulos sanitários domiciliares
M4: Elaborar estudos e projetos para obras de esgotamento sanitário
M5: Realizar supervisão técnica de obras de esgotamento sanitário Estado
Compromisso 4: Ampliar a infraestrutura hídrica para a oferta de água de uso múltiplo e
sustentável, com qualidade e em quantidade suficien te, visando principalmente a
universalização do abastecimento humano
M1: Construir barragens
Vários
(inclui BHSF) Secretaria de
Infraestr.
Hídrica e
Saneamento
M2: Ampliar barragens
M3: Recuperar barragens
M4: Implantar sistemas de abastecimento de água
M5: Implantar sistemas convencionais de abastecimento de água
M6: Implantar sistemas simplificados de abastecimento de água
M7: Ampliar sistemas de abastecimento de água
M8: Perfurar poços artesianos
M9: Elaborar projeto executivo de oferta de água
M10: Elaborar projetos de sistemas de abastecimento de água
M11: Adquirir materiais e equipamento para obras de saneamento
Estado M12: Realizar supervisão técnica de obras de sistema de
abastecimento de água
M13: Implantar estruturas hídricas em escolas rurais
Vários
(inclui BHSF)
S. Justiça,
Direitos
Humanos e
Desenv.
Social
M14: Implantar tecnologias sociais de acesso à água
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 73 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Metas Território Órgão
M15: Implantar projeto de manutenção e recuperação de aguadas
públicas Estado
S.
Agricultura,
Pecuária,
Irrigação,
Pesca e
Aquicultura
M16: Implantar sistemas integrados de abastecimento de água com
adutoras Vários
(inclui BHSF) Secretaria de
Infraestr.
Hídrica e
Saneamento
M17: Ampliar sistemas integrados de abastecimento de água
M18: Executar obras de contenção de processos erosivos
Estado M19: Operar reservatórios hídricos
M20: Implantar o Projeto Água nas Escolas
M21: Realizar estudos de suporte aos serviços de saneamento
Compromisso 5: Implantar soluções hídricas emergenciais para viab ilizar a convivência com a
estiagem
M1: Apoiar a implantação de soluções hídricas emergenciais para
viabilizar a convivência com a estiagem Estado Casa Civil
Compromisso 6: Implementar ações a partir de pesquisas e estudos técnicos para viabilizar
soluções sustentáveis e inovadoras na área de sanea mento básico
M3: Implantar projetos de eficiência energética em sistemas de
abastecimento de água e de esgotamento sanitário
Vários
(inclui BHSF)
Secretaria de
Infraestr.
Hídrica e
Saneamento
Compromisso 7: Reduzir o déficit hídrico através do aproveitament o de água subterrânea com
elevado teor de sal para uso múltiplo e sustentável no âmbito do programa água doce
M1: Promover a implantação e recuperação de sistema de
dessalinização ambientalmente sustentável
Vários
(inclui BHSF)
Secretaria do
Meio
Ambiente M2: Realizar a gestão do programa água doce Estado
Compromisso 8: Implementar a Política Estadual de Resíduos Sólido s
M1: Regulamentar a Política Estadual de Resíduos Sólidos
Estado
Secretaria de
Desenv.
Urbano
M2: Prestar Assistência técnica a consórcios públicos de resíduos
sólidos
M3: Elaborar planos de resíduos sólidos
M4: Elaborar estudos na área de Resíduos Sólidos
M5: Estruturar o Sistema Estadual de Informações sobre a Gestão
de Resíduos Sólidos
74 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Metas Território Órgão
Compromisso 9: Ampliar a infraestrutura hídrica de uso múltiplo, garantindo a transição
agroecológica para o desenvolvimento rural
M1: Implantar sistema de saneamento na área rural
Vários
(inclui BHSF)
Secretaria de
Desenv.
Rural
M2: Implementar tecnologias sociais para captar e reservar água de
chuva para consumo, produção de alimentos e dessedentação
animal
Fonte: Governo do Estado da Bahia (2015).
C. PLANO PLURIANUAL 2016-2019 DO ESTADO DE PERNAMBU CO
O Plano Plurianual 2016-2019 para o Estado de Pernambuco definiu 12 objetivos
estratégicos enquadrados em quatro temas estruturantes:
• Gestão participativa e transformadora (tema 1):
- Modelo integrado de gestão (objetivo 1);
• Desenvolvimento sustentável (tema 2):
- Sustentabilidade (objetivo 2);
- Desenvolvimento rural (objetivo 3);
- Inovação e produtividade (objetivo 4);
- Infraestrutura e competitividade (objetivo 5);
• Desenvolvimento social e direitos humanos (tema 3):
- Direitos humanos (objetivo 6);
- Cidadania ativa (objetivo 7);
• Qualidade de vida (tema 4):
- Mobilidade e urbanismo (objetivo 8);
- Recursos hídricos e saneamento (objetivo 9);
- Pacto pela vida (objetivo 10);
- Pacto pela saúde (objetivo 11);
- Pacto pela educação (objetivo 12).
Para cada um destes objetivos estratégicos existem diversos programas orçamentados
para os próximos quatro anos, bem como diversas ações para cada programa com
metas definidas e, em grande parte dos casos, regionalizadas.
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 75 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Para este efeito, o território do Estado é dividido em 12 regiões de desenvolvimento,
sendo que sete destas se integram total ou parcialmente na bacia hidrográfica do rio
São Francisco (RD01 – Sertão de Itaparica; RD02 – Sertão do São Francisco; RD03 –
Sertão do Araripe; RD04 – Sertão Central; RD05 – Sertão do Pajeú; RD06 – Sertão do
Moxotó e RD07 – Agreste Meridional).
Os próximos quadros traduzem os programas e ações mais relevantes para a bacia do
rio São Francisco, principalmente relacionados com recursos hídricos e ambiente.
Quadro 27 – PPA 2016 – 2019 Pernambuco: objetivo es tratégico modelo
integrado de gestão.
Ação Território Órgão
Programa 0258: Apoio às ações de recursos hídricos (R$ 2.993.200)
Ação 1537 : Operacionalização das Ações de Recursos Hídricos Estado
Fundo
Estadual de
Recursos
Hídricos
Fonte: Governo do Estado de Pernambuco (2015).
Dos vários programas apresentados destaca-se o programa de apoio às ações de
convivência com o semiárido, com um total orçamentado de 300 milhões de reais para
os próximos quatro anos para ações assistenciais às populações atingidas pela
estiagem, a cargo do IPA, e ampliação do acesso à água para famílias do meio rural.
Ainda se distingue o importante orçamento para a melhoria da infraestrutura e dos
serviços básicos no meio rural, com ações de ampliação da eletrificação, mas também
da infraestrutura hídrica (que inclui construção e recuperação de pequenas barragens e
projetos de irrigação comunitários).
Quadro 28 – PPA 2016 – 2019 Pernambuco: objetivo es tratégico
sustentabilidade.
Ação Território Órgão
Programa 0095: Conservação e preservação dos recursos naturais do Estado (R$ 96.959.900)
Ação 0500 : Estudos para subsidiar o licenciamento, a fiscalização e o
monitoramento dos recursos naturais e do uso e ocupação do solo Estado Agência
Estadual de Ação 0798 : Gestão da fauna do Estado de Pernambuco
76 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Ação Território Órgão
Ação 1506: Fiscalização, licenciamento e monitoramento para
proteção e controle dos recursos naturais e do uso e ocupação do solo
Meio
Ambiente
Ação 2550: Conservação da biodiversidade (desenvolvimento de
estudos)
Ação 4165: Gestão das Unidades de Conservação Estadual
Ação 4123: Elaboração e Implantação de Programa de Incentivo
Econômico para a Gestão Ambiental Sec. Meio
Ambiente e
Sustentab.
(SEMAS)
Ação 4167: Implantação da Política Florestal e de Biodiversidade
Ação 4482: Implantação do Sistema Estadual de Meio Ambiente e
Sustentabilidade - SISEMAS
Programa 1081: Apoio às ações de eficiência hídrica e energética ( R$ 3.002.400)
Ação 4650: Operacionalização das Ações de Eficiência Hídrica e
Energética Estado
Fundo de
Eficiência
Hídrica e
Energética
Ação 4669: Apoio à implantação e implementação de projetos na área
de eficiência hídrica e energética
Fonte: Governo do Estado de Pernambuco (2015).
Quadro 29 – PPA 2016 – 2019 Pernambuco: objetivo es tratégico
desenvolvimento rural.
Ação Território Órgão
Programa 0030: Apoio às ações de convivência com o semiárido (R$ 3 13.534.300)
Ação 1181 : Ações assistenciais às populações atingidas pela estiagem
a cargo do IPA Semiárido
Instituto
Agronômico
Pernambuco
(IPA) Ação 4074 : Ampliação do acesso à água para famílias do meio rural
Programa 0469: Programa de melhoria da convivência com o semiárido (R$ 2.796.200)
Ação 1208: Implantação de planos territoriais e municipais no
semiárido pernambucano
Semiárido
Sec.
Agricultura e
Reforma
Agrária
Ação 4122: Elaboração de diagnóstico ambiental e plano de
monitoramento de áreas de risco Sec. Meio
Ambiente e
Sustentab. Ação 4185: Implantação e gerenciamento de unidades de
conservação no Estado de Pernambuco
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 77 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Ação Território Órgão
Ação 4294: Operacionalização do programa de manejo sustentável da
agrobiodiversidade para o combate à desertificação
Programa 1022: Inclusão produtiva do Homem do campo (R$ 272.489.80 0)
Ação 0029: Apoio e supervisão das ações assistenciais às populações
atingidas pelas estiagens Estado IPA
Programa 1030: Melhoria da infraestrutura e dos serviços básicos n o meio rural (R$ 607.317.000)
Ação 4055: Ampliação da infraestrutura hídrica no meio rural Estado
Sec.
Agricultura e
Reforma
Agrária
Programa 1040: Programa de desenvolvimento sustentável - PRORURAL (R$ 471.833.800)
Ação 3721: Desenvolvimento de tecnologias alternativas de
convivência com os biomas Estado Sec.
Agricultura e
Reforma
Agrária
Ação 3725: Ação de saneamento rural Vários
Ação 3726: Coordenação, supervisão e apoio operacional do
PRORURAL Estado
Fonte: Governo do Estado de Pernambuco (2015).
Quadro 30 – PPA 2016 – 2019 Pernambuco: objetivo es tratégico recursos
hídricos e saneamento.
Ação Território Órgão
Programa 0611: Gestão de Recursos Hídricos de Pernambuco (R$ 441.3 74.200)
Ação 3286 : Projeto de sustentabilidade hídrica de Pernambuco Estado
Sec. Exe.
Recursos
Hídricos e
Energéticos
Ação 4642 : Projeto de saneamento ambiental nas bacias hidrográficas
de Pernambuco – PSA
Calha do
São
Francisco;
rio Ipojuca;
rio
Capibaribe
Ação 3864: Projeto de sustentabilidade hídrica de Pernambuco Estado
Ação 4646: Projeto de saneamento ambiental nas bacias hidrográficas
de Pernambuco - PSA
Rio Ipojuca e
Capibaribe COMPESA
Programa 0733: Gestão integrada de recursos hídricos – água e clim a (R$ 7.846.500)
Ação 4116: Desenvolvimento de ações integradas de gestão dos
recursos hídricos e clima Estado APAC
78 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Ação Território Órgão
Ação 4440: Desenvolvimento de ações integradas de previsão de
eventos críticos e prevenção de catástrofes naturais
Programa 0912: Ampliação do acesso à água e esgotamento sanitário (R$ 3.155.998.300)
Ação 0560: Apoio à implantação e implementação de projetos na área
de recursos hídricos
Estado
FEHIDRO
Ação 3340: Saneamento para todos – ampliação da cobertura dos
serviços e eficiência da coleta e tratamento do esgotamento sanitário
COMPESA Ação 3343: Água para todos – ampliação da oferta, cobertura dos
serviços de abastecimento e redução do racionamento de água
Ação 3346: Campanhas de educação de combate ao desperdício de
água
Ação 4039: Água para todos – abastecimento de água e esgotamento
sanitário na área rural e comunidades difusas
Sec. Exe.
Recursos
Hídricos e
Energéticos
Ação 4040: Água para todos – ampliação da oferta, cobertura dos
serviços de abastecimento e redução do racionamento de água
Programa 1058: Redução dos efeitos das catástrofes naturais e enxu rradas (R$ 418.486.900)
Ação 4181: Implantação do projeto de prevenção e redução dos
efeitos das catástrofes naturais e enxurradas Estado
Sec. Exe.
Recursos
Hídricos e
Energéticos
Fonte: Governo do Estado de Pernambuco (2015).
Dos programas apresentados, é o de ampliação do acesso à água e esgotamento
sanitário aquele com o maior orçamento (mais de três bilhões de reais para 2016-2019).
Nota para o Fundo Estadual de Recursos Hídricos que tem como ação o apoio à
implantação e implementação de projetos prioritários na área dos recursos hídricos.
Dentro desde mesmo programa, ganham relevo as ações relativas à “Água para Todos”
que envolve, entre outros, a construção de diversos sistemas produtores e redes de
distribuição de água, tanto em áreas rurais, como em áreas urbanas do Estado da Bahia.
Por último, o programa de redução dos efeitos das catástrofes naturais e enxurradas,
com uma dotação orçamental de mais de 400 milhões de reais, propõe-se a construir
diversas barragens para diminuição de riscos ambientais (algumas das quais na bacia
hidrográfica do rio São Francisco).
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 79 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
D. PLANO PLURIANUAL 2016-2019 DO ESTADO DE ALAGOAS
A estrutura para o Plano Plurianual do Estado de Alagoas 2016-2019 resultou na
configuração de 4 (quatro) eixos de desenvolvimento (1- Ddesenvolvimento humano e
social; 2- Desenvolvimento econômico e popular; 3- Desenvolvimento urbano e
logística; 4- Desenvolvimento econômico setorial), 1 (um) eixo de gestão e participação
e 8 (oito) dimensões estratégicas.
Seguidamente apresentam-se as principais ações com relação à gestão de recursos
hídricos do Estado, concentradas nos programas “Recursos Hídricos e Meio Ambiente”
(Eixo Desenvolvimento Econômico Setorial) e “Saúde e Saneamento” (Eixo
Desenvolvimento Humano e Social).
Pelo volume envolvido (cerca de 716,6 milhões de reais), destaca-se a ação “construção
do canal do sertão alagoano e seus investimentos associados complementares”, com a
finalidade de aduzir água do rio São Francisco para abastecer a região do Sertão e
Agreste Alagoano, transportando água para abastecimento nas cidades, comunidades
e povoados assim como para o atendimento a projetos de irrigação de plantações e
criação de animais.
Quadro 31 – PPA 2016 – 2019 Alagoas: Eixo Desenvolv imento Econômico
Setorial.
Ação Território Órgão
Programa: Recursos Hídricos e Meio Ambiente
Objetivo: Ampliar as ações de preservação e recuperação do meio ambiente e recursos hídricos
Ação : Implementação do sistema de unidade de conservação no
Estado de Alagoas (R$ 110.000)
Estado
Secretaria
de Estado
do Meio
Ambiente e
dos
Recursos
Hídricos
Ação : Fortalecimento do Sistema Nacional de Meio Ambiente -
SISNAMA (R$ 60.000)
Ação : Implementação da política de educação ambiental (R$ 210.000)
Ação : Implementação da política estadual de preservação e combate à
desertificação e mitigação da seca (R$ 132.000)
Ação : Implantação da política estadual de resíduos sólidos (R$
4.098.000)
80 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Ação Território Órgão
Ação : Promoção da disseminação de informações sobre a
preservação do meio ambiente (R$ 2.036.000)
Estado
Instituto do
Meio
Ambiente do
Estado de
Alagoas
Ação : Diagnóstico de áreas vulneráveis e inundações e processos
erosivos (R$ 1.797.000)
Ação : Promoção de programa de controle e recuperação do meio
ambiente (R$ 2.845.000)
Ação : Capacitação em gestão de recursos hídricos (R$ 872.000)
Estado
Fundo de
Recursos
Hídricos
Ação : Implementação do Programa Água para Todos (R$ 13.371.000)
Ação : Recuperação de nascentes para abastecimento rural difuso (R$
1.050.000)
Ação : Implantação do Programa Água Doce (R$ 19.818.000)
Ação : Implantação de Agência de Desenvolvimento e Regulação do
Canal do Sertão (R$ 6.650.000)
Ação : Implementação da política de recursos hídricos (R$ 4.400.000)
Ação : Implantação do Pacto Nacional pela Gestão das Águas –
Progestão (R$ 2.364.000)
Ação : Implementação e manutenção da rede hidrometeorológica do
Estado (R$ 420.000)
Ação : Construção do canal do sertão alagoano e seus investimentos
associados complementares (R$ 716.566.936) Estado
Secretaria
de Estado
da
Infraestrutur
a
Objetivo: Melhorar a oferta de recursos hídricos em quantidade e qualidade por meio do
gerenciamento de demandas e considerando a água como elemento estruturante para implementação
de políticas setoriais, sob a ótica do desenvolvimento sustentável
Ação : Implantação de sistema de setorização e combate a
vazamentos (R$ 10.200.000) Estado CASAL
Fonte: Governo do Estado de Alagoas (2016).
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 81 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Quadro 32 – PPA 2016 – 2019 Alagoas: Eixo Desenvolv imento Humano e Social.
Ação Território Órgão
Programa: Saúde e Saneamento
Objetivo: Promover a ampliação da cobertura dos serviços públicos relacionados ao esgotamento
sanitário, destinação de resíduos sólidos, construção e manutenção de barragens, abastecimento de
água
Ação : Implantação da Infraestrutura de abastecimento de água do
Estado (R$ 134.169.146)
Estado
Secretaria
de Estado
da
Infraestrutur
a
Ação : Implantação de barragens para reforço do abastecimento de
água do Estado (R$ 4.859.916)
Ação : Implantação do sistema de esgotamento sanitário de Alagoas
(R$ 132.834.573)
Ação : Implantação do sistemas de drenagem de águas pluviais (R$
74.467.738)
Ação : Execução do programa de contenção de cheias e regularização
de vazões (R$ 7.366.353)
Ação : Implantação do programa de saneamento rural no estado de
Alagoas (R$ 2.240.000) Estado
Companhia
de
Saneamento
de Alagoas -
CASAL
Fonte: Governo do Estado de Alagoas (2016).
E. PLANO PLURIANUAL 2016-2019 DO ESTADO DE SERGIPE
O PPA 2016-2019 do Estado de Sergipe abrange dois eixos estratégicos: I- Cuidar das
Pessoas e II- Construir o Futuro.
O território de Sergipe é sub-dividido em oito unidades, coincidindo com o território da
BHSF as seguintes: Alto Sertão Sergipano, Médio Sertão Sergipano, Baixo São
Francisco; Leste Sergipano.
Para o presente plano, destacam-se os programas temáticos “Desenvolvimento Rural,
Agropecuário e Pesca” e “Gestão Ambiental e Saneamento Básico”, ambos integrados
no eixo II, cujos valores globais são, respectivamente, de R$ 251.714.100 e R$
82 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
725.433.230. O PPA não permite discriminar valores por objetivo, nem por órgão
responsável ou território.
Quadro 33 – PPA 2016 – 2019 Sergipe: Eixo II – Cons truir o Futuro.
Objetivo
Território das
metas na
BHSF
Órgão
Programa: 0022. Desenvolvimento Rural, Agropecuário e Pesca (R$ 251.714.100)
Objetivo: 0121. Água no Campo - Viabilizar o abastecimento de água no meio
rural, para o consumo humano e animal, assim como para exploração da pesca
e da aquicultura
Secretaria de
Estado da
Agricultura e do
Desenvolvimento
Rural
Metas
• Reformar e recuperar 04 perímetros públicos;
• Efetuar manutenção em 04 perímetros públicos;
• Instalar 147 sistemas singelos de abastecimento de água;
• Perfurar 350 poços artesianos;
• Recuperar e ampliar 3.200 barragens de terra.
• Construir Terminal Pesqueiro, até 2019
• 01 perímetro público irrigado reformado e recuperado
• 01 perímetro público irrigado mantido
• 40 Sistemas Singelos de abastecimento de água
instalados
• 100 poços artesianos perfurados
• 1.448 barragens de terra recuperadas e ampliadas
Alto Sertão
Sergipano
• 20 Sistemas Singelos de abastecimento de água
instalados
• 70 poços artesianos perfurados
• 656 barragens de terra recuperadas e ampliadas
Médio Sertão
Sergipano
• 20 Sistemas Singelos de abastecimento de água
instalados
• 30 poços artesianos perfurados
Baixo São
Francisco
• 15 Sistemas Singelos de abastecimento de água
instalados
• 30 poços artesianos perfurados
Leste Sergipano
Programa: 0024. Gestão Ambiental e Saneamento Básic o (R$ 725.433.230)
Objetivo: 0133. Ampliar a cobertura dos serviços de abastecimento de água e
de esgotamento sanitário (Compromisso de Governo)
Metas
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 83 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Objetivo
Território das
metas na
BHSF
Órgão
• Executar 18 projetos de sistemas de coleta e tratamento de esgotos;
• Reduzir as perdas na distribuição da água para 48%;
• Implantar 160 sistemas de abastecimento de água;
• Ampliar e melhorar a oferta de água em 72 sedes municipais
Secretaria de
Estado da
Infraestrutura e
do
Desenvolvimento
Urbano
• 35 sistemas de abastecimento de água implantados
• 07 sedes municipais com abastecimento de água
melhorado
• 01 sistema de esgotamento sanitário (Nossa Senhora da
Glória) implantado
Alto Sertão
Sergipano
• 20 sistemas de abastecimento de água implantados
• 07 sedes municipais com abastecimento de água
melhorado
• 02 sistemas de esgotamento sanitário (Itabi e Nossa
Senhora das Dores) implantados
Médio Sertão
Sergipano
• 12 sistemas de abastecimento de água implantados
• 14 sedes municipais com abastecimento de água
melhorado
• 03 sistemas de esgotamento sanitário (Brejo Grande,
Pacatuba e São Francisco) implantados
Baixo São
Francisco
• 10 sistemas de abastecimento de água implantados
• 07 sedes municipais com abastecimento de água
melhorado
• 02 sistemas de esgotamento sanitário (Pirambu e Santa
Rosa de Lima) implantados
Leste Sergipano
Objetivo: 0134. Erradicar os lixões a céu aberto, garantindo a destinação
adequada dos resíduos sólidos em todo território sergipano (Compromisso de
Governo).
Secretaria de
Estado do Meio
Ambiente e dos
Recursos
Hídricos
Metas
• Elaborar 27 projetos para construção de aterros sanitários;
• Construir 27 aterros sanitários, sendo 21 de pequeno porte (07 individuais e 14
compartilhados) e 06 de médio porte;
• Apoiar 71 municípios na implantação da coleta seletiva;
• Produzir material gráfico educativo, imprimindo 02 milhões de unidades
(cartilhas, folders, gibis, etc.);
84 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Objetivo
Território das
metas na
BHSF
Órgão
• Capacitar 15 mil pessoas para a gestão ambiental sustentável;
• Realizar 36 eventos para construção da cidadania ambiental;
• Realizar 04 programas de televisão;
• Implantar 01 biblioteca virtual e 01 sala de teleconferência;
• Elaborar Plano Estadual de Educação Ambiental;
• Implantar o Plano Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos
Efeitos da Seca com a elaboração e implantação dos planos municipais;
• Elaborar o Plano Intermunicipal de Gestão de Resíduos Sólidos dos municípios
do Consórcio de Saneamento Básico da Grande Aracaju;
• Formular a Política Estadual de Gerenciamento Costeiro;
• Elaborar 02 Planos de Gestão Integrada de Orla Marítima;
• Revisar 03 Planos de Gestão Integrada de Orla Marítima;
• Atuar para a Inclusão socioambiental e produtiva de até 1.900 catadores e
coletores de recicláveis em Sergipe;
• Implantar ações de sensibilização para a A3P em órgãos da administração
pública estadual e manter na SEMARH;
• Apoiar e Fortalecer 04 Consórcios Públicos de Saneamento Básico
Secretaria de
Estado do Meio
Ambiente e dos
Recursos
Hídricos
01 aterro compartilhado de pequeno porte construído Médio Sertão
Sergipano
• 01 aterro individual de pequeno porte construído
• 06 aterros compartilhados de pequeno porte construídos
• 02 aterros de médio porte construídos
Baixo São
Francisco
Objetivo: 0135. Ampliar em 100% as Unidades de
Conservação da Natureza no estado de Sergipe e dar
proteção aos ecossistemas representativos dos biomas
Mata Atlântica e Caatinga, garantindo a oferta de bens e
serviços ambientais para a população, conciliando a
proteção ambiental com o desenvolvimento sustentável.
Alto Sertão
Sergipano, Médio
Sertão
Sergipano, Leste
Sergipano
Metas
• Criar 08 Unidades de Conservação da Natureza no Estado e consolidar o
sistema de gestão e manejo de 12 Unidades de Conservação
• Elaborar o mapeamento do uso de ocupação do solo dos municípios do
entorno das Unidades de Conservação
• Elaborar projeto de monitoramento para combater o desmatamento da
vegetação da caatinga em municípios do Alto Sertão Sergipano
• Elaborar 04 Planos de Manejo para Unidades de Conservação
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 85 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Objetivo
Território das
metas na
BHSF
Órgão
• Implantar 03 Unidades de Referência com diferentes ações demonstrativas em
Assentamentos/Comunidades das Áreas Susceptíveis à Desertificação (ASD);
• Produzir 02 livros vermelhos da fauna e da flora ameaçadas do estado de
Sergipe;
• Elaborar anteprojeto de lei para o pagamento por serviços ambientais
ecossistêmicos;
• Recuperar 10 hectares de APP em sub-bacias hidrográficas dos rios Sergipe e
Piauí;
• Implantar o Cadastro Ambiental Rural em 40.000 propriedades rurais;
• Elaborar Planos de Mata Atlântica em 08 Municípios do entorno das Unidades
de Conservação;
• Revisar 02 Planos de Manejo das Unidades de Conservação Mata do Junco e
Grota do Angico
Secretaria de
Estado do Meio
Ambiente e dos
Recursos
Hídricos
• 01 UC criada (Serra da Guia)
• 02 UCs geridas (Grota do Angico e Serra da Guia)
• 03 Unidades de Referência em assentamentos das ASDs
implantadas
Alto Sertão
Sergipano
• 01 UC criada (Mata do Cipó)
• 01 UC gerida (Mata do Cipó)
Médio Sertão
Sergipano
• 01 UC gerida (Mata do Junco) Leste Sergipano
Objetivo: 0136. Obter a sustentabilidade ambiental do estado através do
licenciamento e da fiscalização de empreendimentos e do monitoramento
ambiental.
Metas
• Emitir 7.000 licenças ambientais de empreendimentos;
• Realizar 2.500 Fiscalizações ambientais;
• Realizar 2.500 Monitoramentos ambientais;
• Realizar concurso público para provimento de cargos efetivos na Adema;
• Desenvolver pesquisas, elaborar estudos e consolidar estatísticas de meio
ambiente;
• Construir sede própria da Adema;
• Modernizar e reestruturar o laboratório de análises da Adema.
Objetivo: 0137: Suprir o órgão gestor de recursos hídricos do Estado de
instrumentos capazes de promover a gestão eficiente e eficaz da água nas suas
bacias hidrográficas.
86 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Objetivo
Território das
metas na
BHSF
Órgão
Metas
Secretaria de
Estado do Meio
Ambiente e dos
Recursos
Hídricos
• Ampliar e manter em operação a Rede Hidrométrica e de Qualidade das Águas
de Sergipe, com 68 Estações Fluviométricas e 77 Pontos de monitoramento da
qualidade das águas;
• Ampliar e manter em operação 45 Estações da Rede Meteorológica de
Sergipe;
• Modernizar a Rede Hidrometeorológica e manter em perfeito funcionamento da
Sala de Situação Hidrometeorológica de Sergipe;
• Adquirir 40 equipamentos de informática para Implantação do Sistema Estadual
de Informações sobre Recursos Hídricos;
• Instalar 01 Radar Meteorológico;
• Conceder 400 autorizações de direito de uso de recursos hídricos e 30
Outorgas de lançamento de efluentes no estado de Sergipe;
• Fiscalizar 600 usuários de recursos hídricos;
• Elaborar estudo de potencialidade dos Aquíferos Marituba / Cotinguiba
• Elaborar Planos Diretores das Bacias Costeiras do Estado;
• Implantar 02 Comitês de Bacias Hidrográficas e apoiar a manutenção de 06;
• Operar 77 Estações de monitoramento qualiquantitativo dos mananciais;
• Realizar a gestão ambiental do uso do solo na Bacia do rio Sergipe
Objetivo: 0138: Garantir a segurança hídrica e a universalização do acesso à
água em todo território sergipano.
Metas
• Implantar 33 sistemas de abastecimento de água de pequenas comunidades
por meio de dessalinizadores;
• Recuperar a automação do Sistema Integrado do Agreste;
• Recuperar 04 barragens;
• Perfurar 200 e Reabilitar 200 Poços Tubulares Profundos;
• Implantar 02 sistemas de irrigação localizada nos Perímetros Irrigados
Jacarecica I e Poção da Ribeira;
• Estruturar, equipar e promover o fortalecimento institucional da Semarh, Adema
e dos órgãos coexecutores do Programa “Águas de Sergipe”;
• Equipar a Agência Reguladora de Serviços de Sergipe (AGRESE);
• Implantar plenamente 04 instrumentos de gestão ambiental e de recursos
hídricos;
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 87 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Objetivo
Território das
metas na
BHSF
Órgão
• Desenvolver estudos e implementar ações de gestão de regulação de serviços,
de comunicação social e educação ambiental;
• Modernizar e recuperar 02 perímetros públicos de irrigação;
• Reparar, recuperar e modernizar as barragens Jacarecica I e II, Poção da
Ribeira e Poxim;
• Implantar Unidade Demonstrativa de Práticas de Conservação de Água e Solo;
• Desenvolver modelos de gestão de saneamento rural e de Pequenas
Comunidades e Detalhamento de Áreas Pilotos;
• Atualizar cadastro de usos e usuários de água da BHSE;
• Implantar sistema integrado de licenciamento ambiental e de outorga do uso da
água;
• Elaborar diagnóstico e projetos de intervenções para recuperação de áreas
degradadas;
• Elaborar manuais de operação e segurança dos reservatórios das Barragens
Jacarecica I e II, Poção da Ribeira e Poxim (Jaime Umbelino);
• Realizar cadastro socioeconômico e estudo de tarifação dos Perímetros
Irrigados Jacarecica I e Poção da Ribeira;
• Georreferenciar e demarcar bacias hidráulicas com as Áreas de Preservação
Permanente e Reserva Legal dos Perímetros Irrigados Jacarecica I e II e Poção
da Ribeira;
• Implantar sistema sanitário e sumidouros em Comunidades Rurais;
• Prestar assistência técnica no controle do uso de agrotóxicos para os
Perímetros de Jacarecica I e Poção da Ribeira;
• Elaborar diagnóstico ambiental com levantamento cadastral e plano de
monitoramento ambiental.
• Elaborar projeto executivo de ampliação do Sistema Alto Sertão;
• Elaborar o zoneamento ecológico-econômico da BH do rio Sergipe;
• Recuperar áreas degradadas e implantar área de coleta de embalagem de
agrotóxico;
• Definir critérios de outorga e modelos de simulação e sistemas de apoio à
decisão;
• Promover o fortalecimento institucional das UAPAS;
• Regularizar o licenciamento ambiental e a outorga das Barragens e Perímetros
Irrigados;
• Adquirir e instalar Kits de irrigação localizada e capacitar beneficiários;
• Adquirir equipamentos para o Horto de Produção de Mudas da EMDAGRO;
Secretaria de
Estado do Meio
Ambiente e dos
Recursos
Hídricos
88 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Objetivo
Território das
metas na
BHSF
Órgão
• Capacitar 640 Agricultores na Gestão de Recursos Naturais, através da
COHIDRO e EMDAGRO.
Fonte: Governo do Estado de Sergipe (2016).
7.4.3. Financiamento de âmbito Nacional
O financiamento de âmbito nacional poderá ser muito importante para o
desenvolvimento e implementação do Plano de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica
do São Francisco. Deste modo, são analisados seguidamente os fundos potencialmente
mais relevantes, a saber:
a) Fundo Nacional do Meio Ambiente;
b) Fundo Nacional sobre Mudança do Clima;
c) Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal;
d) Fundação Nacional de Saúde;
e) Fundo de Recursos Hídricos – CT-HIDRO.
São ainda analisados os recursos provenientes do Ministério das Cidades, entidade com
amplas competências de ordenamento territorial e com competências específicas no
domínio do saneamento ambiental, e programas que possuem recursos específicos.
A. FUNDO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
O Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) foi criado em 1989 pela Lei n.º 7.797 de
10 de Julho, com o "objetivo de desenvolver os projetos que visem ao uso racional e
sustentável de recursos naturais, incluindo a manutenção, melhoria ou recuperação da
qualidade ambiental no sentido de elevar a qualidade de vida da população brasileira”
(art. 1º).
Até ao fim do ano de 2014, o FNMA apoiou cerca de 1.500 projetos socioambientais,
em um total de cerca de 248 milhões de reais (MMA, 2015a), financiados através de
recursos arrecadados por doações, empréstimos do Banco Interamericano de
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 89 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Desenvolvimento (BID) e de receitas consignadas com multas e penas ambientais
(MMA, 2014a).
De acordo com o art. 5º da Lei n.º 7.797 de 10 de Julho de 1989, a aplicação de recursos
do FNMA deve priorizar as seguintes áreas:
• Unidade de Conservação;
• Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico;
• Educação Ambiental;
• Manejo e Extensão Florestal;
• Desenvolvimento Institucional;
• Controle Ambiental;
• Aproveitamento Econômico Racional e Sustentável da Flora e Fauna
Nativas.
A candidatura para obtenção de recursos do FNMA pode ser realizada através de duas
modalidades:
• Demanda espontânea;
• Demanda induzida.
A demanda espontânea consiste na apresentação de projetos socioambientais em
períodos específicos do ano, de acordo com temas determinados pelo Conselho
Deliberativo do FNMA, divulgados por chamadas públicas.
A demanda induzida depende de um instrumento convocatório específico, com prazo e
tema e/ou região específicos. O projeto apresentado deve respeitar estas
especificidades.
Em 2015, e como exemplo de demanda induzida, o FNMA lançou o edital 01/2015 com
o “objetivo de promover a seleção de propostas que receberão recursos financeiros, não
reembolsáveis, para realização de ações de recuperação florestal em áreas de
preservação permanente localizadas em bacias hidrográficas cujos mananciais de
superfície contribuem direta ou indiretamente para o abastecimento de reservatórios de
regiões metropolitanas com alto índice de criticidade hídrica” (FNMA, 2015).
O mesmo edital considerou a Região Metropolitana de Belo Horizonte como uma destas
áreas prioritárias com altos índices de criticidade hídrica. Podiam-se candidatar a fundos
90 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
instituições públicas Estaduais ou Municipais, ONGs e ainda concessionárias de
abastecimento de água para projetos entre 1,5 e 3 milhões de reais, em um total de 45
milhões de reais previstos no edital. Mais de 80% deste valor provinha do Orçamento
Geral da União e o restante do Fundo Socioambiental Caixa. O tempo máximo de
execução das propostas considerado era de 48 meses.
No caso da demanda espontânea, o FNMA considerava como limite mínimo e máximo
de cada projeto, R$ 100.000 e R$ 300.000, respectivamente, para projetos com um
máximo de 18 meses de tempo de execução.
B. FUNDO NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA
O Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, ou simplesmente Fundo Clima, foi criado
em 2009 pela Lei n.º 12.114, de 09 de dezembro de 2009, e é um dos instrumentos da
Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC). Vinculado ao Ministério do Meio
Ambiente, o Fundo Clima tem como objetivo financiar a implantação da PNMC e
fortalecer ações que promovam uma economia de baixo carbono e reduzam o impacto
das mudanças do clima nos ecossistemas e nas populações mais vulneráveis.
Tal como o Fundo Nacional do Meio Ambiente, o Fundo Clima disponibiliza recursos em
duas modalidades, reembolsáveis e não-reembolsáveis. Os primeiros são geridos pelo
BNES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e os segundos
diretamente pelo Ministério do Meio Ambiente. De acordo com o art. 2º do Decreto n.º
7.343, de 26 de outubro de 2010, são recursos do Fundo Clima:
• Parte da participação especial da União sobre exploração de petróleo,
gás natural e outros hidrocarbonetos fluídos;
• Dotações consignadas na lei orçamentária anual da União;
• Recursos decorrentes de acordos, ajustes, contratos e convênios
celebrados com órgãos e entidades da administração pública Federal,
Estadual, Distrital ou Municipal;
• Doações;
• Empréstimos de instituições financeiras nacionais e internacionais;
• Reversão dos saldos anuais não aplicados;
• Recursos oriundos de juros e amortizações de financiamentos.
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 91 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Estes recursos podem ser aplicados (art. 5º do Decreto n.º 7.343, de 26 de outubro de
2010) em:
• Educação, capacitação, treinamento e mobilização na área de mudanças
climáticas;
• Ciência do Clima, Análise de Impactos e Vulnerabilidade;
• Adaptação da sociedade e dos ecossistemas aos impactos das
mudanças climáticas;
• Projetos de redução de emissões de gases de efeito estufa - GEE;
• Projetos de redução de emissões de carbono pelo desmatamento e
degradação florestal, com prioridade a áreas naturais ameaçadas de
destruição e relevantes para estratégias de conservação da
biodiversidade;
• Desenvolvimento e difusão de tecnologia para a mitigação de emissões
de gases do efeito estufa;
• Formulação de políticas públicas para solução dos problemas
relacionados à emissão e mitigação de emissões de GEE;
• Pesquisa e criação de sistemas e metodologias de projeto e inventários
que contribuam para a redução das emissões líquidas de gases de efeito
estufa e para a redução das emissões de desmatamento e alteração de
uso do solo;
• Desenvolvimento de produtos e serviços que contribuam para a dinâmica
de conservação ambiental e estabilização da concentração de gases de
efeito estufa;
• Apoio às cadeias produtivas sustentáveis;
• Pagamentos por serviços ambientais às comunidades e aos indivíduos
cujas atividades comprovadamente contribuam para a estocagem de
carbono, atrelada a outros serviços ambientais;
• Sistemas agroflorestais que contribuam para redução de desmatamento
e absorção de carbono por sumidouros e para geração de renda;
• Recuperação de áreas degradadas e restauração florestal, priorizando
áreas de Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente e as áreas
prioritárias para a geração e garantia da qualidade dos serviços
ambientais.
Até ao final de 2014 (portanto, de 2011 a 2014), o Fundo Clima já tinha apoiado 189
projetos com recursos não reembolsáveis, em um total de 96 milhões de reais
92 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
executados por instituições públicas (Federais, Estaduais ou Municipais) ou por
organizações da sociedade civil sem fins lucrativos (que representavam 80% dos
projetos e 32% do total financiado) (MMA, 2014b).
Os projetos financiados por recursos não reembolsáveis são selecionados de duas
formas: apoio dirigido ou apoio concorrência. No primeiro modo, o proponente é
selecionado para executar um projeto já desenhado. No apoio concorrência, os
concorrentes competem livremente pelo apoio do Fundo, através dos editais lançados
para o efeito (MMA, 2014b).
Dos vários projetos financiados pelo Fundo Clima, destaque para o projeto de
implantação dos módulos de manejo sustentável da agrobiodiversidade para o combate
à desertificação no semiárido pernambucano, levado a cabo pela Secretaria de Meio
Ambiente e Sustentabilidade do Estado de Pernambuco. Este projeto, com um valor de
apoio de cerca de 2,4 milhões de reais, teve como objetivo implantar 13 módulos de
manejo sustentável da agrobiodiversidade no Semiárido, na sua grande maioria em
municípios do Submédio São Francisco (MMA, 2014b).
C. FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO FLORESTAL
Criado em 2006, pela Lei n.º 11.284, de 2 de Março de 2006 e regulamentado pelo
Decreto n.º 7.167/2010, o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF) tem o
objetivo de “fomentar o desenvolvimento de atividades sustentáveis de base florestal no
Brasil” e de “promover a inovação tecnológica do setor” (art. 41º da Lei n.º 11.284). Este
é gerido pelo Serviço Florestal Brasileiro, órgão vinculado ao Ministério do Meio
Ambiente. De acordo com o art. 2º do Decreto n.º 7.167, de 5 de maio de 2010,
constituem recursos do FNDF:
• A arrecadação obtida dos preços das concessões florestais localizadas
em áreas de domínio da União;
• Doações realizadas por entidades nacionais ou internacionais, públicas
ou privadas;
• A reversão dos saldos anuais não aplicados;
• Outras fontes de recursos que lhe forem especificamente destinados,
incluindo orçamentos compartilhados com outros entes da Federação.
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 93 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Ainda de acordo com a Lei n.º 11.284, de 2 de Março de 2006, que criou o FNDF, os
seus recursos devem ser aplicados em projetos nas seguintes áreas:
• Pesquisa e desenvolvimento tecnológico em manejo florestal;
• Assistência técnica e extensão florestal;
• Recuperação de áreas degradadas com espécies nativas;
• Aproveitamento econômico racional e sustentável dos recursos florestais;
• Controle e monitoramento das atividades florestais e desmatamentos;
• Capacitação em manejo florestal e formação de agentes multiplicadores
em atividades florestais;
• Educação ambiental;
• Proteção ao meio ambiente e conservação dos recursos naturais.
Para serem apoiados, os projetos devem se candidatar através de chamadas públicas
realizadas pelo FNDF. Até ao fim de 2014, o FNDF tinha apoiado 150 projetos após o
lançamento de 19 chamadas públicas. A maioria dos projetos situa-se no bioma
caatinga (104) e no Nordeste, em um total de cerca de 15 milhões de reais (SFB, 2015).
D. FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE
Órgão executivo do Ministério da Saúde, a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA)
atua na promoção da inclusão social e proteção à saúde pública, através do
financiamento de saneamento público, de tecnologias de melhoria e monitoria da
qualidade da água, tratamento de resíduos sólidos e estudos de saúde pública
ambiental (FUNASA, 2015).
Desta forma, de acordo com o art. 2º do Anexo I do Decreto n.º 7.335, de 19 de Outubro
de 2010, a FUNASA tem competências em duas áreas:
• Fomentar soluções de saneamento para prevenção e controle de
doenças;
• Formular e implementar ações de promoção e proteção à saúde
relacionadas com as ações estabelecidas pelo Subsistema Nacional de
Vigilância em Saúde Ambiental.
94 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Portanto, a FUNASA tem duas áreas de atuação, a Engenharia de Saúde Pública e a
Saúde Ambiental. No campo da promoção da saúde pública, a FUNASA financia o
saneamento em municípios até 50.000 habitantes (em 2010, de acordo com o Censo
realizado), notadamente a:
• Construção e ampliação de sistemas de abastecimento de água para
controle de agravos;
• Construção e ampliação de sistemas de esgotamento sanitário para
controle de agravos;
• Implantação e ampliação ou melhoria de sistemas de tratamento e
destinação final de resíduos sólidos para controle de agravos;
• Implantação de melhorias sanitárias domiciliares para controle de
agravos.
Este financiamento está ainda condicionado ao fato de os municípios estarem fora das
12 regiões metropolitanas prioritárias (que incluiu a RMBH) e em que não haja
concessão do serviço de saneamento a empresas privadas (SEMARH, 2013) (conferir
Quadro 34).
O financiamento por parte da FUNASA é realizado de forma não onerosa, isto é,
recorrendo ao Orçamento Geral da União, sem custos para os municípios. Para acesso
a este financiamento, os municípios devem preencher os requisitos acima mencionados
e outros mais específicos e o solicitar através de Carta-Consulta.
Quadro 34 – Ações financiadas pelo FUNASA (saneamen to).
Ação Objetivo
Critérios de
elegibilidade
*
1. Construção e
ampliação de sistemas de
abastecimento de água
para controle de agravos
Fomentar a implantação, ampliação e melhorias de
sistemas de abastecimento de água para controle de
doenças e outros agravos com a finalidade de
contribuir para a redução da morbimortalidade
provocada por doenças de veiculação hídrica e para o
aumento da expectativa de vida e da produtividade da
população
A, B e C
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 95 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Ação Objetivo
Critérios de
elegibilidade
*
2. Construção e
ampliação de sistemas de
esgotamento sanitário
para controle de agravos
Fomentar a implantação, ampliação e melhorias de
sistemas de coleta, tratamento e destino final de
esgotamento sanitário visando o controle das doenças
e outros agravos, assim como contribuir para a
melhoria da qualidade de vida da população
A, B e C
3. Implantação e
ampliação ou melhoria de
sistemas de tratamento e
destinação final de
resíduos sólidos para
controle de agravos
Fomentar a implantação e/ou a ampliação de sistemas
de coleta e transporte e implantação de sistemas de
tratamento e/ou destinação final de resíduos sólidos
para controle de endemias e epidemias que encontram,
nas deficiências dos sistemas públicos de limpeza
urbana, condições ideais de propagação de doenças e
outros agravos à saúde
A e C
4. Implantação de
melhorias sanitárias
domiciliares para controle
de agravos
Fomentar a construção de melhorias sanitárias
domiciliares para controle de doenças e outros agravos
ocasionados pela falta ou inadequação das condições
de saneamento básico nos domicílios
A e B
Fonte: FUNASA (2015).
Notas: *Critérios de elegibilidade: A - municípios até 50.000 habitantes em 2010 (segundo Censos); B - não integrantes das 12 regiões metropo litanas prioritárias; C - gestão pública ou por entidades integrantes da administraç ão pública dos Estados e Municípios dos sistemas a financiar (abastecimento de água, es gotamento sanitário, resíduos sólidos).
Existem diversos critérios de priorização e outras condições específicas a cada ação
que devem ser cumpridas para a aprovação do financiamento em causa (consultar
SEMARH, 2013). De acordo com a FUNASA, os valores a financiar podem atingir até
98% do total para municípios até 50.000 habitantes (cf. Quadro 35). De notar que esta
contrapartida, por parte do município, pode ser reduzida em determinadas situações
(financiamento oriundo de organismos internacionais, ações de defesa civil, entre
outras).
96 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Quadro 35 – Porcentual de contrapartida FUNASA (201 2).
Situação Municípios
Estados e
Distrito Federal
Mínimo Máximo Mínimo Máximo
Até 50.000 habitantes 2% 4% - -
Municípios acima de 50.000 habitantes localizados
nas áreas prioritárias definidas no âmbito da PNDR,
nas áreas da SUDENE, da SUDAM e SUDECO
4% 8% 5% 10%
Restantes casos 8% 20% 10% 20%
Fonte: FUNASA (2015).
Notas: PNDR - Política Nacional de Desenvolvimento Regional; SUDENE - Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste; SU DAM - Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia; SUDECO - Superintendên cia do Desenvolvimento do Centro-Oeste. Entre outros, a SUDENE incluiu os Est ados da Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, bem como vários municípios de Mi nas Gerais de acordo com o Decreto n.º 2.885/1998 (Polígono da Seca).
E. FUNDO DE RECURSOS HÍDRICOS – CT-HIDRO
Os Fundos Setoriais de Ciência e Tecnologia , criados a partir de 1999, são
instrumentos de financiamento de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação no
País. Há 16 Fundos Setoriais, sendo 14 relativos a setores específicos e dois
transversais (FINEP, 2016).
Com exceção do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações
(FUNTTEL), gerido pelo Ministério das Comunicações, os recursos dos demais Fundos
são alocados no Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecn ológico
(FNDCT)1 e administrados pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), como sua
Secretaria Executiva (FINEP, 2016). Os Fundos Setoriais foram criados na perspectiva
de serem fontes complementares de recursos para financiar o desenvolvimento de
setores estratégicos para o País.
1 Criado em 31 de julho de 1969, através do Decreto Lei n.º 719, com a finalidade de dar apoio financeiro
aos programas e projetos prioritários de desenvolvimento científico e tecnológico, notadamente para a
implantação do Plano Básico de Desenvolvimento Científico Tecnológico (PBDCT).
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 97 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
O modelo de gestão concebido para os Fundos Setoriais é baseado na existência de
Comitês Gestores, um para cada Fundo. Cada Comitê Gestor é presidido por
representante do MCT e integrado por representantes dos ministérios afins, agências
reguladoras, setores acadêmicos e empresariais, além das agências do Ministério da
Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a Finep e o CNPq (Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico). A partir de 2004 foi estabelecido o Comitê
de Coordenação dos Fundos Setoriais, com o objetivo de integrar suas ações. O Comitê
é formado pelos presidentes dos Comitês Gestores, pelos presidentes da Finep e do
CNPq, sendo presidido pelo Ministro da Ciência e Tecnologia.
O Fundo de Recursos Hídricos – CT-HIDRO , em particular, destina-se a financiar
estudos e projetos na área de recursos hídricos, para aperfeiçoar os diversos usos da
água, de modo a assegurar à atual e às futuras gerações alto padrão de qualidade e
utilização racional e integrada, com vistas ao desenvolvimento sustentável e à
prevenção e defesa contra fenômenos hidrológicos críticos ou devido ao uso
inadequado de recursos naturais (FINEP, 2016).
Os recursos são oriundos da compensação financeira atualmente recolhida pelas
empresas geradoras de energia elétrica (fonte de financiamento: 4% da compensação
financeira atualmente recolhida pelas empresas geradoras de energia elétrica, por sua
vez equivalente a 6% do valor da produção de geração de energia elétrica).
As instituições passíveis de utilização de recursos do Fundo de Recursos Hídricos - CT-
HIDRO são as seguintes:
• Instituições públicas de ensino superior e pesquisa e instituições públicas
de pesquisa, que poderão ser representadas por Fundações de Apoio
criadas para esse fim;
• Entidades sem fins lucrativos que tenham por objetivo (regimental ou
estatutariamente) a pesquisa, o ensino ou o desenvolvimento
institucional, científico e tecnológico;
• Instituições qualificadas como Organizações Sociais cujas atividades
sejam dirigidas à pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico (de
acordo com a Lei nº 9.637, de 15 de maio de 1998) e que tenham firmado
Contrato de Gestão com o Ministério da Ciência e Tecnologia ou com o
Ministério da Educação.
98 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Os grandes desafios que necessitam investimento de pesquisa em Ciência,
Tecnologia e Inovação em recursos hídricos podem ser identificados como (FINEP,
2016):
• Sustentabilidade hídrica de regiões semiáridas: ampliar a disponibilidade
hídrica para os diferentes usos (superficial e subterrâneo), com vista à
melhoria dos índices de desenvolvimento humano;
• Água e o gerenciamento urbano integrado: racionalizar o uso urbano da
água, buscando melhoria da saúde e da qualidade de vida das
populações, assim como a qualidade da água dos mananciais;
• Gerenciamento dos impactos da variabilidade climática sobre sistemas
hídricos e sociedade: prevenir-se contra os efeitos de curto, médio e
longo prazos da variação associado ao clima, por meio da ação de
previsão e planejamento;
• Uso e conservação do solo e de sistemas hídricos: desenvolver práticas
de ocupação e aproveitamento do espaço, com conservação;
• Usos integrados dos sistemas hídricos e conservação ambiental: otimizar
e racionalizar os usos integrados dos sistemas hídricos com o mínimo
impacto ambiental;
• Prevenção e controle de eventos extremos: minimizar o impacto dos
eventos extremos sobre a sociedade e o ambiente, por meio da ação de
previsão e planejamento;
• Qualidade da água dos sistemas hídricos: evitar e controlar o impacto das
diferentes ações nas bacias sobre a qualidade da água dos sistemas
hídricos;
• Gerenciamento de bacias hidrográficas: desenvolver mecanismos
eficientes para o gerenciamento de bacias hidrográficas;
• Uso sustentável de recursos hídricos costeiros: desenvolver
conhecimento sobre os ecossistemas costeiros e mecanismos que
compatibilizem ocupação, aproveitamento e conservação dessas áreas;
• Comportamento dos sistemas hídricos: ampliar o conhecimento sobre o
comportamento dos biomas brasileiros e de seus sistemas hídricos, para
apoiar o desenvolvimento sustentável;
• Desenvolvimento de produtos e processos: favorecer o fortalecimento da
indústria nacional de equipamentos e serviços para o atendimento às
demandas dos diferentes usos e da conservação da água;
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 99 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
• Capacitação de recursos humanos: formar o pessoal necessário para
atuar nas ações de pesquisa, desenvolvimento e gestão do setor de
recursos hídricos; e
• Infraestrutura de apoio à pesquisa: implementar, ampliar, equipar e
modernizar centros de pesquisa e laboratórios que atuam no setor de
recursos hídricos.
As atividades são apoiadas principalmente através de três mecanismos de apoio
(FINEP, 2016):
• Demanda induzida – nesta modalidade as prioridades e metas que se
pretendem alcançar estão claras e definidas, sendo tornadas públicas,
em geral, através de editais, podendo ser desenvolvidas por meio de:
- Programas mobilizadores;
- Redes cooperativas;
- Manifestações de interesse;
- Plataformas tecnológicas;
- Projetos cooperativos.
• Demanda espontânea – além da indução de programas e projetos, o CT-
HIDRO destina recursos financeiros limitados ao apoio da demanda
espontânea que seja de relevância para o setor e com excelente mérito
técnico; só são aprovados projetos de qualidade excepcional e que
versem sobre temas não cobertos pelos editais usados para as
demandas induzidas;
• Encomendas – pressupõem a existência de estudos de prospecção
tecnológica que indiquem claramente a necessidade de o País
desenvolver um determinado produto, processo ou serviço.
Entre 2001 e 2015 foram investidos pelo CNPq cerca de 203 milhões de reais em bolsas
e fomento à pesquisa por recursos relativos ao CT-HIDRO (CNPq, 2016).
F. RECURSOS DO MINISTÉRIO DAS CIDADES
O Ministério das Cidades tem competências, segundo o art. 27º, da Lei n.º 10.683 de 28
de maio de 2003, nas seguintes áreas:
100 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
• Política de desenvolvimento urbano;
• Políticas setoriais de habitação, saneamento ambiental, transporte
urbano e trânsito;
• Promoção, em articulação com as diversas esferas de governo, com o
setor privado e organizações não governamentais, de ações e programas
de urbanização, de habitação, de saneamento básico e ambiental,
transporte urbano, trânsito e desenvolvimento urbano;
• Política de subsídio à habitação popular, saneamento e transporte
urbano;
• Planejamento, regulação, normatização e gestão da aplicação de
recursos em políticas de desenvolvimento urbano, urbanização,
habitação, saneamento básico e ambiental, transporte urbano e trânsito;
• Participação na formulação das diretrizes gerais para conservação dos
sistemas urbanos de água, bem como para a adoção de bacias
hidrográficas como unidades básicas do planejamento e gestão do
saneamento.
É a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (SNSA) a entidade responsável
pelas políticas de saneamento urbano, dentro do Ministério das Cidades. A SNSA está
dividida em três departamentos, o Departamento de Água e Esgoto (DAGES), o
Departamento de Cooperação Técnica (DDCOT) e o Departamento de Articulação
Institucional (DARIN).
Ao DAGES compete subsidiar a formulação, preparo e articulação de programas e
ações apoiados com recursos e financiamentos gerenciados pela União, com fonte do
FGTS, FAT e outros. O DDCOT tem o mesmo objetivo, mas apoiando ações e
programas através do Orçamento Geral da União. O DARIN tem competências
relacionadas com o planejamento, estudos, capacitação e articulação institucional.
Desta forma o financiamento através do Ministério das Cidades pode ser oneroso
(DAGES) ou não oneroso (DDCOT e DARIN) (cf. Quadro 36).
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 101 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Quadro 36 – Ações financiadas pela Secretaria Nacio nal de Saneamento
Ambiental.
Descritor DAGES DDCOT DARIN
Recursos • Onerosos • Não onerosos • Não onerosos
Origem dos
recursos e
custos
• Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço
(FGTS): 6%/ano
(5%/ano no caso de
saneamento)
• Fundo de Amparo ao
Trabalhador (FAT) /
BNDES: taxa de juro
composta (custo
financeiro +
remuneração base +
risco de crédito)
• OGU (sem custos) • OGU (sem custos)
Amortização,
carência e
contrapartida
• FTGS: 4 anos de
carência, 5 a 20 anos de
amortização,
contrapartida de 10%
(mínima)
• FAT/BNDES: não
definido
- -
102 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Descritor DAGES DDCOT DARIN
Modalidades/
Tipo de
ações
apoiadas
Programa Saneamento
para Todos:
• Abastecimento de água
• Esgotamento sanitário
• Saneamento integrado
• Desenvolvimento
institucional
• Manejo de águas
pluviais
• Manejo de resíduos
sólidos
• Redução e controle de
perdas
• Preservação e
recuperação de
mananciais
• Estudos e projetos
• Plano de Saneamento
Básico
• Tratamento industrial de
água e efluentes
líquidos e reuso de água
• Abastecimento de água
• Esgotamento sanitário
• Saneamento integrado
• Drenagem urbana
• Estudos e projetos de
saneamento
• Planejamento urbano
• Manejo de resíduos
sólidos
• Desenvolvimento
institucional
• Planos de saneamento
Destinatários
• Estado
• Municípios
• Companhias de
saneamento (públicas
ou concessionários
privados)
• Indústrias privadas
• Municípios com
população superior a 50
mil habitantes
• Municípios integrantes
de Regiões
Metropolitanas, de
Regiões Integradas de
Desenvolvimento ou de
Consórcios Públicos com
população superior a
150 mil habitantes
• Estados, Municípios e
Distrito Federal (apenas
no caso de drenagem
urbana, estudos e
planejamento urbano)
• Estados
• Distrito Federal
• Municípios
Fonte: SEMARH (2013).
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 103 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
O Quadro 36 compara os três departamentos da Secretaria Nacional de Saneamento
Ambiental e as características dos possíveis financiamentos. De notar que os recursos
disponibilizados pelos DDCOT e DARIN não são onerosos, não necessitando de
amortização ou pagamento de juros. Por isso mesmo, os programas e ações que
financiam são mais discricionários.
No caso de programas a serem financiados pelo DDCOT, as propostas devem seguir
as orientações técnicas definidas para cada modalidade (SNSA, 2012). Já o DARIN
apenas financia estudos, planos de saneamento e ações de melhoria de articulação e
desenvolvimento institucional. O Departamento de Água e Esgotos é o responsável pelo
Programa Saneamento para Todos, havendo a necessidade de entregar um pedido
inicial de financiamento através de Carta-Consulta dirigida ao Ministério das Cidades.
Tendo em conta a aprovação do Plano Plurianual 2016-2019, será de esperar a abertura
de novas seleções públicas (DDCOT e DARIN) ou instruções normativas (DAGES) para
apresentação de propostas de candidatura a financiamentos.
G. PROGRAMAS COM RECURSOS ESPECÍFICOS
Programa Água Doce
Formulado em 2003, o Programa Água Doce é uma ação do governo federal,
coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com instituições federais,
estaduais, municipais e sociedade civil (MMA, 2012).
A partir de 2010 suas ações têm sido orientadas pelos Planos Estaduais de
Implementação e Gestão do Programa Água Doce, que têm como meta atender um
quarto da população do semiárido até 2019, ou seja, aproximadamente 2,5 milhões de
pessoas em 10 anos (MMA, 2012).
Desde 2011, o Programa Água Doce passou a integrar o Programa Água para Todos ,
no âmbito do Plano Brasil sem Miséria .
Em 10/03/15, nove Estados assinaram o III Pacto Nacional de Execução do Programa
Água Doce. No pacto assinado, o Água Doce assume a meta de aplicar sua metodologia
na recuperação, implantação e gestão de 1.200 sistemas de dessalinização até o final
104 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
de 2016, com investimentos de R$ 240 milhões, beneficiando 500 mil pessoas que
sofrem com a falta de água potável. Mais de 90% dos recursos já foram repassados
(Portal Brasil, 2016).
Os convênios estão estruturados em três fases: diagnósticos técnico, social e ambiental;
recuperação e implantação dos sistemas de dessalinização e acompanhamento e
monitoramento dos sistemas implantados. Em 2013 e 2014 os estados realizaram
diagnóstico de 2.947 comunidades rurais em 232 dos municípios mais críticos da região
semiárida (Portal Brasil, 2016).
Programa Água para Todos
O programa Água para Todos foi instituído pelo Decreto nº 7.535, de 26 de julho de
2011. Coordenado pelo Ministério da Integração Nacional, tem como objetivo garantir o
amplo acesso à água para as populações rurais dispersas e em situação de extrema
pobreza, seja para o consumo próprio ou para a produção de alimentos e a criação de
animais, possibilitando a geração de excedentes comercializáveis para a ampliação da
renda familiar dos produtores rurais.
Embora seja de abrangência nacional, o Programa Água para Todos iniciou-se no
Semiárido da Região Nordeste e do norte de Minas Gerais, e tem priorizado essas
áreas, onde se concentra o maior número de famílias que vivem em situação de
vulnerabilidade social. Essa população tem sido atendida, especialmente, com as
seguintes tecnologias: cisternas de consumo, de placas ou de polietileno, à razão de
uma por família; sistemas coletivos de abastecimento e barreiros (pequenas barragens),
para atendimento a comunidades; e os kits de irrigação.
Os municípios do semiárido brasileiro, que possuem moradores em situação de pobreza
e extrema pobreza na área rural cadastradas no CADÚnico do Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome, têm sua inserção automática no Água para
Todos. A participação das cidades que não fazem parte desta região são analisadas
pelo Comitê Gestor do programa, que avalia a expansão do programa para outras
localidades.
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 105 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Conta com apoio dos Ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS)
e do Meio Ambiente (MMA), da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), da Fundação
Banco do Brasil (FBB), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES), da Petrobrás, da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São
Francisco e do Parnaíba (Codevasf), do Departamento Nacional de Obras Contra as
Secas (Dnocs), da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) e dos
Estados beneficiados.
No Plano Plurianual Federal 2016-2019, os objetivos e metas do Programa Água para
Todos estão associados ao Programa 2012 - Fortalecimento e Dinamização da
Agricultura Familiar (132.503.412 mil reais), da responsabilidade do Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome:
• Objetivo 1138: Contribuir para a redução da pobreza rural, por meio da
inclusão produtiva dos agricultores e das agricultoras familiares
• Meta 04MX: Atender 350 mil famílias em situação de pobreza em uma
estratégia de inclusão produtiva rural, por meio da oferta de assistência
técnica e extensão rural e do acesso a recursos de fomento e às
tecnologias sociais de água para produção
• Iniciativa 067S: Promoção da integração do Programa de Fomento às
Atividades Produtivas Rurais, do Programa Nacional de Apoio à
Captação de Água de Chuva e Outras Tecnologias de Acesso à Água
(Programa Cisternas) e das demais ações do Programa de
Universalização do Acesso e Uso da Água (Programa Água para Todos)
e das ações de sementes de qualidade e adaptadas ao território, por meio
da articulação dos instrumentos de gestão, contratação e avaliação.
106 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Programa Produtor de Água
O Programa Produtor de Água foi lançado pela ANA em 2001. Tem como objetivo a
redução da erosão e assoreamento dos mananciais nas áreas rurais. O programa, de
adesão voluntária, prevê o apoio técnico e financeiro à execução de ações de
conservação da água e do solo, como, por exemplo, a construção de terraços e bacias
de infiltração, a readequação de estradas vicinais, a recuperação e proteção de
nascentes, o reflorestamento de áreas de proteção permanente e reserva legal, o
saneamento ambiental, etc. Prevê também o pagamento de incentivos (ou uma espécie
de compensação financeira) aos produtores rurais que, comprovadamente contribuem
para a proteção e recuperação de mananciais, gerando benefícios para a bacia e a
população.
A concessão dos incentivos ocorre somente após a implantação, parcial ou total, das
ações e práticas conservacionistas previamente contratadas e os valores a serem pagos
são calculados de acordo com os resultados: abatimento da erosão e da sedimentação,
redução da poluição difusa e aumento da infiltração de água no solo.
No contexto do Programa Produtor de Água, são elegíveis, como práticas mecânicas,
aquelas voltadas à conservação do solo e água, tais como subsolagem, construção de
terraços, de barragens de captação e infiltração de água de chuva (barraginhas), de
barragens subterrâneas, readequação de estradas rurais e outras tecnologias
adaptáveis à região de implantação do projeto. A recuperação florestal envolve, para
efeitos do Programa, todas as práticas voltadas ao restabelecimento da cobertura
vegetal com fins de proteção hídrica, e pode incluir o cercamento de áreas, produção
de mudas, plantio, enriquecimento, regeneração natural e conservação. Com relação à
educação ambiental, o Programa considera como elegíveis as atividades de palestras,
cursos, reuniões, seminários, eventos, material de divulgação e de consumo, logística,
e contratação de palestrantes, instrutores, monitores (ANA, 2016b).
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 107 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Programa de Despoluição de Bacias Hidrográficas (PR ODES)
Criado pela ANA em março de 2001, o Programa Despoluição de Bacias Hidrográficas
(Prodes), também conhecidas como “programa de compra de esgoto tratado”, não
financia obras ou equipamentos, paga pelos resultados alcançados, ou seja, pelo esgoto
efetivamente tratado.
O Prodes consiste na concessão de estímulo financeiro pela União, na forma de
pagamento pelo esgoto tratado, a Prestadores de Serviço de Saneamento que
investirem na implantação e operação de Estações de Tratamento de Esgotos (ETE),
desde que cumpridas as condições previstas em contrato.
Podem participar do Prodes os empreendimentos destinados ao tratamento de esgotos
com capacidade inicial de tratamento de pelo menos 270kg de DBO (carga orgânica)
por dia, cujos recursos para implantação da estação não venham da União. Podem se
inscrever estações ainda não iniciadas ou em fase de construção com até 70% do
orçamento executado.
A seleção do Prodes também considera se o empreendimento está em municípios nos
quais o Atlas Brasil - Abastecimento Urbano de Água, da ANA, tenha identificado a
necessidade de investimentos em tratamento dos esgotos para proteção dos
mananciais de sistemas de produção de água, entre outros critérios.
No Plano Plurianual Federal 2016-2019, os objetivos e metas do PRODES estão
associados ao Programa 2084 - Recursos Hídricos:
• Objetivo 1027 - Promover a conservação, a recuperação e o uso racional
dos recursos hídricos, por meio da indução de boas práticas de uso de
água e solo e da revitalização de bacias hidrográficas (Órgão
Responsável: Ministério do Meio Ambiente);
• Meta 041X - Reduzir os níveis de poluição hídrica pela remoção de
72.000 toneladas de carga poluidora de Demanda Bioquímica de
Oxigênio (DBO) lançadas nos rios, por meio do pagamento pelo esgoto
tratado, no âmbito do Programa Despoluição de Bacias Hidrográficas
(PRODES).
108 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Instrumentos de fomento para combate à desertificaç ão
O MMA vem promovendo ações de fomento para apoiar a implementação dos Planos
Estaduais de Combate a Desertificação. Nesse contexto, um conjunto de diretrizes
articuladas entre os instrumentos de fomento para as políticas públicas como o Fundo
Clima, o Fundo Socioambiental da Caixa e o Fundo Nacional de Desenvolvimento
Florestal vem sendo estratégicos no apoio a projetos estruturantes (PAUPITZ, J., 2013).
Programa Nacional de Avaliação da Qualidade das Águ as
Lançado pela ANA, tem por meta geral oferecer à sociedade conhecimento adequado
da qualidade das águas superficiais brasileiras, de forma a subsidiar os tomadores de
decisão (agências governamentais, ministérios, órgãos gestores de recursos hídricos e
de meio ambiente) na definição de políticas públicas para a recuperação da qualidade
das águas, contribuindo com a gestão sustentável dos recursos hídricos.
Participam do PNQA a ANA, como instituição coordenadora e executora das atividades
de âmbito nacional; os órgãos estaduais de meio ambiente e de gestão de recursos
hídricos que aderirem ao Programa, como executores das atividades regionais;
universidades e instituições de pesquisa; e demais entidades interessadas (ANA,
2016c).
Programa Segunda Água
Programa do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS) dentro
do Programa Brasil Sem Miséria que apóia a construção de tecnologias sociais de
captação de água de chuva em propriedades de agricultores familiares do Semiárido. A
água de boa qualidade será utilizada para a produção agropecuária.
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 109 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Programa Minas Sustentável
O Programa Minas Sustentável foi criado pela Federação das Indústrias de Minas
Gerais (FIEMG) no ano de 2010.
Esse Programa tem auxiliado as indústrias na busca da regularização ambiental,
ecoeficiência e responsabilidade social.
Visa capacitar os empresários para o aperfeiçoamento dos seus processos industriais,
buscando uma maior eficiência na utilização da água, da energia e das matérias-primas,
minimizando a produção de resíduos, a emissão e o lançamento de efluentes.
7.4.4. Financiamento de âmbito Estadual
Os financiamentos de âmbito estadual constituem uma fonte importante de recursos
para a implementação do Plano de Recursos Hídricos do São Francisco. Seguidamente,
são analisados os fundos mais importantes, a saber:
a) Fundo de recuperação, proteção e desenvolvimento sustentável das bacias
hidrográficas do Estado de Minas Gerais – FHIDRO;
b) Fundo Estadual de recursos hídricos da Bahia – FERHBA;
c) Fundo Estadual de recursos para o meio ambiente – FERFA;
d) Fundo Estadual de recursos hídricos de Pernambuco – FEHIDRO;
e) Fundo Estadual de meio ambiente de Pernambuco – FEMA;
f) Fundo Estadual de recursos hídricos de Alagoas – FERH;
g) Fundo Estadual de recursos hídricos de Sergipe – FUNERH.
110 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
A. FUNDO DE RECUPERAÇÃO, PROTEÇÃO E DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO ESTADO DE M INAS
GERAIS – FHIDRO
O FHIDRO foi criado em 1999 pela Lei n.º 13.194, de 29 de Janeiro com o objetivo de
dar suporte financeiro a programas, projetos e ações que visem (art. 2º da Lei n.º 15.910,
de 21 de dezembro de 2005):
• A racionalização do uso e a melhoria dos recursos hídricos, quanto aos
aspectos qualitativos e quantitativos;
• A prevenção de inundações e o controle da erosão do solo;
• A implantação dos instrumentos de gestão de recursos hídricos;
• O custeio, quando necessário, de ações de estruturação física e
operacional dos comitês de bacia hidrográfica, previstos e instituídos pelo
Estado de Minas Gerais, pelo prazo máximo de três anos, contados do
início da implementação do instrumento de cobrança pelo uso da água
da respectiva bacia.
No art. 4º da mesma lei (Lei n.º 15.910, de 21 de dezembro de 2005) é afirmado que
podem ser beneficiários de programas financiados pelo FHIDRO:
• Pessoas jurídicas de direito público, Estaduais ou Municipais;
• Pessoas jurídicas de direito privado e pessoas físicas usuárias de
recursos hídricos, mediante financiamento reembolsável;
• Concessionárias de serviços públicos municipais que tenham por objetivo
atuar nas áreas de saneamento e meio ambiente;
• Consórcios intermunicipais regularmente constituídos que tenham por
objetivo atuar nas áreas de saneamento e meio ambiente;
• Agências de bacias hidrográficas ou entidades a elas equiparadas;
• Entidades privadas sem finalidade lucrativa dedicadas às atividades de
conservação, preservação e melhoria do meio ambiente;
• Consórcios e associações intermunicipais de bacias hidrográficas;
• Associações de usuários de recursos hídricos;
• Organizações técnicas de ensino e pesquisa;
• Organizações não-governamentais.
Existem financiamentos reembolsáveis e não reembolsáveis, de acordo com o destino
dos valores e com a eventual viabilidade econômica e financeira dos projetos. O
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 111 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
FHIDRO tem recursos de várias fontes (art. 3º da Lei n.º 15.910, de 21 de dezembro de
2005) como o orçamento do Estado, fundos Federais, 50% dos valores destinados ao
Estado a título de compensação financeira por áreas inundadas por reservatórios para
a geração de energia elétrica, doações, entre outros.
No final de 2014, o FHIDRO lançou o edital n.º 1/2014, com o intuito de selecionar e
financiar projetos que contemplassem pelo menos uma das seguintes linhas de ação,
em um total de 20 milhões de reais disponíveis para o efeito (SEMAD/ IGAM, 2014):
• Recuperação de nascentes, áreas de recarga hídrica, áreas degradadas
e revegetação (incluindo produção de mudas) de matas ciliares, topos de
morro e demais APPs e Proteção de Ecossistemas Aquáticos;
• Convivência com a seca e mitigação da escassez hídrica;
• Prevenção e mitigação de cheias;
• Saneamento básico.
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD)
exerce as funções de gestor e de agente executor do FHIDRO, enquanto o IGAM tem
atribuições de secretaria executiva do mesmo. O Banco de Desenvolvimento de Minas
Gerais S.A. (BDMG) é o agente financeiro do fundo.
O Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias
Hidrográficas do Estado de Minas Gerais possuiu, ainda, um Grupo Coordenador com
mandato para deliberar sobre a política geral de aplicação dos recursos, fixar diretrizes
e prioridades e aprovar o cronograma previsto, conforme proposições do gestor e do
agente financeiro. Compõem o Grupo Coordenador, de acordo com o art. 11º da Lei n.º
15.910, de 21 de dezembro de 2005, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável, a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, a
Secretaria de Estado de Fazenda, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento
Econômico, a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o BDMG,
o IGAM, o Instituto Estadual de Florestas e a Fundação Estadual do Meio Ambiente.
De acordo com o Plano Plurianual 2016-2019 de Minas Gerais, o FHIDRO terá
disponível cerca de 71 milhões de reais para apoio a projetos no âmbito de
financiamentos não reembolsáveis, e cerca de 8,6 milhões de reais para financiamentos
reembolsáveis. Para além destas duas ações, o FHIDRO é responsável por outras, no
112 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
âmbito do PPA, entre elas, apoio aos comitês de bacias hidrográficas; monitoramento
da qualidade e quantidade da água; elaboração dos planos diretores de recursos
hídricos e enquadramento dos corpos de água, entre outras.
B. FUNDO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DA BAHIA – F ERHBA
O Fundo Estadual de Recursos Hídricos da Bahia (FERHBA) foi criado em 2002, pela
Lei n.º 8.194, de 21 de Janeiro de 2002. De acordo com o art. 1º do seu regulamento
(Decreto n.º 12.024 de 25 de março de 2010), o FERHBA tem como objetivo “dar suporte
financeiro à Política Estadual de Recursos Hídricos e às ações previstas no Plano
Estadual de Recursos Hídricos e nos Planos de Bacias Hidrográficas”, estando
vinculado à Secretaria do Meio Ambiente (SEMA).
O FERHBA tem como receitas, de acordo com o art. 3º do Decreto n.º 12.024 de 25 de
março de 2010:
• Os recursos decorrentes da cobrança pelo uso dos recursos hídricos de
domínio do Estado;
• O valor correspondente a 20% (vinte por cento) dos recursos destinados
à gestão e preservação do meio ambiente e dos recursos hídricos;
• Os rendimentos de qualquer natureza derivados de aplicação de seu
patrimônio;
• Os recursos provenientes de acordos, convênios, contratos ou
consórcios;
• Os recursos provenientes de ajuda ou cooperação internacional e de
acordos entre Governos na área de recursos hídricos;
• As doações, legados e contribuições em dinheiro que venha a receber de
pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras.
De acordo com o Decreto que regulamenta o FERHBA, os seus recursos serão
aplicados de acordo com o Plano de Recursos Hídricos Estadual, compatibilizando com
o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento Anual do Estado.
Especificamente e de acordo com o art. 7º do Decreto n.º 12.024 de 25 de março de
2010, os recursos do FERHBA devem ser empregados em:
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 113 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
• Estudos, programas, projetos, pesquisas e obras no setor de recursos
hídricos;
• Desenvolvimento de tecnologias para o uso racional das águas;
• Operação, recuperação e manutenção de barragens;
• Projetos e obras de sistemas de abastecimento de água e esgotamento
sanitário;
• Melhoria da qualidade e elevação da disponibilidade da água;
• Comunicação, mobilização, participação e controle social para o uso
sustentável das águas;
• Educação ambiental para o uso sustentável das águas;
• Fortalecimento institucional;
• Capacitação dos integrantes do Sistema Estadual de Gerenciamento de
Recursos Hídricos – SEGREH;
• Custeio do SEGREH.
Desde 2012, de acordo com os planos de aplicação do FERHBA (SEMA, 2015), 1.690
milhares de reais foram arrecadados e utilizados por este fundo. Cerca de 75% deste
valor foi utilizado em formação para os membros dos Comitês de Bacias Hidrográficas
do Estado da Bahia, e os restantes 25% para programas de Educação Ambiental,
através de vários convênios realizados.
C. FUNDO ESTADUAL DE RECURSOS PARA O MEIO AMBIENTE – FERFA
(BAHIA)
O Fundo Estadual de Recursos para o Meio Ambiente da Bahia foi criado pela
Constituição de 1989 do Estado da Bahia, com o objetivo de financiar a execução da
Política Estadual de Meio Ambiente e Proteção da Biodiversidade. Vinculado à
Secretaria do Meio Ambiente (SEMA), o FERFA é gerido por um Conselho
Administrativo, com membros do SEMA e do Conselho Estadual do Meio Ambiente, de
acordo com o art. 203º do Decreto n.º 11.235 de 10 de Outubro de 2008.
O FERFA tem receitas próprias, de acordo com o registrado no art. 204º do Decreto n.º
11.235 de 10 de Outubro de 2008:
• A dotação orçamentária própria;
114 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
• Os recursos resultantes da participação do Estado na exploração de
potenciais de energia hidráulica, petróleo, gás natural e outros recursos
minerais consignados;
• As multas administrativas por atos lesivos ao meio ambiente;
• Os recursos decorrentes de condenações judiciais por atos lesivos ao
meio ambiente;
• Os recursos oriundos de doações;
• As taxas de reposição obrigatória de volume florestal;
• As taxas pelo exercício do poder de polícia e as taxas pela prestação de
serviços;
• Os recursos oriundos da cobrança do preço pelo uso de bens da
biodiversidade;
• Os recursos oriundos da cobrança do preço pela concessão de florestas
situadas em propriedades do Estado;
• Os recursos provenientes de convênios cuja execução seja de
responsabilidade da SEMA;
• Os recursos provenientes da venda de publicações ou outros materiais
educativos produzidos pela SEMA.
Estes recursos podem ser utilizados nos seguintes pontos (art. 205º do Decreto n.º
11.235 de 10 de Outubro de 2008):
• Fortalecimento institucional dos órgãos integrantes do SISEMA;
• Estudos e pesquisas;
• Elaboração e atualização do Plano Estadual de Meio Ambiente;
• Ações de recuperação ambiental;
• Ações de reposição florestal;
• Medidas compensatórias;
• Estudos para a criação, revisão e gestão das unidades de conservação;
• Projetos de desenvolvimento sustentável;
• Educação ambiental;
• Ações conjuntas que envolvam órgãos do SISEMA
O FERFA apoia financeiramente diversos projetos através de demanda espontânea ou
induzida, sendo estes últimos originados através de editais publicados, com público-
alvo, abrangência e requisitos preestabelecidos.
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 115 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Em 2015, este fundo socioambiental movimentou quase cinco milhões de reais, sendo
que mais de 70% destes financiaram projetos de implementação de ações de manejo
de sistemas agroflorestais em todo o Estado (12 projetos). Outras ações apoiadas
estiveram relacionadas com estudos de proteção da biodiversidade, desenvolvimento
de tecnologias sociais sustentáveis, entre outras (SEMA, 2015a).
D. FUNDO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DE PERNAMBUC O – FEHIDRO
O Fundo Estadual de Recursos Hídricos de Pernambuco (FEHIDRO) foi criado pela Lei
n.º 11.426, de 17 de Janeiro de 1997. Segundo a Lei n.º 12.984, de 30 de Dezembro de
2005, que dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos e o Sistema Integrado
de Gerenciamento de Recursos Hídricos, o FEHIDRO deverá promover:
• A realização de projetos, serviços, a aquisição de equipamentos, a
contratação de serviços, inclusive de infraestrutura, necessários à
fiscalização, monitoramento, conservação, usos racionais, controle e
proteção dos recursos hídricos, superficiais e subterrâneos, destinados
ao interesse público, e manutenção do Órgão Gestor de Recursos
Hídricos do Estado;
• A realização de programas conjuntos entre o Estado, a União e os
Municípios, relativos ao aproveitamento múltiplo, controle, conservação e
proteção dos recursos hídricos e defesa contra eventos críticos que
ofereçam perigo à saúde pública, prejuízos econômicos ou sociais;
• Programas de estudos e pesquisas, desenvolvimento tecnológico e
capacitação de recursos humanos de interesse do gerenciamento dos
recursos hídricos;
• Gestão integrada e participativa dos recursos hídricos.
Através de editais periódicos, o FEHIDRO procura promover este tipo de ações.
Exemplo disso é o edital lançado em 2014 (APAC, 2014) para o financiamento de
projetos de recuperação e revitalização de nascentes, margens de rios, riachos e
reservatórios nas bacias hidrográficas do Estado de Pernambuco. Com um orçamento
total de dois milhões de reais (máximo de 400.000 reais por projeto), podiam propor
projetos entidades da administração pública municipal e ainda entidades privadas sem
fins lucrativos. O tempo máximo de execução para cada projeto era de 36 meses.
116 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
De acordo com o Plano Plurianual 2016-2019 de Pernambuco, o FEHIDRO terá
disponível cerca de 3 milhões de reais para a ação de “apoio às ações de recursos
hídricos” (conferir Quadro 27). O PPA prevê ainda a ação de “apoio à implantação e
implementação de projetos na área de recursos hídricos” para o FEHIDRO, ainda que
esta ação não esteja orçamentada de forma independente (ação 0560).
E. FUNDO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE DE PERNAMBUCO – FEMA
O Fundo Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco foi criado em 1997 pela Lei
Estadual n.º 11.516, de 30 de Setembro, com o objetivo de dar suporte financeiro ao
desenvolvimento de projetos que visem ao uso racional e sustentável de recursos
naturais no sentido de elevar a qualidade de vida da população do Estado.
Este fundo é constituído com recursos de dotações orçamentárias, pagamentos de
multas ambientais e eventuais doações, empréstimos ou transferências de outras fontes
(art. 70º do Decreto n.º 20.586, de 28 de maio de 1998, alterado pelo Decreto n.º 21.698,
de 08 de setembro de 1999).
O órgão gestor do FEMA é a Secretaria Estadual responsável pelo Meio Ambiente,
neste momento, a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS), sendo a
sua atuação supervisionada pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco
(CONSEMA).
De acordo com o art. 76º do Decreto que regulamenta o seu funcionamento (Decreto
n.º 20.586, de 28 de maio de 1998, alterado pelo Decreto n.º 21.698, de 08 de setembro
de 1999), o FEMA pode financiar projetos das seguintes áreas:
• Monitoramento e controle ambiental;
• Preservação e conservação dos recursos naturais renováveis;
• Recuperação de áreas degradadas ou em processo de degradação;
• Proteção das matas ciliares, de mananciais e reservatórios para
abastecimento público;
• Planejamento, implantação e gestão de Unidades de Conservação;
• Saúde e meio ambiente;
• Educação ambiental e divulgação;
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 117 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
• Elaboração e implantação da Agenda 21;
• Pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias para o
desenvolvimento sustentável.
Um dos últimos editais lançados pelo FEMA foi o Edital n.º 02/2013 que visava financiar
“projetos para a elaboração de Planos Municipais de Conservação e Recuperação da
Mata Atlântica, instrumento de planejamento e gestão ambiental, inserido no Programa
de Conservação da Biodiversidade de Pernambuco, com vistas a promover o
fortalecimento institucional para a gestão florestal” (CONSEMA, 2013). Este edital
pretendia selecionar projetos entre os 10 e 80 mil reais, em um total de R$ 320.000.
F. FUNDO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DE ALAGOAS – FERH
O Fundo Estadual de Recursos Hídricos de Alagoas foi criado em 1997 pela FERH,
instituído pela Lei n.º 5.965, de 10 de novembro de 1997, com o intuito de “captar, gerir
e aplicar recursos financeiros para implantação e desenvolvimento da Política Estadual
de Recursos Hídricos e as ações de suporte e investimentos necessárias ao
gerenciamento, manutenção e monitoramento dos recursos hídricos”.
Este Fundo tem as seguintes fontes, de acordo com o art. 3.º do Decreto n.º 532, de 06
de fevereiro de 2002:
• Dotações consignadas a seu favor nos orçamentos do Estado e dos
Municípios;
• Transferências de recursos da União ou de Estados vizinhos, destinados
à execução de planos e programas de recursos hídricos de interesse
comum;
• A compensação financeira que o Estado recebe em decorrência do
aproveitamento do potencial hidroenergético localizado em seu território,
na forma da lei;
• Cota parte da compensação financeira que o Estado recebe pela
exploração de petróleo, gás natural e recursos minerais, destinada à
aplicação exclusiva em programas pertinentes ao estudo, pesquisa,
exploração e conservação dos recursos hídricos;
• A verba resultante da cobrança pelo uso da água;
118 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
• Auxílios, doações, legados, subvenções, contribuições ou quaisquer
transferências de recursos feitas por pessoas físicas ou jurídicas, de
direito público ou privado, Municipal, Estadual, Federal ou internacional;
• O resultado de operações de crédito contratadas com órgãos ou
entidades Estaduais, Municipais e privadas;
• O produto das operações de crédito e das rendas procedentes das
aplicações de seus recursos;
• O resultado da cobrança de multas resultantes de infrações à legislação
de águas;
• Contribuições de melhoria, na forma da lei;
• Taxas diversas;
• Receitas provenientes da prestação de serviços.
Segundo o art. 4.º do mesmo decreto (n.º 532, de 06 de fevereiro de 2002), o FERH tem
por finalidade:
• Fomentar investimentos e a manutenção do Sistema Estadual de
Recursos Hídricos;
• Viabilizar contrapartida para planos, projetos e estudos relacionados com
o setor de recursos hídricos com a União, Estados ou Municípios;
• Financiar o setor privado com empréstimo de recursos para execução de
obras, aquisição de equipamentos e contratação de serviços
relacionados com recursos hídricos, atendendo às diretrizes traçadas no
Plano Estadual de Recursos Hídricos;
• Financiar o setor público na execução de obras, aquisição de
equipamentos, serviços ou planos e programas relacionados com
recursos hídricos mediante a celebração de contrato ou convênio com
órgão do Governo Federal, Estadual ou Municipal;
• Compensar financeiramente os municípios que tenham áreas inundadas
em decorrência de intervenção do Estado com obras e serviços.
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 119 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
G. FUNDO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DE SERGIPE – FUNERH
O Fundo Estadual de Recursos Hídricos de Sergipe foi criado em 1997 pela Lei n.º
3.870, de 25 de setembro de 1997. Atualmente, a Lei que rege o seu funcionamento é
a Lei n.º 6.964, de 13 de Julho de 1997, posteriormente alterada pela Lei n.º 6.968 de
25 de Outubro de 2010.
De acordo com o art. 2º da Lei n.º 6.964, de 13 de Julho de 1997, o FUNERH tem por
objetivo “dar suporte financeiro a programas e ações, prioritariamente decorrentes dos
planos de recursos hídricos, que promovam a racionalização do uso dos recursos
hídricos no território sergipano e a melhoria, quanto aos aspectos quantitativo e
qualitativo, em consonância com a Política Estadual de Recursos Hídricos”.
São fontes de recursos do FUNERH os seguintes (art. 3º da Lei n.º 6.964, de 12 de
Julho de 2010):
• Os consignados a seu favor nos orçamentos do Estado e dos Municípios;
• Os provenientes da União, de Estados e de Municípios, destinados a
execução de planos e programas de recursos hídricos de interesse
comum;
• A compensação financeira que o Estado receber em decorrência do
aproveitamento do potencial hidroenergético em seu território;
• 2% da compensação financeira que o Estado receber pela exploração de
petróleo, gás natural e outros recursos minerais, em seu território;
• O resultado da cobrança pela utilização de recursos hídricos;
• Empréstimos, nacionais e internacionais, e outros recursos provenientes
da ajuda e cooperação internacional e de acordos governamentais;
• O produto das operações de crédito e das rendas proveniente das
aplicações dos seus recursos;
• Tarifas e taxas cobradas de beneficiados por serviços de aproveitamento,
controle e fiscalização dos recursos hídricos;
• Os retornos relativos a principal e encargos de financiamentos
concedidos com recursos do FUNERH;
• O resultado da cobrança de multas resultantes de infrações à legislação
de águas;
• 0,5% do produto da arrecadação dos impostos Estaduais, deduzidas as
vinculações ou participações constitucionais;
120 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
• Receitas de outras fontes, que legalmente se destinem a o Fundo ou se
constituam em receita do mesmo:
Os recursos financeiros do FUNERH, uma vez objeto de planejamento e orçamentação,
terão as seguintes possibilidades de aplicação (art. 4º da Lei n.º 6.964, de 12 de Julho
de 2010):
• Reembolsável, para elaboração de projetos, realização de investimentos
fixos e aquisição de equipamentos, em projetos ou empreendimentos de
proteção e melhoria dos recursos hídricos, de comprovada viabilidade
técnica, social e ambiental, analisada pela Secretaria de Estado do Meio
Ambiente e dos Recursos Hídrico (SEMARH), e de comprovada
viabilidade econômica e financeira, analisada pelo agente financeiro;
• Não reembolsável, para:
- Apoio institucional ao órgão gestor;
- Operação e manutenção da rede hidrometeorológica e de qualidade da
água;
- Fiscalização dos recursos hídricos e do meio ambiente;
- Tratamento adequado dos resíduos sólidos;
- Educação ambiental;
- Revitalização hidroambiental de bacias hidrográficas do Estado;
- Prevenção da erosão do solo e eventos críticos;
- Pagamento de despesas de implantação e custeio administrativo dos
órgãos integrantes do Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos
Hídricos;
- Capacitação de recursos humanos para gestão em recursos hídricos;
- Apoio à criação, implementação e manutenção de unidades de
conservação da natureza e outras áreas legalmente protegidas, de
domínio público ou privado, relevantes para a preservação de recursos
hídricos;
- Apoio às ações de fortalecimento da gestão de bacias hidrográficas com
os sistemas estuarinos e zonas costeiras;
- Apoio à racionalização do uso da água para irrigação;
- Recuperação da infraestrutura hidráulica, civil, elétrica e mecânica dos
perímetros públicos irrigados, administrados pelo Governo Estadual,
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 121 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
através da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e
Irrigação de Sergipe – COHIDRO;
- Elaboração de estudos, projetos e pesquisas de interesse da gestão dos
recursos hídricos;
- Apoio no pagamento das obras de recuperação, automação e ampliação
dos sistemas integrados das adutoras do Alto Sertão e Sertaneja.
7.4.5. Financiamento de âmbito Internacional
A Secretaria de Assuntos Internacionais (SEAIN), entidade pertencente ao Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão (MP) tem como funções coordenar e apoiar a
Comissão de Financiamentos Externos (COFIEX). É a COFIEX a responsável por
avaliar projetos com financiamentos externos como, por exemplo, o Banco Mundial ou
Banco Interamericano de desenvolvimento (BID).
Segundo a Secretaria de Assuntos Internacionais, o processo de tramitação para
obtenção de financiamento externo tem as seguintes etapas (MP, 2015):
• Fase de análise: inicia-se com a apresentação de Carta-Consulta na
SEAIN, que é em seguida apresentada formalmente ao Grupo Técnico
da COFIEX e finaliza com a avaliação da proposta de financiamento por
esta entidade;
• Fase de preparação: com uma avaliação favorável, a Recomendação
COFIEX é publicada no Diário Oficial da União (DOU) e posteriormente
o Governo brasileiro recebe as Minutas do(s) Contrato(s) de Empréstimo
e de Garantia (se for o caso) encaminhados pelo Organismo Financiador;
• Fase de negociação: a partir da data de recebimento por parte do
Governo brasileiro das minutas contratuais, inicia-se a fase de
negociações, que terminará com o acordo entre o Governo brasileiro e o
Organismo Financiador;
• Fase de assinatura pelas partes: Formalização da contratação, isto é,
assinatura do contrato firmado entre o órgão tomador e o Organismo
financiador da operação de crédito externo, lembrando que esta
formalização está sujeita à aprovação da operação de crédito externo
pelo Senado Federal;
122 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
• Fase de efetividade: após a assinatura do(s) Contrato(s) de Empréstimo
e de Garantia (se for o caso), até à data de realização do primeiro
desembolso;
• Fase de execução: a partir do primeiro desembolso até ao último,
conforme disposto no Contrato de Empréstimo da operação.
Assim, a COFIEX é a entidade chave para a aprovação de financiamentos externos (a
crédito ou por doação), tendo de aprovar a proposta inicial a ser submetida por Carta-
Consulta.
De acordo com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, para o
preenchimento da Carta-Consulta, o primeiro passo é o cadastramento do pedido de
financiamento no site da Secretaria de Assuntos Internacionais
(http://www.sigs.planejamento.gov.br/sgs/), fornecendo os dados básicos do projeto
como o nome, o mutuário ou donatário, e também os contatos/responsáveis pelo
preenchimento. Caso as informações estejam em conformidade, o responsável será
contatado para a realização da Carta-Consulta propriamente dita (SEAIN, 2015).
O responsável pelo envio deverá ser o representante máximo do Ministério, Estado,
Município, Distrito Federal, Empresa Estatal (Federal, Estadual ou Municipal) ou
Autarquia (SEAIN, 2015).
De acordo com a SEAIN, alguns dos organismos externos que potencialmente podem
financiar atividades no Brasil são (SEAIN, 2013):
• Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) – principais objetivos
institucionais: redução da pobreza buscando a equidade social e o
crescimento sustentável do ponto de vista ambiental;
• Banco Mundial (BM), composto por, entre outros:
- Banco Internacional Para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), que
realiza empréstimos e cooperação técnica não reembolsável para países
membros elegíveis;
- Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA), que concede
empréstimos em termos altamente concessionais e doações para países
menos desenvolvidos;
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 123 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
- Corporação Internacional de Financiamento (IFC) que realiza
empréstimos, participação acionária e assistência técnica para o setor
privado dos países em desenvolvimento;
• Corporação Andina de Fomento/ Banco de Desenvolvimento da América
Latina (CAF), que financia atividades relacionadas com o crescimento
econômico e a integração regional;
• Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura (FIDA),
agência das Nações Unidas para a mobilização de financiamento para o
incremento da produção agrícola dos países em desenvolvimento;
• Global Environment Facility (GEF) ou Fundo Global para o Meio
Ambiente, organização financeira que apoia por doação atividades
relacionadas com a proteção da biodiversidade, combate e resiliência às
mudanças climáticas, entre outras;
• Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), organismo
público japonês que apoia países em desenvolvimento, notadamente em
melhoria da infraestrutura socioeconômica;
• KfW Development Bank, uma agência oficial do Governo alemão, com
sede em Frankfurt e banco de desenvolvimento para países em
desenvolvimento;
• Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), instituição financeira
pública francesa que financia projetos que visam melhorar as condições
de vida das populações, promover o crescimento econômico e proteger
o meio ambiente.
Por forma a identificar a possibilidade de financiamento internacional (oneroso ou por
doação), será sempre recomendável o contato com a Secretaria de Assuntos
Internacionais do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
124 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
7.4.6. Compensação financeira pela utilização dos re cursos hídricos para fins de
geração de energia elétrica
Instituída no artigo 20º da Constituição Federal de 1988, a compensação financeira dos
recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica (CFURH) estabelece que os
Municípios, Estados e a União receberão um pagamento por parte das entidades
exploradoras de usinas hidroelétricas.
Desta forma, como estabelecido na Lei n.º 8.001, de 13 de Março de 1990 (modificada
pelas Leis n.º 9.443/97, n.º 9.984/2000 e a n.º 9.993/2000), as concessionárias de
usinas hidroelétricas pagam 6,75% do valor da energia produzida valorizada a uma taxa
atualizada de referência, definida anualmente pela ANEEL.
Da taxa de 6,75%, os 6% são divididos da seguinte forma: 45% têm como destino os
Municípios atingidos pelos reservatórios das usinas hidroelétricas; a mesma proporção
é destinada aos Estados e a União fica com os restantes 10%. O valor destinado à União
é dividido pelo Ministério do Meio Ambiente (3%), pelo Ministério de Minas e Energia
(3%) e pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (4%). Os
0,75% (6,75% menos os 6% distribuídos em cima) têm como intuito financiar a
implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e do Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos, sendo esse valor repassado para o MMA
(ANEEL, 2015). Há ainda que considerar que as geradoras caracterizadas como
pequenas centrais hidrelétricas estão dispensadas do pagamento da CFURH.
Nos próximos dois quadros é possível verificar os valores arrecadados pela
compensação financeira dos recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica
na bacia do rio São Francisco e a sua distribuição pelos Municípios, Estados e União
(Quadro 37), bem como as usinas hidroelétricas e os respectivos valores.
Entre 2010 e 2014, o total arrecadado da CFURH é bastante variável, tendo um máximo
de quase 260 milhões de reais em 2012 e um mínimo de cerca de 155 milhões de reais
em 2014. Como é natural, este valor varia com a produção elétrica das usinas em causa,
o que é dependente da vazão do rio.
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 125 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Quadro 37 – Valores da CFURH devidos pelas usinas d a BSF (2010-2014).
Ano MMA/ ANA
(0,75%)
Municípios
(45% de 6%
= 2,7%)
Estados
(45% de 6%
= 2,7%)
União
(10% de 6%
= 0,6%)
Total
(6,75%)
2010 22.445.712 80.804.563 80.804.563 17.956.569 202.011.406
2011 25.272.003 90.979.210 90.979.210 20.217.602 227.448.026
2012 28.838.832 103.819.796 103.819.796 23.071.066 259.549.490
2013 20.640.040 74.304.146 74.304.146 16.512.032 185.760.364
2014 17.165.354 61.795.273 61.795.273 13.732.283 154.488.182
Fonte: ANEEL (2015).
Em relação às usinas, a usina de Xingó, situada no Baixo São Francisco, é a que mais
energia elétrica gerou, tendo pago quase 60 milhões de reais por compensação
financeira pela utilização de recursos hídricos. É de notar que 40% deste valor (45% de
6%, em um total de 6,75%) teve como destino os Municípios em redor desta usina, como
Delmiro Gouveia (Alagoas) ou Canindé de São Francisco (Sergipe), entre outros.
Quadro 38 – Usinas da BSF e o valor da CFURH (2014) .
UHE Geração elétrica (GWh) Total CFURH (6,75%)
Alto Fêmeas I 73.002 390.200
Apolônio Sales (Antiga Moxotó) 26.558 142.289
Gafanhoto 21.560 113.807
Luiz Gonzaga (Itaparica) 4.238.909 22.632.243
Paulo Afonso I,II,III 35.294 190.276
Paulo Afonso IV 9.781.557 52.225.560
Queimado 468.029 2.500.465
Retiro Baixo 99.536 523.553
Sobradinho 2.280.757 12.184.956
Três Marias 895.107 4.755.474
Xingó 11.017.708 58.829.361
Total 2014 28.938.017 154.488.182
Fonte: ANEEL (2015).
126 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
No quadro seguinte podem ser observados os valores distribuídos aos municípios da
bacia do rio São Francisco, relacionados com a compensação financeira pela utilização
de recursos hídricos. O município que recebeu o valor mais elevado foi Canindé de São
Francisco, em Sergipe (mais de 7 milhões de reais), valores provenientes
exclusivamente da usina de Xingó. Logo em seguida, o município de Glória (Bahia), foi
o segundo que mais recebeu em 2014, mais de 6,6 milhões de reais, a maioria dos quais
provenientes da usina de Paulo Afonso IV.
Há que considerar, ainda, que estes valores podem ser aplicados pelos diversos
Municípios e Estados de forma discricionária, sendo apenas vedada a sua utilização em
pagamento de dívida e no quadro permanente de pessoal, segundo o art. 8º da Lei n.º
7.990, de 28 de Dezembro de 1989.
Quadro 39 – Municípios e Unidades da Federação da B SF e respectivo valor da
CFURH (2014).
Município Unidade da Federação Total CFURH
(6,75%)
Abaeté Minas Gerais 476.341
Biquinhas Minas Gerais 6.266
Cabeceira Grande Minas Gerais 440.776
Carmo do Cajuru Minas Gerais 25.620
Curvelo Minas Gerais 85.089
Divinópolis Minas Gerais 21.345
Felixlândia Minas Gerais 973.702
Morada Nova de Minas Minas Gerais 3.137.549
Paineiras Minas Gerais 325.871
Pompéu Minas Gerais 715.398
São Gonçalo do Abaeté Minas Gerais 119.084
Três Marias Minas Gerais 1.363.998
Unaí Minas Gerais 17.466
Cristalina Goiás 474.438
Formosa Goiás 119.721
Brasília Distrito Federal 98.762
Casa Nova Bahia 3.927.639
Chorrochó Bahia 86.249
Glória Bahia 6.632.350
Itaguaçu da Bahia Bahia 279.418
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 127 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Município Unidade da Federação Total CFURH
(6,75%)
Paulo Afonso Bahia 5.349.504
Pilão Arcado Bahia 1.266.854
Remanso Bahia 2.681.164
Rodelas Bahia 1.342.099
São Desidério Bahia 156.080
Sento Sé Bahia 5.213.640
Sobradinho Bahia 172.085
Xique-Xique Bahia 315.342
Belém de São Francisco Pernambuco 310.633
Floresta Pernambuco 1.484.961
Itacuruba Pernambuco 1.129.008
Jatobá Pernambuco 4.417.297
Petrolândia Pernambuco 1.526.902
Tacaratu Pernambuco 11.711
Delmiro Gouveia Alagoas 5.617.535
Olho d´Água do Casado Alagoas 2.378.125
Pariconha Alagoas 23.963
Piranhas Alagoas 2.000.256
Canindé de São Francisco Sergipe 7.069.150
Fonte: ANEEL (2015).
7.4.7. Cobrança pelo uso de recursos hídricos
A cobrança pelo uso de recursos hídricos iniciou-se em 2010, sendo que o Comitê da
Bacia Hidrográfica do rio São Francisco foi o terceiro comitê a implementá-la em rios de
domínio da União. A cobrança foi estabelecida após um pacto entre órgãos públicos,
usuários e organizações civis no âmbito do CBHSF (ANA, 2015).
Os valores de cobrança e usuários sujeitos foram definidos pela Deliberação CBHSF n.º
40/08. É cobrada a captação, o consumo e o lançamento de efluentes de usuários
sujeitos à Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos com captação de água
superior a 4,0 l/s. Os valores arrecadados são repassados à AGB Peixe Vivo (Contrato
n.º 14/10), entidade equiparada à Agência de Bacia Hidrográfica escolhida pelo CBHSF.
Cabe à AGB Peixe Vivo desembolsar os recursos nas ações previstas no Plano de
128 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Recursos Hídricos da bacia (ANA, 2015). É de recordar que 7,5% dos valores
arrecadados financiam as despesas administrativas da AGB Peixe Vivo e do CBHSF.
De acordo com os dados publicados pela ANA, de 2010 a 2015 quase 119 milhões de
reais foram arrecadados no âmbito da cobrança pelo uso de recursos hídricos nas águas
da União da bacia do rio São Francisco (Quadro 40).
Quadro 40 – Valores da cobrança pelo uso de recurso s hídricos na BSF.
Ano Valor cobrança (R$)
2010 9.231.051,38
2011 20.919.700,96
2012 21.500.581,05
2013 21.755.209,78
2014 23.077.185,63
2015 22.490.082,50
Total (2010 a 2015) 118.973.811,30
Fonte: ANA (2016a).
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 129 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
8. MECANISMOS DE ACOMPANHAMENTO DA IMPLEMENTAÇÃO DO
PLANO DE RECURSOS HÍDRICOS
8.1. Introdução
De forma a definir os mecanismos de acompanhamento da implementação do Plano de
Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do rio São Francisco, apresenta-se uma
síntese da estratégia de implementação do Plano (seção 8.2.). Complementarmente,
são ainda definidas as estratégias para a implementação das ações (seção 8.3) e para
engajamento de atores e difusão do plano (seção 8.4).
Por fim, para a definição das condições de monitoramento e avaliação (seção 8.5) de
cada uma das atividades previstas, é realizado um levantamento dos indicadores e
metas indicativas, finais e intermédias, para cada um dos eixos e das atividades.
Complementarmente, é ainda apresentada a situação de referência de cada um dos
processos a desenvolver para determinar, futuramente, a evolução de cada uma das
atividades.
130 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
8.2. Síntese da Estratégia de Implementação do Plan o de Recursos Hídricos
8.2.1. Mapa do caminho
No Volume 3 do Relatório RP5 foi delineada a estratégia de implementação do Plano
de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco 2016-2025, que passa
pela atuação em quatro frentes (institucional, social, econômica e técnica) e em três
fases:
• Fase inicial: 2016-2018 (3 anos);
• Fase intermediária: 2019-2021 (3 anos);
• Fase final: 2022-2025 (4 anos).
Fase inicial: 2016-2018
A fase inicial corresponde à fase de arranque do Plano e tem início logo após a sua
aprovação, previsivelmente no segundo semestre de 2016.
Na primeira fase, será muito importante o impulso do Comitê de Bacia Hidrográfica que
é a instituição responsável pela aprovação e implementação do PRH-SF. A utilização
de recursos pelo CBHSF será concentrada:
• Na apresentação e divulgação do plano, junto de um vasto número de
atores relevantes (stakeholders) e também junto do público;
• Na articulação e negociação com entidades com competências
relevantes na gestão dos recursos hídricos, incluindo neste grupo as
entidades reguladoras, as entidades gestoras e também os grandes
utilizadores;
• Na implementação das atividades já planejadas no Plano de Aplicação
Plurianual (PAP) 2016-2018 do CBHSF. Neste âmbito propõe-se um
particular destaque nas atividades de capacitação, de formação, de
comunicação e de mobilização social; propõe-se ainda que esta fase seja
dedicada à realização de estudos relativos aos instrumentos de gestão
de recursos hídricos e de preparação de termos de referência e
lançamento de concursos para as atividades mais importantes e
estruturantes do Plano.
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 131 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Uma vez que os planos plurianuais Federal e Estaduais abrangem o período 2016-2019,
deverão também ser realizadas algumas intervenções na bacia que captam
investimentos disponíveis a esses níveis, notadamente, estudos, continuidade da
implementação de projetos de saneamento na bacia, aprimoramento das redes de
monitoramento.
Fase intermediária: 2019-2021
Nesta fase, o esforço de implementação estará concentrado na realização de estudos,
planos de ação e projetos, e também na implementação de projetos-piloto e
demonstrativos:
• de recuperação de áreas degradadas,
• matas ciliares e nascentes;
• de recarga artificial;
• de usos sustentáveis do solo e dos recursos hídricos;
• de reuso de água;
• de controle de poluição industrial;
dando-se continuidade às ações de articulação e negociação.
Nesta fase, e após articulação das várias entidades com responsabilidade no setor (a
nível federal, estadual e municipal), recomenda-se que seja feito por estas um esforço
adicional na implementação de projetos de saneamento na bacia, já financiados por
novos planos plurianuais. Assim, o esforço de investimento na bacia deverá aumentar
relativamente à fase anterior.
132 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Fase final: 2022-2025
Na última fase de implementação do plano, espera-se a implementação das principais
intervenções estruturantes definidas nas fases anteriores e a continuidade de ações de
articulação, gestão, monitoramento e acompanhamento.
As intervenções no terreno incluem, além de infraestruturas de saneamento, obras de
prevenção e controle de poluição, de aumento das disponibilidades hídricas e a
replicação de projetos-piloto/demonstrativos de sucesso dos projetos de revitalização
da bacia hidrográfica (recuperação de matas ciliares, reposição de vegetação dos
biomas caatinga e cerrado, recuperação de lagoas marginais, desassoreamento de
cursos d’água, entre muitas outras).
Na Figura 10 resume-se a estratégia geral de implementação (mapa do caminho) do
PRH-SF 2016-2025, com as frentes (Institucional; Social; Econômica; Técnica) e fases
de implementação (inicial: 2016-2018; intermediária: 2019-2021; final: 2022-2025)
consideradas e as ações de divulgação do Plano e de envolvimento dos atores da bacia
propostas.
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 133 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Figura 10 – Mapa do caminho.
134 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Página deixada intencionalmente em branco.
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 135 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
8.2.2. Faseamento da implementação das ações, por e ixo
O Eixo I – Governança e mobilização social , por envolver ações de articulação,
capacitação, educação e fortalecimento institucional, ações dirigidas à execução e
gestão do plano de bacia e a implantação/melhoria dos instrumentos de gestão, constitui
um eixo-chave. A implantação das atividades previstas neste eixo (e nos restantes)
beneficiará dos resultados dos eventos/encontros de articulação e sensibilização por
parte do CBHSF, considerados no escopo da atividade I.2.a. – Gestão do plano e
articulação das ações dos órgãos atuantes na bacia, a iniciar logo após a aprovação do
plano (2016/2017).
A atividade I.2.b – Fortalecimento institucional do CBHSF, inclui a capacitação dos
atores do CBHSF e suas instâncias e dos CBHs afluentes, e o reforço da equipe da
AGB Peixe Vivo, devendo iniciar-se logo no primeiro ano.
Na fase inicial do plano deverão ter início:
• A atividade I.I.a – Implementação dos instrumentos de gestão dos
recursos hídricos, notadamente, o desenvolvimento pelo CBHSF dos
estudos previstos no PAP 2016-2018 (sobre cadastro de usuários,
metodologia de cobrança, enquadramento dos corpos de água) e a
concepção do sistema de informações sobre recursos hídricos. Por parte
da ANA e dos órgãos gestores de recursos hídricos estaduais, haverá
que dar início à consolidação da outorga superficial e subterrânea;
• A atividade I.I.b – Atualização de Planos Diretores de Bacias de Rios
Afluentes, com prioridade para as bacias dos rios Moxotó, Ipanema e
Traipu;
• A atividade I.6.a – Fiscalização de recursos hídricos, com o apoio, por
parte do CBHSF, à elaboração de Planos de Fiscalização e às ações de
fiscalização;
Prevê-se dar continuidade ao Plano Continuado de Mobilização e Educação Ambiental
e ao Plano Continuado de Comunicação já contemplados no PAP 2016-2018, com
136 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
reforço de ações no futuro, com vista a aumentar a consciência ambiental das
populações e usuários e os níveis de participação cívica.
Além disso, prevê-se a realização de ações de formação e capacitação de usuários, no
sentido de divulgar técnicas que permitam reduzir os impactos no ambiente e de formar
usuários que pratiquem ou pretendam praticar atividades tradicionais (na base da
implementação do mecanismo de pagamento por serviços ambientais).
A implementação das atividades previstas no Eixo II – Qualidade da água e
saneamento , deverá ter início na 1ª fase de implementação do plano, com os
eventos/encontros de articulação e sensibilização por parte do CBHSF, considerados
no escopo da atividade II.2.a. Gestão do plano e articulação das ações dos órgãos
atuantes na bacia.
Como prioridade (2016/2017), essa articulação deverá ser realizada:
• Entre a ANA e os órgãos Estaduais responsáveis pelo monitoramento
das águas superficiais, com o apoio do CBHSF, no sentido de aprimorar
os requisitos da RNQA e de definir uma estratégia integrada de atuação
na implementação da mesma, de tal forma que se concretize a meta
intermédia definida para 2018 e que em 2020 se proceda a um
monitoramento sistemático, regular e articulado da qualidade dos
principais corpos de água superficiais da bacia;
• Entre a ANA, o CPRM e os órgãos Estaduais responsáveis pelo
monitoramento das águas subterrâneas, com o apoio do CBHSF (e com
a participação de outros atores e parceiros identificados), no sentido de
implementar uma rede de monitoramento da água subterrânea até 2025.
No setor do saneamento, deverá dar-se continuidade à elaboração de planos municipais
de saneamento básico, à implantação de sistemas de abastecimento de água, de
sistemas de esgoto, resíduos sólidos e drenagem urbana. Recomenda-se o
estabelecimento do compromisso de cada Unidade da Federação em atingir as metas
do PNSB e o compromisso dos municípios na disponibilização anual ao SNIS da
informação solicitada sobre o setor (2016/2017).
Em 2018 as entidades responsáveis pelo saneamento em cada Unidade da Federação
deverão fazer o balanço dos seus níveis de atendimento, comparando-os com as metas
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 137 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
do PNSB para esse ano, e avaliar o esforço (e investimento) necessário para atingir as
metas de 2023. A aferição das infraestruturas a implantar por cada entidade deverá ser
feita mediante a articulação das várias entidades com responsabilidade no setor (a nível
Federal, Estadual e Municipal).
Em paralelo (2016-2018), deverá ser coordenada, entre entidades do setor minerário
(DNPM, CPRM, SEMAD-MG, IBAMA-BA e principais empresas de mineração), agrícola
e pecuário (entidades responsáveis pelo gerenciamento de perímetros irrigados e
empresas pecuárias e CODEVASF) e industrial (federações e associações industriais
do Alto São Francisco), a realização de estudos de avaliação da interferência das
atividades na qualidade das águas superficiais e subterrâneas, identificando pressões
responsáveis por situações críticas (com prioridade para a área de influência de
mananciais usados para abastecimento).
Até 2021, seria desejável:
• Existir um plano de investimentos em prevenção e controle de poluição,
articulado entre entidades do setor minerário, agrícola e pecuário, com o
subsequente desenvolvimento e implementação de projetos de controle
de poluição;
• Ter-se selecionado as indústrias a acompanhar através de
monitoramento, com vista à posterior introdução de melhorias no
processo de tratamento de efluentes;
• Ter-se elaborado um conjunto de estudos hidrogeológicos de suporte à
definição de perímetros de proteção de poços destinados ao
abastecimento público, com a subsequente aprovação e definição de
restrições na envolvente. Esta atividade requer o envolvimento das
entidades gestoras de sistemas de abastecimento de água e dos
municípios;
• Ter-se selado um conjunto de poços abandonados ou com deficiências
construtivas, prioritariamente, em zonas de maior vulnerabilidade à
poluição e onde a água é usada para consumo humano (com o
envolvimento das secretarias Estaduais de ambiente e recursos hídricos);
No Eixo III – Quantidade da água e usos múltiplos prevê-se o desenvolvimento de
um conjunto de estudos para aumentar o conhecimento sobre as disponibilidades
hídricas, os consumos de água na bacia, as necessidades hídricas dos ecossistemas e
138 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
a compatibilização de usos da água. Estes estudos deverão dar sequência a um acordo
sobre uma nova política de gestão de reservatórios e à implantação de projetos de
intervenção quer do lado da oferta (aumento das disponibilidades), quer do lado da
procura de água (reuso, reciclagem, redução de perdas e desperdícios).
Assim, em termos temporais, até 2021 deverão ter-se encontrado alternativas para o
incremento da disponibilidade hídrica em afluentes do rio São Francisco e decidido os
regimes de vazão ambiental a aplicar aos trechos do Alto, Médio, Submédio e Baixo
São Francisco.
Até 2021 seria desejável:
• Ter-se elaborado um conjunto de estudos hidrogeológicos que
possibilitem ampliar o conhecimento sobre os sistemas aquíferos da
bacia, aferir disponibilidades e o balanço hídrico subterrâneo
(notadamente, no aquífero Bambuí, regiões de Irecê e Verdelândia).
Estes estudos deverão privilegiar aquíferos abrangidos por áreas
consideradas prioritárias para a proteção de águas subterrâneas
(identificadas no relatório RP4), áreas urbanas em que os aquíferos
sejam relevantes para abastecimento público, onde são reconhecidos
problemas associados a consumos significativos e onde se registre maior
vulnerabilidade natural à contaminação. Para o efeito, deverá haver a
articulação da ANA, CPRM e das secretarias de Estado de ambiente e
recursos hídricos (2016-2017) no sentido de aferir responsabilidades na
elaboração de cada um dos estudos identificados como necessários (cf.
atividade III.1.a – Programa de ação para as águas subterrâneas);
• Ter-se aprofundado os estudos sobre o impacto das alterações climáticas
nos recursos hídricos superficiais e subterrâneos da bacia, reduzido a
incerteza sobre os mesmos;
• Ter-se concluído um conjunto de estudos dirigidos aos usos múltiplos da
bacia;
• Ter-se chegado a um acordo sobre uma nova política de gestão de
reservatórios;
• Ter-se identificado, delimitado e intervencionado (revegetação) zonas de
infiltração máxima (prioridade: áreas de recarga de sistemas aquíferos
cársticos e porosos com maior pressão de utilização);
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 139 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
• Ter-se em implantação um conjunto de projetos de reciclagem de água,
de aumento da eficiência de uso da água e de redução de perdas.
Até 2025 deverão estar em implantação um conjunto de projetos que contribuam para
aumentar as disponibilidades hídricas (açudes e reservatórios de água, poços, cisternas
para captação e armazenamento da água da chuva), com prioridade para as sub-bacias
onde os recursos hídricos próprios não são suficientes para atender os usos existentes
e projetados.
Para as atividades do Eixo IV – Sustentabilidade hídrica do semiárido estão previstas
as seguintes ações:
• Recensear (produzir listas), para cada município do semiárido, as
povoações rurais dispersas e as cidades com menos de 20.000
habitantes, para determinar quais possuem/não possuem sistema de
armazenamento de água eficaz que permita às populações manter suas
produções e suas atividades sociais e econômicas durante as épocas de
estiagem;
• Estudar a viabilidade econômica de construir e implementar cisternas de
água (para consumo humano e para produção) para famílias que vivem
em cidades de até 20.000 habitantes;
• Se confirmada a viabilidade econômica, intensificar as ações de
construção de cisternas de água para consumo humano e para produção,
para famílias que vivem em cidades de até 20.000 habitantes;
• Recuperação de sistemas de sistemas de dessalinização existentes no
semiárido, que estão quebrados, parados ou funcionando precariamente;
• Implantação de sistemas de dessalinização novos;
• Formação de utilizadores e responsáveis pela manutenção dos
dessalinizadores;
• Implementação de unidades de demonstração (dessalinizadores para
formação);
• Implementar projetos-piloto de recarga artificial no semiárido;
• Apoiar a implementação de projetos “conceito base zero”, através de:
formação aos cidadãos do semiárido para implementarem suas próprias
barragens; apoio às intervenções de manutenção após construção
140 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
(nivelação da crista, por acomodação das pedras, que ocorre após as
primeiras enxurradas);
• Estabelecer ação continuada de assistência técnica, voltada ao incentivo
à estocagem de forragem para os rebanhos:
- Incentivo ao plantio de palma forrageira (em Pernambuco e nas Unidades
Federativas onde a área de plantio tenha diminuído), produzindo-se e
disponibilizando-se variedades resistentes à cochonilha (carmim e de
escamas);
- Implantação de unidades de produção de forragem irrigada, a partir de
poços tubulares, açudes e barragens, de forma a estabelecer uma
reserva estratégica de forragem para os períodos de estiagem
prolongada;
- Adoptar estratégia de implantação de “bancos de sementes
comunitários”, incentivando-se a produção de sementes crioulas, com
gestão sob responsabilidade das organizações sociais comunitárias
(associações), como forma de promover a recuperação e a ampliação do
patrimônio genético adaptado às condições do semiárido;
• Estudar viabilidade social, ambiental e econômica de reativar os fundos
de pasto nas Unidades Federativas inseridas no semiárido;
• Reativar os fundos de pasto nas Unidades Federativas inseridas no
semiárido, se se concluir que são viáveis.
Em termos temporais, todas as ações deste eixo têm início em janeiro de 2017. No
período inicial (até ao final do ano 2018) concentram-se as ações de coleta de
informação e consolidação de conhecimentos sobre a realidade do semiárido (com
algumas exceções, como o caso da implementação de sistemas de dessalinização, que
podem ser implementados desde já, uma vez que está terminada a fase inicial de testes
e recolha de dados). Por exemplo: o recenseamento dos municípios para saber quais,
dentre aqueles com menos de 20.000 habitantes, possuem/não possuem sistema de
armazenamento de água, estudos relacionados à melhoria da eficiência energética e ao
uso de fontes de energia alternativas à madeira, ou o estudo da viabilidade econômica
de construir e implementar cisternas de água nestes municípios e ainda o estudo da
viabilidade social, ambiental e econômica de reativar os fundos de pasto.
O período seguinte é de implementação de ações no terreno, com base nas conclusões
obtidas no período inicial. Assim, nesta fase deverão iniciar-se três ações (se os estudos
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 141 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
de viabilidade concluírem que é viável a sua implementação) e uma quarta ação
demonstrativa (ou de teste) de utilização de fontes de energia alternativas e/ou de
aplicação de métodos inovadores de maior eficiência energética. No final desta fase (em
2022) está definida uma meta parcial: o número de povoações beneficiadas com
cisternas de água para consumo humano e para produção deverá ter duplicado
relativamente ao número inicial (determinado pelo recenseamento que terá sido
concluído em dezembro de 2018), o número de sistemas de dessalinização em
funcionamento deverá ter quadriplicado relativamente ao número inical.
No período final do PRHSF (2023-2025) manter-se-ão em curso as mesmas ações
(considerando-se que se concluiu haver uma viabilidade positiva para a sua
implementação). Até ao final de 2025 o número de povoações beneficiadas com
cisternas de água para consumo humano e para produção deverá ter triplicado o número
inicial (determinado até 2018), o número de pessoas beneficiadas por sistemas de
dessalinização deverá ser dez vezes superior ao inicial (de 480.000 em 2016, espera
atingir-se 4.800.000 em 2025) e deverão manter-se valores fixos anuais (definidos para
cada ação) de implementação das restantes medidas.
Para a implementação das atividades previstas no Eixo V – Biodiversidade e
requalificação ambiental é importante a articulação do CBHSF (2016/2017):
• Com as Secretarias de Estado de Ambiente das Unidades da Federação,
para obter o seu compromisso com a redução das taxas de
desmatamento (e com a internalização desse objetivo, transversalmente,
nas suas políticas) e o seu apoio aos estudos de diagnóstico do estado
de conservação das áreas importantes para a conservação da
biodiversidade;
• Com os municípios, para que procedam à delimitação das áreas de
preservação permanente no seu território, e para que, em articulação
com o MMA, contribuam para a definição de corredores de ligação entre
áreas protegidas.
Para que em 2025 exista pelo menos um corredor ecológico claramente delimitado em
cada região fisiográfica, haverá que iniciar tão cedo quanto possível o estudo do estado
de conservação das áreas importantes para conservação identificadas no Diagnóstico
do Macrozoneamento Econômico-Ecológico.
142 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Paralelamente, os municípios deverão proceder à marcação das áreas de preservação
permanente no seu território, ação que beneficiará a seleção de áreas para a
implantação de projetos hidroambientais (já em curso, e que deverão prosseguir desde
a fase inicial da implantação do plano).
Deverão também implementar-se, a partir de 2019, um conjunto de projetos-piloto de
recuperação de áreas degradadas, matas ciliares e nascentes (a replicar, em função do
seu sucesso, em anos subsequentes), a replicar cinco anos depois.
Em 2020 o CBHSF deverá iniciar a aplicação de um mecanismo de pagamento por
serviços ambientais (desejavelmente após a realização de cursos de capacitação de
usuários que pratiquem ou pretendam praticar atividades tradicionais).
Para a implementação das atividades previstas no Eixo VI – Uso da terra e segurança
de barragens é importante que o CBHSF inicie a prestação de apoio técnico aos
municípios (2016/2018), em particular com vista a divulgar o PRH-SF e a apoiar estas
entidades na procura de financiamento para projetos de saneamento e projetos
hidroambientais.
Sugere-se ainda que a ANA e os Estados promovam desde logo encontros de apoio
técnico e ações de capacitação dos municípios para uma melhor coordenação entre as
políticas de recursos hídricos e as políticas de uso do solo, seguindo com convênios
específicos entre os estados e municípios para a implementação de metas relacionadas
aos recursos hídricos (p.ex. ao nível do saneamento).
Recomenda-se também que na fase inicial do plano as entidades fiscalizadoras
procedam à atualização dos cadastros de barragens e classificação das mesmas.
As grandes metas de cada eixo de intervenção do Plano de recursos hídricos da bacia
hidrográfica do rio São Francisco 2016-2025 foram definidas para a bacia, para o
horizonte do plano, respectivamente, para os anos 2020, 2023 e 2025.
Até 2020, pretende-se aprimorar a rede de monitoramento da qualidade das águas
superficiais atual, de modo a proceder a um monitoramento sistemático, regular e
articulado.
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 143 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
As metas estabelecidas para 2023 referem-se ao componente de saneamento
(implantação de sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, e coleta
de lixo), coincidindo com as metas definidas no Plano Nacional de Saneamento Básico
para a bacia.
As restantes grandes metas foram estabelecidas para o ano 2025. Nesse ano horizonte,
considera-se possível:
1. Ter todos os instrumentos de gestão de recursos hídricos definidos e em
implantação;
2. Ter executado pelo menos 80% dos recursos financeiros previstos no
plano;
3. Pelo menos 10% dos usuários e população da bacia terem sido alvo de
atividades de educação ambiental relacionadas à bacia;
4. Pelo menos 10% dos atores da bacia terem sido alvo de
formação/capacitação em áreas relevantes para o seu setor de atuação;
5. Ter aumentado pelo menos 30% as taxas de participação nas decisões
de gestão da bacia hidrográfica, relativamente ao PRH-SF 2004-2013;
6. Apoiar ações de fiscalização de recursos hídricos em todos os Estados
da bacia;
7. Ter implementado uma rede de monitoramento de águas subterrâneas;
8. Ter em implementação um plano integrado de investimentos em
prevenção e controle de poluição das águas superficiais e subterrâneas;
9. Ter todos os municípios da bacia abrangidos por planos de saneamento
básico;
10. Ter melhorado o conhecimento sobre as disponibilidades de água
superficiais e subterrâneas e sobre as vazões ambientais necessárias à
proteção dos ecossistemas em toda a bacia;
11. Ter reduzido os déficits hídricos e as situações de conflito pelo uso da
água, garantindo-se a satisfação plena dos usos prioritários e
melhorando-se o atendimento dos restantes usos múltiplos;
12. Ter triplicado o número de povoações com 20.000 habitantes ou menos,
servidas com cisternas de água para consumo humano e para produção
no semiárido;
13. Ter implementado diversos projetos demonstrativos de aplicação de
fontes de energia alternativas à madeira no semiárido;
144 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
14. Ter implementado mecanismos de convivência com as mudanças
climáticas no semiárido;
15. Ter reduzido para metade as taxas de desmatamento atuais em cada
Unidade da Federação;
16. Ter delimitado uma “rede verde”, incluindo áreas de conservação e
corredores ecológicos de ligação;
17. Ter implantado e replicado projetos-piloto de recuperação de áreas
degradadas, matas ciliares e nascentes;
18. Ter melhorado a coordenação entre as políticas de recursos hídricos e
as políticas de uso do solo;
19. Ter estudado, acompanhado e divulgado a situação de implementação
da política de segurança de barragens na bacia.
As metas constituem recomendações, tendo em vista atingir o cenário possível para a
bacia em 2025, cabendo ao CBHSF a execução de um conjunto de ações específicas,
identificadas no Volume 1, mas não todas as ações necessárias para o atingimento das
metas indicadas.
A abordagem estratégica a ser utilizada é a de gestão cooperativa, em que o CBHSF
atuará em conjunto com os setores responsáveis ou afetados, cabendo-lhe acompanhar
estudos, apoiar e fomentar ações executadas por terceiros mediante convênios,
protocolos e acordos de cooperação. O financiamento dessas ações pode provir dos
próprios executores, de orçamentos da União e dos Estados, de agências de fomento.
As ações iniciais de divulgação do plano poderão ser úteis para identificar oportunidades
de financiamento das ações.
Uma vez que até 2025 não será possível debelar todos os problemas identificados na
bacia e implementar todas as infraestruturas que permitiriam ir ao encontro da “bacia
que queremos”, o próximo ciclo de planejamento deverá dar continuidade à maioria das
ações previstas para o período 2016-2025. Por exemplo, a universalização da coleta e
tratamento dos esgotos domésticos e da coleta e destinação final de resíduos sólidos
urbanos deverão continuar a ser uma meta para 2030, conforme estabelecido na Carta
de Petrolina (2011).
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 145 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Complementarmente a estas grandes metas, foram definidas metas intermédias ,
associadas a um conjunto de indicadores de acompanhamento, de modo a aferir a
evolução dos resultados da implementação do Plano.
146 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
8.3. Estratégia para Engajamento de Atores e Difusã o do Plano
8.3.1. Engajamento de atores
Após a aprovação do plano, o CBHSF (com apoio da AGB Peixe Vivo) deverá
empenhar-se na sua ampla divulgação pela bacia, através de reuniões e apresentações
para governadores, secretários dos Estados, prefeitos, secretários municipais,
representantes dos órgãos públicos Estaduais e Federais com presença institucional ou
programas na bacia, ONGs.
A realização de eventos/encontros de articulação e sensibilização por parte do CBHSF
é considerada no escopo da atividade I.2.a. – Gestão do plano e articulação das ações
dos órgãos atuantes na bacia.
As entidades identificadas no PRH-SF como responsáveis pela execução e fiscalização
das atividades, atores envolvidos e parceiros devem ser consultadas e envolvidas,
avaliando em articulação com o CBHSF a possibilidade de compromisso com as metas
e atividades delineadas, face aos recursos operacionais, técnicos, institucionais e
financeiros disponíveis.
O engajamento das entidades é essencial para a tradução das metas do plano em
prioridades e ações a implementar por parte dessas entidades, integradas nos seus
orçamentos. Essa inclusão orçamental deverá ser acompanhada pelo CBHSF/AGB
Peixe Vivo, com a realização das necessárias ações de articulação.
No Apêndice I apresenta-se uma proposta inicial, contendo as bases para um
compromisso com a implementação das metas do PRH-SF 2016-2025, em seus
diversos eixos.
Conforme indicado no relatório RP5, destaca-se aqui a necessidade de estabelecer um
Pacto das Águas , com a reflexão e construção de um entendimento sobre o sistema
multiusos de partilha das águas, sobre a gestão e revitalização da bacia.
Será fundamental chegar inicialmente a um acordo , assim que possível, formalizado
como um convênio .
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 147 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
O Pacto das Águas entre os estados, com a presença da ANA, deverá abranger:
• A alocação de água por sub-bacia e as vazões de entrega na calha principal,
diferenciadas conforme as regiões (em particular no semiárido) e atendendo
a critérios de sazonalidade e níveis de água a jusante, em particular na calha
principal;
• A priorização atribuída aos diferentes usos da água (abastecimento público;
agropecuária e irrigação; industrial; mineração; navegação; produção de
energia elétrica; preservação ambiental; pesca e aquicultura; turismo e
recreação), a ser definida segundo cada diferente perfil das dinâmicas
regionais, em termos de aspectos socioeconômicos e hídrico-ambientais,
portanto, com alguns sendo ou deixando de serem prioritários;
• As regras de gestão operacional dos principais reservatórios;
• Compromissos de:
o Aprimoramento dos principais instrumentos de gestão de recursos
hídricos da bacia, com ênfase para a indispensável base de dados e
informações, voltada à devida tomada de decisões mais consistente e
para critérios mais adequados para a emissão de outorgas;
o Melhoria do conhecimento e do controle da qualidade e quantidade das
águas e,
o Revitalização da bacia, através de um conjunto de ações inovadoras,
experimentais e demonstrativas para desencadear exemplos de
processos de revitalização ecológica e ambiental na bacia hidrográfica.
148 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
8.3.2. Difusão do plano
A difusão dos resultados finais da elaboração do Plano (especificamente do Resumo
Executivo e do Caderno de Investimentos) será iniciada pela equipe responsável pela
sua elaboração através de: quatro consultas públicas de apresentação e divulgação
(uma em cada região fisiográfica), materiais didáticos, cartilhas/manuais explicativos e
CD ROM interativo, que serão distribuídos na bacia do São Francisco.
As ações iniciais de divulgação do plano pela AGB Peixe Vivo poderão também ser úteis
para identificar novas oportunidades de conseguir financiamento de ações
preconizadas.
A comunicação regular entre o CBHSF/AGB Peixe Vivo e as restantes entidades do
ponto de situação das ações/investimentos realizados na bacia e dos resultados
alcançados, bem como a disponibilização da informação de base necessária ao cálculo
dos indicadores de acompanhamento do plano, são também essenciais no sentido de
permitir ao CBHSF rever (pelo menos de dois em dois anos), e se necessário introduzir
ajustes, ao plano de investimentos.
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 149 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
8.4. Cronograma síntese de implementação das ações do CBHSF
Considerando as ações a implementar pelo CBHSF, apresenta-se no Quadro 41 um
cronograma síntese das mesmas, distribuídas pelas três fases de implementação do
plano: fase inicial, fase intermediária e fase final.
Na fase inicial de implementação do Plano, considera-se a implementação das
seguintes ações:
• Apresentação e divulgação do plano; articulação e envolvimento de
entidades chave; apoio à constituição de parcerias;
• Negociação de compromissos entre União e Estados (Pacto das Águas):
alocação de água; priorização específica de usos; nova política de gestão
de reservatórios; monitoramento; fiscalização; revitalização da bacia;
• Estudos e concepção do sistema de informações sobre recursos hídricos;
• Definição dos regimes de vazões ambientais para o Submédio SF e
Médio SF;
• Atualização de Planos Diretores de Recursos Hídricos para as bacias dos
rios afluentes de domínio Federal (sugere-se que seja dada prioridade às
bacias dos rios Moxotó, Ipanema e Traipu);
• Realização de estudos sobre: nova metodologia de cobrança;
enquadramento dos corpos de água; cadastro de usuários; aferição das
áreas sujeitas a restrições de uso; disponibilidades hídricas; semiárido
(instrumentos de gestão de recursos hídricos; análise da viabilidade de
desenvolvimento de infraestruturas de armazenamento da precipitação
em zonas críticas de déficit de água subterrânea; análise da viabilidade
de reativar os fundos de pasto);
• Apoio à elaboração de planos de fiscalização de recursos hídricos por
parte dos órgãos estaduais de recursos hídricos;
• Diagnóstico das barragens existentes na bacia hidrográfica, seu potencial
de perigosidade, instrumentos de monitoramento, prevenção e resposta
em caso de acidente;
• Criação de grupo de trabalho no CBHSF para promoção da articulação
com os municípios.
150 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Com início na fase inicial, mas prolongando-se pelas fases seguintes, consideram-se
ainda as seguintes ações:
• Reforço da capacitação do CBHSF e CBHs afluentes;
• Elaboração e implementação do plano de mobilização e educação
ambiental;
• Capacitação de grandes usuários;
• Elaboração e implementação do plano de comunicação;
• Apoio à elaboração dos planos municipais de saneamento básico;
• Apoio a projetos e estudos (incluindo os dirigidos a empresas
socioambientais, comunidades tradicionais, estudos de caráter
excecional e projetos especiais);
• Avaliação da representação, representatividade e desempenho do
CBHSF;
• Elaboração e implementação de projetos: recuperação ambiental,;
potenciação da infiltração; recarga artificial; projetos “conceito base zero”
e outros projetos demonstrativos no semiárido;
• Acompanhamento do PRH-SF 2016-2025.
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 151 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Quadro 41 – Cronograma de ações do CBHSF, por fase.
Ações do CBHSF Fase inicial Fase intermediária Fase final
2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022-2025
Apresentação e divulgação do plano; articulação e envolvimento de entidades chave; apoio à constituição de parcerias
Negociação de compromissos entre União e Estados (Pacto das Águas): alocação de água; priorização específica de usos; nova política de
gestão de reservatórios; monitoramento; fiscalização; revitalização da bacia
Sistema de informações sobre recursos hídricos (1ª fase: estudos e concepção; 2ª fase: implementação) 1ª F 1ª F 2ª F 2ª F
Definição dos regimes de vazões ambientais – Submédio SF (1ª F), Médio SF (1ª F), Alto SF (2ª F) e Baixo SF (aferição – 2ª F) 1ª F 1ª F 2ª F 2ª F
Atualização de Planos Diretores de Recursos Hídricos para as bacias dos rios afluentes de domínio Federal (1ª fase: planos prioritários; 2ª
fase: restantes planos) 1ª F 1ª F 2ª F 2ª F 2ª F
Nova metodologia de cobrança (1ª fase: estudos; 2ª fase: implementação e acompanhamento) 1ª F 1ª F 2ª F 2ª F 2ª F 2ª F
Enquadramento dos corpos de água (1ª fase: estudos; 2ª fase: consultas públicas, seleção de alternativas, acompanhamento do programa
de efetivação do enquadramento) 1ª F 1ª F 2ª F 2ª F 2ª F 2ª F
Estudos – 1ª fase:
- Cadastro de usuários; aferição das áreas sujeitas a restrições de uso
- Disponibilidades hídricas
- Semiárido: instrumentos de gestão de recursos hídricos; análise da viabilidade de desenvolvimento de infraestruturas de armazenamento
da precipitação em zonas críticas de déficit de água subterrânea; análise da viabilidade de reativar os fundos de pasto
Estudos – 2ª fase:
- Melhoria da eficiência energética e uso de fontes de energia alternativas;
- Apoio aos usos múltiplos (viabilidade técnica e econômica para a implementação da hidrovia; estudos da dinâmica fluvial do rio São
Francisco, incluindo a avaliação dos impactos do carreamento dos sedimentos para a calha; estudos e monitoramento dos processos
erosivos marginais; estudos sobre o estoque pesqueiro e sobre o potencial aquícola da bacia; apoio ao desenvolvimento do turismo
associado aos recursos hídricos)
- Eventos hidrológicos extremos
1ª F 1ª F 2ª F 2ª F 2ª F 2ª F
Planos de fiscalização de recursos hídricos (1ª fase: apoio à elaboração; 2ª fase: apoio à fiscalização e divulgação de resultados) 1ª F 1ª F 2ª F 2ª F 2ª F 2ª F
Política de Segurança de Barragens (1ª fase: estudos; 2ª fase: divulgação de informação) 1ª F 1ª F 2ª F 2ª F 2ª F 2ª F
Articulação com municípios (1ª fase: criação de grupo de trabalho no CBHSF; 2ª fase: apoio técnico) 1ª F 1ª F 2ª F 2ª F 2ª F 2ª F
152 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Ações do CBHSF Fase inicial Fase intermediária Fase final
2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022-2025
Plano de mobilização e educação ambiental (anual)
Reforço da capacitação do CBHSF e CBHs afluentes (anual)
Capacitação de grandes usuários (anual)
Plano de comunicação (anual)
Planos municipais de saneamento básico
Outras ações:
- Apoio a projetos e estudos, incluindo os dirigidos a empresas socioambientais, comunidades tradicionais, estudos de caráter excecional e
projetos especiais
- Avaliação da representação, representatividade e desempenho do CBHSF
Projetos de recuperação ambiental
- Projetos locais de potenciação da infiltração
- Projetos-piloto de recarga artificial, projetos “conceito base zero” e outros projetos demonstrativos no semiárido
Acompanhamento do PRH-SF: ações previstas executar por outras entidades; elaboração de relatórios; cálculo e divulgação de indicadores
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 153 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
8.5. Monitoramento e Avaliação
8.5.1. Objetivos
O monitoramento e avaliação da implementação do Plano de recursos hídricos da bacia
hidrográfica do rio São Francisco serão suportados por um sistema de indicadores, que
visa medir o desempenho do Plano em termos dos objetivos traçados.
A utilização de indicadores – transmitindo informação técnica e científica de forma
sintética e inteligível, preservando o significado original dos dados – apresenta-se
atualmente como uma ferramenta essencial na gestão e avaliação de desempenho. Os
indicadores (e os índices derivados) podem servir um conjunto alargado de aplicações
consoante os objetivos em causa.
No âmbito dos Planos de Recursos Hídricos, os indicadores permitem avaliar o
progresso da gestão dos recursos hídricos em qualquer região de seu domínio, medindo
como, quanto e com que qualidade as metas do Plano vão sendo atendidas e como o
Plano vai sendo implementado. Assim, o conjunto de indicadores deve ser estabelecido
de modo a atender às necessidades de um sistema de planejamento e gestão, dentre
as quais se destacam:
• Monitorar a qualidade e os efeitos decorrentes da implementação das
atividades e ações, bem como o progresso e o cumprimento das metas
fixadas;
• Corrigir o curso de atividades e ações;
• Determinar o impacto de ações empreendidas ou situações existentes; e,
• Medir e comparar a eficácia de ações alternativas.
Os indicadores foram definidos, sempre que possível, de acordo com os critérios
SMART (Specific, Measurable, Achievable and Agreed, Relevant and Time-related, isto
é, Específicos, Mensuráveis, Exequíveis e Consensuais, Pertinentes e Oportunos). A
escolha dos indicadores teve também em conta as orientações previsíveis ao nível do
acompanhamento e avaliação da política da água a nível nacional.
154 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
8.5.2. Indicadores e metas
No Quadro 42 ao Quadro 47 apresentam-se os indicadores de acompanhamento que
são propostos para cada uma das atividades do plano. Estes indicadores deverão ser
incorporados ao Banco de Dados e Informações Georreferenciadas sobre Recursos
Hídricos (BDIGRH) da bacia hidrográfica do São Francisco.
Para cada indicador apresenta-se, sempre que possível, a quantificação da situação de
referência (e o ano a que a mesma se refere), as metas intermédias e finais desejáveis
associadas (e respectivos anos) e as fontes de informação a utilizar para a determinação
dos indicadores.
Tal como considerado na “Atividade I.2.a. Gestão do plano e articulação das ações dos
órgãos atuantes na bacia”, o CBHSF irá:
• Avaliar, pelo menos de dois em dois anos, o grau de execução das
ações/investimentos previstos no plano (quer da sua responsabilidade,
quer de outras entidades, identificadas como responsáveis pela
execução e fiscalização de ações) e verificar a necessidade de revisão
às ações e ao plano de investimentos; produzir, em sequência, um
relatório de avaliação;
• Calcular anualmente os indicadores de monitoramento do plano
(consoante os anos definidos para as metas anteriormente identificadas)
e divulgá-los pelo menos de dois em dois anos.
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 155 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Quadro 42 – Indicadores e metas (Eixo I).
Metas Atividade Indicadores Situação referência Metas intermédias e finais Fontes de informação
Eixo I – Governança e mobilização social
Meta I.1:
Até 2025 apresentar
todos os
instrumentos de
gestão definidos e
em implantação
Atividade I.1.a
Implementação dos
instrumentos de gestão
dos recursos hídricos da
bacia
Estudo sobre cadastro de usuários (n.º) 2016: desconhecido 2017: 1 CBHSF / Agência de Águas (ou entidade
delegatária)
Proporção de usuários cadastrados em relação ao universo estimado de usuários de água na bacia (%)
2016: desconhecido 2025: ≥ 80%
CBHSF / Agência de Águas (ou entidade delegatária) (n.º usuários cadastrados); ANA (universo estimado de usuários de água na
bacia)
Diferença entre os volumes de água captados e as demandas de recursos hídricos estimadas (%)
2016: desconhecido 2025: ≤ 50%
ANA (medição das vazões captadas na bacia, ao abrigo da Resolução ANA n.º 782/2009 e
estimativa das demandas de recursos hídricos, quando atualizada pelo “Relatório de Conjuntura
dos Recursos Hídricos no Brasil”)
N.º de corpos de água superficial da Bacia com enquadramento aprovado de acordo com a Resolução CONAMA n.º 357/2005,
de 17 de março, e Resolução CNRH n.º 91/2008, de 5 de novembro
2015: 0
2022: 11 (rio São Francisco e principais afluentes de domínio Federal: Paracatu, Preto, Urucuia, Verde Grande, Verde Pequeno, Carinhanha,
Moxotó, Ipanema, Traipu, Capiá) 2025: 19 (rios de domínio Federal e principais
afluentes do rio São Francisco de domínio Estadual: Paraopeba, das Velhas, Corrente,
Grande, Pará, Jequitaí, Peruaçú, Salitre, Piauí)
CBHSF / Agência de Águas (ou entidade delegatária); Órgãos Gestores de Recursos
Hídricos Estaduais
N.º de aquíferos com proposta de enquadramento 2016: 0 2025: 3 CBHSF / Agência de Águas (ou entidade
delegatária); Órgãos Gestores de Recursos Hídricos Estaduais
SIRH instalado e operando, nos equipamentos do CBHSF / AGB-PV, como instrumento de apoio a gestão de recursos
hídricos na bacia 2016: 0 2020: 1 Agência de Águas (ou entidade delegatária)
Atividade I.1.b
Atualização de Planos
Diretores de Bacias de
rios afluentes
N.º de Planos Diretores de Recursos Hídricos elaborados 2016: 9 2022: 18
CBHSF / Agência de Águas (ou entidade delegatária); Órgãos Gestores de Recursos
Hídricos Estaduais; Comitês de bacia de rios afluentes
156 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Metas Atividade Indicadores Situação referência Metas intermédias e finais Fontes de informação
Eixo I – Governança e mobilização social
Meta I.2:
Até 2025 executar
pelo menos 80%
dos recursos
financeiros previstos
Atividade I.2.a
Gestão do plano e
articulação das ações
dos órgãos atuantes na
bacia
N.º de parcerias ativas com a Agência de Águas (ou entidade delegatária)
2013: 1 (meta indicada para 2013 no Documento de Planejamento Sistêmico
Estratégico de 2012 da AGB Peixe Vivo)
2020: 5 2025: 10
Agência de Águas (ou entidade delegatária)
% de execução dos recursos financeiros (ações da responsabilidade do CBHSF)
Não aplicável 2020: > 40% 2025: > 80%
Agência de Águas (ou entidade delegatária)
% de atingimento das metas estabelecidas no plano de recursos hídricos2
Não aplicável 2020: > 40% 2025: > 80%
CBHSF / Agência de Águas (ou entidade delegatária); Entidades intervenientes (indicadas
nas fichas de atividade do presente plano)
Atividade I.2.b
Fortalecimento
institucional do CBHSF
N. º de planos de capacitação elaborados 2016: 0 2025: > 9 CBHSF / Agência de Águas (ou entidade
delegatária)
N.º de ações de capacitação assistidas 2016: desconhecido 2020: > 25 2025: > 50
CBHSF / Agência de Águas (ou entidade delegatária)
Meta I.3: Até 2025
desenvolver
atividades, ações e
informação de
educação ambiental
em pelo menos 10%
dos usuários e
população da BHSF
Atividade I.3.a
Programa de Educação
Ambiental da BHSF
N.º de ações do Plano Continuado de Mobilização e Educação Ambiental, por ano, por Unidade da Federação
2016: desconhecido
[Meta consonante com a meta que estiver definida, neste âmbito, no Plano Continuado de Mobilização e Educação Ambiental, que consta do PAP 2016-2018 do CBHSF, ação n.º 10, que
decorre do Contrato de Gestão n.º 014/ANA/2010, celebrado entre a ANA e a
AGB-Peixe Vivo] CBHSF / Agência de Águas (ou entidade delegatária)
N.º de participantes do Plano Continuado de Mobilização e Educação Ambiental, por ano, por Unidade da Federação
2016: desconhecido
[Meta consonante com a meta que estiver definida, neste âmbito, no Plano Continuado de Mobilização e Educação Ambiental, que consta do PAP 2016-2018 do CBHSF, ação n.º 10, que
decorre do Contrato de Gestão n.º 014/ANA/2010, celebrado entre a ANA e a
AGB-Peixe Vivo]
Meta I.4: Até 2025
formar e/ou
capacitar pelo
menos 10% dos
atores da BHSF
Atividade I.4.a
Programa de formação e
capacitação de usuários
N.º de ações de formação e capacitação de usuários da bacia hidrográfica, por ano
Situação de referência desconhecida
Nota: partiu-se, como referência, da quantificação
da ação “015-Cursos Diversos” que consta do
PAP2016-2018 do CBHSF, mas sugere-se a repetição de cada tema nas quatro
regiões fisiográficas
1 curso por semestre, por região fisiográfica: o mesmo tema é repetido nas quatro regiões no semestre seguinte aborda-se um tema novo. INÍCIO: em 2017, devendo ser realizados oito
cursos por ano (2 por região fisiográfica) até final de 2025. Nota: esta proposta vem da
quantificação da atividade “015-Cursos Diversos” do PAP2016-2018 do CBHSF, mas sugere-se a
repetição de cada tema nas quatro regiões fisiográficas
CBHSF / Agência de Águas (ou entidade delegatária)
N.º de participantes das ações de formação e capacitação de usuários da bacia hidrográfica, por ano.
2016: desconhecido 30 participantes por ação de formação = 240
participantes por ano, em toda a BHSF
N.º de setores (tipos de usuários) que foram alvo de formação específica para a sua atividade, até 2025
2016: desconhecido
8 entidades/grupos profissionais/grupos sociais por ação de formação = 64 entidades/grupos
profissionais/grupos sociais por ano, em toda a BHSF
2 Soma das porcentagens de atingimento das metas de cada um dos indicadores / número de indicadores.
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 157 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Metas Atividade Indicadores Situação referência Metas intermédias e finais Fontes de informação
Eixo I – Governança e mobilização social N.º de ações de acompanhamento e certificação de usuários que pratiquem ou pretendam praticar atividades tradicionais
2016: 0 1 curso por ano, por região fisiográfica, até final
de 2025. INÍCIO: 2017 N.º de participantes das ações de acompanhamento e
certificação de usuários que pratiquem ou pretendam praticar atividades tradicionais
2016: 0 20 participantes por ação de formação = 80
participantes por ano, em toda a BHSF
Meta I.5: Até 2025
aumentar pelo
menos 30%,
relativamente ao
Plano Decenal
2004-2013, as taxas
de participação nas
decisões de gestão
da bacia
hidrográfica.
Atividade I.5.a
Programa de
comunicação da BHSF
Disponibilização de Informações3 2016: desconhecido
[Meta consonante com a meta que estiver definida, neste âmbito, no Plano Continuado de Comunicação (do CBHSF), que consta do PAP 2016-2018 do CBHSF, ação n.º 10, que decorre
do Contrato de Gestão n.º 014/ANA/2010, celebrado entre a ANA e a AGB-Peixe Vivo]
Comissão de Avaliação do Contrato de Gestão n.º014/ANA/2010
Reconhecimento Social4 2016: desconhecido
[Meta consonante com a meta que estiver definida, neste âmbito, no Plano Continuado de Comunicação (do CBHSF), que consta do PAP 2016-2018 do CBHSF, ação n.º10, que decorre
do Contrato de Gestão n.º 014/ANA/2010, celebrado entre a ANA e a AGB-Peixe Vivo]
N.º total de participantes nas consultas públicas, nas oficinas setoriais e em ações homólogas, organizadas no âmbito da
atualização dos Planos, comparativamente aos níveis de participação do PRHSF 2016-2025
Situação de referência a aferir no final do período de
produção e discussão do PRHSF (estimada em
aprox.. 4000) N.ºs até ao momento:
Fase diagnóstico=2095 Fase cenários=684
Fase plano de metas e investimentos= 510
Participação global final na próxima atualização do Plano de 150% em relação à participação global que se verificar no final do processo de
produção do PRHSF 2016-2025
Meta I.3:
Até 2025 apoiar
ações de
fiscalização de
recursos hídricos
nos estados da
bacia
Atividade I.6.a
Fiscalização de recursos
hídricos
% da bacia coberta por ações de fiscalização preventiva
integrada5
2015: Cerca de 50%
(considerando as ações de
fiscalização preventiva
integrada já realizadas nos
Estados da Bahia e Alagoas)
2023: > 70%
2025: 100%
Secretarias Estaduais de Meio Ambiente; CBHSF / Agência de Águas (ou entidade delegatária)
N.º de relatórios de execução de fiscalização elaborados pelos
órgãos de gestão de recursos hídricos 2016: desconhecido 2025: 7 Órgãos estaduais de recursos hídricos
3 Conteúdo disponibilizado e atualizado na página eletrônica do Comitê.
4 Avaliação da Entidade Delegatária pelos membros do Comitê.
5 Área da bacia correspondente aos estados abrangidos por ações de fiscalização preventiva integrada / área total da bacia.
158 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Quadro 43 – Indicadores e Metas (Eixo II)
Metas Atividade Indicadores Situação referência Metas intermédias e finais Fontes de informação
Eixo II – Qualidade da água e saneamento
Meta II.1:
Até 2020 proceder
ao monitoramento
sistemático, regular
e articulado da
qualidade dos
principais corpos de
água superficiais
Atividade II.1.a
Aprimoramento da rede
de monitoramento de
qualidade das águas
superficiais
N.º de Unidades da Federação da Bacia aderentes ao
programa QUALIÁGUA 2015: 5 2018: 7 ANA
% de pontos de monitoramento da RNQA em operação plena
no território da Bacia em cada Unidade da Federação, por ano6
2013: 0%
Pontos sem atender os
critérios mínimos da RNQA:
BA: 51%
MG: 57%
DF: 100%
GO: 0%
SE: 33%
AL: 24%
PE: 42%
Em 2018:
80% (DF, MG, BA, GO, PE);
50% (AL, SE)
Em 2020:
100%
Órgãos das Unidades da Federação responsáveis pelo monitoramento qualitativo dos
recursos hídricos
Meta II.2:
Até 2025
implementar uma
rede de
monitoramento de
águas subterrâneas
Atividade II.2.a
Implementação de uma
rede de rede de
monitoramento da água
subterrânea
N.º de estações de monitoramento instaladas por ano na bacia
e por sistema aquífero
Estações atuais: 136 (67
pertencentes à rede
nacional; 69 pertencentes à
rede Estadual)
2025: 100% (444)
ANA; CPRM; SEMAD; INEMA; SRHE; SEMARH (AL; SE)
Sistemas aquíferos com avaliação de situações críticas de
contaminação (%) 2016: 0 2025: >25%
N.º de aquíferos com avaliação de superexplotação 2016: 0 2025: >22(>50%)
Meta II.3:
Até 2025
implementar um
plano integrado de
investimentos em
prevenção e
controle de poluição
das águas
superficiais e
subterrâneas
Atividade II.3.a
Recuperação ambiental
das áreas afetadas
pelas atividades
minerárias na Bacia
N.º de estudos desenvolvidos abrangendo a área de influência
de mananciais de abastecimento público 2016: desconhecido
2020: > 6
2025: > 10 SEMAD-MG; INEMA-BA
Plano de Ação com as intervenções destinadas à minimização
e reversão de problemas de qualidade da água relacionados
com atividades minerárias
2016: 0 2020: 1 DNPM; SEMAD-MG; INEMA-BA; FIEMG
% de área degradada objeto de ações de recuperação
ambiental 2016: 0 2025: > 50%
Empresas de mineração, FIEMG (áreas objeto de ações de recuperação ambiental); DNPM,
SEMAD-MG, INEMA-BA (área total degradada pela atividade minerária)
% reincidência de processos erosivos após adoção de medidas
de controle7 2016: 0 2025: < 10% FIEMG
N.º de intervenções de controle de poluição originada por
atividades minerárias planejadas 2016: 0 2023: > 4 (em diferentes UF) DNPM, SEMAD-MG, INEMA-BA
6 Considerando como universo os objetivos da ANA para a RNQA, em termos de número de pontos [640], amostragens [4x/ano] e conjunto mínimo de parâmetros.
7 Porcentagem dos projetos implementados para controle de erosão em que houve reincidência de processos erosivos.
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 159 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Metas Atividade Indicadores Situação referência Metas intermédias e finais Fontes de informação
Eixo II – Qualidade da água e saneamento
% de projetos de controle de poluição originada por atividades
minerárias implementados 2016: 0 2025: > 70%
Empresas de mineração, FIEMG (projetos
implementados); DNPM, SEMAD-MG, INEMA-BA
(total de intervenções planejadas)
Meta II.3:
Até 2025
implementar um
plano integrado de
investimentos em
prevenção e
controle de poluição
das águas
superficiais e
subterrâneas
Atividade II.3.b
Recuperação ambiental
das áreas afetadas
pelas atividades
agrícolas e pecuárias na
Bacia
N.º de estudos desenvolvidos abrangendo a área de influência
de mananciais de abastecimento público 2016: desconhecido
2020: > 6
2025: > 10
CODEVASF; ANA; Órgãos das Unidades da
Federação responsáveis pela gestão dos
recursos hídricos
Plano de Ação com as intervenções destinadas à minimização
e reversão de problemas de qualidade da água relacionados
com atividades agrícolas e pecuárias
2016: 0 2020: 1
CODEVASF; ANA; Órgãos das Unidades da
Federação responsáveis pela gestão dos
recursos hídricos
N.º de projetos de controle de poluição agrícola e pecuária
planejados 2016: 0 2023: > 7 CODEVASF
% de intervenções de controle de poluição agrícola e pecuária
implementadas 2016: 0 2025: > 70% CODEVASF
N.º de centros de recebimento de embalagens vazias de
agrotóxicos implementados 2016: 0 2020: > 5 (em diferentes UF) CODEVASF
Atividade II.3.c
Controle da poluição
industrial na Bacia
N.º de relatórios produzidos (relatórios 1 a 5, previstos na
atividade) 2016: 0
2020: 2
2025: 5
FIEMG N.º de projetos de controle da poluição industrial planejados 2016: 0 2023: > 7
% de intervenções de controle da poluição industrial
implementadas 2016: 0 2025: > 70%
Atividade II.3.d
Delimitação de
perímetros de proteção
de poços destinados ao
abastecimento público
N.º de estudos hidrogeológicos de suporte à definição de
perímetros de proteção 2016: desconhecido
2020: >25
2025: >100
COPASA; EMBASA; COMPESA; CASAL; DESO;
ASSEMAE
Perímetros de proteção definidos e aprovados (%) 2016: 0 2020: >15%
2025: >70%
Órgãos ambientais e Órgãos gestores de
recursos hídricos estaduais (n.º de perímetros de
proteção definidos e aprovados); Órgãos
gestores de recursos hídricos estaduais (total de
poços destinados ao abastecimento público)
Atividade II.3.e
Selagem de poços
abandonados
Poços selados por aquífero e Unidade da Federação (%) 2016: desconhecido 2020: >5%
2025: >10% SEMAD, INEMA, SRHE, SEMARH (AL; SE),
ASSEMAE Poços substituídos por falta de condições adequadas para a
explotação (%) 2016: desconhecido
2020: >1%
2025: >5%
Meta II.4:
Até 2025 abranger
todos os municípios
com planos de
saneamento básico
Atividade II.4.a
Desenvolvimento de
planos municipais de
saneamento básico
% de municípios da BHSF com Planos Municipais de
Saneamento Básico 2014: ≈ 40%
2020: 80%
2025: 100%
CBHSF / Agência de Águas (ou entidade
delegatária), Ministério das Cidades (SNIS)
160 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Metas Atividade Indicadores Situação referência Metas intermédias e finais Fontes de informação
Eixo II – Qualidade da água e saneamento
Meta II.5:
Até 2023 abastecer
93 % dos domicílios
totais com água
Atividade II.5.a
Implantação de
Sistemas de
Abastecimento de Água
Domicílios totais abastecidos por água, por Unidade da
Federação e na BHSF (%)
2010: ver Quadro 13, volume
1 2018, 2023: ver Quadro 16, volume 1 IBGE
% de municípios da BHSF com informação no SNIS sobre os
níveis de atendimento no componente abastecimento de água 2012: 94% 2018: 100% Ministério das Cidades
Meta II.6:
Até 2023 servir 76
% dos domicílios
totais com
esgotamento
sanitário e atender
95 % dos domicílios
urbanos com coleta
de lixo
Atividade II.6.a
Implantação de
Sistemas de Esgoto,
Resíduos Sólidos e
Drenagem Urbana
Domicílios totais servidos por esgotamento sanitário, por
Unidade da Federação e na BHSF (%)
2010: ver Quadro 13, volume
1 2018, 2023: ver Quadro 16, volume 1 IBGE
Domicílios urbanos atendidos por coleta de lixo, por Unidade da
Federação e na BHSF (%)
2010: ver Quadro 13, volume
1 2018, 2023: ver Quadro 16, volume 1 IBGE
% de municípios da BHSF com informação no SNIS sobre os
níveis de atendimento nas componentes esgotamento sanitário
e coleta de resíduos sólidos
2012:
Esgotamento Sanitário: 38%;
Coleta de Resíduos: 50%
2018: Esgotamento Sanitário e Coleta de
Resíduos: 100% Ministério das Cidades
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 161 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Quadro 44 – Indicadores e Metas (Eixo III)
Metas Atividade Indicadores Situação referência Metas intermédias e finais Fontes de informação
Eixo III – Quantidade de água e usos múltiplos
Meta III.1:
Até 2025 melhorar o
conhecimento sobre
as disponibilidades
de água superficiais
e subterrâneas e
sobre as vazões
ambientais
necessárias à
proteção dos
ecossistemas
Atividade III.1.a
Programa de ação para
as águas subterrâneas
N.º de estudos hidrogeológicos 2016: desconhecido 2020: >15
2025: >25
ANA; SEMAD; INEMA; SRHE; SEMARH (AL;
SE); CPRM
N.º de workshops realizados para divulgação de resultados do
programa de ação para as águas subterrâneas 2016: desconhecido
2020: 5
2025: 15
CBHSF / Agência de Águas (ou entidade
delegatária)
N.º de estudos relativos ao fenómeno de intrusão salina 2016: desconhecido 2020: 1 SEMAD, INEMA, SRHE, SEMARH (AL; SE),
CPRM N.º de estudos hidrogeológicos sobre a ligação a águas
superficiais e ecossistemas dependentes 2016: desconhecido
2020: 2
2025: 8
Atividade III.1.b
Monitoramento
quantitativo dos recursos
hídricos superficiais
N.º de estações fluviométricas instaladas na bacia Estações atuais: 193 2020: 245 (70%)
2025: 350 (100%) ANA/CPRM/CPRH/CRA/IGAM/SUDENE/
DNOCS/INMET/CEMIG/CODEVASF/INEMA N.º de estações pluviométricas com área monitorada
excessiva8 Estações atuais: 417
2020: 278 (67%)
2025: 0 (0%)
% de registros de vazão e precipitação corrigidos9 Vazão: 85%
Precipitação: 75%
Vazão: 90% (2020) e 100% (2025)
Precipitação: 83% (2020) e 100% (2025)
EMATER/DAEE-MG/FASE/DNOS/JCTM/RFFSA/
CAESB/ANGLO GOLD/INEMA/SEMARH-AL/
CEMIG/CODEVASF/INMET/ANA/DNOCS/
SUDENE/CPRM
Atividade III.1.c
Estudo de alternativas
para o incremento da
disponibilidade hídrica
Estudo de alternativas para o incremento da disponibilidade
hídrica em afluentes do rio São Francisco (n.º) 2016: 0 2018: 1
CBHSF / Agência de Águas (ou entidade
delegatária)
N.º de termos de referência relativos a projetos de revitalização
da bacia elaborados 2016: desconhecido 2021: ≥ 30
Número de pesquisas beneficiadas visando o desenvolvimento
de processos de reuso de efluentes tratados 2016: desconhecido 2021: ≥ 20
Atividade III.1.d
Estudo para definição de
vazões ambientais
consentâneas com a
preservação do meio
ambiente
Estudo com a definição do(s) regime(s) de vazões ambientais a
aplicar aos trechos do Alto, Médio e Submédio São Francisco
2010: 1 (Participação Social
no Processo de Alocação de
Água, no Baixo Curso do Rio
São Francisco)
2021: 1 a 3 estudos (1/RF em falta) CBHSF / Agência de Águas (ou entidade
delegatária)
8 Para calcular este indicador, será necessário traçar os polígonos de Thiessen a partir da rede de estações pluviométricas atualizada, comparar a área de influência de cada estação com a densidade mínima (km2/estação) recomendada pela WMO (cf.
Quadros de densidade mínima da rede pluviométrica e de caracterização das regiões fisiográficas do Volume 1 do RP6) e determinar a porcentagem de estações que excede essa densidade.
9 Porcentagem dos registros históricos de consistência 1 (dados em bruto) entretanto corrigidos (consistência 2) – cf. Item 6.5.3 do Volume 1 do RP6, em particular o Quadro de registros históricos de pluviometria por entidade e nível de consistência dos
dados.
162 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Metas Atividade Indicadores Situação referência Metas intermédias e finais Fontes de informação
Eixo III – Quantidade de água e usos múltiplos
Meta III.2:
Até 2025 reduzir
os déficits hídricos
e as situações de
conflito pelo uso
da água,
garantindo a
satisfação plena
dos usos
prioritários e
melhorando o
atendimento dos
restantes usos
múltiplos, sem
prejuízo da vazão
ambiental
entretanto
aplicada a toda a
bacia
Atividade III.2.a
Proteção de zonas de
infiltração
Intervenções de revegetação em zonas de infiltração máxima
de sistemas aquíferos cársticos e porosos da bacia (%)10 2016: desconhecido
2020: >5%
2025: >20%
CBHSF / Agência de Águas (ou entidade
delegatária), SEMAD, INEMA, SRHE, SEMARH
(AL; SE)
Atividade III.2.b
Incremento da oferta
de água
Número de projetos (de construção de açudes e reservatórios
de água, de sistemas de abastecimento de água por poços
de água subterrânea e de cisternas para captação e
armazenamento de água de chuva) em implantação
2015: ≥ 1 (só no Alto SF, em um dos
projetos hidroambientais, foram
implantadas “160 bacias de captação
de água da chuva (barraginhas) para
contenção de sedimentos e da
velocidade das águas”
[http://cbhsaofrancisco.org.br/cbhsf-
entrega-obra-em-tres-marias-e-
completa-27-projetos-hidroambientais-
finalizados/])
2025: ≥ 5 (1/sub-bacia onde os recursos
hídricos próprios não são suficientes para
atender os usos existentes: rios Curaçá e
Pontal, Alto Rio Ipanema, Baixo Ipanema e
Baixo SF e rio Verde Grande)
Órgãos gestores estaduais de RH, EMBRAPA,
CODEVASF, Usuários de água
Número de programas de reciclagem de água beneficiados
2015: ≥ 1 (previsão de projeto piloto
de disposição de efluente e reuso de
água em bacias hidrográficas com
corpos de água intermitentes ou de
baixa vazão
[http://cbhsaofrancisco.org.br/diretoria-
colegiada-discute-orcamento-para-
2016/])
2025: ≥ 25 (1/ano/sub-bacia onde os recursos
hídricos próprios não são suficientes para
atender os usos existentes: rios Curaçá e
Pontal, Alto Rio Ipanema, Baixo Ipanema e
Baixo SF e rio Verde Grande)
Grau de alteração dos valores de vazão mínima e média
(%)11
Q95 (1931-2013): 800,4 m3/s (-6,2%
face ao valor obtido no PRH-SF 2004-
2013 para 1931-2001)
Qmed (1931-2013): 2.768,7 m3/s (-
2,6%)
2025: aumento de 5-10% de ambas as vazões CBHSF / Agência de Águas (ou entidade
delegatária)
10 Somatório (área de zonas de infiltração máxima de um aquífero com intervenções de revegetação/área total de infiltração máxima de um aquífero*100%).
11 A reavaliação deste indicador, em 2025, deverá utilizar as vazões mínima e média (representadas pelo Q95 e Qmed) a determinar na próxima atualização do PRH-SF e consistir no cálculo da porcentagem de variação relativamente à situação de
referência, estimada no presente PRH-SF e apresentada no quadro (Q95 [1931-2013] = 800,4 m3/s e Qmed [1931-2013] = 2.768,7 m3/s): (Q95/med [1931-2025] – Q95/med [1931-2013]) / Q95/med [1931-2013] x 100.
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 163 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Metas Atividade Indicadores Situação referência Metas intermédias e finais Fontes de informação
Eixo III – Quantidade de água e usos múltiplos
Meta III.2:
Até 2025 reduzir
os déficits hídricos
e as situações de
conflito pelo uso
da água,
garantindo a
satisfação plena
dos usos
prioritários e
melhorando o
atendimento dos
restantes usos
múltiplos, sem
prejuízo da vazão
ambiental
entretanto
aplicada a toda a
bacia
Atividade III.2.c
Melhoria na eficiência
do uso da água
Porcentagem de perdas de água no abastecimento urbano 2010: 40% 2020: 35%
2025: 30%
Gestores dos sistemas de abastecimento
urbano (municípios, companhias de
saneamento Estaduais)
Número de unidades industriais apoiadas para melhoria na
eficiência do uso da água 2016: desconhecido
2020: ≥ 25
2025: ≥ 50 (1/ano/sub-bacia, considerando pelo
menos as 5 sub-bacias em que se prevê os
maiores aumentos das demandas no setor da
indústria em quase todos os cenários
estudados: Moxotó, Terra Nova, Alto Rio
Ipanema, Paracatu e Garças
Órgãos gestores Estaduais de RH; Federações
de indústria
Número de projetos de tecnologias para racionalização do
consumo de água na irrigação apoiados 2016: desconhecido
2020: ≥ 25
2025: ≥ 50 (1/ano/sub-bacia, considerando pelo
menos as 5 sub-bacias em que se prevê os
maiores aumentos das demandas no setor
agropecuário em quase todos os cenários
estudados: Rio Jequitai, Alto Rio Preto, Médio e
Baixo Rio Grande, Rio Carinhanha e Rio
Paracatu)
Órgãos gestores Estaduais de RH; Federações
de agricultura
Certificações concedidas aos produtores rurais da bacia (%) 2016: desconhecido 2020: 25% dos produtores da bacia
2025: 50% dos produtores da bacia
Estudo de concepção de sistema de avaliação e
acompanhamento de áreas irrigadas (n.º) 2016: 0 2018: 1
Redução do consumo de água por hectare (%)12 0,24 m3/s/ha (2013) 2025: 10% ANA; CBHSF / Agência de Águas (ou entidade
delegatária)
Evolução das vazões de retirada para abastecimento urbano
e industrial e para irrigação na bacia (%)13
31,3 m3/s para abastecimento urbano,
19,8 m3/s para abastecimento
industrial (2010) e 244,4 m3/s para
irrigação (2013)
2025: redução de 10% face às projeções para o
Cenário Base – central –, correspondente à
evolução tendencial das demandas: 37,5, 30,7
e 332,8 m3/s, respectivamente (sem contar com
os grandes projetos de irrigação)
CBHSF / Agência de Águas (ou entidade
delegatária)
Meta III.2:
Até 2025 reduzir
os déficits hídricos
e as situações de
conflito pelo uso
Atividade III.2.d
Promoção de usos
múltiplos da água e
redução de conflitos
Número de iniciativas apoiadas visando à viabilização da
hidrovia na calha e/ou nos principais afluentes da bacia
hidrográfica do rio São Francisco
2016: desconhecido
2025: ≥ 3 (1 estudo de viabilidade técnica e
econômica para a implementação da hidrovia, 1
estudo da dinâmica fluvial do SF, 1
estudo/monitoramento dos processos erosivos
marginais)
CBHSF / Agência de Águas (ou entidade
delegatária)
164 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Metas Atividade Indicadores Situação referência Metas intermédias e finais Fontes de informação
Eixo III – Quantidade de água e usos múltiplos
da água,
garantindo a
satisfação plena
dos usos
prioritários e
melhorando o
atendimento dos
restantes usos
múltiplos, sem
prejuízo da vazão
ambiental
entretanto
aplicada a toda a
bacia
Número de estudos para determinação do estoque pesqueiro
na bacia 2016: desconhecido 2020: ≥ 1 a 4 estudos (1/RF)
Número de estudos para determinação do potencial aquícola
na bacia 2016: desconhecido 2020: ≥ 1 a 4 estudos (1/RF)
Número de ações apoiadas para fortalecimento das cadeias
produtivas da pesca e aquicultura 2016: desconhecido
2020: ≥ 20 (1/RF/ano)
2025: ≥ 40 (1/RF/ano)
Número de ações apoiadas visando ao desenvolvimento
sustentável do turismo associado aos recursos hídricos 2016: desconhecido
2020: ≥ 20 (1/RF/ano)
2025: ≥ 40 (1/RF/ano)
Definição de estratégias de gestão de conflitos (n.º estudos) 2016: desconhecido 2020: ≥ 1
Deliberação / ação regulatória contendo uma proposta de
condições de operação para os principais reservatórios da
bacia do rio São Francisco que contemple de forma integrada
a maximização dos benefícios dos usos múltiplos, incluindo a
implantação de um regime sazonal de vazões ambientais
(n.º)
2016: 0 2021: 1 ANA
Atividade III.2.e
Prevenção dos
impactos de eventos
hidrológicos extremos
N.º de municípios com análise e mapeamento de risco
hidrológico
2014: 16 municípios com
mapeamento contratado
2020: 29 municípios
2025: 56 municípios
Órgãos gestores de recursos hídricos
estaduais; Municípios
12 Cálculo da porcentagem de variação, relativamente à situação de referência (estimada no presente PRH-SF e apresentada no quadro), do consumo de água por hectare (= vazão de consumo para irrigação [m3/s] / área irrigada na BHSF [hectares]).
13 Cálculo da proporção destas vazões, em 2025, face (não à situação de referência, mas) às projeções para o Cenário Base – central – correspondente à evolução tendencial das demandas, de forma a se verificar se se conseguiu abrandar o ritmo de
crescimento das demandas de água na bacia.
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 165 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Quadro 45 – Indicadores e Metas (Eixo IV)
Metas Atividade Indicadores Situação referência Metas intermédias e finais Fontes de informação
Eixo IV – Sustentabilidade hídrica do Semiárido
Meta IV.1:
Triplicar, até 2025, o
número de povoações
com 20.000
habitantes ou menos,
servidas com
cisternas de água
para consumo
humano e para
produção
Atividade IV.1.a
Coleta e manejo de
água
N.º de municípios do semiárido que terminaram o recenseamento das povoações rurais dispersas e as cidades com menos de 20.000 habitantes
2016: 0 (ação não iniciada)
Um terço do total de municípios de cada região fisiográfica com recenseamento
feito até dez. 2017 (SFA: 15 dos 47 municípios; SFM: 27 dos
83 municípios; SFSM: 29 dos 88 municípios; SFB: 24 dos
73 municípios); Totalidade dos municípios (254) do semiárido com recenseamento
feito em dez. 2018.
Entidades gestoras dos sistemas de
abastecimento, FUNASA
Finalização do estudo de análise da viabilidade econômica de construir e implementar cisternas de água (para consumo humano e para produção) para
famílias que vivem em cidades de até 20.000 habitantes 2016: 0 (ação não iniciada) Estudo finalizado em dez. 2018
N.º de povoações rurais dispersas ou cidades com menos de 20.000 habitantes, que, tendo sido identificadas como necessitadas de “sistema de armazenamento
de água eficaz que permita às populações manter suas produções e suas atividades sociais e econômicas durante as épocas de estiagem”, tenham sido
beneficiadas com instalação de cisternas de água para consumo humano e para produção
2016: 0 (depende da finalização das outras ações
desta atividade)
Até dez. 2022: duplicar o n.º atual de povoações beneficiadas; até dez. 2025:
triplicar o n.º atual de povoações beneficiadas.
N.º de sistemas de dessalinização recuperados ou implantados de novo 2016 1.200 sistemas
Até dez. 2019: deverão estar em funcionamento 3.000 sistemas; Até dez. 2022: deverão estar em funcionamento 5.000 sistemas; Até dez. 2025: deverão estar em funcionamento 8.000 sistemas
N.º de pessoas atendidas por sistema de dessalinização
2016 1.200 sistemas, atendendo cerca de 480.000 pessoas (média de 400-600
pessoas por sistema)
Até dez. 2019: atender cerca de 1,2 milhões pessoas da população rural do semiárido; Até dez. 2022: atender mais 1,3milhões de pessoas; Até dez. 2025: atender mais 2,3 milhões de pessoas (atingindo-se, no total, 4,8 milhões de
pessoas)
Meta IV.2: Em 2025
estão implementados
diversos projetos
demonstrativos de
aplicação de fontes de
energia alternativas à
madeira
Atividade IV.2.a
Nova matriz
energética, menos
dependente da
madeira
Realizar estudos relacionados à: a) melhoria da eficiência energética; b) uso de fontes de energia alternativas, renováveis e descentralizadas, que permitam
reduzir a utilização de lenha e carvão (por exemplo: estudos sobre a viabilidade de utilização da energia solar nos sistemas produtivos, por exemplo no Programa
Luz para Todos); Estes estudos devem se focar essencialmente nestas três atividades: indústria, agricultura e pecuária
2016: 0 (ação não iniciada) Estudos finalizados em dez. 2020
CBHSF / Agência de Águas (ou
entidade delegatária)
Implementação de projetos demonstrativos de utilização de fontes de energia alternativas e/ou de aplicação de métodos inovadores de maior eficiência
energética 2016: 0 (ação não iniciada)
5 novos projetos, por ano, por Unidade Federativa (início: jun. 2021)
Meta IV.3: Atividade IV.3.a N.º de mudas de palma forrageira disponibilizadas, por ano, por Unidade
Federativa inserida no semiárido 2016: desconhecido
1.000 mudas, por ano, por Unidade Federativa inserida no semiárido
(Início: jan. 2017)
Secretaria de Agricultura e Reforma
Agrária – SARA, por meio da Secretaria
166 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Metas Atividade Indicadores Situação referência Metas intermédias e finais Fontes de informação
Até 2025 implementar
mecanismos de
convivência com as
mudanças climáticas
no semiárido
Planejar para as
mudanças climáticas N.º de unidades de produção de forragem irrigada implantadas, por ano, por
Unidade Federativa inserida no semiárido 2016: desconhecido
5 novas unidades de produção de forragem irrigada, por ano, por Unidade
Federativa inserida no semiárido (Início: jan. 2017)
Executiva da Agricultura Familiar –
SEAF (PE); Fórum Estadual de
Convivência com o Semiárido e Comitê
Governamental de Convivência com o
Semiárido (BA); entidades homólogas
(restantes Unidades Federativas)
N.º de “bancos de sementes comunitários” implantados, por ano, por Unidade Federativa inserida no semiárido
2016: desconhecido
5 novos “bancos de sementes comunitários”, por ano, por Unidade
Federativa inserida no semiárido (Início: jan. 2017)
Finalização do estudo de análise da viabilidade social, ambiental e econômica de reativar os fundos de pasto nas Unidades Federativas inseridas no semiárido
2016: 0 (ação não iniciada) Estudo finalizado em dez. 2018
N.º de fundos de pasto criados, por ano, por Unidade Federativa inserida no semiárido
2016: 0 5 novos fundos de pasto, por ano, por Unidade Federativa (início: jun. 2019)
N.º de projetos-piloto de recarga artificial no semiárido 2016: desconhecido 2020: 2 2025: 5 CBHSF / Agência de Águas (ou
entidade delegatária) Nº de barragens subterrâneas (conceito base zero) construídas no semiárido 2016: desconhecido 2025: 10.000.000 diques-barramentos
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 167 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Quadro 46 – Indicadores e Metas (Eixo V)
Metas Atividade Indicadores Situação referência Metas intermédias e finais Fontes de informação
Eixo V – Biodiversidade e requalificação ambiental
Meta V. 1: Até 2025
reduzir para
metade as taxas de
desmatamento
atuais de cada
Unidade da
Federação
Atividade V.1.a
Proteção de áreas
naturais com
importância para a
bacia hidrográfica
Área desmatada em cada Unidade da Federação (área inserida na BHSF), em cada ano, para implementação de
outros usos (agrícola, industrial ou outros) Ver valores no “Quadro 17 –
Metas de redução das taxas de desmatamento anual por
Unidade da Federação” no volume 1
Reduzir as taxas de desmatamento atuais de cada Unidade da Federação (considerando
apenas a área inserida na BHSF) para metade, até 2025, com uma meta intermédia em 2020. Ver valores no “Quadro 17 – Metas de redução das taxas de desmatamento anual por Unidade
da Federação” no volume 1
Secretarias de meio ambiente das unidades da
Federação
Área desmatada em cada Unidade da Federação (área inserida na BHSF), em cada ano, por falta de proteção (por ex.:
margens e taludes destruídos pela água ou por elementos meteorológicos e ação natural erosiva)
N.º de ações financiadas por mecanismos de pagamento por serviços ambientais (distinguir entre ações de iniciativa das
populações e projetos-piloto do CBHSF e/ou de outras entidades), por ano, por Unidade da Federação
2016: desconhecido
Ações de iniciativa das populações: financiamento de 5 novos projetos ou ações por ano, por região fisiográfica; com início em 2020
Projetos-piloto do CBHSF e/ou de outras entidades: 2 novos projetos ou ações por ano,
por região fisiográfica; com início em 2020
CBHSF / Agência de Águas (ou entidade
delegatária)
Meta V.2: Até 2025
delimitar uma “rede
verde” na BHSF,
que inclua áreas de
conservação e
corredores
ecológicos de
ligação
Atividade V.2.a
Criação de uma "rede
verde"
Área (em ha) das “áreas importantes para conservação” identificadas no Diagnóstico do Macrozoneamento Econômico-
Ecológico, que foi alvo de estudo sobre o seu estado (em 2018, 2020, 2022 e 2025)
2016: 0 50% das áreas (em ha) em 2025, com
faseamento: 2018: 5%; 2020: 15%; 2022: 30% CBHSF / Agência de Águas (ou entidade
delegatária); MMA
Número de municípios que procederam à delimitação das suas APP (em 2018, 2020, 2022 e 2025)
2016: desconhecido 80% dos municípios em falta em 2025, com
faseamento: 2018: 10%; 2020: 30%; 2022: 50% Municípios
Número de corredores ecológicos claramente delimitados Existe um corredor ecológico (corredor da Caatinga) mas
não tem delimitação geográfica
Um corredor por região fisiográfica claramente delimitado, em 2025 MMA; Municípios
168 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Metas Atividade Indicadores Situação referência Metas intermédias e finais Fontes de informação
Eixo V – Biodiversidade e requalificação ambiental
Meta V.3: Até 2025
implantar e replicar
projetos-piloto de
recuperação de
áreas degradadas,
matas ciliares e
nascentes
Atividade V.3.a
Recuperação de áreas
degradadas, matas
ciliares e nascentes
N.º de novos projetos-piloto de recuperação de áreas degradadas, matas ciliares e nascentes por ano, por Unidade
da Federação 2016: desconhecido
5 novos projetos/ano/ Unidade da Federação; com início em 2019
CBHSF / Agência de Águas (ou entidade
delegatária); Governos Estaduais; CODEVASF
N.º de ações de replicação dos projetos-piloto que tiveram sucesso, em áreas degradadas, matas ciliares e nascentes,
por ano, por Unidade da Federação 2016: 0
5 novos projetos de recuperação da cobertura vegetal de áreas degradadas/ ano/ Unidade da
Federação [DATA DE INÍCIO: 5 anos após implantação dos
primeiros projetos-piloto]
CBHSF / Agência de Águas (ou entidade
delegatária); Governos Estaduais; MMA;
CODEVASF
N.º de ações (criação ou estruturação) de CRAD ou unidades homólogas por ano
Foram criados cinco CRAD e estão planejados mais dois
(março 2015). No entanto, há notícias recentes (2016) de que
alguns dos CRAD se encontram com algumas de
suas atividades suspensas por falta de recursos humanos [ex.: CRAD da caatinga (Petrolina), de acordo com informação de
seu website (http://www.crad.univasf.edu.br/
(fev. 2016)))
2 ações/ ano/ região fisiográfica CBHSF / Agência de Águas (ou entidade
delegatária); CODEVASF
N.º de ações de revegetação ou recuperação ambiental de matas ciliares, nascentes, topos de morros, margens e áreas de recarga hídrica realizadas por ano com sucesso (cuja nova
vegetação se manteve 5 anos após a ação)
2016: 0
10 ações/ ano/ região fisiográfica; início da contabilização: 2021: contagem das ações de
2017 que tiveram sucesso e sucessivamente até 2025, relativo às ações de 2021
CBHSF / Agência de Águas (ou entidade
delegatária); Governos Estaduais; CODEVASF
N.º de mudas nativas produzidas /ano na totalidade dos viveiros da BHSF, dedicados à revegetação
Produção de 1.500.000/ano na BHSF
Nota: esta era a produção
prevista na planilha “BSF_Síntese dos
INVESTIMENTOS_18.10.11 FINAL” (2011) disponível no website da AGB Peixe Vivo,
referente a 14 viveiros existentes em diversos
municípios de AL, BA, MG, PE e SE
Manter uma produção mínima de 1.500.000/ano na BHSF.
CBHSF / Agência de Águas (ou entidade
delegatária); CODEVASF
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 169 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Quadro 47 – Indicadores e Metas (Eixo VI)
Metas Atividade Indicadores Situação referência Metas intermédias e finais Fontes de informação
Eixo VI – Uso da terra e segurança de barragens
Meta VI.1:
Até 2025 melhorar a
coordenação entre
as políticas de
recursos hídricos e
as políticas de uso
do solo
Atividade VI.1.a. Apoio
aos municípios para a
gestão sustentável do
solo e do meio ambiente
N.º de municípios participantes em encontros de apoio técnico do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco /
Agência de Águas (ou entidade delegatária) 2016: 0
2020: >20
2025: > 50
CBHSF / Agência de Águas (ou entidade
delegatária)
N.º de planos diretores municipais articulados com o PRH-SF 2016-2025
2016: 0 2020: >20
2025: > 50
N.º de ações de apoio a municípios na busca de financiamento para ações de saneamento
2016: 0 2020: >10
2025: > 20
N.º de projetos hidroambientais propostos por municípios 2016: desconhecido 2020: >3
2025: > 6
Meta VI.2:
Até 2025 estudar,
acompanhar e
divulgar a situação
de implementação
da política de
segurança de
barragens na bacia
Atividade VI.2.a
Apoio à implementação
da política de segurança
de barragens na bacia
N.º de sessões de divulgação dos procedimentos de emergência a adotar, de acordo com os plano de ação de
emergência
2016: 0 (na BHSF; na totalidade dos
Estados abrangidos pela bacia o RSB2014 identifica 4
PAE: 1 em Alagoas, 1 em Sergipe e 3 na Bahia;
identifica ainda 3 PAE de barragens de usos múltiplos
fiscalizadas pela ANA)
2020, 2025: n.º necessário para abranger a
divulgação de procedimentos identificados em
todos os PAE elaborados até ao ano em causa
ANA (Existência de planos de ação de
emergência)
Estudo de diagnóstico das barragens existentes na bacia hidrográfica, seu potencial de perigosidade, instrumentos de monitoramento, prevenção e resposta em caso de acidente
2016: 0 2020: > 1 estudo CBHSF / Agência de Águas (ou entidade
delegatária)
170 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Página deixada intencionalmente em branco.
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 171 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
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176 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Página deixada intencionalmente em branco.
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 177 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
APÊNDICE 1 – ESTIMATIVAS DE CUSTO DOS SISTEMAS DE
SANEAMENTO.
Quadro 48 – Estimativa de Custo dos Sistemas Urbano s de Abastecimento de
Água.
Sistemas Urbanos de Abastecimento de Água
Faixas de População Custo Total
até 5 000 R$ 6 666 666,66
5000 10 000 R$ 13 333 333,32
10 000 15 000 R$ 18 666 666,65
15 000 20 000 R$ 22 666 666,64
20 000 25 000 R$ 26 666 666,64
25 000 30 000 R$ 31 999 999,97
30 000 35 000 R$ 35 999 999,96
35 000 40 000 R$ 39 999 999,96
40 000 45 000 R$ 43 999 999,96
45 000 50 000 R$ 47 999 999,95
50 000 55 000 R$ 51 999 999,95
55 000 60 000 R$ 55 999 999,94
60 000 70 000 R$ 62 666 666,60
70 000 80 000 R$ 70 666 666,60
80 000 90 000 R$ 77 333 333,26
50 000 100 000 R$ 82 666 666,58
100 000 150 000 R$ 119 999 999,88
150 000 200 000 R$ 146 666 666,52
200 000 300 000 R$ 207 999 999,79
300 000 400 000 R$ 247 999 999,75
400 000 500 000 R$ 266 666 666,40
178 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Quadro 49 – Estimativa de Custo dos Sistemas Rurais de Abastecimento de
Água.
Sistemas Rurais de Abastecimento de Água
Faixas de População Custo Total
até 5 000 R$ 400,00 / hab. (Sisterna)
5000 10 000 R$ 13 333 333,32
10 000 15 000 R$ 18 666 666,65
15 000 20 000 R$ 22 666 666,64
20 000 25 000 R$ 26 666 666,64
25 000 30 000 R$ 31 999 999,97
30 000 35 000 R$ 35 999 999,96
35 000 40 000 R$ 39 999 999,96
40 000 45 000 R$ 43 999 999,96
45 000 50 000 R$ 47 999 999,95
50 000 55 000 R$ 51 999 999,95
55 000 60 000 R$ 55 999 999,94
60 000 70 000 R$ 62 666 666,60
70 000 80 000 R$ 70 666 666,60
80 000 90 000 R$ 77 333 333,26
50 000 100 000 R$ 82 666 666,58
100 000 150 000 R$ 119 999 999,88
150 000 200 000 R$ 146 666 666,52
200 000 300 000 R$ 207 999 999,79
300 000 400 000 R$ 247 999 999,75
400 000 500 000 R$ 266 666 666,40
Quadro 50 – Estimativa de Custos dos Sistemas Urban os de Esgotamento
Sanitário.
Sistemas Urbanos de Esgotamento Sanitário
Faixas de População Custo Total
até 5 000 R$ 8 333 333,33
5000 10 000 R$ 16 666 666,65
10 000 15 000 R$ 23 333 333,31
15 000 20 000 R$ 28 333 333,31
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 179 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Sistemas Urbanos de Esgotamento Sanitário
Faixas de População Custo Total
20 000 25 000 R$ 33 333 333,30
25 000 30 000 R$ 39 999 999,96
30 000 35 000 R$ 44 999 999,96
35 000 40 000 R$ 49 999 999,95
40 000 45 000 R$ 54 999 999,95
45 000 50 000 R$ 59 999 999,94
50 000 55 000 R$ 64 999 999,94
55 000 60 000 R$ 69 999 999,93
60 000 70 000 R$ 78 333 333,26
70 000 80 000 R$ 88 333 333,25
80 000 90 000 R$ 96 666 666,57
50 000 100 000 R$ 103 333 333,23
100 000 150 000 R$ 149 999 999,85
150 000 200 000 R$ 183 333 333,15
200 000 300 000 R$ 259 999 999,74
300 000 400 000 R$ 309 999 999,69
400 000 500 000 R$ 333 333 333,00
Quadro 51 – Estimativa de Custos dos Sistemas Rurai s de Esgotamento
Sanitário.
Sistemas Rurais de Esgotamento Sanitário
Faixas de População Custo Total
até 5 000 R$ 300,00 / hab. (Fossa
Séptica)
5000 10 000 R$ 16 666 666,65
10 000 15 000 R$ 23 333 333,31
15 000 20 000 R$ 28 333 333,31
20 000 25 000 R$ 33 333 333,30
25 000 30 000 R$ 39 999 999,96
30 000 35 000 R$ 44 999 999,96
35 000 40 000 R$ 49 999 999,95
40 000 45 000 R$ 54 999 999,95
45 000 50 000 R$ 59 999 999,94
180 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Sistemas Rurais de Esgotamento Sanitário
Faixas de População Custo Total
50 000 55 000 R$ 64 999 999,94
55 000 60 000 R$ 69 999 999,93
60 000 70 000 R$ 78 333 333,26
70 000 80 000 R$ 88 333 333,25
80 000 90 000 R$ 96 666 666,57
50 000 100 000 R$ 103 333 333,23
100 000 150 000 R$ 149 999 999,85
150 000 200 000 R$ 183 333 333,15
200 000 300 000 R$ 259 999 999,74
300 000 400 000 R$ 309 999 999,69
400 000 500 000 R$ 333 333 333,00
Quadro 52 – Estimativa de Custos dos Sistemas Urban os de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos.
Sistemas Urbanos de Gerenciamento de Resíduos Sólid os
Faixas de População Custo Total
até 5000 R$ 500 000,00
5000 20000 R$ 2 000 000,00
20000 50000 R$ 3 000 000,00
50000 150000 R$ 6 400 000,00
150000 500000 R$ 10 000 000,00
Quadro 53 – Estimativa de Custos dos Sistemas Urban os de Drenagem.
Sistemas Urbanos de Drenagem
Faixas de População Custo Total
até 5 000 R$ 4 166 666,67
5000 10 000 R$ 8 333 333,33
10 000 15 000 R$ 11 666 666,66
15 000 20 000 R$ 14 166 666,66
20 000 25 000 R$ 16 666 666,65
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 181 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Sistemas Urbanos de Drenagem
Faixas de População Custo Total
25 000 30 000 R$ 19 999 999,98
30 000 35 000 R$ 22 499 999,98
35 000 40 000 R$ 24 999 999,98
40 000 45 000 R$ 27 499 999,98
45 000 50 000 R$ 29 999 999,97
50 000 55 000 R$ 32 499 999,97
55 000 60 000 R$ 34 999 999,97
60 000 70 000 R$ 39 166 666,63
70 000 80 000 R$ 44 166 666,63
80 000 90 000 R$ 48 333 333,29
90 000 100 000 R$ 51 666 666,62
100 000 150 000 R$ 74 999 999,93
150 000 200 000 R$ 91 666 666,58
200 000 300 000 R$ 129 999 999,87
300 000 400 000 R$ 154 999 999,85
400 000 500 000 R$ 166 666 666,50
182 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Página deixada intencionalmente em branco.
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 183 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
APÊNDICE 2 – PROPOSTA INICIAL, CONTENDO AS BASES PA RA A
IMPLEMENTAÇÃO DAS METAS DO PRH-SF 2016-2025, EM SEU S
DIVERSOS EIXOS.
Com uma área próxima dos 640.000 km2, a bacia hidrográfica do rio São Francisco
abrange sete unidades da federação (Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Alagoas,
Sergipe, Goiás e Distrito Federal), 505 municípios, e uma população de cerca de 15
milhões de pessoas.
Os grandes desafios que se apresentam se relacionam aos usos múltiplos das águas,
envolvendo a ampliação dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento
sanitário, o desenvolvimento sustentável da agricultura irrigada, o aproveitamento
sustentável do potencial hidráulico, a navegação e a exploração do potencial das
atividades de pesca, aquicultura, turismo e lazer. Há de se considerar ainda a
necessária garantia das vazões ambientais dos cursos de água para a manutenção dos
ecossistemas, além da revitalização hidroambiental da bacia.
Para a implementação do Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São
Francisco 2016-2025 definem-se como grandes objetivos :
1. Melhorar significativamente a governança e participação social da bacia
hidrográfica;
2. Aumentar a presença e a visibilidade do CBHSF, garantindo uma
crescente consciencialização das questões chave para gestão
sustentável dos recursos hídricos;
3. Melhorar significativamente a qualidade ecológica dos sistemas fluviais e
a qualidade das águas;
4. Prevenir a contaminação e sobre-exploração dos aquíferos subterrâneos;
5. Garantir a sustentabilidade dos recursos hídricos;
6. Melhorar a qualidade de vida no semiárido;
7. Garantir um desenvolvimento equilibrado e sustentável do território da
bacia hidrográfica.
184 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Os signatários consideram fundamental o estabelecimento de compromissos objetivos
com a continuidade do esforço em prol da revitalização e melhoria da gestão dos
recursos hídricos da bacia, avocando as metas do Plano de recursos hídricos da bacia
hidrográfica do rio São Francisco 2016-2025 como objetivos de todos:
• Eixo I – Governança e mobilização social :
- Meta I.1: Até 2025 apresentar todos os instrumentos de gestão
definidos e em implantação
- Meta I.2: Até 2025 executar pelo menos 80% dos recursos financeiros
previstos no PRH-SF
- Meta I.3: Até 2025 desenvolver atividades, ações e informação de
educação ambiental em pelo menos 10% dos usuários e população da
BHSF
- Meta I.4: Até 2025 formar e/ou capacitar pelo menos 10% dos atores da
BHSF
- Meta I.5: Até 2025 aumentar pelo menos 30%, relativamente ao Plano
Decenal 2004-2013, as taxas de participação nas decisões de gestão
da bacia hidrográfica.
- Meta I.6: Até 2025 apoiar ações de fiscalização de recursos hídricos nos
Estados da Bacia
• Eixo II – Qualidade da água e saneamento :
- Meta II.1: Até 2020 proceder ao monitoramento sistemático, regular e
articulado da qualidade dos principais corpos de água superficiais
- Meta II.2: Até 2025 implementar uma rede de monitoramento de águas
subterrâneas
- Meta II.3: Até 2025 implementar um plano integrado de investimentos
em prevenção e controle de poluição das águas superficiais e
subterrâneas
- Meta II.4: Até 2025 abranger todos os municípios com planos de
saneamento básico
- Meta II.5: Até 2023 abastecer 93 % dos domicílios totais com água
- Meta II.6: Até 2023 servir 76 % dos domicílios totais com esgotamento
sanitário e atender 95 % dos domicílios urbanos com coleta de lixo
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 185 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
• Eixo III – Quantidade de água e usos múltiplos :
- Meta III.1: Até 2025 melhorar o conhecimento sobre as disponibilidades
de água superficiais e subterrâneas e sobre as vazões ambientais
necessárias à proteção dos ecossistemas
- Meta III.2: Até 2025 reduzir os déficits hídricos e as situações de conflito
pelo uso da água, garantindo a satisfação plena dos usos prioritários e
melhorando o atendimento dos restantes usos múltiplos, sem prejuízo
da vazão ambiental entretanto aplicada a toda a bacia
• Eixo IV – Sustentabilidade hídrica do semiárido :
- Meta IV.1: Triplicar, até 2025, o número de povoações com 20.000
habitantes ou menos, servidas com cisternas de água para consumo
humano e para produção
- Meta IV.2: Em 2025 estão implementados diversos projetos
demonstrativos de aplicação de fontes de energia alternativas à
madeira
- Meta IV.3: Até 2025 implementar mecanismos de convivência com as
mudanças climáticas no semiárido
• Eixo V – Biodiversidade e requalificação ambiental :
- Meta V.1: Até 2025 reduzir para metade as taxas de desmatamento
atuais de cada Unidade da Federação
- Meta V.2: Até 2025 delimitar uma “rede verde” na BHSF, que inclua
áreas de conservação e corredores ecológicos de ligação
- Meta V.3: Até 2025 implantar e replicar projetos-piloto de recuperação
de áreas degradadas, matas ciliares e nascentes
• Eixo VI – Uso da terra e segurança de barragens:
- Meta VI.1: Até 2025 melhorar a coordenação entre as políticas de
recursos hídricos e as políticas de uso do solo
- Meta VI.2: Até 2025 estudar, acompanhar e divulgar a situação de
implementação da política de segurança de barragens na bacia
186 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
O Plano Decenal de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco
2016-2025, propõe ainda o desafio da construção do “Pacto das Águas ”, a ser
formalizado como um convênio. Este Pacto envolve a União, os entes federados
(estados e municípios) e os comitês de bacia hidrográfica, e compromissos de:
• Alocação de água por sub-bacia e definição das vazões de entrega na calha
principal, diferenciadas conforme as regiões (em particular no semiárido) e
atendendo a critérios de sazonalidade e níveis de água a jusante, em
particular na calha principal;
• Priorização dos diferentes usos da água;
• Definição de regras de gestão operacional dos principais reservatórios;
• Aprimoramento dos principais instrumentos de gestão de recursos hídricos
da bacia;
• Melhoria do conhecimento e do controle da qualidade e quantidade das
águas;
• Revitalização da bacia.
Os signatários se comprometem, por intermédio de seus representantes, a articular-se
com o CBHSF, por meio da entidade equiparada à Agência de Bacia Hidrográfica (AGB
Peixe Vivo), no sentido de aferir de forma integrada, partindo do PRH-SF 2016-2025, os
planos, programas, projetos e ações necessários para o atingimento das metas
estabelecidas. Comprometem-se ainda a comunicar o seu andamento, possibilitando a
integração de dados no sistema de informações da bacia e o acompanhamento da
implementação do plano.
Signatários propostos (lista de entidades identificadas como responsáveis pela
execução e fiscalização):
• Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF)
• AGB Peixe Vivo
• CBH afluentes: CBH Verde Grande; CBH-SF1 a SF10 (MG); CBH-BA
5,6,7,9,10 e 13 (BA); CBH Pajeú (PE); CBH Piauí (AL); CBH dos
Afluentes Goianos do São Francisco (GO); CBH Afluentes Rio Preto (DF)
• Agência Nacional de Águas (ANA)
Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco: 187 Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
• Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba
(CODEVASF)
• Departamento Nacional de Obras Contra Secas (DNOCS)
• Ministério do Meio Ambiente (MMA)
• Serviço Geológico do Brasil (CPRM)
• Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM)
• Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA)
• Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS)
• Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL)
• Fundação Nacional da Saúde (FUNASA)
• Instituto Nacional de Meteorologia (INMET)
• Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
• Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC)
• Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA)
• Ministérios Públicos Estaduais
• Secretarias Estaduais: SEMAD (MG); SEMA (BA); SRHE (PE); SEMARH
(AL; SE); SECIMA (GO); SEMA (DF).
• Órgãos Gestores de Recursos Hídricos Estaduais: IGAM (MG); INEMA
(BA); APAC (PE); SEMARH (AL; SE); SECIMA (GO); ADASA (DF)
• Empresas de saneamento: Companhia de Saneamento de Minas Gerais
(COPASA); Empresa Baiana de Águas e Saneamento (EMBASA);
Companhia de Saneamento de Alagoas (CASAL); Companhia
Pernambucana de Saneamento (COMPESA); Companhia de
Saneamento de Sergipe (DESO)
• Companhia Hidroelétrica do São Francisco (CHESF);
• Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG)
• Fórum Estadual de Convivência com o Semiárido (BA)
• Sistema de Meteorologia e Recursos Hídricos de Minas Gerais (SIMGE)
• Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária de Pernambuco (SARA)
• Municípios
188 Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio São Francisco:
Plano de Metas, Ações Prioritárias e Investimentos
Página deixada intencionalmente em branco.
CONTRATADO POR:CONSULTOR:
Consultoria de Ambientee Planeamento
www.nemus.pt
www.cbhsaofrancisco.org.br
www.agbpeixevivo.org.br
ATUALIZAÇÃO2016 - 2025
PLANO DE RECURSOS HÍDRICOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO
SÃO FRANCISCO
Foto original: João Zinclar