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Planeamento de Infraestruturas Verdes e sua adaptação às Alterações Climáticas

Município de Viseu

Henrique DomingosAna Carvalho


Município de Viseu

• Enquadramento Administrativo Viseu

• área - 507,10 Km2

• perímetro - 123 km

• Região Centro de Portugal Continental

• População da Região Centro de Portugal Continental – 267 633

• População de Viseu – 97 423


Município de Viseu

CRONOLOGIA MUNICIPIO DE VISEU

• Adesão ao Pacto de Autarcas em 2010

• Elaboração do Plano de Ação para a Energia Sustentável (PAES) em 2013

• A adesão ao CDP (Carbon Disclousure Project) em 2016

• Elaboração da EMAAC – “Estratégia Municipal de Adaptação para as Alterações Climáticas” em 2017

Alterações climáticas estimadas para o Município de Viseu até ao final do século

Variável Índice climático Tendência

Temperatura

Temperaturas elevadas extremas Aumento ()

Ondas de calor Aumento ()

Ondas de frio Diminuição ()

Dias de geada Diminuição ()

PrecipitaçãoDias de chuva Diminuição ()

Precipitação diária elevada ≥ 50 mm Manutenção ()

VentoVento fraco Ligeiro aumento ()

Vento moderado Ligeira diminuição ()


Municipio de Viseu


Municipio de Viseu

Metodologia de Previsão

Os modelos climáticos permitem simular a resposta do sistema climático a diferentes alterações naturais e/ou antropogénicas, possibilitando assim elaborar projeções do clima futuro para diferentes escalas temporais e espaciais.

As projeções climáticas apresentadas na estratégia foram elaboradas com base em dois modelos regionalizado para a Europa pelo projeto CORDEX a partir de dois modelos globais http://cordex.org

Id. Modelo Global Modelo Regional

M1 MOHC-HadGEM2-ESSMHI-RCA4

M2 ICHEC-EC-EARTH

M3 ICHEC-EC-EARTH RACMO22E


Municipio de Viseu

Metodologia de Previsão

A elaboração de projeções climáticas pressupõe a utilização de cenários de emissões de GEE como dados de entrada (inputs) nos modelos climáticos, designados por Representative Concentration Pathways (RCPs).

As projeções climáticas apresentadas nesta estratégia foram elaboradas com base em dois cenários

Cenário

RCP4.5 Cenário de emissões globais a longo prazo de gases de efeito estufa que estabilizam o forçamento radiativo em 4,5 W/m2

(aproximadamente 650 ppm de CO2e) no ano 2100 sem exceder esse valor.

RCP8.5 Cenário de emissões globais a longo prazo de gases de efeito estufa que estabilizam o forçamento radiativo em 8,5 W/m2.

Este cenário é considerado o cenário base caso não sejam definidos nenhuns objetivos de diminuição das emissões de

gases de efeito estufa.

Projeções da evolução dos índices de temperatura (modelo global ICHEC-EC-EARTH e modelo regional SMHI-RCA4).

RCP 4.5 RCP 8.51970-2000 2011-2040 2041-2070 2071-2099 - 2011-2040 2041-2070 2071-2099

n.º dias onda de calor 14 17 24 28 22 30 39

n.º de dias t max 35ºC 1 5 10 13 5 13 34

n.º de dias t max 30ºC 25 34 47 51 36 56 82

n.º de dias t max 25ºC 66 81 94 96 85 103 125

n.º dias onda de frio 8 4 3 2 4 2 1

n.º de dias tasmin20ºC 0 1 1 3 0 3 13

n.º de dias tasmin<0ºC 34 21 19 14 22 11 6

• Dias de calor quentes e muito quentes (30ºC < T <35ºC) aproximadamente 50 dias


Municipio de Viseu

• No período de 2041-2070 verifica-se uma duplicação do número de dias de onda de calor

e dias de calor extremo > 35ºC

• Relativamente ao número de dias de chuva por ano (pr>= 1 mm) é estimada uma diminuição gradual dos mesmos ao longo do tempo até ao final do século (uma diminuição máxima de 24 dias).

• Projeções precipitação, para ambos os cenários para o modelo global ICHEC-EC-EARTH (…)e modelo regional SMHI-RCA4 (…)

Histórico modelado RCP4.5 RCP8.5

1970-2000 2011-2040 2041-2070 1970-2000 2011-2040 2041-2070 1970-2000

n.º dias pr 50 mm 2 2 2 2 2 2 2

n.º dias pr 10 mm 44 44 41 42 38 41 34

n.º dias pr 1 mm 124 127 123 119 118 121 100


Municipio de Viseu

Impactos associados a eventos climáticos observados no Município de Viseu entre 2005 - 2016.

• 1.0 PRECIPITAÇÃO EXCESSIVA EM CURTO PERÍODO DE TEMPO• 1.1 Impacto nos recursos hídricos

• 1.2 Impacto na segurança de pessoas e bens

• 1.3 Impacto nos transportes e comunicações

• 2.0 VENTO MUITO FORTE• 2.1 Impacto na segurança de pessoas e bens

• 2.2 Impacto nos transportes e comunicações

• 3.0 TEMPERATURAS MÁXIMAS EXTREMAS E ONDAS DE CALOR• 3.1 Impacto na saúde pública

• 3.2 Impacto na floresta (incêndios florestais)

• 3.3 Impactos na agricultura

• 3.4 Impacto na biodiversidade

• 3.5 Impacto na economia

• 4.0 SECA• 4.1 Impacto nos recursos hídricos

• 4.2 Impacto na floresta (incluindo incêndios florestais)

• 4.3 Impacto na segurança de pessoas e bens

• 4.4 Impacto na agricultura

• 4.5 Impacto na biodiversidade

• 4.6 Impacto na economia


Municipio de Viseu

Vulnerabilidades e Riscos Climáticos Futuros

• No futuro é de esperar um aumento da severidade dos eventos descritos bem como a ocorrência de outros.

• Tal situação requer a :

• avaliação da capacidade existente com vista ao seu eventual reforço

• implementação medidas que possam prevenir ou, pelo menos, mitigar as consequências dos riscos previsíveis.

• avaliação permanente da situação verificada com vista à atualização sistemática da medidas a implementar

De facto, os riscos climáticos podem agravar-se, podendo até surgir novos riscos com as consequentes vulnerabilidades

que, futuramente, se podem acentuar e até modificar vindo a afetar outros sectores além dos presentemente afetados.


Municipio de Viseu

EMAAC VISEU

• A atribuição do epíteto de cidade jardim a Viseusurge nos anos 20 e 30 do século XX.

• Desde há 80 anos, que o Município de Viseu seafirma como Cidade de Jardim


Municipio de Viseu

Estrutura Verde Primária

592.116 m² ≈ 59 ha ≈ 60 estádios de futebol


Municipio de Viseu

• Estrutura Verde Secundária - jardins, rotundas ( 127 ), separadores…

674.000 m² ≈ 67 ha ≈ 68 estádios de futebol 849.000m3/ano água


Municipio de Viseu

Gestão Hídrica Sustentável


Municipio de Viseu

Gestão Hídrica Sustentável

➢Implementação de sistema de telegestão

➢Criação de alternativas ao abastecimento das regas


Municipio de Viseu

Adaptação dos Espaços Verdes Municipais➢Alteração do coberto vegetal relvado para maciços arbustivos – 1ª Fase:

Área de espaço verde – 22.515 m2

Valor de investimento cerca de 200.000€

18150 arbustos plantados


Municipio de Viseu

Espaços a regar atualmente com água da rede pública, cujo coberto vegetal será convertido em área arbustiva - Evolução do consumo de água do sistema de rega a partir da rede pública -

Espaços propostos Área a converter (m²)Consumo anual antes

(m³)Consumo anual após reconversão (m³)

Consumo anual 3 anos após a reconversão (m³)

EN 16 (Separadores) 8400 10584 1915 287

EN 231 (Separadores e faixas) 7870 9916 1617 243

Circular Norte (Separadores) 6245 7869 1283 193

Faixa ajardinada na Circunvalação 1350 1701 277 42

TOTAL 22515 30070 5093 764

Poupança Total de Água 83% 97%


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Parque Urbano de Santiago


Municipio de Viseu

Antes Depois


Municipio de Viseu

Valorização de pré-existências

Quinta da Cruz

Fontelo

Rua Soar de Cima


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Revisão do Regulamento Municipal

➢Empenho na salvaguarda da Natureza


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49 Km Ecopista


Municipio de Viseu

A Árvore na Cidade

Esquema dos serviços e benefícios produzidos pelas árvores urbanas.

Fonte: Adaptado de http://www.diamondheadconsulting.com/campbell-river-urban-forest-management-strategy/

Efeito da vegetação urbana na temperatura ambiente

Fonte: Adaptado de hortaurbanagrowshop


Municipio de Viseu

➢ Inventariação das Árvores da Freguesia de Viseu – 19586 Árvores;

➢Avaliação Biomecânica e Fitossanitária;

➢Estudo para o Parque Aquilino Ribeiro e Parque do Fontelo;

➢Criação de Percursos;

➢Proposta de substituição de árvores;

➢Quantificação do oxigénio produzido pelas árvores da cidade (através da utilização do software I-

Tree).

➢Produção de Manual de Boas Práticas.

A Árvore na Cidade


Municipio de Viseu

século XII

1. Importância das árvores no meio urbano

1.1. As árvores e as florestas urbanas e periurbanas

1.2. Serviços e benefícios das árvores urbanas

2. Planeamento da arborização

2.1. Planeameno da arborização

2.2. Regulamento Municipal de Espaços Verdes

2.3. Onde plantar

2.4. Seleção das espécies para plantação

2.5. Espécies indicadas em arborização urbana

2.6. Espécies inadequadas em arborização urbana

2.7. Aquisição de plantas de viveiro

2.8. Época de plantação

3. Implantação da arborização

3.1. Preparação do solo

3.2. Plantação de árvores

3.3. Proteção das caldeiras de plantação

3.4. Tutores e proteções

3.5. Rega

4. Operações de manutenção

4.1. Poda

4.2. Cirurgia de árvores

4.3. Tratamentos culturais

4.4. Transplantação de árvores

4.5. Manutenção das árvores monumentais e de interesse público

4.6. Exemplo de boa prática de gestão arbórea

5. Avaliação e gestão do risco

5.1. Declínio de árvores

5.2. Fatores de Predisposição / Indução de origem biótica

5.3. Fatores de Predisposição / Indução de origem abiótica

5.4. Fatores de Aceleração

6. Sistema de gestão de árvores urbanas

6.1. Sistema de gestão de árvores com recurso a WebSIG

6.2. Inventário arbóreo urbano

Boas Práticas em Floresta Urbana -Planeamento, Gestão e Manutenção


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OBRIGADA

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