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1 PLA NO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 2017/2020 SANTA IZABEL DO OESTE-PR 2017

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PLA NO MUNICIPAL

DE SEGURANÇA

ALIMENTAR E

NUTRICIONAL

2017/2020

SANTA IZABEL DO OESTE-PR 2017

2

CAISAN

Santa Izabel do Oeste

PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E

NUTRICIONAL

2017/2020

SANTA IZABEL DO OESTE – PR 2017

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MOACIR FIAMONCINI

Prefeito Municipal

LUIZ CARLOS CICHOCKI Vice-prefeito

CÂMARA INTERSETORIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL (CAISAN)

Decreto nº 2.812 Data: 30/01/2017

TITULARES Stela Mar Migon de Melo Miotto

Alice Fiamoncini Hélio Vansetto

Ivone Faust Sponchiado

SUPLENTES Leodete Lourdes Alves da Silva

Simone Kindzerski Douglas Olavo Kempa

Karla Kieskoski

ELABORAÇÃO – COMISSÃO DA CAISAN

STELA MAR MIGON DE MELO MIOTTO Secretaria Municipal da Educação

HÉLIO VANSETTO Secretaria Municipal de Expansão Econômica

MARLENE CICHOCKI DA SILVA Secretaria Municipal de Assistência Social

IVONE FAUST SPONCHIADO Secretaria Municipal de Saúde

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CONSELHO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL – CONSEA

Decreto nº 2.811 Data: 30/01/2017

Neli Kruger– Presidente

Adriana Burati Cervinski - Vice-Presidente Carla Cristina Pizatto – Secretaria Executiva

Conselheiros Titulares:

Carla Cristina Pizatto Karla Kieskoski Hélio Vansetto

Ema Maria Czarnobai Lazzaron Clenair Lisecki

Volnei Pedro Soares Marlene Cichocki da Silva

Conselheiros Suplentes:

Ivone Terezinha Morawski Possolli Vera Luzia Dias

Douglas Olavo Kempa Neiva Brandalise

Gerson Antônio Franceschi

Camila de Carli Grabovski

Leslié Defante

SISTEMATIZAÇÃO DO PLANO

Carla Cristina Pizatto- Secretaria Mun. da Educação Ivone T. M. Possolli - Secretaria Mun. da Educação

Any Elize Brunkhorst - Secretaria Mun. de Educação Leodete L. A.da Silva Starck - Secretaria Mun. da Educação

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO................................................................................................ 06 CAPITULO I 1.1. Contextualização .......................................................................................... 08 1.2. Aspectos Geográficos ................................................................................... 09 1.3. Aspectos Populacionais................................................................................. 14 1.4. Aspectos Sócio Econômicos......................................................................... 15 1.5. Aspectos Educacionais ................................................................................. 16 1.6. Símbolos Municipais ..................................................................................... 17 CAPITULO II 2.1. Produção e disponibilidade de alimentos ..................................................... 21 2.2. Renda e Condições de Vida ......................................................................... 22 2.3. O Plano Brasil Sem Miséria .......................................................................... 22 2.4. O Cadastro Único e o Público-alvo do Plano ............................................... 23 2.5. Cobertura Cadastral e Busca Ativa .............................................................. 23 2.6. Garantia de Renda ....................................................................................... 24 2.7. Acesso a Serviços ........................................................................................ 25 2.8. Inclusão Produtiva......................................................................................... 27 CAPÍTULO III 3.1. Acesso à Alimentação Adequada e Saudável .............................................. 31 CAPÍTULO IV 4.1. Saúde e Nutrição .......................................................................................... 34 CAPÍTULO V 5.1. Educação ...................................................................................................... 36 CAPÍTULO VI 6.1. A Construção do SISAN e sua Consolidação no Município ......................... 40 CAPÍTULO VII 7.1. Diretrizes do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional ............ 42 7.2. Diretrizes do Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional ........... 43

CAPÍTULO VIII 8.1. Monitoramento e Avaliação do Plano Municipal de SAN ............................. 56 CAPÍTULO IX 9.1. Perspectivas e Desafios para a Política de SAN .......................................... 57 GLOSSÁRIO ....................................................................................................... 60 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 62 ANEXOS ............................................................................................................. 65

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APRESENTAÇÃO

A Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) como regulamenta a Lei 11.346 de

2006, “consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a

alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras

necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde

que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e

socialmente sustentáveis”.

Neste contexto fica evidente que há muitas pessoas em situação de insegurança

alimentar, seja pela falta ou dificuldade de acesso aos alimentos de uma forma geral

levando a situações de fome e desnutrição; seja pelo consumo excessivo de alimentos

ou o desconhecimento sobre uma alimentação adequada e saudável, os quais podem

levar ao desenvolvimento de várias doenças crônicas, dentre elas a obesidade, que já

se tornou mais preocupante em nosso país do que a própria desnutrição; seja pelo

consumo de alimentos com excesso de agrotóxicos e outros produtos nocivos à saúde,

dentre tantas outras causas.

Cientes disso e almejando o cumprimento do Direito Humano à Alimentação

Adequada (DHAA) e também a diminuição do número de pessoas em situação de

insegurança alimentar no município de Santa Izabel do Oeste, apresenta-se o Plano

Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Santa Izabel do Oeste

elaborado pela Câmara Intersetorial Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional

(CAISAN/Santa Izabel do Oeste), tendo como destaque a participação dos vários

segmentos da Administração Pública Direta Municipal, como também da sociedade

civil organizada e outras instituições não governamentais.

O Plano de Segurança Alimentar e Nutricional de Santa Izabel do Oeste é um

resultado de uma construção coletiva, para o triênio (2017-2020), estando às diretrizes

em consonância com o Plano Nacional, tendo como objetivo melhorar as condições de

acesso e permanência a alimentação adequada.

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A Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional será a responsável

pelo acompanhamento e avaliação do PMSAN, propondo adequação sempre que

necessário.

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CAPÍTULO I

1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO

A grande quantidade de pinheiros existentes na década de 40 na comunidade

do Sarandi (hoje Santa Izabel do Oeste) atraiu dezenas de famílias do Rio Grande do

Sul e Santa Catarina, para extrair e a comercializar o produto.

Por volta de 1948, chegou ao território onde hoje é Santa Izabel do Oeste - PR,

o primeiro morador, o Senhor João Ribeiro Cordeiro, natural de Campos Novos (Santa

Catarina), o qual se deslocou para Santa Izabel do Oeste atraído pela propaganda da

terra fértil.

A chegada não foi muito fácil, pois seu João chegou no local descendo o Rio

Sarandi, nome dado devido a uma planta nativa da região. O Senhor João denominou

o local em que estava desbravando também de Sarandi.

Juntos com o Senhor João Cordeiro veio seu cunhado João Druhm, em seguida

chegaram Lauro Vidal, Antônio Maria Viana, Elizino Tolomeotti e a primeira professora,

Dona Laura Itelvina Gonçalves.

As roças foram feitas através de abertura na mata com picadas de facão e foice.

Em 1950, os primeiros moradores já se encontravam instalados e com condições de

abrigar suas famílias. Por esse motivo retormaram a terra natal (Campos Novos e São

Domingos SC) para buscar a família.

Inicialmente, o território de Santa Izabel do Oeste pertencia ao município de

Capanema. Em 1961, com a emancipação de Ampére a população Izabelense passou

a lutar pela própria emancipação. Isso se deu inicialmente em 1° de março de 1962

através da lei n° 18/62 que criava o distrito administrativo de Santa Izabel do Oeste. O

Senhor João Ribeiro Cordeiro foi nomeado para o cargo de sub-prefeito. A partir daí,

formou-se uma comissão pró-emancipatória composta por Lino Rockembach, José

Penso, Severino Bernardes, Valdir Ribas e Nestor Bocchi.

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A emancipação política do município foi conseguida pela lei n° 4788 de 29 de

novembro de 1963, conforme Decreto Lei. O nome do município, Santa Izabel do Oeste

foi escolhido em homenagem à mãe do fundador e colonizador João Ribeiro Cordeiro.

O primeiro prefeito eleito foi o Senhor Lino Rockembach, o qual criou cinco

distritos:

O primeiro foi Sarandi, criado pela lei Municipal n° 06 de 16 de janeiro de 1965.

Esta localidade, na época era maior que a sede, possuindo três casas comerciais, um

hotel, uma farmácia, uma sapataria, um gabinete dentário, um moinho, duas serrarias,

dois bares e várias residências.

O Distrito de Rio da Prata foi criado pela lei n° 07 de 16 de janeiro de 1965. Em

26 de outubro de 1967 tornou-se Distrito Judiciário por lei estadual, sendo o único desta

categoria.

Da mesma forma a Lei n° 08 de 16 de janeiro de 1965 criou o Distrito

Administrativo de Jacutinga. Com a lei n° 09 criou o Distrito de Anunciação. Nesta

mesma data a lei n° 10 determina a criação do quinto e último Distrito: União do Oeste.

Somente em agosto de 1964 a GETSOP fez a demarcação dos lotes rurais e do

perímetro urbano. Seus limites foram definidos pela Lei n° 43 de 25 de novembro de

1968. Na mesma data a Lei n°42, fixou os nomes das praças, os quais são todos nomes

de árvores que existiam em abundância na ocasião da ocupação, tais como: pinheiro,

acácia, jacarandá, cedro, imbuia, ipê, coqueiro, carvalho, canela, marfim.

1.2. ASPECTOS GEOGRÁFICOS

1.2.1. LOCALIZAÇÃO

A região Sul do Brasil é composta por três estados: Rio Grande do Sul, Santa

Catarina e Paraná.

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As principais distâncias do município e localidades de referência são: 558

quilômetros da capital, pela Rodovia BR-277; 649 quilômetros do Porto de Paranaguá,

também pela Rodovia BR-277; 85 quilômetros do aeroporto mais próximo que fica na

cidade de Francisco Beltrão, com acesso pelas rodovias PR-473, PR-281.

O Município de Santa Izabel do Oeste localiza-se na mesorregião do Sudoeste

Paranaense, em sua porção centro-norte, próximo ao Rio Iguaçu.

O município pertence à microrregião de Capanema, apresentando-se na

posição geográfica:

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POSIÇÃO GEOGRÁFICA – 2014

POSIÇÃO GEOGRÁFICA INFORMAÇÃO

Altitude (metros) 518 metros

Latitude 25 º 49 ' 16 '' S

Longitude 53 º 29 ' 04 '' W

FONTE: IBGE

O município de Santa Izabel do Oeste possui uma área territorial de 321,169

quilômetros quadrados, com cinco comunidades como distritos Rio da Prata, Sarandi,

União do Oeste, Jacutinga e Anunciação e mais vinte e oito linhas de comunidades

menos numerosas e sendo limítrofes aos municípios de Nova Prata do Iguaçu,

Realeza, Salto do Lontra, Nova Esperança do Sudoeste e Ampére.

1.2.2. SOLO

O solo do município de Santa Izabel do Oeste é oriundo da decomposição e

desintegração das rochas vulcânicas, que formam o terceiro planalto paranaense,

também conhecido como planalto Trapp (basáltico).

Estas rochas vulcânicas básicas deram origem a solos argilosos em sua grande

maioria e com boa profundidade, onde o relevo se caracteriza como pouco ondulado a

ondulado.

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De um modo geral, os solos do município podem ser classificados em três

grupos: latossolo roxo, terra roxa estruturada e associações de latossolo roxo, terra

roxa estruturada e litólicos eutróficos.

1.2.3. RELEVO

O relevo terrestre corresponde às diversas configurações da superfície:

montanhas, planaltos, planícies e depressões.

O relevo ressalta da atuação de agentes internos provenientes do interior da

Terra (vulcanismo, tectonismo e abalos sísmicos) e dos externos (temperatura, vento,

chuva, águas correntes e seres vivos).

A configuração do relevo do município de Santa Izabel do Oeste é levemente

ondulada, em torno de 40% da área, onde estão situadas lavouras mecanizadas, com

solos de boa aptidão agrícola e sujeitos a intensa utilização.

A porção ondulada e fortemente ondulada em torno de 40% do município, onde

se situa o solo de menor aptidão agrícola, no restante da área em torno de 20% o

relevo é inclinado de meia encosta a plano, que compõe solos de acúmulo, onde boa

parte desses possui problemas de drenagem.

1.2.4. CLIMA

O clima predominante é classificado como Subtropical Cfa (clima temperado

úmido com verão quente). Apresenta verões quentes e geadas pouco frequentes, as

quais costumam ocorrer quase sempre após os dias de chuva devido ao vento sul com

ar frio da frente polar. A temperatura média entre a máxima e a mínima anual varia

entre 38 ºC e -2 ºC.

O índice pluviométrico anual varia de 1400 a 1800 mm, com boa distribuição

durante o ano, sendo que os meses de maior precipitação para região são: março, abril

e maio.

As geadas são pouco frequentes e ocorrem quase sempre após os dias de

chuva devido ao vento sul.

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1.2.5. VEGETAÇÃO

Há aproximadamente 45 anos atrás, a área do município era recoberta por

densa floresta subtropical perenifólia a qual se caracterizava por ser uma floresta com

espécies mais resistentes ao frio que as de floresta tropical. Este tipo de floresta está

especialmente em áreas de latossolo roxo, onde o pinheiro (araucária angustifólia) era

a principal espécie.

As espécies mais conhecidas e de grande valor econômico eram originalmente

o pinheiro (araucária angusstifólia), o cedro, o angico, o louro, a cabriúva, a peroba, a

canjerana e a erva-mate, entre outras espécies. Estas espécies foram largamente

exploradas para consumo dos habitantes e pela indústria. Atualmente esta floresta está

reduzida a 5% das matas originais.

Visando perpetuar as áreas de mata nativa e a fauna existente no município e

ainda proteger sua população das ações nocivas provocadas por impactos ambientais

que dificultam ou impossibilitam a capacidade de manutenção da vida no município de

Santa Izabel do Oeste, adotou-se uma política ambiental e atividades que objetivam

assegurar a melhoria qualitativa da biodiversidade da floresta e da relação entre a

comunidade. No momento atual, podemos observar uma pequena, mas, significativa

evolução na questão do reflorestamento e na recuperação da área florestada do

município.

1.2.6. HIDROGRAFIA

O município de Santa Izabel do Oeste possui uma boa malha de rios e riachos.

A sede do município está localizada entre dois importantes mananciais.

O Rio Anta Gorda (sentido leste/norte) de maior importância para o município,

pois, é responsável pelo abastecimento de água para a população urbana. E o Rio

Sarandi (sentido sul/norte), esse por sua vez recebe como afluente o Rio Anta Gorda

que fornece abastecimento de água à população urbana de Realeza, município vizinho.

A situação dos rios teve grandes mudanças com a abertura da fronteira agrícola,

tornando praticamente impossível à sobrevivência da ictiofauna em função do

assoreamento e do uso dos agrotóxicos.

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Podemos afirmar que houve significativa melhora na qualidade da água dos rios

com a implantação de programas visando a conservação do solo e da água através de

programas de manejo integrado de solos e de água, programa este que tiveram

sucesso no controle da erosão hídrica dos solos.

No município, se originam vários pequenos rios, isto é, parte se situa em um

planalto, onde estão situadas as cabeceiras dos rios: Sarandi, Anta Gorda, Jacutinga,

Rio Facão, Arroio da Prata, Rio Pratinha onde drenam para o Rio Cotegipe e Sarandi

(afluentes do Rio Iguaçu).

1.3. ASPECTOS POPULACIONAIS

A população do município de Santa Izabel do Oeste, inicialmente foi constituída

predominantemente por agricultores que começaram a explorar a comercialização da

madeira, os quais abriram caminhos para o desenvolvimento da economia, atraindo

novos moradores.

A população izabelense é composta de uma diversidade étnica de 40% de

poloneses, 30% de italianos, 25% de caboclos e 5% de alemães.

O município apresenta atualmente uma população censitária segundo o Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística- IBGE 2010:

POPULAÇÃO CENSITÁRIA SEGUNDO TIPO DE DOMICÍLIO E SEXO - 2010

TIPO DE DOMICÍLIO MASCULINA FEMININA TOTAL

Urbano 3.631 3.790 7.421

Rural 2.997 2.714 5.711

Total 6.628 6.504 13.132

FONTE: IBGE - Censo Demográfico - Dados do universo

DENSIDADE DEMOGRÁFICA - 2014

Densidade Demográfica 43,57 hab/km²

FONTE: IPARDES, IBGE

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DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO POR SEXO, SEGUNDO OS GRUPOS DE IDADE.

FONTE: IPARDES, IBGE

1.4. ASPECTOS SOCIO-ECONÔMICOS

Até o início da década de 1970, o município de Santa Izabel do Oeste tinha

como principal atividade econômica a exploração da madeira. A partir da metade dos

anos setenta, cresce a economia na produção agrícola e pecuária. Isso atrelada ao

setor rural exigiu adaptações, principalmente substituindo culturas.

O município tem na atividade agropecuária sua base econômica caracterizando-

se como município produtor de matéria prima, principalmente grãos como: soja, milho,

trigo, feijão. Há ainda a produção de fumo e pequena produção de hortifrutigranjeiros.

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É significativa a produção de animais como: suínos, aves, bovinos de leite, bovinos de

corte, sericicultura e outros.

O município caracteriza-se como um exportador de matéria prima, onde a

agroindustrialização é praticamente inexistente a nível local.

1.5. ASPECTOS EDUCACIONAIS

No início da fundação de Santa Izabel do Oeste, a comunidade local não

contava com escolas para a educação formal de suas crianças, as mesmas ocupavam

seu tempo entre brincadeiras nas poeirentas ruas e nas tarefas caseiras, além de

atividades mata adentro. Preocupados com a ociosidade das crianças, os primeiros

moradores trataram de instalar uma escola improvisada.

Devido a grande extensão territorial do município e o surgimento de várias

comunidades rurais, foram criadas um número expressivo de 54 escolas, as quais

eram escolas rurais multisseriadas de 1ª a 4ª séries. Mais tarde, em algumas escolas

rurais e urbanas, foi criado o ensino fundamental de 5ª a 8ª séries e inúmeras escolas

foram construídas.

A mecanização agrícola na década 80 provocou o êxodo rural de muitos

trabalhadores. Devido a isto houve a necessidade do fechamento de escolas onde

surge a ideia de Nuclearizar o Ensino, possibilitando o atendimento de melhor

qualidade aos educandos em turmas seriadas.

Após a municipalização surge a Nuclearização da Educação. O ensino passa a

ser oferecido em escolas compartilhadas entre a esfera municipal e estadual. Onde em

um período se oferece o Ensino Fundamental - Anos Iniciais, sob a responsabilidade

municipal e em outro o Ensino Fundamental - Anos Finais sob a responsabilidade

estadual.

A rede pública municipal mantém três Centros de Educação Infantil, sete escolas

de Ensino Fundamental - Anos Iniciais e dois Centros de Atendimento Especializados

às pessoas com necessidades especiais, sob a coordenação da Secretaria Municipal

de Educação e Cultura.

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A rede pública estadual, através do Núcleo Regional de Educação, administra

oito estabelecimentos de ensino, sendo seis de Ensino Fundamental - Anos Finais, um

colégio de Ensino Médio/Profissionalizante e uma Escola Especial (APAE). A rede

privada uma escola de Educação Infantil e Ensino Fundamental Anos Iniciais.

1.6. SÍMBOLOS MUNICIPAIS

1.6.1. BRASÃO

Pinheiro:

representa as florestas nativas.

Ramos de erva mate, milho e trigo:

representa a riqueza agrícola.

Porco:

representa a economia do município principalmente a suinocultura.

Indústria:

representa a fase de desenvolvimento na área industrial.

Sol:

representa o brilho da natureza.

O azul:

18

representa o nosso céu.

A faixa:

nome do município Santa Izabel do Oeste.

1.6.2. BANDEIRA MUNICIPAL

A Bandeira foi desenhada pelo Cabo Ivanir Julio Lucindo, aprovada pelas Leis

nº 183 e 184 de 06 de agosto de 1985. A Bandeira possui um tamanho padrão de

1,25m de largura por 87 cm de altura. Suas cores são:

Azul superior:

significa o céu.

Verde inferior:

a cultura agrícola em geral.

Azul do círculo:

representa o planalto.

Pontas de estrelas:

a sede e os distritos.

Pontas amarela:

representa as riquezas do município.

Pontas verde:

representa a esperança.

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Pontas branca:

representa a paz.

1.6.3. HINO MUNICIPAL

Letra e Música: Sebastião de Lima

I

Entre alegres dourados trigais

De que a verde extensão se reveste

Viva e cresce a cidade querida

Que ilumina a região Sudoeste

Milho, soja, feijão e pinheiro

Traduzindo a riqueza especial

São sementes de fé germinadas

Ao trabalho de um novo ideal

ESTRIBILHO

Santa Izabel do Oeste

O futuro mostrará

Que és a jóia mais preciosa

Que ornamenta o Paraná

Abençoando o solo

E o teu povo bom fiel

Que protege a padroeira

Divinal Santa Isabel

II

Povos vindos de Estados distantes

Na visão de um porvir promissor

Fazem deste torrão progressista

O recanto de paz e amor

A pecuária que livre se move

Lindas margens do Rio Sarandi

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É a expressão da risonha fartura

Para todos que vivem aqui

ESTRIBILHO

Santa Izabel do Oeste

O futuro mostrará

Que és a jóia mais preciosa

Que ornamenta o Paraná

Abençoando o solo

E o teu povo bom fiel

Que protege a padroeira

Divinal Santa Isabel.

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CAPÍTULO II

2.1. PRODUÇÃO E DISPONIBILIDADE DE ALIMENTOS

De acordo com a Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional nº

11.346/2006, do Governo Federal, a Segurança Alimentar e Nutricional consiste na

realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de

qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras

necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde

que respeitem a diversidade cultural e que seja ambiental, cultural, econômica e

socialmente sustentável.

No Município de Santa Izabel do Oeste a população é distribuída de forma

homogenia entre o espaço rural e urbano.

POPULAÇÃO CENSITÁRIA SEGUNDO TIPO DE DOMICÍLIO E SEXO - 2010

TIPO DE DOMICÍLIO MASCULINA FEMININA TOTAL

Urbano 3.631 3.790 7.421

Rural 2.997 2.714 5.711

Total 6.628 6.504 13.132

FONTE: IBGE - Censo Demográfico - Dados do universo

A produção agropecuária do município é basicamente voltada para:

agricultura: plantio de soja, trigo, milho, feijão e fumo.

pecuária: gado de corte e leiteira

avicultura: de corte e postura

agricultura Familiar: está em ascensão

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2.2. RENDA E CONDIÇÕES DE VIDA

O Índice IPARDES de Desenvolvimento Municipal (IPDM) é um índice que

procura captar para os municípios do Estado do Paraná, estágios de desenvolvimento

em suas dimensões mais importantes. São consolidados em índices parciais de renda

e emprego, de educação e de saúde e, por fim, no índice geral, dado pela média

simples dos três índices anteriores.

O índice parcial de renda e emprego no município é construído a partir dos

dados referentes à remuneração média de emprego na agropecuária, indústria e

comércio.

2.3. O PLANO BRASIL SEM MISÉRIA

O Plano Brasil Sem Miséria foi lançado com o desafio de superar a extrema

pobreza no país. O público definido como prioritário foi o dos brasileiros que estavam

em situação de extrema pobreza, ou seja, com renda familiar mensal inferior a R$

77,00 por pessoa.

Com o Brasil Sem Miséria, a fórmula de cálculos dos benefícios do Programa

Bolsa Família para as famílias mais pobres foi modificada. Agora, todas as famílias

beneficiárias do Programa superam o patamar da extrema pobreza.

Considerando que a extrema pobreza se manifesta de múltiplas formas além

da insuficiência de renda. O Plano foi estruturado em três eixos: garantia de renda,

inclusão produtiva e acesso a serviços. São mais de 100 ações, programas e políticas

distribuídas nos três eixos que envolvem 22 ministérios. O Ministério do

Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) coordena o Brasil Sem Miséria.

Todos os estados brasileiros aderiram ao Plano.

Mas, para que o Brasil Sem Miséria funcione da maneira mais adequada

possível, é fundamental que haja forte envolvimento dos municípios. Um dos motivos

para a centralidade dos municípios é o Cadastro Único, porta de entrada para o Brasil

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Sem Miséria. Afinal, o responsável pelo registro das famílias no Cadastro é o poder

público municipal, que também tem papel de destaque no funcionamento das redes

de saúde, educação e assistência social, essenciais para a superação da extrema

pobreza.

2.4. O CADASTRO ÚNICO E O PÚBLICO-ALVO DO PLANO

No acompanhamento do Plano Brasil Sem Miséria, o MDS utiliza as

informações do Cadastro Único. Ele provê dados individualizados, atualizados no

máximo a cada dois anos, sobre os brasileiros com renda familiar de até meio salário

mínimo per capita, permitindo saber quem são, onde moram, o perfil de cada um dos

membros das famílias e as características dos seus domicílios.

De acordo com os registros de fevereiro de 2016 do Cadastro Único e com a

folha de pagamentos de abril de 2016 do Programa Bolsa Família, o município tem:

- 1.427 famílias registradas no Cadastro Único

- 443 famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família (11,82 % da população do

município)

2.5. COBERTURA CADASTRAL E BUSCA ATIVA

Para avaliar as necessidades da gestão do Cadastro Único em cada cidade,

o MDS trabalha com estimativas municipais da quantidade de famílias que devem

ser incluídas no Cadastro (todas as famílias do município com renda mensal de até

meio salário mínimo por pessoa).

De junho de 2011 a janeiro de 2016, o município inscreveu no Cadastro Único

e incluiu no Programa Bolsa Família 156 famílias que estavam em situação de

extrema pobreza. Agora, todas as famílias que entram no programa superam a

miséria.

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O município apresenta uma cobertura cadastral inferior às estimativas oficiais,

de modo que, para alcançar todas as famílias que fazem parte do público-alvo, é

necessário realizar ações de Busca Ativa para incluir 301 famílias. Esse esforço deve

ser acompanhado de ações para melhorar a qualidade das informações registradas

no Cadastro.

2.6. GARANTIA DE RENDA

2.6.1. Programa Bolsa Família

Em abril de 2016, o município tinha 443 famílias no Programa Bolsa Família.

Isso representa 49,00 % do total estimado de famílias do município com perfil de

renda do programa (cobertura de 49,00 %).

Foram transferidos R$ 54.803,00 às famílias beneficiárias do Programa em abril

de 2016.

De junho de 2011 (início do Plano Brasil Sem Miséria) a abril de 2016, houve

diminuição de 41,79 % no total de famílias beneficiárias.

Em março de 2013, o benefício do Brasil Carinhoso, inicialmente pago a

famílias extremamente pobres com filhos de 0 a 15 anos, foi estendido a todas as

famílias do Programa Bolsa Família. Com a mudança, todas as famílias do programa

superam a extrema pobreza.

2.6.2. Acompanhamento de Condicionalidades

Ao entrar no Programa Bolsa Família, a família assume alguns compromissos:

as crianças e jovens devem frequentar a escola; as crianças precisam ser vacinadas

e ter acompanhamento nutricional; e as gestantes devem fazer o pré-natal.

No município, 97,80 % das crianças e jovens de 6 a 17 anos do Bolsa Família

têm acompanhamento de frequência escolar. A média nacional é de 86,70 %. O

município está acima da média, mas ainda assim é importante que as secretarias de

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assistência social e de educação continuem trabalhando juntas para aumentar o

número de famílias cujos filhos têm frequência escolar verificada.

Na área da saúde, o acompanhamento chega a 77,98 % das famílias com perfil,

ou seja, aquelas com crianças de até 7 anos e/ou com gestantes. A média nacional é

de 76,81 %. O município está acima da média, mas ainda assim é importante que as

secretarias de assistência social e de saúde continuem trabalhando em articulação

para aumentar o número de famílias com acompanhamento de saúde.

2.6.3. Benefícios Variáveis Gestantes e Nutrizes

Além de ter benefícios específicos para famílias com crianças e jovens, em

2011 o Programa Bolsa Família começou a pagar também benefícios para gestantes

e nutrizes. Em abril de 2016, 6 famílias recebiam o benefício variável à gestante (BVG)

e 0 famílias recebiam o benefício variável nutriz (BVN) no município.

2.7. ACESSO A SERVIÇOS

2.7.1. Assistência Social

Para fazer frente a um desafio com o tamanho e a abrangência territorial do

Brasil Sem Miséria, focado no público mais vulnerável do país, foi necessário que o

Plano tivesse como referência uma rede com as mesmas características – a rede do

Sistema Único de Assistência Social (SUAS).

O sucesso do Brasil Sem Miséria demanda o bom funcionamento do SUAS e

uma atuação integrada entre a secretaria municipal de assistência social e as

secretarias de trabalho, educação, saúde e outras que estejam envolvidas na

estratégia de superação da extrema pobreza.

O fortalecimento da agenda municipal da assistência social, em especial no que

diz respeito à estruturação do SUAS, requer reforço no seu financiamento. É por isso

26

que o MDS disponibiliza aos municípios recursos para a ampliação da rede e a

qualificação de seus serviços.

Em abril de 2016 o município tinha em seu território:

1 Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) cofinanciado pelo

MDS.

2.7.2. Saúde

Estão confirmadas obras de ampliação financiadas pelo Ministério da Saúde,

para 1 Unidade Básica de Saúde já existente no município.

2.7.3. Educação

Brasil Carinhoso – Centros de Educação Infantil

A Ação Brasil Carinhoso dá estímulos financeiros aos municípios para aumentar

o acesso da população mais pobre aos serviços de educação infantil.

O objetivo é incentivar o aumento das vagas para as crianças de 0 a 48 meses

beneficiárias do Programa Bolsa Família nas creches públicas ou conveniadas com

o poder público. E, com mais recursos, melhorar o atendimento às crianças e suas

famílias. Para isso, o MDS complementa os valores do Fundo de Manutenção e

Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) repassados pelo MEC. São 50%

mais recursos para cada vaga ocupada por criança do Bolsa Família.

Nos anos de 2012 e 2013, o município deveria informar ao Governo Federal,

em sistema disponibilizado pelo Ministério da Educação, o número de crianças do

Programa Bolsa Família matriculadas em creches. A partir de 2014, a identificação

das crianças do Programa Bolsa Família matriculadas em creches foi feita a partir do

Censo da Educação Básica do ano anterior.

De acordo com o Censo Demográfico de 2010:

Número de crianças no Município

IDADE Número de crianças

0 a 48 meses 644

27

Número de crianças beneficiária do Programa Bolsa Família

IDADE Número de crianças

0 a 48 meses 195

Escola em Tempo Integral

O Programa Mais Educação é a estratégia indutora da oferta de educação em

tempo integral no país. É um Programa que estimula a ampliação da jornada nas

escolas públicas para, no mínimo, sete horas diárias. Para oferecer educação em

tempo integral, acrescentam-se às atividades curriculares já existentes outras como

acompanhamento pedagógico, educação ambiental, esporte e artes. O governo

federal repassa recursos para ressarcir a escola pelo pagamento de alimentação e

transporte dos monitores, compra de materiais permanentes e de consumo,

contratação de serviços e aquisição de kits pedagógicos.

A oferta de educação integral é uma das estratégias para superação da

extrema pobreza, sendo assim, a Prefeitura Municipal de Santa Izabel do Oeste

mantém uma escola em tempo integral (Escola Municipal Joaninha Cêdonia Fachini

Sechini). O município tem feito adesão ao Programa Novo Mais Educação, o qual

auxilia e complementa a manutenção da escola, onde uma grande porcentagem

dos alunos vem de famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família.

2.8. INCLUSÃO PRODUTIVA

2.8.1. Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego -

(PRONATEC Brasil Sem Miséria)

O Pronatec Brasil Sem Miséria oferece gratuitamente cursos de qualificação

profissional com duração mínima de 160 horas para pessoas com mais de 16 anos de

idade, prioritariamente aqueles que estejam inscritos no Cadastro Único.

Custeados pelo MEC, os cursos são ministrados por instituições de reconhecida

qualidade técnica, como as entidades do Sistema “S” (Senai, Senac, Senat e Senar),

28

a rede federal de educação profissional, científica e tecnológica e as redes estaduais,

distrital e municipais de educação profissional e tecnológica.

O aluno recebe todo o material escolar e didático, além da “assistência

estudantil” que consiste de alimentação e transporte, ou de recursos para custeá-

los.

São mais de 500 opções de cursos em áreas como: construção civil, serviços,

hotelaria, comércio, bares e restaurantes, cuidador de idoso, operador de computador,

eletricista, auxiliar administrativo, entre outras. Há vagas para pessoas com diversos

níveis de escolaridade, desde quem tem letramento inicial até alunos com ensino

médio, a depender do curso.

Ao proporcionar qualificação profissional, o Pronatec Brasil Sem Miséria

aumenta as possibilidades de inserção de pessoas de baixa renda nas

oportunidades de trabalho disponíveis.

Municípios de qualquer porte populacional podem aderir, sem a necessidade

de celebração de convênio com a União ou de pagamento de contrapartida por parte

do poder público municipal. Trimestralmente as prefeituras podem renegociar com as

escolas a oferta de cursos do Pronatec Brasil Sem Miséria no seu Município.

De janeiro de 2012 a dezembro de 2014, foram efetuadas 55 matrículas em

cursos ofertados pelo Pronatec Brasil Sem Miséria no Município.

Para 2014, foi pactuada a oferta de 18 vagas do Pronatec Brasil Sem Miséria

no Município.

2.8.2. Programa de Promoção do Acesso do Mundo Do Trabalho

O Programa de Promoção do Acesso ao Mundo do Trabalho – ACESSUAS

busca a autonomia das famílias usuárias da Política de Assistência Social, por meio da

articulação e da mobilização à integração ao mundo do trabalho. Possui, ainda,

estreita articulação com foco no Plano Brasil Sem Miséria, com a promoção de

estratégias, ações e medidas de enfrentamento à pobreza, por meio de mobilização de

29

usuários; monitoramento da execução das ações do Programa e articulação com

diferentes parceiros e políticas públicas.

O público-alvo do Programa ACESSUAS são as Populações urbanas e rurais

em situação de vulnerabilidade e risco social com idade entre 16 a 59 anos, em

especial:

Famílias e indivíduos com perfil do Plano Brasil sem Miséria;

Pessoas inscritas no CADÚNICO;

Pessoas com deficiência beneficiárias do BPC;

Jovens egressos do serviço de convivência para jovens;

Egressos do Sistema Socioeducativo;

Famílias com presença de situação de trabalho infantil;

População em situação de rua;

Famílias com crianças em situação de acolhimento provisório;

Adolescentes e jovens egressos do serviço de acolhimento;

Indivíduos e famílias moradoras em territórios de risco em decorrência

do tráfico de drogas;

Indivíduos egressos do sistema penal;

Pessoas retiradas do trabalho escravo;

Mulheres vítimas de violência;

Entre outros para atender especificidades territoriais.

30

O Programa refere-se às ações de articulação, mobilização, encaminhamento e

monitoramento dos usuários aos cursos de formação inicial e continuada em parceria

com o PRONATEC, as unidades ofertantes dos cursos do PRONATEC/BSM são:

Os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia - IFs;

Os serviços de aprendizagem que compõem o Sistema “S”:

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI

Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC

Serviço Social da Indústria – SESI

Serviço Social do Comércio – SESC

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR

Serviço de Apoio a Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE

* A mobilização e encaminhamento de Adolescentes de 16 a 17 anos para cursos de capacitação

profissional estará condicionada ao disposto no Decreto n° 6.484/2008 (Lista TIP) que

regulamenta as atividades consideradas impróprias para esta faixa etária.

2.8.3. Programa de Aquisição de Alimentos – PAA

O PAA integra o eixo inclusão produtiva do Plano Brasil sem Miséria, o qual é

voltado à estruturação da capacidade de produção da agricultura familiar no país. O

objetivo do programa é promover o acesso à alimentação adequada e saudável às

populações em situação de insegurança alimentar e a inclusão social e econômica

no campo, por meio do fortalecimento da agricultura familiar.

Para participar do PAA, os beneficiários fornecedores devem procurar as

Entidades Executoras do Município. Em Santa Izabel do Oeste, o PAA aconteceu

até o ano de 2014, nesse momento, por meio da Secretaria Municipal de Educação,

que distribuiu os alimentos as entidades cadastradas indicadas pela secretaria,

sendo sete entidades beneficiárias.

31

CAPÍTULO III

3.1. ACESSO À ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E SAUDÁVEL

O acesso de toda a população a alimentos de qualidade e em quantidade

suficiente, incluindo a água, é um pressuposto básico para a segurança alimentar e

nutricional.

O Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) é a garantia de que cada

homem, mulher ou criança, quer vivam sozinhos ou em grupo, tenham acesso a

alimentos adequados e saudáveis ou aos meios necessários para obter esses

alimentos de forma permanente, sustentável e emancipatória. Esse direito está

expresso no artigo 6º da Constituição Federal do Brasil (CF/1988, art. 6º).

A Secretaria Municipal de Expansão Econômica, Agricultura e Meio Ambiente,

não realiza ações especificamente voltada para “Agricultura Familiar”.

Porém realiza outras atividades que auxiliam na melhoria da Segurança Alimentar e

Nutricional da população, onde podemos destacar:

Dia da água (22 de março) - ações para conscientizar a população sobre

preservação, proteção e uso racional da Água, bem como o 1°, o 2° e o 3°

Encontro Municipal da Água, anualmente, com temas relacionados à proteção

e qualidade da água, mata ciliar e conservação de solos e água.

Semana do meio ambiente (01 a 07 de junho)- conscientização com faixas e

folhetos educativos sobre a importância da preservação ambiental, bem como

distribuição de sacolas ecológicas e educativas para população.

Dia da Árvore (21 de setembro) ações desenvolvidas de recuperação da mata

ciliar, realização de palestras nas escolas do interior e distribuição de mudas de

espécies nativas a alunos e produtores rurais

Através do Programa de Gestão de Solo e Água, estamos desenvolvendo na

Microbacia do Rio Sarandizinho, ações educativas e concretas de adequação e

recuperação ambiental nas propriedades rurais visando o controle da erosão hídrica,

32

melhoria no manejo de lavouras e criações, a proteção das águas superficiais, a

correção de solos e a integração do sistema conservacionista com as estradas rurais,

resultando em melhoria da qualidade de vida, renda, bem estar e sustentabilidade, e

para contribuir na reconstituição e preservação da Mata Ciliar investimos no Programa

de Conservação Ambiental, juntamente com a comunidade, através de várias ações

educativas, realizando reuniões e palestras nas comunidades, dinâmicas com os

alunos nas escolas, prática de plantio de mudas de árvores nativas para recuperação

da mata ciliar, orientação e acompanhamento nas propriedades e distribuição de

mudas nativas com o objetivo de melhorar a gestão ambiental integrada da agricultura,

visando à utilização correta das terras, conservação da biodiversidade,

sustentabilidade dos meios produtivos e a melhoria da qualidade de vida. Cada vez

mais estamos intensificando o trabalho de conservação do solo no município, com

implantação de terraços em nível e a utilizada prática de plantio direto, rotação de

cultura e adubação verde que contribui na proteção do solo.

Formamos uma parceria através de um projeto de extensão do curso de química

da UFFS, para incentivo das boas práticas de manejo no setor rural e o monitoramento

da qualidade da água, na área do manancial e nascente do Rio Sarandi, através de

coleta e análises da água feita pelos professores e estagiários da Universidade.

Todos os anos são realizados o recolhimento das embalagens de agrotóxicos pela

empresa ARIAS em parceria com os Revendedores de agrotóxicos, com apoio do

município, na divulgação e organização para a coleta nas comunidades. Também

iniciamos desde 2012 um trabalho de coleta do lixo eletrônico atendendo as exigências

da Lei Nacional n° 12.305/10 e lei Estadual/PR n° 15.851.

Estamos implantando no município o Sistema Integrado de Coleta Seletiva onde

será feita a coleta do resíduo sólido para que seja realizada a separação dos materiais

recicláveis através da associação de catadores. Para isso, a Administração através do

programa Paraná sem lixões um caminhão composto por coletor com movimentação

de carga, onde o mesmo possui compartimento para coleta de óleo de fritura.

O Programa Leite das Crianças é um programa intersecretarial que consiste na

distribuição gratuita e diária de um litro de leite tipo pasteurizado, enriquecido com ferro

quelado e vitaminas “A” e “D”. O programa propicia o estímulo ao desenvolvimento e

33

organização da cadeia leiteira, com ênfase na geração de renda, criação de empregos,

incentivando a permanência da população no interior do estado, como também a

socialização de informações e procedimentos à inclusão social das famílias.

34

CAPÍTULO IV

4.1. SAÚDE E NUTRIÇÃO

Santa Izabel do Oeste possui atualmente 6 unidades de atenção primária a

saúde, sendo 3 localizadas em área rural (São Judas, São Pedro e Nova Estrela) e 3

na área urbana (Bairro São José Operário, Bairro Santo Antonio e Núcleo Integrado de

Saúde) com 4 equipes de estratégia saúde da família, representando uma cobertura

populacional de 84,71% (2015 RAG- relatório anual de gestão).

O Núcleo Integrado de Saúde conta com equipe multidisciplinar e

especialidades de nutrição, cardiologia, ginecologia, obstetrícia e pediatria. Contamos

também com um centro odontológico.

A secretaria de saúde conta ainda com a equipe de Vigilância em saúde que é

composta de vigilância sanitária, vigilância epidemiológica, vigilância ambiental e

saúde do trabalhador.

Apresenta ainda um Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF) com equipe

multiprofissional (fisioterapeuta, educador físico, assistente social, farmacêutico e

terapeuta holística) que presta atendimento na academia da saúde e apóia as ações

das equipes de estratégia saúde da família.

Contamos com um hospital municipal de pequeno porte 100% SUS, sob gestão

da Secretaria Municipal de Saúde com pronto socorro 24 horas.

A vigilância alimentar e nutricional que envolve o diagnóstico e monitoramento

do estado nutricional dos usuários é realizado pelas equipes de saúde da família

através do Programa Saúde na Escola (PSE).

As crianças beneficiárias do Programa Leite das crianças são acompanhadas

através de pesagem mensal realizadas sempre na última sexta feira de cada mês nas

unidades de saúde São José Operário e Santo Antonio.

35

Os beneficiários do Programa Bolsa Família são acompanhados pela equipe da

ESF (Estratégia Saúde da Família), que realizam pesagens semestrais com posterior

alimentação do SISVAN (Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional).

A cobertura de acompanhamento das condicionalidades de saúde do Programa

Bolsa Família no ano de 2015 foi de 73,44% (2015- RAG).

Oferecemos ainda o atendimento de puericultura que é o acompanhamento do

crescimento e desenvolvimento das crianças de zero a dois anos, com suplementação

de vitamina A+D e suplementação profilática de ferro.

As gestantes são inseridas no Programa Mãe Paranaense, onde é realizada a

avaliação nutricional com disponibilização de consulta com profissional nutricionista

quando necessário. Todas as gestantes são suplementadas com ácido fólico e sulfato

ferroso. Os suplementos para as crianças e gestantes são adquiridos pelo município e

distribuídos de forma gratuita.

No artigo 4º, inciso III da Lei 11.346/2006, que se refere “a promoção da saúde,

da nutrição e da alimentação da população, são realizadas ações de educação em

saúde que englobam orientações nutricionais nos grupos de hipertensos e diabéticos

(hiperdia) e grupos de gestantes.

Ainda no artigo 4º, inciso IV da Lei 11.346, “a garantia da qualidade biológica,

sanitária, nutricional e tecnológica dos alimentos” contempla as ações de vigilância

sanitária. Especialmente na área de alimentos são realizadas vistorias em

estabelecimentos e a licença sanitária é o resultado de que as normas legais foram

cumpridas e atesta a regularidade do estabelecimento. A vigilância sanitária realiza em

parceria com a UFFS – Universidade Federal da Fronteira Sul ações educativas

contemplando as boas práticas de manipulação de alimentos visando a garantia de

Segurança Alimentar e Nutricional.

36

CAPITULO V

5.1 EDUCAÇÃO

A educação no Município de Santa Izabel do Oeste é orientada pelo princípio da

qualidade para todos com a análise das necessidades e também da avaliação dos

avanços já realizados. Neste contexto, as ações educacionais promovidas pelo

município apresentam como foco a promoção e a evolução constante dos padrões de

ensino, de modo a desenvolver as competências necessárias para a cidadania,

participação efetiva no mundo do trabalho e o usufruto dos bens culturais disponíveis.

A educação municipal realiza à diversidade cultural e pessoal, às diferenças

individuais e à necessidade de atenção e estimulações educacionais diferenciadas,

orientada pelos princípios da inclusão e equidade, oferecendo oportunidade

educacional de qualidade para todos, de forma inclusiva, considerando as diferenças

pessoais entre seus alunos, atendendo diferentemente aqueles que necessitam de

atenção e estímulos educacionais diferenciados. Estes cuidados estão associados ao

princípio da democratização da educação, considerando que pessoas diferentes, com

dificuldades e experiências distintas, precisam usufruir os mesmos padrões de

qualidade em educação.

Desta forma, a gestão da educação em Santa Izabel do Oeste está voltada para

a promoção de aprendizagem de alta qualidade compatível com os desafios do

momento vivido pela sociedade atual e com a visão de longo prazo, mediante a

percepção das possibilidades e necessidades futuras.

Atualmente, o município possui 19 Unidades Escolares para atender toda

demanda

Rede Municipal de Educação 10 unidades escolares, sendo:

3 centros de Educação Infantil

7 escolas do Ensino Fundamental Anos Iniciais.

37

Rede Estadual com 8 unidades escolares, sendo:

6 Ensino Fundamental Anos Finais

1 Ensino Médio,

1 Modalidade Educação Especial.

Rede privada

1 Educação Infantil e Ensino Fundamental Anos Iniciais.

A alimentação escolar em Santa Izabel do Oeste faz parte do Programa

Nacional de Alimentação Escolar - PNAE o qual tem por objetivo contribuir para o

crescimento e o desenvolvimento biopsicossocial, a aprendizagem, o rendimento

escolar e a formação de práticas alimentares saudáveis dos alunos, por meio de ações

de educação alimentar e nutricionais e da oferta de refeições que cubram as suas

necessidades nutricionais durante o período letivo.

A Secretaria Municipal de Educação, por meio da Nutricionista Técnica da

Secretaria Municipal de Educação, iniciou em 2011 o monitoramento nutricional com a

realização de avaliação uma vez ao ano dos alunos matriculados da Rede Municipal

de Ensino.

O objetivo do monitoramento do estado nutricional dos alunos é obter

informações sobre o estado de saúde, incidência de situações especiais para subsidiar

o planejamento e execução de ações de educação alimentar e nutricional para

promoção da alimentação saudável e controle de doenças crônicas não transmissíveis

como, por exemplo: obesidade, diabetes, hipertensão, entre outras.

A partir dos dados antropométricos (peso e altura), realiza-se o diagnóstico

nutricional dos alunos da Rede Municipal de Ensino e ações em Educação Alimentar

e Nutricional que são desenvolvidas com a comunidade escolar, visando à redução

dos índices de excesso de peso e a melhoria da qualidade de vida da população

estudantil.

No ano de 2016, nos Centros de Educação Infantil, totalizando três unidades, o

índice de alunos com diagnóstico nutricional das crianças foi:

1,45% - peso baixo

18,49 % - peso elevado

38

80,69 % - peso adequado

2,17% - altura abaixo

5,21% - altura elevada

94,20% - altura adequada

Os alunos que apresentam necessidades alimentares especiais (como por

exemplo: intolerância à lactose, doença celíaca, diabetes mellitus, dentre outras) são

atendidos com a oferta de alimentos adequados durante o período de permanência na

Unidade Escolar. No ano de 2016, 2 alunos apresentaram diabetes mellitus.

Os cardápios da alimentação escolar são elaborados pela nutricionista, com

utilização de gêneros alimentícios básicos, de modo a respeitar as referências

nutricionais, os hábitos alimentares, a cultura alimentar da localidade e pautar-se na

sustentabilidade, sazonalidade e diversificação agrícola da região e na alimentação

saudável e adequada.

Os alimentos adquiridos pela Secretaria Municipal de Educação para

atendimento do Programa Nacional de Alimentação Escolar obedecem às diretrizes

previstas na Resolução FNDE nº 26, de 17 de junho de 2013, limites máximos de sódio,

açúcar, gorduras saturadas e trans.

É realizado controle administrativo para a aquisição e a distribuição dos

alimentos, visando garantir a entrega de produtos com qualidade às Unidades

Escolares. O fornecimento dos gêneros alimentícios às Unidades Escolares ocorre

regularmente. Os gêneros alimentícios não perecíveis são entregues uma vez ao mês

nos Centros de Educação Infantil e a cada trimestre nas escolas, enquanto os gêneros

alimentícios perecíveis são entregues uma vez por semana para todas as entidades.

Para o monitoramento do PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar)

são realizadas supervisões mensais às Unidades de Ensino, zelando pela ordem e

manutenção de boas condições higiênicas. Também são realizados testes de

aceitabilidade de gêneros alimentícios, os quais norteiam novas programações para

aquisição dos alimentos.

A Gerência de Alimentação e Nutrição Escolar desenvolve atividades de

assessoramento ao Conselho de Alimentação Escolar (CAE) Municipal. Este Conselho

39

monitora e fiscaliza todas as ações relacionadas à alimentação escolar e é responsável

pela análise da prestação de contas relativa aos recursos repassados do Fundo

Nacional de Educação para o Programa Nacional de Alimentação Escolar. O CAE

Municipal realiza reuniões e supervisões nas Unidades Escolares semestralmente.

As ações de Educação Alimentar e Nutricional acontecem em todas as unidades

da rede municipal de ensino para alunos, auxiliares gerais/serventes, professores. São

realizadas atividades educativas sobre alimentação saudável ao longo de todo o ano

nos Centros Municipais de Educação Infantil e nas Escolas Municipais.

40

CAPÍTULO VI

6.1. A CONSTRUÇÃO DO SISAN E SUA CONSOLIDAÇÃO NO MUNICÍPIO

O Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) é um

sistema público legalmente instituído pela Lei Federal nº 11.346/2006, conhecida

como Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional-LOSAN, permite

formular, articular e implementar de maneira intersetorial e com a participação

da sociedade civil organizada, políticas, planos, programas e ações de

segurança alimentar e nutricional em âmbitos nacional, estadual e municipal com

vistas a assegurar o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA). Também

pode monitorar e avaliar as mudanças que ocorreram na área de alimentação e

nutrição para verificar o impacto dos programas e ações de segurança alimentar

e nutricional sobre a população a qual se destinavam a política. Compõe-se

basicamente de 4 elementos como Órgãos e entidades de Segurança Alimentar

e Nutricional da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

Conferências de Segurança Alimentar e Nutricional

Conselhos de Segurança Alimentar e Nutricional – CONSEA

Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional –

CAISAN

Representantes da Sociedade Civil

Além de Instituições privadas, com ou sem fins lucrativos, que manifestem

interesse na adesão e que respeitem os critérios, princípios e diretrizes do

SISAN.

Em junho de 2011, foi realizada a I Conferência de Segurança Alimentar

e Nutricional tendo como tema geral “Alimentação Adequada e Saudável Direito

de Todos”. A Conferência contou com a presença de segmentos de toda

sociedade civil, organizada e pública, onde teve início a sensibilização da gestão

pública para a criação do SISAN em Santa Izabel do Oeste.

A adesão de Santa Izabel do Oeste ao SISAN Nacional, foi confirmada

pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS após

publicação dos decretos a nível municipal.

41

Decreto nº 2.447/2014 de 20 de agosto de 2014 foi criado o

Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional –

CONSEA Municipal que é um órgão colegiado composto por

representações do Governo Municipal (1/3) e da Sociedade Civil

organizada (2/3), com o objetivo de propor as diretrizes gerais para

uma Política de Segurança Alimentar e Nutricional.

Decreto nº 2.448/2014 de 20 de agosto de 2014 a Câmara

Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional – CAISAN, tem

como desafio, em conjunto com o CONSEA, coordenar a

construção do Plano Municipal de Segurança Alimentar e

Nutricional.

Lei Municipal nº 1.624 de 18 de agosto de 2014 para criação dos

componentes do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e

Nutricional e definição dos parâmetros para a elaboração e

implementação do Plano Municipal de SAN, observando-se os

princípios e diretrizes estabelecidas pela Lei Federal 11.346, de

2006, com o propósito de garantir o Direito Humano à Alimentação

Adequada.

42

CAPÍTULO VII

7.1. DIRETRIZES DO PLANO NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E

NUTRICIONAL

Com o Decreto nº 7.272/2010 institui-se a Política Nacional de Segurança

Alimentar e Nutricional que estabelece suas diretrizes, as quais foram usadas

como base para a orientação da elaboração do Plano Municipal de Segurança

Alimentar e Nutricional.

Diretriz 1 – Promoção do acesso universal à alimentação adequada e saudável,

com prioridade para as famílias e pessoas em situação de insegurança alimentar

e nutricional;

Diretriz 2 – Promoção do abastecimento e estruturação de sistemas

descentralizados e sustentáveis de produção, extração, processamento e

distribuição de alimentos, inclusive os de base agroecológica;

Diretriz 3 – Instituição de processos permanentes de educação alimentar e

nutricional, pesquisa e formação nas áreas de segurança alimentar e nutricional

e do direito humano à alimentação adequada;

Diretriz 4 – Promoção, universalização e coordenação das ações de segurança

alimentar e nutricional, voltadas para quilombolas e demais povos e

comunidades tradicionais, povos indígenas e assentados da reforma agrária;

Diretriz 5 – Fortalecimento das ações de alimentação e nutrição em todos os

níveis da atenção à saúde, de modo articulado às demais políticas de segurança

alimentar e nutricional;

Diretriz 6 – Promoção do acesso universal à água de qualidade e em quantidade

suficiente, com prioridade para as famílias em situação de insegurança hídrica e

para produção de alimentos da agricultura familiar e da pesca e aquicultura;

43

Diretriz 7 – Apoio à iniciativas de promoção da soberania alimentar, segurança

alimentar e nutricional do direito humano à alimentação adequada em âmbito

internacional e a negociações internacionais;

Diretriz 8 – Monitoramento da realização do direito humano à alimentação

adequada.

.

7.2. DIRETRIZES DO PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E

NUTRICIONAL

Para cada diretriz Nacional, foram descritos os programas e ações

desenvolvidas no âmbito da SAN no município e em consonância com o Plano

Plurianual (PPA). Além disso, as propostas da I Conferência de Segurança

Alimentar e Nutricional também foram descritas por fazerem parte de ações

relacionadas à SAN

Diretriz 1

Programação Secretaria

Responsáve

l

Parceiros Fonte de

Recurso

Comentário

Programa

Nacional de

Alimentação

Escolar: a

formação de

hábitos

alimentares

saudáveis, por

meio da oferta

de alimentação

SME FNDE/ME

C

Municipal

e Federal

A alimentação

saudável contribui

para o

crescimento,

desenvolvimento,

aprendizagem e

rendimento

escolar.

44

escolar e de

ações de

educação

alimentar e

nutricional.

Fornecimento

de alimentação

diferenciada ao

munícipes

através de dieta

enteral para

pessoas com

necessidades

especiais de

alimentação.

SEMSA USF Municipal Atendimentos aos

pacientes

com

necessidades

alimentares

especiais,

mediante

prescrição

médica

ou de

nutricionista.

Programa

Família

Paranaense:

Que

tem como

atribuição

articular

as políticas

públicas de

várias áreas

do Governo,

visando a

promoção

social das

famílias que

SEMAS CRAS

SEMSA

SME

Conselho

Tutelar

Municipa

l

Estadual

Visando

a garantia do

DHAA

realizaremos

ações

intersetoriais

com as famílias

em

vulnerabilidade.

45

vivem em

situação de

vulnerabilidad

e e risco no

Município.

Tendo como

objetivo de

criar e

estabelecer

uma

rede de

proteção

às famílias por

meio

de um

conjunto de

ações

planejadas.

Programa

Bolsa-Família:

é um

programa de

transferência

direta de renda

que

beneficia

famílias em

situação de

pobreza e de

extrema

pobreza no

SEMAS SMS

SME

Federal SEMAS:

Realização

do cadastro único

para identificação

dos usuários

da Política de

Assistência

Social.

SMS: Avaliação

nutricional

semestral

dos beneficiários.

46

Município,

tendo como

foco de atuação

as famílias com

renda per capita

baixa. Visando

o acesso aos

direitos sociais

básicos nas

áreas de:

alimentação,

educação,

saúde e

assistência

social.

SME:

Acompanhament

o da

frequência

escolar

do(as) alunos(as)

de

famílias

beneficiárias.

Programa

Estadual Leite

das

Crianças: O

Programa do

Leite

Das Crianças

que tem como

objetivo auxiliar

na redução

das deficiências

nutricionais da

população infantil

paranaense.

SMS

SEMAS

SME

SEED

Comitê

Gestor

Fome Zero

Municipal

Estadual

SEMAS: Inclusão

dos

cadastros da

criança,

fechamento do

sistema,

encaminhamento

para a SMS que

fornece a lista de

crianças para

pesagem e

encaminha para o

Comitê Gestor

Fome Zero,

responsável pela

aprovação.

Dentre as propostas da I Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional

– 2011, que se relacionam com a 1ª diretriz estão:

47

A proposta 4 do Eixo 1 – Acompanhamento e orientação aos participantes

do Bolsa Família, os beneficiados serão orientados por profissionais da

área nutricional e da saúde, quanto a compra dos alimentos, devendo

sempre priorizar alimentos que são essenciais a saúde, conscientizar a

manipulação e higiene dos mesmos, com abrangência em todo município.

A proposta 2 do Eixo 2 – Educação Nutricional para alunos através de

palestras, orientando sobre o valor nutricional de cada alimento cultivado

nas hortas, palestras essas proferidas pelas nutricionistas.

Diretriz 2

Agricultura

Familiar:

Aquisição

de gêneros

alimentícios

diversificados,

produzidos pela

agricultura

familiar e pelos

empreendedores

familiares

rurais do

Município.

Fomentando

assim

à agricultura

familiar em

cumprimento a

Lei Federal

11.947/09 do

PNAE.

SME SMEEAMA

COAFI

Federal

Municipal

Aproveitamento

dos produtos

oriundo da

agricultura

familiar.

48

Programa de

Aquisição de

Alimentos –

PAA: promove a

inclusão social

e econômica no

campo por

meio do

fortalecimento

da agricultura

familiar.

SME SMEEAMA

COAFI

Estadual

Federal

O Município

executa o PAA

e indica as

entidades

receptoras.

Dentre as propostas da I Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional

– 2011, que se relacionam com a 2ª diretriz estão:

A proposta 1 do Eixo 2 – Implantação de hortas escolares, com o objetivo

de orientar sobre o preparo do solo, adubação e plantio de mudas visando

o cultivo de hortaliças em parceria com a Secretaria de Agricultura, será

implementado nos CMEIS e nas Escolas Municipais.

A proposta 3 do Eixo 2 – Capacitação realizada por técnicos agrícolas e

especialistas em nutrição abrangendo toda comunidade escolar do

município, principalmente aos alunos, professores, funcionários e pais,

visando a manutenção das hortas.

A proposta 4 do Eixo 2 – Orientação e acompanhamento aos agricultores

na produção de alimentos que possam ser destinados ao PAA (Programa

de Aquisição de Alimentos) em parceria com a Secretaria de Agricultura,

Nutricionistas, COAFI, Secretaria de Educação.

Diretriz 3

Programação Secretaria

Responsável

Parceiros Fonte de

Recurso

Comentário

Orientação

em

SME SMS Municipal Palestras de

Alimentação

49

Educação

Alimentar

e Nutricional

para

profissionais

da educação

e

comunidade

escolar, com

o objetivo de

conscientizar

a melhoria

nos hábitos

alimentares

saudáveis.

Saudável

para o

público alvo.

Capacitação

às equipes de

saúde em

temas

relacionados

à

Alimentação

e

Nutrição.

SMS Municipal Capacitação

com temas

relacionados

a

alimentação

e nutrição.

Aplicação de

práticas

alimentares

saudáveis.

SME

SMS

Administração

Municipal e

Sociedade

Civil

Municipal Promoção de

palestras,

cursos e

Oficinas.

Reuniões de

Rede

de Apoio e

Redes

de Proteção:

SEMAS

SME

SMS

Administração

Municipal

Municipal Reuniões

periódicas

com o público

alvo.

50

discussão de

casos em

situação

de

insegurança

alimentar e

nutricional.

Projeto de

Extensão

em parceria

com a

UFFS:

atividades de

Educação

Alimentar

e Nutricional.

SME

SMS

UFFS

USF

SME

Municipal

Federal

Ações

educativas

com

atividades

relacionadas

a

alimentação

e nutrição.

.

Dentre as propostas da I Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional

– 2011, que se relacionam com a 3ª diretriz estão:

A proposta 2 do Eixo 2 – Educação Nutricional para alunos através de

palestras, orientando sobre o valor nutricional de cada alimento cultivado

nas hortas, palestras essas proferidas pelas nutricionistas.

A proposta 3 do Eixo 2 – Capacitação realizada por técnicos agrícolas e

especialistas em nutrição abrangendo toda comunidade escolar do

município, principalmente aos alunos, professores, funcionários e pais,

visando a manutenção das hortas.

Diretriz 4

Não se aplica, já que esses grupos populacionais não foram registrados

no município.

51

Diretriz 5

Programação Secretaria

Responsável

Parceiros Fonte de

Recurso

Comentário

Acompanhamento

da Saúde da

gestante através do

Sisprenatal .

SMS USF Municipal

Federal

Cadastro e

monitoramento

das gestantes

que realizam o

pré-natal nas

Unidades de

Saúde com

orientação e

estímulo ao

aleitamento

materno.

Fiscalização aos

estabelecimentos

que comercializam,

fabricam e

manipulam

alimentos.

SMS Municipal

Federal

Fiscalização da

vigilância

sanitária na área

de alimentos, com

ações educativas.

Realização da

avaliação do estado

nutricional de

alunos da Rede

Municipal de

Ensino.

SME SME

UFFS

SMS

Municipal Avaliação e

acompanhamento

do peso e

estatura dos

alunos que

frequentam a

rede municipal.

Oferecimento de

alimentação

diferenciada para

os alunos da rede

municipal pelo

SME SME

SMS

Municipal

Federal

Acompanhamento

e monitoramento

da alimentação

aos alunos

portadores de

52

Programa Nacional

de Alimentação

Escolar.

doença celíaca,

intolerância à

lactose,

hipertensão,

obesidade ou

diabetes mellitus

nas instituições

da rede municipal

Alimentar o

SISVAN,

monitorando a

situação alimentar e

nutricional.

SMS USF

SME

Municipal

Federal

Registro e

acompanhamento

dos dados no

SISVAN de

crianças

beneficiárias de

programas

sociais.

Monitoramento e

acompanhamento

do Programa Saúde

na Escola (PSE).

SMS

USF

SME

SEMAS

Municipal Ações de

prevenção,

promoção e

atenção à saúde.

Dentre as propostas da I Conferência de Segurança Alimentar e

Nutricional – 2011, que se relacionam com a 5ª diretriz estão:

A proposta 3 do Eixo 1 – Aplicação do questionário EBIA (Escala

Brasileira de Insegurança Alimentar) o questionário será aplicado nas

famílias através das agentes de saúde em todo o município.

A proposta 1 do Eixo 3 – Diagnóstico nutricional, iniciando com crianças

que frequentam CMEIS, adolescentes, adultos, gestantes, idosos,

professores e funcionários com acompanhamento de nutricionistas e

profissionais de educação física.

A proposta 2 do Eixo 3 – Educação nutricional em relação a alimentação

saudável e prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, para

53

todos envolvidos da proposta 1 do eixo 3, e desenvolvido por profissionais

da área nutricional e da saúde.

Diretriz 6

Programação Secretaria

Responsável

Parceiros Fonte de

Recurso

Comentário

Programa

Nacional de

Vigilância da

Qualidade

da Água para

Consumo

Humano

(Vigiagua)

SMS SMS

SME

SMEEAMA

Municipal

Federal

Controle da

qualidade,

através da

coleta e

análise da

água para

consumo

humano.

Diretriz 7

Não se aplica no município.

Diretriz 8

Programação Secretaria

Responsável

Parceiros Fonte de

Recurso

Comentário

Atendimento

às famílias

em

situação de

risco social,

através da

gestão do

CRAS.

SEMAS CRAS

SMS

SME

Municipal

Federal

Destinado

à população que

vive em

situação de

fragilidade.

54

Garantia da

oferta de

alimentação

de qualidade

aos alunos

da rede

municipal.

Práticas de

Fabricação

pela

Nutricionista

responsável.

SME SME

SMS

Municipal A equipe técnica

é responsável

pelo

acompanhamento

licitatório,

recebimento e

entrega dos

produtos,

garantindo a

qualidade dos

mesmos.

Implantação

e

consolidação

da Política de

SAN

SME

SMS

SEMAS

SMEEAMA

Administração

Municipal e

Sociedade

Civil

Municipal Com a

elaboração

do Plano

Municipal

de SAN, haverá

maior

articulação e

fortalecimento do

CONSEA e da

CAISAN.

Dentre as propostas da I Conferência de Segurança Alimentar e

Nutricional – 2011, que se relacionam com a 8ª diretriz estão:

A proposta 3 do Eixo 1 – Aplicação do questionário EBIA (Escala

Brasileira de Insegurança Alimentar) o questionário será aplicado nas

famílias através das agentes de saúde em todo o município.

A proposta 4 do Eixo 1 – Acompanhamento e orientação aos participantes

do Bolsa Família, os beneficiados serão orientados por profissionais da

área nutricional e da saúde, quanto a compra dos alimentos, devendo

sempre priorizar alimentos que são essenciais a saúde, conscientizar a

manipulação e higiene dos mesmos, com abrangência em todo

município.

55

A proposta 1 do Eixo 3 – Diagnóstico nutricional, iniciando com crianças

que frequentam CMEIS, adolescentes, adultos, gestantes, idosos,

professores e funcionários com acompanhamento de nutricionistas e

profissionais de educação física.

56

CAPÍTULO VIII

8.1. INDICADORES PARA O MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO

MUNICIPAL DE SAN

A Administração Municipal e a Câmara Intersetorial de Segurança

Alimentar e Nutricional - CAISAN Santa Izabel do Oeste, são responsáveis pelo

monitoramento e avaliação do Plano Municipal de Segurança Alimentar e

Nutricional de forma contínua visando o desenvolvimento e a efetivação do

acesso da população vulnerável às políticas de SAN.

O Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional deve contemplar

em sua execução a busca pelo cumprimento do Direito Humano à Alimentação

Adequada (DHAA) e a consolidação da Soberania Alimentar. A utilização dos

diversos indicadores propostos servirá como fonte múltipla para obtenção de um

panorama global das ações de segurança alimentar e nutricional, permitindo,

desta forma a visualização do status da garantia do DHAA.

A CAISAN/Santa Izabel do Oeste poderá buscar parceria com instituições

de ensino, pesquisa e extensão, a fim de definir metodologia específica para o

monitoramento e avaliação das ações implantadas, identificando eventuais

entraves e possibilitando correções, bem como propor novas ações.

57

CAPÍTULO IX

9.1. PERSPECTIVAS E DESAFIOS PARA A POLÍTICA MUNICIPAL DE SAN

O aprimoramento da Política de Segurança Alimentar e Nutricional no

município de Santa Izabel do Oeste e o fortalecimento do SISAN deve acontecer

de forma permanente e contínua, buscando dar visibilidade por meio do reforço

e ampliação das ações. O estímulo à atuação do CONSEA e da CAISAN deve

estar afinado a outras instâncias governamentais e não governamentais para a

prática de SAN no município.

Conforme o Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional

para as políticas públicas, a intersetorialidade é um dos princípios das ações de

segurança alimentar e nutricional. Na área socioassistencial, precisamos criar

uma metodologia de trabalho intersetorial e a rede socioassistencial articulada

e integrada, promovendo o acompanhamento e atendimento às famílias em

situação de vulnerabilidade e risco social, agravada pela insegurança alimentar

e nutricional.

“Pode ser, desenvolvida tanto em grupos específicos

quanto intergeracionais, de maneira a valorizar e

fortalecer os hábitos alimentares saudáveis no contexto

familiar, por meio da abordagem sobre direitos, etapas

do sistema alimentar (produção, abastecimento e

consumo), valorização do consumo de alimentos

tradicionais, produção para o auto consumo (hortas

domésticas e comunitárias), entre outros.” (MDS, 2014)

De acordo com o MDS (2014), é necessário que o planejamento e a

abordagem da temática de SAN sejam feitos por meio da parceria dos diversos

setores públicos, envolvendo coordenadores de CRAS, gestor das Secretaria

Municipais de Assistência Social e dos órgãos de Segurança Alimentar e

Nutricional municipais com diversos outros setores como saúde, educação,

emprego e renda, agricultura, meio ambiente, etc., setores privados (setor

varejista de alimentos, setor de alimentação fora de casa, indústrias) e a

58

sociedade civil: cooperativas, associações, entidades comunitárias ou

religiosas, conselhos, etc.

Sempre que houver necessidade, o CRAS deverá articular com a rede

socioassistencial e setorial a abordagem da temática Educação Alimentar e

Nutricional.

Contudo, serão necessárias ações de educação em SAN na rede municipal

de ensino, permitindo o aperfeiçoamento das mesmas e troca de informações

sobre alimentação saudável e segura, envolvendo toda a comunidade escolar.

Enquanto eixo pedagógico, as hortas escolares orgânicas deverão ser

incentivadas.

Na rede municipal de ensino, devemos dar continuidade à formação dos

professores, educadores, pedagogos e diretores em Educação Alimentar e

Nutricional em busca da promoção de práticas e hábitos alimentares saudáveis,

além de atividades educativas realizadas com os alunos.

Com relação à agricultura familiar orgânica e/ou agroecológica, um dos

desafios é aumentar a variedade de produtos adquiridos para a alimentação

escolar.

Será necessário dar continuidade a adaptação dos alimentos e cardápios,

no que se refere as necessidades alimentares especiais (diabetes mellitus,

hipertensão, intolerância à lactose, doença celíaca, dentre outras) dos alunos da

rede municipal, com a orientação de gestores e equipe técnica da alimentação

escolar.

A transição nutricional no Brasil é marcada pela

dupla carga de doenças, com a coexistência de doenças

infecciosas e transmissíveis, desnutrição e deficiências

nutricionais específicas e de doenças crônicas não

transmissíveis relacionadas à alimentação, tais como

obesidade, hipertensão, doenças cardiovasculares,

diabetes e alguns tipos de câncer, e tem sido

documentada em todas as faixas de renda da

população, em particular entre famílias de menor poder

socioeconômico. A transição nutricional no país chama

atenção, entretanto, para um intrigante paradoxo: a

concomitância da anemia por deficiência de ferro e da

obesidade nos mesmos cenários e grupos

populacionais, sinal da manutenção de um modelo de

59

transição nutricional no qual ainda perdura a

sobreposição do padrão, do atraso e da modernidade

(BRASIL,2009).

Fortalecer o trabalho intersetorial, favorece o comprometimento para uma

melhor efetividade das ações e amplia a discussão em SAN. O monitoramento

do estado nutricional da população deve ser uma rotina e os dados gerados são

importantes para direcionar ações na área de alimentação e nutrição.

A Segurança Alimentar e Nutricional é uma temática com o objetivo de

mobilizar equipes intersetoriais municipais, é essencial para a prática integrada

e articulada para potencialização das ações. Sua discussão e prática devem ser

instrumentos de trabalho do CONSEA e da CAISAN, fortalecendo assim o SISAN

municipal.

60

GLOSSÁRIO

ACESSUAS - Programa de Promoção do Acesso ao Mundo do Trabalho

BVG – Benefício Variável à Gestante

CAE – Conselho de Alimentação Escolar

CAISAN – Câmara Intersetorial Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional

CCA – Centro de Controle de Agravos

CMEI – Centro Municipal de Educação Infantil

CONSEA – Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional

CRAS – Centro de Referência de Assistência Social

DCNT – Doenças Crônicas não Transmissíveis

DHAA – Direito Humano à Alimentação Adequada

EAN – Educação Alimentar Nutricional

EBIA – Escala Brasileira de Insegurança Alimentar

EE – Escola Estadual

EM – Escola Municipal

EN – Estado Nutricional

ESF – Estratégia Saúde da Família

FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação

FUNDEB – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IPARDES - Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social

MEC - Ministério da Educação

MTE - Ministério do Trabalho e Emprego

NASF - Núcleo de Apoio à Saúde da Família

NIS – Núcleo Integrado de Saúde

PAA – Programa de Aquisição de Alimentos

PLC - Programa Leite das Crianças

PNAE - Programa Nacional de Alimentação Escolar

PPA - Plano Plurianual

PRONATEC – Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego

PSE – Programa Saúde na Escola

SAN - Segurança Alimentar e Nutricional

SEED - Secretaria de Estado da Educação

61

SEMAS - Secretaria Municipal de Assistência Social

SISAN - Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional

SISPRENATAL - Sistema de Pré Natal

SISVAN - Sistema de Vigilância Alimentar Nutricional

SME - Secretaria Municipal de Educação

SMEEAMA - Secretaria Municipal de Expansão Econômica, Agricultura

e Meio Ambiente

SMS- Secretaria Municipal de Saúde

SUAS - Sistema Único de Assistência Social

SUS – Sistema Único de Saúde

UFFS - Universidade Federal Fronteira Sul

USF- Unidade de Saúde da Família

VIGIÁGUA - Vigilância da Qualidade da Água de Consumo Humano

SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial

SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural

SESC – Serviço Social do Comércio

SEBRAE – Serviço de Apoio a Micro e Pequenas Empresas

SESI - Serviço Social da Indústria

62

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Disponível em: www.mds. gov.br/ Acesso em 04.11.2016

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Disponível em: www.mds. gov.br/bolsafamilia. Acesso em 22.08.2016.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Disponível em: www.mds.gov.br/assistenciasocial/protecaobasica. Acesso em

16.09.2016.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Marco de

referência de educação alimentar e nutricional para as políticas públicas.

Brasília, DF: MDS; Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional,

2012. Disponível em: http://www.ideiasnamesa.unb.br/files/

marco_EAN_visualização.pdf. Acesso 01.12.2016.

BRASIL, Presidência da República. Lei 11.346 de 15 de setembro de 2006. Cria

o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – SISAN com

vistas em assegurar o direito humano à alimentação adequada e dá outras

providências. Disponível em: www.mds.gov.br. Acesso em 04/07/2014.

BRASIL, Princípios e Diretrizes de uma Política de Segurança Alimentar e

Nutricional - Textos de Referência da II Conferência Nacional de Segurança

Alimentar e Nutricional, Julho, 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de

Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica:

hipertensão arterial sistêmica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção

à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília:

63

BRASIL. Ministério da Saúde, 2013. 128 p. il. (Cadernos de Atenção Básica, n.

37).

BRASIL. Ministério da Saúde. Unicef. Cadernos de Atenção Básica:

Carências de Micronutrientes / Ministério da Saúde, Unicef; Bethsáida de

Abreu Soares Schmitz. - Brasília: Ministério da Saúde.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento

de Atenção Básica. Política Nacional de Alimentação e Nutrição / Ministério

da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.Departamento de Atenção Básica.

Brasília : Ministério da Saúde, 2012.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento

de Atenção Básica. Programa Nacional de Suplementação de Ferro:

manual de condutas gerais / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à

Saúde. Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento

de Atenção Básica. Orientações para a coleta e análise de dados

antropométricos em serviços de saúde: Norma Técnica do Sistema de

Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN / Ministério da Saúde, Secretaria de

Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da

Saúde, 2011.

CÂMARA Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional. Plano Nacional

de Segurança Alimentar e Nutricional: 2012/2015. Brasília, DF: CAISAN,

2011.

CÂMARA Governamental Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional.

Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional. Curitiba, PR:

CAISAN/PR, 2013.

64

PARANÁ. Disponível em: www.educacao.pr.gov.br. Acesso em 21.11.2016

SANTA IZABEL DO OESTE (Prefeitura Municipal), Plano Municipal de

Assistência Social, 2014.

SANTA IZABEL DO OESTE (Prefeitura Municipal), Plano Municipal de

Educação, 2015.

SANTA IZABEL DO OESTE (Prefeitura Municipal), Plano Municipal de Saúde,

2013.

65

ANEXOS

ANEXO I

66

67

68

69

70

71

72

ANEXO II

73

74

75

76

ANEXO III

77

78

79

80

81

82

83