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PoluiçãoPoluição atmosférica
Chuva ácida • Índice de qualidade do ar • Modelização de dispersão atmosférica •
CFC • Escurecimento global • Destilação global• Aquecimento global • Qualidade
do ar interior • Buraco do ozono • PM10 • Smog
Poluição da águaEutrofização • Hipóxia (Ambiente) •
Poluição marinha • Detritos marinhos • Acidificação Oceânica • Maré negra •
Poluição por barcos • Escorrência superficial • Poluição térmica • Águas
residuais • Água inquinada • Qualidade da água • Águas estagnadas •
Contaminação do soloBiorremediação • Herbicida • Pesticida
Contaminação radioactivaRadioatividade ambiental • Produtos da
fissão • Cinza nuclear • Plutónio no ambiente • Envenenamento radioativo • Rádio no ambiente • Urânio no ambiente
Outros tipos de PoluiçãoEspécie invasora • Poluição luminosa •
Poluição sonora • Radiação electromagnética • Poluição visual
PoluiçãoOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Este artigo ou secção não cita as suas fontes ou referências (desde Janeiro de 2009) Ajude a melhorar este artigo providenciando fontes fiáveis e independentes, inserindo-as no corpo do texto ou em notas de rodapé.
Por poluição entende-se a introdução pelo homem, directa ou indirectamente de substancias ou energia no ambiente, provocando um efeito negativo no seu equilíbrio, causando assim danos na saúde humana, nos seres vivos e no ecossistema ai presente.
Os agentes de poluição, normalmente designados por poluentes, podem ser de natureza química, genética, ou sob a forma de energia, como nos casos de luz, calor ou radiação.
Mesmo produtos relativamente benignos da actividade humana podem ser considerados poluentes, se eles precipitarem efeitos negativos posteriormente. Os NO (óxidos de azoto) produzidos pela indústria, por exemplo, são frequentemente citados como poluidores, embora a própria substância libertada, por si só não seja prejudicial. São classificados como poluentes pois com a acção dos raios solares e a humidade da atmosfera, esses compostos dão origem a poluentes como o HNO ou o smog.
Índice
1 Tipos de poluição■
2 Poluentes mais freqüentes e seus efeitos mais temidos
■
3 Poluição global ■
3.1 Efeito estufa■
3.2 Aquecimento global ■
3.2.1 Elevação da temperatura■
3.2.2 Países emissores de gases do efeito estufa
■
3.3 A poluição e a diminuição da camada de ozônio
■
3.3.1 Consequências econômicas■
3.3.2 Protocolo de Montreal■
4 A poluição e as chuvas ácidas ■
4.1 Chuva ácida■
5 A poluição e a perda de biodiversidade■
6 Referências■
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Poluição causada por desastre ecológico devido a derramamento de crude.
A Aviação civil é uma das maiores fontes de
poluição sonora nas grandes cidades.
7 Ver também■
Tipos de poluição
O termo poluição também pode se referir a ondas eletromagnéticas ou radioatividade. Uma interpretação mais ampla do termo deu origem a idéias como poluição sonora, poluição visual e poluição luminosa. No caso da poluição sonora, esta é o efeito provocado pela difusão do som em grande quantidade, muito acima do tolerável pelos organismos vivos, através do meio ambiente. Dependendo de sua intensidade causa danos irreversíveis em seres vivos. A Aviação civil é uma das maiores fontes de poluição sonora nas grandes cidades.
Tipos:
Poluição atmosférica■
Poluição hídrica■
Poluição do solo■
Poluição sonora■
Poluição térmica■
Poluição Luminosa■
Poluição visual■
Poluentes mais freqüentes e seus efeitos mais temidos
Dioxinas - provenientes de resíduos , podem causar câncer, má-formação de fetos, doenças neurológicas, etc.
■
Partículas de cansadez (materiais particulados) - emitidas por carros e indústrias. Afectam o pulmão, causando asmas, bronquite, alergias e até câncer.
■
Chumbo - metal pesado proveniente de carros, pinturas, água contaminada, indústrias. Afecta o cérebro, causando retardo mental e outros graves efeitos na coordenação motora e na capacidade de atenção.
■
Mercúrio - tem origem em centrais elétricas e na incineração de resíduos. Assim como o chumbo, afecta o cérebro, causando efeitos igualmente graves.
■
Pesticidas, Benzeno e isolantes (como o Ascarel) - podem causar distúrbios hormonais, deficiências imunológicas, má-formação de órgãos genitais em fetos, infertilidade, câncer de testículo e de ovário.
■
Poluição global
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Poluição atmosférica nos arredores de Paris
(França).
Os problemas de poluição global, como o efeito estufa, a diminuição da camada de ozônio, as chuvas ácidas, a perda da biodiversidade, os dejectos lançados em rios e mares, entre outros, nem sempre são observados, medidos ou mesmo sentidos pela população.
A explicação para toda essa dificuldade reside no fato de se tratar de uma poluição cumulativa, cujos efeitos só são sentidos a longo prazo. Apesar disso, esses problemas têm merecido atenção especial no mundo inteiro.
Efeito estufa
A Terra recebe uma quantidade de radiação solar que, em sua maior parte (91%), é absorvida pela atmosfera terrestre, sendo o restante (9%) refletido para o espaço. A concentração de gás carbônico oriunda, principalmente, da queima de combustíveis fósseis, dificulta ou diminui o percentual de radiação que a Terra deve reflectir para o espaço. O calor não sendo irradiado ao espaço provoca o aumento da temperatura média da superfície terrestre.
Aquecimento global
Devido à poluição atmosférica e seus efeitos, muitos cientistas apontam que o aquecimento global do planeta a médio e longo prazo pode ter caráter irreversível e, por isso, desde já devem ser ado(p)tadas medidas para diminuir as emissões dos gases que provocam esse aquecimento. Outros cientistas, no entanto, admitem o aumento do teor do gás carbônico na atmosfera, mas lembram que grande parte desse gás tem origem na concentração de vapor de água, o que independe das atividades humanas. Essa controvérsia acaba adiando a tomada de decisão para a adoção de uma política que diminua os efeitos do aumento da temperatura média da Terra. O carbono presente na atmosfera garante uma das condições básicas para a existência de vida no planeta: a temperatura. A Terra é aquecida pelas radiações infravermelhas emitidas pelo Sol até uma temperatura de -27oC. Essas radiações chegam à superfície e são refletidas para o espaço. O carbono forma uma redoma protetora que aprisiona parte dessas radiações infravermelhas e as reflete novamente para a superfície. Isso produz um aumento de 43oC na temperatura média do planeta, mantendo-a em torno dos 16oC. Sem o carbono na atmosfera a superfície seria coberta de gelo. O excesso de carbono, no entanto, tenderia a aprisionar mais radiações infravermelhas, produzindo o chamado efeito estufa: a elevação da temperatura média a ponto de reduzir ou até acabar com as calotas de gelo que cobrem os pólos. Os cientistas ainda não estão de acordo se o efeito estufa já está ocorrendo, mas preocupam-se com o aumento do dióxido de carbono na atmosfera a um ritmo médio de 1% ao ano. A queima da cobertura vegetal nos países subdesenvolvidos é responsável por 25% desse aumento. A maior fonte, no entanto, é a queima de combustíveis fósseis, como o petróleo, principalmente nos países desenvolvidos.
Elevação da temperatura
A elevação da temperatura terrestre entre 2 e 5 graus Celsius, presume-se, provocará mudanças nas condições climáticas. Em função disto, o efeito estufa poderá acarretar aumento do nível do mar, inundações das áreas litorâneas (diz-se litorâneas no Brasil, litorais em Portugal) e desertificação de
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Água poluída
algumas regiões, comprometendo as terras agricultáveis e, conseqüentemente, a produção de alimentos.
Países emissores de gases do efeito estufa
Estados Unidos 45,8%1.China 11,9 %2.Indonésia 7,4%3.Brasil 5,4 %4.Rússia 4,8%5.Índia 4,5%6.Japão 3,1%7.Alemanha 2,5 %8.Malásia 2,1%9.Canadá 1,8%10.
O Brasil ocupa o 16º lugar entre os países que mais emitem gás carbônico para gerar energia. Mas se forem considerados também os gases do efeito estufa liberados pelas queimadas e pela agropecuária, o país é o quarto maior poluidor (em % das emissões totais de gases do efeito estufa).
A poluição e a diminuição da camada de ozônio
A camada de ozônio é uma região existente na atmosfera que filtra a radiação ultravioleta provinda do Sol. Devido processo de filtragem, os organismos da superfície terrestre ficam protegidos das radiações.
A ozôniosfera é formada pelo gás ozônio, que é constituído de moléculas de oxigênio que sofrem um rearranjo a partir da radiação ultravioleta que penetra na atmosfera.
A exposição à radiação ultravioleta afeta o sistema imunológico, causa cataratas e aumenta a incidência de câncer de pele nos seres humanos, além de atingir outras espécies.
A diminuição da camada de ozônio está ocorrendo devido ao aumento da concentração dos gases CFC (cloro-flúor-carbono) presentes no aerossol, em fluidos de refrigeração que poluem as camadas superiores da atmosfera atingindo a estratosfera.
O cloro liberado pela radiação ultravioleta forma o cloro atômico, que reage ao entrar em contato com o ozônio, transformando-se em monóxido de cloro. A reação reduz o ozônio atmosférico aumentando a penetração das radiações ultra-violetas.
Consequências econômicas
As consequências econômicas e ecológicas da diminuição da camada de ozônio, além de causar o aumento da incidência do câncer de pele, podem gerar o desaparecimento de espécies animais e vegetais e causar mutações genéticas. Mesmo havendo incertezas sobre a magnitude desse
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O Canal de Lachine em Montreal (Canadá), encontra-se poluído.
fenômeno, em 1984 foi assinado um acordo internacional para diminuir as fontes geradoras do problema (Protocolo de Montreal).
Protocolo de Montreal
No Protocolo de Montreal, 27 países signatários se comprometeram a reduzir ou eliminar o consumo de CFC até ao ano 2000, o que, até hoje, ainda não aconteceu na proporção desejada, apesar de já haver tecnologia disponível para substituir os gases presentes nos aerossóis, em fluidos de refrigeração e nos solventes.
A poluição e as chuvas ácidas
As chuvas ácidas são precipitações na forma de água e neblina que contêm ácido nítrico e sulfúrico. Elas decorrem da queima de enormes quantidades de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão, utilizados para a produção de energia nas refinarias e usinas termoelétricas, e também pelos veículos.
Durante o processo de queima, milhares de toneladas de compostos de enxofre e óxido de nitrogênio são lançados na atmosfera, onde sofrem reações químicas e se transformam em ácido nítrico e sulfúrico.
O dióxido de carbono reage reversivelmente com a água para formar um ácido fraco o ácido carbônico No equilíbrio o pH desta solução é 5,6, assim a água é naturalmente ácida pelo dióxido de carbono. Qualquer chuva com pH abaixo de 5,6 é considerado excessivamente ácido. Dióxido de nitrogênio NO2 e dióxido de enxofre SO2 podem reagir com substâncias da atmosfera produzindo ácidos, estes gases podem se dissolver em gotas de chuva e em partículas de aerossóis e em condições favoráveis precipitarem-se em chuva ou neve. Dióxido de nitrogênio pode se transformar em ácido nítrico e em ácido nitroso e dióxido de enxofre pode se transformar em ácido sulfúrico e ácido sulfuroso. Amostras de gelo da Groelândia datadas de 1900 mostram a presença de sulfatos e nitratos , o que indica que já em 1900 tínhamos a chuva ácida. O pior de tudo é que a chuva ácida pode se formar em locais distantes da produção de óxidos de enxofre e nitrogênio A chuva ácida é um grande problema da atualidade porque anualmente grandes quantidades de óxidos ácidos são formados pela atividade humana e colocados na atmosfera. Quando uma precipitação (chuva) ácida cai em um local que não pode tolerar a acidez anormal, sérios problemas ambientais podem ocorrer. Em algumas áreas dos estados unidos o pH da chuva já chegou a 1,5 (West Virginia), como já percebemos chuva e neve ácidas não conhecem fronteiras, poluição de um país pode causar chuva ácida em outro , como o Canadá que sofre com a poluição dos EUA. A extensão dos problemas da chuva ácida pode ser visto pelos lagos sem peixes, árvores mortas , construções e obras de arte feitas a partir de rochas destruídas irreversivelmente A chuva ácida pode causar perturbações nos estômatos das folhas das árvores causando um aumento de transpiração e deixando a árvore deficiente me água , a chuva ácida pode acidificar o solo, danificar raízes aéreas e assim diminuir a quantidade de nutrientes transportada, a chuva ácida pode carregar minerais importantes do solo, como fazer o solo guardar minerais de efeito tóxico, como íons de metais. Estes íons tóxicos não causavam problemas ,pois são naturalmente insolúveis em á gua no pH normal da chuva, com o aumento de pH pode-se aumentar a solubilidade de muitos minerais . Por exemplo, os
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prótons da chuva ácida podem reagir com o insolúvel hidróxido de alumínio encontrado no solo, gerando íons alumínio que podem ser capturados pelas raízes das plantas.
A chuva ácida é composta por diversos ácidos como, por exemplo, o óxido de nitrogênio e os dióxidos de enxofre, que são resultantes da queima de combustíveis fósseis (carvão, óleo diesel, gasolina entre outros). Quando caem em forma de chuva ou neve, estes ácidos provocam danos no solo, plantas, construções históricas, animais marinhos e terrestres etc. Este tipo de chuva pode até mesmo provocar o descontrole de ecossistemas, ao exterminar determinados tipos de animais e vegetais. Poluindo rios e fontes de água, a chuva pode também prejudicar diretamente a saúde do ser humano, causando doenças pulmonares, por exemplo. Este problema tem se acentuado nos países industrializados, principalmente nos que estão em desenvolvimento como, por exemplo, Brasil, Rússia, China, México e Índia. A setor industrial destes países tem crescido muito, porém de forma desregulada, agredindo o meio ambiente. Nas décadas de 1970 e 1980, na cidade de Cubatão, litoral de São Paulo, a chuva ácida provocou muitos danos ao meio ambiente e ao ser humano. Os ácidos poluentes jogados no ar pelas indústrias, estavam gerando muitos problemas de saúde na população da cidade. Foram relatados casos de crianças que nasciam sem cérebro ou com outros defeitos físicos. A chuva ácida também provocou desmatamentos significativos na Mata Atlântica da Serra do Mar.
Chuva ácida
As conseqüências da chuva ácida para a população humana, podem ser econômicas, sociais ou ambientais. Tais consequencias são observáveis principalmente em grandes áreas urbanas, onde ocorrem patologias que afetam o sistema respiratório e sistema cardiovascular, e além disso, causam destruição de edificações e monumentos, através da corrosão pela reação com ácidos. Porém, nada impede que as consequências de tais chuvas chegem a locais muito distantes do foco gerador, devido ao movimento das massas de ar, que são capazes de levar os poluentes para muito longe. Estima-se que as chuvas ácidas contribuam para a devastação de florestas e lagos, sobretudo aqueles situados nas zonas temperadas ácidas.
A poluição e a perda de biodiversidade
Ao interferir nos habitats, a poluição pode levar a desequilíbrios que provocam a diminuição ou extinção dos elementos de uma espécie, causando uma perda da biodiversidade. As variações da temperatura da água do mar, levam a dificuldades da adaptação de certas espécies de peixes, é igualmente uma das causas da invasão de águas salinas em ambientes tradicionalmente de água doce, causando assim uma pressão adicional nesses ecossistemas, e potenciando a diminuição ou extinção das espécies até então ai presentes.
Referências
↑ http://www.ecoconsult.ch/uploads/1144-IEL_Slide4_Pollution-hazwastes.pdf1.
Ver também
Termos usados em biossegurança■
Poluição luminosa■
Poluição visual■
Poluição atmosférica■
Poluição térmica■
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Poluição sonora■
Poluição hídrica■
Águas residuais■
Esgoto■
Ambiente■
Ecologia■
Engenharia sanitária■
Engenharia ambiental■
Lista dos dez lugares mais poluídos do mundo■
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Polui%C3%A7%C3%A3o"Categorias: Ecologia | PoluiçãoCategoria oculta: !Artigos com trechos que carecem de fontes desde Janeiro de 2009
Esta página foi modificada pela última vez às 01h01min de 1 de junho de 2009.■
Conteúdo textual disponível sob a GNU Free Documentation License. (Veja direitos autorais para detalhes). Wikipédia é uma marca comercial da Wikimedia Foundation, Inc., uma entidade beneficente, dedutível de impostos e sem fins-lucrativos.
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Doenças infecciosas em crianças
Gripes, rinofaringites, bronquiolites são algumas das doenças infecciosas que mais afectam as crianças. Entrevista a Maria João Brito, pediatra especialista em doenças infecciosas e membro da direcção da Sociedade Portuguesa de Pediatria.
Quais são as principais doenças infecciosas que afectam as crianças em Portugal?
As infecções respiratórias de etiologia viral são as mais frequentes na infância. Em cerca de 60% dos casos, os vírus mais frequentemente implicados são o vírus sincicial respiratório, o influenza (vulgarmente denominado de vírus da gripe), parainfluenza e adenovovitus. Estes agentes sãoresponsáveis por quadros respiratórios com sintomatologia muito distinta que pode variar de rinofaringite ou “simples constipação” a outras situações que podem ser mais preocupantes como laringite, bronquiolite ou pneumonia.
Existe vacina para as principais doenças disponível no SNS?
As vacinas do programa nacional de vacinação incluem a prevenção da tosse convulsa, tétano, difteria, poliomielite, sarampo, rubéola, parotidite, hepatite B, tuberculose e dois tipos de meningitesbacterianas graves (meningococo C e Haemophilus influenzae). O numero de doenças infecciosas que afectam a criança é muito elevado. Seria impossível vacinar a criança para todas as doenças. O numero e o tipo de vacinas disponíveis pelo SNS previnem doenças que podem ser preocupantes do ponto de vista de saúde publica, mas que também têm uma protecção da saúde individual da criança.
Que cuidados básicos se devem ter quando uma criança apanha uma doença infecciosa?
A criança deve seguir as indicações do seu médico assistente, pois a forma como se transmitem as doenças é variável; há doenças que se transmitem por contacto directo ou indirectamente através de objectos como brinquedos ou chupetas e outras que se transmitem por via respiratória através da fala, da tosse ou dos espirros. Assim, de acordo com a doença em causa, é necessário ter diferentes precauções. Em qualquer dos casos, é importante manter a criança em vigilância, administrarlíquidos, não insistir para comer no período agudo da doença, aliviar os sintomas dando um antipirético se houver febre e reforçar as mediadas de higiene como a lavagem das mãos.
Contrair uma doença infecciosa é sinal de sistema imunitário debilitado, ou não? Como se explica que, nas mesmas condições, umas crianças contraem a doença e outras não?
Durante o crescimento, a criança vai contactar com vários agentes infecciosos. Na primeira vez que contacta com determinado agente infeccioso, ocorre doença porque o seu sistema imunitário nãoreconhece este microorganismo ou ainda não desenvolveu completamente os seus mecanismos de defesas. Posteriormente, numa segunda infecção pelo mesmo agente, o quadro clínico é menos grave. Também na criança com menos de seis meses, pela passagem de anticorpos maternos para o feto durante a gravidez, a infecção pode não cursar com sintomatologia significativa. Este aspecto pode ainda ser reforçado nas mães que estão a realizar aleitamento materno.
As doenças infecciosas mais frequentes nas crianças ainda podem ser letais?
1 de 2Página Sapo Saúde :: Doenças infecciosas em criançase
31-05-2009http://saude.sapo.pt/artigo-print.html?id=818214&uri=%2Fartigos%2Fentrevistas%5...
A probabilidade de uma doença vir a ser letal relaciona-se não só com o agente infeccioso em causa (há microorganismos “mais agressivos” que outros), mas também com factores inerentes ao doente, como a idade e a existência de factores de risco, como sejam deficits da imunidade.
Está actualmente a verificar-se um surto de sarampo na Europa. É possível evitar que este ou surtos deste género cheguem a Portugal?
As taxas de vacinação para o sarampo em Portugal são bastante elevadas o que diminui o risco de ocorrer uma epidemia ou um surto importante no nosso país. No entanto, Portugal recebe imigrantes que podem introduzir a doença no nosso país. O bom sistema de vigilância de saúde publica conjuntamente com as altas taxas de vacinação pode adicionalmente ajudar a controlar uma eventual disseminação desta infecção.
Com as alterações climáticas, há perigo de certas doenças infecciosas actualmente controladas voltarem a provocar epidemias?
As alterações climáticas podem promover alterações epidemiológicas e serem responsáveis pelo aparecimento de novas doenças ou modificarem o padrão sazonal de outras, como acontece com asinfecções por vírus respiratórios que são as mais frequentes na infância. Quando doenças como o sarampo, varicela, papeira... só surgem na idade adulta, as consequências são mais problemáticas? Sim, estas doenças no adulto são potencialmente graves pelo elevado número de complicações que podem ocorrer, muito mais frequentes que na infância.
Que cuidados os pais devem ter para minimizar o risco de os filhos contrairem doençasinfecciosas?
As crianças não devem frequentar locais superpovoados, fechados e com grande número de pessoas, sítios de fumadores e ambientes poluídos. Deve evitar-se o contacto próximo com pessoas doentes. É importante lembrar que um adulto “constipado” pode causar uma infecção respiratória grave numa criança pequena, pois um mesmo agente infeccioso origina quadros clínicos com diferente gravidade consoante a idade.
Sónia Santos Dias
05 de Maio de 2008
Link para Sociedade Portuguesa de Pediatria
Pode encontrar este artigo em: http://saude.sapo.pt/artigos/entrevistas_a_especialistas/ver.html?id=818214
2 de 2Página Sapo Saúde :: Doenças infecciosas em criançase
31-05-2009http://saude.sapo.pt/artigo-print.html?id=818214&uri=%2Fartigos%2Fentrevistas%5...
Água do mar melhorou qualidade Das 533 praias e zonas balneares classificadas este ano em Portugal pelo Instituto da Água - mais 14 do que no ano passado -, 227 têm água com "qualidade de ouro". A Quercus diz que a qualidade da água nas praias costeiras melhorou.
No dia em que é oficialmente assinalada, na praia da Rocha, em Portimão, a abertura da época balnear 2009, a associação ambientalista Quercus divulga a lista das 227 praias e zonas balneares do país que têm água com "qualidade de ouro". A distinção é atribuída a todas as praias que, nas últimas cinco épocas balneares, tiveram sempre qualidade boa e que, na última época balnear, tiveram todas as análises boas.
Ao JN, Francisco Ferreira, da Quercus, disse que este ano há mais 27 praias com água de "qualidade de ouro" do que no ano passado e que a grande melhoria se verificou nas zonas costeiras. Em contrapartida, há apenas duas praias interiores que mereceram este galardão - a da Aldeia do Mato, em Abrantes, e a de Fraga da Pegada, na Albufeira do Azibo, Macedo de Cavaleiros. Uma situação que, em seu entender, revela que "ainda é necessário fazer um esforço maior ao nível do controle à poluição dos rios".
Segundo os cálculos feitos pela Quercus - que têm por base os resultados das análises feitas pelo Instituto da Água - o concelho com maior número de praias com qualidade da água de ouro é Almada (com 15 zonas balneares), seguido de Albufeira (14), Vila Nova de Gaia (11), Grândola (10) e Loulé e Torres Vedras (com 9).
Contudo, e apesar de este ser o ano com maior número de praias com qualidade de ouro, a Quercus alerta que "continua a existir uma vulnerabilidade à poluição, nomeadamente as falhas no saneamento básico e os problemas de gestão da bacia hidrográfica", que estão na origem das análises más. No ano passado, sete praias tiveram má qualidade e seis foram mesmo interditas devido à qualidade da água.
Com a abertura oficial da época balnear, hoje, nem todas as praias concessionadas do país vão passar a estar vigiadas. No Algarve, por exemplo, segundo disse à agência Lusa o comandante da Autoridade Marítima do Sul, comandante Marques Ferreira, "25 praias não vão abrir por dificuldades com os nadadores-salvadores". O porta-voz do Instituto de Socorros a Náufragos garante que há nadadores suficientes formados: 5945 para necessidades que se estimam entre 2200 e 2500.
GINA PEREIRA
publicado a 2009-06-01 às 00:30
Para mais detalhes consulte: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1249970
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01 Junho 2009
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Aterro sanitário produz electricidade e é agora lugar de brincadeiras 2009-05-28
A Área Metropolitana do Porto (AMP) conta, desde ontem, com um novo pólo de educação ambiental. O aterro sanitário de Matosinhos, junto ao monte de S. Brás, foi oficialmente encerrado e selado e "onde antes havia lixo, hoje há crianças a brincar", afirmou o presidente da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto.
O investimento rondou os 5,5 milhões de euros, a que se juntam mais dois milhões de euros na implementação de um sistema de aproveitamento do biogás libertado pelo antigo aterro, que irá produzir energia eléctrica suficiente para abastecer cerca de um milhar de habitações.
"Este espaço verde de S. Brás irá equilibrar ambientalmente a AMP. Passou-se do completo desastre, para a esperança num futuro melhor. Este foi o primeiro aterro sanitário país e agora, em vez de problemas ambientais, temos verde. E é um bom exemplo do que pode fazer um órgão de gestão intermunicipal [a LIPOR]", referiu o autarca.
O Parque da Ciência, que estará aberto diariamente (também aos fins-de-semana) inclui um passadiço ao longo do rio Leça. Brevemente irão ser plantados pinheiros mansos, por forma a providenciar sombra aos visitantes.
Macedo Vieira, presidente do Conselho de Administração da LIPOR- Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto, destacou, por seu lado, que foram investidos cerca de 93 milhões de euros do último Quadro Comunitário de Apoio em diversos projectos, entre os quais o encerramento e selagem de quatro antigos aterros sanitários e ainda o incremento da Rede de Ecopontos e da Recolha Selectiva de Materiais.
Falando sobre o novo Aterro Sanitário Intermunicipal na Póvoa de Varzim, Macedo Vieira revelou que já estão a ser construídos os acessos. "Esperamos decidir, no próximo mês, o adjudicatário da concessão para o aterro".
O presidente da LIPOR destacou, também, que para o Quadro de Referência Estratégico Nacional em vigor "a LIPOR está a preparar uma candidatura cujo valor global ascenderá a cerca de 25 milhões de euros e que se centra na construção de um novo centro de triagem para embalagens, bem como uma estação de pré-triagem de resíduos verdes, preparados para a valorização de mais de 100 mil toneladas/ano de resíduos".
Reis Pinto
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Governo não se compromete com incineradora Regional | 2009-05-14 12:57
A Secretaria Regional do Ambiente e do Mar não se compromete com o financiamento de uma solução integrada para o tratamento de resíduos na zona do Caldeirão, na Ribeira Grande, um projecto a apresentar pelos municípios da ilha de São Miguel até ao final do ano.(Com ficheiro áudio)
Em declarações à Rádio Açores/TSF, o secretário Alámo Meneses disse sim estar aberto a discutir uma solução com os municípios pelo que permanece a dúvida quanto ao financiamento do projecto com base nas verbas do Fundo de Coesão. A solução preconizada pelos municípios compreende a construção de uma estação de triagem, uma estação para “verdes” , uma central de valorização (“incineradora”) e dois aterros de suporte , com capacidade para transformar até 120 mil toneladas de resíduos por ano e um custo estimado de 80 milhões de euros. A opção pela valorização energética está contemplada no Plano Estratégico de Gestão de Resíduos dos Açores (PEGRA) e prende-se com as vantagens que essa tecnologia proporciona em termos de aproveitamento energético, retorno financeiro e ainda cumprimento da legislação ambiental. Segundo apurou o Açoriano Oriental, 70% dos custos de amortização do investimento inicial e de funcionamento serão assegurados com as receitas das vendas de energia, cinzas e metais, sendo o remanescente (30%) suportado por taxas ambientais a aplicar aos munícipes. Dos actuais 3 euros /mês deverá transitar-se para uma taxa ambiental mais elevada.
Pedro Nunes Lagarto
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A tecnologia está a ser desenvolvida por investigadores
pertencentes à Universidade de St. Andrews e alguns
parceiros, e pode ser utilizada tanto em aparelhos como
computadores portáteis ou telemóveis, como em
automóveis eléctricos.
No centro da bateria está o design utilizado, que
segundo os seus autores «tem o potencial de
melhorar a performance de produtos electrónicos
portáteis e de dar um bom empurrão ao sector das
energias renováveis».
O carregamento destas baterias resulta de fontes de
energia eólica ou solar, sendo que o aumento da
capacidade de geração de energia é provocado por um
componente específico que substitui um produto químico
actualmente existente nas baterias recarregáveis por
oxigénio.
Em comunicado o Engineering and Physical Sciences
Research Council, entidade pública britânica responsável
pelo financiamento do projecto, refere que os próximos
passos desta iniciativa, que se encontra a meio do tempo
previsto, passam por aumentar a capacidade de criação
de energia por parte destas baterias.
22 MAI 09
Protótipo
Bateria cuja energia é gerada com oxigénio em desenvolvimento
Um grupo de investigadores britânicos desenvolveu um protótipo de bateria cuja energia é gerada a partir de oxigénio, que tem uma capacidade de armazenamento maior do que as baterias actualmente existentes
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Ponta Delgada 13-03-2007
DRCT presente na inauguração da Central Geotérmica do Pico Vermelho
O Director Regional da Ciência e Tecnologia, João Luís Gaspar, marcou presença na inauguração da nova Central Geotérmica do Pico Vermelho, numa cerimónia liderada pelo Presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César.
Esta infra-estrutura, localizada na Ribeira Grande, demorou cerca de 60 meses a ser construída e atingiu um montante global de investimento de cerca de 34,4 milhões de euros, co-financiados pelo PRODESA em cerca de 28%.
A produção de energia da nova Central deverá atingir os 80 GWh por ano, o que significa que, já no final do corrente ano, o contributo deste tipo de energia no total da produção da ilha de São Miguel deverá atingir o valor de 40%.
Autor: Direcção Regional da Ciência e Tecnologia
PESQUISA
ZONAS
Açores Corvo Faial Flores Graciosa Pico Santa Maria São Jorge São Miguel Terceira
1 de 2Página DRCT presente na inauguração da Central Geotérmica do Pico Vermelhoe
01-06-2009http://www.azores.gov.pt/Gra/sctr/conteudos/noticias/2008/Julho/DRCT+presente+na...
terça-feira, 19 de Maio de 2009 | 12:22
Co-incineração: Movimento invoca nulidade de acórdão do STA
O movimento de cidadãos que contesta a co-incineração em Souselas, Coimbra, invocou a nulidade do acórdão do Supremo Tribunal Administrativo (STA) que admitiu os recursos do Ministério do Ambiente e da Cimpor, alegando tratamento desigual.
Em causa está um acórdão do STA, do passado dia 07, que admite recursos apresentados pela cimenteira Cimpor e pelo Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional à decisão do Tribunal Central Administrativo (TCA) Norte de suspender a co-incineração de resíduos industriais perigosos (RIP) em Souselas.
Em declarações hoje à agência Lusa, o advogado Castanheira Barros disse que o STA, em acórdão datado de 07 de Maio, «afirma que não houve contra-alegações [do Grupo de Cidadãos de Coimbra] mas elas estão no processo, são 30 páginas», argumentou.
O causídico justifica a invocação da nulidade do acórdão pela «contradição entre os fundamentos e a decisão».
«Decidiu-se que não havia contra-alegações e os factos dizem o contrário. Não houve igualdade de tratamento», criticou.
O movimento de cidadãos alega ainda ter existido omissão de pronúncia no acórdão.
«O Supremo Tribunal Administrativo não se pronunciou sobre as nossas alegações», disse, manifestando-se convicto de que o acórdão «deverá ser declarado nulo».
Explicou que a invocação de nulidade, entregue segunda-feira, impede que o processo seja redistribuído para ser julgado, sendo analisada pelos mesmos três juízes que proferiram o acórdão, que terão de elaborar um novo, caso o anterior seja declarado nulo.
Segundo Castanheira Barros, mesmo que o tribunal admita os dois recursos do Ministério do Ambiente e da Cimpor «não significa que os mesmos venham a ser julgados favoravelmente».
«A co-incineração em Souselas continua suspensa até os recursos serem julgados», sublinhou.
O denominado Grupo de Cidadãos de Coimbra interpôs uma acção no Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra para impedir a queima de resíduos industriais perigosos na cimenteira de Souselas, mas a decisão foi-lhe desfavorável.
Page 1 of 2
01-06-2009http://diariodigital.sapo.pt/print.asp?id_news=388881
Copyright Diário Digital 1999/2009
Recorreu então para o Tribunal Central Administrativo - Norte, que atendeu às alegações apresentadas e suspendeu o processo.
Segundo Castanheira Barros, a interrupção do processo foi conseguida por via indirecta, pedindo a suspensão da eficácia das licenças ambiental, de instalação e de exploração.
Diário Digital / Lusa
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�� Estratégia da UE de Desenvolvimento Sustentável | COM (2001) 264 final Publicado em 27.07.2004
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Em Helsínquia, Dezembro de 1999, o Conselho Europeu convidou a Comissão Europeia a
preparar uma proposta de estratégia a longo prazo que integrasse políticas de
desenvolvimento sustentável a nível económico, social e ecológico, a apresentar ao
Conselho Europeu de Junho de 2001. Foi nesse Conselho, o Conselho Europeu de
Gotemburgo, que foi então lançada a Estratégia de Desenvolvimento Sustentável da UE.
�
Esta estratégia veio revolucionar o modo como a política ambiental vinha a ser concebida e
formulada, na medida em que defende uma abordagem integrada das políticas que visam o
desenvolvimento sustentável: ambiente, economia e sociedade (os três pilares), isto é,
procura promover o crescimento económico e a coesão social sem prejudicar a qualidade do
ambiente, a ponderação dos objectivos ambientais em relação aos seus impactos
económicos e sociais e a procura simultânea de soluções benéficas para a economia, o
emprego e ambiente.
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A Estratégia encontra-se organizada em três partes:
a) Propostas e recomendações transversais destinadas a melhorar a eficácia política e a
realizar o desenvolvimento sustentável, reforçando-se mutuamente; destaca-se, como
exemplo, a PAC, que deverá recompensar preferencialmente a qualidade à quantidade,
promovendo métodos agrícolas ecológicos e a transferência de recursos do apoio ao
mercado para o desenvolvimento rural; as políticas de coesão deverão também melhorar a
sua abordagem relativamente às regiões menos desenvolvidas e com problemas estruturais
mais agudos – como a degradação urbana e o declínio da economia rural – e dos grupos mais
vulneráveis à exclusão social persistente.
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A Comunidade deverá investir em actividades de investigação e desenvolvimento de
tecnologias relacionadas com o desenvolvimento sustentável, particularmente em recursos
de energia renováveis e na melhoria da informação e mobilização de cidadãos e empresas,
através de um diálogo mais precoce e sistemático. Por exemplo, todas as empresas cotadas
na bolsa com um mínimo de 500 trabalhadores são instadas a publicar nos seus relatórios
anuais aos accionistas o seu desempenho face a critérios económicos, ambientais e sociais.
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Além disso, a Estratégia salienta a consideração do alargamento da UE e da dimensão global
como peças fundamentais para se atingir o desenvolvimento sustentável, devendo a
Comunidade contribuir para a criação de uma capacidade europeia de monitorização global
do ambiente e da segurança (GMES) até 2008 e para os esforços realizados pelos países em
desenvolvimento com vista a um desenvolvimento sustentável.
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A Comissão dará prioridade a políticas de mercado que integrem incentivos para a
correcção dos preços, desde que estas permitam alcançar objectivos sociais e ambientais de
modo flexível e economicamente eficiente.
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b) Objectivos principais e medidas específicas a nível da UE, destinados às questões que
colocam maiores desafios ao desenvolvimento sustentável na Europa: alterações climáticas,
ameaças à saúde pública, pobreza e exclusão social, envelhecimento da população, perda
de recursos naturais e desenvolvimento acentuado de transportes e desequilíbrios regionais.
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Os últimos Conselhos Europeus de Lisboa, Nice e Estocolmo, já acordaram objectivos e
medidas de combate à pobreza, à exclusão social e ao envelhecimento da sociedade,
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1 de 3Página Estratégia da UE de Desenvolvimento Sustentável | COM (2001) 264 finale
31-05-2009http://www.confagri.pt/Ambiente/AreasTematicas/DomTransversais/Documentos/doc...
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pelo que esta estratégia não propõe novas acções nesses domínios, embora integre em
anexo os objectivos e as medidas já acordados.
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Como objectivos de longo prazo fixados nesta estratégia, destacam-se:
- limitar as alterações climáticas, respeitando o Protocolo de Quioto e reduzindo
anualmente, e até 2020, as emissões de GEE em 1% relativamente ao nível de 1990. A
UE exercerá pressão junto dos grandes países industrializados para que respeitem os
compromissos de Quioto;
- garantir que os riscos para a saúde humana e o ambiente decorrentes dos produtos
químicos sejam eliminados até 2020;
- quebrar a ligação entre crescimento económico e desenvolvimento dos transportes,
devendo dar-se prioridade ao desenvolvimento dos transportes que respeitam o
ambiente e a transportes ferroviários em detrimento dos rodoviários;
- quebrar a ligação entre crescimento económico, utilização de recursos naturais e
produção de resíduos;
- travar a perda da biodiversidade até 2010.
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Algumas das medidas específicas para o cumprimento desses objectivos abrangem:
- Eliminação gradual de subsídios à produção e de consumo de combustíveis fósseis até
2010.
- Melhoria dos sistemas de transporte através do desenvolvimento de mercados abertos.
- Promoção do teletrabalho mediante a aceleração dos investimentos em infra-estruturas e
serviços de comunicação.
- Diversificação das fontes de receita nas zonas rurais, através do aumento da percentagem
de financiamentos da PAC orientados para o desenvolvimento rural.
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c) Medidas de aplicação da estratégia e avaliação dos seus progressos
�
A estratégia defende que os preços devem reflectir os custos ambientais e sociais,
conduzindo a um mercado com produtos e serviços menos poluentes e alterando os
comportamentos dos consumidores. A Estratégia incita ainda a elaboração de um plano de
acção pela Comissão que englobe mecanismos para garantir que as principais propostas
legislativas incluam uma avaliação das potenciais vantagens económicas, ambientais e
sociais, bem como dos custos da acção ou ausência desta dentro e fora da Comunidade.
�
A Estratégia fez parte dos trabalhos preparatórios da UE para a Cimeira de Joanesburgo,
devendo constituir um catalisador para a opinião pública e para os responsáveis políticos,
no sentido de influenciar o comportamento da sociedade.
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A Comissão informará cada Conselho Europeu da Primavera, no seu relatório de síntese,
sobre os progressos registados na aplicação da presente estratégia, sendo esta
completamente revista no início de cada mandato da Comissão. A Comissão dará a palavra
aos interessados, organizando um fórum de dois em dois anos para a avaliação da
estratégia.
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O sector privado tem demonstrado um interesse crescente pelo desenvolvimento
sustentável, nomeadamente através do desenvolvimento de estratégias de responsabilidade
social e ambiental das empresas e de outras iniciativas voluntárias, incluindo acções
específicas para melhorar o seu desempenho ambiental. Mesmo assim, estas iniciativas
ainda se verificam a um nível inferior ao esperado.
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A Comissão apresentou em 2002 uma proposta de parceria global no domínio do
desenvolvimento sustentável (COM (2002) 82 final), que apresenta uma série de acções
destinadas a que a globalização contribua para a integração do desenvolvimento sustentável
a nível mundial, nos acordos bilaterais e regionais, assim como nas políticas sectoriais,
completando a Estratégia do Desenvolvimento Sustentável.
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2 de 3Página Estratégia da UE de Desenvolvimento Sustentável | COM (2001) 264 finale
31-05-2009http://www.confagri.pt/Ambiente/AreasTematicas/DomTransversais/Documentos/doc...
Documento integral�
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Nota: O Relatório de Brundtland “Our common future” (1987) utiliza, pela primeira vez, o
conceito de desenvolvimento sustentável:
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Este relatório visa reorientar as práticas de desenvolvimento com as de protecção
ambiental a longo prazo; no entanto, em 1987, o mundo estava dividido em termos de
interesses imediatos; o Sul encarava o termo como um cumprimento formal para tratar de
metas de desenvolvimento enquanto que o Norte encarava como uma afirmação de esforço
de protecção ambiental global.
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Cátia Rosas
Gabinete Técnico da CONFAGRI
�
Leituras Recomendadas:
Parceria global no domínio do desenvolvimento sustentável
ENDS - Portugal
Estratégia de Lisboa
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Voltar�
O desenvolvimento sustentável é aquele que satisfaz as
necessidades presentes sem comprometer a capacidade das
gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades.
��������
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Links��|��As Suas Sugestões Confederação Nacional de Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal, CCRL
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3 de 3Página Estratégia da UE de Desenvolvimento Sustentável | COM (2001) 264 finale
31-05-2009http://www.confagri.pt/Ambiente/AreasTematicas/DomTransversais/Documentos/doc...
7.º OBJECTIVO UMA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MAIS EFICIENTE E MODERNIZADA
A sustentabilidade do desenvolvimento passa por uma Administração Pública:
que contribua para um Estado mais forte e eficiente que prossiga os interesses
gerais, que seja menos produtor directo, mais regulador e mais fiscalizador, que
garanta a satisfação das necessidades públicas essenciais e promova a liberdade
de escolha dos cidadãos;
com uma componente directamente ligada ao processo de governação, mais
estratégica, ou seja, mais virada para apoiar o desenvolvimento do País,
respondendo a novas solicitações e exigências, com centros de informação e
reflexão estratégica sobre o desenvolvimento sustentável e a economia global,
capaz de suportar a definição de estratégias nacionais, políticas públicas e o
desenvolvimento de redes de cooperação público privado;
capaz de ultrapassar um funcionamento muito fragmentado e centrado na visão
sectorializada, para um funcionamento em rede, privilegiando a cooperação, as
parcerias e a participação, nomeadamente dos actores sócio-económicos e dos
cidadãos em geral, que garanta resposta à necessidade de definir e implementar
políticas cada vez mais transversais e integradoras de múltiplas valências e
responsabilidades;
com menor peso na economia, sendo capaz de concentrar a sua acção em
prioridades, garantindo uma maior pertinência da acção pública, uma melhor
regulação e uma melhor governação pelo reforço da coordenação, bem como uma
melhor execução de políticas e uma mais exigente avaliação dos seus impactos, o
que depende, para além de uma gestão criteriosa, do valor da economia;
capaz de fomentar o estabelecimento de um ambiente de investimento favorável e
de garantir a regulação e a concorrência leal em todos os sectores de actividade,
directamente ligado à qualidade de governança, nomeadamente através da
melhoria da eficácia do Estado, do cumprimento da lei, do combate à corrupção,
da responsabilização e da redução da instabilidade política e da violência, da
desburocratização e simplificação dos procedimentos administrativos,
nomeadamente dos licenciamentos (comercial, industrial, ambiental, turístico e
cultural), das formalidades jurídicas e administrativas;
com sectores de provisão de bens e serviços públicos, designadamente um
sistema de justiça mais ágil e moderno, contribuindo positivamente para o reforço
da confiança e para a regulação económica e social, e sistemas de educação,
saúde e segurança mais eficientes e com maior qualidade;
mais orientada para a prossecução de objectivos e para a avaliação por resultados
e com regimes jurídicos de trabalho aproximados aos regimes gerais;
mais flexível, nas suas estruturas e processos e, consequentemente, mais apta às
adaptações decorrentes de alterações de política decorrentes, nomeadamente, de
respostas a novos desafios e problemas por adopção de novos modelos
organizacionais e reengenharia de processos com uso mais intensivo e adequado
das tecnologias de informação e comunicação;
mais eficaz e eficiente, através da desburocratização de intervenções, da
modernização, simplificação e desmaterialização de processos, por um maior e
melhor uso das potencialidades tecnológicas, da rentabilização dos recursos
disponíveis, com melhor gestão, maior organização e maior responsabilização;
mais transparente e valorizada pelos cidadãos e agentes económicos, em função
da reconhecida pertinência e qualidade da sua acção, colocadas exclusivamente
ao serviço do bem comum, e garantidas por uma maior responsabilização,
avaliação e competência de gestão e técnica dos seus colaboradores e actuando
em rede e parceria com os diferentes actores da sociedade civil, reforçando a
participação e a cidadania activa, admitindo a capacidade de agenciação dos
cidadãos e das instituições privadas, através da criação de opções propiciadoras
de escolhas e de uma maior intervenção nos processos de trabalho, onde caiba o
auto-serviço;
mais competente e motivada, privilegiando a capacidade de gestão, as
competências técnicas especializadas e as competências transversais como de
trabalho em equipa, em rede e em parceria;
que use de forma efectiva e com qualidade as TIC, estimulando a abertura de um
ambiente escolar, modernizando a AP, estimulando o tele-trabalho e a tele-
medicina, informatizando os processos clínicos e marcação de consultas,
distribuindo informação de interesse público generalizado e promovendo a
integração de cidadãos com necessidades especiais na sociedade da informação.
Tendo em conta as orientações estratégicas atrás referidas, foram seleccionadas as
seguintes Prioridades Estratégicas:
PRIORIDADES ESTRATÉGICAS
VECTORES
ESTRATÉGICOS
III.7.1. DOMÍNIO DE INFORMAÇÃO E REFLEXÃO ESTRATÉGICA
(1) Reforço da produção e à disseminação de
informação de natureza estratégica
(2) Reforço dos mecanismos de apoio à formulação
e avaliação de políticas públicas
III.7.2. REESTRUTURAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO
(1) Adequação e racionalização de estruturas
sobretudo ao nível da administração central
(2) Melhoria e reforço da qualidade da regulação
(3) Reforço da coordenação, sobretudo a nível
regional e dos serviços desconcentrados
III.7.3. REFORMA DOS REGIMES DA FUNÇÃO PÚBLICA
(1) Vínculos, admissões e mobilidade
(2) Avaliação de desempenho, regime de carreiras e
sistema retributivo
III.7.4. MODERNIZAÇÃO DOS SISTEMAS E PROCESSOS, COM USO INTENSIVO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
(1) Melhoria de atendimento, centrado nos utentes,
numa filosofia de balcão único
(2) Simplificação, desburocratização e
desmaterialização de processos e documentos,
reduzindo custos, tempo e espaço físico
(3) Reforço dos mecanismos de segurança,
nomeadamente dos meios electrónicos
III.7.5. QUALIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DO SERVIÇO
(1) Reforço das competências de gestão pública,
tendo em conta as especificidades sectoriais
(2) Reforço de competências técnicas específicas de
acordo com as prioridades estratégicas nacionais,
PÚBLICO nomeadamente de regulação e tecnológicas
(3) Reforço dos mecanismos de avaliação,
autonomia e de disseminação de boas práticas
III.7.6. MODERNIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE EDUCAÇÃO, SAÚDE E JUSTIÇA
(1) Sistema educativo e de formação profissional,
com racionalização de meios e aumento de
qualidade
(2) Sistema de saúde, com racionalização e
aumento da eficiência dos recursos
(3) Justiça, com reactualização da rede de serviços
e agilização de sistemas e procedimentos
SSÉÉTTIIMMOO OOBBJJEECCTTIIVVOO –– MMEETTAASS
Adopção, pelos os serviços e organismos públicos integrados na administração directa e indirecta do Estado, no âmbito de operações susceptíveis de processamento electrónico, dos mecanismos necessários à emissão de facturas ou documentos equivalentes por via electrónica (até de 31 de Dezembro de 2006); Disponibilização de serviços on-line que permitirá efectuar actos de registo através da Internet (a iniciar em 2006);
Promover a criação e o preenchimento progressivo de 1000 lugares adicionais para I&D no Estado, por contrapartida da extinção do número necessário, no plano orçamental e no da redução global de efectivos, de lugares menos qualificados noutros sectores da Administração;
Assegurar a disponibilização on-line de todos os serviços públicos básicos (até final da legislatura);
Desmaterialização dos processos em tribunal (até 2009);
Desburocratização e desmaterialização do processo de licenciamento industrial (meta a ser definida no programa de acção para 2006, no âmbito do Programa Geral de Simplificação Legislativa e Administrativa);
Reavaliação das estruturas dos Ministérios, até final de 2006;
Marcação de consultas e exames de diagnóstico entre instituições de saúde por via electrónica;
Nº de consultas e exames de diagnóstico entre instituições de saúde por via electrónica (5% até 2010);
Número de consultas marcadas por via electrónica (80% até 2010);
Número de camas de hospital de agudos por mil habitantes (2,89 camas de estabelecimentos de cuidados agudos por mil habitantes até 2010); Número de camas de unidade de média duração (internamento >30 dias e <90 dias) (638 até 2010); Número de camas de unidade de longa duração (internamento >90 dias) (atingir 1594 até 2010); Número de camas de unidade de cuidados paliativos (115 até 2010); Número médicos por mil habitantes (3,5 até 2010); Manter a despesa do Serviço Nacional de Saúde na ordem dos 7% do PIB até 2010.
Revisão do parque penitenciário, mapa judiciário e registral, mapa dos centros educativos de reinserção social, rede de gabinetes médico-legais e rede de julgados de paz/centros de arbitragem (até 2009).
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ACTUALIDADE
Dia Mundial da Energia: Edifício ecológico em Lisboa já produziu 45 mil kilowatts
Lisboa, 29 Mai (Lusa) - O painel à entrada avisa que até hoje, Dia Mundial da Energia, o edifício já produziu 45 276 kilowatts. O Solar XXI, em Lisboa, gera 80 por cento do seu consumo energético e pretende ser um exemplo de eficiência para outros edifícios.
Lusa
9:13 Sexta-feira, 29 de Mai de 2009
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*** Serviço vídeo disponível em www.lusa.pt ***
Lisboa, 29 Mai (Lusa) - O painel à entrada avisa que até hoje, Dia Mundial da Energia, o edifício já produziu 45 276 kilowatts. O Solar XXI, em Lisboa, gera 80 por cento do seu consumo energético e pretende ser um exemplo de eficiência para outros edifícios.
O Solar XXI aloja gabinetes e serviços do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG), mas é especial porque o próprio edifício foi planeado para estudar tecnologias de eficiência energética na construção.
Os dados sobre a produção e consumos neste edifício são permanentemente actualizados num painel electrónico que permite a quem entra saber, por exemplo, que o interior está a 20º e que a eficiência desta construção já evitou a emissão de 31 693 quilogramas de CO2 para a atmosfera, contribuindo desta forma para a redução das alterações climáticas.
"Enquanto edifício de serviços, que tem um funcionamento diurno, este é um exemplo que pode ser copiado pelos edifícios de escritórios e serviços nas cidades", considerou Teresa Ponce de Leão, presidente do LNEG, salientando que este aumento da eficiência ocorre sem aumento de custos de construção em relação a um edifício normal.
Hélder Gonçalves, investigador do LNEG, autor e responsável por este projecto, explicou que a ideia foi "provar que, mesmo para o clima português, era possível ter um edifício sem ar condicionado no Verão e que no Inverno também tivesse consumos reduzidíssimos para aquecimento".
Para concretizar este plano, as tecnologias integradas no Solar XXI baseiam-se, segundo Hélder Gonçalves, em premissas simples: "no Inverno captam o máximo de energia solar, que é aquilo que temos disponível e gratuitamente, e no Verão, em vez de ar condicionado, adaptámos o edifício para que não aqueça tanto como os outros e seja arrefecido pela fonte fria que temos ao nosso dispor, que é o solo".
A integração arquitectónica de células fotovoltaicas na fachada do Solar XXI permite aquecer água e produzir electricidade, mas também aproveitar o calor das próprias placas que captam a radiação solar para aquecer no Inverno os gabinetes, que não precisam de aquecedores.
"Todos os gabinetes têm também umas pequenas portas de arrefecimento, através das quais cada utilizador pode injectar ar frio no escritório proveniente do sistema de arrefecimento do edifício, que aproveita as baixas temperaturas verificadas debaixo de terra", explicou Hélder Gonçalves.
O projecto aproveita ainda a iluminação natural para evitar luzes acesas e procurou optimizar o espaço envolvente, onde até os lugares de estacionamento têm placas solares em vez de telhas.
Hélder Gonçalves destaca que algumas destas técnicas começam agora a ser aplicadas em arranha-céus e edifícios públicos noutros países.
Para resultados óptimos em eficiência energética o melhor é que o edifício integre esta tecnologia de raiz, mas os escritórios que já estão construídos também podem sofrer melhorias: "basta melhorar a envolvente do edifício, para melhorar o consumo energético", sugere.
O responsável salienta que o desafio que agora se discute a nível internacional é a construção de um edifício "energia zero", que terá "todas as suas necessidades energéticas cobertas pela energia produzida pelo próprio edifício".
"Este conceito pode ser extensivo a um edifício, mas também a um bairro ou a uma parte da cidade, de forma que as novas construções se constituam quase como autónomas em relação à origem da energia que consomem, o que poderá ser muito interessante", explicou.
RCS.
Lusa/fim
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Energia eólica em Portugal Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O aproveitamento da energia eólica em Portugal para a produção de energia elétrica teve início em 1986 com a construção do primeiro parque eólico de Portugal na Ilha de Porto Santo, Madeira . Em 1996, foi instalado o primeiro parque eólico no continente português.
Em 2001, a potência eólica instalada era de 114 MW, distribuída por 16 parques com um total de 173 aerogeradores. Em 2004, já existiam 441 aerogeradores espalhados por 71 parques, que representavam uma potência de 537 MW.
No fim de 2007, Portugal era o décimo produtor mundial de energia eólica em termos absolutos, e o quarto em termos relativos, tendo em conta a sua área e população. Segundo o relatório de 2007 do Global Wind Energy Council (GWEC), Portugal tinha uma capacidade instalada de 2 150 megawatts (MW), o que representa 2,3% do mercado mundial .
Em 2008 produziam 4 por cento do consumo final de electricidade, mas que é expectável que, até 2010, represente 15 por cento.
O continente português possuía 1427 aerogeradores no final de Agosto de 2008, representando uma potência eólica instalada de 2672 megawatts (MW) distribuída por 164 parques eólicos.
Os distritos com maior potência eólica instalada são:
� Viseu (478 MW), � Castelo Branco (409 MW), � Viana do Castelo (302 MW), � Coimbra (277 MW), � Lisboa (225 MW), � Vila Real (171 MW), � Santarém (152 MW), � Leiria (151 MW) e � Braga (144 MW).
Os distritos de Lisboa, Leiria e Castelo Branco apresentam uma forte componente eólica, superior a 50 por cento da potência renovável desses distritos.
Referências
1. ↑ Energias Renováveis na Madeira 2. ↑ (em inglês) GWEC - Global Wind Energy Council 3. ↑ http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1350948&idCanal=57
Parque eóloco na serra da Lousã
[1]
[2]
[3]
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Ligações externas
� EDP Renováveis. Tecnologia eólica
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_e%C3%B3lica_em_Portugal" Categoria: Energia eólica
� Esta página foi modificada pela última vez às 08h14min de 1 de junho de 2009. �
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Copyright Diário Digital 1999/2009
quinta-feira, 28 de Maio de 2009 | 15:27
Energia solar será 1/4 da electricidade mundial em 2050
O emprego de centrais de energia solar têm potencial para gerar até um quarto da electricidade mundial em 2050, apontou um relatório feito por grupos defensores da energia solar, publicado esta semana. O estudo foi realizado pelo grupo ambiental Greepeace, pela Associação Europeia da Electricidade Termo-Solar (ESTELA, em inglês) e pelo grupo SolarPACES, da Agência Internacional de Energia (EIA), avançou o UOL.
«As centrais de energia solar são o próximo avanço em energia renovável», afirmou Sven Teske, do Greepeace Internacional, e co-autor do relatório. A tecnologia adequa-se a zonas quentes e sem nuvens, como o deserto do Saara ou o Médio Oriente.
Através de uma combinação de espelhos para concentrar os raios do sol, a energia gerada poderá responder a «até 7% das necessidades mundiais» em 2030 e, em 2050, a «até 25%, num cenário optimista», segundo o relatório.
Os investimentos este ano na construção de centrais solares devem exceder os 2 mil milhões de euros no mundo inteiro este ano, estando as maiores instalações na Califórnia e no Sul da Espanha.
A previsão baseia-se num forte aumento dos investimentos, sendo 21 mil milhões de euros por ano até 2015, e 174 mil milhões por ano até 2050, «criando centenas de milhares de empregos». Nestas condições, as centrais terão «uma capacidade instalada de 1500 gigawatts até ao ano 2050».
A tecnologia empregue concentra energia solar através de espelhos ou lentes, reunindo raios do sol a temperaturas entre os 400 e os 1000 graus Celsius – o suficiente para alimentar uma central geradora de electricidade.
No final do ano passado, as instalações de concentração de energia no mundo tinham capacidade de apenas 430 megawatts.
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Homepage > Notícias > Estradas de Portugal e EDP estudam implementação de renováveis nas auto-estradas
Notícias - Notícias
01-06-2009Estradas de Portugal e EDP estudam implementação de
renováveis nas auto-estradas
A Estradas de Portugal e a EDP, através da EDP Inovação, assinaram hoje um protocolo para a análise de um projecto pilotode produção renovável do tipo fotovoltaico, microeólico ounos terrenos próximos das estradas e auto-estradas.
A Estradas de Portugal e a EDP, através da EDP Inovação, assinaram hoje um protocolo para a análise de um projecto piloto de sistemas de produção renovável do tipo fotovoltaico, microeólico ou híbrido, nos terrenos próximos das estradas e auto-estradas. “Após identificação das zonas mais adequadas à sua instalação e realização de todos os estudos, everificando-se a viabilidade da iniciativa, proceder-se-á à realização de um piloto que totalizará uma potência compreendida entre os 10 e os 50 KW, em terreno ainda a definir”, refere o comunicado emitido hoje. Numa fase posterior pretende-se replicar o projecto em vários espaços geridos pela Estradas de Portugal. Jornal de Negócios
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Publicado 01 Junho
Dez perguntas e uma provocação a Ilda Figueiredo
"Leis europeias significam um retrocesso nos direitos"
Está já há uma década em Estrasburgo, mas continua com o mesmo vigor combativo: "Não me calo", assevera. E radical. Quer acabar com a independência do BCE, e sujeitácontrolo dos Governos. Não gosta de uma Europa que faz leis que, na maior parte das vezes, "reduz direitos". A culpa é de um Conselho Europeu, onde têm assento políticos como Sócrates, que tem "das visões mais neoliberais" da Europa. Leia aqui a entrevista na integra. Especial Europeias.
António [email protected]
Está já há uma década em Estrasburgo, mas continua com o mesmo vigor combativo: “Não me calo”, assevera. E radical. Quer acabar com a independência do BCE, e sujeitá-lo ao controlo dos Governos. Não gosta de uma Europa que faz leis que, na maior parte das vezes, “reduz direitos”. A culpa é de um Conselho Europeu, onde têm assento políticos como Sócrates, que tem “das visões mais neoliberais” da Europa.
1 – TRABALHO Devem as leis do trabalho ser flexibilizadas no quadro europeu para combater o desemprego e promover a competitividade? Não é aceitável que se continue a pôr em causa direitos conquistados ao longo de 90 anos, o problema do desemprego não pode servir de desculpa para liberalizar os despedimentos. Isso é pôr em causa a legislação laboral obtida por contratação colectiva e pela constante persistência dos trabalhadores, que simultaneamente contribuíram até para melhorar as condições de trabalho e a própria produtividade. Foi esta luta permanente
classes que permitiu o desenvolvimento. Seria um retorno à barbárie. O que tem de ser considerado é um outro quadro do comércio internacional, de vantagens mútuas para os diferentes países e não de uma concorrência desleal. Veja-se o que tem acontecido em Portugal: dizia-se que [a economia] devia assentar em indústrias com salários baixos porque era preciso garantir a competitividade. O que aconteceu é que nem sesalários nem desenvolveram indústrias. Acabou por aumentar o desemprego, destruiuo sector produtivo. Há alternativas para a política baseada exclusivamente na produção para as exportações, tem que se basear noutras áreas, como a resposta às próprias necessidades do país, melhoria da nossa agricultura e pescas para dar resposta às necessidades alimentares do nosso povo. Por que é que havemos de estar a construir
linhas férreas importando todas as carruagens e material do estrangeiro? Porque destruímos as indústrias metalúrgicas pesadas que tínhamos no país para apostar exclusivamente nas empresas de exportação. Agora nem temos as indústrias que produziam para as nossas infraestruturas, mas também as indústrias para exportação estão a ser destruídas. Diziam que era uma aposta no país, como no caso da Qimonda, a verdade é que foram
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todas destruídas. Está a defender um proteccionismo moderado? Não exactamente isso, mas de objectivos claros: resposta às nossas necessidades de consumo, com ascapacidades, características e riquezas próprias. Também para a exportação é possível estabelecer acordos no plano internacional com vantagens mútuas. Ora não é essa hoje a lógica da UE, e o atrelar depolítica. É necessária uma nova política económica, monetária e social para a UE, que no relacionamento com os países terceiros tem, em geral, uma visão neo-colonialista. A UE está a tentar conseguir que países terceiros mais pobres não só cedam as suas matérias-primas como também cedam o melhor que tenham de recursos humanos.Estamos contra esta liberalização do comércio internacional que condiciona tudo aos ganhos das multinacionais, e que, em função dos ganhos cada vez maiores que querem obter, condicionam tudo, incluindo a deslocalizaçãopara sítios cada vez mais distantes, onde seja maior a exploração dos trabalhadores, levando à criação de dumping social, ambiental e ao aumento do desemprego na UE. E só se a UE descesse os salários ao nível dasmaiores explorações no mundo é que havia competitividade baseada nisso. É necessário que os países ricos apoiem a educação, agricultura e indústria nesses países para haver maior justiça no plano mundial. A UE não pode comandar essa exploração. Está há dez anos no PE, vê abertura para essa ruptura? Nos últimos anos houve um acentuar da visão exploradora e gananciosa da destruição dos direitos sociais e ambientais em países terceiros. A Comissão Europeia de Durão Barroso tem uma visão muito mais neoliberal doque anteriormente. A culpa é também do Conselho, onde têm assento os governos dos 27, incluindo o português, que tem das visões mais neo-liberais, embora em Portugal tenha dias para o ser. Mas hoje há paísesque já não aceitam esses acordos bilaterais que a UE quer impor. Quer mandar para lá as multinacionais exploradoras, tentando obrigá-los a aceitar os seus grupos económicos e financeiros. A UE tem queestas políticas que são desastrosas para a humanidade.
2 – IMIGRAÇÃO Deve a UE orientar as suas políticas imigração para trabalhadores qualificados e exigir aos imigrantes de fora da Europa que aceitem os seus valores e cultura? Estamos contra as políticas de imigração estabelecidas na Europa. É uma vergonha a directiva do retorno,abriu caminho às posições xenófobas inadmissíveis de Berlusconi em Itália. Votamos contra essa directiva, mas a verdade é que ela foi aprovada pela maioria do PE e no Conselho, lamentavelmente também peloportuguês. Hoje vêm criticar o que Berlusconi faz, mas foram eles que lhes abriram caminho. Mas temos uma alternativa: apoiar a cooperação e desenvolvimento com muito mais força em África, na Ásia, na Américapara que tenham condições de fixar lá as suas populações, os seus jovens quadros e para lá criarem um emprego com direitos. Mas os que cá estiverem devem ser tratados com toda a dignidade. E é óbvio que não fazessa necessidade de aceitação dos valores, temos que respeitar a diversidade de culturas.
3 – SOCIEDADE Devem normas sociais ser harmonizadas ao nível europeu? Por exemplo: legislação da legalização casamento mesmo sexo, da despenalização do consumo das drogas leves, do aborto ou da legalização da eutanásia? O grande problema é que quando se pretende harmonizar alguma coisa é sempre pelos direitos mais baixos, comoé o exemplo da Carta dos direitos fundamentais. Se querem uma harmonização façam-na pelo máximo. Essa Carta é lamentavelmente um retrocesso se comparada com a Constituição da República Portuguesa, um retrocesso para os portugueses. Para um país ou outro podia ser importante, mas nós recusamos. E uma harmonização legislativa em torno destas questões fracturantes? A haver legislação nessas matérias ela teria que ser pela defesa dos direitos máximos porque há países que já os têm em cada uma dessas áreas. Não pode haver uma legislação europeia que ponha em causa isso. E o que hoje se está a preparar são retrocessos. Com a actual composição e funcionamento da UE, em geral uma directiva europeia só significa um retrocesso, com raras excepções.
4 – IMPOSTOS UE devia ter poder para harmonizar os impostos directos? Não, não devia porque as situações nos diferentes países são diversas, não havendo situações idênticas, cadamembro tem o direito de ver qual a fiscalidade que melhor serve a redistribuição dos rendimentos no seu país. Se as condições económicas e sociais são completamente diferentes, como pode ter aqui a mesmatem na Alemanha? Se os salários, o poder de compra, as pensões e reformas são tão diferentes... não faz O mesmo ao nível do IRC?
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O que falta é uma verdadeira politica de coesão económica e social, que levaria os países mais ricos a dar uma contribuição maior para o orçamento comunitário, de forma a que os países com economias mais frágeis estivessem a receber os apoios fundamentais para não sentirem os problemas do dumping e da concorrência. Defendemos sempre, incluindo aquando da nossa adesão à UE e agora com os novos Estados-membros, que Portugal tivesse um programa específico de apoio à sua economia, precisamente para os nossos micro, pequenos e médios empresários não sofrerem o que sofreram com estes alargamentos, onde foram confrontados com concorrências descabidas, com toda uma política de liberalização do comércio internacional, que beneficia a Alemanha, a França, o Reino Unido, mas que prejudica a maioria dos pequenos e médios. Jacques Delors – e já lá vão mais de 20 anos – dizia que a UE só devia partir para novos alargamentos com uma reformulação do seu orçamento comunitário para permitir aos países já membros condições para suportar a concorrência dos novos países. No tempo dele, o quadro financeiro envolvia 1,24% do PIB comunitário, as perspectivas financeiras 2007-2013, em que se incluiu o maior alargamento de sempre da UE, baixou o tecto para 1%. E, na prática, o tecto do orçamento deste ano, que dizem ser o da crise, não chega, em termos de pagamentos, a 0,89%. Para o alargamento era preciso, no mínimo, um orçamento de 2% do PIB comunitário. Não existe na prática solidariedade e o princípio da coesão económica e social foi deitado ao caixote do lixo. Na actual conjuntura, é defensável a redução da fiscalidade? Depende. Em relação ao IVA defendemos a baixa para 19%. Em relação à necessidade que o Estado tem em fazer uma redistribuição correcta da riqueza, o que se impõe é uma fiscalidade sobre todos os movimentos especulativos de capitais, mais-valias da bolsa, o dinheiro dos ‘offshores’. Não é aceitável que o sector financeiro – com estes lucros fabulosos – esteja a pagar provavelmente metade dos impostos que pagam milhares de trabalhadores. Devíamos ter uma banca ao serviço das famílias e das empresas, em Portugal nem o banco público exerce as funções que devia neste momento. Se a banca comercial insiste nisto, há uma medida que pode ser feita: nacionalizar o sector bancário e dos seguros para impedir que as famílias e empresas continuem a aumentar o seu endividamento enquanto a banca aumenta os lucros.
5 – PACTO DE ESTABILIDADE/BCE Deve o equilíbrio das finanças públicas manter-se como trave mestra das políticas económicas europeias? Claro que é importante ter em conta o equilíbrio das contas públicas, mas não tem de ser o alfa nem o ómega das políticas da UE. A prioridade deve ser dada ao aumento da produção e à resposta ao desemprego. Deve a estabilidade dos preços ser a primeira prioridade do BCE? O BCE não é mais do que um instrumento ao serviço das grandes potências e dos grandes grupos económicos e financeiros da UE. Toda a sua política visou apenas servir os interesses da Alemanha, França, Itália, com prejuízo grave para países como Portugal. E veja-se o que aconteceu com a baixa da taxa de juros no Reino Unido ou mesmo nos EUA, o BCE foi sempre o último a baixar a taxa para manter [os interesses da] Alemanha como prioridade.
6 – RESPOSTA À CRISE / REFORMA DO SISTEMA FINANCEIRO A UE deve avançar sozinha antes de um acordo mundial para o fim dos ‘offshores’? A UE podia ter avançado sozinha e ter usado isso como uma proposta para que, no plano mundial, se fizesse o mesmo. Assim continuarão com o argumento de que estão todos à espera e atiram a culpa de uns para os outros. Devem taxar-se os movimentos especulativos, os ganhos absurdos nas bolsas que não correspondem a produções e que levaram a esta grave crise. Dizem que ninguém suspeitava [da crise], ai suspeitava, suspeitava, nós dissemo-lo há muito, basta ver os nossos estudos e as nossas declarações, há muito que alertávamos para aquilo que ia acontecer. As soluções que estão a ser tomadas são sementes para novas crises porque não vão ao âmago da questão. Aquilo que Sarkozy diz sobre refundar o capitalismo não é solução. A nível da supervisão bancária, concorda com a delegação de parte das responsabilidades no BCE? O BCE tem uma falsa autonomia e o seu estatuto devia ter sido há muito alterado para que todos os países estivessem em igualdade de condições, o que não acontece. Portugal neste momento não tem sequer direito de voto no BCE, isto é inadmissível, pensamos que o estatuto deve ser alterado de imediato, ficar na dependência do Conselho e dos Estados-membros e que estes tivessem as mesmas condições de direito de voto e de veto no BCE. Naturalmente isso não deveria pôr em causa a soberania de cada país, incluindo na supervisão.
7 – AGRICULTURA A UE devia reduzir consideravelmente apoios à agricultura, que continua a absorver 40% dos orçamentos comunitários? Não, o que devia fazer era uma profunda transformação da PAC que permitisse uma redistribuição entre países, produtores e produtos. Ou seja, acabar com uma PAC que apenas beneficia alguns países, os grandes proprietários da terra e que beneficia mais quem não produz do que quem produz. Portanto é toda a estrutura que
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devia ser alterada para permitir dar prioridade aos apoios a quem trabalha a terra e para a defesa dos mercados de proximidade, defesa da qualidade da nossa alimentação e para promover os direitos dos agricultores, mas também dos próprios consumidores.
8- RENOVÁVEIS E AMBIENTE Fontes renováveis de energia e combate ao aquecimento global devem ser mais apoiadas mesmo que à custa de mais despesa pública e possivelmente menos crescimento e emprego? Defendemos o apoio às energias renováveis e esse caminho deve ser encetado. E pode não ter esses custos, depende da forma como se calculam os custos. Se apenas se calculam os custos do momento eles serão uns, tendo em vista uma perspectiva de futuro e aquilo que não destrói no futuro serão outros menores. Nós defendemos um plano equilibrado em que entrem diferentes componentes e um deles, muito importante, é a eficiência energética, algo muito importante que não costuma ser considerado. Mas também pensamos que devemos procurar e utilizar energias alternativas. Portugal tem excelentes condições que não estão a ser devidamente utilizados, desde a solar à energia das ondas. Há quem diga que o mar poderá ser a grande fonte de energia do futuro, uma investigação pode ser importante nesse campo.
9- REFERENDO Novos tratados deverão ser sempre referendados? Todos os tratados europeus que ponham em causa aspectos da soberania de cada país devem ser sujeitos a referendo. Caso o Tratado de Lisboa seja chumbado novamente deve ser deitado no caixote do lixo da história, que era o que já devia ter acontecido. Aliás, nem sequer deviam fazer um novo referendo, deviam respeitar a posição dos povos da Irlanda, da França e da Holanda que já disseram que não a este caminho da integração europeia. É uma posição claramente antidemocrática dos líderes da UE insistirem sempre no mesmo porque não admitem que o povo diga não, só aceitam o “sim” e vão procurando novas formas para chantagear ou impedir que o povo vote, como aconteceu em Portugal.
10 – ALARGAMENTONa UE deviam estar Turquia e Islândia? Já dissemos e repetimos que o alargamento deve depender da vontade dos povos: do país que quer aderir e dos próprios povos da UE através de referendo. No caso da Turquia acrescentamos duas pequenas coisas: é fundamental que deixe de ocupar parte do território de um Estado-membro – é inadmissível que mantenha a ocupação da parte norte do Chipre – e consideramos que deve respeitar também os direitos do seu povo, designadamente dos curdos e das mulheres. No caso da Islândia é a mesma coisa, não temos nenhuma oposição de princípio, seja o país que for. Mas é preciso que os alargamentos não sirvam só os interesses das grandes potências europeias e os outros Estados sofram as consequências disso, como tem acontecido.
PROVOCAÇÃO Por que é que a CDU não quer os votos dos patrões? Apresenta-se em campanha como sendo a candidata “sempre na defesa dos trabalhadores, da juventude, das mulheres e dos reformados”. Nesta lista faltam os patrões, mas na representatividade dos interesses que assegura no Parlamento Europeu eles também lá estão. Os capitalistas não, apenas os micro, pequenos e médios empresários, sublinha de seguida. Ilda diz que a CDU trabalha na Europa “como nenhuma outra força política o faz”, orgulhando-se das “mais de 500 perguntas e mais de 700 intervenções” no hemiciclo europeu. Se for eleita, a número um das listas da CDU vai cumprir o terceiro mandato na Europa. “Não me perco nos corredores do poder e não é por estar lá há dez anos. A minha vida é clara e toda a gente sabe que nunca fui de me perder, mas sim de manter esta permanente acção de luta, de protesto, mas também de propostas alternativas sempre, para tudo”. E deixa um aviso aos detractores: “Não me vou calar”.
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Esta foi a ideia principal que o governante José Contente fez passar esta sexta-feira durante a visita à Feira da Energia, nas Portas do Mar, em Ponta Delgada, uma iniciativa de professores e alunos do 12º ano da disciplina da Área do Projecto da Escola Secundária Antero de Quental. José Contente viu diversos “inventos” que utilizam energias alternativas que, defende, atestam uma “nova mentalidade científica” que poderá ter mais tarde repercussões positivas a nível do estilo de vida dos açorianos e da chamada economia real. “Os Açores constituem um excelente exemplo ao cumprirem o Protocolo de Quioto em matéria de energia e ao aproveitarem a energia renovável da geotermia, entre diversos outros aspectos, sendo que todos temos que perceber que a economia real está fortemente dependente da cultura científica e nada melhor do que as escolas para darem os primeiros passos”, disse. Bruno Couto, coordenador da Área de Projecto, explica que a escola aproveitou a celebração do Dia Mundial da Energia (esta sexta-feira) para desenvolver e divulgar uma série de projectos que utilizam energias alternativas. “A disciplina da Área do Projecto no 12º ano deve servir para potenciar um projecto que até pode ser desenvolvido mais tarde nas universidades. Temos já vários alunos que, com poucos recursos, desenvolvem projectos interessantes algo que, posteriormente, e com outros recursos, poderá evoluir”, acrescenta. Esta sexta-feira, na tenda instalada nas Portas do Mar, podia observar-se uma viatura movida a vela e um kart movido a biodiesel, um minicatamarãs a energia solar e um minicarro a hidrogénio, entre outros.
Pedro Nunes Lagarto
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Governo aposta na cultura científica Regional2009-05-29 16:53
O Governo Regional está a lançar as bases para que a cultura científica e tecnológica possa contribuir para a economia real tal como o fazem neste momento a agricultura e pescas e o turismo.(Com vídeo)
Grupo Ocidental
Grupo Central
Grupo Oriental
O testamento vital reforça o direito do
doente recusar tratamentos que
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Jornal da Madeira / Economia / 2009-05-31
De 2 a 5 de Junho no Largo da Restauração numa iniciativa da Câmara Municipal do Funchal
Expo Energia divulga energias renováveis
A Câmara Municipal do Funchal (CMF) em parceria com a Escola Profissional Cristóvão Colombo (EPCC) promove de 2 a 5 de Junho, no Largo da Restauração, a “Expo Energias”. Esta é uma iniciativa que, como sublinha ao JM a vereadora Rubina Leal, tem como objectivos “divulgar o potencial das energias renováveis para a protecção do meio ambiente e melhoria da qualidade de vida, promover a utilização das energias renováveis, reflectir sobre os hábitos de consumo em termos energéticos e abordar estratégias para a utilização
racional de energia”. A vereadora com o pelouro da Educação realça que no âmbito da “Expo Energias” , para além das conferências diárias com exemplos de boas práticas na região, “vamos ter diariamente workshops, nomeadamente de construção e utilização de fornos solares e de reutilização de materiais, testes e demonstrações de diferenets equipamentos de aproveitamento de energias renováveis e transmissão de filmes de educação ambiental (Cine-Eco)”. “São uma série de iniciativas que vão desde a exposição de quatro empresas que vão estar no espaço da Expo Energias a apresentar os seus produtos para as energias renováveis, aos momentos de reflexão e de conferência, aos workshops práticos e as sessões de demonstração com veículos amigos do ambiente, nomeadamente três Segways, bicicletas eléctricas, um carro eléctrico e um carro movido a hidrogénio e o mini-autocarro da linha Eco do Funchal”, salienta Rubina Leal, acrescentando que estará também presente o veículo da Educação Ambiental da CMF. Referindo tratar-se da primeira iniciativa desta natureza, destaca que a mesma termina no dia 5 de Julho, com a entrega dos Certificados de Qualidade Ambiental pela Câmara Municipal do Funchal a empreendimentos do concelho e com a estreia mundial do filme “Home”, que alerta para a conservação do planeta. A vereadora da CMF realça que todas as iniciativas vão decorrer no Largo da Restauração, na grande tenda central que aí será montada, e nos espaços envolventes da Avenida Arriaga. “Trata-se de uma iniciativa que será aberta a toda a população, embora seja dirigida sobretudo para os alunos do Ensino Secundário e Universitários”, sublinha, acrescentando que “a ideia é demonstrar as boas práticas existentes na Região e demonstrar como se pode, de alguma forma, trabalhar com alguns materiais e reutilizá-los, apresentar alguns filmes na área de educação ambiental, tudo com um objectivo pedagógico e educativo, pois é importante realçar o papel das energias renováveis”. A inauguração a Expo Energias será no próximo dia 2 de Junho, pelas 11 horas, com a presença do presidente da Câmara Municipal do Funchal, Miguel Albuquerque, seguindo-se uma conferência por Luís Marques Mendes sobre o tema “O contributo das energias para o desenvolvimento sustentável”. No dia 3 de Junho, haverá uma conferência por Carlos Magro, do LREC - Laboratório Regional de Engenharia Civil, sobre a temática “Energia fotovoltaica, situação presente e perspectivas futuras”. No dia 4, será a vez de Melim Mendes, da Associação Regional de Energia e Ambiente (AREAM) ser orador na conferência sobre “O enquadramento da problemática energética - perspectivas regionais e internacionais”, e no dia 5 será orador António de Brito, que apresentará o tema “Veículos eléctricos: Passado/presente/futuro”. Por outro lado, Rubina Leal destaca que durante a Expo Energias haverá a apresentação de um exemplo de boas práticas. Assim, no dia 3 será a Empresa de Electricidade da Madeira (EEM), no dia 4 o Grupo Pestana e no dia 5 a empresa Horários do Funchal. A exposição estará aberta durante os quatro dias desta iniciativa entre as 09 as 20 horas.
Augusto Soares
Artigo de Economia
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Universidade Nova de Lisboa Faculdade de Ciências e Tecnologia Departamento de Ciências e Engenharia do Ambiente
RReellaattóórriioo ddee FFaaccttoorreess CCrrííttiiccooss 1100 ddee JJuullhhoo ddee 22000066 ((vveerrssããoo ddee ttrraabbaallhhoo))
AAvvaalliiaaççããoo AAmmbbiieennttaall EEssttrraattééggiiccaa ddaass pprrooppoossttaass ddee PPrrooggrraammaass OOppeerraacciioonnaaiiss,, nnoo ââmmbbiittoo ddooQQRREENN ((22000077--22001133)) ee DDiirreeccttiivvaa EEuurrooppeeiiaa 22000011//4422//CCEE
AAE das propostas de PO, no âmbito do QREN (2007-2013) – Relatório de Factores Críticos 1
Equipa Técnica Coordenação: Paula Antunes Equipa de Projecto: Gonçalo Lobo Nuno Videira Sofia Guedes Vaz Theo Fernandes Tomás Ramos
AAE das propostas de PO, no âmbito do QREN (2007-2013) – Relatório de Factores Críticos 2
Índice Resumo Executivo ......................................................................................................................... 3
Introdução...................................................................................................................................... 4
Objectivos e metodologia da AAE.................................................................................................. 6
Descrição do objecto de avaliação ................................................................................................ 8
Quadro de referência para AAE................................................................................................... 10
Objectivos globais de ambiente e sustentabilidade ..................................................................... 11
Questões estratégicas dos PO .................................................................................................... 13
Factores ambientais e de sustentabilidade.................................................................................. 14
Participação pública..................................................................................................................... 17
Anexo........................................................................................................................................... 20
AAE das propostas de PO, no âmbito do QREN (2007-2013) – Relatório de Factores Críticos 3
Resumo Executivo Este documento constitui o Relatório de Factores Críticos da Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) das propostas de Programas Operacionais (PO), no âmbito do QREN (2007-2013) e Directiva Europeia 2001/42/CE. A AAE é realizada em paralelo com a elaboração do QREN e respectivos PO, tendo assim a oportunidade de contribuir decisivamente a dois níveis distintos:
1. Influenciando a forma final dos PO, de modo a que estes possam privilegiar eixos e medidas que potenciem impactes ambientais positivos em alternativa a outros que se identifiquem como causadores de impactes ambientais negativos;
2. Definindo critérios ambientais para a selecção de actividades a financiar no âmbito de
cada PO, permitindo às equipas que trabalham na implementação dos diversos Programas, disporem de orientações que assegurem uma adequada integração ambiental.
Neste primeiro relatório, procede-se à definição do âmbito de AAE. Assim, são identificados, do conjunto de estratégias, planos, programas e estudos, que constituem o quadro de referência estratégico, quais os objectivos prioritários para o país. A análise destes objectivos globais de ambiente e de sustentabilidade permitiu identificar um conjunto de Questões Estratégicas e seleccionar oito Factores Ambientais e de Sustentabilidade, que constituirão a estrutura base desta avaliação. Os Factores Ambientais e de Sustentabilidade são os seguintes:
1. Governança 2. Desenvolvimento humano 3. Desmaterialização da economia 4. Ordenamento do território e desenvolvimento regional 5. Alterações climáticas 6. Biodiversidade 7. Qualidade do ambiente 8. Riscos naturais e tecnológicos
Este conjunto de factores de avaliação traduz, no essencial, as principais dimensões do modelo de desenvolvimento sustentável preconizado para Portugal. De facto, a visão de futuro do país parece assentar, essencialmente, na valorização de factores humanos, económicos e ambientais, invertendo uma lógica de desenvolvimento apoiada essencialmente na construção de infra-estruturas. De acordo com os requisitos da Directiva 2001/42/CE, a AAE irá resultar na preparação de um Relatório Ambiental, o qual será sujeito a consulta pública, conjuntamente com o objecto de avaliação. Neste documento inclui-se a descrição da metodologia a adoptar para a componente de participação e envolvimento dos agentes neste processo.
AAE das propostas de PO, no âmbito do QREN (2007-2013) – Relatório de Factores Críticos 4
Introdução O presente documento constitui o Relatório de Factores Críticos (RFC) da Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) das propostas de Programas Operacionais (PO), no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional, QREN (2007-2013) e Directiva Europeia 2001/42/CE, cumprindo os requisitos dos Termos de Referência e Metodologia para Avaliação Ambiental Estratégica. A estratégia de desenvolvimento preconizada para Portugal encontra-se definida num conjunto de documentos estratégicos. Os PO deverão suportar essa filosofia geral de promoção da qualificação dos portugueses, do crescimento sustentado, da coesão social, da qualificação do território e das cidades, e da eficiência da governação, materializando-se em objectivos específicos e alcançáveis nos próximos sete anos de vigência deste QREN. A filosofia de desenvolvimento do país, patente nestes documentos, assenta numa vertente essencialmente não-física, privilegiando as áreas da educação, empreendedorismo e inovação, esperando que estas se traduzam numa maior produtividade, competitividade, emprego e desenvolvimento sustentável. Nos últimos 20 anos foram aplicados 50 mil milhões de euros na política de coesão, traduzindo os Quadros Comunitários de Apoio (QCA) anteriores uma opção de desenvolvimento distinta, face a uma realidade eminentemente carenciada a vários níveis, nomeadamente em termos de infra-estruturas básicas de transportes, saúde, educação e saneamento básico. Para este novo ciclo de financiamento, as orientações conhecidas recaem sobre novos princípios1:
1. Concentração num pequeno número de Programas Operacionais; 2. Selectividade nos investimentos e acções de desenvolvimento a financiar.
Estando em curso o processo de programação, no que respeita designadamente à definição dos eixos prioritários de intervenção do próximo ciclo de intervenções estruturais, e no cumprimento da Directiva 2001/42/CE, entendeu-se proceder a uma AAE, como forma de garantir a sustentabilidade dos instrumentos de programação. A presente AAE, realizada concomitantemente com a preparação dos próprios PO, terá assim oportunidade de se materializar num contributo decisivo para a sua elaboração. Através das conclusões da AAE será possível influenciar positivamente os PO, reorientando, se necessário, prioridades ou incluindo cláusulas que permitam melhor salvaguardar as questões ambientais e de sustentabilidade. Por este facto, a avaliação irá colocar particular ênfase na identificação de factores potenciadores dos impactes ambientais positivos, identificando simultaneamente os impactes ambientais negativos que possam estar associados às propostas, de modo a poderem ser evitados ao nível dos próprios PO. De acordo com os Termos de Referência e Metodologia, a análise de factores críticos tem como objectivo definir o quadro estratégico de referência da AAE, determinar as questões estratégicas de análise e factores ambientais significativos, bem como a definição das autoridades competentes e do público relevante para envolvimento e participação no processo de AAE.
1 Apresentação dos Estudos Temáticos para Preparação do Próximo Ciclo de Intervenções Estruturais, Conferência "Que Prioridades para Portugal?", promovida pelo Observatório do QCA III, nos dias 29 e 30 de Março de 2006
AAE das propostas de PO, no âmbito do QREN (2007-2013) – Relatório de Factores Críticos 5
Nesta primeira fase da AAE são assim identificados, do conjunto de estratégias, planos, programas e estudos, quais os objectivos prioritários para o país. A análise destes objectivos e o seu cruzamento com as questões estratégicas dos PO, permitirá a selecção de um conjunto de factores ambientais e de sustentabilidade que constituirão a estrutura base desta avaliação. A análise nortear-se-á pela identificação das potencialidades do QREN que possam contribuir para uma melhoria das condições ambientais do país e pela identificação e prevenção de acções que possam causar impactes negativos.
AAE das propostas de PO, no âmbito do QREN (2007-2013) – Relatório de Factores Críticos 6
Objectivos e metodologia da AAE A AAE é um instrumento preventivo de política de ambiente que permite a introdução de preocupações ambientais numa fase inicial do processo de planeamento, contribuindo assim para uma elaboração de políticas, planos e programas mais sustentáveis. Sugerir contributos para a definição de estratégias específicas, linhas de acção, medidas, critérios para selecção de projectos, enfim, a própria operacionalização dos PO, na sua componente ambiental é a filosofia geral desta AAE. Os objectivos tradicionais de uma avaliação ambiental estratégica e conforme os Termos de Referência são:
1. Assegurar uma visão estratégica das questões ambientais; 2. Assegurar que questões ambientais sejam integradas no processo de decisão; 3. Identificar, seleccionar e justificar situações win-win; 4. Sugerir programas de gestão e monitorização estratégica; 5. Assegurar processos participados e transparentes; 6. Produzir contextos de desenvolvimento adequados às propostas.
Deste conjunto de objectivos importa realçar dois tipos de influência que se pretendem com a AAE. O primeiro, intimamente relacionado com os pontos 1 e 2 anteriores, prende-se com a questão fundamental de influência estratégica nos PO. A AAE pretende influenciar a forma final dos PO, de modo a que estes possam privilegiar eixos e medidas que potenciem impactes ambientais positivos, em alternativa a outros que se identifiquem como causadores de impactes ambientais negativos. O segundo tipo de influência, orientada já para a fase de implementação dos PO e relacionada com o ponto 6, baseia-se na definição de critérios para selecção de projectos no âmbito de cada PO. Esta influência, já muito específica, permitirá às equipas que trabalham na implementação dos diversos Programas, disporem de orientações que assegurem uma adequada integração de objectivos de natureza ambiental. De acordo com os requisitos da Directiva 2001/42/CE, a AAE irá resultar na preparação de um Relatório Ambiental, o qual será sujeito a consulta pública, conjuntamente com o objecto de avaliação. Neste documento inclui-se a descrição da metodologia a adoptar para a componente de participação e envolvimento dos agentes neste processo. Na Figura 1 sintetiza-se a metodologia geral adoptada para a presente AAE, evidenciando a fase de Análise de Factores Críticos, que constitui o objecto do presente relatório, e cujo objectivo é o estabelecimento de um modelo de análise. Esta análise configura uma fase de definição do âmbito que permite identificar os principais aspectos a considerar na fase de avaliação propriamente dita. O objectivo principal será portanto desenvolver uma metodologia que permita chegar, de forma fundamentada, a um conjunto de temas estratégicos de análise que constituirão o cerne da avaliação ambiental estratégica dos PO. A metodologia de trabalho para a definição dos factores de avaliação assentou numa análise pericial e integrada dos objectivos dos planos e estudos que informam o QREN e sua ligação com os objectivos dos PO. Interligando e analisando todos estes objectivos consegue extrair-se o que se considera ser o cerne da filosofia de desenvolvimento preconizada para o país, e quais as áreas onde se podem potenciar ou evitar impactes, de forma a assegurar a componente ambiental estratégica e específica dos PO. Estas áreas estratégicas de ambiente e
AAE das propostas de PO, no âmbito do QREN (2007-2013) – Relatório de Factores Críticos 7
sustentabilidade constituem os factores de avaliação a analisar em pormenor na fase seguinte da AAE.
b
Análise e avaliação técnica da AAE
Programa de gestão e monitorização ambiental estratégica e de sustentabilidade dos PO
4ª fase | Seguimento
3ª fase | Preparação do Relatório Ambiental Final
Questões estratégicas dos PO
Factores ambientais e de sustentabilidade
Quadro de referência estratégico
Prioridades do QREN e PO
Proposta de programa de gestão e monitorização estratégica
Avaliação de impactes
Avaliação de objectivos, prioridades, medidas e critérios dos PO
Avaliação da situação existente e análise de tendências
Selecção de indicadores
Critérios de avaliação
2ª fase | Avaliação
1ª fase | Análise de factores críticos
Participação
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Figura 1 – Metodologia de AAE
AAE das propostas de PO, no âmbito do QREN (2007-2013) – Relatório de Factores Críticos 8
Descrição do objecto de avaliação2
A AAE incide sobre as propostas de Programas Operacionais, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional - QREN (2007-2013). O QREN é o documento de direcção estratégica e operacional dos instrumentos financeiros de carácter estrutural que apoiam a concretização de componentes importantes da política de desenvolvimento de Portugal no período de 2007 a 2013, considerando cinco prioridades estratégicas nacionais: a) Promover a qualificação dos portugueses, desenvolvendo e estimulando o conhecimento, a ciência, a tecnologia e a inovação como principal garantia do desenvolvimento do País e do aumento da sua competitividade; b) Promover o crescimento sustentado através, especialmente, dos objectivos do aumento da competitividade dos territórios e das empresas, da redução dos custos públicos de contexto, incluindo os da administração da justiça, da qualificação do emprego e da melhoria da produtividade e da atracção e estímulo ao investimento empresarial qualificante; c) Garantir a coesão social actuando, em particular, nos objectivos do aumento do emprego e do reforço da empregabilidade e do empreendedorismo, da melhoria da qualificação escolar e profissional e assegurando a inclusão social, nomeadamente desenvolvendo o carácter inclusivo do mercado de trabalho, promovendo a igualdade de oportunidades para todos e a igualdade de género, bem como a reabilitação e reinserção social, a conciliação entre a vida social e profissional, e a valorização da saúde como factor de produtividade e medida de inclusão social; d) Assegurar a qualificação do território e das cidades traduzida, em especial, nos objectivos de garantir ganhos ambientais, promover um melhor ordenamento do território, prevenir riscos e, ainda, melhorar a conectividade do território e consolidar o reforço do sistema urbano, tendo presente a vontade de reduzir assimetrias regionais de desenvolvimento; e) Aumentar a eficiência da governação privilegiando, através de intervenções transversais nos diversos PO relevantes, os objectivos de modernizar as instituições públicas, melhorar a eficiência e qualidade dos grandes sistemas sociais e colectivos, com reforço da sociedade civil e melhoria da regulação. O QREN é concretizado através de um conjunto de Programas Operacionais. No âmbito desta AAE serão avaliados os sete PO regionais (Norte, Centro, Lisboa, Alentejo, Algarve, RA Açores e RA Madeira) e os seguintes PO temáticos: PO Factores de Competitividade, visando a eficiência e a qualidade das instituições públicas, permitindo a redução de custos públicos de contexto, incluindo os da administração da justiça, bem como a provisão de estímulos à inovação e ao desenvolvimento científico e tecnológico, incentivos à modernização e internacionalização empresariais, incentivos ao investimento directo estrangeiro qualificante, apoio à investigação e desenvolvimento e promoção da sociedade da informação e do conhecimento;
2 O conteúdo desta secção é baseado na Resolução do Conselho de Ministros n.º 25/2006 de 10 de Março de 2006 e no Documento de Trabalho n.º 2: “Prioridades Estratégicas e Operacionais do QREN e dos Programas Operacionais”, GT QREN, Setembro de 2005.
AAE das propostas de PO, no âmbito do QREN (2007-2013) – Relatório de Factores Críticos 9
PO Valorização Territorial, que inclui a realização de infra-estruturas, redes, equipamentos e outras intervenções em domínios essenciais como logística, transportes, energia, ambiente, património, prevenção e gestão de riscos e áreas sociais, nomeadamente saúde, educação e cultura. A filosofia subjacente ao QREN preconiza que o objectivo de crescimento económico, considerado como um vector privilegiado para melhorar a qualidade de vida - o propósito principal das políticas públicas - deverá ser dissociado da utilização de recursos naturais tendo em vista a desmaterialização da economia. Adicionalmente, a realização de infra-estruturas deve contribuir para melhorias ambientais nos diversos domínios e deverá ser conduzida de forma a evitar os potenciais impactes negativos.
AAE das propostas de PO, no âmbito do QREN (2007-2013) – Relatório de Factores Críticos 10
Quadro de referência para AAE O QREN é o instrumento nacional de aplicação da política de coesão, sendo fundamental para a concretização da Estratégia de Lisboa para o Crescimento e o Emprego. Por outro lado, o QREN e respectivos PO devem também constituir instrumentos importantes para a implementação das Estratégias para o Desenvolvimento Sustentável, tanto da União Europeia como nacional, devendo ainda articular-se com os Planos de diversas áreas, conforme ilustrado na Figura 2.
Figura 2 – Principais Instrumentos de Política
Fonte: Plano de Implementação da Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável – PIENDS, Junho de 2006.
PNPOT – Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território, PNACE – Programa Nacional de Acção para o Crescimento e o Emprego;
ENDS – Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável e PNAC - Programa Nacional para as Alterações Climáticas.
A filosofia subjacente a todos estes instrumentos, e mais propriamente à Estratégia de Desenvolvimento Sustentável e à Estratégia de Lisboa, assenta no reconhecimento de que os objectivos económicos, sociais e ambientais podem reforçar-se mutuamente, devendo portanto avançar em conjunto. Estas estratégias destinam-se a apoiar as necessárias transformações estruturais que permitam às economias dos Estados-Membros suportar os desafios da globalização, criando condições de igualdade em que o dinamismo, a inovação e o espírito empreendedor criativo possam florescer garantindo simultaneamente a justiça social e um ambiente saudável3. Existe, assim, uma convergência de objectivos destes planos e estratégias no sentido do desenvolvimento sustentável. Pretende-se com esta AAE contribuir para uma adequada operacionalização destes objectivos.
3 Estratégia da União Europeia para o Desenvolvimento Sustentável aprovada pelo Conselho Europeu de Junho de 2006, disponível em http://ec.europa.eu/sustainable/sds2005/index_en.htm
AAE das propostas de PO, no âmbito do QREN (2007-2013) – Relatório de Factores Críticos 11
Objectivos globais de ambiente e sustentabilidade4
Os objectivos das estratégias de desenvolvimento sustentável nacional5 e europeia, bem como do Programa Nacional de Política de Ordenamento do Território (PNPOT)6, Programa Nacional de Acção para o Crescimento e o Emprego (PNACE)7 e Programa Nacional para as Alterações Climáticas (PNAC)8 são sintetizados nos Quadros 1 e 2. Este conjunto de objectivos aponta para uma explicitação das estratégias consideradas mais importantes no processo do desenvolvimento do QREN. A partir destes objectivos pode compreender-se o cenário de desenvolvimento apontado para o país. Quadro 1 – Desafios e objectivos das Estratégias de Desenvolvimento Sustentável da União Europeia e Nacional Estratégia para o Desenvolvimento Sustentável da União Europeia
Estratégia Nacional para o Desenvolvimento Sustentável
Alterações climáticas e energia limpa
Transportes sustentáveis
Consumo e produção sustentáveis
Conservação e gestão de recursos naturais
Saúde Pública
Inclusão social, demografia e migração
Pobreza global e desafios do desenvolvimento sustentável
Preparar Portugal para a “Sociedade do Conhecimento”
Crescimento Sustentado, Competitividade à Escala Global e Eficiência Energética
Melhor Ambiente e Valorização do Património Natural
Mais Equidade, Igualdade de Oportunidades e Coesão Social
Melhor Conectividade Internacional do País e Valorização Equilibrada do Território
Um Papel Activo de Portugal na Construção Europeia e na Cooperação Internacional
Uma Administração Pública mais Eficiente e Modernizada
4 Em anexo apresenta-se uma descrição sumária de cada uma das estratégias e programas referidos 5 A ENDS foi aprovada em Conselho de Ministros no dia 8 de Junho de 2006 estando em discussão pública até 15 de Setembro de 2006. 6 A proposta técnica do PNPOT foi aprovada pelo Conselho de Ministros, através da RCM n.º 41/2006, de 27 de Abril, encontrando-se em discussão pública até 8 de Agosto de 2006. http://www.territorioportugal.pt/ (acedido em 22 de Junho de 2006). 7 Estratégia de Lisboa – Portugal de Novo, Programa Nacional de Acção para o Crescimento e o Emprego 2005/2008, Outubro de 2005. 8 O PNAC 2006 encontra-se em fase final de elaboração, tendo-se considerado os elementos do PNAC 2001.
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Quadro 2 - Objectivos do PNACE, PNPOT e PNAC Objectivos do PNACE Objectivos do PNPOT Objectivos do PNAC
Reforçar a credibilidade, consolidando as contas públicas e apostando em políticas fortes, transparentes e focalizadas
Apostar na confiança, fomentando o crescimento económico, afirmando políticas públicas coerentes e estrategicamente enquadradas
Assumir os desafios da competitividade, implementando um plano tecnológico
Reforçar a coesão social, territorial e ambiental
Conservar e valorizar a biodiversidade e o património natural, paisagístico e cultural, utilizar de modo sustentável os recursos energéticos e geológicos, e prevenir e minimizar os riscos
Reforçar a competitividade territorial de Portugal e a sua integração nos espaços ibérico, europeu e global
Promover o desenvolvimento policêntrico dos territórios e reforçar as infra-estruturas de suporte à integração e à coesão territoriais
Assegurar a equidade territorial no provimento de infra-estruturas e de equipamentos colectivos e a universalidade no acesso aos serviços de interesse geral, promovendo a coesão social
Expandir as redes e infra-estruturas avançadas de informação e comunicação e incentivar a sua crescente utilização pelos cidadãos, empresas e administração pública
Reforçar a qualidade e a eficiência da gestão territorial, promovendo a participação informada, activa e responsável dos cidadãos e das instituições
Quantificar o esforço de redução para cumprimento dos compromissos assumidos
Identificar as responsabilidades sectoriais em termos de emissões de GEE
Apresentar o conjunto de PeM (inter)sectoriais para controlo e redução de GEE, e respectivos instrumentos, no curto, médio e longo prazo
Evidenciar os princípios e condições de política que promovam a sua implementação
Identificar a participação do país nos mecanismos de flexibilidade preconizados no Protocolo de Quioto
Definir o seu sistema de monitorização e revisão
Existe ainda um conjunto de outros planos sectoriais de política, que se articulam com os três instrumentos acima referidos (PNACE, PNPOT e PNAC), conforme se ilustra na Figura 2, e que traduzem na essência a articulação dos objectivos de natureza genérica anteriormente identificados com as políticas sectoriais. No contexto da ENDS foi efectuado um trabalho exaustivo de análise dos documentos, planos e estratégias sectoriais, que se traduzem num conjunto de metas para cada objectivo, tendo-se por isso optado, nesta fase, por analisar em detalhe apenas os documentos transversais que contêm informação relevante para cada sector. Os documentos sectoriais relevantes serão utilizados na fase de avaliação sempre que se considere adequado face à escala de análise.
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Questões estratégicas dos PO As prioridades do QREN, enquadradas e fundamentadas nos principais documentos de planeamento estratégico nacionais, bem como o diagnóstico das fragilidades mais significativas que se colocam ao país (com uma atenção especial no domínio ambiental) permitiram identificar um conjunto de questões estratégicas que representam os vectores de estruturação da AAE e que em conjunto com os factores ambientais e de sustentabilidade explicitados no capítulo seguinte constituirão a estrutura fundamental de avaliação. Da selecção das questões estratégicas, que agregam os principais desígnios dos programas operacionais a avaliar, resultou o seguinte conjunto de Questões:
1. Competitividade, Inovação e Empreendedorismo 2. Coesão Social 3. Qualificação do Território e das Cidades 4. Redes e Infraestruturas Estruturantes 5. Uso Eficiente e Valorização dos Recursos Naturais 6. Qualificação Ambiental e Prevenção de Riscos 7. Eficiência da Governança
Estas questões fundamentais traduzem os factores motivadores de potenciais impactes de natureza estratégica, que determinam a interacção dos eixos de programação com os factores ambientais e de sustentabilidade.
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Factores ambientais e de sustentabilidade Em resultado da integração dos objectivos sintetizados nos Quadros 1 e 2 com as questões estratégicas dos PO, identificam-se um conjunto de áreas estratégicas de convergência9, designadamente:
1. Governança – contributo dos PO para uma melhor governança de acordo com os cinco princípios do Livro Branco da UE sobre Governança Europeia: abertura, participação, responsabilização, eficácia e coerência;
2. Desenvolvimento humano - influência dos PO no Desenvolvimento Humano do país: aspectos relacionados com educação, saúde, esperança de vida, pobreza e acesso a recursos básicos, como água potável e alimentação;
3. Desmaterialização da economia – contributo do QREN e, em particular, do PO Factores de Competitividade, para um crescimento económico dissociado do consumo de recursos naturais, no sentido de uma maior eco-eficiência e do aumento da produtividade dos recursos naturais;
4. Ordenamento do território e desenvolvimento regional – contributo do QREN, nomeadamente dos PO regionais, para a correcção de assimetrias regionais em sintonia com as orientações estratégicas do PNPOT;
5. Alterações climáticas – contributo dos PO para uma inversão da tendência de aumento das emissões de gases com efeito de estufa, nomeadamente nas intervenções ao nível dos sectores dos transportes, energia e indústria, de modo a contribuir para os objectivos e metas do PNAC;
6. Biodiversidade - influência do QREN e respectivos PO a nível da biodiversidade (fauna, flora, recursos marinhos) e das áreas protegidas, com particular incidência para a Rede Natura 2000 e cumprimento das Directivas 79/409/CEE (aves) e 93/43/CEE (habitats);
7. Qualidade do ambiente – contributo dos PO para a melhoria da qualidade física do ambiente (água, ar e solo), nomeadamente através de intervenções nos domínios de gestão de recursos hídricos, gestão de resíduos, poluição do ar e protecção dos solos, dando cumprimento às diversas metas sectoriais relevantes;
8. Riscos naturais e tecnológicos – contributo dos PO para a prevenção e minimização de riscos naturais (e.g. desertificação, seca, incêndios e cheias) e tecnológicos (e.g. acidentes industriais).
Este conjunto de factores de avaliação traduz, no essencial, as principais dimensões do modelo de desenvolvimento sustentável preconizado para Portugal. De facto, a visão de futuro do país assenta essencialmente na valorização de factores humanos, económicos e ambientais, invertendo uma lógica de desenvolvimento apoiada essencialmente na construção de infra-estruturas. O QREN, e a correspondente AAE, constituem assim uma oportunidade para se analisarem estas áreas em particular potenciando o contributo para um desenvolvimento sustentável. No Quadro 3 apresenta-se, a título indicativo, um esboço da matriz de avaliação ambiental estratégica em que se relacionam os factores de avaliação com as questões estratégicas dos PO.
9 Em anexo, apresenta-se um conjunto de matrizes que relacionam os factores de avaliação com os objectivos globais de ambiente e sustentabilidade acima referidos.
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Quadro 3 – Matriz de Avaliação Ambiental Estratégica
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Competitividade, Inovação e Empreendedorismo
Coesão Social
Qualificação do Território e das Cidades
Redes e Infraestruturas Estruturantes
Uso Eficiente e Valorização dos Recursos Naturais
Qualificação Ambiental e Prevenção de Riscos
Eficiência da Governança
Esta matriz pretende apenas contribuir para a identificação preliminar de relações, num contexto de definição do âmbito da avaliação ambiental estratégica. A avaliação propriamente dita será efectuada na próxima fase em que se procede à avaliação dos impactes positivos e negativos resultantes dos PO por via dos factores motivadores de potenciais impactes de natureza estratégica (questões estratégicas dos PO), segundo os factores ambientais e de sustentabilidade acima indicados. Os factores de avaliação seleccionados permitem garantir que na AAE são contemplados os domínios ambientais referidos na Directiva 2001/42/CE, conforme se demonstra no Quadro 4. Naturalmente que nem todos os domínios ambientais serão considerados para os diferentes factores de avaliação. Pelo contrário, para cada um serão apenas considerados os domínios que, à escala do programa, forem os mais relevantes, como se mostra no Quadro 4.
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Quadro 4 – Relação entre domínios ambientais da Directiva 2001/42/CE e factores de avaliação
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Flora
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Solo
Água
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Paisa
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Governança10 Desenvolvimento humano Desmaterialização da economia Orden. do território e desenv. regional Alterações climáticas
Biodiversidade Qualidade do ambiente Riscos naturais e tecnológicos
Na fase seguinte de AAE procede-se à avaliação estratégica de impactes, tendo em conta a estrutura de avaliação definida neste documento, os Termos de Referência e Metodologia e os requisitos da Directiva 2001/42/CE, nomeadamente o seu Anexo I que dá orientações acerca do conteúdo do Relatório Ambiental de AAE.
10 O factor Governança apresenta uma relação indirecta com todos os domínios ambientais, representada a sombreado cinzento.
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Participação pública No processo de AAE das propostas de PO do futuro ciclo de intervenções estruturais 2007-2013, e de acordo com as disposições do Artigo 6.º da Directiva 2001/42/CE, de 27 de Junho de 2001, relativo à consulta do público11 e autoridades, considerou-se fundamental assegurar uma adequada participação de todos os interessados. Desta forma elaborou-se uma metodologia específica, incluindo as regras em matéria de informação e consulta, para a componente de participação e envolvimento dos agentes no processo de AAE, que compreende:
1. Designar as autoridades a consultar às quais, em virtude das suas responsabilidades ambientais específicas, sejam susceptíveis de interessar os efeitos ambientais resultantes da aplicação do conjunto dos PO;
2. Identificar o público afectado ou que possa ser afectado pelo processo de tomada de decisões, ou que esteja interessado no mesmo, incluindo as organizações não governamentais pertinentes;
3. Possibilitar, de forma efectiva e atempada, a apresentação de observações por parte das autoridades e do público sobre o relatório ambiental de acompanhamento antes da aprovação das propostas de PO ou de as mesmas serem submetidas ao procedimento legislativo;
4. Facultar às autoridades e ao público o relatório ambiental final da AAE. Deve notar-se que, face ao alinhamento geral dos processos de programação do QREN e PO, decorrente do calendário estabelecido na RCM nº 25/2006 de 10 de Março, e tendo em conta os constrangimentos daí resultantes para o processo e calendarização da consulta pública no âmbito da AAE, a metodologia proposta foi concebida de forma a minimizar eventuais limitações que prejudiquem a participação, privilegiando a utilização de plataformas facilitadoras da interacção com o público. Assim, em conformidade com as fases da metodologia geral da AAE apresentadas na Figura 1, apresentam-se no Quadro 5 os métodos de participação, os agentes envolvidos e o calendário de participação previstos na metodologia específica referida no n.º 1. Pode observar-se que na 1ª Fase, “Análise de Factores Críticos”, foi definido o quadro de autoridades competentes e do público relevante para envolvimento e participação no processo de AAE, aos quais se solicita a apresentação de observações relativas ao quadro de referência estratégico, aos temas estratégicos fundamentais e aos factores ambientais pertinentes identificados no presente relatório.
11 Uma ou mais pessoas singulares ou colectivas e, em conformidade com o direito e as práticas nacionais, as suas associações, organizações ou grupos.
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Quadro 5 – Etapas do processo de participação pública da AAE
Fases da AAE
Métodos de participação Agentes envolvidos Calendário
Consulta dirigida a autoridades competentes e grupos de interesse Consulta via inquérito com disponibilização do Relatório de Factores Críticos
Ministério do Ambiente e organismos tutelados: ICN, INAG, IA, INR, IRAR, CCDR’s, DGOTDU, DGDR, CNADS, CNA
Ministério da Agricultura do Desenvolvimento Rural e das Pesca
Ministério da Economia Direcção Geral de Saúde Regiões Autónomas Associação Nacional de Municípios Portugueses
Grupos parlamentares Associações empresariais e sindicais presentes no CES
ONGAs: CPADA, LPN, GEOTA, QUERCUS
Universidades
1ª Fase | Análise de Factores Críticos
Consulta pública Consulta via inquérito com disponibilização do Relatório de Factores Críticos na Internet
Público em geral
11 a 21 de Julho de 2006
Reuniões dirigidas a grupos alvo Análise SWOT
Painel de peritos 2ª Fase | Avaliação
Consulta pública Consulta via inquérito com disponibilização do Relatório Ambiental de Acompanhamento na Internet
Elaboração e integração de painel de indicadores, estilo dashboard, com elevada interactividade e disponibilização online
Utilização de ferramentas de business intelligence para apresentação de resultados, recolha e análise de informação (baseados em Crystal Xcelsius)
Público em geral
14 Agosto a 25 Setembro 2006
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Fases da AAE
Métodos de participação Agentes envolvidos Calendário
Workshop de um dia com o envolvimento das autoridades competentes e público seleccionado Disponibilização do Relatório Ambiental de Acompanhamento
Nota. será feita uma divisão dos participantes por salas de avaliação para cada PO, sendo, no final, efectuada uma sessão plenária de conclusões do conjunto das avaliações
Ministério do Ambiente e organismos tutelados: ICN, INAG, IA, INR, IRAR, CCDR’s, DGOTDU, DGDR, CNADS, CNA
Ministério da Agricultura do Desenvolvimento Rural e das Pesca
Ministério da Economia Direcção Geral de Saúde Regiões Autónomas Associação Nacional de Municípios Portugueses
Grupos parlamentares Associações empresariais e sindicais presentes no CES
ONGAs: CPADA, LPN, GEOTA, QUERCUS
Universidades
3ª Fase | Relatório Ambiental Final
Divulgação de informação Disponibilização do Relatório Ambiental Final na Internet
Disponibilização de principais resultados em quiosque multimédia em formato “livro mágico”, para disponibilização em eventos institucionais
Público em geral Outubro 2006
4ª Fase | Seguimento
Reuniões dirigidas a grupos alvo Discussão do programa de gestão e monitorização estratégica
Autoridades competentes Outubro 2006
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Anexo Descrição sumária dos documentos de referência Estratégia da União Europeia para o Desenvolvimento Sustentável – EDS A Comissão Europeia apresentou em 2006 uma nova Estratégia de Desenvolvimento Sustentável que visa responder às tendências negativas actuais. Uma vez que estas suscitam uma sensação de urgência, é necessário tomar medidas a curto prazo mantendo embora uma perspectiva de longo prazo. O principal desafio é mudar gradualmente os nossos padrões actuais insustentáveis de consumo e produção e a abordagem não integrada à elaboração de políticas. O objectivo global da nova EDS é “identificar e desenvolver acções que permitam à UE atingir uma melhoria contínua da qualidade de vida para as gerações actual e vindouras, através da criação de comunidades sustentáveis capazes de gerir e utilizar os recursos eficazmente e extrair o potencial de inovação ecológico e social da economia, garantindo prosperidade, protecção ambiental e coesão social”. Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável – ENDS A ENDS enuncia uma estratégia de referência para a acção, para um período de longo prazo (2005 -2015) e visa dar consistência global nesse horizonte aos diversos programas de iniciativa pública em preparação e implementação, e funcionar como um instrumento de mobilização e concertação para as iniciativas e acções dos agentes económicos, sociais e culturais da sociedade civil. Deverá constituir também um referencial para iniciativas co-financiadas por fundos comunitários no horizonte de 2007-2013. A ENDS assume como desígnio “retomar uma trajectória de crescimento sustentado que torne Portugal, no horizonte de 2015, num dos países mais competitivos e atractivos da União Europeia, num quadro de elevado nível de desenvolvimento económico, social e ambiental e de responsabilidade social”. Programa Nacional de Acção para o Crescimento e Emprego - PNACE O PNACE é o programa de reformas para o período 2005/2008, sendo composto por 125 medidas que visam a implementação da Estratégia de Lisboa para o Crescimento e Emprego à escala nacional, englobando diversos planos e programas entre os quais o Plano Tecnológico e o Plano Nacional de Emprego. Apresenta a visão estratégica de “colocar Portugal de novo no centro do processo de desenvolvimento à escala da União Europeia e à escala Global, promovendo o crescimento e o emprego através da melhoria da qualificação das pessoas, das empresas, das instituições, dos territórios, do desenvolvimento científico e do reforço da atractividade, da coesão social e da qualidade ambiental.” Programa Nacional de Política de Ordenamento do Território - PNPOT O PNPOT constitui o guia orientador do sistema de gestão territorial e da política de ordenamento do território, sendo também um instrumento chave de articulação desta política com a política de desenvolvimento económico e social, em coerência com a ENDS e com as diversas intervenções com incidência territorial. Apresenta um conjunto de objectivos estratégicos ditados pela ambição de que “Portugal se torne, progressivamente, um espaço mais sustentável e melhor ordenado, uma economia competitiva, mais integrada e aberta, um território mais equitativo em termos de desenvolvimento e bem-estar, e uma sociedade criativa e com sentido de cidadania”.
AAE das propostas de PO, no âmbito do QREN (2007-2013) – Relatório de Factores Críticos 21
Programa Nacional para as Alterações Climáticas – PNAC O PNAC tem o objectivo específico de controlar e reduzir as emissões de GEE (Gases com Efeito de Estufa), de modo a respeitar os compromissos de Portugal no âmbito do Protocolo de Quioto e da partilha de responsabilidades no seio da UE, bem como antecipar os impactes das alterações climáticas e propor as medidas de adaptação que visem reduzir os aspectos negativos desses impactes. O PNAC teve a sua primeira versão em 2001, foi revisto em 2004 e a 1 de Junho de 2006 o Conselho de Ministros aprovou na generalidade o PNAC 2006 cuja versão final estará disponível logo que o mesmo seja aprovado no Conselho de Ministros na especialidade.
AAE das propostas de PO, no âmbito do QREN (2007-2013) – Relatório de Factores Críticos 22
Relação entre temas de avaliação e objectivos globais de ambiente e sustentabilidade Factores de avaliação
Relação directa com a EDS da UE
Objectivos operacionais e metas relevantes mencionadas na EDS da UE
Governança Desafio 7- Aumentar a eficácia, coerência e qualidade das políticas de ajuda da UE e dos Estados-Membros no período de 2005-2010. - Contribuir para melhorar a governação ambiental à escala internacional (IEG), em especial no contexto do seguimento dos resultados da Cimeira
Mundial de 2005, e reforçar os acordos multilaterais em matéria ambiental (MEA).
Desenvolvimento humano Desafio 5 e 6
- Melhorar a protecção relativamente às ameaças para a saúde - Impedir o aumento das doenças relacionadas com o estilo de vida e crónicas, nomeadamente entre os grupos e áreas socio-economicamente
desfavorecidos. - Reduzir as desigualdades em termos de saúde tanto no interior dos Estados-Membros como entre eles, mediante a abordagem dos determinantes
de saúde mais amplos, uma promoção adequada da saúde e estratégias de prevenção de doenças. As acções deverão ter em conta a cooperação internacional em instâncias como a OMS, o Conselho da Europa, a OCDE e a UNESCO.
- Melhorar a informação sobre a poluição ambiental e as suas repercussões negativas para a saúde. - Melhorar a saúde mental e combater os riscos de suicídio. - Prosseguir o objectivo da UE de tomar medidas que tenham um impacto decisivo na redução, até 2010, do número de pessoas em risco de pobreza
e de exclusão social, concedendo especial atenção à necessidade de reduzir a pobreza infantil. - Assegurar um elevado nível de coesão social e territorial, a nível da UE e nos Estados-Membros, assim como o respeito da diversidade cultural. - Apoiar os esforços envidados pelos Estados-Membros no sentido de modernizar a protecção social, a fim de fazer face às alterações demográficas.
Desmaterialização da economia Desafio 2, 3 e 4
- Dissociar o crescimento económico da procura de transporte com o objectivo de reduzir os impactos ambientais. - Promover o consumo e a produção sustentáveis mantendo o desenvolvimento social e económico dentro da capacidade de carga dos ecossistemas
e dissociando o crescimento económico da degradação ambiental. - Melhorar o desempenho ambiental e social para os produtos e processos e incentivar a sua aceitação pelas empresas e pelos consumidores. - Ter por objectivo alcançar, até 2010, um nível médio de contratos públicos ecológicos (CPE) na União Europeia igual ao atingido actualmente pelos
Estados-Membros com melhor desempenho. - A UE deveria tentar aumentar a sua quota-parte no mercado mundial das tecnologias ambientais e das inovações ecológicas. - Melhorar a eficiência dos recursos para reduzir o uso global dos recursos naturais não renováveis e os impactos ambientais relacionados com o uso
de matérias primas, utilizando para tal recursos naturais renováveis numa proporção que não exceda a sua capacidade de regeneração. - Obter e manter uma vantagem competitiva mediante a melhoria da eficácia dos recursos, nomeadamente através da promoção das inovações eco-
eficientes.
Ordenamento do território e desenvolvimento regional
Desafio 1
- Conseguir uma transferência equilibrada para modos de transporte ecológicos em direcção a um sistema sustentável de mobilidade e de transportes.
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Factores de avaliação
Relação directa com a EDS da UE
Objectivos operacionais e metas relevantes mencionadas na EDS da UE
Alterações climáticas Desafio 1 e 2
- A UE-15 e a maior parte dos Estados-Membros da UE-25 comprometeram-se, no âmbito do Protocolo de Quioto, a proceder a uma redução das emissões de gases com efeito de estufa durante o período de 2008-2012. O objectivo da UE-15 é reduzir as suas emissões em 8% em relação aos níveis existentes em 1990, com a pretensão de que a temperatura média global da superfície da terra não aumente mais do que 2°C comparativamente com os níveis anteriores à industrialização.
- A política energética deve ser coerente com os objectivos de segurança do abastecimento, competitividade e sustentabilidade ambiental, no espírito da política energética para a Europa lançada em Março de 2006 pelo Conselho Europeu. A política energética é crucial para enfrentar o desafio das alterações climáticas.
- Os aspectos da adaptação às alterações climáticas e da atenuação dos seus efeitos deverão ser integrados em todas as políticas europeias pertinentes.
- Até 2010, 12% do consumo de energia, em média, e 21% do consumo de electricidade, como meta comum mas diferenciada, deverão satisfazer-se através de fontes de energia renováveis, ponderando-se a possibilidade de aumentar a sua proporção para 15% até 2015.
- Até 2010, 5,75% dos combustíveis usados nos transportes deverão ser biocombustíveis, como meta indicativa (Directiva 2003/30/CE), contemplando-se a hipótese de aumentar a sua proporção para 8% até 2015.
- Atingir uma poupança global de 9% do consumo final de energia ao longo de 9 anos até 2017, como indicado na Directiva relativa à eficiência na utilização final de energia e aos serviços energéticos.
- Alcançar níveis sustentáveis de consumo de energia no sector dos transportes e reduzir as emissões de gases com efeito de estufa dos transportes. - De acordo com a estratégia comunitária relativa às emissões de CO2 dos veículos comerciais ligeiros, assegurar que os veículos novos reduzam,
em média, as suas emissões de CO2 para 140g/km até 2008/09 e para 120g/km até 2012.
Biodiversidade Desafio 4- Melhorar a gestão e evitar a sobreexploração dos recursos naturais renováveis, nomeadamente a pesca, a biodiversidade, a água, o ar, a terra e a
atmosfera, recuperando os ecossistemas marinhos degradados até 2015, em conformidade com o Plano de Joanesburgo (2002), de modo a alcançar a captura máxima nas pescas até 2015.
- Suster o declínio da biodiversidade na UE e contribuir para uma redução considerável da taxa de perda de biodiversidade a nível mundial até 2010.
Qualidade do ambiente Desafio 4
- Melhorar a gestão e evitar a sobreexploração dos recursos naturais renováveis, nomeadamente a pesca, a biodiversidade, a água, o ar, a terra e a atmosfera, recuperando os ecossistemas marinhos degradados até 2015, em conformidade com o Plano de Joanesburgo (2002), de modo a alcançar a captura máxima nas pescas até 2015.
- Contribuir efectivamente para atingir os quatro objectivos globais das Nações Unidas sobre florestas até 2015. - Evitar a geração de resíduos e reforçar o uso eficiente de recursos naturais mediante a aplicação do conceito de ciclo de vida e a promoção da
reutilização e da reciclagem.
Riscos naturais e tecnológicos Desafio 5
- Assegurar que, até 2020, os produtos químicos, incluindo os pesticidas, são produzidos, manipulados e utilizados de uma forma que não suscite riscos significativos para a saúde humana e para o meio ambiente. Neste contexto, a rápida adopção do regulamento relativo ao registo, avaliação, autorização e restrição de substâncias químicas (REACH) será um marco cujo objectivo será substituir substâncias que suscitam uma grande preocupação por substâncias ou tecnologias alternativas adequadas.
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Factores de avaliação
Relação directa com a ENDS Metas relevantes mencionadas na ENDS
Governança objectivo 7- Assegurar a transposição para o direito interno das directivas Comunitárias de Ambiente, e assegurar a execução das Directivas, Regulamentos e
Decisões Comunitárias de Ambiente dentro do prazo estabelecido nos mesmos de forma a que Portugal esteja entre os cinco Estados-Membros com menor número de incumprimentos.
Desenvolvimento humano objectivos 1 e 4 - Colocar Portugal em 2015 entre os primeiros quinze países do Índice de Desenvolvimento Humano do PNUD (Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento)
Desmaterialização da economia
objectivo 2 e prioridade estratégica 2.4
- Estimular as iniciativas voluntárias conducentes à produção e consumo sustentáveis – promoção de sistemas de gestão ambiental e de eco-eficiência na indústria (parcerias público-privadas, contratos de melhoria contínua, certificação ambiental ISO 14 000 e registo EMAS, Rótulo Ecológico, Ética e responsabilidade social, etc.).
Ordenamento do território e desenvolvimento regional
objectivo 5
- Apoiar a constituição até 2009 de 15 redes de cooperação entre cidades vizinhas para promoção da competitividade territorial e da inovação - Apoiar a criação até 2009 de 10 redes temáticas para valorização de património e recursos comuns - Introduzir a figura de "contrato de aglomeração" para a cooperação entre o Estado, as Autarquias Locais e os actores económicos privados no
sentido de promover novos pólos regionais de competitividade - Incentivar programas de revitalização urbana que criem espaços de elevada qualidade urbanística e ambiental e promover parcerias para a
reabilitação urbana - No âmbito da implementação de uma rede ferroviária de alta velocidade, espera-se o crescimento da mobilidade entre os principais centros urbanos,
com transferência modal da rodovia e do transporte aéreo para a ferrovia, o que se traduzirá num aumento previsível da quota de mercado da ferrovia de 4% em 2003 para 26% em 2009.
- Plano de Ordenamento Logístico do Território, incluindo a construção de uma rede de plataformas logísticas, esperando-se o condicionamento da localização das actividades geradores de tráfego de mercadorias e da correspondente utilização da rede viária, com transferências para os modos ferroviário e marítimo
- Crescimento do PIB per capita das zonas rurais igual ou superior ao do restante território nacional
Alterações climáticas
objectivo 3 e prioridades estratégicas 2.4 e 3.1
- Para 2008-2010 redução de emissões de GEE, de acordo com metas do PNAC. - Utilização de instrumentos económico-financeiros, na vertente das alterações climáticas, previstos no PNAC, designadamente a implementação da
taxa sobre o carbono (até 2008). - Cumprir as metas de emissões de gases com efeito de estufa estabelecidas no Protocolo de Quioto, nos termos do Acordo de Partilha de
Responsabilidades no âmbito da União Europeia, isto é limitar a 27% o crescimento das emissões de GEE face ao registado em 1990 no período de cumprimento de 2008-2012.
- Atingir 39% da produção de electricidade, a partir de fontes de energia renovável (ondas, biomassa, biogás, hídrica, eólica, fotovoltaica) até 2010 - Redução do consumo de energia primária/PIB (2000) - Redução do consumo final de energia em 1%/ano, relativamente à média dos últimos cinco anos (2001-2005); - Aumento da taxa de penetração do gás natural no sector energético e no sector industrial em 2010 -
AAE das propostas de PO, no âmbito do QREN (2007-2013) – Relatório de Factores Críticos 25
Factores de avaliação
Relação directa com a ENDS Metas relevantes mencionadas na ENDS
Biodiversidade Objectivo 3 e prioridades estratégicas 3.4, 3.5 e 3.6
- Suster, até 2010, o declínio da biodiversidade: assegurar a compensação das espécies e dos habitats afectados - Aumentar até 2015 o valor do “Índice de Aves Comuns” relativamente ao valor de referência de 2004, garantindo o equilíbrio dos seus componentes
por cada tipo de habitat - Conferir maior visibilidade às áreas classificadas e aos seus valores naturais - Assegurar que até 2008 todas as áreas protegidas e todos os sítios da Rede Natura 2000 tenham planos de ordenamento e gestão eficazes - Assegurar a funcionalidade dos sistemas naturais e sua conectividade, nomeadamente garantindo o equilíbrio dos ciclos da água e dos nutrientes e
a existência de corredores ecológicos - Elaborar, até final de 2007, uma Estratégia de Gestão Integrada da Zona Costeira Nacional (vertentes marinha e terrestre) e implementá-la até 2010 - Elaborar, até ao final de 2007, um normativo legal que regule a gestão do litoral e possa alicerçar um sistema de valorização do recurso água e uma
visão global da costa portuguesa nas vertentes terrestre e marinha, fundamentando-o na avaliação dos regimes jurídicos em vigor e na participação das entidades com competência na matéria
- Avaliar as situações de facto existentes que se mostrem desconformes com a legislação aplicável, procedendo à reposição dessa mesma legalidade, em especial no domínio público marítimo (DPM) (2006-2010)
- Executar os Planos de Ordenamento da Orla Costeira, nos prazos previstos, assegurando em 2015 uma taxa de execução superior a 90%
Qualidade do ambiente
prioridades estratégicas 3.2 (água), 3.3 (ar), 3.4 (solo e floresta) e 3.8 (resíduos)
- Redução de emissões relativas às GIC (Grandes Instalações de Combustão), de acordo com as metas constantes dos PNREs – Plano Nacional de Redução de Emissões (o que está em vigor até 2007 e o que entra em vigor em 2008)
- Limitação de poluentes acidificantes e eutrofizantes, através da implementação do PTEN - Programa para os Tectos de Emissão Nacionais, de acordo com as metas previstas para 2010
- Implementação de processos de licenciamento integrando a Prevenção e Controlo Integrados da Poluição (ter a totalidade das instalações PCIP existentes com licença ambiental em 2007).
- Cumprir os valores-limite estipulados para os poluentes regulamentados, em termos da qualidade do ar ambiente em todo o território nacional e com especial incidência para os centros urbanos.
- Cumprir os valores-limite de emissão para a atmosfera, estipulados para os poluentes regulamentados (Directiva 2001/81/CE - Directiva comunitária dos Tectos de Emissão, NECD (em kt): NOx= 250, COV= 180, SO2=160; NO2=250; NH3= 90; Protocolo de Quioto: CH4= 468).
- Garantir a observância dos valores legislados para os limiares de informação à população relativos à concentração de ozono no ar ambiente, e dar cobertura nacional à monitorização de ozono no ar ambiente.
- Cumprimento das metas de gestão associadas aos vários fluxos de resíduos, consignadas na legislação específica nacional. - Prevenir a produção de resíduos, atingindo as seguintes metas de redução: -225 000 t de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU. vs crescimento previsto
em 19952); - 12,1% em peso na produção de Resíduos Industriais, (RI vs 2001); - 20,7% em peso na produção de Resíduos Industriais Perigosos (RIP vs 2001)
- Prosseguir uma abordagem por material, cumprindo as metas de reciclagem das directivascomunitárias para as seguintes tipologias de materiais (metais; plásticos; madeira; vidro; papel e cartão; etc.). Para os Resíduos Urbanos Biodegradáveis (RUB): limites de deposição em aterro: 75%, 50%
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Factores de avaliação
Relação directa com a ENDS Metas relevantes mencionadas na ENDS
e 35%, a alcançar faseadamente em 2006, 2009 e 2016, respectivamente - Implementar centros de logística inversa nas duas áreas metropolitanas, para recolha e encaminhamento de resíduos específicos de maior volume
(automóveis, pneus, vidro, papel, plásticos, etc.) - Prevenir a deterioração do estado e assegurar a protecção, melhoramento e recuperação das massas de água com vista a alcançar o bom estado
(bom estado ecológico e bom estado químico ou, para as massas de água artificiais ou fortemente modificadas pela actividade humana, bom potencial ecológico e bom estado químico) até 2015, salvo quando as medidas para melhorar e recuperar as massas de água não forem viáveis por razões naturais ou tiverem um custo desproporcionado.
- Salvaguardar as origens de água para a produção de água para consumo humano, as águas balneares, as águas para a produção de espécies aquáticas com valor comercial e as zonas protegidas para conservação da natureza, em particular, de forma a assegurar o cumprimento das normas de qualidade da água estipuladas na legislação pertinente.
- Garantir que a generalidade da população é servida por sistemas de abastecimento de água e de drenagem e tratamento de águas residuais com elevado nível de qualidade com preços acessíveis.
- Assegurar o cumprimento do Decreto-Lei n.º 243/2001, de 05 de Setembro, relativamente às águas para consumo humano e prosseguir no sentido de não exceder os valores limite recomendados.
- Atingir em 2011 uma eficiência de utilização da água de 80% em termos de consumo urbano, de 66% no consumo agrícola e de 84% no consumo industrial.
- Promover a expansão da área dedicada à agricultura biológica, de forma a alcançar 10% da SAU em 2013. - Sistemas agro-florestais com elevado interesse ambiental - inclui produção integrada, lameiros, áreas sob-coberto montado (aumento em 30% da
SAU até 2015)
Riscos naturais e tecnológicos
Prioridade estratégica 3.7
- Prevenir a deterioração e assegurar a protecção, melhoramento e recuperação dos solos especialmente dos solos com maior produtividade agrícola, através do controlo da erosão, da recuperação dos solos contaminados por actividades mineiras e por actividades industriais, do condicionamento das áreas de expansão urbana e das áreas para a implantação de infra-estruturas viárias e de serviços.
- Promover o desenvolvimento sustentável da floresta portuguesa na perspectiva do uso múltiplo, privilegiando as actividades com maior valor acrescentado, tendo em atenção a conservação da natureza e da biodiversidade e a redução da vulnerabilidade a incêndios florestais. (área média anual ardida inferior a 100 000 há até 2012; eliminar incêndios com áreas superiores a 1000 há até 2012; reduzir a área média anual ardida para menos de 0,8% da superfície florestal até 2018; 500.000 ha de áreas com certificação de gestão florestal).
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Factores de avaliação
Relação directa com o PNACE Medidas relevantes mencionadas no PNACE
Governança Desenvolvimento humano Desafio 6
Desmaterialização da economia
Prioridade 5 do domínio micro económico
Ordenamento do território e desenvolvimento regional
Desafio 5
- Redes urbanas para a competitividade e a inovação - Parcerias para a reabilitação urbana - Novas soluções para a qualidade e funcionalidade das cidades - Simplificação e eficiência dos instrumentos de ordenamento do território - Implementação de uma rede ferroviária de alta velocidade - Construção do Novo Aeroporto de Lisboa - Desenvolvimento do Sistema Logístico Nacional
Alterações climáticas Desafio 10 - Promoção da eficiência energética
- Aproveitamento da energia eólica e de outras energias renováveis
Biodiversidade Prioridade 5 do domínio micro económico
- Extensão da plataforma continental de Portugal - Implementação dum novo modelo de “governação do mar”
Qualidade do ambiente
Prioridade 5 do domínio micro económico
- Aproveitamento de biogás de aterro para produção de pilhas de Hidrogénio - Execução do Plano Estratégico de Abastecimento de Água e Saneamento de águas Residuais (PEAASAR II) - Instalação dos Centros para recuperação, valorização e eliminação de resíduos industriais perigosos (CIRVER)
Riscos naturais e tecnológicos
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Factores de avaliação
Relação directa com o PNPOT Objectivos específicos relevantes
Governança Objectivo 5 e 6
5.1 Alargar o acesso à Internet de Banda Larga em todo o país e promover uma rápida e efectiva apropriação económica e social das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) 5.2 Promover as TIC como instrumento fundamental de desenvolvimento territorial e de coesão social, generalizando a sua utilização na difusão de informação e na oferta de serviços de interesse público 6.3 Promover a participação cívica e institucional nos processos de ordenamento e desenvolvimento territorial 6.4 Incentivar comportamentos positivos e responsáveis face ao ordenamento do território
Desenvolvimento humano Objectivo 4
4.2 Desenvolver uma rede nacional de prestação de cuidados de saúde que garanta a universalidade de acesso e racionalize a procura do Serviço Nacional de Saúde (SNS), valorizando os cuidados de saúde primários e a resposta aos grupos ma is vulneráveis. 4.4 Desenvolver programas que favoreçam a integração social e urbana dos grupos sociais ma is vulneráveis face à pobreza e à exclusão social.
Desmaterialização da economia
Orden. do território e desenv. regional Objectivos 2 e 3
2.1 Reforçar a capacidade de as cidades se afirmarem como motores de internacionalização e desenvolvimento 2.2 Melhorar os sistemas e infra-estruturas de suporte à conectividade internacional de Portugal no quadro ibérico, europeu e global 2.3 Promover pólos regionais de competitividade e qualificar o emprego 2.4 Promover um maior equilíbrio na distribuição territorial da população e assegurar condições de atracção de populações de níveis elevados de qualificação 2.5 Implementar uma estratégia que promova o aproveitamento sustentável do potencial turístico de Portugal às escalas nacional, regional e local 3.1 Reforçar os centros urbanos estruturantes das regiões, em particular nos espaços de urbanização difusa e nas regiões menos desenvolvidas 3.2 Estruturar e desenvolver as redes de infra-estruturas de suporte à acessibilidade e à mobilidade, favorecendo a consolidação de novas centralidades urbanas e de sistemas urbanos mais policêntricos 3.3 Promover um desenvolvimento urbano mais compacto e policêntrico, contrariando a construção dispersa e a urbanização difusa e incentivando o reforço de centralidades intra-urbanas 3.4 Racionalizar e qualificar os espaços para implantação de actividades económicas, tendo em vista a exploração de economias de aglomeração e o desenvolvimento policêntrico dos territórios 3.5 Promover um desenvolvimento rural ajustado à diversidade dos territórios, considerando em especial as necessidades e a especificidade das áreas mais vulneráveis e despovoadas
Alterações climáticas
Objectivo estratégico 1 1.9 Definir e executar um Estratégia Nacional para a Energia e prosseguir uma política sustentada de combate às alterações climáticas
Biodiversidade Objectivo estratégico 1
1.2 Aperfeiçoar e consolidar os regimes, os sistemas e as áreas fundamentais para proteger e valorizar a biodiversidade e os recursos naturais 1.7 Proteger e valorizar o espaço marítimo e os recursos oceânicos 1.10 Proteger e valorizar as paisagens e o património cultural
AAE das propostas de PO, no âmbito do QREN (2007-2013) – Relatório de Factores Críticos 29
Factores de avaliação
Relação directa com o PNPOT Objectivos específicos relevantes
Qualidade do ambiente
Objectivo estratégico 1
1.3 Definir e executar uma Estratégia Nacional de Protecção do Solo 1.5 Definir e executar uma política de gestão integrada da água 4.7 Desenvolver os serviços de abastecimento público de água, e de recolha, tratamento e reutilização de águas residuais e de resíduos, estruturando a gestão na óptica da co-responsabilidade social e melhorando os níveis e a qualidade de atendimento.
Riscos naturais e tecnológicos
Objectivo estratégico 1
1.4 Promover o ordenamento e a gestão sustentável da silvicultura e dos espaços florestais. 1.11 Avaliar e prevenir os factores e as situações de risco, e desenvolver dispositivos e medidas de minimização dos respectivos efeitos.
Telhados brancos contra o aquecimento global O Secretário da Energia dos EUA defende recurso a projectos de geoengen
Telhados brancos e estradas de cores frias, que reflictam mais a luz solar e o calor, podem ser uma arma importante na luta contra o aquecimento global, disse ontem em Londres o secretário para a Energia americano, o Nobel da Física Steven Chu.
A construção de edifícios com tectos brancos e estradas de cores pálidas, são projectos de "geoengenharia benignos" e que teriam um efeito correspondente à suspensão de todo o trânsito automóvel no mundo durante mais de uma década. Estas opções permitiriam ainda conservar os edifícios mais frescos, dispensando o recurso a formas artificiais de climatização, como o ar condicionado.
Chu falava num simpósio sobre alterações climáticas, na capital britânica com 80 especialistas e prémios Nobel, patrocinado pelo príncipe Carlos.
publicado a 2009-05-27 às 01:00
Para mais detalhes consulte: http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1245185&seccao=Biosfera
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[Solar] [Biomassa] [Hídrica] [Eólica] [Geotérmica] [Ondas]
[Futuro da utilização das energias renováveis nos Açores]
A Geotermia consiste no aproveitamento energético do calor da terra. Esta energia resulta do fluxo de calor das camadas mais profundas e da radioactividade natural das rochas.
Regra geral, em termos médios a temperatura aumenta 1ºC por cada 32 m que se avança em profundidade na crusta terrestre. Em zonas vulcânicas como é o caso dos Açores, este gradiente térmico chega a ser 5 vezes superior.
Existindo um reservatório de um elemento capaz de transportar o referido calor, como seja a água (aquífero), através da construção de furos, poderemos ter à superfície um manancial de energia disponível ao seu aproveitamento. Estes furos geotérmicos poderão ter profundidades que podem variar no caso de São Miguel entre os cerca de 800 m e os 2000 m.
Dependendo da temperatura do fluído geotérmico, ser superior ou inferior a 150ºC na sua origem, a sua utilização poderá contemplar a produção de energia eléctrica (alta entalpia) ou o seu aproveitamento térmico para aquecimento em processos industriais ou agricultura.
No caso dos Açores, em virtude das suas características vulcânicas, os seus reservatórios geotérmicos com interesse, têm temperaturas que ultrapassam os 200ºC. A conversão da energia contida nos fluídos geotérmicos em energia eléctrica é feita por turbinas que utilizam directamente o vapor geotérmico com as características adequadas, ou por outro sistema como seja a utilização de um fluído intermédio, que é aquecido pela fonte geotérmica (água e vapor).
Nos aproveitamentos existentes, utilizam-se os dois sistemas.
A primeira experiência na produção de energia eléctrica por via geotérmica teve o seu início no ano de 1980, com a instalação da central geotérmica piloto, com uma potência instalada de 3 MW, no Pico Vermelho em São Miguel.
ESQUEMA DE FUNCIONAMENTO DA CENTRAL GEOTÉRMICA DO PICO VERMELHO (Aproveitamento directo do vapor geotérmico tratado)
ESQUEMA DE FUNCIONAMENTO DA CENTRAL GEOTÉRMICA INDUSTRIAL (Utilização de fluído intermédio)
ENERGIA GEOTÉRMICA
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Como se pode verificar, o sistema utilizado na central industrial (ciclo de Rankin) tira proveito do calor contido na totalidade do fluído geotérmico (água e vapor). Na central do Pico Vermelho (ciclo de Carnot) toda a água (a cerca de 98º C) é descarregada sem qualquer aproveitamento da energia contida na mesma. Tendo em conta que na generalidade dos furos geotérmicos existentes no maciço vulcânico de água de Pau, o geofluído às pressões utilizadas tem cerca de 20% de vapor e 80% de água e gases incondensáveis, o sistema utilizado na central industrial tira maior partido da energia disponível.
Neste momento a central geotérmica do Pico Vermelho embora tendo uma potência instalada de 3000 kW, por razões que se prendem com falta de vapor geotérmico, tem funcionado com uma potência que se cifra na ordem dos 800 a 900 kW. A central geotérmica industrial do Cachaço Lombadas tem instalados quatro grupos turbo-alternadores 2 X 2.500 kW e 2 X 4.000 kW.
A produção geotérmica atingiu 18.83 % do total de energia eléctrica produzida nos Açores durante o ano de 2001.
Em relação à ilha de São Miguel onde as centrais estão instaladas, a contribuição geotérmica atingiu durante o mesmo ano 35% do total de electricidade produzida.
Potencial por explorar
Neste momento está em curso o projecto de remodelação da central geotérmica do Pico Vermelho, estando prevista a instalação de 8.000 kW.
Na ilha Terceira, neste momento está a decorrer um programa de sondagens termométricas tendo em vista confirmar a existência de um reservatório geotérmico. Após a confirmação do reservatório, efectuar-se-ão poços de avaliação. Se tudo correr como o previsto, será instalada uma central geotérmica com uma potência que se estima em cerca de 12.000 kW.
Estudos de avaliação do Potencial Geotérmico já efectuados apontam para a possibilidade técnico-económica de instalação de aproveitamentos geotérmicos noutras ilhas, como sejam o Faial com 7.500 kW, e o Pico com 5 MW.
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Homepage > GEOTÉRMICA > Açores destacam-se a nível nacional na Geotermia
GEOTÉRMICA
23-02-2009Açores destacam-se a nível nacional na Geotermia
Na ilha de S. Miguel, por exemplo, estão instalados dois aproveitamentos no Campo Geotérmico da Ribeira Grande: a Central Geotérmica da Ribeira Grande, com uma potência1994), e a Central Geotérmica do Pico Vermelho, com umacapacidade produtiva de 10MW (de 2006), cuja produção combinada
contribuiu, em 2008, com cerca de 40 por cento na estrutura de produção daquela ilha. As centrais em exploração são pertença da Sogeo, empresa detida maioritariamente pela Electricidade dos Açores (EDA), cuja actividade está centrada no aproveitamento dos recursos geotérmicos tendo em vista a produção da eléctrica na ilha de S. Miguel. No sentido de maximizar o aproveitamento do potencial geotérmico da Ribeira Grande, aprevê desenvolver em 2009 uma campanha de execução de sete sondagens profundas, tendo em vista a saturação da Central da Ribeira Grande e a expansão da Central do Pico Vermelho. Já na Ilha Terceira, a Geoterceira, empresa detida pela EDA e pela EDP, desenvolve o ProjectoGeotérmico da Terceira, que compreende a execução dos poços de produção e de reinjecção e a construção de uma central geotérmica de 12 MW. Com a entrada em exploração desta central, prevista para o final de 2011, estima-se que esta fonte de energia contribuirá, no ano seguinte, em 38 por cento na estrutura de produção da ilha. Segundo refere a mesma fonte, para além dos benefícios de índole ambiental e de uma poupançaanual de cerca de 40 mil toneladas de combustível derivado do petróleo, a produção geotérmica ao nível do arquipélago contribui com 21 por cento na estrutura de produção, o que somado à produção hídrica e eólica, proporciona uma autonomia energética de cerca 27 por cento, factos quedemonstram a importância que o aproveitamento da energia geotérmica tem na Açores».
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Limpeza subaquática recolhe quatro toneladas de lixo Mais de 180 mergulhadores e voluntários participaram este fim-de-semana, em Cascais, numa iniciativa que consistia em limpar o fundo do mar, numa acção que resultou na recolha de cerca de 4 toneladas
A iniciativa atraiu muitos turistas curiosos que paravam na Baía de Cascais para ver o que se passava, tal era a quantidade de pessoas, preocupadas em recolher, pesar e separar o lixo que era extraído do fundo do mar em frente à Praia dos Pescadores.
Ao mesmo tempo, um ecrã gigante emitia em directo imagens de vídeo da acção subaquática.
Carrinhos de supermercado, pneus e equipamentos de pesca foram alguns dos objectos encontrados pelos 180 mergulhadores que tiveram ainda a ajuda de uma grua, para a recolha dos objectos maiores e mais pesados.
Maria João, gestora de projectos da Cascais Atlântico - uma das empresas organizadoras - explicou que esta acção visou "sensibilizar a população para a problemática dos resíduos no mar".
Este é o segundo ano da iniciativa que contou o ano passado com 25 mergulhadores.
"Estamos conscientes do problema do lixo do mar e por isso vamos repetir esta iniciativa nos próximos anos", acrescentou a responsável.
Um dos mergulhadores voluntários, Miguel Lacerda, contou que havia "muita porcaria no fundo do mar" e que a sua participação terminou rapidamente quando encontrou um objecto muito pesado e que não foi possível ser extraído sem a ajuda da grua.
A par disso, Miguel Lacerda considerou a iniciativa "exemplar", com a esperança de que "da próxima vez, quando as pessoas forem atirar lixo para o mar, se lembrem de que estiveram centenas de pessoas a trabalhar o dia todo, sem receber nada, para recolher a porcaria que muitos fazem".
Parceira deste projecto foi também a Sociedade Ponto Verde, entidade responsável pela gestão de resíduos e embalagens de Portugal.
Em declarações à Lusa, Mário Raposo, director de comunicação, explicou que "todos os resíduos que forem recolhidos serão ser encaminhados para reciclagem", sendo que os que não podem ser reciclados vão para aterros sanitários.
O responsável pela comunicação da empresa ProjectMar, Gabriel Marques, que esteve todo o dia a gerir a equipa de mergulhadores, disse ainda que esta "é a maior acção promovida até ao momento", depois de terem estado em Portimão, Sesimbra e Peniche (Berlengas).
"Nos próximos meses vamos estar no Norte e em Agosto vamos estar em Porto Covo para uma mega-operação", adiantou.
"Clean up the Atlantic" foi o nome dado à iniciativa promovida pela empresa municipal Cascais Atlântico, Grupo Ecológico de Cascais e "ProjectMar", contando ainda com a colaboração da Sociedade Ponto Verde.
A acção decorreu em duas fases: uma limpeza subaquática, realizada sábado na praia dos pescadores, e outra de limpeza terrestre, que decorreu sexta-feira na Boca do Inferno e domingo no Farol da Guia.
De acordo com o presidente da Cascais Atlântico e vice-presidente da Câmara Municipal, Carlos Carreiras, esta acção apela, principalmente, ao sentido de voluntariado, numa demonstração do que os oceanos e os mares sofrem com a poluição marítima, um mal que é preciso evitar".
publicado a 2009-06-01 às 12:09
Para mais detalhes consulte: http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1250390&seccao=Biosfera
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Lixo Marinho: você já ouviu falar?
Por Juliana do Sul *, para Adital
Toda atividade humana gera lixo. Plástico, papel, metal, isopor, vidro, madeira, borracha, enfim, tudo que descartamos quando consideramos que aquele resíduo já não tem mais utilidade. O lixo tem sua a origem no consumo desenfreado pelo qual passa a humanidade. É a chamada "Era dos Descartáveis", que gera um ciclo aparentemente sem fim, entre comprar, usar e jogar fora. Convivemos com este ciclo e, consequentemente, com o lixo desde crianças.
A nossa familiaridade com o lixo faz com que seja difícil entendê-lo no contexto da poluição marinha. É fácil perceber. Quando ocorre um derramamento de petróleo, seja na baia da Guanabara, seja em um arquipélago remoto no Oceano Pacífico, somos logo bombardeados com informações pela mídia. Mas, o que acontece quando um amigo seu joga um copinho plástico na praia? Ou quando um desconhecido descarta a bituca de cigarro, do seu lado, naquela praia que você frequenta desde garoto. Nada! Isso não é noticiado. E se, como em um derramamento de petróleo, todos os frequentadores da praia lançam seus resíduos na areia, criando um verdadeiro "tapete" de plástico? Isso também não é noticiado. Mas acontece sempre, todos os dias, ao redor do planeta. Muitas vezes, nós usuários da praia, não percebemos. Ou fingimos não ver.
A partir desta abordagem inicial fica fácil definir o lixo marinho. Este constitui todo aquele resíduo sólido (o lixo que nós produzimos) que chega aos ambientes costeiro e marinho por qualquer fonte. As fontes são usualmente definidas como fontes baseadas em terra (usuários de praias, rios, sistemas de drenagem de esgotos, entre outros) e fontes baseadas no mar (navios, barcos de pesca, plataformas de exploração de petróleo). As consequências diretas da presença de lixo marinho são a perda da qualidade estética, gastos exorbitantes com limpezas públicas, diminuição do turismo, danos a embarcações e barcos de pesca, diminuição dos estoques pesqueiros, ingestão e emaranhamento pela biota marinha, entre outros. São problemas ambientais e humanos que se cruzam e com certeza não há beneficiados.
Diversos aspectos relacionados à presença do lixo no ambiente vêm sendo estudados por pesquisadores em todo mundo, inclusive no Brasil, desde a década de 1970. Este problema vem sendo cada vez mais documentado, ganhando destaque em revistas científicas internacionais como a Nature e a Science. Os plásticos, que constituem entre 60-80% do lixo marinho, são atualmente considerados como um dos cinco principais problemas de poluição marinha, juntamente com hidrocarbonetos de petróleo, água de lastro, eutrofização e outros.
Em uma parceria entre o EcoDesenvolvimento.org e a Associação Praia Local Lixo Global (Global Garbage), diversos especialistas que vêm estudando o tema lixo marinho em diferentes Estados brasileiros e com diferentes enfoques apresentarão em uma coluna mensal suas opiniões e vivencias relacionadas ao tema. Diferentes aspectos serão abordados, dando ao leitor a oportunidade de conhecer mais sobre assuntos relevantes relacionados à poluição por lixo marinho.
Acreditamos fortemente que a disseminação destas opiniões e conceitos junto à sociedade pode sim interferir positivamente na mudança de atitude de cada um, somando esforços na busca de soluções para o problema do lixo marinho. Assim, convidamos todos à leitura, e deixamos aqui um ensinamento: que nas praias do nosso planeta, os únicos resíduos sejam os castelos de areia!
* Coordenadora Científica Projeto Lixo Marinho. Associação Praia Local lixo Global
(Envolverde/Adital)
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Plano de Acção para Eficiência Energética economiza 119 milhares toneladas equivalentes petróleo - ADENE
Lisboa, 31 Mai (Lusa) - As medidas do Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética (PNAEE) e desenvolvidas em 2008, permitiram a Portugal alcançar "uma economia equivalente a 119 milhares de toneladas de petróleo", segundo a Agência para a Energia (ADENE).
Lusa
12:37 Domingo, 31 de Mai de 2009
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Lisboa, 31 Mai (Lusa) - As medidas do Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética (PNAEE) e desenvolvidas em 2008, permitiram a Portugal alcançar "uma economia equivalente a 119 milhares de toneladas de petróleo", segundo a Agência para a Energia (ADENE).
Os dados da ADENE surgem depois de a associação ambientalista Quercus ter criticado a falta de aplicação do Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética (PNAEE), que os ambientalistas consideraram fundamental para a redução das emissões de gases mas que "não sai do papel".
A Agência para a Energia afirma que o PNAEE é um programa que vai ser desenvolvido ao longo de oito anos, não estando previsto que todas as medidas produzam resultados desde o primeiro ano.
Desde a entrada em vigor do plano, estão a ser executados programas e medidas como o "Sistema de Eficiência Energética Transportes" e a "Criação e desenvolvimento da primeira rede europeia de veículos eléctricos", a "Campanha da Eco-condução", e "Sistema de Eficiência Energética de Edifícios", "Renováveis na Hora", "Programa Solar", "Sistema Eficiência Indústria" e "Fiscalidade verde", este último com benefícios fiscais em sede de IRS associados à Certificação Energética.
"Em resumo, com as medidas inseridas no Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética e implementadas em 2008, alcançámos uma economia equivalente a 119 milhares de toneladas Equivalentes de Petróleo, o que representa cerca de sete por cento do objectivo para 2015", reforça a ADENE.
Assinalando na passada sexta-feira o Dia da Energia, a Quercus lamentou que o PNAEE continue "sem sair do papel", embora tenha sido "redigido em tempo recorde" e divulgado "com pompa e circunstância há mais de um ano".
A associação frisa que o plano é "fundamental para uma política energética mais sustentável" e, a ser aplicado, terá reflexos nas emissões de gases de efeito de estufa.
Entre estas medidas previstas pelo PNAEE, a Quercus destacou a substituição de todas as lâmpadas incandescentes por lâmpadas de baixo consumo, a certificação energética dos edifícios do Estado, a elaboração de planos de mobilidade para parques empresariais com mais de 500 trabalhadores e a taxação de equipamentos energeticamente ineficientes.
A associação destacou ainda a necessidade de serem instalados "reguladores de fluxo" na iluminação pública, a substituição das fontes luminosas nos semáforos e a limitação de entrada em concursos a empresas com planos de melhoria da eficiência energética.
FC/APN.
Lusa/Fim
Palavras-chave ambiente
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NOTÍCIAS CRONOLOGIA CALENDÁRIO DÊ NOTÍCIAS CONTACTOS
Foto: DR
Plantas e algas cobriram completamente o Tejo
Um insulto
Por Joel - Braga
Maus os que poluem o que é de todos, malditos os
que não defendem o que também é deles. Votar para
MUDAR.
Vento
Por m/g - Coimbra
É normal, daquelas paragens nem bom vento, nem
águas limpidas, ou estão á espera que dali venha
alguma coisa boa?
Respeito? Qual Respeito?
Por ToLuis - Edmonton, Canada
Sei que há, ou pelo menos houve em tempos, acordos
entre Portugal e a Espanha no que respeita à gestão
dos recursos hídricos comuns. Certamente que esses
acordos incluem obrigações das partes na
perservação da qualidade da água recebida e/ou
partilhada ao longo das fronteiras hídricas. Se é esse o
caso, onde está o Governo Português na defesa dessa
qualidade? Se há contravenção de acordos ou leis
porque não se actua apresentando uma queixa nos
tribunais competentes ? Se não há contravenção
então não se queixem. Em qualquer dos casos parece
que alguém, a começar pelos responsáveis, está a
abusar, e muito, dos nossos interesses e recursos!...
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Poluição vinda de Espanha deixa o Tejo internacional verde 28.05.2009
Ricardo Garcia
O Tejo internacional está completamente coberto de verde, devido à poluição
vinda de Espanha. A situação este ano é a pior de sempre, alerta a associação
ambientalista Quercus.
Apesar de integrar um parque natural, criado em 2000, o troço internacional
do rio recebe uma elevada carga de poluição orgânica de Espanha. Todos os
anos, esta situação leva à proliferação de algas e de plantas aquáticas – em
especial a azola e a lentilha-de-água. Do fim da Primavera ao princípio do
Outono, é usual verem-se extensas manchas verdes a flutuar no rio.
Mas nunca a situação esteve tão grave como agora. Segundo Samuel Infante,
dirigente local da Quercus, o tapete verde agora é contínuo e estende-se por
cerca de 50 quilómetros, cobrindo toda a extensão em que o Tejo faz fronteira
entre Portugal e Espanha. “O problema está-se a agravar”, afirma.
Samuel Infante afirma que as principais causas são a poluição dos esgotos e
dos fertilizantes utilizados na agricultura ao longo dos 800 quilómetros de
extensão do rio em território espanhol.
PUB
A Galp Energia lançou em Março o Programa de Mobilidade Sustentável, um projecto a longo prazo que numa primeira fase, dará destaque à mobilidade sustentável.
Veja aqui como
Cerca de 180 voluntários, entre
mergulhadores e munícipes,
recolheram perto de quatro
toneladas de lixo no dia 30 de
Maio, na Praia dos Pescadores, em
Cascais, durante o “Clean Up the
01 de Junho de 2009 20º - 32º Lisboa
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01-06-2009http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1383521
@ 2009 PÚBLICO Comunicação Social SA - Director: José Manuel Fernandes - Editor do Publico.pt: António Granado - Última Hora: Sérgio B. Gomes - Vídeo: Alexandre Martins Coordenador-geral: Pedro Ferreira - Webmaster: Paulo Almeida - Publicidade - Webdesign - Provedor dos Leitores - Editor de Opinião: José Vítor Malheiros
Atlantic”. Esta foi uma acção de
limpeza subaquática iniciativa da
Cascais Atlântico em parceria com
o ProjectMar e Grupo Ecológico de
Cascais. Foto: DR
Portaria que determina a reclassificação das albufeiras
de águas públicas de serviço público (15 de Maio)
Decreto Regulamentar que aprova a estrutura orgânica
da Direcção Regional de Florestas (20 de Maio)
Decreto Regulamentar que classifica o Monumento
Natural das Portas de Ródão (20 de Maio)
Relatório da Greenpeace "Slaughtering the Amazon" (1
de Junho)
Listagem das praias com qualidade de ouro (Quercus)
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ED. IMPRESSA ÚLTIMA HORA ECONOMIA DESPORTO IPSILON LAZER CINECARTAZ VÍDEO GALERIAS ECOSFERA PESO OUTROS Pesquisar
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1º ANO SA
PORTFÓLIO
SAÚDE AMBIENTAL
Aluna: Docente:
Suzana Santos Vitor Manteigas
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIAS DA SAÚDE DE LISBOA
ÍNDICE
1 Conceitos Importantes na Abordagem à problemática Ambiental .......................... 3 1.1 Ambiente....................................................................................................... 3
1.1.1 Declaração de Impacte ........................................................................... 3 1.1.2 Índices de Qualidade.............................................................................. 3 1.1.3 Protecção ............................................................................................... 3
1.2 Biogeoquímicos............................................................................................. 3 1.2.1 Ciclos Biogeoquímicos .......................................................................... 4 1.2.2 Biota.................................................................................................... 10 1.2.3 Biosfera ............................................................................................... 10 1.2.4 Biodiversidade..................................................................................... 11 1.2.5 Compostagem...................................................................................... 12 1.2.6 Ecologia............................................................................................... 13 • Incineração.................................................................................................. 14
1.3 Bibliografia: ................................................................................................ 17 2 Problemas Ambientais da Actualidade ................................................................ 18
2.1 A CHUVA ÁCIDA ..................................................................................... 18 2.1.1 Aterro sanitário.................................................................................... 20
2.2 BIBLIOGRAFIA......................................................................................... 23 3 Recursos Naturais ............................................................................................... 24
3.1 Recursos Renováveis................................................................................... 24 3.1.1 O Biocombustível ................................................................................ 25 3.1.2 A Energia Eólica.................................................................................. 27 3.1.3 A Energia Geotérmica.......................................................................... 30
3.2 Recursos não-renováveis ............................................................................. 31 3.2.1 Combustíveis Fósseis........................................................................... 32 3.2.2 Energia Nuclear ................................................................................... 34
4 Factores de Risco ................................................................................................ 37 4.1 Agentes infecciosos ..................................................................................... 37 4.2 AGENTES IRRITANTES........................................................................... 38 4.3 agentes mutagénicos.................................................................................... 41
5 Desenvolvimento Sustentável.............................................................................. 42 5.1 Conceitos Básicos........................................................................................ 42 5.2 Actuação Responsável ................................................................................. 42 5.3 Indicadores .................................................................................................. 43
1 Conceitos Importantes na Abordagem à problemática Ambiental
1.1 AMBIENTE
“conjunto de sistemas físicos, químicos, biológicos e suas relações e dos
factores económicos, sociais e culturais com efeito directo e indirecto, mediato
e imediato, sobre os seres vivos e a qualidade da vida do homem” – in Lei de
Bases do Ambiente.
1.1.1 Declaração de Impacte
Relatório fundamentado, elaborado após estudos cuidadosos que descreve
as consequências prováveis ou seguras de uma actuação projectada,
prevenindo assim quem tem de tomar decisão, o público e o governo, a
respeito dos riscos corridos do ambiente. Este processo proporciona ao público
uma oportunidade para participar em decisões que podem ter influência no
ambiente humano.
1.1.2 Índices de Qualidade
Limites e concentrações máximos permissíveis, níveis máximos aceitáveis
de poluidores em meios especificados
1.1.3 Protecção
Parte da gestão dos recursos que diz respeito à descarga no ambiente de
desperdícios químicos e biológicos e de efeitos físicos com o objectivo de
proporcionar uma defesa contra a interferência ou destruição, em relação aos
usos benéficos dos recursos naturais.
1.2 BIOGEOQUÍMICOS
“Todo ser vivo reage com seu ambiente e produz resíduos. A menos que o
Ambiente possa dispô-los convenientemente (Auto depuração), eles poderão
intervir no ciclo vital. O movimento dos elementos e compostos essenciais à
vida pode ser designado como ciclo biogeoquímicos. As relações entre
espécies e ambiente físico caracterizam-se por uma constante permuta dos
elementos, em uma actividade cíclica, a qual, por compreender aspectos de
etapas biológicas, físicas e químicas alternantes, recebe a denominação geral
de Ciclo Biogeoquímico. Na verdade, o fenómeno é estritamente cíclico,
apenas em relação ao aspecto químico, no sentido de que os mesmos
compostos químicos alterados se reconstituem ao final do ciclo, enquanto que
o aspecto físico das rochas não se regenera, necessariamente. Assim, Há uma
espécie de intercâmbio continua entre meio físico, denominado abiótico
(relativo à parte sem vida do meio físico) e o biótico (conjunto de seres vivos),
sendo esse intercâmbio de tal forma equilibrado, em relação à troca de
elementos nos dois sentidos, que os dois meios se mantêm praticamente
constantes. Dentre os ciclos biogeoquímicos mais conhecidos, estão o ciclo do
carbono (meio pelo qual os organismos vivos adquirem sua matéria principal e
que os sustentam quimicamente), o ciclo do nitrogénio ou fixação do nitrogénio
(usado para produção de substâncias vitais aos organismos, feito
principalmente por bactérias) o próprio ciclo da água (ciclos curtos e longos), o
do oxigénio etc”.
1.2.1 Ciclos Biogeoquímicos
Vias percorridas pelos nutrientes através dos ecossistemas. O ciclo
Biogeoquímico é o percurso realizado no meio ambiente por um elemento
químico essencial à vida. Ao longo do ciclo, cada elemento é absorvido e
reciclado por componentes bióticos (seres vivos) e abióticos (ar, água, solo) da
biosfera, e às vezes pode se acumular durante um longo período de tempo em
um mesmo lugar. É por meio dos ciclos biogeoquímicos que os elementos
químicos e compostos químicos são transferidos entre os organismos e entre
diferentes partes do planeta. O estudo e a compreensão dos ciclos
biogeoquímicos pode ajudar a identificar potenciais impacts ambientais
causados pela introdução de substâncias potencialmente perigosas nos
diversos ecossistemas. Todo ser vivo reage com seu ambiente e produz
resíduos. A menos que o ambiente possa dispô-los convenientemente, pela
auto depuração, eles poderão intervir no ciclo vital. As relações entre espécies
e ambiente físico caracterizam-se por uma constante permuta dos elementos,
em uma actividade cíclica, a qual, por compreender aspectos de etapas
biológicas, físicas e químcas alternantes, recebe a denominação geral de Ciclo
Biogeoquímico. Na verdade, o fenómeno é estritamente cíclico apenas em
relação ao aspecto químico, no sentido de que os mesmos compostos
químicos alterados se reconstituem ao final do ciclo, enquanto que o aspecto
físico das rochas não se regenera, necessariamente. Assim, há uma espécie
de intercâmbio contínuo entre meio físico, denominado abióico (relativo à parte
sem vida do meio físico) e o biótico (conjunto de seres vivos), sendo esse
intercâmbio de tal forma equilibrado, em relação à troca de elementos nos dois
sentidos, que os dois meios se mantêm praticamente constantes.
1.2.1.1 Etapas do ciclo de nutrientes
• Transporte Físico
• Transformações químicas
Tempo de residência (TR): para depósito em equilíbrio (somatória das entradas = somatória
das saídas)
TR (anos) = depósitos (kg) / somatória das saídas (kg/ano)
1.2.1.2 Principais de Ciclos
Um dos principais ciclos biogéoquímicos, são o ciclo do nitrogénio, o ciclo do carbono, do fósforo, do enxofre e outros. Iremos apenas destacar alguns:
• Ciclo do Carbono
O carbono (C) é o quarto elemento mais abundante no Universo, depois do
Hidrogénio (H), Hélio (He) e o Oxigénio (O), e é o pilar da vida como a
conhecemos. Existem basicamente duas formas de carbono, uma orgânica,
presente nos organismos vivos e mortos, não decompostos, e outra inorgânica,
presente nas rochas. No planeta Terra o carbono circula através dos oceanos,
da atmosfera, da terra e do seu interior, num grande ciclo biogeoquímicos. Este
ciclo pode ser dividido em dois tipos: o ciclo “lento” ou geológico, e o ciclo
“rápido” ou biológico.
A distribuição de carbono entre atmosfera, organismos, terra e oceanos se
alterou com o tempo. Cerca de 550 milhões de anos atrás a concentração de
CO2 na atmosfera era de 7.000 partes por milhão, mais de 18 vezes o que é
hoje. Onde foi todo aquele carbono atmosférico? Em sua maior parte, acabou
como rochas sedimentares como calcário. Como isso aconteceu é parte da
história maior do ciclo do carbono.
O ciclo do carbono é uma combinação de muitos processos biológicos,
químicos e físicos que movem o carbono.
• Ciclo do Nitrogénio
O nitrogênio é um elemento presente nas moléculas de aminoácidos,
unidades das proteínas, e nas bases nitrogenadas, componentes dos ácidos
nucléicos.
78% do ar atmosférico é composto por gás nitrogênio (N2), sendo o grande
reservatório desse elemento na natureza; apesar disso, a grande maioria dos
seres vivos não consegue utilizar diretamente esse gás e incorporá-lo às suas
moléculas orgânicas. Apenas algumas poucas espécies de bactérias
conseguem retirar o nitrogênio do ar, transformando-o em substâncias
utilizáveis pelos organismos vivos ou então retirando o nitrogênio das
substâncias orgânicas e devolvendo-o à atmosfera para fechar o ciclo. A vida
na Terra não seria possível sem esses microorganismos.
Bactérias fixadoras de nitrogênio (principalmente do gênero Rhizobium) e
cianobactérias (antigamente denominadas algas azuis), que vivem na água, no
solo ou em associação com raízes de leguminosas, absorvem o nitrogênio
gasoso (N2), tranformando-o em amônia (NH3). Alguns vegetais, incluindo as
leguminosas, utilizam a amônia diretamente para a produção de proteínas e
ácidos nucléicos. Pela cadeias alimentares, as proteínas vegetais podem ser
transferidas para os animais. A excreção animal libera resíduos nitrogenados,
como a uréia, o ácido úrico e também a amônia; além disso, a morte de
animais e de plantas origina também resíduos nitrogenados. Esses resíduos
são degradados pelos decompositores, que produzem amônia.
A amônia poderá seguir três caminhos: poderá ser utilizada diretamente
pelas plantas, como já vimos; porém a maioria da amônia do solo será
transformada em nitritos por bactérias nitrificantes e depois em nitratos, que
ficam no solo e na água. Os nitratos podem ser absorvidos pelos vegetais, que
os utilizam para a produção de proteína vegetal e ácidos nucléicos. Um terceiro
caminho possível para a amônia é a sua absorção por bactérias
desnitrificantes, que a transformam em nitrogênio gasoso (N2) e devolvem
esse gás para a atmosfera. Parte dos nitratos também é absorvida por
bactérias desnitrificantes e também são transformados em gás nitrogênio que é
devolvido à atmosfera, fechando o ciclo
• Ciclo do Fósforo
O fósforo aparece principalmente na forma de fosfato (PO4-3), obtido a
partir da degradação das rochas (minerais). Diante absorção desse elemento,
os vegetais sintetizam compostos orgânicos elaborados (por exemplo:
aminoácidos, proteínas e ácidos nucléicos), repassando a todos os demais
componentes bióticos através do fluxo de matéria e energia. Pela ação dos
agentes decompositores sob a matéria morta (animal e vegetal) resultando em
detritos orgânicos e também por meio da excreção dos organismos viventes,
esse elemento retorna para o solo. Drenado gradativamente para o mar, o
fosfato passa por processos de sedimentação, sendo incorporado às rochas.
Podendo retornar ao ecossistema terrestre por meio dos processos geológicos,
como a elevação do leito no mar ou o rebaixamento do nível das águas.
Portanto, o ciclo do fósforo, pode ser dividido em duas escalas temporais: uma
de curta duração, dependente das relações ecológicas entre os seres vivos; e
outra de longa duração envolvendo os aspectos abióticos do ambiente.
1.2.2 Biota
Vida animal e vegetal encontrada num ambiente ou região geográfica.
1.2.3 Biosfera
Biosfera é o conjunto de
todos os ecossistemas da
Terra. É um conceito da
Ecologia, relacionado com os
conceitos de Litosfera,
hidrosfera e atmosfera.
Incluem-se na biosfera todos os
organismos vivos que vivem no
planeta, embora o conceito seja
geralmente alargado para
incluir também os seus habitats.
O termo "Biosfera" foi introduzido, em 1875, pelo geólogo austríaco Eduard
Suess. Entre 1920 e 1930 começou-se a aplicar o termo biosfera para
designar a parte do planeta ocupada pelos seres vivos. O conceito foi criado
por analogia a outros conceitos empregues para nomear partes do planeta,
como, por exemplo, litosfera, camada rochosa que constitui a crosta, e
atmosfera, camada de ar que circunda a Terra. Biosfera é o conjunto de todas
as partes do planeta Terra onde existe ou pode existir vida. A biosfera é um
tanto irregular, devido à escassez, ou mesmo inexistência, de formas de vida
em algumas áreas. Os seus limites vão dos fins das mais altas montanhas até
às profundezas das fossas abissais marinhas. A vida na Terra terá surgido há
cerca de 3800 milhões de anos
1.2.4 Biodiversidade
A biodiversidade traduz-se na quantidade de espécies de seres vivos
existentes no planeta. Existem espécies adaptadas a ambientes tão diversos
como o gelo da Antártida ou fontes submarinas com actividade vulcânica e
temperaturas superiores a 100ºC. Ainda se conhece pouco sobre a
biodiversidade do planeta. Calcula-se que existam entre 10 a 20 milhões de
espécies, das quais só 10% estão estudadas a nível científico.
O principal impacto da perda da biodiversidade é a extinção das espécies
que são irrecuperáveis. O Homem é o principal responsável da perda da
biodiversidade. As espécies têm sido exterminadas de maneira muito rápida
pela acção humana, com uma taxa de extermínio 50 a 100 vezes superior aos
índices de extinção por causa natural. Exemplos da acção do homem e suas
consequências na biodiversidade do planeta:
• Eliminação ou alteração do habitat pelo homem - é o
principal factor da diminuição da biodiversidade. A eliminação de
vegetação local para construção de casas ou para actividades
agropecuárias altera o meio ambiente. Em média, 90% das espécies
extintas acabaram em consequência da destruição de seu habitat;
• Super-exploração comercial - ameaça muitas espécies
marinhas e algumas terrestres;
• Poluição das águas, solo e ar - stressam os ecossistemas e
matam os organismos;
• Introdução de espécies exóticas - ameaçam os locais por
predação, competição ou alteração do habitat natural.
A diversidade biológica apresenta um papel fundamental para a nossa
espécie, uma vez que aproximadamente 40% da economia mundial e 80% das
necessidades dos povos dependem dos recursos biológicos.
Devido essencialmente a actividades humanas como a agricultura, a pesca,
a indústria, os transportes e a urbanização de extensas partes do território,
entre outras, observa-se que os ecossistemas e as espécies se encontram, a
um nível global, cada vez mais ameaçadas, com a consequente diminuição da
biodiversidade.
Esta tendência pode vir a ter, profundas implicações no desenvolvimento
económico e social da comunidade humana, pois é frequentemente
acompanhada por profundas alterações ambientais.
Neste contexto, o conceito de conservação da natureza tem vindo a evoluir
precisamente no sentido de manutenção da biodiversidade.
1.2.5 Compostagem
Compostagem é o conjunto de técnicas aplicadas para controlar a
decomposição de materiais orgânicos, com a finalidade de obter, no menor
tempo possível, um material estável, rico em húmus e nutrientes minerais; com
atributos físicos, químicos e biológicos superiores (sob o aspecto agronómico)
àqueles encontrados na(s) matéria(s) prima(s).
1.2.6 Ecologia
A Ecologia é o estudo das inteirações dos seres vivos entre si e com o
meio ambiente.
A palavra Ecologia tem origem no grego “oikos", que significa casa, e
"logos", estudo. Logo, por extensão seria o estudo da casa, ou de forma mais
genérica, do lugar onde se vive. Foi o cientista alemão Ernst Haeckel, em 1866,
quem primeiro usou este termo para designar o estudo das relações entre os
seres vivos e o ambiente em que vivem a abundância dos seres vivos no
planeta.
A Ecologia divide-se em várias partes, tais como a Auto ecologia, a Demo
ecologia e a Sinecologia.
Quando vários organismos da mesma espécie estão reunidos numa mesma
região, temos uma população. Várias populações num mesmo local formam
uma comunidade. Tudo isto reunido e trabalhando em harmonia forma um
ecossistema. Todos os ecossistemas reunidos num mesmo sistema, temos a
biosfera.
O meio ambiente afecta os seres vivos não só pelo espaço necessário à
sua sobrevivência e reprodução -- levando, por vezes, ao territorialismo -- mas
também às suas funções vitais, incluindo o seu comportamento (estudado pela
etologia, que também analisa a evolução dos comportamentos), através do
metabolismo. Por essa razão, o meio ambiente -- a sua qualidade -- determina
o número de indivíduos e de espécies que podem viver no mesmo habitat.
Por outro lado, os seres vivos também alteram permanentemente o meio
ambiente em que vivem. O exemplo mais dramático é a construção dos recifes
de coral por minúsculos invertebrados, os pólipos coralinos.
As relações entre os diversos seres vivos existentes num ecossistema
incluem a competição pelo espaço, pelo alimento ou por parceiros para a
reprodução, a predação de organismos por outros, a simbiose entre diferentes
espécies que cooperam para a sua mútua sobrevivência, o comensalismo, o
parasitismo e outras.
Da evolução destes conceitos e da verificação das alterações de vários
ecossistemas -- principalmente a sua degradação -- pelo homem, levou ao
conceito da ecologia humana que estuda as relações entre o Homem e a
Biosfera, principalmente do ponto de vista da manutenção da sua saúde, não
só física, mas também social.
Por outro lado, apareceram também os conceitos de Conservação e do
Conservacionismo que se impuseram na actuação dos governos, quer através
das acções de regulamentação do uso do ambiente natural e das suas
espécies, quer através de várias organizações ambientalistas que promovem a
disseminação do conhecimento sobre estas interacções entre o Homem e a
Biosfera.
A ecologia está ligada a muitas áreas do conhecimento, como por exemplo
a economia. Nosso modelo de desenvolvimento económico baseia-se no
capitalismo, que promove a produção de bens de consumo cada vez mais
caros e sofisticados e isso esbarra na ecologia, pois não pode haver uma
produção ilimitada desses bens de consumo na biosfera finita e limitada.
• Incineração
Incineração é a queima do lixo em aparelhos próprias. Apresenta a
vantagem de reduzir bastante o volume de resíduos. Além disso, destrói os
microrganismos que causam doenças, contidos principalmente no lixo
hospitalar e industrial.
Depois da queima, resta um material que pode ser encaminhado para
aterros sanitários ou mesmo reciclado. É recomendada a reutilização
racionalizada dos materiais queimados para a confecção de borracha,
cerâmica e artesanato. O Obelisco de Ipanema foi realizado com entulho de
concreto incinerado.
Com a incineração é possível uma redução do volume inicial de resíduos
até cerca de 90% através da combustão, a temperaturas que variam entre 800
e 3 000°C. Por isso tem vindo a ser implementado em zonas de grande
produção de lixo. No entanto, certos resíduos liberam gases tóxicos aos serem
queimados. Nesses casos, para evitar a poluição do ar, é necessário instalar
filtros e equipamentos especiais – o que torna o processo mais caro.
Trata-se de um sistema útil na eliminação de resíduos combustíveis, não
tendo vantagens para outros materiais como, por exemplo, vidros e metais.
Devido ao seu elevado teor em água, a matéria orgânica (que constitui cerca
de 36% dos RSU) possui um baixo poder calorífico e como tal não é
interessante incinerar sob o ponto de vista energético.
Interior de um forno de incineração
Deste processo resultam como produtos finais a energia térmica (que é
transformada em energia eléctrica ou vapor), águas residuais, gases, cinzas e
escórias. Os gases resultantes da incineração têm de sofrer um tratamento
posterior, uma vez que são compostos por substâncias consideradas tóxicas
(chumbo, cádmio, mercúrio, crómio, arsénio, cobalto e outros metais pesados,
ácido clorídrico, óxidos de azoto e dióxido de enxofre, dioxinas e furanos,
clorobenzenos, clorofenóis e PCBs).
Um incinerador gera também emissões de dióxido de carbono, agente
causador do efeito estufa. Como parte do processo, fazem-se necessários
equipamentos de limpeza de gases, tais como precipitadores ciclônicos de
partículas, precipitadores eletrostáticos e lavadores de gases.
O efluente gerado pelo arrefecimento das escórias e pela lavagem dos
gases, terá de sofrer um tratamento adequado uma vez que, acordo com a
legislação da União Europeia, é considerado um resíduo perigoso. Apesar do
aproveitamento da energia, uma vez que não há a reciclagem dos materiais, a
incineração de resíduos torna-se assim numa perda no ciclo de renovação dos
recursos naturais. Por estes motivos, tal como o aterro, surge no último lugar
da hierarquia de gestão de resíduos.
• Co-incineração
Incinerador de Viena, Áustria, ligado a uma rede de distribuição de energia térmica.
A co-incineração é o processo de tratamento de resíduos que consiste na
sua queima em fornos industriais, conjuntamente com os combustíveis
tradicionais. Os resíduos são assim valorizados energeticamente, pois
substituem parte do combustível usado no forno. Os fornos trabalhando a
elevadas temperaturas das indústrias vidreira, siderúrgica e cimenteira podem
ser usados para o tratamento de resíduos.
• Co-incineração em cimenteiras
Os fornos de cimento são os mais utilizados por permitirem atingir
temperaturas muito elevadas de 2000°C na chama do queimador principal e
cerca de 1450°C no clinker.
Quando os resíduos contêm substâncias ambientalmente perigosas, tais
como compostos aromáticos ou metais, a co-incineração em fornos de cimento
pode permitir evitar a contaminação do ambiente de forma segura. No caso dos
compostos orgânicos (contendo átomos de carbono ou azoto), as temperaturas
muito elevadas e o longo tempo de permanência no forno - 5 a 7 segundos nos
grandes fornos de cimento - vão provocar a destruição dessas moléculas,
originado compostos inócuos, como o anidrido carbónico.
Em contacto com os silicatos de cálcio que constituem o clinker -
constituinte maioritário do cimento Portland - a maioria os metais são
incorporados na estrutura vítrea formada a alta temperatura, ficando assim
inibidos de serem lixiviados pela água. São excepção os metais voláteis
mercúrio, cádmio e tálio, que por não serem fixados não podem apresentar
concentrações elevadas nos resíduos a co-incinerar.
Os aniões enxofre, cloro e flúor combinam-se com o cálcio da pedra
formando compostos estáveis, evitando assim as emissões dos respectivos
ácidos.
• Emissões perigosas
Quando a co-incineração começou a ser usada nos EUA na década de
1980, os resíduos eram misturados e triturados conjuntamente com a pedra. O
aquecimento era muito lento, o que originava a progressiva libertação dos
compostos orgânicos voláteis, antes de atingirem os pontos mais quentes do
forno. A poluição provocada era enorme. Alguns fornos, mesmo trabalhando
apenas com com combustíveis normais, podiam permitir a formação de
dioxinas. Estes compostos ocorriam em fornos onde o despoeiramento dos
gases se fazia a temperaturas bastante altas.
Estrutura molecular da TCDD, a mais tóxica das dioxinas
Actualmente a co-incineração dos resíduos mais perigosos é feita por
injecção na zona de queima, o que permite uma destruição com uma eficiência
tipicamente superior a 99,99%. O arrefecimento dos gases antes da sua
chegada aos filtros permite atingir níveis muito baixos de emissão de dioxinas,
independentemente do tipo de combustível usado.
A co-incineração feita no respeito das boas práticas industriais é
actualmente um processo seguro de valorização de resíduos industriais em fim
de linha, praticado há muitos anos em numerosos países europeus. As
análises sistemáticas dos efluentes gasosos não se distinguem das
encontradas quando são apenas usados os combustíveis tradicionais
1.3 BIBLIOGRAFIA:
• http://pt.wikipedia.org • http://www.mocho.pt/ • http://www.malhatlantica.pt/cnaturais/biodiversidade.htm
2 Problemas Ambientais da Actualidade
2.1 A CHUVA ÁCIDA
O termo chuva ácida foi
empregado pela primeira vez
em 1952 por um cientista
inglês, R. A. Smith, em sua
monografia O Ar e a Chuva:
O Início da Climatologia
Química, a Chuva Ácida.
Embora a chuva ácida,
formada por substâncias que
as chaminés das indústrias e
os escapamentos dos automóveis despejam na atmosfera, tenha surgido,
provavelmente, em meados do século passado, em decorrência da Revolução
Industrial, só há dez anos esse fenômeno começou a inquietar os ecologistas,
para se converter, nos dias de hoje, numa de suas mais obsessivas
preocupações. "Trata-se talvez do mais sério problema ecológico do século",
suspeita o patologista americano Leon Dochinger, do Serviço de Florestas dos
Estados Unidos. Significativamente, nada menos do que quatro simpósios
internacionais, na Europa, foram dedicados ao tema, desde o final de março.*
A precipitação ácida ocorre quando aumenta a concentração de dióxido de
enxofre (SO2), e óxidos de nitrogênio (NO, NO2, N2O5), que produzem ácidos
quando em contato com a própria água da chuva. Estes compostos são
liberados na combustão de materiais de origem fóssil, como o petróleo e o
carvão. A combustão destes materiais também dá origem a óxidos de carbono
(CO e CO2), pois existe carbono em sua composição, assim como na
composição de outros materiais como o álcool comum (C2H5OH).
As chuvas ácidas transformaram a superfície do mármore (CaCO3) do
Parthenon, em Atenas, em gesso (CaSO4); macio e sujeito a erosão.
* Texto baseado no artigo "As Chuvas da Morte", publicado na revista IstoÉ, em 9 de maio de 1984.
Fotografias das Cariátides, as ninfas sobre as quais se apóia o templo de
Erekteion, na Acrópole, mostram que, num período de dez anos (1955 a 1965),
a chuva ácida destruiu os narizes das Cariátides e outros detalhes de suas
figuras. O mesmo fenômeno é observado no Taj Mahal, na Índia, e no Coliseu,
em Roma.
Mas a chuva ácida não atinge apenas monumentos de valor incalculável
para a humanidade. Em alguns lugares, como nos países da Escandinávia, ela
está matando os peixes dos lagos e rios; em outros, como na Alemanha, vai
rapidamente dizimando as florestas. No sinistro mapa da devastação, pelo
menos um ponto do território brasileiro já está assinalado - Cubatão, o
sufocante pólo industrial da Baixada Santista.
Para medir o grau de acidez - o pH - da água, os técnicos usam uma escala
que vai de 0 a 14. Quanto mais baixo o número, maior o índice de acidez, que
avança numa progressão estonteante: o pH 1,0 é dez vezes mais ácido que o
pH 2,0, cem vezes mais ácido que o pH 3,0, e assim por diante. A água
destilada, quando rigorosamente pura, tem, aproximadamente, pH 7,0; a água
da chuva, normalmente, tem pH em torno de 5,6. Em diversos pontos do
mundo, no entanto, tem-se registrado precipitações com índice de acidez
próximo de 2,0; como observam os cientistas, é como se nesses lugares
chovesse algo ainda mais ácido que o suco de limão, cujo pH é 2,1. A maioria
dos peixes morre quando o pH dos rios e lagos atinge 4,5.
O Brasil, que, além de menos industrializado do que a Europa e os Estados
Unidos, praticamente não precisa queimar carvão mineral ou óleo combustível
para produzir energia - algo muito comum sobretudo na Europa, onde é
escassa a energia hidrelétrica - já começa a exibir números assustadores. No
centro de Cubatão, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
(CETESB), do governo do Estado de São Paulo, detectou, em 1983, índices de
pH que iam de 4,7 a 3,7. Os maiores responsáveis por essa anomalia são os
derivados de enxofre, que as chaminés das petroquímicas e siderúrgicas não
cessam de despejar na carregada atmosfera de Cubatão. O problema não
seria tão grave se as indústrias da região passassem a queimar, em suas
caldeiras, óleo com 1% de enxofre - o que se usa hoje tem 5%.
A chuva ácida nem sempre cai onde foi gerada - tangida pelo vento, pode
desabar a grandes distâncias das fontes poluidoras. Inicialmente, as enormes
chaminés, com as quais se pretende evitar a poluição, contribuem para que
isso aconteça, pois lançam a fumaça em correntes altas de vento. A viagem
dos poluentes explica, por exemplo, o fato de as paradisíacas ilhas Bermudas,
a 960 km da costa atlântica dos Estados Unidos, ou as montanhas amazônicas
do sul da Venezuela, enfrentarem hoje chuvas tão ácidas quanto as que
tombam sobre os países industrializados.
Alguns guarda-chuvas têm sido abertos contra essa terrível modalidade de
poluição. Em março de 1984, reunidos em Madri, representantes de nove
países europeus e do Canadá acertaram reduzir em 30%, na próxima década,
suas emissões de enxofre. Não será tarefa suave, dado o elevado custo dos
equipamentos para combater a chuva ácida. Na França, por exemplo, onde já
são obrigatórios, estes dispositivos representam 10% do custo global das
usinas termelétricas, onde estão instalados. Para financiá-los, quase sempre é
indispensável aumentar as tarifas de energia - um risco político que os
governantes relutam em assumir. Alguns casos, porém, comportam soluções
mais baratas. Foi algo assim que fez o governo da Grécia, em janeiro passado:
a área do centro de Atenas, onde os carros só podem trafegar em dias
alternados, foi ampliada de 8 para 67 km2, numa tentativa de dissolver a
nuvem negra que corrói implacavelmente os dois milênios e meio do
Parthenon.
2.1.1 Aterro sanitário
Um aterro sanitário é um
espaço destinado à deposição final
de resíduos sólidos gerados pela
actividade humana. Nele são
dispostos resíduos domésticos,
comerciais, de serviços de saúde,
da indústria de construção, ou
dejectos sólidos retirados do esgoto.
2.1.1.1 Condições e características
A base do aterro sanitário deve ser constituída por um sistema de
drenagem de efluentes líquidos percolados acima de uma camada
impermeável de polietileno de alta densidade - PEAD, sobre uma camada de
solo compactado para evitar o vazamento de material líquido para o solo,
evitando assim a contaminação de lençóis freáticos. O chorume deve ser
tratado e/ou recirculado (reinserido ao aterro) causando assim uma menor
poluição ao meio ambiente.
Seu interior deve possuir um sistema de drenagem de gases que possibilite
a colecta do biogás, que é
constituído por metano, gás
carbónico (CO2) e água (vapor),
entre outros, e é formado pela
decomposição dos resíduos. Este
efluente deve ser queimado ou
beneficiado. Estes gases podem
ser queimados na atmosfera ou
aproveitados para geração de energia. No caso de países em
desenvolvimento, como o Brasil, a utilização do biogás pode ter como
recompensa financeira a compensação por créditos de carbono ou CERs do
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, conforme previsto no Protocolo de
Quioto.
Sua cobertura é constituída por um sistema de drenagem de águas pluviais,
que não permita a infiltração de águas de chuva para o interior do aterro. No
Brasil, usa-se normalmente uma camada de argila.
Com a compactação de lixo no aterro é possível a produção de gás,
podendo assim diminuir a exploração de combustíveis fósseis. Este processo
de produção é já utilizado em Portugal na zona de Leiria, "Projecto - Resíduos
+ Petróleo.
Um aterro sanitário deve também possuir um sistema de monitorização
ambiental (topográfico e hidrogeológico) e pátio de estocagem de materiais.
Para aterros que recebem resíduos de populações acima de 30 mil habitantes
é desejável também muro ou cerca limítrofe, sistema de controlo de entrada de
resíduos (ex. balança rodoviária), guarita de entrada, prédio administrativo e
oficina.
Quando atinge o limite de capacidade de armazenagem, o aterro é alvo de
um processo de monitorização especifico, e se reunidas as condições, pode
albergar um espaço verde ou mesmo um parque de lazer, eliminando assim o
efeito estético negativo. Recentemente foi encontrada uma célula produzida em
aterros que contribui para o fortalecimento do sistema imunitário, podendo
assim contribuir para a cura de muitas doenças.
Existem critérios de distância mínima de um aterro sanitário e um curso de
água, uma região populosa e assim por diante. No Brasil, recomenda-se
distância mínima de um aterro sanitário para um curso de água deve ser de
400m.
2.1.1.2 Operação
A recepção dos resíduos inicia-se com
a entrada do veículo (viatura em Portugal)
de transporte de resíduos no aterro
sanitário e a pesagem na balança. Depois
de feito o controle na entrada e efectuada
a pesagem, o veículo desloca-se até à
zona de deposição, avança até à frente de
trabalho, procedendo à descarga dos resíduos. Em seguida, o veículo passa
pela unidade de lavagem dos rodados (quando houver) e é novamente pesado
para a obtenção da tara, de forma a ficar registado o peso líquido da
quantidade de resíduo transportada.
A operação segura de um aterro sanitário envolve empilhar e compactar os
resíduos sólidos e cobri-lo diariamente com uma camada de solo. A
compactação tem como objectivo reduzir a área ocupada e aumentar a área
disponível prolongando a vida útil do aterro, ao mesmo tempo que o propicia a
firmeza do terreno possibilitando seu uso futuro para outros fins. A cobertura
diária do solo evita que os resíduos permaneçam a céu aberto, com possível
contacto com animais (pássaros) e sujeito a chuva, e também para diminuir a
liberação de gases mal cheirosos, bem como a disseminação de doenças.
2.1.1.3 No Brasil
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define da seguinte
forma os aterros sanitários: "aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos,
consiste na técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem
causar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os
impactos ambientais, método este que utiliza os princípios de engenharia para
confinar os resíduos sólidos ao menor volume permissível, cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho ou à intervalos
menores se for necessário."
2.1.1.4 Em Portugal
2.2 BIBLIOGRAFIA
Revista Isto É, Artigo "As Chuvas da Morte", publicado na revista IstoÉ, em
9 de maio de 1984.
http://pt.wikipedia.org
3 Recursos Naturais
“Os recursos naturais são componentes, materiais ou não, da paisagem
geográfica, mas que ainda não tenham sofrido importantes transformações
pelo trabalho humano e cuja própria gênese é independente do Homem, mas
aos quais lhes foram atribuídos, historicamente, valores econômicos, sociais e
culturais. Portanto, só podem ser compreendidos a partir da relação homem-
natureza. Os recursos naturais são muito importantes para o Mundo.
O termo surgiu pela primeira vez na década 1970, por E.F. Schumacher no
seu livro intitulado Small is Beautiful.
Nem todos os recursos que a natureza oferece ao ser humano podem ser
aproveitados em seu estado natural. Quase sempre o ser humano precisa
trabalhar para transformar os recursos naturais em bens capazes de satisfazer
alguma necessidade humana. Os recursos hídricos, por exemplo, têm de ser
armazenados e canalizados, quer para consumo humano directo, para
irrigação, ou para geração de energia hidrelétrica.
Os recursos podem ser:
Não-renováveis: São aqueles que de maneira alguma não se renovam, ou
demoram muito tempo para se produzir. Exemplos: petróleo, ferro, ouro.
Inesgotáveis: Recursos que não se acabam, como o Sol e o vento.”
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Recurso_natural
3.1 RECURSOS RENOVÁVEIS
“Os recursos são considerados renováveis quando possibilitam a sua
utilização sistemática sem risco de se esgotarem. A sua reposição ou
regeneração é feita de forma contínua pela Natureza. Em termos de reservas
naturais, trata-se de um bem ilimitado.
Face às perspectivas de esgotamento das fontes energéticas que têm vindo
a ser utilizadas, em virtude do progresso da Humanidade se verificar a um
ritmo crescente, nomeadamente no que diz respeito ao desenvolvimento
industrial, procura-se cada vez mais recorrer a soluções alternativas de
produção energética. Estas novas soluções baseiam-se no aproveitamento dos
recursos renováveis. São exemplos de fontes energéticas renováveis: o sol, a
força das ondas, marés e rios, o vento, a geotermia resultante de
manifestações de vulcanismo e a biomassa. Os principais obstáculos que se
colocam ao uso generalizado das energias obtidas a partir das fontes
anteriormente referidas não são de ordem tecnológica, mas fundamentalmente
de natureza económica e cultural. Este tipo de soluções determina, por um
lado, investimentos iniciais superiores àqueles que são efectuados quando se
recorre às fontes energéticas tradicionais não renováveis. Por outro lado, existe
uma falta de hábito, quase generalizada à maior parte das instituições, de
encarar este tipo de soluções ainda que esses investimentos possam ser
rapidamente amortizados. A situação de desaproveitamento deste tipo de
recursos é sobretudo flagrante nos países em desenvolvimento que, apesar de
reunirem as condições ideais para o seu aproveitamento, não possuem
capacidade económica e tecnológica para os explorar.
São exemplo de energia renovável:
• O Sol: energia solar
• O vento: energia eólica
• Os rios e correntes de água doce: energia hidráulica
• Os mares e oceanos: energia maremotriz
• As ondas: energia das ondas
• A matéria orgânica: biomassa, biocombustível
• O calor da Terra: energia geotérmica
• Água salobra: energia azul
Entre estes, iremos destacar:
3.1.1 O Biocombustível
Biocombustível é qualquer combustível de origem biológica, desde que não
seja de origem fóssil. É originado de mistura de uma ou mais plantas como:
cana-de-açúcar, mamona, soja, cânhamo, canola, babaçu, lixo orgânico, dentre
outros tipos. Existem vários tipos de biocombustíveis, mas os principais são: a
biomassa, o bioetanol, o biodiesel e o biogás.
3.1.1.1 Biomassa:
É uma fonte de energia limpa e renovável disponível em grande abundância
e derivada de materiais orgânicos. Todos os organismos capazes de realizar
fotossíntese (ou derivados deles) podem ser utilizados como biomassa.
Exemplo: restos de madeira, estrume de gado, óleo vegetal ou até mesmo o
lixo urbano. O máximo está sendo feito para obter a energia da biomassa, já
que o petróleo e o carvão mineral têm prevenções de acabar, a energia
eléctrica está cada vez mais escassa (já que essa energia depende da força da
água) e a energia nuclear é perigosa. Outro factor importante é que a
humanidade esta produzindo cada vez mais lixo e esse lixo também é capaz de
produzir energia, isso ajuda a resolver vários problemas: diminuição do nível de
poluição ambiental, contenção do volume de lixo das cidades e aumento da
produção de energia. Vantagens: energia limpa e renovável, menor corrosão
de equipamentos, os resíduos emitidos pela sua queima não interferem no
efeito estufa, ser uma fonte de energia, ser descentralizadora de renda, reduzir
a dependência de petróleo por parte de países subdesenvolvidos, diminuir o
lixo industrial (já que ele pode ser útil na produção de biomassa), ter baixo
custo de implantação e manutenção.
3.1.1.2 Bioetanol
O bioetanol é a obtenção do etanol através da biomassa, para ser usado
directamente como combustível ou se juntar com os ésteres do óleo vegetal e
formar um combustível, a esse processo se dá o nome de transesterificação. O
etanol é um álcool incolor, volátil, inflamável e totalmente solúvel em água,
derivado da cana-de-açúcar, do milho, da uva, da beterraba ou de outros
cereais, produzido através da fermentação da sacarose. Comercialmente, é
conhecido como álcool etílico e sua fórmula molecular é C2H5OH ou C2H6O.
O etanol é hoje um produto de diversas aplicações no mercado, largamente
utilizado como combustível auto motivo na forma hidratada ou misturado à
gasolina. Também tem aplicações em produtos como perfumes,
desodorizantes, medicamentos, produtos de limpeza doméstica e bebidas
alcoólicas. Merece destaque como uma das principais fontes energéticas do
Brasil, além de ser renovável e pouco poluente. O Brasil é hoje o maior
produtor mundial de etanol, que, quando utilizado como combustível em
automóveis, representa uma alternativa à gasolina de petróleo. Destacam-se
na produção do etanol os estados de São Paulo e Paraná, respondendo juntos
por quase 90% da safra total produzida. Além disso, o Brasil lidera a produção
mundial de cana-de-açúcar (principal matéria-prima do etanol), sendo essa
uma indústria que movimenta vários bilhões de dólares por ano. Isso
representa uma menor dependência do Brasil ao petróleo.
3.1.1.3 Biodiesel
O biodiesel é derivado de lipídicos orgânicos renováveis, como óleos
vegetais e gorduras animais, para utilização em motores de ignição por
compressão (diesel). É produzido por transesterificação e é também um
combustível biodegradável alternativo ao diesel de petróleo, criado a partir de
fontes renováveis de energia, livre de enxofre em sua composição. É obtido a
partir de óleos vegetais como o de girassol, nabo forrageiro, algodão, mamona,
soja.
3.1.2 A Energia Eólica
A energia eólica tem sido aproveitada desde a antiguidade para mover os
barcos impulsionados por velas ou para fazer funcionar a engrenagem de
moinhos, ao mover as suas pás. Nos moinhos de vento a energia eólica era
transformada em energia mecânica, utilizada na moagem de grãos ou para
bombear água. Os moinhos foram usados para fabricação de farinhas e ainda
para drenagem de canais, sobretudo nos Países Baixos.
Fonte: http://moinhosdeportugal.no.sapo.pt/Peniche.jpg
Na actualidade utiliza-se a energia eólica para mover aerogeradores -
grandes turbinas colocadas em lugares de muito vento. Essas turbinas têm a
forma de um cata-vento ou um moinho. Esse movimento, através de um
gerador, produz energia eléctrica. Precisam agrupar-se em parques eólicos,
concentrações de aerogeradores, necessários para que a produção de energia
se torne rentável, mas podem ser usados isoladamente, para alimentar
localidades remotas e distantes da rede de transmissão. É possível ainda a
utilização de aerogeradores de baixa tensão quando se trate de requisitos
limitados de energia eléctrica.
A energia eólica é hoje considerada uma das mais promissoras fontes
naturais de energia, principalmente porque é renovável, ou seja, não se esgota.
Além disso, as turbinas eólicas podem ser utilizadas tanto em conexão com
redes eléctricas como em lugares isolados.
Em 2005 a capacidade mundial de geração de energia eléctrica através da
energia eólica era de aproximadamente 59 giga watts, - o suficiente para
abastecer as necessidades básicas de um país como o Brasil - embora isso
represente menos de 1% do uso mundial de energia.
Em alguns países, a energia eléctrica gerada a partir do vento representa
significativa parcela da demanda. Na Dinamarca esta representa 23% da
produção, 6% na Alemanha e cerca de 8% em Portugal (dados de Setembro de
2007) e na Espanha. Globalmente, a geração através de energia eólica mais
que quadruplicou entre 1999 e 2005.
A energia eólica é renovável, limpa, amplamente distribuída globalmente, e,
se utilizada para substituir fontes de combustíveis fósseis, auxilia na redução
do efeito estufa.
O custo da geração de energia eólica tem caído rapidamente nos últimos
anos. Em 2005 o custo da energia eólica era cerca de um quinto do que
custava no final dos anos 90, e essa queda de custos deve continuar com a
ascensão da tecnologia de produção de grandes aerogeradores. No ano de
2003 a energia eólica foi a forma de energia que mais cresceu nos Estados
Unidos.
A maioria das formas de geração de electricidade, requerem altíssimos
investimentos de capital e baixos custos de manutenção. Isto é particularmente
verdade para o caso da energia eólica, onde os custos com a construção de
cada aerogerador podem alcançar milhões de reais, os custos com
manutenção são baixos e o custo com combustível é zero. Na composição do
cálculo de investimento e custo nesta forma de energia levam-se em conta
diversos factores, como a produção anual estimada, as taxas de juros, os
custos de construção, de manutenção, de localização e os riscos de queda dos
geradores. Sendo assim, os cálculos sobre o real custo de produção da energia
eólica diferem muito, de acordo com a localização de cada parque eólico.
Apesar da grandiosidade dos modernos moinhos de vento, a tecnologia
utilizada continua a mesma de há 1000 anos, tudo indicando que brevemente
será suplantada por outras tecnologias de maior eficiência, como é o caso da
turbo vela, uma voluta vertical apropriada para capturar vento a baixa pressão
ao passar nos rotores axiais protegidos internamente. Esse tipo não oferece
riscos de colisões das pás com objectos voadores (animais silvestres) e não
interfere na áudio visão. Essa tecnologia já é uma realidade que tanto pode ser
introduzida no meio ambiente marinho como no terrestre.
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/87/ParqueEolicoLousa.JPG
3.1.3 A Energia Geotérmica
Energia geotérmica ou energia geotermal é a energia obtida a partir do calor
proveniente da Terra, mais precisamente do seu interior. Devido a necessidade
de se obter energia elétrica de uma maneira mais limpa e em quantidades cada
vez maiores, foi desenvolvido um modo de aproveitar esse calor para a
geração de eletricidade. Hoje a grande parte da energia elétrica provém da
queima de combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão mineral, métodos
esses muito poluentes.
Para que possamos entender como é aproveitada a energia do calor da
Terra devemos primeiramente entender como nosso planeta é constituído. A
Terra é formada por grandes placas, que nos mantém isolados do seu interior,
no qual encontramos o magma, que consiste basicamente em rochas
derretidas. Com o aumento da profundidade a temperatura dessas rochas
aumenta cada vez mais, no entanto, há zonas de intrusões magmáticas, onde
a temperatura é muito maior. Essas são as zonas onde há elevado potencial
geotérmico.
Um exemplo da exploração dessa energia em Portugal é a Central
Geotérmica do Pico Vermelho, nos açores. Esta central geotérmica tem uma
potência líquida de 10 MW e uma produção anual de 80 GWh com um factor de
recarga de 92%, demorou cerca de 60 meses a ser construída e atingiu um
montante global de investimento de cerca de 34,4 milhões de euros, co-
financiados pelo Programa Operacional de Desenvolvimento Económico e
Social dos Açores (PRODESA) em cerca de 28%.
Com a entrada em funcionamento desta central, a contribuição de origem
geotérmica para o sistema electroprodutor da ilha de São Miguel em 2007 foi
da ordem dos 37%.
Fonte: http://www.energiasrenovaveis.com/images/upload/per0043_1.jpg
Fonte: http://img232.imageshack.us/img232/8823/figura1uu1.jpg
3.2 RECURSOS NÃO - RENOVÁVEIS
São recursos naturais que, uma vez consumidos, não podem ser
substituídos, pelo menos num espaço de tempo razoável. São produtos
resultantes de processos extremamente lentos da litosfera, e não são auto-
renováveis no esquema humano das coisas. De maneira geral, os recursos
minerais consideram-se pertencentes a estes recursos sujeitos a
desaparecerem.
São aqueles cujas reservas são limitadas e estão sendo devastadas com a
utilização. As principais são a energia nuclear e os combustíveis fósseis
(petróleo, gás natural e carvão).
3.2.1 Combustíveis Fósseis
Os combustíveis fósseis podem ser usados na forma sólida (carvão), líquida
(petróleo) ou gasosa (gás natural). Segundo a teoria mais aceite, foram
formados por acumulações de seres vivos que viveram há milhões de anos e
que foram fossilizados formando carvão ou hidrocarboneto. No caso do carvão
se trata de bosques e florestas nas zonas úmidas e, no caso do petróleo e do
gás natural de grandes massas de plâncton acumuladas no fundo de bacias
marinhas ou lacustres. Em ambos os casos, a matéria orgânica foi
parcialmente decomposta, pela acção da temperatura, pressão e certas
bactérias, na ausência de oxigênio, de forma que foram armazenadas
moléculas com ligações de alta energia.
Se distinguem as "reservas identificadas", embora não sejam exploradas, e
as "reservas prováveis", que poderão ser descobertas com tecnologias futuras.
Segundo os cálculos, o planeta pode fornecer energia para mais 40 anos (se
for usado apenas o petróleo) e mais de 200 (se continuar a usar carvão).
3.2.1.1 Consequências Ambientais
Dentre as conseqüências ambientais do processo de industrialização e do
inerente e progressivo consumo de combustíveis fósseis - leia-se energia -,
destaca-se o aumento da contaminação do ar por gases e material particulado,
provenientes justamente da queima destes combustíveis, gerando uma série
de impactos locais sobre a saúde humana. Outros gases causam impactos em
regiões diferentes dos pontos a partir dos quais são emitidos, como é o caso da
chuva ácida.
A mudança global do clima é um outro problema ambiental, porém bastante
mais complexo e que traz consequências possivelmente catastróficas. Este
problema vem sendo causado pela intensificação do efeito estufa que, por sua
vez, está relacionada ao aumento da concentração, na atmosfera da Terra, de
gases que possuem características específicas. Estes gases permitem a
entrada da luz solar, mas impedem que parte do calor no qual a luz se
transforma volte para o espaço. Este processo de aprisionamento do calor é
análogo ao que ocorre em uma estufa - daí o nome atribuído a esse fenômeno
e também aos gases que possuem essa propriedade de aprisionamento parcial
de calor, chamados de gases do efeito estufa (GEE), dentre os quais destaca-
se o dióxido de carbono (CO2).
É importante notar que o dióxido de carbono, bem como os outros GEE em
geral (vapor d'água, por exemplo), não causam, em absoluto, nenhum dano à
saúde e não "sujam" o meio ambiente. Seria incorreto classificar estes gases
como poluentes -, já que os mesmos não possuem as duas características
básicas de um poluente segundo a definição tradicional do termo (idéia de
dano à saúde e/ou sujeira). Todavia, novas definições de poluição, mais
técnicas e abrangentes, fizeram-se necessárias e surgiram ao longo da última
década, fazendo com que os gases de efeito estufa fossem classificados como
poluentes.
3.2.1.2 Importância Económica
O aumento do controle e do uso, por parte do Homem, da energia contida
nesses combustíveis fósseis foi determinante para as transformações
econômicas, sociais, tecnológicas - e infelizmente ambientais - que vêm
ocorrendo desde a Revolução Industrial.
Pelo aumento do preço dos combustíveis fósseis e da poluição ambiental, a
Europa está a procurar soluções energéticas alternativas (como os
biocombustíveis, a electricidadee o hidrogénio). Até 2020 a União Europeia
prevê aumentar para 10% a percentagem de energias renováveis utilizadas
nos transportes rodoviários.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Coal.jpg
3.2.2 Energia Nuclear
Os núcleos atômicos de elementos pesados como o urânio, podem ser
desintegrados (fissão nuclear ou cisão nuclear) e liberar energia radiante e
cinética. Usinas termonucleares usam essa energia para produzir electricidade
utilizando turbinas a vapor.
Energia nuclear consiste no uso controlado das reações nucleares para a
obtenção de energia para realizar movimento, calor e geração de eletricidade.
Existem duas formas de aproveitar a energia nuclear para convertê-la em
calor: A fissão nuclear, onde o núcleo atômico se subdivide em duas ou mais
partículas, e a fusão nuclear, na qual ao menos dois núcleos atômicos se unem
para produzir um novo núcleo.
A fissão nuclear do urânio é a principal aplicação civil da energia nuclear. É
usada em centenas de centrais nucleares em todo o mundo, principalmente em
países como a França, Japão, Estados Unidos, Alemanha, Brasil, Suécia,
Espanha, China, Rússia, Coreia do Norte, Paquistão e Índia, entre outros. A
principal vantagem da energia nuclear obtida por fissão é a não utilização de
combustíveis fósseis].
O emprego pacífico ou civil da energia de fusão está em fase experimental,
existindo incertezas quanto a sua viabilidade técnica e econômica.
O processo baseia-se em aquecer suficientemente núcleos de deutério até
obter-se o estado plasmático. Neste estado, os átomos de hidrogênio se
desagregam permitindo que ao se chocarem ocorra entre eles uma fusão
produzindo átomos de hélio. A diferença energética entre dois núcleos de
deutério e um de hélio será emitida na forma de energia que manterá o estado
plasmático com sobra de grande quantidade de energia útil.
A principal dificuldade do processo consiste em confinar uma massa do
material no estado plasmático já que não existem reservatórios capazes de
suportar as elevadas temperaturas a ele associadas. Um meio é a utilização do
confinamento magnético.
Apresentamos aqui algumas vantagens e desvantagens:
Vantagens:
• não contribui para o efeito de estufa (principal);
• não polui o ar com gases de enxofre, nitrogénio, particulados, etc.;
• não utiliza grandes áreas de terreno: a central requer pequenos
espaços para sua instalação;
• não depende da sazonalidade climática (nem das chuvas, nem
dos ventos);
• pouco ou quase nenhum impacto sobre a biosfera;
• grande disponibilidade de combustível;
• é a fonte mais concentrada de geração de energia
• a quantidade de resíduos radioactivos gerados é extremamente
pequena e compacta;
• a tecnologia do processo é bastante conhecida;
• o risco de transporte do combustível é significativamente menor
quando comparado ao gás e ao óleo das termoelétricas;
• não necessita de armazenamento da energia produzida em
baterias;
Desvantagens:
• necessidade de armazenar o resíduo nuclear em locais isolados e
protegidos;
• necessidade de isolar a central após o seu encerramento;
• é mais cara quando comparada às demais fontes de energia;
• os resíduos produzidos emitem radiactividade durante muitos
anos;
• dificuldades no armazenamento dos resíduos, principalmente em
questões de localização e segurança;
• pode interferir com ecossistemas;
• grande risco de acidente na central nuclear;
• os impactos ambientais causados pela deposição do resíduo
radioactivo não são muito maiores que os impactes do lago de uma
hidroeléctrica.
Fonte:
http://www.infopedia.pt/$recursos-renovaveis
http://www.infopedia.pt/$recursos-nao-renovaveis
http://www.energiasrenovaveis.com/index.asp?ID_area=1
4 Factores de Risco
4.1 AGENTES INFECCIOSOS
Os mais simples são os vírus, cuja estrutura é muito rudimentar, pois nem
sequer são compostos com os elementos necessários para obterem energia e
para se reproduzirem por si próprios, o que os obriga a invadir as células do
organismo, tornando-se patogénicos.
As bactérias são igualmente simples, já que são constituídas por uma única
célula completa, embora mais primitiva do que as presentes no nosso corpo.
Existe uma grande variedade de bactérias, a grande maioria felizmente
inofensiva ou benéfica para o ser humano, mas outras são patogénicas e
algumas extremamente perigosas.
Os fungos são um pouco mais complexos, já que podem ser unicelulares ou
pluricelulares e são capazes de se reproduzirem por vários mecanismos.
Apesar de existirem igualmente milhares de espécies, apenas cerca de uma
centena pode provocar doenças infecciosas no ser humano.
Os protozoários são organismos unicelulares pertencentes ao reino animal,
embora muito primitivos no interior deste grupo de seres e com uma vida
parasitária. Do total de protozoários conhecidos, poucas dezenas actuam como
parasitas do ser humano, provocando doenças.
Por último, também podem agir como parasitas do ser humano vários
helmintes, ou seja, vermes, cujo organismo é muito mais complexo do que o de
todos os anteriores e que, por vezes, alcançam dimensões consideráveis.
Dado que é extremamente importante conhecer a estrutura dos vários
agentes infecciosos e parasitários, o modo como obtêm a sua nutrição, os seus
mecanismos de reprodução e outras questões básicas que, em conjunto,
permitem compreender os mecanismos de contágio e a natureza das doenças
que nos podem causar, as próximas páginas são dedicadas ao seu estudo
pormenorizado.
Fonte: http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=565
4.2 AGENTES IRRITANTES
Certas substâncias irritam a pele e outras produzem uma reação à qual as
pessoas são “alérgicas” - ambas desencadeiam dermatite em algumas
pessoas. É importante ter condições de diferenciar os dois tipos. Como
exemplo de substâncias irritantes citamos os detergentes, sabões, produtos
para limpeza doméstica, tintas, colas, grandes variações de temperatura em
termos meteorológicos, ar condicionado, certas verduras/legumes e sucos de
frutas.
Fonte: http://www.pdamed.com.br/diciomed/pdamed_0001_00733.php
ESTUDOS RECENTES SUGEREM RELAÇÃO ENTRE ALERGIAS E
POLUIÇÃO AMBIENTAL
O barulhento despertar da rotina citadina, as filas intermináveis de carros a
destilarem monóxido de carbono, o respirar apressado dos que estão em cima
da hora para «picar o ponto». Este é, notoriamente, o «cartão de visita» mais
comum do urbano amanhecer.
No entanto, pode-se pintar outros retratos dos tempos modernos: as
pessoas passam a maior parte do tempo fechadas, dentro de gigantescos
edifícios, com um ar (muito) condicionado.
«Estas condições promovem o contacto prolongado com a mucosa nasal, já
debilitada pela poluição ambiental e pela polissensibilização, provocada pelos
ácaros [escondidos nas alcatifas e colchões]. A “síndrome dos edifícios
doentes” está associada a um aumento dos sintomas da asma e outras
doenças alérgicas», salienta a Dr.ª Erkka Valovirta, alergologista pediátrica e
ex-presidente da Federação Europeia de Alergologia (FEA), em artigo
publicado no Journal of the World Allergy Organization.
O incremento de agentes alergénicos mais graves, aos quais as pessoas se
expõem diariamente, dentro e fora de espaços fechados, promove o
desenvolvimento e agrava as alergias no meio citadino.
Vários estudos sugerem que existe uma interacção entre as alergias e a
poluição ambiental. «Estes factores podem promover o desenvolvimento de
eczema atópico e sintomas alérgicos», observa Erkka Valovirta.
O estilo de vida actual, marcado pelo stress e por um ritmo agitado, pode,
em grande parte, favorecer o aparecimento de alergias. Segundo a
especialista, «os doentes urbanos enfrentam uma “poluição social”, com
elevados níveis de agentes alergénicos dentro e fora de portas».
Para além de critério ambiental, os novos hábitos de vida, que comportam
«uma variedade de mudanças, particularmente o consumo de certos alimentos,
podem despoletar uma reacção alérgica». A comercialização de frutos
exóticos, fora do local onde habitualmente são produzidos, pode contribuir para
um aumento das reacções alérgicas.
O organismo, como não está familiarizado com certas substâncias
alimentares, activa o sistema imunitário, provocando uma reacção alérgica.
Como prevenir as alergias?
Existem certas substâncias que podem despoletar uma alergia, pelo que
devem ser identificadas e evitadas. Ao longo da vida, podem-se desenvolver
novas alergias.
É possível adquirir uma extensa gama de produtos para a casa, que
permitem evitar as alergias, desde desumidificadores, protecção alergénica
para a cama e produtos específicos de higiene.
A medicação (anti-histamínicos, imunoterapia e corticosteróides intranasais)
serve para aliviar os sintomas, incluindo a rinite alérgica persistente e
intermitente (sazonal). Apesar de todas as possibilidades de tratamento, o
doente deve consultar o médico assistente que, perante os sintomas,
aconselha a terapêutica mais adequada para cada caso.
Rinite alérgica no primeiro lugar da tabela
Um estudo conduzido pela Federação Europeia de Alergologia (FEA), em
2005, que analisou 3562 inquéritos, concluiu que 62% dos indivíduos sofrem de
rinite alérgica.
O mesmo ensaio identificou doentes com condições alérgicas adicionais:
asma (43%); alergias alimentares (29%) ou urticária (19%). Os resultados
indicam que mais de 50% dos doentes sofrem de rinite alérgica há, pelo
menos, 11 anos.
Mais de metade dos inquiridos referiu que, para combater as alergias,
optaram por fazer algumas mudanças em casa. As medidas mais comuns
foram a aquisição de desumidificadores ou purificador de ar (31%) e a troca de
mobília (30%). Segundo este estudo, «a maioria das medidas revelou-se
ineficaz».
Assim, para prevenir ou controlar a rinite alérgica, 66% dos doentes foram
medicados com anti-histamínicos.
Alergias e sintomas
• Rinite alérgica: é uma designação médica que inclui sintomas ao nível do
nariz. A rinite alérgica pode ter as seguintes manifestações: congestão nasal,
espirros frequentes, prurido nasal e ocular e dificuldades respiratórias.
• Rinoconjuntivite: é uma forma de rinite alérgica, que engloba a
perturbação das vias nasais e oculares.
• Asma alérgica: dificuldades respiratórias, tosse e pieira.
• Eczema alérgico e dermatite atópica: os sintomas mais frequentes são
comichão, pele seca e escamação.
• Urticária: edema da pele, acompanhada por comichão e ardor.
• Anafilaxia: é uma reacção alérgica aguda, que pode começar por edemas
da boca, língua, lábios, pele e pálpebras.
Em casos mais graves, as reacções podem progredir até ao vómito,
respiração arquejante, dificuldades respiratórias e colapsos cardiovasculares.
Se não for devidamente tratada, as reacções da anafilaxia podem ser fatais.
Glossário
Doença alérgica: condição clínica que resulta de uma reacção alérgica;
Reacção alérgica: através do contacto com determinados produtos, o corpo
responde com sintomas alérgicos: obstrução nasal, lacrimejo e edema da pele,
etc.;
Desencadeantes: é um factor externo que despoleta uma reacção alérgica,
quando a pessoa contacta com alergénios tais como o tabaco, poluição interior
e exterior e stress psicológico.
Anti-histamínicos: medicamentos usados no tratamento das reacções
alérgicas, reduzindo o seu impacto.
Fonte:
http://www.jasfarma.pt/artigo.php?publicacao=sp&numero=57&artigo=3
4.3 AGENTES MUTAGÉNICOS
Considera-se agente mutagénico qualquer factor físico ou químico que pode
alterar o código genético de um indivíduo.
A informação genética que se encontra numa forma codificada constitui o
código genético.
A alteração brusca e imprevista do material hereditário denomina-se
mutação. Em certos casos, as mutações atingem uma pequena fracção da
molécula de ADN, afectando apenas um gene e denominam-se mutações
genéticas. Noutros casos, as mutações alteram o número ou a estrutura dos
cromossomas e designam-se mutações cromossómicas.
Os genes que se manifestam em determinadas circunstâncias dependem
das relações que se estabelecem com o código genético e o ambiente que
caracteriza essas circunstâncias.
Nem sempre essa interacção se realiza de um modo transitório. Factores
ambientais podem provocar alterações definitivas no ADN. Essas alterações
constituem mutações induzidas. Qualquer agente responsável por uma
mutação é um agente mutagénico e o processo que conduz ao seu
aparecimento denomina-se mutagénese.
Os agentes mutagénicos são os mais diversos: alterações ambientais,
radiações ultravioleta, raios X, substâncias químicas, agentes poluidores, etc.
Fonte: http://www.infopedia.pt/$agentes-mutagenicos
5 Desenvolvimento Sustentável
5.1 CONCEITOS BÁSICOS
O Desenvolvimento Sustentável pressupõe a preocupação não só com o
presente mas com a qualidade de vida das gerações futuras, protegendo
recursos vitais, incrementando factores de coesão social e equidade,
garantindo um crescimento económico amigo do ambiente e das pessoas.
Esta visão integradora do desenvolvimento, com equilíbrio entre a
economia, a sociedade e a natureza, respeitando a biodiversidade e os
recursos naturais, baseado na solidariedade entre gerações e na co-
responsabilização e ajuda mútua entre os povos, constitui o pano de fundo das
políticas nacionais e internacionais de desenvolvimento sustentável.
É certo que a qualidade de vida tem melhorado para a maior parte das
pessoas, na maior parte dos países ao longo das últimas décadas. No entanto,
é certo também que as disparidades têm vindo a acentuar-se e a tendência de
degradação ambiental global tem aumentado.
No entanto, num mundo cada vez mais global há ainda um longo caminho a
percorrer na procura da sustentabilidade.
As pequenas ou grandes acções do dia a dia, na escola, na comunidade
local, na empresa ou na governação, podem contribuir para conciliar o conjunto
de forças, por uma melhor sustentabilidade.
Fonte:
http://www.apambiente.pt/politicasambiente/DesenvolvimentoSustentavel/Pagin
as/default.aspx
5.2 ACTUAÇÃO RESPONSÁVEL
O programa voluntário Actuação Responsável (Responsible Care)
representa o compromisso e a iniciativa da Indústria Química mundial para a
garantia e desenvolvimento da segurança e prevenção ambiental em todas as
fases do ciclo de vida dos produtos.
Trata-se de um compromisso voluntário da Indústria Química mundial
mediante o qual as empresas se comprometem unilateralmente a melhorar
continuamente o seu desempenho em saúde, segurança e ambiente, dando
público testemunho do seu comportamento e dos progressos alcançados, na
procura de um desenvolvimento sustentável.
O programa Actuação Responsável nasceu no Canadá em 1987, por
iniciativa da Associação Canadiana de Produtores de Química (CCPA), e está
implementado em 52 países.
Em 1993 a APEQ - Associação Portuguesa das Empresas Químicas aderiu
ao programa Actuação Responsável.
As empresas do CQE que aderiram a este programa, têm dirigido os seus
esforços, por um lado na promoção da informação sobre o programa, seus
indicadores e objectivos e, por outro lado, na sua implementação efectiva.
Desta forma se reforça o compromisso estabelecido no sentido de
prosseguir através de novos passos e iniciativas a interacção e diálogo com a
comunidade onde nos inserimos.
As empresas portuguesas subscritoras dos princípios da Actuação
Responsável declaram o seu compromisso na construção de um
desenvolvimento sustentável baseado no equilíbrio assente em três pilares:
protecção ambiental, emprego e crescimento económico na linha da
competitividade. Este compromisso assume-se em sintonia com os objectivos
da Comunidade Europeia expressos no Tratado de Amesterdão, e com os
objectivos estratégicos afirmados nos Conselhos Europeus de Lisboa e
Gotemburgo.
Fonte:
http://195.22.26.121:81/APEQ_Site/BackOffice/ler_ficheiro.aspx?idDocumento=
1000396
5.3 INDICADORES
O objectivo fundamental que suporta a monitorização do estado do
ambiente e da sustentabilidade é a melhoria da qualidade das decisões na
gestão da sustentabilidade. São necessárias relações mais estreitas entre os
resultados da monitorização da sustentabilidade e as respostas políticas dos
decisores.
A utilização de indicadores - transmitindo informação técnica e científica de
forma sintética e inteligível, preservando o significado original dos dados -
apresenta-se actualmente como uma ferramenta essencial na gestão e
avaliação da sustentabilidade. Os indicadores de desenvolvimento sustentável
constituem um instrumento fundamental no contexto da avaliação do
desempenho da sustentabilidade ao nível dos países, das regiões, das
comunidades locais, das actividades económicas, das organizações públicas e
privadas, de políticas, missões, projectos, actividades, produtos e serviços.
À semelhança dos seus congéneres existentes à escala mundial, o Sistema
de Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (SIDS) nacional surge para
dar resposta à necessidade de avaliar o progresso do país em matéria de
sustentabilidade, possibilitando estabelecer a ligação com os principais níveis
de decisão estratégica – políticas, planos e programas – de âmbito nacional,
regional e sectorial.
A primeira edição formal do SIDS nacional, publicada em 2000 (“Proposta
para Sistema de Indicadores de Desenvolvimento Sustentável”, DGA, 2000) foi
o culminar dos trabalhos iniciados em 1997, com uma edição intermédia em
1998 que constituiu o suporte para o desenvolvimento de vários trabalhos
sobre indicadores de integração ambiental em cinco sectores de actividade
económica: turismo, transportes, indústria, agricultura e energia. Assim, a par
com as principais iniciativas internacionais neste domínio, Portugal apresentou
uma plataforma de indicadores ambientais, sociais, económicos e
institucionais, assente no modelo Pressão-Estado-Resposta, seleccionados
com base na sua relevância no contexto nacional. Esta proposta, amplamente
discutida no seio do Ministério do Ambiente, traduzia uma primeira versão para
consulta e participação pública. Continha a particularidade de, para cada
indicador, apresentar a possibilidade de avaliar as assimetrias regionais, de
forma a avaliar a variação regional de um determinado indicador.
Do trabalho desenvolvido ao longo dos últimos anos na área de indicadores
de desenvolvimento sustentável no Instituto do Ambiente e, a partir de Maio de
2007, na APA, tendo por base o estudo de outros sistemas de países e
organizações internacionais de referência, revisão bibliográfica e contactos
bilaterais com os múltiplos “actores” do desenvolvimento sustentável, assim
como avaliando e integrando as reflexões e comentários recebidos sobre o
SIDS 2000, resultou a edição de 2007 do SIDS Portugal.
Fonte: http://www.apambiente.pt/Instrumentos/sids/Paginas/default.aspx
PORTFÓLIOPORTFÓLIOUMA FERRAMENTA PEDAGÓGICA
1
PORTFÓLIOPORTFÓLIOO portfólio de um estudante é, no fundo, uma pasta, umdossier, ou qualquer outra forma de registo de informação,contendo elementos significativos do trabalho que elerealizou na unidade curricular ao longo de um ano lectivoou mesmo de semestre.
2
PORTFÓLIOPORTFÓLIO
O portfólio deve conter os principais trabalhos do
estudante, incluindo relatórios que elaborou,
problemas que resolveu, explorações e
investigações em que esteve envolvido, sozinho ou em
colaboração com colegas, etc.
Esses elementos podem estar acompanhados dos
comentários que o professor e o próprio aluno foram
fazendo a propósito das diversas actividades realizadas.
3
PORTFÓLIOPORTFÓLIO
O portfólio deve reflectir globalmente o percurso do
estudante, não se limitando aos aspectos cognitivos do
seu trabalho mas incidindo igualmente nos aspectos de
natureza afectiva. Nesta perspectiva, pode constituir um
testemunho valioso o facto de se guardar, por exemplo, o
trabalho preferido, ou os comentários feitos numa reflexão
pessoal sobre uma actividade específica.
4
PORTFÓLIOPORTFÓLIO
A selecção do material a incluir no portfólio deve ser da
responsabilidade conjunta dos elementos do grupo. Para o
estudante, pode contribuir para desenvolver o sentido de
responsabilidade e os hábitos de reflexão. Do ponto de
vista do professor, ajudá-lo-á a ter uma visão global do
trabalho dos estudantes e a focar sobretudo a sua
evolução mais do que aspectos isolados ou pontuais
daquilo que ele fez.
5
PORTFÓLIOPORTFÓLIO
O portfólio não deve ser confundido com um dossier de
trabalho contendo tudo o que o estudante fez por ordem
cronológica. O seu valor, nomeadamente do ponto de vista
da auto-avaliação, pode estar na SELECÇÃO e
ORGANIZAÇÃO DO MATERIAL que é incluído e na
JUSTIFICAÇÃO que o estudante apresenta para a
escolha desse material. Por isso mesmo, será útil destinar
periodicamente algum tempo e atenção à tarefa específica
de organizar o portfólio.6
PORTFÓLIOPORTFÓLIO
ASPECTOS A CONSIDERAR…
Selecção
Diversidade e representatividade dos trabalhos escolhidos;
Reflexão
Qualidade das justificações e dos comentários escritos;
Organização
Estrutura e apresentação dadas ao portfólio.
7
PORTFÓLIOPORTFÓLIOOBJECTIVOS…
� Incentivar o estudante a analisar e conhecer a formacomo aprende;
� Torná-lo mais consciente dos seus pontos fortes e dassuas dificuldades;
� Motivar o estudante para a superação dessasdificuldades ou melhoria da qualidade do seudesempenho ao atribuir ao aluno um papel activo naescolha do caminho a seguir;
8
PORTFÓLIOPORTFÓLIOOBJECTIVOS…
� Ajudá-lo a definir estratégias para superar asdificuldades detectadas;
� Dar-lhe a oportunidade de avaliar o seu próprioprogresso;
� Reforçar a sua auto-estima através da valorização doseu esforço.
9
PORTFÓLIOPORTFÓLIOPARÂMETROS A CONSIDERAR PARAEFEITOS DE AVALIAÇÃO…
� Apresentação (inovação);
� Funcionalidade;
� Introdução Geral e Específica aos Temas a Abordar;
� Documentação Geral e Específica;
� Fontes de Informação;
� Hiperligações Relevantes;
� ÁREAS ESPECÍFICAS DESTINADASA CADA ESTUDANTE.
10
Protocolo de Quioto e Aquecimento Global
O Sol envia constantemente radiações para a atmosfera, sendo uma
parte delas absorvida pela mesma e a restante reflectida para o espaço.
Se existirem grandes quantidades de gases na atmosfera,
nomeadamente o dióxido de carbono, resultante da combustão industrial em
larga escala, irão fazer com que se acumulem esses mesmos gases na
superfície da Terra aumentando a temperatura do planeta. Esses gases
formam uma barreira que evita que as radiações sejam reflectidas para o
espaço ficando acumuladas na superfície terrestre.
A presença de carbono na atmosfera é necessária para que parte da
radiação solar seja reflectida para a superfície terrestre aquecendo-a. O
problema surge quando existe carbono em grandes quantidades, logo, a
quantidade de radiação solar reflectida para a superfície é maior, e
consequentemente, a radiação libertada para o espaço é menor provocando
um aumento da temperatura terrestre. Esta situação terá consequências
futuras, como o aumento do nível da água do mar, devido ao degelo das
grandes massas de água e a desertificação de determinadas áreas.
http://www.sfiec.org.br/publicacoes/jornalfi
/edicoes/0502/0302.jpg
http://mitodoaquecimento.googlepages.com/ursosbrancos.jpg/ursosbrancos-full.jpg
Na cimeira de Bali, o chefe da delegação portuguesa Nuno Lacasta
defendeu a introdução do mercado de carbono, considerado essencial para
baixar as emissões de gases poluentes no novo acordo climático, que deverá
estar concluído em 2009.
Na Cimeira das Nações Unidas para as Alterações Climáticas, o
comércio de emissões de carbono foi apresentado como uma "ponte entre a
protecção ambiental e as preocupações económicas", uma vez que a sua
utilização incentiva economicamente as empresas e países a poluírem menos.
Na opinião do representante português, o comércio de licenças de
poluição funciona também como "ponte entre os compromissos de emissão dos
países desenvolvidos e a ajuda aos países em desenvolvimento para um
desenvolvimento sustentável".
O representante da UE defendeu o papel de liderança dos países
desenvolvidos nas negociações e no combate às alterações climáticas no pós-
Quioto. Uma declaração que pode ser vista como resposta às críticas da China
e da Índia, em franca expansão, e que consideram que a redução drástica das
emissões pode comprometer as suas expectativas de desenvolvimento. A
China reforçou mesmo a oposição à imposição de metas obrigatórias de
diminuição da poluição.
Portugal foi considerado o 13º país com melhor performance ambiental
em matéria de alterações climáticas entre 56 nações desenvolvidas e com
grande crescimento industrial. Este índice avalia a evolução recente das
emissões nos sectores da electricidade, transportes, residencial e industrial; as
emissões relacionadas com a energia e per capita e ainda a política definida
por cada Estado.
http://paulochagas.net/wp-content/uploads/2009/03/desenvolvimento-sustentavel.jpg
São vários os jornais que têm vindo a publicar notícias relativas ao
aquecimento global, efeito de estufa e o Protocolo de Quioto.
“Portugal vai cumprir Quioto mas terá de pagar por isso
29 Novembro 2007
São boas notícias para Portugal e para o mundo. Em 2010, as emissões
poluentes da União Europeia ficarão aquém do estabelecido pelo Protocolo
de Quioto. Se as metas exigiam que a poluição descesse 8% no período
2008-2012, os 15 prometem fazer melhor e chegar aos 11,4% em 2010.
Para este objectivo Portugal contribui de forma favorável, ficando aquém
dos seus limites de poluição. Para isso, porém, terá de pagar por quotas de
emissão.
As previsões são da Agência Europeia do Ambiente (AEA) e foram
divulgadas há dois dias. Um timing pertinente pois na segunda-feira
começa a conferência de Bali onde mais de 200 países iniciarão
negociações para traçar um novo regime climático para lá de 2012. E a
União Europeia, na vanguarda da discussão, precisa de provar que o
esforço que está a fazer traz bons resultados.
No entanto, para que estas previsões sejam atingidas, terão de ser
escrupulosamente cumpridas as medidas que os países definiram mais
recentemente, adverte a AEA.
O relatório afirma que com as acções já adoptadas e em aplicação a
União Europeia conseguirá reduzir 4% das suas emissões. Se forem
concretizadas as estratégias adicionais de cada Estado será possível
reduzir mais 3,9 %. Com a compra de licenças de poluição no mercado de
carbono a UE reduzirá mais 2,5 % da sua poluição. A reflorestação e o
consequente sequestro de carbono juntarão mais 0,9% ao esforço de
redução. No total, será possível alcançar uma redução de 11,4 %, mais
3,9% daquilo que está previsto no tratado.
Portugal
O mesmo caminho deverá seguir Portugal. Se forem concretizadas as
medidas recentemente anunciadas, como o aumento das energias
renováveis, a aposta nos biocombustíveis ou a redução da poluição no
sector da electricidade, o país sairá bem visto deste desafio. Em vez de
aumentar 27% das emissões em relação ao ano de 1990, como define a
meta de Quioto, aumentará apenas 23%, espera a Agência Europeia do
Ambiente.
Com perspectivas menos optimistas estão os espanhóis. O relatório
prevê que não cumpram os seus compromissos, excedendo a sua quota de
poluição e, assim, prejudicando a média europeia. Na segunda fase de
Quioto poderão ser obrigados a duplicar o esforço. Até lá, avisou o
comissário do Ambiente, sofrerão sanções. Isto porque a UE tem um
compromisso global em Quioto, as metas foram partilhadas a 15, e
transportas para legislação nacional.”
In: Diário de Notícias
(http://dn.sapo.pt/inicio/interior.aspx?content_id=990022)
Considero de extrema importância o cumprimento do Protocolo de
Quioto, uma vez que só assim será possível travar o avanço do
aquecimento Global e as suas catastróficas consequências.
Esta notícia dá conta de que Portugal, ao contrário da vizinha
Espanha, se apresenta empenhado no cumprimento das metas propostas
pelo protocolo, sendo no entanto necessária a informação da população
em geral, uma vez que o cumprimento das metas depende de todos nós.
“Alterações climáticas
Portugal ainda longe das metas de Quioto
03.12.2007 - 08h53 Ricardo Garcia
O discurso é optimista. O Governo tem repetido, nos últimos dias, que
Portugal vai cumprir o Protocolo de Quioto, mesmo que para isso tenha de
comprar, no exterior, direitos de poluição. Mas, a um mês de Quioto
começar a sério e enquanto as Nações Unidas discutem em Bali, a partir de
hoje, o que fazer a seguir, a realidade nacional não é tranquilizadora.
Não só as emissões de dióxido de carbono do país continuam elevadas
como muitas das medidas para as reduzir, contidas no Programa Nacional
para as Alterações Climáticas (PNAC), estão atrasadas.
O Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do
Desenvolvimento Regional só agora começa a ter uma visão mais clara de
como se está a comportar o PNAC. A primeira avaliação semestral do
cumprimento do programa ficou pronta no sábado passado. E ainda é muito
incompleta, com alguns ministérios a falharem na apresentação de dados
conclusivos.
Das 41 medidas previstas no PNAC, o Ministério do Ambiente recebeu
informação sobre o andamento de 28. E, desse conjunto, só 11 relatórios
são considerados bons, sete são médios e dez são insuficientes, segundo a
Agência Portuguesa do Ambiente.
"A monitorização está a funcionar, embora com algumas imperfeições",
afirma o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa. É ainda o
primeiro exercício de monitorização, justifica, e o Governo tem andado
muito ocupado com a presidência da União Europeia. "Mas estou satisfeito
com a percepção de que os ministérios estão empenhados nas suas
medidas", completa.
O melhor e o pior
Uma das áreas onde os dados são mais claros é a da energia. Sabe-se
que a taxa de electricidade produzida a partir de fontes renováveis está nos
37,6 por cento. A meta que o Governo quer atingir em 2010 é 45 por cento.
Muitas das medidas do PNAC estão em boa marcha. A potência já
licenciada de parques eólicos era de 3273 megawatts (MW), até Abril
passado. A meta é 5100 MW até 2012.
A reforma da tributação automóvel, em que carros com mais emissões
de dióxido de carbono pagam mais imposto, está feita. A introdução dos
biocombustíveis, uma medida de peso, está a ser promovida por incentivos
fiscais. A construção do metro do Porto e a melhoria da oferta da CP na
região já pôs mais gente a andar de comboio no Norte.
Mas outras acções deixam a desejar. Na área dos transportes, há um
misto de situações, com várias medidas atrasadas ou com resultados muito
modestos. Alguns relatórios não têm "o nível de informação pretendida",
segundo a Agência Portuguesa do Ambiente.
A medida de maior peso nessa área no PNAC era a operacionalização
das autoridades metropolitanas de transportes, o que ainda não aconteceu.
"Isto está completamente a zero", avalia Francisco Ferreira, da associação
ambientalista Quercus.
Nas florestas – área em que o PNAC foi recentemente considerado
demasiado optimista pela Comissão Europeia – também os dados não são
animadores. As duas medidas avaliadas pelo Ministério da Agricultura até
agora – a gestão sustentável das florestas e o aumento da sua capacidade
de absorção de carbono – não estão a cumprir o calendário previsto.
Nos fogos, a situação dos últimos dois anos foi positiva, com áreas
ardidas abaixo dos 100 mil hectares admitidos no PNAC, devido sobretudo
a condições meteorológicas favoráveis.
Atrasos comprometem
O primeiro período de cumprimento do Protocolo de Quioto (2008-
2012), em que Portugal vai fazer contas às suas emissões, começa já em
Janeiro próximo.
Mas há acções do PNAC que, por se terem atrasado, só irão surtir
efeito mais tarde. Em média, previa-se a instalação de 100 mil metros
quadrados de painéis solares por ano, já a partir de 2007. Mas na avaliação
desta medida constam apenas 19 mil metros quadrados instalados em
2005. E as expectativas do sector para 2007 não vão além dos 40 a 45 mil
metros quadrados.
A certificação energética dos edifícios também vai começar a funcionar
em pleno mais tarde, só em 2009. "Até lá, a capacidade desses
regulamentos obterem ganhos de emissões é muito limitada", afirma Daniel
Borrego, da Faculdade de Ciências de Lisboa, que está ligado ao projecto
Fórum Português Pós-Quioto, que também está a fazer um balanço do
PNAC.
O Ministério do Ambiente não descarta a possibilidade de derrapagem
de algumas medidas do PNAC. Se isso acontecer, serão lançados planos
de contingência para as medidas em falta, ou procuradas acções
alternativas. Em último caso, o país alargará os cordões à bolsa, e
comprará mais direitos de poluição através do Fundo Português de
Carbono.”
In: Público.pt
(http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1312566&idCanal=92)
Apesar das notícias iniciais terem sido animadoras, a verdade é que
se veio a verificar que Portugal está ainda longe de atingir os valores
acordados no protocolo de Quioto, havendo ainda muito a fazer para que
seja possível atingir as metas propostas.
Relativamente às energias renováveis, Portugal tem feito um
grande investimento, no entanto, em relação aos transportes, esse
esforço não está a ser conseguido, talvez porque a população ainda não
se deu conta dos benefícios da utilização dos transportes colectivos.
Os fogos são outro obstáculo ao cumprimento das metas, uma vez
que para além de provocarem a desertificação, aumentam a emissão de
dióxido de carbono para a atmosfera. Neste ponto, é de realçar que para
além do clima quente que favorece a ocorrência de fogos, existem ainda
muitas pessoas a fazer queimadas sem tomar as devidas precauções bem
como muitos fogos “postos” propositadamente, devendo, na minha
opinião, haver uma punição mais severa nestes casos e um maior
investimento na limpeza da área florestal.
“Abre-se a porta para regulamentar as emissões
Agência ambiental dos EUA considera gases com efeito de estufa
poluentes
17.04.2009 - 17h47 PÚBLICO
A Agência de Protecção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) concluiu
que as emissões de dióxido de carbono e cinco outros gases com efeito de
estufa são “um perigo para saúde e bem-estar públicos das actuais e
futuras gerações”. Este é primeiro passo para os EUA começarem a
regulamentar estas emissões, considerando os gases poluentes
relacionados com as alterações climáticas.
Este tipo de regulamentação teria implicações importantes a nível
global, e não apenas nos EUA, salienta a agência AP: a exigência de que
os veículos em circulação nos EUA tenham emissões mais reduzidas, ou
de as centrais eléctricas ou outras indústrias terem de tomar medidas para
cortar nas emissões de dióxido de carbono repercutir-se-ia em todo o
mundo.
Os outros cinco gases com responsabilidades no aumento do efeito de
estufa natural são o metano, óxido nitroso, hidrofluorcarbonetos,
perflurocarbonetos e hexafluoreto de enxofre.
“Os altos níveis de concentração atmosférica [dos gases com efeito de
estufa] são, sem qualquer ambiguidade, o resultado da actividade humana
e, muito provavelmente, são a causa do aumento das temperaturas médias
e outras alterações climáticas”, diz o comunicado da agência ambiental,
divulgado no site http://www.epa.gov.
A elaboração de regulamentação para limitar as emissões de gases
com efeito de estufa não é um processo automático: durante os próximos
60 dias, esta conclusão da EPA está em consulta pública.
Esta tomada de posição foi motivada por uma deliberação do Supremo
Tribunal dos EUA há dois anos, que dizia que os gases com efeito de
estufa são poluentes (actualmente, a legislação federal não os considera
assim), e as suas emissões deveriam ser regulamentadas se se concluísse
que são prejudiciais para a saúde humana. O caso foi apresentado pelo
estado do Massachusetts e centrava-se nas emissões dos escapes dos
automóveis.
A Administração Bush opunha-se determinantemente a utilizar a
legislação em vigor contra a poluição atmosférica (Clean Air Act) para lidar
com as alterações climáticas. Por isso, a decisão da EPA foi sendo adiada.
Mas desde os primeiros dias na Casa Branca, Barack Obama prometeu
rever o caso e agir rapidamente se se justificasse a regulamentação.
Mas ainda antes da EPA ter anunciado os resultados da sua avaliação,
o Congresso iniciou já a elaboração de nova legislação, que anteciparia as
acções eventualmente tomadas pela agência ambiental. Tanto Obama
como Lisa Jackson, a administradora da EPA, disseram já várias vezes que
preferiam que fosse o Congresso a elaborar medidas para lutar contra o
aquecimento global, em vez de uma acção administrativa.
In Público.pt
(http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1374966)
O dióxido de carbono é um gás muito prejudicial para o meio
ambiente, sendo ainda muito utilizado, nomeadamente em frigoríficos e
resinas, por isso é urgente alterar esta situação, mas também é preciso
lembrar que, estes gases duram dezenas de anos até serem destruídos,
logo, já deveriam ter sido implementadas medidas para tentar resolver
este problema mundial.
“Alterações Climáticas
Cristina Pereira (11-01-2001)
A alteração do clima constitui um dos maiores problemas ambientais
que a humanidade terá de enfrentar no novo milénio. Conheça alguns dos
esforços empreendidos pela comunidade internacional no sentido de
mitigar os seus efeitos.
Nas últimas décadas a crescente utilização dos combustíveis fósseis
elevou para níveis preocupantes o efeito de estufa. Assim, prevê-se um
aumento das temperaturas médias globais entre 1 e 3,5ºC até 2100, e um
aumento do nível médio das águas do mar de 15 a 95 cm.
O início…
Tendo como pano de fundo as preocupações com o clima e a
necessidade de definir uma estratégia global para o proteger, foi assinado
em Junho de 1992, no Rio de Janeiro, por 175 países, a Convenção
Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas.
O Protocolo de Quioto – ainda à espera de ser ratificado
Em 1997, ainda no âmbito da convenção, assina-se o Protocolo de
Quioto (Japão). Trinta e nove países industrializados, dos 160 participantes,
comprometeram-se a limitar durante o período de 2008-2012 as suas
emissões de gases com efeito de estufa (GEE).
As reduções acordadas incidiam sobre:
- Dióxido de carbono (CO2)
- Metano (CH4)
- Óxido nitroso (N2O)
- Hidrofluorcarbonetos (HFCs)
- Hidrocarbonetos perfluorados (PFCs)
- Hexafluoreto de enxofre (SF6).
Os níveis de referência adoptados foram os de 1990 e representavam,
em média, uma redução de 5%; a União Europeia, negociando em bloco,
comprometia-se a uma redução de 8%.
Para as emissões de HFCs, PFCs e SF6, gases que permanecem
milhares de anos no ecossistema, foi possível adoptar como ano de
referência 1995, ano em que estas emissões sofreram um aumento
acentuado. Refira-se a ironia de os HFCs e PFCs terem sido adoptados no
Protocolo de Montreal (1990) como substâncias alternativas aos
clorofluorcarbonetos (CFCs), por se ter comprovado a sua acção destrutiva
sobre a camada de ozono.
No Protocolo de Quioto uma forma inteiramente nova é utilizada para
promover uma redução significativa dos GEE – as transacções comerciais
entre países, sob três formas: comércio de emissões, implementação
conjunta e mecanismos de desenvolvimento limpo, este último só para
depois de 2008. O princípio é apostar numa redução que seja
economicamente vantajosa, pois desta forma será mais efectiva.
No caso do comércio de emissões, as cotas de emissão de cada país
seriam transformadas em licenças de emissão transaccionáveis entre os
países desenvolvidos. O limite global de emissões mantinha-se inalterado
pela adição das licenças compradas às cotas do país adquirente e a
dedução dessas mesmas licenças às cotas do país vendedor. Na
implementação conjunta os países ou empresas poderiam cumprir parte
dos seus objectivos de redução financiando projectos de eficiência
energética e/ou retenção de GEE em florestas de outro país. O mecanismo
de desenvolvimento limpo (MDL) é idêntico à implementação conjunta, com
a diferença dos projectos ocorrerem entre países com objectivos de
redução e países sem esses objectivos, como é o caso dos países em
desenvolvimento. O MDL pretende assegurar um desenvolvimento
sustentável nos países em desenvolvimento, para que não sejam também
eles emissores.
Uma das questões mais controversas deste protocolo é a possibilidade
do uso das florestas como reservatório de carbono e a sua utilização no
rácio emissão/redução. As incertezas no ciclo do carbono e a necessidade
de maior investigação nesta área não permitem uma quantificação exacta
do papel das florestas, daí as reticências no seu uso por parte da União
Europeia. No entanto, o Protocolo não faz uma definição dos termos
“florestação” ou “reflorestação”. Será que plantações com espécies de
rápido crescimento poderão entrar nestes cálculos? E as reflorestações de
áreas agrícolas?
As emissões dos transportes marítimos e aéreos não foram objecto de
nenhuma regulamentação neste protocolo.
Todas as decisões de Quioto ficaram pendentes de regulamentação.
Em 1999 definiu-se o ano 2000 como ano de implementação do Protocolo
de Quioto, após a ratificação do mesmo por 55 países que detivessem em
conjunto 55% da cota de emissões globais. Na prática, os EUA, que nesta
matéria defendem posições muito diferentes das da UE, ficaram com o
poder de veto.
A actualidade
Em Novembro de 2000, (…) ocorreu em Haia a conferência para
implementar o Protocolo de Quioto, onde se esperava que os 39 países
industrializados chegassem a acordo, apesar das dificuldades do processo.
A reunião, que contava com um total de 180 países, terminou sem que
qualquer acordo fosse alcançado, estando programado novo encontro para
Maio deste ano na Alemanha. Várias foram as causas para este desfecho,
entre as quais a intransigência dos EUA, mas os assuntos mais polémicos
e sobre os quais foi impossível chegar a acordo foram a ajuda aos países
menos desenvolvidos, a contabilização das florestas para a redução das
emissões e o comércio de emissões.
A contabilização das florestas como reservatórios de GEE nas contas
nacionais de cada país era uma das pretensões dos EUA a que a UE se
opunha. Para a UE tal iria permitir aos grandes países florestais
alcançarem mais rapidamente a cota imposta, através da florestação ou
reflorestação, sem uma efectiva redução nas suas emissões. Em relação
ao comércio de licenças, a União Europeia pretendia ver instaurado um
limite nas licenças de emissão que poderiam ser adquiridas a um país
vendedor, através da realização de projectos de “desenvolvimento próprio”.
A responsabilidade das transacções deveria ser partilhada entre o país
comprador e o país vendedor, para consolidar um esforço real de redução
das emissões de GEE. Os EUA consideraram que neste caso haveria uma
ingerência externa, o que os levou a recusar a proposta. Os projectos de
“desenvolvimento próprio” foram outro ponto de discórdia, com os EUA a
pretenderem que projectos de energia nuclear, de reflorestação e
agricultura fossem considerados. A UE recusou cada uma destas
possibilidades.
As penalizações impostas aos países não cumpridores do Protocolo
foram outro dos temas inconclusivos.
E agora?
A recente eleição do presidente George W. Bush, contrário ao Protocolo
de Quioto e com posições próximas das companhias petrolíferas, pode ser
mais um travão ao acordo desejado.
A situação portuguesa em todo o processo
Portugal era, em 1990, o país da UE com a menor emissão de CO2 per
capita. Assim, pedia-se a Portugal uma limitação das suas emissões e não
uma redução. As negociações no seio da UE permitiram um aumento
máximo de 40% na libertação de CO2, e limites inferiores para os outros
gases, com uma média global de crescimento de 27%. No entanto, dados
recentes, revelam uma derrapagem nestes objectivos. Um estudo da
Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa
indica que, em 2010, o aumento das emissões pode ser de 49%, sendo o
dióxido de carbono o responsável, com um aumento de 62% nas suas
emissões. Em 1999 a libertação de GEE atingiu os 36% e o Ministério do
Ambiente encontra-se a estudar medidas económicas ou fiscais para
aplicar à indústria e aos transportes, com vista ao controlo destas emissões
gasosas para a atmosfera.
In Naturlink
(http://naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=6&cid=3427
&bl=1&viewall=true#Go_1)
O Protocolo de Quioto é um “acordo” feito entre diversos países
que se uniram no sentido de tomar medidas que favoreçam a diminuição
do aquecimento global e do efeito de estufa, com o intuito de preservar o
meio ambiente e a vida humana na terra.
O contínuo aumento do dióxido de carbono na atmosfera leva ao
aumento da temperatura do planeta, sendo urgente a sua diminuição para
preservar a vida humana.
Estas notícias alertam para a ineficácia das medidas adoptadas por
Portugal para atingir as metas propostas pelo Protocolo de Quioto, sendo
urgente o replaneamento de novas estratégias a adoptar por toda a
população dos diferentes países para que as metas sejam alcançadas.
“Sequestro de Carbono
Vasco Matos Trigo, RTP actualizado às 15:46 – 15 Maio '09
Reduzir emissões de dióxido de carbono ajuda a combater o
aquecimento global
Publicado 17:33 14 Maio '09
Os processos mais comuns de produção de energia, através do carvão
ou petróleo, libertam para a atmosfera enormes quantidades de CO2, a
causa mais grave das alterações climáticas. Uma solução é guardar este
gás em jazidas subterrâneas.
As energias renováveis actualmente disponíveis não chegam para as
necessidades. Por isso, a produção de energia continuará a produzir
também CO2, dióxido de carbono. Mas o gás CO2 é um dos principais
responsáveis pelo aquecimento global e pelas alterações climáticas. Uma
forma de reduzir as emissões de CO2 é sequestrá-lo no subsolo, por
exemplo na bacia carbonífera do Douro, em Portugal, ou em camadas
arenosas, como explica Fabian Möller, engenheiro numa instalação no
norte da Alemanha.
"Se pegar no meu capacete, procuramos formações com este aspecto,
como este capacete em que o plástico é uma camada impermeável, talvez
de argila, e no interior haverá o arenito, o arenito cheio de água. E depois
perfuramos a rocha e armazenamos o CO2 sob esta camada impermeável
ao gás."
Uma vez que o dióxido de carbono é produzido pela queima de
hidrocarbonetos retirados do subsolo, o sequestro do gás é encarado como
uma espécie de reciclagem, diz Sergio Persoglia, do Instituto Italiano de
Oceanografia e Geofísica Experimental.
"Recolocar o CO2 no local de onde veio, no subsolo, onde estavam os
hidrocarbonetos, é de certo modo um processo natural. É um processo de
reciclagem natural, de forma a evitar alterar os ciclos de anidrido carbónico
na atmosfera."
O CO2 é capturado à saída das chaminés de combustão e é conduzido
até ao local de sequestro. Em diversos pontos da Europa estudam-se
localizações possíveis para sequestrar dióxido de carbono.
Por exemplo, Latera, no centro de Itália, não serve. O solo é demasiado
poroso e permite a libertação de CO2 de um vulcão extinto. Mas este local
é um óptimo laboratório natural, como diz Salvatore Lombardi, professor da
Universidade La Sapienza, de Roma.
"É importante estudar esta zona, em termos de armazenamento do
CO2, pois fornece-nos uma série de informações sobre a migração do gás,
o impacto de uma eventual fuga de gás do local onde armazenámos o CO2
no ambiente à superfície e sobre a possibilidade de intervir, eventualmente,
em caso de fuga."
Os especialistas estimam uma capacidade de sequestro de carbono
com esta técnica na Europa para os próximos 80 a 100 anos. Por isso não
é uma solução definitiva.
"Se estes locais porosos estiverem cheios, teremos de deixar de utilizar
esta técnica", disse Fabian Möller. "Daí que digamos que não é a solução
para o problema, mas sim uma ponte para o futuro. Estamos a comprar
algum tempo."
A esperança é que esse tempo seja suficiente para as tecnologias das
energias renováveis ganharem maturidade.”
In http://tv1.rtp.pt/noticias/index.php?t=Reduzir-
emissoes-de-dioxido-de-carbono-ajuda-a-combater-o-
aquecimento-
global.rtp&article=219816&visual=3&layout=10&tm=7
Sequestrar o dióxido de carbono não é a solução para o problema
do aquecimento global, uma vez que, o subsolo também tem uma
capacidade limitada.
Assim, com este processo iremos ganhar algum tempo para
desenvolver outras tecnologias que nos ajudem a solucionar o problema
do aquecimento global e consequentemente do desenvolvimento
sustentável, no entanto, teremos de encontrar outras soluções que nos
permitam não só ganhar tempo mas também solucionar o problema.
Desflorestação
A desflorestação consiste na remoção de grandes porções de floresta,
em larga escala, sem haver substituição de árvores, ou seja, é o abate de
árvores com vista a utilizar o solo ocupado pela floresta para outros fins,
economicamente mais rentáveis do que ter um conjunto de seres vivos que
controlam os ciclos de água do solo e a reciclagem do ar, com produção de
oxigénio. Com esta visão materialista, a desflorestação foi durante muitos anos
vista como impulsionadora do desenvolvimento da economia de um país, visto
que com ela se liquida o "capital" de uma floresta, abrindo caminho para outras
formas de lucro, como a produção de comida, matéria-prima, energia ou
construção de infra-estruturas.
A desflorestação é diferente da degradação florestal; esta consiste na
redução da qualidade das florestas. Mas em conjunto têm resultados
devastadores, como, a erosão dos solos e destabilização das bacias
hidrográficas, resultando em secas e inundações. A desflorestação das
florestas tropicais resulta também na redução da biodiversidade, visto que
estas desempenham um importante papel na remoção do dióxido de carbono,
assim como, no aumento do efeito de estufa.
A Desflorestação tem diversas causas:
A principal causa da desflorestação é o desbaste comercial realizado
através de maquinaria pesada que, para além de destruir a flora provoca a
compactação do solo.
http://campus.fct.unl.pt/afr/ipa_9899/grupo0018_altglobais/desflore_files/image003.jpg
A agricultura intensiva nos terrenos desflorestados não compensa
porque, ao fim de 6/7 anos, os solos ficam inférteis; uma vez que não tiveram
descanso e as plantações efectuadas eram monoculturas que na maioria dos
casos eram financiadas pelo estado. Assim, são mais susceptíveis de
apanharem doenças; desgastam mais o solo; e destroem o habitat natural dos
animais.
Outra das causas é a conversão dos solos em pastagens para manadas
de gado devido aos incentivos governamentais de conversão da floresta em
pastagens e em ranchos, ocupando áreas queimadas que foram recuperadas
naturalmente por vegetação rasteira e, criação de vastas explorações
agrícolas.
A exploração de minas, de pedreiras e de petróleo é também um
problema, pois para além de destruírem a zona onde estão implantadas,
contaminam os solos e a água com produtos tóxicos.
http://www.agenciacta.org.ar/IMG/jpg/agricultura-2.jpg
http://www.africatodayonline.com/admin/imagens2/thumb.php?img=966&
A construção de barragens, túneis e estradas veio também encorajar a
exploração de madeiras e a colonização da "floresta" com a consequente
deslocação da população.
A economia/política dos países, nomeadamente para as nações
tropicais, incentiva a desflorestação, uma vez que a madeira é uma importante
fonte de capital estrangeiro. São os países desenvolvidos que em parte
obrigam ao abate das florestas uma vez que, são eles que mais precisam de
matéria-prima. As florestas tropicais localizam-se, maioritariamente, em países
com grandes diferenças sociais e com dívidas externas.
A Poluição, e as chuvas ácidas, contribuem para a desflorestação, pois
vão "queimar" as árvores e destruir os solos.
Como causas naturais para a desflorestação destacam-se os fogos, as
doenças e os ciclones; mas estas causas são mínimas comparadas com as
provocadas pelo Homem.
http://www.soumais.com.br/colunas/Curiosidades/imagens/BARRAGEM.jpg
http://filipedebarros.files.wordpress.com/2009/04/chuvas_acidas.jpg
Todas estas causas, excepto as naturais, são agravadas pelo aumento
da população; pela crescente necessidade de produtos florestais e por
tecnologia inapropriada.
A Desflorestação tem diversas consequências:
A redução da biodiversidade: a biodiversidade é responsável pela
variedade de genes existentes no mundo; estes são necessários para a
produção de medicamentos, alimentos e outros produtos – são os recursos
biológicos. Calcula-se que 30 espécies desaparecem por dia na Amazónia.
Para termos uma pequena ideia basta pensarmos que numa única árvore
podemos encontrar 43 espécies de formigas.
O desaparecimento de culturas: Ao entrarem em contacto com outros
povos, os Índios perdem hábitos importantes que os têm acompanhado desde
sempre. Muitos Índios morreram devido à escravatura, a convulsões sociais e a
doenças trazidas pelo homem branco, como o beribéri, que se encontrava
oficialmente erradicada.
A infertilidade do solo: com a desflorestação, os solos ficam
desprotegidos do vento e das chuvas, isto é, a erosão do solo provoca o
arrastamento de minerais para outros locais.
http://ambiente.maiadigital.pt/cidadania/agenda21/forum/problemas/item64
O descontrolo do clima leva há ocorrência de inundações e de secas.
Devido ao grande volume de nuvens que gera, pensa-se que as florestas têm
um papel primordial na distribuição do aquecimento solar global provocado pela
alteração dos mecanismos pelos quais o calor é transferido para as elevadas
latitudes.
Na fotossíntese, as árvores consomem CO2 e produzem O2; logo, se as
cortarmos estaremos a aumentar os níveis de dióxido de carbono que vai
contribuir para o efeito de estufa e diminuir o oxigénio de que necessitamos
para viver. O aumento de CO2 é também provocado pela queima dos
combustíveis fósseis. Os incêndios são muitas vezes usados como meio de
desflorestação, o que aumenta ainda mais os níveis de dióxido de carbono.
Abate de árvores
↓ Níveis de evaporação ↓ Níveis de precipitação
Clima mais quente e seco
Solo mais duro não absorve água da chuva
↑ Temperatura da superfície da Terra
↓ Quantidade de nuvens que reflectem o calor do Sol
Para agricultura intensiva
↓ Humidade ↓ Fertilidade
Extinção de espécies e infertilidade do solo DESERTIFICAÇÃO
Incêndios
Libertação de CO2
Aumento dos níveis de CO2 EFEITO DE
ESTUFA
Não ocorre fotossíntese Destruição de árvores
“Governo brasileiro com medidas de protecção
Desflorestação da Amazónia vai aumentar durante 2008
03.06.2008 - 13h27 PÚBLICO
A floresta da Amazónia perdeu 1123 quilómetros quadrados de área no
último mês de Abril, quase o equivalente ao concelho de Beja. O valor foi
adiantado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Entre
Maio de 2007 e Abril de 2008 foram desbastados 9405 quilómetros
quadrados de mata.
“Os piores meses de desflorestação, são historicamente Junho, Julho e
Agosto. O pior está para vir”, disse Carlos Minc, ministro do Meio Ambiente
do Brasil. Segundo o ministro, será muito difícil a desflorestação ficar
abaixo do valor de 2007.
Os valores foram registados pelo sistema Deter (Detecção do
Desmatamento em Tempo Real) que utiliza imagens de satélite. Sabe-se
que os registos ficam aquém dos reais, porque não há informação das
áreas tapadas pelas nuvens que só no mês de Março cobriram 78 por
cento do território.
O aumento da desflorestação está associado ao aumento da venda de
gado e de soja. Segundo o jornal online "A Folha", o ministro já anunciou
medidas para controlar a queima da floresta.
A partir de 15 de Junho, a operação “Boi Pirata” vai entrar em acção e
monitorizar a cadeia produtiva do gado. As companhias siderúrgicas,
madeireiras e agropecuárias vão ser notificadas e obrigadas a informar ao
Governo quais são os fornecedores de carne. O Governo anunciou que vai
apreender a carne de todos os fornecedores que tenham irregularidades.
"Onde for comprovada a desflorestação ilegal será feito o auto de
infracção. Os números do Deter são alertas para a fiscalização, e nós
vamos continuar a fiscalizar", afirmou Luis Henrique Daldegan, secretário
de Estado do Meio Ambiente.
No segundo semestre deste ano, o Governo brasileiro vai pôr 500
homens com treino na área ambiental para fiscalizar a região. O ministro do
ambiente espera também que o Conselho Monetário Nacional restrinja a
concessão do financiamento agrícola para quem não cumpra os critérios
ambientais.
Um problema com décadas
Na semana passada Carlos Minc esteve na Conferência de Bona, na
Alemanha, onde assegurou que iriam ser criadas três novas áreas
protegidas na Amazónia. Em associação com a ARPA (Programa de Áreas
Protegidas da Amazónia), o Governo quer que até 2013 haja 600 mil
quilómetros quadrados de unidades de conservação de uso sustentável ou
de protecção integral, mais 1000 mil do que estava previsto. Com esta
medida o Governo duplica as novas áreas de conservação neste período
de quatro anos.
O ministro Carlos Minc assumiu a pasta do ambiente no mês passado
depois da anterior ministra, Marina Silva se ter demitido por não conseguir
cumprir a agenda. Segundo a Reuters os grupos ambientalistas defendem
que o novo ministro vai ser mais benevolente com a indústria e agricultura.
A floresta da Amazónia tem seis milhões de quilómetros quadrados, é a
maior do mundo. A desflorestação é um problema com décadas. Desde os
anos 70 a área da floresta diminuiu um quinto.”
A desflorestação na Amazónia é feita através de incêndios”
In Público.pt
(http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1331037)
A desflorestação é um problema de extrema importância, sendo
ainda mais preocupante no caso da floresta amazónica, pois esta é
extremamente rica na diversidade de espécies que lá habitam, possuindo
inclusive espécies únicas e em vias de extinção.
O governo brasileiro revela-se incapaz de travar a desflorestação da
floresta amazónica, uma vez que, à semelhança do que acontece em
vários outros países, a desflorestação é uma grande fonte de rendimentos
para o país.
Desertificação
A degradação da Terra continua a aumentar a uma velocidade
alarmante. Quando acontece nas terras secas criam-se condições semelhantes
às dos desertos, situação a que chamamos desertificação.
Este processo acontece pouco a pouco, enquanto as diferentes áreas de
terras degradadas se expandem e se unem.
As secas fazem parte das consequências da desertificação tornando a
situação mais grave. Mas este é essencialmente um problema causado pelo
homem. Surge como consequência da pressão exercida na terra.
As pessoas mais pobres do mundo, que vivem nas áreas mais
vulneráveis, serão as mais afectadas pela desertificação. Mas existem também
outras vítimas. Dezoito dos países mais desenvolvidos do mundo sofrem de
desertificação, as áreas mais favorecidas destes países já estão a ser
indirectamente afectados pelos imigrantes que migram para essas áreas por
não terem conseguido sobreviver do seu próprio rendimento. A desertificação
providencia um dos exemplos de como a pobreza ameaça em qualquer lado a
prosperidade.
De acordo com a convenção do combate à desertificação das Nações
Unidas, esta foi definida como: " Degradação da terra em áreas áridas, semi-
áridas e sub-húmidas resultante de vários factores, como variações climáticas
e actividades humanas. "
No que diz respeito ás variações climáticas a seca é um fenómeno típico
que ajuda à desertificação nas regiões áridas. Quanto ás acções de
degradação das terras, que são induzidas pelo homem, devem ser frisadas 5
http://ptsoft.net/vastro/referencia/estufa/aquecimento/deserto.jpg
componentes propostas pela FAO (Food and Agriculture Organization) que
contribuem para a degradação em geral:
• Degradação da vegetação e da população animal, degradação
biótica e perda de biodiversidade em zonas semi-áridas extensas,
devido à caça e desflorestação;
• Degradação do solo devido a efeitos físicos, como a erosão
provocada pelo vento e pela água ou efeitos químicos, como a
salinização e sodificação);
• Degradação das condições hidrológicas superficiais como
resultado da perda da vegetação superficial;
• Degradação das condições geo-hidrológicas, águas subterrâneas,
resultando na mudança das condições de recarga;
• Degradação das infra-estruturas económicas e qualidade de vida
humana.
A desertificação é principalmente causada por variações climáticas e
actividades humanas. No que respeita ás variações climáticas, as zonas áridas
afectadas pelas secas são o factor de maior relevância. No domínio das
actividades humanas podemos enumerar várias causas, das quais, as
principais são a adubação, cultivo excessivo, má irrigação das terras,
desflorestação, erosão dos solos e aumento da densidade populacional.
A erosão dos solos é a deterioração do solo provocada por movimentos
físicos de partículas de uma determinada área. O vento, a água, o gelo glaciar,
os animais e a utilização de máquinas pelo homem podem ser agentes de
erosão. Os dois agentes mais importantes são o vento e a água, mas na
http://mundoquente.com.br/fotos/desertificacao.jpg
maioria das situações estes seguem-se aos efeitos provocados pelo homem,
pelos insectos, pelas doenças e pelos fogos que irão remover a vegetação
superficial.
No seu estado natural o solo é normalmente coberto por árvores e
arbustos, folhas caídas e mortas ou por um espesso tapete de ervas. Qualquer
que seja a vegetação superficial, esta protege o solo quando a chuva cai ou o
vento sopra. O sistema das raízes desta vegetação mantém o solo unido.
Apesar do clima seco, as raízes da vegetação nativa que se estendem
vários metros abaixo do solo, ajudam a impedir as partículas do solo de serem
arrastadas. Sem esta cobertura o solo ficará vulnerável à sua deterioração. Se
esta vegetação superficial for destruída por excesso de pastorícia,
desflorestação ou fogos, a erosão pelo vento e pela água torna-se propícia e
acelerada contribuindo para a perda de vegetação do solo, logo, do húmus e
dos nutrientes indispensáveis para o crescimento de uma nova geração.
A erosão é, por estes motivos, um processo cíclico, difícil de controlar e
com grande relevância para a desertificação.
A desflorestação é um dos muitos processos dominados pelo Homem,
que contribui para a desertificação. Este processo é desencadeado por
inúmeras causas, sendo uma das mais importantes o abatimento das árvores
para a extracção de madeira, pois este é desde sempre, o produto das
florestas que mais interesse desperta no Homem. A madeira, ao ser extraída,
provoca graves problemas nos solos, retirando-lhes também os nutrientes
necessários para uma nova geração de vegetação se desenvolver. Os
agricultores são assim obrigados a abandonarem as suas terras para partirem
em busca de outras mais férteis, às quais, infelizmente irão submeter ao
mesmo tratamento. É assim que a maior parte das terras vai perdendo
http://alternativas.ttverde.net/2008/AB/Agricultura-Biologica-1.jpg
qualidades indispensáveis; qualidades estas que são essenciais no papel que o
solo desempenha na agricultura. A desflorestação afecta igualmente o clima,
reduzindo significativamente a reciclagem das chuvas; desta forma, nos
escassos períodos de chuva, esta irá ser rapidamente conduzida para as zonas
baixas, como rios e barragens sem sequer se infiltrar no solo. A desflorestação
impede, deste modo, que os lençóis de água subterrâneos sejam renovados.
O elevado índice populacional contribui de uma forma acentuada para a
desertificação. A crescente densidade populacional exerce uma grande
pressão nas fontes de matéria-prima das respectivas áreas, devido a uma
acentuada luta pela sobrevivência, com escassos recursos de terra e de água.
Os efeitos da desertificação sobre as populações incluem por estas
razões, uma má nutrição, ameaça de fome e deslocação de pessoas que
abandonam as suas terras em busca de terreno melhor. O abandono destas
pode ter consequências positivas ou negativas no que respeita ao
aproveitamento das mesmas.
No entanto, as causas da desertificação ligadas ao aumento da
população são complexas. Por exemplo, o declínio de uma população pode
também resultar na desertificação da respectiva área, visto esta deixar de estar
sob o controlo que lhe é necessário.
A má gestão de práticas de irrigação em áreas áridas pode causar a
salinização dos solos, a qual impede, quando em excesso, o desenvolvimento
das plantas. Quando esta má gestão de irrigação é acompanhada de secas, o
grau de desertificação aumenta consideravelmente, visto que estas condições,
a salinização, as baixas percentagens de humidade e altas temperaturas são
http://www.meioambienteurgente.blogger.com.br/desertificacao.gif
desfavoráveis ao desenvolvimento de todo o tipo de vegetação. É deste modo
que as inadequadas práticas de irrigação contribuem para a desertificação.
Tanto o cultivo em excesso como o desbastamento são os responsáveis
pela maior parte da desertificação em terras de grande extensão. Os vários
tipos de práticas inadequadas aplicadas em solos impróprios induzem a uma
aceleração da erosão por parte do vento e da água, sendo estes os
responsáveis pela desertificação nas terras de colheita.
O cultivo excessivo dos solos retira uma elevada quantidade de
nutrientes necessários ao desenvolvimento da vegetação em causa; estes
nutrientes apenas são repostos quando há um período de intervalo entre as
várias épocas de cultivo.
Por outro lado, a adubação excessiva dos solos vai criar um depósito de
produtos químicos indesejáveis, que vão afectar negativamente o crescimento
das plantações futuras dessa área.
A desertificação é, assim, acelerada por um excesso de cultivo e
adubação dos solos. As Tempestades de areia, o aquecimento global da Terra,
as pestes e doenças, as dunas e areias migratórias, a escassez de
precipitação, a exploração excessiva das fontes de água subterrâneas e os
desastres naturais resumem-se à degradação das condições que tornam o solo
fértil, impedindo assim, o desenvolvimento da vegetação indispensável à
sobrevivência animal e humana.
Uma das tragédias da desertificação é que ela afecta sobretudo aqueles
que menos a podem suportar: pessoas que vivem em países
subdesenvolvidos, particularmente em áreas que são desde já climática,
geográfica e economicamente desfavorecidas. Pelo facto da agricultura ser,
nestes países, a principal fonte de postos de trabalho, os efeitos da
desertificação são muitas vezes desastrosos, levando à fome e à instabilidade
política.
http://www.suapesquisa.com/o_que_e/desertificacao.jpg
Pelo facto da desertificação ser causada maioritariamente por acção
humana, pode também ser controlada e evitada por esta. E, tecnicamente as
soluções não são difíceis. A resposta básica é melhorar as formas de utilização
do solo: melhores sistemas de agricultura, acabar com a utilização exagerada
dos pastos e dos solos, fixação de dunas, barreiras protectoras contra o vento,
reflorestação e melhorar a conservação dos solos e das águas. Reduzir o
número de animais nas terras, permitindo ás plantas crescer novamente.
Tornar as condições dos solos favoráveis ao crescimento da vegetação.
Existe um processo, embora dispendioso, que consiste em cobrir as
zonas afectadas e degradadas com estrume. A estrumação dos solos irá
reduzir significativamente a evaporação, enriquecer as terras em nutrientes
devido á sua putrefacção e prevenir também a erosão.
Contudo, a batalha para proteger a Terra da desertificação não está a
ser ganha e a meta para pôr fim a esta parece mais distante agora do que
nunca. Uma das razões é que o dinheiro investido no combate à desertificação
não está disponível. As árvores têm sido plantadas e as dunas fixadas, mas é
um esforço em vão, pois não existe qualquer garantia destas serem protegidas
o tempo suficiente para ficarem estáveis.
Tem que haver uma crescente consciencialização por parte dos
governos e das populações no que se refere à gravidade da ameaça com a
qual nos confrontamos. Terá que haver uma posição mais séria face ao
processo de desertificação no futuro.
Curiosidades sobre a Desertificação:
► A deterioração em áreas cobertas de plantas e em terras férteis é cerca
de 50% devido à utilização imprópria de terras cultivadas pelo Homem;
► Desde 1950, 1/5 das florestas do mundo foram removidas;
► Pelo menos 55% dos 40 milhões de hectares das produtivas florestas
tropicais foi destruída;
► As florestas tropicais e outros ecossistemas são destruídos a uma
velocidade de 20 milhões de hectares por ano, 40 hectares por minuto.
► Uma área do tamanho do estado de Washington é destruída por ano, e
a esta velocidade daqui a 45 anos a área das florestas tropicais estará
reduzida a metade;
► No Sahel, a área semi-árida do sul do deserto Sahara, entre 1950 e
1975 o deserto expandiu-se 100 km para sul;
► Na África do sul perdem-se por ano cerca de 300 a 400 milhões de
toneladas de vegetação superficial devido ao processo de
desertificação;
► A desertificação transforma por ano cerca de 12 milhões de hectares
de terras férteis em solos incultiváveis;
► Em áreas susceptíveis a desertificação e seca vivem cerca de 900
milhões de pessoas, e destas, 200 milhões estão já a sofrer as suas
consequências;
► As perdas económicas anuais são cerca de 40 biliões de dólares, e o
custo de uma recuperação destas áreas degradadas pode atingir cerca
de 10 biliões de dólares por ano;
► Em Portugal, o cultivo de eucaliptos é uma das maiores causas de
desertificação, devido à excessiva absorção de água dos solos;
Recursos Naturais
Os recursos são considerados renováveis quando possibilitam a sua
utilização sistemática sem risco de se esgotarem. A sua reposição ou
regeneração é feita de forma contínua pela Natureza.
Em termos de reservas naturais, trata-se de um bem ilimitado. Face às
perspectivas de esgotamento das fontes energéticas que têm vindo a ser
utilizadas, em virtude do progresso da Humanidade se verificar a um ritmo
http://www.ensiguarda.pt/proguarda4/imagens/genericos/recursos.naturais.jpg
crescente, nomeadamente no que diz respeito ao desenvolvimento industrial,
procura-se cada vez mais recorrer a soluções alternativas de produção
energética. Estas novas soluções baseiam-se no aproveitamento dos recursos
renováveis. São exemplos de fontes energéticas renováveis: o sol, a força das
ondas, marés e rios, o vento, a geotermia resultante de manifestações de
vulcanismo e a biomassa.
Os principais obstáculos que se colocam ao uso generalizado das
energias obtidas a partir das fontes anteriormente referidas são
fundamentalmente de natureza económica e cultural. Este tipo de soluções
determina, por um lado, investimentos iniciais superiores àqueles que são
efectuados quando se recorre às fontes energéticas tradicionais não
renováveis. Por outro lado, existe uma falta de hábito, quase generalizada à
maior parte das instituições, de encarar este tipo de soluções ainda que esses
investimentos possam ser rapidamente amortizados. A situação de
desaproveitamento deste tipo de recursos é sobretudo flagrante nos países em
desenvolvimento que, apesar de reunirem as condições ideais para o seu
aproveitamento, não possuem capacidade económica e tecnológica para os
explorar.
“A preservação dos recursos naturais
Por Nuno Valério Professor do ISEG
24 Janeiro 2007
O progressivo colapso do cordão dunar da Costa de Caparica, ao ritmo
das luas cheias e luas novas de cada Inverno, ilustra de forma exemplar um
problema clássico, tradicionalmente pouco atendido, mas hoje crucial para
a humanidade: as sociedades humanas têm, ao longo de milénios, mas
com particular intensidade ao longo dos dois últimos séculos, produzido
bem-estar à custa da destruição de recursos naturais.
As consequências não são geralmente perceptíveis a curto prazo e
quando se apresentam a longo prazo tomam por vezes formas
surpreendentes. No caso vertente, vai provavelmente ser necessário optar
entre a perda de um espaço litoral significativo para o mar e a realização de
obras que consumirão grandes recursos e que poderão defender a
existência desse espaço litoral, mas serão possivelmente incapazes de
preservar as suas características naturais e de o devolver às utilizações
económicas que anteriormente tinha.
Argumenta-se frequentemente em torno deste problema das relações
entre preservação de recursos naturais e produção de bem-estar segundo
duas linhas. Uma afirma que não faz sentido preservar os recursos naturais
se eles não puderem ser fruídos pelos seres humanos. As restrições à
utilização de recursos são, nesta linha, consideradas negativas, porque
limitam a produção de bem-estar. Outra afirma que a preservação dos
recursos naturais deve ser vista como uma oportunidade de negócio e não
como uma ameaça aos negócios. A produção de bem-estar surge, nesta
linha, como um subproduto da preservação dos recursos naturais.
Sem querer negar validade a estas linhas de argumentação, importa
sublinhar que elas não vão ao fundo do problema. Na verdade, em
nenhuma delas a preservação dos recursos naturais é considerada um
bem, por si próprio proporcionador de bem-estar. Nestas circunstâncias, é
sempre a utilização da natureza como meio de produção, directo ou
indirecto, que baseia a avaliação da razoabilidade da sua preservação. Se
os recursos naturais não forem utilizáveis, ou não proporcionarem negócios
para serem preservados, então não há razão para os preservar.
Vendo a questão de outra forma, só há razão para preservar os
recursos naturais independentemente de serem utilizáveis, ou de
proporcionarem negócios para serem preservados, se se verificar uma de
duas condições: a sua preservação ser considerada um bem (de consumo)
por si própria, quer possa ser fruída ou não por seres humanos; ou a sua
preservação ser compreendida como uma necessidade de longo prazo
para a sobrevivência da humanidade.
Nestas circunstâncias, haverá razão para preservar os recursos
naturais, mesmo à custa de bem-estar de outra natureza, porque essa
preservação é, por si própria, produtora de bem-estar, directo, ou indirecto.
É esta segunda razão para preservar os recursos naturais (como bem
de produção de longuíssimo prazo) que, a uma escala muito pequena, é
ilustrada pelo colapso do cordão dunar da Costa de Caparica. É claro que a
Costa de Caparica é praticamente irrelevante à escala da humanidade. Mas
a multiplicação de fenómenos da mesma natureza não é.”
In Diário de Notícias
(http://dn.sapo.pt/inicio/interior.aspx?content_id=651767)
Hoje em dia preferem gastar avultados recursos económicos em
remediar os problemas do que investir na preservação dos recursos
naturais.
É urgente mudar as mentalidades dos nossos governantes para
benefício das gerações vindouras.
“A agricultura e a biodiversidade
As recentes evoluções ocorridas na agricultura provocaram uma
substancial alteração na paisagem rural e na estrutura dos seus habitats,
pondo muitas vezes em risco a sua sustentabilidade. A expansão e
intensificação de muitas das actividades antropogénicas foram a principal
causa da sua perda e degradação. Há que salientar que estes mesmos
habitats originais foram resultado directo, ou indirecto, da acção do Homem
na paisagem, interessando por isso saber em concreto quais as causas
que provocaram tais transformações.
Estas alterações podem ser caracterizadas, de uma maneira geral por:
→ Aumento da produção, e aumento da área agrícola;
→ Aumento do uso de agroquímicos;
→ Aumento da mecanização;
→ Utilização de novas cultivares (muitas vezes sob um sistema de
monocultura intensiva).
Contudo, e tendo em conta as diferenças entre o tipo de agricultura, a
estrutura fundiária, o clima, o solo e as disponibilidades hídricas, entre o
Norte e o sul da Europa, facilmente se percebe que estas alterações
(impulsionadas por políticas produtivistas), trouxeram maiores benefícios à
agricultura do Norte da Europa (já de si mais desenvolvida, e melhor
estruturada, dado serem apoiadas há mais tempo) e tiveram um maior
impacto ambiental a Sul.
Como resultado destes novos sistemas de utilização do espaço rural, a
fragmentação dos habitats originais aumentou, reduzindo-os a pequenos
nichos, resultando daí uma perda de biodiversidade. Como exemplo destas
alterações, podemos referir a transformação de um mosaico agrícola e
florestal, característico de certas zonas do Mediterrâneo, em áreas de
monocultura, a alteração do tipo de limites de parcelas, a intensificação
agrícola e pecuária, o abandono das terras.
Sabe-se hoje que, pelo menos em teoria, a uma maior diversidade de
habitats corresponde uma maior diversidade de espécies. A paisagem
agrícola mediterrânea foi ao longo dos tempos, o resultado de sistemas de
exploração da terra menos desenvolvidos tecnicamente, onde uma
agricultura de subsistência garantia o pouco rendimento das populações
rurais, sendo o leque de produtos maior ou menor, consoante as
oportunidades que o solo, o relevo, as disponibilidades hídricas e o clima o
permitissem.
Nas zonas onde o relevo se torna mais irregular, os socalcos e as
leiras, possibilitaram a agricultura, e nos locais onde tal obra de engenharia
não foi conseguida, aparece um tipo de vegetação menos agrícola,
constituída por manchas de vegetação arbustiva, que em caso de
abandono se transformam em densos e impenetráveis matagais,
permitindo no entanto algum aproveitamento cinegético, necessitando
contudo de um plano de gestão racional. As características e a estrutura do
habitat são assim, a principal condicionante de muitas das espécies da
fauna e flora da Península Ibérica.
Interessa salientar por isso, a importância das zonas cerealíferas, da
gestão de orlas e pequenos bosquetes de vegetação arbustiva e arbórea e
de zonas com pecuária extensiva, para a conservação da fauna e flora.
Como exemplo pode citar-se a importância que estas zonas têm como
habitat para uma parte substancial das espécies da nossa avifauna,
proporcionando-lhes locais ideais para a nidificação durante a Primavera, e
fonte de alimento (directo e indirecto) durante os meses de Inverno.
Nestas zonas, o aproveitamento turístico dos recursos naturais pode
ser uma importante fonte de rendimento para os agricultores, quer através
do turismo rural e do turismo de natureza, quer através da caça.
Assim, os agricultores podem, efectuando algumas mudanças nas
práticas agrícolas, dar um importante contributo para conservar os
recursos naturais, pois são eles os primeiros gestores do nosso património
natural.
Contudo, é necessário garantir que as zonas rurais continuem vivas, de
maneira a contrariar o abandono das terras verificado em muitas regiões
da Península Ibérica.
O desenvolvimento rural tem como maior desafio, contrariar a
diminuição da densidade populacional nas zonas rurais, fixando a
população residente, proporcionando novos postos de trabalho,
desenvolvendo novas actividades (ou revitalizando as antigas) de maneira
a satisfazer as novas necessidades de uma população cada vez mais
citadina.
Medidas legislativas de conservação
Os primeiros esforços para criar mecanismos legislativos que
regulassem a conservação da biodiversidade, resultaram num conjunto de
medidas proibicionistas que tinham por objectivo proteger uma dada
espécie rara ou um determinado habitat natural ou semi-natural rico em
espécies selvagens, normalmente com pouca intervenção e presença do
Homem.
Pouca atenção era dada ao conjunto de habitats criados pela
actividade humana (como os agrícolas), pois pensava-se que a sua
contribuição para o valor do património natural era muito reduzida, não
tendo mesmo interesse para a conservação, pois tudo neles seria “artificial”
e “comum”.
Estas áreas agrícolas (semi-naturais) foram transformadas a partir de
habitats naturais (selvagens) desde que o Homem começou a utilizar os
recursos disponíveis para produzir bens de primeira necessidade. Esta
transformação ocorreu de uma maneira tão lenta, que permitiu a adaptação
dos organismos vivos a esses habitats, como se de ecossistemas naturais
em constante evolução se tratassem. Nalguns casos essa adaptação foi
tão grande que se formaram comunidades totalmente dependentes das
zonas agrícolas (como é o caso da abetarda, Otis tarda, das planícies
cerealíferas da Península Ibérica).
No século passado, principalmente depois da I Grande Guerra, a
necessidade de produtos agrícolas motivou, como já foi referido, um
aumento da produção. A esta necessidade os agricultores responderam
mudando as práticas agrícolas, e em apenas algumas décadas a paisagem
rural mudou de maneira tão intensa que os organismos vivos simplesmente
tiveram tempo de se readaptar a estas novas condições.
Em resposta a estas mudanças, as populações destas espécies, foram
diminuindo, pois havia uma menor oferta de recursos (habitat disponível).
Esta diminuição foi tão acentuada que, algumas delas desapareceram e
outras tornaram-se raras.
De início, os políticos, pouco sensibilizados para estas questões, não
levaram em linha de conta estas mudanças, e as políticas agrícolas e de
ordenamento do espaço rural evoluíram sem terem uma preocupação de
salvaguarda do património natural e dos recursos naturais.
Paralelamente, foram desenvolvidos numerosos estudos (tendo como
base algumas espécies de aves associadas a zonas agrícolas, como a
perdiz-cinzenta, Perdix perdix) que pretendiam avaliar os resultados
dessas mudanças nas várias componentes dos ecossistemas.
Sabe-se hoje, que algumas das espécies em maior risco de extinção
dependem, pelo menos em alguma parte do seu ciclo de vida dos
ecossistemas agrícolas, e no que às espécies da nossa avifauna diz
respeito, essa dependência também é verdadeira. Por isso, o valor
ambiental das regiões rurais é muito grande.
A preocupação da sociedade pelos problemas de conservação da
natureza aumentou, estando hoje mais sensibilizada para os problemas
relativos à conservação dos recursos naturais
Pode dizer-se assim, que esta consciencialização da sociedade por
questões ambientais teve como impulsionador as aves, pois desde sempre
houve um carinho especial por este grupo dada a sua visibilidade,
facilidade de estudo e vasto conhecimento sobre biologia, ecologia e
distribuição. Para além deste facto, dado a sua beleza visual, o impacto de
políticas que visem preservar este grupo é muito grande, e por isso a
capacidade de gerar rendimentos também é maior.
A protecção dos habitats criados e geridos pelo Homem, como os
agrícolas, passou a ser também parte integrante de alguns dos
documentos legislativos de conservação do ambiente. Do mesmo modo,
foram incluídas medidas de conservação dos recursos nas políticas gerais,
e sectoriais (como na PAC) de ordenamento do território, sendo assim
reconhecida a importância que estas áreas têm como suporte de um
conjunto de comunidades biológicas com grande interesse para a
conservação não só da biodiversidade, mas também da água, do ar e do
solo.
Essa conservação dos habitats, de forma a conservar a biodiversidade,
tem por objectivo a manutenção da estrutura que os caracterizam desde há
muitos séculos. Ou seja, será necessário pagar aos agricultores o serviço
que eles prestam à sociedade mantendo esses ecossistemas vivos,
conservando os recursos naturais, compensando-os pela possível perda
de rendimento.
É fundamental integrar pressupostos de conservação também nas
políticas de gestão dos sectores produtivos, como a PAC, conjugando
todos os esforços num só, de maneira a conservar actuando, preservando
ao mesmo tempo os valores culturais, sociais, económicos e ambientais
das zonas rurais.
Contudo, nalguns casos pode ser necessário preservar locais
específicos pela sua raridade, pela sua importância como ponto de
paragem nas rotas de migração ou por suportarem uma pequena
população de uma dada espécie, sendo necessário a implementação de
medidas mais restritivas, salvaguardando sempre as eventuais perdas de
rendimento dos donos das terras.
São necessárias políticas que proporcionem medidas que de facto
ajudem os agricultores a implementar uma gestão sustentável da sua
exploração. Só garantindo a manutenção do rendimento dos agricultores é
que se consegue que a conservação do nosso património ecológico seja
uma realidade, e se possível criar um mercado rural que ofereça todo um
conjunto de produtos genuinamente regionais de qualidade, a uma
população urbana cada vez mais interessada pela paisagem e pela cultura
rural.
Esta é uma oportunidade que os agricultores devem explorar, pois este
interesse pelos recursos naturais pode constituir mais um produto, dentro
dos novos produtos que as zonas rurais podem, e devem, oferecer.
António Heitor
Departamento Técnico da CONFAGRI
Leitura recomendada
Benton, T.G., Bryant, D.M., Cole, L. & Crick, H.Q.P. (2002). Linking
agricultural practice to insect and bird populations: a historical study over
three decades. Journal of Applied Ecology, 39, 673 – 687.
Chamberlain, D.E. (2002). Effects of agricultural intensification on birds:
evidence from monitoring data. Aspects of Applied Biology, 67, 1 – 10.
Donald, P.F., Green, R.E. & Heath, M.F. (2001). Agricultural
intensification and the collapse of Europe’s farmland bird populations. Proc.
R. Soc. London, 268, 25 – 29.
Pain, D.J. & Dixon, J. (1997). Why farming and birds in Europe? In:
Pain, D.J. & Pienkowski, M.W. (eds.).Farming and Birds in Europe. The
Common Agricultural Policy and its Implications for Bird Conservation.
Chapter 1, Academic Press, London.
Siriwarddena, G.M., Baillie, S.R., Crick, H.Q.P. & Wilson, J.D. (2001).
Changes in agricultural land-use and breeding performance of some
granivorous farmland passerines in Britain. Agriculture, Ecosystems and
Environment, 84, 191 – 206.
Stoate, C., Boatman, N.D., Borralho, R.J., Carvalho, C.R., Snoo, G.R. &
Eden, P. (2001). Ecological impacts of arable intensification in Europe.
Journal of Environmental Management, 63, 337 – 365.
Vickery, J., Carter, N. & Fuller, R.J. (2002). The potential value of
managed cereal field margins as foraging habitats for farmland birds in the
UK. Agriculture, Ecosystems and Environment, 89, 41 – 52.”
In Confagri
(http://www.confagri.pt/Ambiente/AreasTematicas/ConsNatureza/docum
entos/documento1.htm)
Quanto maior a diversidade de habitats maior a diversidade de
espécies. A agricultura que predomina é a monocultura prejudicando
assim a biodiversidade.
Mas é necessário garantir que as zonas rurais continuem vivas, de
forma a contrariar o abandono das terras verificado em muitas regiões da
Península Ibérica.
Para isso o desenvolvimento rural tem como maior desafio,
contrariar a diminuição da densidade populacional nas zonas rurais,
fixando a população residente, proporcionando novos postos de
trabalho, desenvolvendo novas actividades ou revitalizando as antigas de
forma a satisfazer as novas necessidades de uma população cada vez
mais citadina.
Tem vindo a fazer-se esforços no sentido de preservar os habitats
e consequentemente a biodiversidade mas muito há ainda para fazer num
futuro próximo.
“A Bioremediação de Solos Contaminados
Nuno Quental
A contaminação de solos e águas é uma realidade que urge combater.
A Bioremediação oferece um conjunto de tecnologias para tal, que em
comum têm a utilização de seres vivos para a degradação dos poluentes,
mantendo em equilíbrio os ecossistemas.
O desenvolvimento industrial trouxe uma vida melhor para muitas
famílias mas, como em tudo, existe sempre o reverso da medalha. O
esteiro da Ria de Aveiro, situado em Estarreja, recebeu durante cinquenta
anos efluentes e todo o tipo de resíduos provenientes do seu famoso
complexo químico industrial. A irresponsabilidade dos empresários, a falta
de soluções de tratamento e deposição e o alheamento governamental
relativamente à gestão sustentada dos resíduos explica como pôde a
situação chegar ao ponto em que se encontra: os solos estão altamente
contaminados, inclusivamente com vários metais pesados, contaminação
essa que é lixiviada e acaba por desaguar na Ria de Aveiro. Convém
lembrar que a Ria é habitat para inúmeras espécies de aves, das quais são
de destacar as aves migratórias, que aproveitam a passagem para
descansar e se alimentar.
A urgência de resolução do problema criado induziu a procura de
métodos de recuperação ambiental. Actualmente, a “Bioremediação” é
objecto de estudo de dois doutorandos da Escola Superior de Biotecnologia
da Universidade Católica Portuguesa (ESB). Esta técnica tem merecido
uma grande atenção nos últimos anos, devido às potencialidades que
encerra. Em traços gerais, a Bioremediação faz uso de seres vivos
(normalmente bactérias ou fungos) para promover a degradação de
poluentes. Uma variante da Bioremediação é a fitoremediação, onde são
usadas plantas superiores. Na ESB ambas as técnicas estão a ser
investigadas.
A Bioremediação permite a despoluição in situ, ou seja, no próprio local,
evitando os normalmente incomportáveis custos de remoção e posterior
tratamento de solo contaminado (tal como aconteceu com os solos da Expo
98, que foram depositados em aterro). Por outro lado, o tempo necessário
para se atingir uma determinada degradação dos poluentes (90%, por
exemplo) é normalmente superior à que seria alcançada num reactor
próprio, pois o inóculo (os microrganismos que se pretende fazer
reproduzir) pode usufruir das condições ideais para o seu crescimento.
Em termos de cinética microbiana, são várias as situações possíveis.
Os microrganismos podem usar como fonte de alimento o poluente,
consumindo-o à medida que crescem e transformando-o em tecido celular
e em compostos, como o dióxido de carbono. Se o processo ocorrer em
anaerobiose (na ausência de oxigénio), forma-se ainda metano, composto
que está presente no gás natural. O poluente a eliminar pode ainda ser co-
metabolisado pelos microrganismos, o que significa que não é a principal
fonte de alimento, mas que é consumido juntamente com a fonte principal.
Nestes casos, é comum fornecer-se-lhes compostos de fácil degradação,
estimulando assim o seu crescimento. Para assegurar que existem as
condições mínimas para o processo, nas zonas de Bioremediação
instalam-se sistemas de injecção de oxigénio e nutrientes.
Pode acontecer que o composto resultante da decomposição
microbiana seja tão ou mais tóxico que o seu precursor. Este tipo de
situação tem de ser evitada, pelo que devem ser realizados testes prévios
em laboratório e em campo (absolutamente essenciais na Bioremediação).
Contudo, a cinética microbiana é de tal forma dinâmica que os produtos
libertados por algumas bactérias podem ser alimento para outras, sendo os
poluentes transformados em compostos progressivamente mais simples. O
objectivo da Bioremediação é mineralizar os poluentes, libertando apenas
substâncias inertes, como o dióxido de carbono (ainda que seja um gás de
estufa, mas o contributo da Bioremediação é insignificante para este efeito)
e a água.
Para o tratamento de aquíferos, pode-se bombear a água à superfície,
e aplicar-lhe algum tipo de tratamento, sendo posteriormente injectada em
profundidade.
Uma técnica interessante consiste na selecção de estirpes de
microrganismos adaptadas à degradação de determinado composto, o que
é realizado ao longo de várias gerações celulares. As bactérias possuem
capacidades especiais de alterar o seu alimento predilecto: através da
incorporação de plasmídios (pequenos pedaços de informação genética),
podem como que reprogramar o seu metabolismo. Exibem assim uma
versatilidade, muito útil nestes casos. Repare-se que não se trata de uma
modificação in vitro da informação genética, logo não se produzem
organismos geneticamente modificados, que tanta polémica tem levantado.
Em termos comparativos, pode dizer-se que este processo de selecção
bacteriana artificial é mais semelhante ao praticado pelos agricultores de
todo o mundo, responsáveis pela existência de milhares de variedades de
culturas agrícolas, melhoradas de forma a realçar determinadas
características, como a produtividade e a resistência aos factores
climáticos.
Curiosamente, mas não estranhamente, nos locais contaminados
podem-se normalmente encontrar os organismos que são necessários! É
esse também o caso da fitoremediação. No esteiro altamente contaminado
que está a ser estudado na ESB, existem grandes manchas de caniçal
(Fragmites australis). Estes juncos são dos principais responsáveis pela
capacidade depuradora das zonas húmidas, retendo, inclusivamente,
poluentes altamente tóxicos, como os metais pesados. Tal deve-se ao
efeito rizosfera das suas raízes (associação destas com fungos; ver
próximo parágrafo). Para avaliar a influência do caniçal, prevê-se escolher
um elemento, como o mercúrio, e comparar a sua concentração em solos
com e sem aquela vegetação, mas recebendo a mesma carga poluente. Os
tecidos das plantas também serão analisados, de forma a avaliar a
quantidade limite de poluentes que suportam. Serão realizados testes em
laboratório.
O outro projecto em curso na ESB centra-se precisamente no efeito
rizosfera, responsável pela captura de poluentes. As micorrizas são
associações de fungos com as raízes de plantas, que cumprem importantes
funções ecológicas (constituem um prolongamento das raízes, aumentando
significativamente a sua área de influência e fornecendo nutrientes que de
outra forma não estariam disponíveis). Vai ser analisada a capacidade
depuradora do caniçal com e sem efeito rizosfera. Está ainda a ser
investigada a possibilidade de se utilizarem zonas húmidas artificiais para o
tratamento de águas residuais domésticas e industriais.
Todos estes projectos poderão contribuir para o desenvolvimento de
uma área de importância crescente, considerando a grande quantidade de
locais contaminados existente (a título de exemplo, estima-se que existam
mais de 5000 depósitos de combustíveis enterrados sem qualquer
protecção anti-corrosão). Para que o meio ambiente e a saúde das
populações sejam salvaguardadas, é urgente submeter tais locais a algum
tipo de tratamento. A Bioremediação é, seguramente, uma das opções a
considerar com maior entusiasmo.
Para mais informações, contactar a Doutora Paula Castro, da ESB:
Visitar:
Informações da Agência de Protecção Ambiental Norte-Americana:
www.epa.gov/tio/remed.htm
Recursos sobre bioremediação:
www.nalusda.gov/bic/Biorem/biorem.htm”
In Naturlink
(http://naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=6&cid=4126&bl=1&viewall=tru
e#Go_1)
A contaminação de solos e águas é uma realidade que temos
combater urgentemente.
A Bioremediação é uma tecnologia que faz uso de seres vivos
normalmente bactérias ou fungos para promover a degradação de
poluentes mantendo em equilíbrio os ecossistemas.
Permite assim despoluir no próprio local evitando os avultados
custos de remoção e posterior tratamento do solo contaminado.
O objectivo da Bioremediação é mineralizar os poluentes,
libertando apenas substâncias inertes, como o dióxido de carbono e a
água.
Para que o meio ambiente e a saúde das populações sejam
protegidas, é indispensável sujeitar tais locais a este tratamento, sendo a
Bioremediação, uma das opções a considerar com maior entusiasmo num
futuro muito próximo.
Energias Renováveis
“Será possível que as energias renováveis ultrapassem os combustíveis
fósseis em termos de fonte primária de energia até ao final do século XXI?”
Os bens naturais são as fontes de riqueza material que o homem dispõe
para satisfazer as suas necessidades sempre em mudança, e são avaliados de
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acordo com as utilizações que as sociedades fazem deles. O homem procura
tirar deles as maiores vantagens e, com o seu engenho – tecnologia aproveitá-
los o melhor possível, tornando-os recursos. Se, por um lado, é indiscutível que
os recursos naturais têm uma importância vital em si mesmos, por outro,
devem ser considerados como uma “recompensa” pela capacidade do homem
localizá-los, extraí-los e usufruir deles. O aproveitamento dos recursos depende
de numerosos factores: a existência de procura, de meios de transporte
adequados, do capital disponível, da qualidade e da quantidade dos próprios
recursos e em especial da tecnologia que transforma os bens em recursos
naturais.
A história diz-nos que conforme a evolução tecnológica e o
desenvolvimento das sociedades vai surgindo a emersão de novas fontes de
energia e novas formas da sua exploração. Antes da Revolução Industrial
(século XVIII) existiam as energias renováveis exploradas com tecnologias
rudimentares, com a 1ª Revolução Industrial, ocorreu a descoberta do carvão
associado à máquina a vapor; no século XIX ocorre a 2ª Revolução Industrial,
com a descoberta dos princípios da termodinâmica, evolução dos transportes,
surge o petróleo e gás natural; em meados do século XX, com a 2ª Guerra
Mundial, surge a energia atómica, mais tarde a informática, robótica que em
conjunto dão origem à 3ª Revolução Industrial, nas últimas décadas do século
XX. Actualmente, o emergir das energias renováveis exploradas com
tecnologia sofisticada revelam indícios de nova reestruturação.
Á medida que os recursos, como o petróleo, forem tornando-se menos
disponíveis e mais caros, o homem terá de optar cada vez mais pelos recursos
energéticos alternativos e renováveis, como a água, o vento, as ondas do mar,
a energia solar, recursos estes inesgotáveis.
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Entende-se por energias renováveis todas aquelas formas de energia
cuja taxa de utilização é inferior à sua taxa de renovação. As suas fontes
podem ter origem terrestre (energia geotérmica), gravitacional (energia das
marés) e solar (energia armazenada na biomassa, energia de radiação solar,
energia hidráulica, energia térmica oceânica e energia cinética do vento e das
ondas). Também são consideradas fontes de energia renovável os resíduos
agrícolas, urbanos e industriais.
A energia irradiada pelo sol é a fonte de quase toda a energia disponível
ao homem, seja como energia vital ou força motriz e de transformação na
execução de tarefas quotidianas. No nosso ecossistema, através de diversos
ciclos naturais, a radiação solar é convertida em diversos tipos de energia.
Mas, normalmente, o termo energia solar, só é utilizado para expressar as
formas de aproveitamento da radiação solar directa. As formas de
aproveitamento indirecto, que resultam da utilização de energia produzida em
sistemas, processos ou fenómenos que têm a radiação solar como fonte
primária, geralmente são referidas de forma específica.
Os processos ou tecnologias de conversão visam transformar um tipo de
energia num outro. As tecnologias de conversão mais conhecidas são as
seguintes:
Fonte: Conhecer o Sector: A Energia em Números: Energias Renováveis
As formas ou manifestações mais conhecidas são: a energia solar, a
energia eólica, a biomassa e a energia hídrica. As principais características de
cada uma delas são:
Energia Solar – é a energia da radiação solar directa, que pode ser
aproveitada de variadas formas através de diversos tipos de conversão,
permitindo o uso em aplicações térmicas em geral, obtenção de força motriz
diversa, obtenção de electricidade e energia química.
A forma mais democrática e abundante de energia é a radiação solar.
Entretanto, algumas características, como a irregularidade e a baixa densidade
de energia, limitam as possibilidades de aproveitamento directo dessa mesma
energia. Nesse sentido, a união com outras fontes possibilita melhorar algumas
características de operação, principalmente o factor de capacidade, ampliando
sensivelmente a viabilidade de utilização dessa fonte energética.
Energia Eólica – é a energia cinética das massas de ar provocadas pelo
aquecimento variável da superfície do planeta. Além da radiação solar também
têm participação na sua formação, fenómenos geofísicos como: rotação da
terra, marés atmosféricas e outros. Os cataventos e embarcações á vela são
formas bastante antigas do seu aproveitamento. Os geradores modernos de
tecnologia recente têm se afirmado como uma forte alternativa na composição
da matriz energética de diversos países.
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http://esbatalha.ccems.pt/area_projecto/8D_B/imagens/energias.jpg
Biomassa – é a energia química, produzida pelas plantas na forma de
hidratos de carbono através da fotossíntese – processo que utiliza a radiação
solar como fonte energética – é distribuída e armazenada nos corpos dos seres
vivos graças á grande cadeia alimentar, onde a base primária são os vegetais.
Plantas, animais e seus derivados são biomassa. A sua utilização como
combustível pode ser feita das suas formas primárias ou derivados: madeira
bruta, resíduos florestais, excrementos animais, carvão vegetal, álcool, óleos
animal ou vegetal, gaseificação de madeira, biogás etc.
Energia Hídrica – é a energia cinética das massas de água dos rios,
que fluem de altitudes elevadas para os mares e oceanos graças á força
gravitacional. Este fluxo é alimentado em sentido inverso graças á evaporação
da água, elevação e transporte do vapor em forma de nuvens, naturalmente
realizados pela radiação solar e pelos ventos. A fase completa-se com a
precipitação das chuvas nos locais de maior altitude. A sua utilização é
bastante antiga. A energia hídrica também pode ser vista como forma de
energia potencial; volume de água armazenada nas barragens do rio. As
grandes hidroeléctricas auxiliam-se das barragens para compensar as
variações sazonais do fluxo dos rios e, através do controlo das comportas,
permitem a modulação da potência instantânea gerada nas turbinas.
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Energia dos Oceanos – é a conversão de energia a partir das ondas;
apresenta claras semelhanças com a eólica. Dado que as ondas são
produzidas pela acção do vento, os dois recursos apresentam idêntica
irregularidade e variação sazonal. Em ambos os casos extrai-se energia de um
meio fluido em movimento e de extensão praticamente ilimitada.
Energia Geotérmica – existe uma grande quantidade de energia sob a
forma térmica contida no interior do planeta. Esta é transmitida para a crosta
terrestre sobretudo por condução e representa uma potência de 10.000 vezes
da energia consumida por ano no mundo actualmente.
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http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/imagem/5163.jpg
Evolução da oferta e da procura das energias renováveis:
A procura das energias renováveis evoluiu ao longo do tempo, segundo
a evolução tecnológica das sociedades. A biomassa (lenha), principal fonte
energética da sociedade agrícola tradicional, vê diminuído o seu
consumo/procura, a partir do século. XVIII, substituída pelo carvão com a
Revolução Industrial, no dito 1º mundo; no século XIX com a descoberta do
petróleo e gás natural, essa diminuição acentua-se, dando lugar mais tarde
(meados do século XX) à dominância do petróleo como fonte energética. A
partir das crises petrolíferas nas décadas de 70 e 80 (século XX), emergem
novas técnicas de exploração das energias renováveis com desenvolvimento
continuado projectado para o futuro. A percentagem das novas energias
renováveis actualmente ainda é baixa, mas muito importante, prevendo-se um
aumento gradual, de forma que os cenários de futuro, apontam a sua
dominância a partir de 2050.
Actualmente, estima-se que aproximadamente um terço da população
mundial não tem acesso à energia eléctrica e, mesmo em sociedades mais
industrializadas, com padrão de vida melhor, ainda coexistem formas
rudimentares de transformação e uso da energia (renováveis).
A produção mundial de energia, em 1997, segundo os dados da Agência
Internacional de Energia, somou o equivalente a 9,5 mil megatoneladas de
petróleo, dos quais 86,2% são provenientes de fontes não renováveis – carvão,
http://www.eq.uc.pt/~brunor3/imagens/geotermica%201.jpg
gás natural e petróleo. Embora tenham uso crescente, as fontes renováveis,
aquelas que podem renovar-se espontaneamente (água, sol e vento) ou por
medidas de conservação (vegetação) – são responsáveis por apenas 13,8% do
total produzido.
Pelo seu menor teor de poluição, o gás natural apresenta actualmente o
maior crescimento de consumo entre os combustíveis fósseis. Embora a
queima do gás, como o carvão e o petróleo, resulte em dióxido de carbono,
prejudicial à camada de ozono, o seu percentual poluente é menor.
O problema da energia é um problema global, assim como, o problema
das alterações climáticas, e estão intimamente relacionados entre si pela
questão do CO2, relacionados com o crescimento e desenvolvimento da
população bem como das inovações técnicas.
Apesar da sua disponibilidade como recurso energético fóssil, o carvão é
dos mais poluentes, o que emite maiores quantidades de CO2, contribuindo
com o maior aumento de efeito de estufa de origem antropogénica, maiores
aumentos de temperatura nos cenários de alterações climáticas.
http://www.demec.ufmg.br/disciplinas/ema003/solidos/mineral/pfpcoal.jpg
http://xicoriasexicoracoes.files.wordpress.com/2007/05/energia.jpg
Se contabilizarmos os custos dos danos ambientais das energias
fósseis, na alternativa às energias renováveis, com certeza que ainda teríamos
a ganhar neste balanço e as infra-estruturas das renováveis não teriam um
preço tão elevado, como é referido. Os custos de externalidades, tais como
construção de centrais nucleares de fissão, tempo de construção, investigação,
segurança, manutenção, desmantelamento (sobretudo as de 1ª geração),
impactos ambientais/riscos; nos combustíveis fósseis os jogos de poder e
conflitos na geoestratégia mundial, custos de transportes e outros, deveriam
ser integrados no cálculo de custo de cada fonte energética, só assim
poderíamos fazer comparações correctas de custos.
Disponibilidades e problemáticas das várias energias renováveis
Segundo Wolfgang Palz, a energia solar recebida pela terra a cada ano
é dez vezes superior a contida em toda a reserva de combustíveis fósseis.
Mas, actualmente a maior parte da energia utilizada pela humanidade provém
de combustíveis fósseis – Petróleo, carvão mineral, xisto, etc. A vida moderna
tem sido movida á custa de recursos esgotáveis que levaram milhões de anos
para formar-se. O uso desses combustíveis em larga escala tem mudado
substancialmente a composição da atmosfera e o balanço térmico do Planeta
provocando o aquecimento global, degelo nos pólos, chuvas ácidas e
envenenamento da atmosfera e meio ambiente. As previsões dos efeitos
decorrentes para um futuro próximo são catastróficas. Alternativas como a
energia nuclear, que eram apontadas como solução definitiva, já mostraram
que só podem piorar a situação. Com certeza, ou buscamos soluções limpas e
ambientalmente correctas ou seremos obrigados a mudar os nossos hábitos e
costumes de maneira traumática.
As reservas conhecidas de petróleo devem durar apenas mais 75 anos;
as de gás natural, um pouco mais de 100 anos; as reservas de carvão,
aproximadamente 200 anos.
A utilização das energias renováveis em substituição aos combustíveis
fósseis é uma direcção viável e vantajosa. Pois, além de serem praticamente
inesgotáveis, as energias renováveis podem apresentar impacto ambiental
muito baixo ou quase nulo, sem afectar o balanço térmico ou composição
atmosférica do planeta. Graças aos diversos tipos de manifestação,
disponibilidade de larga abrangência geográfica e variadas possibilidades de
conversão, as energias renováveis são bastante próprias para geração
distribuída e/ou autónoma. O desenvolvimento das tecnologias para o
aproveitamento das energias renováveis poderão beneficiar comunidades
rurais e regiões afastadas, bem como, a produção agrícola através da
autonomia energética e consequente melhoria global da qualidade de vida dos
habitantes.
No entanto, a energia solar será mais disponível nas regiões tropicais e
de transição, sub-tropicais, mediterrânicas, pela maior radiação solar, maior
insolação e menor nebulosidade.
http://iarnoticias.com/images/varios/5_torre_petroleo_canilla.jpg
http://www.jmalucelliambiental.com.br/im
g_not/foto_aquecimento_global.jpg
Embora todas as energias tenham os seus condicionalismos de
localização, podem funcionar em complementaridade umas com as outras e
com as fósseis que são finitos e mais concentradas geograficamente.
Actualmente, os sistemas fotovoltaicos têm vindo a ser utilizados em
instalações remotas possibilitando vários projectos sociais, agropastoris, de
irrigação e comunicações. As facilidades de um sistema fotovoltaico tais como:
modularidade, baixos custos de manutenção e vida útil longa, fazem com que
sejam de grande importância para instalações em locais desprovidos de rede
eléctrica.
A energia solar é normalmente a forma mais barata de conseguir
electricidade para os 2 biliões de pessoas que não têm acesso a ela no mundo
em desenvolvimento. Embora os painéis solares actualmente custem mais por
quilowatt/hora que as turbinas de vento, eles ainda podem ser lucrativos se
integrados em prédios, economizando o custo do material do telhado.
Em cima de tectos de grandes prédios comerciais, células solares
podem ser competitivas, mesmo sem subsídios, se combinarmos com o uso
eficiente que permita ao construtor do prédio revender o excesso de energia
quando estiver abundante e mais cara nas tardes de sol.
O recurso energético eólico tem tido um desenvolvimento positivo, tendo
em conta um cenário de restrição ambiental moderada. Apesar deste potencial,
existem condicionalismos em especial de circulação atmosférica/ventos para o
seu desenvolvimento, bem como problemas de ligação à rede (uma vez que os
locais com maior potencial se encontram em locais remotos ou servidos por
redes fracas, muitas vezes o escoamento de energia só é conseguido através
da construção de novas linhas, o que eleva os custos ou até inviabiliza as
operações, sendo também problemática a gestão da atribuição dos pontos de
interligação) e de impacte ambiental (as principais incidências ambientais
habitualmente apontadas são o ruído, o impacto visual e a influência na fauna
avícola).
A energia hídrica debate-se com condicionalismos dos regimes
hidrológicos/climáticos, ambientais e de alterações climáticas, pois para a
conversão em energia eléctrica a energia cinética da água e transformada em
energia cinética de rotação da turbina hidráulica, e esta energia mecânica da
turbina finalmente em energia eléctrica. A cada processo estará associado um
rendimento na ordem dos 80%, dependendo da tecnologia empregue. A
disponibilidade anual deste recurso depende da quantidade de água disponível
para turbinar, sendo factores determinantes a pluviosidade, o regime de
funcionamento e de elaboração (com ou sem armazenamento) e a bacia
hidrográfica.
A energia da biomassa tem uma fraca produção e utilização que se deve
a uma série de constrangimentos de caris não tecnológico: escassez de terra
disponível para a produção das culturas fonte, criando uma falta de matéria-
prima, apesar de, por vezes, as culturas estarem condenadas a ficar na terra
ou a irem para o lixo por falta de qualidade, quando o potencial energético
poderia significar um lucro considerável, sobretudo evitar incêndios florestais.
Energia das ondas: As zonas costeiras portuguesas (em especial a
costa ocidental do continente e as ilhas dos Açores) têm condições naturais
entre as mais favoráveis em qualquer parte do mundo para o aproveitamento
da energia das ondas: recurso abundante (cerca de 25-30 kW/m média anual),
plataforma continental estreita (inexistente nos Açores) (ou seja águas
profundas na proximidade da costa), consumo e rede eléctrica concentrados
junto à costa do continente.
No entanto existem uma série de barreiras ao desenvolvimento deste
tipo de energia renovável:
- A passagem da fase de ensaios em laboratório para a
demonstração com protótipo em mar real é fortemente dispendiosa, requer
uma longa preparação e envolve riscos de vária ordem.
- O desenvolvimento de um sistema do tipo em questão, passando
pelo projecto construção e operação de protótipo, até ao limiar da
comercialização, requer a participação e coordenação duma equipa
multidisciplinar, envolvendo empresas e instituições de I&D. Existe pouca
experiência e tradição de empreendimentos deste tipo em Portugal.
A energia geotérmica poderá vir a ter um melhor aproveitamento com a
aplicação de Bombas de Calor Geotérmicas (BCG) reversíveis, que aproveitam
o calor a partir de aquíferos ou das formações geológicas através de
permutadores instalados no subsolo, permitido utilizações de aquecimento e
climatização, que poderá representar um potencial de 12 MWt.
Situação actual: a União Europeia possui um forte potencial no domínio
das energias renováveis, que explora de forma desigual e insuficiente. Este
sector, particularmente sensível às evoluções políticas, representa actualmente
6% do consumo energético interno bruto e poderá representar 7,4 a 9% em
2010.
Vantagens de se recorrer às fontes de energia renováveis:
• É congruente com a estratégia global de desenvolvimento
sustentável;
• Permite reduzir a dependência da União Europeia das
importações de energia e assegurar assim a segurança do
aprovisionamento;
• Contribui para melhorar a competitividade global da indústria
europeia;
• Tem efeitos positivos no desenvolvimento regional e no emprego;
• A opinião pública é favorável.
A generalização da utilização das energias renováveis confronta-se
com os seguintes obstáculos:
• Os custos de investimento são elevados e os períodos de
recuperação muito longos;
• Os diferentes actores envolvidos na tomada de decisões que
afectam o sector das energias renováveis conhecem mal o potencial
destas;
• Uma atitude de resistência geral às mudanças;
• Os problemas técnicos e económicos de ligação às redes de
electricidade centralizadas não têm actualmente solução;
• Existem dificuldades associadas às flutuações sazonais de certas
energias (eólica e solar);
• Algumas energias (os biocombustíveis) requerem uma infra-
estrutura apropriada.
Verifica-se que o ritmo de evolução da tecnologia é mais elevado do que
o ajuste da reorganização da sociedade face às inovações. Pois, as energias
renováveis, para serem utilizadas de uma forma rentável, generalizada,
competitiva com as outras energias fósseis dominantes, exigem uma
reorganização de infra-estruturas na forma de organização da sociedade. As
energias renováveis quase que têm o dom da ubiquidade, estão distribuídas de
uma forma mais equitativa a nível global; o que não acontece com as fósseis e
favoreceram o desenvolvimento dos grandes aglomerados populacionais,
urbanos e industriais, ultrapassando os limites das vantagens em termos, pelo
menos, de qualidade de vida.
As energias renováveis são compatíveis com uma desconcentração e
descentralização das várias funções inerentes aos desmesurados núcleos
urbanos, e favorecem a dispersão de poderes dos que detêm ao controlo das
fontes de energia fósseis.
O Livro Verde da União Europeia fixa um objectivo ambicioso: duplicar
em 15 anos a contribuição das energias renováveis para o consumo energético
interno bruto (ou seja, 12% em 2010), o que permitiria a criação líquida de mais
de 500 000 postos de trabalho. Tal objectivo implica um envolvimento total por
parte dos Estados-membros. Tal objectivo exige o reforço das políticas
comunitárias:
• Mercado interno da energia (sistemas de créditos, harmonização
fiscal, auxílios estatais, normalização);
• Ajudas financeiras específicas (programa ALTENER: 40 milhões
de ecus para 1993-1997);
• Reforço da vertente das energias renováveis nos programas de
investigação e desenvolvimento (programas JOULE e THERMIE);
• Política regional favorável à promoção destas energias,
particularmente nas zonas periféricas e rurais;
• Política agrícola compatível, que apoie a produção e o
desenvolvimento das fontes de energia sustentáveis;
Utilização dos potenciais para o desenvolvimento económico dos países
da Europa
A energia solar térmica utiliza a radiação do Sol para produzir calor que
depois pode ser usado para aquecimento doméstico de água e climatização.
Actualmente já existem plataformas semelhantes para a energia fotovoltaica,
hidrogénio, pilhas de combustível, biocombustíveis. O objectivo das
plataformas europeias de tecnologia é desenvolver e implementar uma visão
comum para um determinado sector ou área. Para isso, é necessário elaborar
um programa de investigação a longo prazo.
Investigação: O primeiro reactor nuclear experimental de fusão nuclear
vai ser instalado em França, mais concretamente em Cadarache, no sul do
país, decidiram em Moscovo os parceiros do projecto ITER (Internacional
Thermonuclear Experimental Reactor). O reactor estará concluído em 2018.
Prevê-se que lá para meados do século XXI a energia nuclear de fusão possa
ser comercializada e o seu consumo generalizado, em competição com as
restantes energias. A energia de fusão nuclear tem três grandes vantagens: é
inesgotável, é amiga do ambiente e é segura. Diz Carlos Varandas, presidente
do Centro de Fusão Nuclear, in entrevista ao DN em 25 de Junho de 2006.
Sendo assim, esta fonte de energia poderia ser também considerada
renovável. Lê-se mais à frente na mesma entrevista: “o hidrogénio e a fusão
nuclear são as energias do futuro.” Na mesma entrevista, diz Carlos Varandas:
“É um facto que está a haver uma mudança em todo o mundo, e representativo
disso é, por exemplo, o muito recente Livro Verde da Energia, lançado em
Bruxelas, onde é dito claramente que é preciso desenvolver todas as formas de
energia, incluindo a nuclear. Está provado que as Energias Renováveis são
óptimas, embora o preço do quilowatt/hora de algumas seja caro, mas também
é certo que não permitem responder às necessidades energéticas da
humanidade.”. Por enquanto, com as tecnologias e organização de infra-
estruturas que temos. O problema da energia é um problema global e de todos
nós, tal qual é o problema das alterações climáticas, e estão intimamente
relacionados entre si pela questão do CO2, relacionados com o crescimento e
desenvolvimento da população bem como as inovações técnicas.
A tendência de descarbonização manifestada, preocupação política e
económica, deverá ser reforçada por mais eficiência na conversão, na
distribuição e no uso de energia; por exemplo, combinar a produção de calor e
electricidade pode fornecer duas vezes mais trabalho útil. Se, tanto a eficiência
quanto a energia renovável crescer mais depressa do que a economia, as
emissões de carbono cairão e o aquecimento global diminuirá. Em contraste, a
energia nuclear é uma solução mais lenta e cara. Obter um quilowatt-hora de
uma usina nuclear custa pelo menos três vezes mais do que economizá-lo com
medidas de eficiência. In Scientific American, Mais Lucro com menos Carbono,
por Amory B. lovins.
O valor dos recursos depende largamente da capacidade, do
engenho/técnica e da experiência e ciência do homem em saber detectá-los. A
divulgação da sua utilização só se manifesta quando a sua necessidade é
reconhecida, como no caso da madeira e do ferro para a construção de barcos.
No passado, o homem preocupava-se com a posse de minerais, de carvão e
de borracha. Alguns países chegaram a envolver-se em guerras para poderem
controlar a disponibilidade dos produtos. Hoje, as necessidades humanas são
um pouco diferentes. O homem já não depende apenas das fontes locais para
obter os recursos, e o melhoramento de meios de transporte reduziu o custo
das matérias-primas para a indústria. Apesar disso, o princípio continua a ser o
mesmo: prosseguir a procura activa e contínua de novos recursos susceptíveis
de aproveitamento e de aplicação em larga escala, tendo em consideração o
valor dos recursos renováveis, tais como os produtos animais e vegetais
necessários à alimentação do homem. E com o mesmo princípio, o homem
estrutura a organização socioeconómica da sociedade centrada nos recursos
energéticos e o domínio dos territórios com base nessa detenção e poder,
desencadeando conflitos regionais subjacentes a uma geopolítica mundial. A
organização da sociedade também evolui e sofre mudanças. Se as energias
renováveis, que são, por natureza mais equitativamente distribuída
espacialmente, ocuparem o papel dominante das fósseis, terão
necessariamente consequências na organização das sociedades, nas relações
sociais de produção e sua distribuição na superfície terrestre.
Nas últimas décadas as questões ambientais têm tido uma relevância
cada vez maior na vida da nossa sociedade. Portugal assinou e ratificou
diversas convenções internacionais e entraram em vigor muitas directivas
comunitárias que influenciaram positivamente as políticas nacionais na área do
ambiente. A rede nacional de áreas protegidas cresceu, foram designados os
sítios da rede natura 2000 e aprovou-se uma estratégia nacional de
conservação da natureza e da biodiversidade. Há sem dúvida casos de
sucesso na recuperação da nossa biodiversidade como o crescimento da
população de cegonha branca, o regresso de algumas aves que estavam
extintas como nidificantes, caso do abutre-negro ou da águia imperial,
assistimos à expansão da galinha sultana e à recuperação da foca monge mas
muitas vezes tal deveu-se mais a factores laterais e não tanto a uma actuação
proactiva no domínio da conservação. Na prática, tem sido difícil integrar a
conservação da biodiversidade nas diversas políticas sectoriais e este sector
não tem tido os recursos financeiros e humanos necessários para a efectiva
implementação de estratégias, planos e acções que concretizem os objectivos
definidos. Os exemplos negativos prosperam, com inúmeras áreas importantes
ainda sem estarem classificadas, muitas áreas protegidas sem planos de
ordenamento e gestão, o Plano Sectorial para a Rede Natura 2000 por aprovar,
espécies emblemáticas como o lince – ibérico praticamente extinto, e na
generalidade sem que existam os recursos que permitam uma eficaz gestão
dos sítios a proteger e os planos de conservação de espécies a implementar.
“Uma pegada cada vez menos ecológica
Cláudia Fulgêncio
Têm sido feitas estimativas da apropriação, por parte da população
humana, das áreas biologicamente produtivas da Terra. Conheça o
http://www.quercus.pt/scid/webquercus/defaultArticleViewOne.asp?categoryID=633&articleID=1799
tamanho da Pegada Ecológica da população mundial e, particularmente, da
população portuguesa.
A Pegada Ecológica constitui uma forma de medir o impacte humano na
Terra. Este conceito, desenvolvido por Mathis Wackernagel e William Rees,
autores do livro “Our Ecological Footprint – Reducing Human Impact on the
Earth” (1996), exprime a área produtiva equivalente de terra e mar
necessária para produzir os recursos utilizados e para assimilar os resíduos
gerados por uma dada unidade de população. Pode ser calculada para um
indivíduo, uma comunidade, um país, ou mesmo para a população mundial.
Dito de outra forma, a Pegada Ecológica avalia a extensão com que uma
dada população se apropria do espaço biologicamente produtivo. Uma vez
que as pessoas usam recursos de todas as partes do mundo, e afectam
locais cada vez mais distantes com os seus resíduos, esse espaço é,
geralmente, o somatório de uma série de pequenas áreas distribuídas por
todo o planeta que, na sua totalidade, tem vindo a aumentar. A figura 1
mostra que a Pegada Ecológica da população mundial cresceu 50%, entre
1970 e 1997.
Figura 1 – Crescimento da Pegada Ecológica Mundial entre 1961 e
1997.
Fonte: www.panda.org/livingplanet/lpr00/ecofoot.cfm
Para calcular a Pegada Ecológica é necessário estimar o consumo de
bens e serviços e a produção de resíduos da unidade de população em
estudo. Esses bens e serviços incluem várias categorias, como os
alimentos, o vestuário, o transporte, a energia, o lazer, a habitação, os
produtos com origem na madeira (lenha, papel, mobiliário...), etc.
Posteriormente, estima-se a área necessária à produção de cada item,
dividindo a média anual de consumo desse item, pela média da sua
produtividade. Cada uma dessas áreas é considerada equivalente a um tipo
de área biologicamente produtiva, e a sua soma constitui a Pegada
Ecológica. As áreas biologicamente produtivas consideradas são as
seguintes: área cultivada; área de pasto; área de floresta; área de recursos
marinhos; área construída e área de floresta necessária para absorver as
emissões de dióxido de carbono associadas ao consumo de combustíveis
fósseis. De notar que, nos estudos até aqui realizados, ainda não foi
possível entrar em consideração com variáveis importantes, como os
consumos de água e a libertação de poluentes tóxicos, por insuficiência de
dados, pelo que os valores das Pegadas Ecológicas apresentados têm sido
subestimados.
Relacionando a apropriação de espaço com a superfície biologicamente
produtiva da Terra, a Pegada Ecológica clarifica os limites da expansão
humana e dos seus níveis de consumo.
A Terra tem uma superfície de 51 biliões de hectares, dos quais 36,3
biliões são mar e 14,7 biliões são terra. Segundo dados do “Living Planet
Report 2000” (www.panda.org/livingplanet/lpr00), em 1996, existiam 12,6
biliões de hectares de terra biologicamente produtivos, distribuídos da
seguinte forma: 1,3 biliões de hectares de área cultivada; 4,6 biliões de
hectares de área de pasto; 3,3 biliões de hectares de área de floresta; 3,2
biliões de hectares de área de recursos marinhos; 0,2 biliões de hectares
de área construída.
Dividindo a área produtiva pela população mundial, que em 1996 era de
5,7 biliões de habitantes, cada pessoa teria disponíveis, se os recursos
fossem equitativamente distribuídos, 2,2 hectares de área para satisfação
das suas necessidades de consumo e assimilação dos seus resíduos. Essa
área seria ainda menor, tomando em consideração o espaço necessário à
vida dos cerca de 15 milhões de espécies que povoam o Planeta. De
acordo com a Comissão Mundial para o Ambiente e Desenvolvimento, e
com os autores do “Brundtland Report: Our Common Future” (1987), pelo
menos 12% do espaço biologicamente produtivo deve ser preservado para
a protecção da biodiversidade.
Com base no estudo “Ecological Footprints and Ecological Capacities of
152 Nations: The 1996 Update” (www.rprogress.org/ef/LPR2000), em 1996,
a Pegada Ecológica Mundial foi de 2,85 ha per capita (não considerando a
área necessária às restantes espécies), o que excedeu em cerca de 30% o
espaço biologicamente produtivo da natureza no mesmo ano. Esta situação
é largamente atribuível ao consumo de quarta parte da população mundial,
que utiliza cerca de 75% dos recursos globais disponíveis. Esta realidade
encontra-se representada na figura 2, onde se apresentam as Pegadas
Ecológicas de sete regiões do mundo - América do Norte, Europa
Ocidental, Europa Central e de Leste, Médio Oriente e Ásia Central,
América Latina e Caraíbas, Ásia/Pacífico e África. A altura das colunas é
proporcional à Pegada Ecológica da região, e a largura à sua população,
verificando-se que a Pegada Ecológica de um consumidor médio numa
região industrializada é muito superior à de um consumidor de um país com
baixo nível de rendimento.
Figura 2 – Pegada Ecológica por região, em 1996
Fonte: www.panda.org/livingplanet/lpr00/ecofoot.cfm
Recorrendo ainda à análise dos resultados do estudo “Ecological
Footprints and Ecological Capacities of 152 Nations: The 1996 Update”,
realizado com base em dados da “Food and Agriculture Organization” e de
outras organizações das Nações Unidas, dos 152 países com mais de um
milhão de habitantes, os 10 com maior Pegada Ecológica foram,
respectivamente: Estados Unidos (10,3 ha/capita); Austrália (9 ha/capita);
Canadá (7,7 ha/capita); Nova Zelândia (7,6 ha/capita); Islândia (7,4
ha/capita); Singapura (7,2 ha/capita); Noruega (6,2 ha/capita); Hong Kong
(6,1 ha/capita); Finlândia (6,0 ha/capita) e Rússia (URSS, na altura) (6,0 ha
/capita). Destes, os Estados Unidos, Singapura, Hong Kong e Rússia
mostraram-se, de acordo com a sua biocapacidade, ou seja, capacidade
produtiva potencial, incapazes de satisfazer as suas necessidades internas,
apresentando assim um défice ecológico (considerando a responsabilidade
pela preservação da biodiversidade de 12%: Défice Ecológico =
Biocapacidade - Pegada Ecológica / 88%).
Os 10 países com a Pegada Ecológica per capita mais baixa foram o
Peru (1,6 ha/capita); a Nigéria e as Filipinas (1,5 ha/capita); a Indonésia
(1,4 ha/capita); a China e o Egipto (1,2 ha/capita); a Etiópia, a Índia e o
Paquistão (0,8 ha/capita) e, finalmente, o Bangladesh (0,5 ha/capita).
Destes, só o Peru e a Indonésia não apresentaram défice ecológico.
A Pegada Ecológica encontrada para Portugal foi de 5,0 ha/capita,
integrando as seguintes componentes: 1,2 ha/capita de área cultivada; 0,7
ha/capita de área de pasto; 0,5 ha/capita de área de floresta; 0,2 ha/capita
de área de recursos marinhos; 0,4 ha/capita de área construída; 2 ha/capita
de área de floresta necessária para absorver as emissões de dióxido de
carbono associadas ao consumo de combustíveis fósseis. Com uma
biocapacidade de 2,2 ha/capita, o nosso país apresentou um défice
ecológico de 3,4 ha/capita.
Existem algumas páginas que possibilitam uma estimativa da Pegada
Ecológica individual, por exemplo,
www.ecologyfund.com/registry/ecology/res_bestfoot.html (para cidadãos
europeus, dos Estados Unidos e Austrália);
www.rprogress.org/programs/sustainability/ef/calculate.html (para cidadãos
dos Estados Unidos) e www.rco.on.ca/ecofootprint.html (para cidadãos do
Canadá).
A apropriação crescente dos recursos que a natureza disponibiliza, por
parte da população humana, principalmente pelos países mais
desenvolvidos, é uma realidade a que urge dar resposta, através da
alteração dos hábitos de consumo e da preservação dos ecossistemas.
Caso contrário, de acordo com as projecções de aumento da população
mundial (nove mil milhões em 2100, de acordo com um artigo da revista
“Nature”, de 2 de Agosto de 2001) e com a aceleração das alterações
ecológicas à escala regional e global, na forma de alterações climáticas,
redução da camada de ozono, perda de solos produtivos, de recursos
hídricos subterrâneos e de biodiversidade, desflorestação e sobre-
exploração de recursos pesqueiros, corre-se o risco da “Pegada da
Humanidade” esmagar a Terra que a sustenta.
Bibliografia
www.rprogress.org/ef/LPR2000/
www.panda.org/livingplanet/lpr00/ecofoot.cfm
www.bestfootforward.com
www.dieoff.org/page110.htm
www.demesta.com/ecofoot/eng/engframe.htm
www.cul.slu.se/english/reselu/ecofoot.html
bcn.boulder.co.us/basin/local/sustain6.html
www.ecouncil.ac.cr/rio/focus/report/english/footprint/ranking.htm”
In Naturlink
(http://naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=6&cid=3490&bl=1&viewall=tru
e#Go_1)
A pegada ecológica é uma forma de medir o impacte humano no
planeta Terra.
Na minha opinião, é muito importante, uma vez que o Homem utiliza
os recursos existentes para a sua vida diária, tomando como certos os
recursos que a Terra dá, causando danos, por vezes irreparáveis.
A minha Pegada Ecológica:
Água
Energia
Transportes
Resíduos
Alimentação e compras
Escala
Legenda:
- Está no bom caminho. As suas respostas reflectem atitudes ambientalmente responsáveis. Utilize os seus
bons exemplos e convença os outros a agir como faz no dia-a-dia. No entanto, tal não o impede de melhorar um
ou outro aspecto. Reveja novamente as respostas.
- Já se preocupa com algumas questões ambientais, mas ainda pode contribuir mais . Leia novamente as
dicas para melhorar o seu impacto ambiental.
- Será que põe o seu conforto acima de tudo e de todos? Mesmo sem alterar o conforto a que está habituado,
pode reduzir o seu impacto ambiental. Não perca tempo e comece já hoje.
Actualmente, os indicadores de desenvolvimento sustentável são
indispensáveis para fundamentar as tomadas de decisão aos mais diversos
níveis e nas mais diversas áreas. Surgem por todo o mundo, iniciativas e
projectos, com vista à definição de indicadores de desenvolvimento sustentável
para um variado leque de finalidades de gestão, ao nível do desenvolvimento
local, regional e nacional.
A Agência Europeia do Ambiente (AEA) tem sido pioneira nestas
matérias, desenvolvendo um conjunto de trabalhos e estimulando a
sistematização e comparabilidade da informação nos diversos países
abrangidos pela sua acção, procurando criar sinergias com outros organismos
como, a Eurostat e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Económico (OCDE).
Os indicadores e índices podem servir um conjunto alargado de
aplicações consoante os seus objectivos. Destacam-se as seguintes:
• Atribuição de recursos – suporte de decisões, ajudando os
decisores ou gestores na atribuição de fundos, alocação de recursos
naturais e determinação de prioridades;
• Classificação de locais – comparação de condições em diferentes
locais ou áreas geográficas;
• Cumprimento de normas legais – aplicação a áreas específicas
para clarificar e sintetizar a informação sobre o nível de cumprimento
das normas ou critérios legais;
http://www.ecosdotocantins.com.br/upload/imagens/6273.jpg
• Análise de tendências – aplicação a séries de dados para detectar
tendências no tempo e no espaço;
• Informação ao público – informação ao público sobre os
processos de desenvolvimento sustentável;
• Investigação científica – aplicações em desenvolvimentos
científicos servindo nomeadamente de alerta para a necessidade de
investigação científica mais aprofundada.
A OCDE apresenta 4 grandes grupos de aplicações de indicadores:
� Avaliação do funcionamento dos sistemas ambientais;
� Integração das preocupações ambientais nas políticas sectoriais;
� Contabilidade ambiental;
� Avaliação do estado do ambiente.
Considera-se importante apresentar alguns dos principais conceitos
associados à utilização de indicadores e índices de desenvolvimento
sustentável, de forma a esclarecer algumas das dúvidas que a aplicação deste
tipo de ferramenta pode suscitar:
Parâmetro – corresponde a uma grandeza que pode ser medida com
precisão ou avaliada qualitativamente/quantitativamente, e que se considera
relevante para a avaliação dos sistemas ambientais, económicos, sociais e
institucionais;
Indicador – parâmetros seleccionados e considerados isoladamente ou
combinados entre si, sendo de especial pertinência para reflectir determinadas
condições dos sistemas em análise (normalmente são utilizados com pré -
tratamento, isto é, são efectuados tratamentos aos dados originais, tais como
médias aritméticas simples, percentis, medianas, entre outros);
Sub-índice – constitui uma forma intermédia de agregação entre
indicadores e índices; pode utilizar métodos de agregação tais como os
discriminados para os índices.
Índice – corresponde a um nível superior de agregação, onde após
aplicado um método de agregação aos indicadores e/ou aos sub-índices é
obtido um valor final; os métodos de agregação podem ser aritméticos (ex.
linear, geométrico, mínimo, máximo, aditivo) ou heurísticos (ex. regras de
decisão); os algoritmos heurísticos são normalmente preferidos para aplicações
de difícil quantificação, enquanto os restantes algoritmos são vocacionados
para parâmetros facilmente quantificáveis e comparáveis com padrões.
De acordo com a classificação da OCDE (1993), os indicadores
ambientais podem ser sistematizados pelo modelo Pressão/Estado/Resposta,
que assenta em 3 grupos chave de indicadores:
� Pressão – caracterizam as pressões sobre os sistemas ambientais; são
traduzidos por indicadores de emissão de contaminantes, eficiência
tecnológica, intervenção no território e de impacte ambiental;
� Estado – reflectem a qualidade do ambiente num dado horizonte
espaço/tempo; são exemplos: os indicadores de sensibilidade, risco e
qualidade ambiental;
� Resposta – avaliam as respostas da sociedade às alterações e
preocupações ambientais, bem como à adesão a programas e/ou à
implementação de medidas em prol do ambiente; são incluídos neste
grupo os indicadores de adesão social, de sensibilização e de
actividades de grupos sociais importantes.
As principais vantagens e limitações da aplicação de indicadores e
índices de desenvolvimento sustentável são:
Vantagens:
� Avaliação dos níveis de desenvolvimento sustentável.
� Capacidade de sintetizar a informação de carácter
técnico/científico;
� Identificação das variáveis-chave do sistema;
� Facilidade de transmitir a informação;
http://www.apambiente.pt/SiteCollectionImages/Imagens%201%C2%BA%20N%C3%AD
vel/Instrumentos/SIDS.jpg
� Bom instrumento de apoio à decisão e aos processos de
gestão ambiental;
� Sublinhar a existência de tendências;
� Possibilidade de comparação com padrões e/ou metas pré--
definidas.
Desvantagens:
� Inexistência de informação base;
� Dificuldades na definição de expressões matemáticas que
melhor traduzam os parâmetros seleccionados;
� Perda de informação nos processos de agregação dos dados;
� Diferentes critérios na definição dos limites de variação do
índice em relação às imposições estabelecidas;
� Ausência de critérios robustos para selecção de alguns
indicadores;
� Dificuldades na aplicação em determinadas áreas como o
ordenamento do território e a paisagem.
O processo de selecção dos indicadores deve seguir um conjunto de
critérios objectivos, exequíveis e verificáveis que justifiquem a escolha
efectuada. Os indicadores escolhidos devem reflectir o significado dos dados
na forma original, satisfazendo, a conveniência da escolha e a precisão e
relevância dos resultados. Alguns dos critérios que podem presidir a tais
processos de selecção são:
� Existência de dados base;
� Possibilidade de inter-calibração;
� Possibilidade de comparação com critérios legais ou outros
padrões/metas existentes;
� Facilidade e rapidez de determinação e interpretação;
� Grau de importância e validação científica;
� Sensibilidade do público-alvo;
� Custo de implementação;
� Possibilidade de ser rapidamente actualizado.
A maioria dos indicadores não satisfaz todos os critérios desejáveis, pelo
que deverá haver um compromisso de optimização entre os critérios possíveis
de garantir e aqueles que são tidos como mais relevantes para cada caso.
Os sistemas de indicadores actualmente disponíveis à escala mundial
são maioritariamente baseados na avaliação dos aspectos ambientais, sendo
que os aspectos sociais, económicos e institucionais, e estes últimos, são
frequentemente ignorados.
O Plano Nacional de Acção Ambiente e Saúde (PNAAS), coordenado
pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e pela Direcção-Geral da Saúde
(DGS), visa melhorar a eficácia das políticas de prevenção, controlo e redução
de riscos para a saúde com origem em factores ambientais, promovendo a
integração do conhecimento e a inovação contribuindo também para o
desenvolvimento económico e social do país.
No PNAAS são propostos objectivos, vectores de intervenção e acções
programáticas, sintetizadas em fichas de projecto, desenvolvidas nos seus
Domínios Prioritários de intervenção. Os objectivos do PNAAS são:
� Intervir ao nível dos factores ambientais para promover a saúde do
indivíduo e das comunidades a eles expostos;
� Sensibilizar, educar e formar os profissionais e a população em geral, de
forma a minimizar os riscos para a saúde associados a factores
ambientais;
� Promover a adequação de políticas e a comunicação do risco;
� Construir uma rede de informação que reforce o conhecimento das inter-
relações Ambiente e Saúde.
Os domínios prioritários do PNAAS são: água; ar; solo e sedimentos;
químicos; alimentos; ruído; espaços construídos; radiações e fenómenos
meteorológicos.
Referências Bibliográficas:
1. http://www.incineracao.online.pt/efeito-de-estufa-e-o-aquecimento-global
2. http://www.incineracao.online.pt/poluicao-combate-ao-aquecimento-
global-pela-uniao-europeia
3. http://campus.fct.unl.pt/afr/ipa_9899/grupo0018_altglobais/desflore.htm
4. http://campus.fct.unl.pt/afr/ipa_9899/grupo0018_altglobais/causas.htm
5. http://campus.fct.unl.pt/afr/ipa_9899/grupo0027_altglobais/#A
6. http://dme.uma.pt/people/faculty/herlander.lima/Doc%20ImpactesAmbien
tais/10Sistema%20Indicadores%20Desenvol%20Sustentavel.pdf
7. http://www.infopedia.pt/$recursos%20renov%c3%a1veis
8. http://www.minerva.uevora.pt/odimeteosol/energias.htm
9. http://www.quercus.pt/scid/webquercus/defaultArticleViewOne.asp?categ
oryID=633&articleID=1799
10. http://naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=6&cid=3490&bl=1&viewall=tr
ue#Go_1
Autoridades regionais confirmam
Quercus alerta para falta de controlo da qualidade do ar no Algarve 24.04.2009 - 11h28 Lusa
A Quercus alertou ontem para a falta de controlo da qualidade do ar no Algarve, desde meados de 2008. A situação foi confirmada pelas autoridades regionais do Ambiente, que alegam "constrangimentos técnico-financeiros" que inviabilizam o funcionamento das estações de monitorização. Os ambientalistas afirmam que a ausência da monitorização da qualidade do ar na região algarvia "não permite saber, desde há vários meses, de que forma é que os níveis de poluição afectam e têm afectado os residentes e turistas". Fonte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, confirmou que a qualidade do ar "não está a ser monitorizada desde 2008, porque as sete estações existentes na região estão desactivadas". "A rede está em fase de reestruturação e existem constrangimentos técnico-financeiros que têm impedido a sua concretização e o normal funcionamento das estações", alegou. A Rede de Monitorização da qualidade do ar é gerida pela CCDR e abrange os concelhos de Faro, Olhão, Albufeira, Loulé, Lagoa, Portimão e Alcoutim. Cada estação de monitorização da qualidade do ar possui analisadores automáticos que monitorizam, em contínuo e em tempo real, o dióxido de enxofre, óxidos de azoto, ozono e partículas (PM 2,5 e PM 10). Os dados recolhidos são depois disponibilizados numa base de dados online (www.qualgar.org), gerida pela Agência Portuguesa do Ambiente. Segundo a Quercus, os últimos dados disponíveis sobre a qualidade do ar no Algarve são referentes ao ano de 2007 e revelam que foram registados 217 dias do ano em que os níveis de poluição por partículas inaláveis foram superiores aos permitidos pela legislação (média diária a partir de 50 ug/m3). Acrescenta a associação ambientalista que os casos mais graves foram registados na estação David Neto (Estrada de Alvor, em Portimão), com 113 dias de excedências, e na estação Município (Avenida do Município, em Albufeira), com 48 dias de excedências, quando a legislação só admite 35 dias por ano. A Quercus considera "urgente que os constrangimentos sejam ultrapassados", para que voltem a ser disponibilizados os dados sobre a qualidade do ar que se respira no Algarve. Fonte da CCDR do Algarve garantiu que "a reestruturação da rede deverá ficar concluída até ao Verão".
PÚBLICO (arquivo)
Os últimos dados disponíveis são referentes ao ano de 2007
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COMENTÁRIOS 1 a 5 de um total de 20 Escrever comentário
25.04.2009 - 08h11 - adr, belo algarve ate pro mes que vem hehehe marco lisboa e portimão.a observação serve para si.
25.04.2009 - 04h49 - Luis, Porto
Caro José Cravinho, quando o Algarve foi dominado pelos Muçulmanos, este povo tinha então uma riqueza cultural enorme; o Sul da Península Ibérica era mais rico e desenvolvido que o Norte. Veja-se as bibliotecas de Córdoba, ou os avanços científicos que foram levados a cabo pelo Muçulmanos na Idade Média, bem como a sua importância na divulgação dos escritos da Antiguidade no Ocidente. Por isso, devia ser para o Algarve um orgulho ter feito parte de grandiosa cultura.
24.04.2009 - 21h38 - José Gonçalves Cravinho, Holanda
Eu sou algarvio,nasci no campo e não muito longe do Mar.Como sou da classe plebeia,emigrei tal como meu pai e meus tios já o haviam feito,porque a Pátria-Mãe é madrasta para muitos dos seus filhos.Quanto à poluição,quero frisar aqui que o novo autódromo,certamente que vai poluir ainda mais o meio-ambiente, o que nada preocupa a Burguesia farta e opulenta,pois quem vier atrás que feche a porta.Também quero dizer que apesar de ser algarvio,não me sinto marroquino,como alguém pretende insinuar.E todavia,quer queiram quer não,no idioma português,que deriva do latim,há centenas de palavras de origem árabe. Algarve,Albufeira,Aljezur,Algoz,Alcácer,Alcântara,Almoçageme,Alcáçovas,Albergaria,Açoteia,Açude,Azeite, Azeitona,Alcool,Açucar,Almofada,Albarda,Alfaiate,Alfinete,Algibeira,Almanxar,Alfarrobeira,Alferes,Almirante, Almofariz,Azar,Alcachofra,Alcatruz,Alfândega,Aduana,Alveitar,Almada,Almeida,Alqueva,Alverca,Aljubarrota, e muitas mais que nos são indicadas no Dicionário de Cândido de Figueiredo.
24.04.2009 - 16h56 - Francisco, Coimbra Eu gosto de Portugal. Excepto da zona de Lisboa e da costa algarvia. Gosto muito do alentejo e da zona transmontana. Gosto do ar puro, portanto algarve está à margem. O Porto, apesar de ter ar poluído tens umas gentes que merecem o sacrifício. Algarve é mais norte de Marrocos.
24.04.2009 - 16h41 - Cisco, Portugal
Realmente a fraternidade portuguesa esta' ao seu melhor nivel. O lisboetas dizem mal do resto do pais, como se Lisboa fosse o centro do mundo ou ate' mesmo do pais e uma cidade de virtudes, coisa que nao e' e os seus habitantes ainda menos. O resto do pais, diz mal dos lisboetas mas menos de Lisboa. Enfim, isto revela o "careto" que o portugues e'. Se nao gostam do Algarve, nao vao la', mas o que me parece e' que nao gostam de nada do que e' portugues e quando teem umas notazitas vao para o betao armado espanhol ou para la sierra, por causa da neve. Portugal e' um pais lindo e que merece ser visitado. Talvez se os portugueses se interessassem mais pelo seu pais tivese-mos uma riqueza
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01-06-2009http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1376406&idCanal=59