PESQUISA CLÍNICA - Clion · R espons á v el t écni c o D r. R en a t o Coelho Al v es CRM 7097...

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Responsável técnico Dr. Renato Coelho Alves CRM 7097 ANO II • Nº 5 • JUL/AGO/SET 2011 PESQUISA CLÍNICA Conheça o Centro de Pesquisa Clínica da Clion, que há três anos desenvolve e incentiva a pesquisa científica no Brasil, com uma equipe multidisciplinar de 28 profissionais de saúde, atuando nas áreas de oncologia, hematologia, reumatologia e psicologia. Felipe Reis, urologista da Clion, fala sobre a prevenção do câncer de próstata [ Previna-se ] pág. 02 pág. 03 Saiba tudo sobre linfoma com a hematologista Cecília Luz [ Entrevista] pág. 04 A nutricionista Kátia Peixinho dá dicas para um intestino saudável [ Dica Nutricional ] pág. 02

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ANO II • Nº 5 • JUL/AGO/SET 2011

PESQUISACLÍNICA

Conheça o Centro de Pesquisa Clínica da

Clion, que há três anos desenvolve e incentiva

a pesquisa científica no Brasil, com uma

equipe multidisciplinar de 28 profissionais de

saúde, atuando nas áreas de oncologia,

hematologia, reumatologia e psicologia.

Felipe Reis, urologista daClion, fala sobre a prevençãodo câncer de próstata

[Previna-se] pág. 02

pág. 03

Saiba tudo sobre linfoma com ahematologista Cecília Luz

[Entrevista] pág. 04A nutricionista Kátia Peixinhodá dicas para um intestino saudável

[Dica Nutricional] pág. 02

QUALIDADE DE VIDACOMEÇA NO INTESTINO

Reportagens e projeto gráfico: Criarmed - Marketing em Saúde (71) 3183-0360

Jornalista Responsável: Reinaldo Braga (MTBa 1789)

Textos: Nana Brasil e Mara Rocha

Fotos: Roberto Abreu e divulgação

Diagramação: Joelton Goes

Revisão: Calixto Sabatini

[editorial | Daniel Argolo]

Veículo informativo da Clínica Oncológica de Salvador (Clion) Centro Odonto Médico Linus Pauling (7º andar) R. Altino Seberto de Barros, 119 – Itaigara – Salvador – BA

CENTRAL DE MARCAÇÃO 71.2105-6560

CORPO CLÍNICO Oncologia: Alessandra Magalhães, Ana Cléa Andrade, Daniel Argolo, Luiz Senna, Giselda Rocha, Renato Coelho, Virgínia Freitas Hematologia: Cecília Rocha, Regina Célia Bahia, Carla Vignal Mastologia: Cleófano Lima Ramos, Ca-rolina Argolo, Salvia Canguçu, Fernanda Nunes Reumato-logia: César Faillace, Débora Motta, Jozélio Freire Cirurgia Oncológica: André Luis Lopes de Carvalho, Emerson Prisco Cirurgia de Cabeça e Pescoço: Marcus Borba Cirurgia Torácica: Sandro Fabrício Pneumologia: Michelle Santarosa Urologia: Felipe Azevedo Reis Dermatologia: Rosângela Santos Gastroenterologia: Tatiana Matos

[Curtas]Grupo Bem Cuidar: aprendizado e troca de experiências

Bem Cuidar é case em Congresso

Presença em congresso na Suécia

Daniel Argolo, o n c o l o g i s t a c l í n i c o e g e r e n t em é d i c o d a C l i o n

Por Kátia Peixinho

Roberto Abreu

Roberto Abreu

INFORMATIVO CLION | JUL/AGO/SET 2011

INFORMATIVO CLION | JUL/AGO/SET 2011

[capa | Pesquisa Clínica ]

A busca constante pelo conhecimento

Salvador sediaencontro regional

de pesquisa

Com três anos de existência, o Centro de Pesquisa Clínica da Clion promove amelhoria técnico-científica no cuidado com o ser humano

Investir em pesquisa científica para contribuir com os avanços na medicina brasileira e - por que não? - internacional. Esse tem sido o mote da Clion, que já há algum tempo concentra seus esforços no desenvolvimento e incentivo à pesquisa clínica, com a criação do seu próprio CPC, matéria de capa desta quinta edição do Informativo. A escolha do tema não foi por acaso. Neste mês de outubro, a capital baiana sedia o II Encontro Regional Norte/Nordeste de Profissionais em Pesquisa Clínica, evento de suma importância para a comunidade científica brasileira e que tem apoio e patrocínio da Clion. O jornal traz também entrevista sobre linfoma com a hematologista Cecília Luz Rocha, além das dicas do urologista Felipe Reis sobre prevenção contra o câncer de próstata. Por fim, dedico esta edição, em nome de toda a equipe da Clion, ao Dia do Médico, comemorado em 18 de outubro. Parabéns a todos os colegas!

No dia 1º de outubro, o 8º encontro do grupo contou com a participação das musicoterapeutas Maria das Graças Jesus Vieira e Maria Cristina Tavares. As atividades desenvolvidas pelas profissionais utilizaram a música, a fala e o movimento corporal como um facilitador de expressões das pacientes, possibilitando, através do lúdico, a abertura de canais de comunicação para ajudá-las no enfrenta-mento da doença. No último encontro de 2011, a equipe multidisciplinar realizará palestras sobre qualidade de vida e o grupo fará a confraternização de final de ano.

O uso de antibióticos, a má alimentação, as infecções e o estresse levam a uma diminuição das bactérias probióticas e aumento das bactérias patogênicas, causando um desequilí-brio na flora intestinal. Os probióticos são as bactérias presentes no intestino que têm a função de auxiliar no seu funcionamento e nos proteger de bactérias que possam nos fazer mal. Os probióticos mais conhecidos são os chamados lactobacilos, que podem ser encontrados em iogurtes e leites fermentados. Os prebióticos, por sua vez, são fibras não digeríveis que fermentam em nosso intestino e estimulam o crescimento das bactérias probióticas. As principais fontes de prebióticos são almeirão, chicória, trigo, cebola, alho, frutas cítricas, maçã, cenoura, farelo de aveia, soja, lentilha e ervilha. É importante lembrar que para manter a saúde do intestino devemos consumir uma dieta saudável e rica em fibras, além de praticar exercícios físicos regulares.

Partindo do objetivo primordial de trazer respostas quanto à segurança e à eficácia de determinado tratamento, bem como alertar sobre os possíveis efeitos adversos, o conceito de pesquisa clínica abrange qualquer investiga-ção que envolva seres humanos, tendo como intuito a análise dos efeitos de medicações e intervenções terapêuticas. Para a Clion, que sempre buscou estar próxima do que há de mais moderno para o tratamento do câncer, seria impossível não pensar em fazer pesquisa. Assim, criou em agosto de 2008 o seu Centro de Pesquisa Clínica (CPC), que hoje conta com uma equipe multidiscipli-nar de 28 profissionais de saúde, além de 32 profissionais do setor administrativo, atuando nas áreas de oncologia, hematologia, reumatologia e psicologia. Nesse contexto, a Clion visa contribuir com a comunidade científica do Brasil e do mundo, gerando conhecimento e reciclagem contínua da equipe. Cabe ressaltar que, por ser vinculado a uma clínica particular, o CPC da Clion necessita estabelecer parcerias com hospitais e universidades, na busca por um atendimento mais completo e seguro para todos os envolvidos. Estas parcerias são acionadas conforme a demanda de cada estudo, nas coletas de exames laboratoriais, na realização de exames de imagem e no suporte em casos de emergência. Os estudosEm geral, um estudo nasce para responder a uma pergunta para a qual ainda não há resposta. O resultado só se torna verdadeiro quando pode ser testado

Câncer de próstata

Psicóloga da Clion, Mariana Cordeiro apresentará o Grupo Bem Cuidar como case no XVII Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, organizado pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) entre os dias 26 e 29 de outubro, em Gramado, no Rio Grande do Sul. O título do trabalho é "Grupo de apoio ao paciente oncológico: a importância de um espaço informativo e psicoterapêutico junto à equipe multidisciplinar". Também participarão do evento os médicos Daniel Argolo, Ana Cléa Andrade e Renato Coelho, a enfermeira Leila Gomes e a farmacêutica Ana Carolina Timótheo.

A oncologista da equipe da Clion Virgínia Freitas marcou presença no segundo maior congresso anual multidisciplinar em Oncologia do mundo, o Europe-an Society for Medical Oncology (ESMO), sediado em Estocolmo, na Suécia, de 23 a 26 de setembro. Segundo a médica, no evento deste ano foi possível acompanhar os resultados de importantes pesquisas, como um interessante estudo para o tratamento do câncer de mama metastático, pelo qual um novo medicamento foi capaz de reverter a resistência ao tratamento hormonal. “Além disso, em câncer de pulmão, a manutenção do tratamento com drogas alvo moleculares mostrou ganhos no controle da doença”, explica Virgínia.

O câncer de próstata é a neoplasia maligna

de maior incidência entre homens acima dos

50 anos de idade. Nas últimas décadas,

porém, houve um aumento na detecção

precoce da doença, sobretudo nos indivídu-

os assintomáticos. O urologista da Clion

Felipe Reis acredita que as avaliações

urológicas periódicas, aliadas aos exames de

toque retal e de PSA, são essenciais para

ampliar as chances de cura. Confira abaixo

os esclarecimentos do especialista.

Sintomas

Diagnóstico

Fatores de risco

Prevenção

Em seu estágio inicial, o câncer de próstata

não apresenta sintomas específicos. Os

sinais aparecem em estágios avançados da

doença, devido à metástase ou invasão

local. Nesta fase, o principal sintoma é dor

óssea, normalmente na região da coluna.

O diagnóstico é feito a partir das avaliações periódicas, sempre no intuito de detectar precocemente a patologia. Os homens a partir de 40 anos devem consultar o urologista anualmente, além de realizar o exame de toque retal e de PSA, marcador tumoral específico para a próstata feito através da coleta de sangue.

A idade, a hereditariedade e o estilo de vida são os principais fatores de risco. A incidên-cia aumenta nos indivíduos mais velhos, naqueles com parentes de primeiro grau que desenvolveram a doença e nos homens sedentários que fazem dieta rica em gorduras saturadas e pobre em fibras, frutas e verduras.

A prevenção do câncer de próstata é similar à das demais neoplasias. O indivíduo deve evitar a obesidade, praticar exercícios físicos regulares e consumir alimentos pobres em gorduras e ricos em fibras, selênio e vitamina E.

[Previna-se]

[Dica nutricional]

e provado. É mais ou menos assim com pesquisa clínica, segundo a oncologista e gerente médica de pesquisa clínica da Clion, Ana Cléa Andrade. “Para saber se um tratamento é melhor que outro, primeiro há um recrutamento de pessoas com uma mesma patologia, e este grupo de pacientes é subdividido de forma equitativa em braços, tendo cada braço uma opção de tratamento”, explica. Os subgrupos são seguidos conforme o desenho de cada estudo e de tempos em tempos são submetidos a análises com o objetivo de averiguar quem está se beneficiando mais. “Isto se chama análise interina”, completa a médica, informan-do que ao final do estudo ou até antes, a depender das análises interinas, obtêm-se dados que comprovam se o tratamento novo é melhor, igual ou pior do que o tratamento padrão. Ainda de acordo com a oncologis-ta, para a seleção ou recrutamento dos integrantes da pesquisa, o autor do estudo desenha um perfil de pacientes que podem participar dela, o que é descrito como critérios de inclusão e de exclusão do estudo. “Não é só ter a patologia, mas sim ter condições físicas

para receber o dado tratamento. Com base nos

critérios de inclusão e de exclusão, a equipe que conduz

o referido estudo convida o portador de determinada

patologia a fazer parte do estudo”, destaca. Em grande

parte das pesquisas, após aceitar fazer parte do estudo,

o paciente é submetido a um sorteio aleatório,

independentemente da interferência da equipe do CPC

e do médico assistente. A ética como pilar fundamental A Clion entende que todo estudo deve ser, antes de tudo, ético. E esta ética vai desde o primeiro contato do paciente com a equipe do CPC até o momento em que a pesquisa é finalizada. Quando um grupo responde muito melhor ao tratamento oferecido, por exemplo, o processo é interrompido e todos os pacientes passam a usar a droga que se mostrou superior à outra, seja ela placebo ou droga padrão. De acordo com Ana Cléa, os estudos precisam passar pela aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Cada centro de pesquisa deve reportar suas atividades a um CEP, que não necessariamente tem de ser vinculado ao próprio serviço. No caso da Clion, os estudos são reportados ao CEP da Real Sociedade Espanhola de Beneficência (Hospital Espanhol). “Além disso, o paciente deve ser informado a respeito de tudo que vai acontecer durante a pesquisa e também sobre os seus direitos e obrigações. Ao longo do estudo, há monitoramento contínuo para garantir que o que foi planejado está sendo cumprido”, assegura a gerente de pesquisa clínica da Clion.

Oncologista e gerente médica de pesquisa clínica da Clion, Ana Cléa Andrade

O Fiesta Bahia sediará, no dia 22 de outubro, o II Encontro Regional Norte/Nordeste de Profissionais em Pesquisa Clínica. Esta edição do evento mantém a parceria da Clion com a Sociedade Brasileira de Profissionais em Pesquisa Clínica (SBPPC) e visa preencher uma lacuna. “Os investigadores das regiões Norte e Nordeste se queixavam de que os encontros e atividades acadêmicas estavam concentrados no eixo Sul-Sudeste”, comenta Ana Cléa Andrade. A programação prevê debates sobre o potencial das duas regiões na condução de estudos clínicos, dos modelos de gestão de centros de pesquisa e do papel das indústrias e (ORPCs) no incentivo à formação de profissionais de pesquisa clínica. Mais informações no www.sbppc.org.br.

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QUALIDADE DE VIDACOMEÇA NO INTESTINO

Reportagens e projeto gráfico: Criarmed - Marketing em Saúde (71) 3183-0360

Jornalista Responsável: Reinaldo Braga (MTBa 1789)

Textos: Nana Brasil e Mara Rocha

Fotos: Roberto Abreu e divulgação

Diagramação: Joelton Goes

Revisão: Calixto Sabatini

[editorial | Daniel Argolo]

Veículo informativo da Clínica Oncológica de Salvador (Clion) Centro Odonto Médico Linus Pauling (7º andar) R. Altino Seberto de Barros, 119 – Itaigara – Salvador – BA

CENTRAL DE MARCAÇÃO 71.2105-6560

CORPO CLÍNICO Oncologia: Alessandra Magalhães, Ana Cléa Andrade, Daniel Argolo, Luiz Senna, Giselda Rocha, Renato Coelho, Virgínia Freitas Hematologia: Cecília Rocha, Regina Célia Bahia, Carla Vignal Mastologia: Cleófano Lima Ramos, Ca-rolina Argolo, Salvia Canguçu, Fernanda Nunes Reumato-logia: César Faillace, Débora Motta, Jozélio Freire Cirurgia Oncológica: André Luis Lopes de Carvalho, Emerson Prisco Cirurgia de Cabeça e Pescoço: Marcus Borba Cirurgia Torácica: Sandro Fabrício Pneumologia: Michelle Santarosa Urologia: Felipe Azevedo Reis Dermatologia: Rosângela Santos Gastroenterologia: Tatiana Matos

[Curtas]Grupo Bem Cuidar: aprendizado e troca de experiências

Bem Cuidar é case em Congresso

Presença em congresso na Suécia

Daniel Argolo, o n c o l o g i s t a c l í n i c o e g e r e n t em é d i c o d a C l i o n

Por Kátia Peixinho

Roberto Abreu

Roberto Abreu

INFORMATIVO CLION | JUL/AGO/SET 2011

INFORMATIVO CLION | JUL/AGO/SET 2011

[capa | Pesquisa Clínica ]

A busca constante pelo conhecimento

Salvador sediaencontro regional

de pesquisa

Com três anos de existência, o Centro de Pesquisa Clínica da Clion promove amelhoria técnico-científica no cuidado com o ser humano

Investir em pesquisa científica para contribuir com os avanços na medicina brasileira e - por que não? - internacional. Esse tem sido o mote da Clion, que já há algum tempo concentra seus esforços no desenvolvimento e incentivo à pesquisa clínica, com a criação do seu próprio CPC, matéria de capa desta quinta edição do Informativo. A escolha do tema não foi por acaso. Neste mês de outubro, a capital baiana sedia o II Encontro Regional Norte/Nordeste de Profissionais em Pesquisa Clínica, evento de suma importância para a comunidade científica brasileira e que tem apoio e patrocínio da Clion. O jornal traz também entrevista sobre linfoma com a hematologista Cecília Luz Rocha, além das dicas do urologista Felipe Reis sobre prevenção contra o câncer de próstata. Por fim, dedico esta edição, em nome de toda a equipe da Clion, ao Dia do Médico, comemorado em 18 de outubro. Parabéns a todos os colegas!

No dia 1º de outubro, o 8º encontro do grupo contou com a participação das musicoterapeutas Maria das Graças Jesus Vieira e Maria Cristina Tavares. As atividades desenvolvidas pelas profissionais utilizaram a música, a fala e o movimento corporal como um facilitador de expressões das pacientes, possibilitando, através do lúdico, a abertura de canais de comunicação para ajudá-las no enfrenta-mento da doença. No último encontro de 2011, a equipe multidisciplinar realizará palestras sobre qualidade de vida e o grupo fará a confraternização de final de ano.

O uso de antibióticos, a má alimentação, as infecções e o estresse levam a uma diminuição das bactérias probióticas e aumento das bactérias patogênicas, causando um desequilí-brio na flora intestinal. Os probióticos são as bactérias presentes no intestino que têm a função de auxiliar no seu funcionamento e nos proteger de bactérias que possam nos fazer mal. Os probióticos mais conhecidos são os chamados lactobacilos, que podem ser encontrados em iogurtes e leites fermentados. Os prebióticos, por sua vez, são fibras não digeríveis que fermentam em nosso intestino e estimulam o crescimento das bactérias probióticas. As principais fontes de prebióticos são almeirão, chicória, trigo, cebola, alho, frutas cítricas, maçã, cenoura, farelo de aveia, soja, lentilha e ervilha. É importante lembrar que para manter a saúde do intestino devemos consumir uma dieta saudável e rica em fibras, além de praticar exercícios físicos regulares.

Partindo do objetivo primordial de trazer respostas quanto à segurança e à eficácia de determinado tratamento, bem como alertar sobre os possíveis efeitos adversos, o conceito de pesquisa clínica abrange qualquer investiga-ção que envolva seres humanos, tendo como intuito a análise dos efeitos de medicações e intervenções terapêuticas. Para a Clion, que sempre buscou estar próxima do que há de mais moderno para o tratamento do câncer, seria impossível não pensar em fazer pesquisa. Assim, criou em agosto de 2008 o seu Centro de Pesquisa Clínica (CPC), que hoje conta com uma equipe multidiscipli-nar de 28 profissionais de saúde, além de 32 profissionais do setor administrativo, atuando nas áreas de oncologia, hematologia, reumatologia e psicologia. Nesse contexto, a Clion visa contribuir com a comunidade científica do Brasil e do mundo, gerando conhecimento e reciclagem contínua da equipe. Cabe ressaltar que, por ser vinculado a uma clínica particular, o CPC da Clion necessita estabelecer parcerias com hospitais e universidades, na busca por um atendimento mais completo e seguro para todos os envolvidos. Estas parcerias são acionadas conforme a demanda de cada estudo, nas coletas de exames laboratoriais, na realização de exames de imagem e no suporte em casos de emergência. Os estudosEm geral, um estudo nasce para responder a uma pergunta para a qual ainda não há resposta. O resultado só se torna verdadeiro quando pode ser testado

Câncer de próstata

Psicóloga da Clion, Mariana Cordeiro apresentará o Grupo Bem Cuidar como case no XVII Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, organizado pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) entre os dias 26 e 29 de outubro, em Gramado, no Rio Grande do Sul. O título do trabalho é "Grupo de apoio ao paciente oncológico: a importância de um espaço informativo e psicoterapêutico junto à equipe multidisciplinar". Também participarão do evento os médicos Daniel Argolo, Ana Cléa Andrade e Renato Coelho, a enfermeira Leila Gomes e a farmacêutica Ana Carolina Timótheo.

A oncologista da equipe da Clion Virgínia Freitas marcou presença no segundo maior congresso anual multidisciplinar em Oncologia do mundo, o Europe-an Society for Medical Oncology (ESMO), sediado em Estocolmo, na Suécia, de 23 a 26 de setembro. Segundo a médica, no evento deste ano foi possível acompanhar os resultados de importantes pesquisas, como um interessante estudo para o tratamento do câncer de mama metastático, pelo qual um novo medicamento foi capaz de reverter a resistência ao tratamento hormonal. “Além disso, em câncer de pulmão, a manutenção do tratamento com drogas alvo moleculares mostrou ganhos no controle da doença”, explica Virgínia.

O câncer de próstata é a neoplasia maligna

de maior incidência entre homens acima dos

50 anos de idade. Nas últimas décadas,

porém, houve um aumento na detecção

precoce da doença, sobretudo nos indivídu-

os assintomáticos. O urologista da Clion

Felipe Reis acredita que as avaliações

urológicas periódicas, aliadas aos exames de

toque retal e de PSA, são essenciais para

ampliar as chances de cura. Confira abaixo

os esclarecimentos do especialista.

Sintomas

Diagnóstico

Fatores de risco

Prevenção

Em seu estágio inicial, o câncer de próstata

não apresenta sintomas específicos. Os

sinais aparecem em estágios avançados da

doença, devido à metástase ou invasão

local. Nesta fase, o principal sintoma é dor

óssea, normalmente na região da coluna.

O diagnóstico é feito a partir das avaliações periódicas, sempre no intuito de detectar precocemente a patologia. Os homens a partir de 40 anos devem consultar o urologista anualmente, além de realizar o exame de toque retal e de PSA, marcador tumoral específico para a próstata feito através da coleta de sangue.

A idade, a hereditariedade e o estilo de vida são os principais fatores de risco. A incidên-cia aumenta nos indivíduos mais velhos, naqueles com parentes de primeiro grau que desenvolveram a doença e nos homens sedentários que fazem dieta rica em gorduras saturadas e pobre em fibras, frutas e verduras.

A prevenção do câncer de próstata é similar à das demais neoplasias. O indivíduo deve evitar a obesidade, praticar exercícios físicos regulares e consumir alimentos pobres em gorduras e ricos em fibras, selênio e vitamina E.

[Previna-se]

[Dica nutricional]

e provado. É mais ou menos assim com pesquisa clínica, segundo a oncologista e gerente médica de pesquisa clínica da Clion, Ana Cléa Andrade. “Para saber se um tratamento é melhor que outro, primeiro há um recrutamento de pessoas com uma mesma patologia, e este grupo de pacientes é subdividido de forma equitativa em braços, tendo cada braço uma opção de tratamento”, explica. Os subgrupos são seguidos conforme o desenho de cada estudo e de tempos em tempos são submetidos a análises com o objetivo de averiguar quem está se beneficiando mais. “Isto se chama análise interina”, completa a médica, informan-do que ao final do estudo ou até antes, a depender das análises interinas, obtêm-se dados que comprovam se o tratamento novo é melhor, igual ou pior do que o tratamento padrão. Ainda de acordo com a oncologis-ta, para a seleção ou recrutamento dos integrantes da pesquisa, o autor do estudo desenha um perfil de pacientes que podem participar dela, o que é descrito como critérios de inclusão e de exclusão do estudo. “Não é só ter a patologia, mas sim ter condições físicas

para receber o dado tratamento. Com base nos

critérios de inclusão e de exclusão, a equipe que conduz

o referido estudo convida o portador de determinada

patologia a fazer parte do estudo”, destaca. Em grande

parte das pesquisas, após aceitar fazer parte do estudo,

o paciente é submetido a um sorteio aleatório,

independentemente da interferência da equipe do CPC

e do médico assistente. A ética como pilar fundamental A Clion entende que todo estudo deve ser, antes de tudo, ético. E esta ética vai desde o primeiro contato do paciente com a equipe do CPC até o momento em que a pesquisa é finalizada. Quando um grupo responde muito melhor ao tratamento oferecido, por exemplo, o processo é interrompido e todos os pacientes passam a usar a droga que se mostrou superior à outra, seja ela placebo ou droga padrão. De acordo com Ana Cléa, os estudos precisam passar pela aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Cada centro de pesquisa deve reportar suas atividades a um CEP, que não necessariamente tem de ser vinculado ao próprio serviço. No caso da Clion, os estudos são reportados ao CEP da Real Sociedade Espanhola de Beneficência (Hospital Espanhol). “Além disso, o paciente deve ser informado a respeito de tudo que vai acontecer durante a pesquisa e também sobre os seus direitos e obrigações. Ao longo do estudo, há monitoramento contínuo para garantir que o que foi planejado está sendo cumprido”, assegura a gerente de pesquisa clínica da Clion.

Oncologista e gerente médica de pesquisa clínica da Clion, Ana Cléa Andrade

O Fiesta Bahia sediará, no dia 22 de outubro, o II Encontro Regional Norte/Nordeste de Profissionais em Pesquisa Clínica. Esta edição do evento mantém a parceria da Clion com a Sociedade Brasileira de Profissionais em Pesquisa Clínica (SBPPC) e visa preencher uma lacuna. “Os investigadores das regiões Norte e Nordeste se queixavam de que os encontros e atividades acadêmicas estavam concentrados no eixo Sul-Sudeste”, comenta Ana Cléa Andrade. A programação prevê debates sobre o potencial das duas regiões na condução de estudos clínicos, dos modelos de gestão de centros de pesquisa e do papel das indústrias e (ORPCs) no incentivo à formação de profissionais de pesquisa clínica. Mais informações no www.sbppc.org.br.

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ENTREVISTA | EN

TREV

ISTA

Cecília Luz LINFOMA

INFORMATIVO CLION | JUL/AGO/SET 2011

O linfoma é um tipo de câncer com origem nos gânglios linfáticos, pequenas estruturas do sistema linfático responsáveis pela produção dos anticorpos que combatem infecções e células tumorais. Embora mais em evidência na imprensa após atingir, neste ano, o ator global Reynaldo Gianecchini e, em 2009, a atual presidente da República, Dilma Rousseff, o linfoma continua desco-nhecido entre grande parte dos brasileiros. Em entrevista para o Informativo Clion, a hematologista Cecília Luz explica quais são os sintomas da doença e especifica as diferenças entre os linfomas de Hodgkin e não Hodgkin. A médica também informa quais são os fatores de risco e como diagnosticar a patologia.

O linfoma de Hodgkin pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas a maior incidência é em adultos jovens, entre 25 e 30 anos. Nos últimos 50 anos, o número de casos permaneceu estável, enquanto a mortalidade foi reduzida em mais de 60% desde o início dos anos 70, devido a avanços no tratamento. O linfoma não Hodgkin tem a incidência aumentada com a idade. Nos últimos 25 anos, o número de casos duplicou, principal-mente entre pessoas com mais de 60 anos.

A incidência de linfoma émaior em que faixa etária?

A grande maioria dos casos é esporádica e não há

uma causa identificável. Há associação, em alguns

casos, com imunodeficiências congênitas ou adquiri-

das, com distúrbios autoimunes, com a exposição a

determinados agente físicos ou químicos (radiação,

herbicidas, pesticidas, solventes, fertilizantes) e ainda

em pacientes portadores de alguns agentes infeccio-

sos, como a Helicobacter pylori (causadora de úlceras

gástricas), o vírus Epstein-Barr (EBV), o HTLV-I (vírus

da leucemia das células T humanas), herpes vírus tipo

8 (HPV8) e o HIV.

Existem fatores de risco parao desenvolvimento de linfoma?

Geralmente, os linfomas se apresentam com o aumento de gânglios (linfonodos) no pescoço, axila e região inguinal, que pode estar associado à febre, sudorese noturna e perda de peso. Os linfomas também podem se apresentar com o aumento do fígado e do baço, envolvimento do sangue, além de outros acometimentos, dependendo do órgão envolvido.

Quais são os sintomas da doença?

A diferenciação entre linfoma de Hodgkin e não Hodgkin é feita pelas características encontradas no estudo do tecido envolvido. No linfoma de Hodgkin existe uma célula característica chamada de célula de Reed-Stenberg. Os linfomas não Hodgkin são mais comuns do que os linfomas de Hodgkin, correspon-dendo a 2/3 dos casos, e são classificados em B e T /NK , dependendo do tipo de linfócito envolvido.

O que diferencia o linfoma de Hodgkindo linfoma não Hodgkin?Qual deles é o mais comum?

Os linfomas constituem um grupo heterogêneo de neoplasias hematológicos que surgem a partir de células do sistema linfático. O sistema linfático é composto pelos linfonodos, órgãos linfoides e linfócitos, que são as células responsáveis pela defesa do organismo contra agentes estranhos. A prolifera-ção anormal de um clone de linfócitos causa o aparecimento do linfoma.

O que é o linfoma?Como e por que a doençase desenvolve?

O paciente deve manter acompanhamento rigoroso e seguir as recomendações do seu médico. A reavaliação periódica é feita com exames laboratoriais e de imagem, como tomografia, Pet Scan, dentre outros.

Quais são as orientaçõespós-tratamento?

Como na grande maioria dos casos não há um fator causal, é importante que, quando ocorra surgimento e persistência de gânglios sem causa infecciosa aparente, o médico seja consultado e avalie a necessidade da realização de biópsia.

Como prevenir o surgimentodesta patologia?

O tratamento é feito, na maioria dos casos, com quimioterapia, radioterapia e terapia biológica com anticorpos direcionados contra as células do linfoma. O transplante de medula óssea é utilizado em algumas situações, normalmente quando há recidiva da doença. As chances de cura dependem do tipo de linfoma. Os linfomas de Hodgkin têm taxas de cura maiores dos que os não Hodgkin, e a grande maioria dos casos pode ser curada com o tratamento adequado. Em relação ao linfoma não Hodgkin, os subtipos B são mais frequentes do que o subtipo T e geralmente têm melhor prognóstico. A análise do prognóstico de cada subtipo de linfoma depende da avaliação de critérios que envolvem as características histológicas da doença, a presença de fatores adversos, a idade e o estado clínico do paciente, além da presença de doenças associadas.

Qual o tratamento indicado parapacientes que apresentam linfoma?As chances de cura são grandes?

Através da biópsia da área envolvida (geralmente linfonodos), com estudo anátomo-patológico e imuno-histoquímico. Ou seja, o diagnóstico é feito por biópsia do gânglio, que é analisado para definir de qual tipo de linfoma se trata.

Como é feito o diagnóstico?

Roberto Abreu

“Geralmente,os linfomasse apresentam como aumento de gângliosno pescoço, axila eregião inguinal”

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