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ESCRITÓRIO REGIONAL DO PARÁ Nota à imprensa Belém, 16 de fevereiro de 2015 JANEIRO/2015 O BALANÇO DO PREÇO DO PESCADO COMERCIALIZADO EM MERCADOS MUNICIPAIS DE BELÉM DEPOIS DE ALTAS BEM ACIMA DA INFLAÇÃO EM 2014, PREÇO DA MAIORIA DO PESCADO COMERCIALIZADO EM MERCADOS MUNICIPAIS DA CAPITAL VOLTOU A SUBIR NESTE INICIO DE 2015 Em Janeiro/2015, pelo quarto mês consecutivo, o preço do pescado consumido pelos paraenses ficou mais caro, é o que mostra as pesquisas conjuntas do DIEESE/PA e SECON/PMB. Desde de junho/2013, fruto de um Convenio de Cooperação Técnica firmado entre a Prefeitura de Belém e o DIEESE/PA, as pesquisas do Pescado na Capital estão sendo feitas semanalmente em conjunto entre o DIEESE/PA e a SECON/PMB envolvendo coleta de preços de 38 tipos de pescados mais consumidos, além do Camarão Regional e o Caranguejo. I - O COMPORTAMENTO DO PREÇO DO PESCADO COMERCIALIZADO NOS MERCADOS MUNICIPAIS DA GRANDE BELÉM NO MES DE JANEIRO/2015. As pesquisas conjuntas realizadas pelo DIEESE/PA e SECON/PMB, sobre o comportamento do preço do Pescado comercializado nos Mercados Municipais de Belém, mostram que no mês passado (janeiro/2015), a grande maioria do pescado pesquisado apresentou elevação de preços. Em janeiro/2015, os maiores reajustes ocorreram nos preços dos seguintes tipos de pescados: Xareu com alta de 26,30%, seguido da Corvina com alta de 16,97%; da Piramutaba com alta de 16,18%; do Peixe Pedra com alta de 14,57%; da Pescada Gó com alta de 14,14%; do Tamuatã com alta de 14,06%; Apajari com alta de 11,83%; da Tainha com alta de 11,67%; da Gurijuba com alta de 11,51%; do Peixe Serra com alta de 11,18%; do Mapará com alta de 9,09%; da Dourada com alta de 8,95%; Filhote com alta de 8,74%; Pescada Branca com alta de 8,66%; Tambaqui com alta de 7,32%; Sarda com alta de 6,55%; Cação com alta de 6,29%; Pratiqueira com alta de 5,97%; Pacu com alta de 5,52%; Pescada Amarela com alta de 4,65%; Tucunaré com alta de 4,37%; Bagre com alta de 4,05%; Camurim com alta de 3,96%; da Traíra com alta de 3,21% e Aracu com alta de 1,11%. Também no mesmo período, pouquíssimas espécies de pescado apresentaram recuo de

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ESCRITÓRIO REGIONAL DO PARÁ

Nota à imprensa Belém, 16 de fevereiro de 2015

JANEIRO/2015O BALANÇO DO PREÇO DO PESCADO COMERCIALIZADO EM MERCADOS

MUNICIPAIS DE BELÉM

DEPOIS DE ALTAS BEM ACIMA DA INFLAÇÃO EM 2014, PREÇO DA MAIORIA DO PESCADO COMERCIALIZADO EM MERCADOS MUNICIPAIS

DA CAPITAL VOLTOU A SUBIR NESTE INICIO DE 2015

Em Janeiro/2015, pelo quarto mês consecutivo, o preço do pescado consumido pelos paraenses ficou mais caro, é o que mostra as pesquisas conjuntas do DIEESE/PA e SECON/PMB. Desde de junho/2013, fruto de um Convenio de Cooperação Técnica firmado entre a Prefeitura de Belém e o DIEESE/PA, as pesquisas do Pescado na Capital estão sendo feitas semanalmente em conjunto entre o DIEESE/PA e a SECON/PMB envolvendo coleta de preços de 38 tipos de pescados mais consumidos, além do Camarão Regional e o Caranguejo.

I - O COMPORTAMENTO DO PREÇO DO PESCADO COMERCIALIZADO NOS MERCADOS MUNICIPAIS DA GRANDE BELÉM NO MES DE JANEIRO/2015.

As pesquisas conjuntas realizadas pelo DIEESE/PA e SECON/PMB, sobre o comportamento do preço do Pescado comercializado nos Mercados Municipais de Belém, mostram que no mês passado (janeiro/2015), a grande maioria do pescado pesquisado apresentou elevação de preços.

Em janeiro/2015, os maiores reajustes ocorreram nos preços dos seguintes tipos de pescados: Xareu com alta de 26,30%, seguido da Corvina com alta de 16,97%; da Piramutaba com alta de 16,18%; do Peixe Pedra com alta de 14,57%; da Pescada Gó com alta de 14,14%; do Tamuatã com alta de 14,06%; Apajari com alta de 11,83%; da Tainha com alta de 11,67%; da Gurijuba com alta de 11,51%; do Peixe Serra com alta de 11,18%; do Mapará com alta de 9,09%; da Dourada com alta de 8,95%; Filhote com alta de 8,74%; Pescada Branca com alta de 8,66%; Tambaqui com alta de 7,32%; Sarda com alta de 6,55%; Cação com alta de 6,29%; Pratiqueira com alta de 5,97%; Pacu com alta de 5,52%; Pescada Amarela com alta de 4,65%; Tucunaré com alta de 4,37%; Bagre com alta de 4,05%; Camurim com alta de 3,96%; da Traíra com alta de 3,21% e Aracu com alta de 1,11%. Também no mesmo período, pouquíssimas espécies de pescado apresentaram recuo de preços, com destaque para Uritinga com queda de 11,11%, seguida da Sardinha com queda de 2,54% e da Pirapema com queda de 1,18% (tabela 1).

II - O BALANÇO COM A TRAJETORIA DO PREÇO DO PESCADO COMERCIALIZADO EM BELÉM NOS ÚLTIMOS 12 MESES (JAN/14-JAN/15).

As pesquisas conjuntas realizadas pelo DIEESE/PA e SECON/PMB, sobre o comportamento do preço do Pescado comercializado nos Mercados Municipais de Belém nos últimos 12 meses (Jan/14-Jan/15), também mostram que quase a totalidade apresentaram altas de preços, e uma quantidade expressiva em percentuais acima da inflação estimada para o mesmo período em 6,50%.

No período analisado, os maiores reajustes de preços foram verificados nos seguintes tipos de pescados: Cação com alta de 49,17%, seguido da Sardinha com alta

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de 28,90%; Peixe Serra com alta de 19,46%; Gurijuba com alta de 17,30%; Pratiqueira com alta de 15,58%; Mapará com alta de 13,29%; Xareu com alta de 11,69%; Pescada Gó com alta de 11,46%; Pacu com alta de 9,38%; Corvina com alta de 8,78%; Tainha com alta de 8,46%; Tamuatá com alta de 8,26%; Tambaqui com alta de 8,00% e do Peixe Pedra com alta de 7,17%. Também no mesmo período (Jan/14-Jan/15), poucas espécies de pescado apresentaram recuos de preços, com destaque para o Camurim com queda de 15,25%, seguida da Curimatã com queda de 14,39%; Tucunaré com queda de 12,25% e da Piramutaba com queda de 9,69% (tabela 1).

Infelizmente, a exemplo de anos anteriores, os cenários do preço do pescado até a Semana Santa não são bons para os consumidores paraenses, a tendência é de que tenhamos novos aumentos de preços no Pescado comercializado não só na Região Metropolitana de Belém, mas em todo o Pará. As explicações e justificativas para estes aumentos rotineiros e abusivos são varias, mas na avaliação do DIEESE/PA, mesmos com alguns avanços, o Estado do Pará ainda carece de uma política mais ampla que consiga abranger de forma macro toda a cadeia do pescado, da produção até a comercialização do produto.

Entre o pescador e o consumidor o custo da maioria do pescado comercializado no Estado mais que dobra de preço prejudicando com isso uma grande parcela da população, principalmente os assalariados que representam hoje cerca de 40 % da força trabalhadores de todo o Estado. O grande contraste desta situação é que isto tudo vem acontecendo ao longo dos anos no Pará, Estado que esta entre os maiores produtores de Pescado do Pais.

Os aumentos que aconteceram no preço nos ultimos 12 meses já eram esperados em virtude dos problemas conjunturais que envolvem a comercialização do pescado em todo o Pará . Vamos torcer agora e trabalhar para que as discussões e os acordos que estão sendo alinhavados em relação ao Pescado para a Semana Santa se concretizem e que a programação com as diversas Feiras e até se for o caso a fixação do Decreto proibindo a saída do pescado do Estado também funcionem, desta maneira poderemos ter o abastecimento garantido e com preços mais equilibrados. É esperar para ver.

ROBERTO SENA Supervisor Técnico

DIEESE/PARÁ

Obs: Ver tabela abaixo.

TABELA 1

QUADRO COMPARATIVO DO COMPORTAMENTO NO PREÇO MÉDIO DO PESCADO

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COMERCIALIZADO NOS PRINCIPAIS MERCADOS MUNICIPAIS DA CAPITAL

PREÇOS MÉDIOS VARIAÇÃO

TIPOS DE MES MES MES NO 12

PESCADO JAN/15 DEZ/14 JAN/14 MÊS MESES

R$ R$ R$ % %

APAJARI R$ 9,45 R$ 8,45 - 11,83% -

ARACU R$ 8,22 R$ 8,13 R$ 8,67 1,11% -5,19%

ARRAIA R$ 6,98 R$ 6,94 R$ 6,98 0,58% 0,00%

BAGRE R$ 9,50 R$ 9,13 R$ 9,54 4,05% -0,42%

CAÇÃO R$ 8,95 R$ 8,42 R$ 6,00 6,29% 49,17%

CAMURIM R$ 14,17 R$ 13,63 R$ 16,72 3,96% -15,25%

CORVINA R$ 12,27 R$ 10,49 R$ 11,28 16,97% 8,78%

CURIMATÃ R$ 9,28 R$ 9,25 R$ 10,84 0,32% -14,39%

DOURADA R$ 13,63 R$ 12,51 R$ 13,14 8,95% 3,73%

FILHOTE R$ 20,04 R$ 18,43 R$ 18,97 8,74% 5,64%

GURIJUBA R$ 14,24 R$ 12,77 R$ 12,14 11,51% 17,30%

MAPARÁ R$ 9,72 R$ 8,91 R$ 8,58 9,09% 13,29%

PACÚ R$ 8,98 R$ 8,51 R$ 8,21 5,52% 9,38%

PEIXE PEDRA R$ 11,95 R$ 10,43 R$ 11,15 14,57% 7,17%

PESCADA AMARELA R$ 19,57 R$ 18,70 R$ 18,31 4,65% 6,88%

PESCADA BRANCA R$ 10,41 R$ 9,58 R$ 10,46 8,66% -0,48%

PESCADA GÓ R$ 10,41 R$ 9,12 R$ 9,34 14,14% 11,46%

PIRAMUTABA R$ 8,76 R$ 7,54 R$ 9,70 16,18% -9,69%

PRATIQUEIRA R$ 11,72 R$ 11,06 R$ 10,14 5,97% 15,58%

SARDA R$ 9,93 R$ 9,32 R$ 9,65 6,55% 2,90%

SARDINHA R$ 9,99 R$ 10,25 R$ 7,75 -2,54% 28,90%

SERRA R$ 12,03 R$ 10,82 R$ 10,07 11,18% 19,46%

TAINHA R$ 13,21 R$ 11,83 R$ 12,18 11,67% 8,46%

TAMBAQUI R$ 12,02 R$ 11,20 R$ 11,13 7,32% 8,00%

TAMUATÁ R$ 9,57 R$ 8,39 R$ 8,84 14,06% 8,26%

TRAIRA R$ 8,03 R$ 7,78 - 3,21% -

TUCUNARÉ R$ 14,33 R$ 13,73 R$ 16,33 4,37% -12,25%

URITINGA R$ 8,00 R$ 9,00 R$ 7,50 -11,11% 6,67%

XARÉU R$ 9,94 R$ 7,87 R$ 8,90 26,30% 11,69%

PIRAPEMA R$ 9,25 R$ 9,36 R$ 8,90 -1,18% 3,93%

FONTE: PESQUISA CONJUNTA DIEESE/PA E SECON/PMB