PEDAGOGIA EMPRESARIAL: UMA NOVA ÁREA DE … · Pedagogia, voltada à formação do educador para a...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRO REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PEDAGOGIA EMPRESARIAL: UMA NOVA ÁREA DE
ATUAÇÃO PARA O PEDAGOGO.
Por :FRANCILANE DE SOUZA ARAÚJO
ORIENTADOR:
PROF.Antonio Fernando Vieira Nei
Posse/Go
2009
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRO REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PEDAGOGIA EMPRESARIAL: UMA NOVA ÁREA DE ATUAÇÃO
PARA O PEDAGOGO.
Trabalho Monográfico
apresentado como requisito
parcial para a obtenção do
grau de especialista
pedagogia empresarial
Posse/GO
2009
AGRADECIMENTO
Agradeço a Deus que me concedeu vida. Aos
meus colegas e familiares que sempre
estiveram ao meu lado, apoiando e ajudando
nesta caminhada.
DEDICATORIA
Dedico este trabalho primeiramente a Deus a
minha querida mãezinha, que tem estado
comigo em todas ocasiões.
RESUMO
Sendo o pedagogo um profissional responsável pelo ensino, este
necessita ter uma formação inicial que possibilite levar adiante o processo de
ensino-aprendizagem.porém a área de sua atividade pode ir muito alem de
uma sala de aula Sabemos um pedagogo despreparado não tem êxito na
profissão. Por outro lado, um pedagogo que ama sua profissão terá pouco êxito
se não tiver competência e habilidades necessárias a um profissional capaz de
atuar em diversas áreas. Por isso, é imprescindível ter profissionalização e
profissionalismo, pois ambas as noções se completam. E só assim, vencer a
crescente desvalorização da profissão. Essa desvalorização e as más
condições de trabalho prejudicam a formação pessoal e profissional. Mas,
mesmo com todos esses problemas, somos o agente de formação, e para se
obter bons resultados é necessária uma boa formação profissional.
METODOLOGIA
A presente pesquisa delimita-se a estudos realizadas em universidades
regentes no município e nos setor empresarial da região e no setor
empresarial . a formação de graduação oferecida pelo Curso Normal Superior,
visando qualificar o profissional , para atuarem na Pré-Escola e Séries Iniciais,
que é o mesmo campo de trabalho reservado historicamente à atuação do
pedagogo na escola; com o desaparecimento da formação do Normal-
Magistério, acaba a necessidade para lecionar a outra habilitação do
pedagogo, isto é, as matérias pedagógicas do antigo 2º grau ou ensino médio.
Neste contexto surgem alguns questionamentos importantes para repensar as
políticas públicas de educação, questionamento este que fundamenta esta
pesquisa. Após muitas reflexões e retomadas de discussão, entende-se que
hoje que não pode haver essa dicotomia entre educação e trabalho, ou entre
teoria e prática.as Universidades funcionam como um verdadeiro coração do
mundo empresarial, sendo estimuladas pelos financiamentos às pesquisas
oriundos deste meio e produzindo inovações decorrentes das pesquisas nas
indústrias. É necessário que se faça acontecer um maior diálogo entre as áreas
da educação e trabalho, envolvendo assim todos os sujeitos sociais com a
perspectiva mais global de formação humana. Esta Pesquisa fundamenta-se
em coletas de dados reais tendo como procedimento a pesquisa de Campo
em empresas e em universidades , entrevistas, e estudo de propostas.
Partindo do pressuposto de que a aprendizagem não acontece somente no
ambiente escolar, mas em todos os espaços sociais, não se pode restringir a
atuação do educador – e em especial do Pedagogo – somente nos ditos locais
formais onde ocorre aprendizagem. Se vivermos num tempo e espaço onde
todos estão conectados, interligados, ou para usar um termo mais atual,
globalizados, o fenômeno chamado globalização tem provocado mudanças
muito profundas na sociedade como um todo e, como não poderia deixar de
ser, também no âmbito empresarial.Assim prossegue os estudos desta
pesquisa dando ênfase as idéias de Paulo Freire,Darcy Ribeiro ,César Coll,
Amélia Ribeiro Ildeu Moreira .
SÚMARIO
INTRODUÇÃO 08
CAPITULO I- FORMAÇÃO E EXPERIÊNCIA DO PEDAGOGO NAS
EMPRESAS 10
1.1 - Formação do educador para Pedagogia nas Empresas 15
CAPITULO II- A FUNÇÃO DO PEDAGOGO NA SOCIEDADE E EM
DIVERSAS ÁREAS EMPRESARIAIS 20
2.1-o pedagogo é o seu amplo campo Pedagógico 23
CAPITULO III- O PAPEL DO PEDAGOGO NA CONSTRUÇÃO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA 27
3.1-A administração escolar fundada nas teorias da adm. Empresarial 29
CONCLUSÃO 38
BIBLIOGRAFIA 40
INTRODUÇÃO
O tema deste estudo é Pedagogia Empresarial :Uma nova área de atuação
para o Pedagogo.
A questão central deste trabalho é: Que tipo de preparação está recebendo o
pedagogo, profissional da educação nos Cursos de Pedagogia, para enfrentar
a crise de identidade da formação?
Este projeto visa a acentuar a necessidade de uma ressignificação da
Pedagogia, voltada à formação do educador para a realidade empresarial.
Face às mudanças provocadas pelos processos de globalização, o sistema
exige a preparação de profissionais flexíveis, polivalentes e reflexivos. As
mudanças na legislação educacional têm levado a uma crise de identidade do
pedagogo, pois o seu campo de atuação, nos espaços estritamente escolares,
vem sendo restringido. Cabe ao profissional-pedagogo, inserido na proposta da
Pedagogia Empresarial, propor atividades que confiram novos sentidos ao seu
trabalho, realizado agora num ambiente oscilante e instável. . No universo das
empresas essas mudanças ocasionaram novas reestruturações
organizacionais, a chamada reengenharia produtiva. Para tanto, o setor
empresarial tem investido e incentivado “treinamentos”, ou seja, a formação
continuada, que antes era privilégio do ambiente educacional. São, portanto
objetivos desta pesquisa :
• Identificar os níveis de preparação dos cursos de pedagogia
• Compreender os fatos e diferentes áreas para atuarem com
competência visando à transformação social e não apenas observar e
seguir a realidade.
• Entender novas demandas, que emerge para esse profissional-
pedagogo.
• Coordenar a atualização de profissionais em empresas controlando o
desempenho profissional
• Os profissionais pedagogos muitas vezes em sua formação aprende
que as sua área de atuação se restringe apenas a sala de aula, no
entanto sabe-se que essa formação pode ir muito além , os campos
de atuação do pedagogo se abre para o campo empresarial .As atuais
reformas das políticas educacionais diminuíram significativamente os
espaços ocupados pelo pedagogo na escola de duas maneiras básicas.
Em primeiro lugar, através da implementação do projeto de Gestão
Democrática da Educação se diluiu a responsabilidade pela gestão da escola
entre todos os profissionais da educação. Com isto, incentiva-se o fim da
formação dos especialistas em Administração e Supervisão Escolar, diminuindo
significativamente os espaços de atuação do pedagogo no sistema burocrático
que rege as escolas. Todas essas conquistas no âmbito educacional/escolar
foram surgindo com as transformações dos outros setores da sociedade, ou seja,
todos os setores estão interligados e uma ação num deles influencia os demais.
E, os profissionais da educação precisam entender/compreender esses fatos
para atuarem com competência visando a transformação social e não apenas
observar e seguir a realidade. A reestruturação produtiva tem aberto novas
ocupações, novos postos-chaves nas organizações, o que possibilita ao
educador se movimentar fora inclusive de seu habitat natural, que era a escola.
Resposta a esses questionamentos sugere a possibilidade de uma nova área de
atuação para o Pedagogo que não seja restrito ao espaço escolar, que é a
Pedagogia nas Empresas.
CAPITULO I
FORMAÇÃO E EXPERIÊNCIA DO PEDAGOGO NAS
EMPRESAS
Começando com a formação inicial que é muito importante na
construção de conhecimentos, habilidades, atitudes e convicções. E depois
com a formação continuada, que visa consolidar essa identidade, observando
as mudanças que ocorrem em nossa prática, experimentando novas formas de
trabalho, fazendo com que sua prática vire conteúdo de reflexão, ampliando
assim, a consciência sobre sua própria prática.
Dessa forma o pedagogo se transforma em um pesquisador, construído sua
autonomia profissional. Afirma assim Cury: “..., não basta o profissional ter
uma lista de métodos e técnicas a serem utilizados. O que ele precisa é
desenvolver a capacidade de dar respostas criativas conforme cada
situação”.(1986, p. 67)
Um bom pedagogo, com autonomia trabalha em grupo, participando dos
projetos viáveis a sua profissão , atingindo, assumindo a responsabilidade
coletivamente. É preciso acreditar que só através da formação continuada é
que poderemos lutar por melhores salários e melhores condições de trabalho.
Como ciência que estuda a educação, a Pedagogia parte de observações
e reflexões sobre a educação, avanços, alternativas e discursos
educacionais,paradigmas e possibilidades de atuação, gerando conceitos que
se convertem em teorias pedagógicas.O objeto de estudo da Pedagogia é o
fato educativo. A partir dele, é tecida uma rede de informações necessárias ao
entendimento de como esse fato se dá.
A Pedagogia preocupa-se não apenas com o fato educativo, dissociado do
contexto onde ocorre, mas interpreta e analisa a realidade social.
Estuda ainda as teorias educacionais que mostram como a criança, o
adolescente e o adulto aprendem; estuda também sistemas de gestão
administrativa e, nas disciplinas básicas, de caráter geral, como Sociologia,
Filosofia, Psicologia, História da Educação,estuda o mundo, os sujeitos sociais
e toda a sua especificidade. Ghiraldelli Jr. (2005) faz uma reflexão apontando
três termos que costumam ser tomados como sinônimos de pedagogia: filosofia
da educação, didática e educação. Diz o autor:
“O termo educação que usamos para nos referir ao ato
educativo designa a “prática social que identificamos como
uma situação temporal espacial determinada na qual ocorre a
relação ensino-aprendizagem, formal ou informal”“.
Percebe-se que o conhecimento dos alunos de Pedagogia, experiências que
envolvem outros espaços de atuação do Pedagogo, além do espaço escolar.
Miriam Pascoal na sua publicação Pedagogo na Empresa e a
Responsabilidade Social Empresarial visa o que melhor fazer para contribuir
com a relação ensino-aprendizagem. Ainda segundo a autora, o termo
pedagogia, tomado em sentido estrito, designa a norma em relação à
educação. Que é que devemos fazer, e que instrumentos didáticos devem
usar, para a nossa educação? –Esta é a pergunta que norteiam toda e
qualquer corrente pedagógica, o que deve estar na mente do pedagogo.
...Em um sentido lato trata-se da pedagogia como o campo de
conhecimentos que abriga o que chamamos de ‘saberes da
área da educação’ – como a filosofia da educação, a didática,
a educação e a própria pedagogia, tomada então em sentido
estrito. (p.1)
Criado na década de 1930, no Brasil, o curso de Pedagogia tem como seu
berço, a Grécia clássica, onde se iniciam as primeiras reflexões sobre a ação
pedagógica. Desde a sua criação, na década de 30, o curso de Pedagogia tem
se preocupado com a formação do educador para trabalhar na educação
formal, regular e escolar.
A primeira regulamentação do curso se deu através do
Decreto lei n.º1.190, de 4 de abril de 1939, que organizou a
Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, e
que instituiu ochamado “padrão federal” ao qual tiveram que
se adaptar os currículos básicos dos respectivos cursos
oferecidos por outras instituições de ensino superior do Brasil,
tanto públicas quanto privadas ( SÁ, 2006)
As regulamentações do curso, ocorridas em 1939, 1962 e 1969
apresentaramum currículo mínimo como referência nacional. Mas em 1996
deixa de existir o currículo mínimo, cedendo seu lugar às diretrizes curriculares,
para as diferentes licenciaturas. Por motivo de divergências entre grupos
existentes nos próprios órgãos normativos federais, as diretrizes da Pedagogia
não foram editadas juntamente com as dos demais cursos de licenciatura.
Ficaram “no forno” no período de 1996 a 2005. Apenas em 2005 é que o
Parecer CNE/CP 05/2005.
“Diretrizes curriculares para os cursos de Pedagogia”- foi aprovado. O Parecer
diz que “a formação do licenciado em Pedagogia fundamenta-se no trabalho
pedagógico realizado em espaços escolares e não-escolares, que têm a
docência como base”. Estruturado em três núcleos, o curso constituir-se-á de
um núcleo de estudos básicos, um núcleo de aprofundamento e diversificação
de estudos, e um núcleo de estudos integradores. O núcleo de aprofundamento
e diversificação de estudos oportunizará: “investigações sobre processos
educativos e gestoriais, em diferentes situações institucionais – escolares,
comunitárias, assistenciais, empresariais, outras”.
Pelo que se depreende da Lei, aí está o reconhecimento da dimensão
Educativa que existe em outras instâncias da vida social, fora da escola regular
e da docência. Entende-se que onde houver uma prática educativa intencional,
haverá aí uma ação pedagógica.
Sobre a existência de amplos campos de atuação pedagógica, Libâneo
(1996) diz:
Podem ser definidas duas esferas de ação educativa na prática
do pedagogo: escolar e extra-escolar. No campo da ação
pedagógica extra-escolar, que é a que mais interessa aos
objetivos deste trabalho, distinguem-se profissionais que
exercem atividades pedagógicas tais como:a. formadores,
animadores, instrutores, organizadores, técnicos,consultores,
orientadores, que desenvolvem atividades pedagógicas (não-
escolares) em órgãos públicos, privados e públicos não-estatais,
ligadas às empresas, à cultura, aos serviços de e saúde,
alimentação, promoção social. Formadores ocasionais que
ocupam parte de seu tempo em atividades pedagógicas em
órgãos públicos estatais e não estatais e empresas referentes à
transmissão de saberes e técnicas ligadas a outra atividade
profissional especializada. Trata-se, por exemplo, de
engenheiros, supervisores de trabalho, técnicos etc. que
dedicam boa parte de seu tempo a supervisionar ou ensinar
Trabalhadores no local de trabalho, orientar estagiários
etc.(p.124-125)
Evidenciando a preocupação com o destino que os educadores dariam à
Pedagogia, Libâneo (1996)
O pedagogo (escolar ou não), (...) seria considerado um
Profissional especializado em estudos e ações relacionado
com a ciência pedagógica, pesquisa pedagógica e
problemática educativa, abordando o fenômeno educativo em
sua multidimensional idade. Nesse sentido, o curso de
Pedagogia ofereceria formação teórica, científica e técnica
para sua atuação em diferentes setores de atividades:
Nos níveis centrais e Miriam Pascoal. No livro O Pedagogo na Empresa e a
Responsabilidade Sociais Empresariais intermediários do sistema de ensino,
(...) na escola, (...) nas atividades extra-escola, (...) nas atividades ligadas à
formação e capacitação de pessoal nas empresas. (p. 109)
Nesse trabalho, Libâneo assume a posição a favor de dois cursos distintos,no
que se refere à formação do pedagogo: um formaria o pedagogo e o outro,os
licenciados para docência no ensino fundamental. Diz o autor:
O meu ponto de vista, o curso de Pedagogia forma o
pedagogo profissional não diretamente docente que lida com
fatos, estruturas, processos, contextos, situações, referentes à
prática educativa em suas várias modalidades e
manifestações. A caracterização do pedagogo torna-se
necessária, uma vez que, lato sensu, todos os professores são
pedagogos. Por isso mesmo, importa formalizar uma distinção
entre trabalho pedagógico, implicando atuação em um amplo
leque de práticas educativas, e trabalho docente, forma
peculiar que o trabalho pedagógico assume na escola. (p.109-
110)
Não é objeto de discussão, neste trabalho, a questão da formação do
pedagogo, embora sejam reconhecidos nela conflitos sérios, que envolvem a
própria identidade do curso. O que se procura evidenciar é a existência de
outros espaços de atuação para o pedagogo, fora do espaço escolar e a
contribuição que o mesmo pode trazer às empresas preocupadas com a
responsabilidade social.
1.1 - Formação do educador para Pedagogia nas Empresas
As grandes transformações que vem sofrendo a sociedade brasileira
exigem um profissional capaz de se adequar às novas realidades do aluno e de
toda sociedade. É com essas mudanças no papel docente, nas maneiras de
pensar, agir e interagir surgiu novas práticas profissionais, novas
competências, visto que os saberes são conhecimentos teóricos e práticos, e
as competências são qualidades, capacidades e habilidades que permitam a
um profissional exercer corretamente sua profissão que tanto tem se expandido
nos dias atuais chegando as empresas e cumprindo com êxito o seu papel .
Infelizmente o desenvolvimento das particularidades do pedagogo pode ser
prejudicado devido às atuais condições de trabalho em que são submetidos.
Entretanto, acredita-se na melhoria da qualificação do profissional, algo
necessário a profissionalização.
“As teses neoliberais têm sido pródigas em propor
argumentos favoráveis à privatização da educação, como
formadora das elites ou para dar a cada o que sua função
social exige, e que não pode ser obtido por meio de uma
educação pública comum”. (Sanfelice, 2001, p.10).
Mas será que somando toso esses fatores acaba-se definindo um perfil
profissional do educador exigido pelos novos tempos? As políticas neoliberais
no campo da administração educacional forçam a centralização de recursos
econômicos na esfera federal e descentralização ou repasse de atribuições do
contexto macroestrutural para o plano micro, transferindo para estados e
municípios fórmulas equivocadas de resolução das demandas educacionais.
Aliás, conforme o comentário de Bianchetti: “Toda problemática dos neoliberais
com o Estado está em relação com o conflito entre concentração e distribuição
do poder, como também com os mecanismos utilizados para a tomada de
decisões.” (1999, p. 80). E isto ocasiona uma sobrecarga de papéis a ser
desempenhado pelo professor, fragmentando a sua atividade em múltiplas
tarefas que a torna rarefeita e desconectada de um sentido global. Para que
haja uma articulação eficaz entre os múltiplos campos de atuação do professor
(a sua própria formação e a organização e gestão escolar) é necessário
repensar tais processos de acordo com as realidades sócio-político e
econômica que estamos vivendo na transição de milênio. Apesar de sempre
existirem formas de trabalho organizadas e dirigidas, o desenvolvimento das
empresas foi lento até a revolução industrial.
Holtz (2006) diz:
Que uma empresa sempre é a associação de pessoas, para
explorar uma atividade com objetivo definido, liderada pelo
empresário, pessoa empreendedora, que dirige e lidera a
atividade com o fim de atingir os objetivos também definidos.
(p.1)
Embora o ato educativo tenha uma natureza não-material e os objetivos da
empresa e escola não sejam os mesmos, pode-se dizer que uma escola
também agrega pessoas para o desempenho de atividades com objetivos
definidos. Existe também um líder, o Pedagogo, gestor e administrador, que a
dirige e lidera para a consecução de seus objetivos educacionais.
Não se pode, em hipótese alguma, afirmar que a escola pode se guiar pelos
pressupostos da empresa e vice-versa, mas sim que existe, na prática do
Pedagogo, algo que pode ser feito em benefício do trabalho da empresa,
embora a existência de poucas obras sobre o assunto Pedagogia Empresarial
mostre que são recentes as reflexões sobre esta questão.
Holtz (2005) acredita que “Pedagogia e Empresa fazem um casamento
Perfeito”, e em pesquisa ela comprova a necessidade dos trabalhos
pedagógicos dentro das empresas e a admiração dos empresários por esses
trabalhos e seus resultados.
O perfil do pedagogo desejado pelas empresas baseia-se nas seguintes
habilidades: criatividade, espírito de inovação, compromisso com os resultados,
pensamento estratégico, trabalho em equipe, capacidade de realização,
direção de grupos de trabalho, condução de reuniões, enfrentamento e análise
em conjunto das dificuldades cotidianas das empresas, bem como problemas
profissionais.
Ribeiro (2003), diz que
A Pedagogia Empresarial se ocupa basicamente com os
conhecimentos, as competências, as habilidades e as atitudes
consideradas como indispensáveis/ necessários à melhoria da
produtividade. Para tal, implanta programa de qualificação/
requalificação profissional, produz e difunde o conhecimento,
estrutura o setor de treinamento, desenvolve programas de
levantamentos de necessidades de treinamento, desenvolve e
adequa metodologias de informação e da comunicação às
práticas de treinamento. (p. 10)
Greco (2005) comenta que esse novo profissional precisa atuar em sintonia
com os outros profissionais de gestão, pois assim será possível elaborar e
consolidar planos, projetos e ações que visem colaborar para a melhoria da
atuação dos funcionários, bem como para melhorar o desempenho da
empresa. (...) O que o pedagogo empresarial busca é efetivar os saberes
corporativos e como seu domínio colaborará para a melhoria do clima
organizacional, da qualidade laboral, da qualidade de vida e aumento da
satisfação pessoal de todos.
A atuação do pedagogo empresarial está aberta. É ampla e
extrapola a aplicação de técnicas visando estabelecer políticas
educacionais no contexto escolar. Sua atuação avança sobre
as pessoas que fazem as instituições e empresas de todos os
tipos, portes e áreas. (p.4)
Mas por que o pedagogo na empresa? O que o credencia?Além dos
conhecimentos gerais que são proporcionados pelos cursos de Pedagogia,
outros conhecimentos do pedagogo fazem com que ele seja importante para as
empresas e podem ser assim identificados: conhece recursos auxiliares de
ensino, entende do processo de ensino-aprendizagem, sabe avaliar seus
programas, estudou didática (arte de ensinar) no seu curso superior, sabe
elaborar projetos. Além desses pré-requisitos que são indispensáveis à
função,outros se fazem necessários para uma boa atuação profissional.
O Pedagogo Empresarial precisa de uma formação filosófica,
humanística e técnica sólida a fim de desenvolver a
capacidade de atuação junto aos recursos humanos da
empresa. Via de regra sua formação inclui disciplinas como:
Didática Aplicada ao Treinamento, Jogos e Simulações
Empresariais, Administração do Conhecimento, Ética nas
Organizações, Comportamento Humano nas organizações,
Cultura e Mudança Nas Organizações, Educação e Dinâmica
de Grupos, Relações Interpessoais nas Organizações,
Desenvolvimento organizacional e Avaliação do Desempenho.
(RIBEIRO, 2003, p. 10)
As funções e atribuições do Pedagogo dentro da empresa relacionam-se a
cinco campos: atividades pedagógicas, técnicas e organizacionais, sociais e
administrativas, podendo ser assim sintetizadas:
- Conceber, planejar, desenvolver e administrar atividades relacionadas à
educação na empresa.
- Diagnosticar a realidade institucional
- Elaborar e desenvolver projetos, buscando conhecimento também em outras
áreas profissionais
- Coordenar a atualização em serviço dos profissionais da empresa
- Planejar, controlar e avaliar o desempenho profissional dos funcionários da
empresa
- Assessorar as empresas no que se refere ao entendimento dos assuntos
pedagógicos atuais
CAPITULO II
A FUNÇÃO DO PEDAGOGO NA SOCIEDADE E EM
DIVERSAS ÁREAS EMPRESARIAIS
O pedagogo é o elemento articulador do processo pedagógico dentro de um
estabelecimento de ensino. É grande a sua carga de responsabilidade na
escola, dependendo da sua atuação o alcance dos objetivos educacionais
estabelecidos. Ele é um dos responsáveis pela qualidade da educação da
escola na qual atua, conduzindo as atividades no sentido do desenvolvimento
do processo educativo que contribui para a formação humana.
Essa definição sobre a figura do pedagogo e a importância do trabalho
executado por este profissional num estabelecimento de ensino, é dada pela
pedagoga Gisele Bogoni. De acordo com ela, nessa função de articulador o
pedagogo atua em sintonia com os profissionais envolvidos na elaboração do
projeto político-pedagógico da escola para que esse trabalho seja fruto de uma
construção coletiva. Explica Bogoni
"Dentro dessa organização do trabalho pedagógico-entram as
discussões sobre a proposta curricular da escola, do
regimento escolar, do planejamento de aulas e de ensino,
além do plano de ação da escola e do pedagogo. O pedagogo
acompanha o processo de avaliação de aprendizagem,
coordena reuniões pedagógicas e de estudos, a organização
dos conselhos de classe e a participação da comunidade no
conselho escolar."(2002,p.35)
O campo de atuação do pedagogo não está limitado somente à pedagogia
escolar.
Esse profissional conta com oportunidades de trabalho em outras áreas,
além da escolar, como no setor de empresas, no setor hospitalar, em clínicas
de atendimento pedagógico, nas assessorias pedagógicas independentes, são
exemplos de algumas áreas de atuação que se abrem ao pedagogo
atualmente. "É cada vez maior o leque de oportunidades de trabalho a
disposição do pedagogo – acrescenta ela – sendo que, algumas universidades
já oferecem cursos de especialização nessas áreas."Nessa profissão – revela
Gisele Bogoni – a predominância ainda é do sexo feminino, devido a fatores da
formação histórica da pedagogia no Brasil e condicionantes de ordem
financeira. Porém este quadro hoje está em processo de mudança, até pelos
novos campos de trabalho que vêm se abrindo ao pedagogo. Conclui Bogoni:
"Na formação escolar de uma comunidade o pedagogo exerce papel relevante
de responsabilidade social."
São através desses Núcleos que se atingem os pedagogos e os
diretores de cada estabelecimento. “O foco principal – explica a pedagoga –
são as equipes de pedagogos dos Núcleos Regionais, que atuam como
multiplicadores, fazendo o repasse dos subsídios recebidos aos diretores e
pedagogos das escolas”. Essa formação abrange conteúdos essencial tais
como análise crítica das concepções e tendências da educação brasileira, a
relação entre as diversas concepções de educação/sociedade/escola na
sociedade contemporânea, o papel do pedagogo na educação brasileira:
Aspectos históricos e políticos de sua formação e prática na escola, o papel do
pedagogo na organização do trabalho pedagógico escolar numa perspectiva de
construção de educação transformadora, construção coletiva do projeto
político-pedagógico e do plano de ação da escola.
A função mediadora do pedagogo na efetivação do currículo no
processo escolar, os princípios de gestão democrática e as instâncias
colegiadas na escola e, atual legislação educacional e políticas públicas que
norteiam a ação educativa.
No trabalho do pedagogo o que conta é o profissionalismo da pessoa. Quando
trabalhamos naquilo que gostamos, damos o máximo de nós e o fruto desse
trabalho é da melhor qualidade.
Objetivando sempre a educação pública gratuita de qualidade, para que se
garanta o direito de toda a educação.
“A função do pedagogo é importante e dele depende a
qualidade da educação pública”. Se o pedagogo exercer a sua
profissão com profissionalismo e com comprometimento
político-pedagógico, certamente atingirá o seu objetivo.
É através da educação que um povo pode fazer a sua
transformação social e a escola, por sua vez, é um dos
principais instrumentos para isso. “(Bogoni,2002, 38)”.
O novo currículo do curso de pedagogia na região de Posse Goias e
nota se cria o pedagogo sem especificidade definida, mas para atuar em todas
as áreas do conhecimento pedagógico, o que gera muitas discussões entre a
necessidade do pedagogo especialista ou não, e como se dará essa nova
formação.
Tem se vivenciando, uma intensa transformação na sociedade, onde as
relações do mundo do trabalho estão cada vez mais excludentes, deixando
para trás um gama considerável de pessoas desempregadas e marginalizadas.
Essas marcas deixadas na considerável sociedade em função da expansão do
capital e da globalização chegam á educação com força total.
Com este novo modelo de produção, a formação necessária para que as
pessoas consigam adquirir um mínimo de conhecimento prático para atuar
nesse sistema é constantemente discutido, tanto nas escolas quanto nos
cursos de formação de professores. Assim, a discussão da formação para o
trabalho ganha intensa repercussão nessas instituições.
2.1-o pedagogo é o seu amplo campo pedagógico
A Pedagogia é a ciência que tem prática social da educação como objeto de
investigação e de exercício do profissional no qual se inclui docência e outras
atividades de educar. O campo da Pedagogia hoje ultrapassa a docência
graças a reformulações curriculares encetadas nos últimos anos.
Apresentando-se então como uma ciência com prática complexa e
multireferencial. Um dos fenômenos mais significativos dos processos sociais
contemporâneos é a ampliação do conceito de educação.
Mas é evidente que as transformações contemporâneas contribuíram
para consolidar o entendimento da educação como fenômeno plurifectado,
ocorrendo em muitos lugares, institucionalizado ou não, sob várias
modalidades.
Hoje cresce cada vez mais o conceito de educação, decorrente da
complexificação da sociedade e da diversificação das atividades educativas, e
isso não poderia deixar de afetar a Pedagogia, tomada como teoria e prática da
educação..
Nas empresas há atividades de supervisão do trabalho, orientação de
estagiários, formação profissional de serviços, recrutamento e seleções,
treinamento de funcionários que se relacionam as ações pedagógicas.
As empresas reconhecem a necessidade de formação geral e continuada
como requisito para enfrentamento da intelectualização do processo produtivo.
Nos dias de hoje com a velocidade de intensas transformações e inovações
tecnológicas em vários campos acabam levando a introdução no processo
produtivo, de nossos sistemas de organização do trabalho, mudança no perfil
profissional e novas exigências de qualificação dos trabalhadores.
De fato com a "intelectualização" do processo produtivo, o trabalhador não
pode ser mais improvisado. São requeridas novas habilidades, mais
capacidade de abstração, um comportamento profissional mais flexível. Para
tanto, repõe-se a necessidade de formação geral, implicando reavaliação dos
processos de aprendizagem, familiarização com os meios de comunicação e
com a informática, desenvolvimento de competências comunicativas, de
capacidades criativas para análise de situações novas e modificáveis,
capacidade de pensar e agir com horizontes mais amplos.
Verifica-se, pois uma ação pedagógica múltipla na sociedade. O
pedagógico repassa toda a sociedade, extrapolando o âmbito escolar formal,
abrangendo esferas mais amplas da educação informal e não-formal.
A Pedagogia tem um campo de conhecimento que se ocupa do estudo
sistemático da educação, um conjunto das ações, processos, influências,
estruturas, que intervém do desenvolvimento humano dos indivíduos e grupos
na sua relação ativa com o meio natural e social. Quanto à formação
pedagógica, segundo Libâneo (2002):
O curso de Pedagogia deve formar o pedagogo stricto senso,
isto é, um profissional qualificado para atuar em vários campos
educativos para atender demandas socio-educativas de tipo
formal e não-formal e informal, decorrentes de novas realidades
- novas tecnologia, novos atores sociais, ampliação das formas
de lazer, mudanças nos ritmos de vida, presença dos meios de
comunicação e informação, mudanças profissionais,
desenvolvimento sustentado, preservação ambiental - não
apenas da gestão, supervisão e coordenação pedagógicas de
escolas, como também na pesquisa, na administração dos
sistemas de ensino, no planejamento educacional, na definição
da políticas educacionais, nos movimentos sociais, nas
empresas, nas várias instancias de educação de adultos, nos
serviços de psicopedagogia e orientação educacional, nos
programas sociais, nos serviços para terceira idade, nos
serviços de lazer e animação cultural, na televisão, no rádio, na
produção de vídeos, filmes, brinquedos, nas editoras, na
requalificação profissional etc. (p35)
A história dos estudos pedagógicos, do curso de Pedagogia, da formação
do pedagogo e de sua identidade profissional esta demarcada por certas
peculiaridades da história da educação brasileira desde o início do século. Até
os anos 20, não se punha em questão a existência de uma ciência pedagógica,
à época fortemente influenciada pela Pedagogia católica e Pedagogia
herbartiana, com influencia de pedagogos alemães. Então surge a da idéia de
que Pedagogia é uma área de conhecimento que investiga a realidade
educativa, no geral e no particular.
Mediante conhecimentos científicos, filosóficos e técnico-profissionais,
ela busca a explicitação de objetos e formas de intervenção metodológica e
organizativa em instancias da atividade educativa implicadas no processo de
transmissão/apropriação ativa de saberes e modos de ação. O fenômeno
educativo requer, efetivamente, uma abordagem pluridisciplinar. O que se
defende aqui é a peculiaridade da Pedagogia de responsabilizar-se para
reflexão problematizadora e unificadora dos problemas educativos, para além
dos aportes parcializados das demais ciências da educação. Portanto, a
multiplicidade dos enfoques e análises que caracteriza o fenômeno educativo
não torna desnecessária a Pedagogia, como querem alguns intelectuais; ao
contrário precisamente em razão disso, ela institui-se como campo próprio de
investigação para possibilitar um tratamento globalizante e intencionalmente
dirigido dos problemas educativos. A argumentação trazida aqui é para a
reflexão e reconhecimento de que o trabalho pedagógico não se reduz ao
trabalho escolar e docente. Justamente em razão do vínculo necessário entre a
ação educativa intencional e a dinâmica das relações entre classes e grupos
sociais, é que ela investiga os fatores que contribuem para formação humana
em cada contexto histórico-social, pelo que vai constituindo e recriando seu
objeto próprio de estudo e seu conteúdo - a educação. Suchodolski (1977,)
desenvolve esta idéia da seguinte forma:
Este é o método de toda ciência moderna: conhecer a
realidade através da construção de uma nova realidade. (...) A
definição de pedagogia que aqui propomos assume
precisamente esse caráter. Trata-se do conhecimento da
realidade educativa mediante a participação na criação das
formas mais adequadas às necessidades da civilização em
desenvolvimento e as tarefas que a humanidade deve
solucionar nestas condições. Ao considerar a Pedagogia como
uma ciência sobre atividade transformadora da realidade
educativa, temos a possibilidade de uma nova determinação
dos objetivos da educação e de suas categorias fundamentais.
p. 19
Uma visão verdadeiramente crítica do ensino, do ponto de vista histórico-
social, não pode simplesmente suprimir a Pedagogia, sob pena de afirmar-se a
recusa à formulação de objetivos sócios políticos e formativos e a abordagem
crítica dos conteúdos culturais. Todos os educadores seriamente interessados
nas ciências da educação, entre elas a Pedagogia, precisam concentrar
esforços em propostas de intervenção pedagógica nas várias esferas do
educativo para enfrentamento dos desafios colocados pelas novas realidades.
A Pedagogia na condição de ciência para a educação, sintetiza as
contribuições das demais ciências da educação, dando unidade à
multiplicidade dos enfoques analíticos do fenômeno educativo. Com isso,
reconhece-se que os processos educativos ocorrentes na sociedade são
complexos e multifacetados, não podendo ser identificado à luz de apenas uma
perspectiva e, muito menos, reduzido ao âmbito escolar. A prática educativa é
um fenômeno constante e universal inerente à vida social, é um âmbito da
realidade possível de ser investigado, é uma atividade humana real, ela se
constitui como objeto de conhecimento, pertencendo a Pedagogia.
CAPITULO III
O PAPEL DO PEDAGOGO NA CONSTRUÇÃO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA
Neste contexto visa refletir e compreender qual será a formação
necessária para que o pedagogo desenvolva um trabalho articulador entre as
políticas publicas e a educação como forma de superação da alienação e de
construção de um trabalho coletivo com envolvimento entre escola e sociedade
tem sido o foco central desta pesquisa.
O referido estudo está ocorrendo através de leitura, resenhas e discussões de
textos e, livros, bem como reuniões com o grupo maior do Projeto de Ensino e
Pesquisa. Como resultados das discussões que tem se efetivado estão a tentar
compreender a realidade a qual o Pedagogo está inserido e as relações de
trabalho, na perspectiva da reestruturação produtiva. Neste sentido, o trabalho
Segundo Marx é necessário para que ação o Homem possa garantir a sua
sobrevivência através das relações materiais de produção, no entanto, no
modelo neoliberal de trabalho, esta força humana é explorada, transformando o
trabalho e as relações de produção, em altíssimos lucros para os grandes
proprietários das empresas capitalistas.
Sobre esta questão da produção material para a existência Humana, Paro,
(1998, p.107) coloca que:
Para ter acesso aos meios de produção e poder produzir sua própria der existência material, o trabalhador tem que se submeter submeter-se às regras do capital, realizando um trabalho forçado, que não serve a ele, trabalhador, mas ao proprietário do capital.
As relações de trabalho no modelo neoliberalista/ca capitalista, transformam o
trabalhador capitalista, em mero produtor das suas riquezas, alienando o
produto do seu trabalho, explorando sua força e visando tão somente a
expansão do capital.A educação escolar atual como sabemos é intimamente
influenciada pelos princípios neoliberais, onde o conceito de formação para o
capital humano está cada vez mais nítido. A educação como um investimento
produtivo, assim, melhor formação e capacitação serão iguais ao aumento dos
lucros e da produtividade.
De conformidade com as políticas de aumento da produtividade e do lucro nas
políticas empresas, querem transformar a escola para que ela passe a
conceber este caráter de formação para o lucro e não mais a formação
Humana e integral do cidadão em todos os âmbitos, implantando no sistema
escolar, políticas de autogestão, Excelência, escolar, Qualidade Total.
As políticas de gestão que antes eram utilizadas apenas para administrar as
empresas, agora surgem no sistema escolar, colocando a escola como
responsável por formar cidadões aptos ao mercado de trabalho, assim, quanto
melhor a formação e a e capacitação, maiores serão os aumentos dos lucros e
da produtividade. Frigotto caracteriza a concepção de formação para o capital
humano nas escolas, descrevendo que:
A idéia chave é de que a um acréscimo marginal de instrução,
treinamento e educação correspondem um acréscimo marginal
na capacidade de produção. Ou seja, a idéia de capital
humano é uma “quantidade” ou um grau de educação e de
qualificação, tomando como indicativo de um determinado
volume de conhecimentos, habilidades e atitudes adquiridas
que funcionam como potencializadoras da capacidade de
trabalho e de produção. (FRIGOTTO, 2003, p.41)
A escola agora torna se responsável por formar o lucro Humano, a mão de
obra para a manutenção sistema capitalista.
3.1- A administração escolar fundada nas teorias da
administração empresarial
As práticas pedagógicas e a visão crítica que levará o educador a pensar a
sua atuação diante dessas visões distorcidas da real necessidade de formação
do cidadão, devem permear todo o percurso de formação deste profissional,
assim como direcionar o currículo dos cursos de Pedagogia.
As reformulações do curso de pedagogia parecem não estar atendendo as
reais necessidades da formação do profissional pedagogo, que deveriam estar
voltadas para a realidade social em que vivemos. Este distanciamento entre as
práticas sociais e as políticas educacionais não favorecem a formação de um
pedagogo crítico capaz de desenvolver uma gestão democrática e de resolver
ou atuar como agente transformador das realidades vividas na prática do
cotidiano escolar.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) assegura aos
cidadãos a gratuidade do ensino, este como dever do estado,
a educação na construção da cidadania e a gestão
democrática nas instituições públicas (Dourado2007).
As novas diretrizes para o curso, ainda que modifique alguns aspectos da
formação do Pedagogo, não deixa de enfatizar a importância da gestã gestão
democrática e da autonomia o no currículo das instituições que oferecem o
curso, pois é através desta formação que o pedagogo, quando atuar na nas
escolas e ou em outros espaços, deverá propor esta gestão anti-autoritária e
democrática. No entanto nos resta saber se estas instituições formadoras
atuam realmente como um espaço democrático, de formação política
descentralizadora ou são mais um espaço onde estes princípios democráticos
são vistos de forma superficial e com caráter individualista, e reprodutor das
ideologias dominantes.
Pensar e atuar no campo da educação, como atividade social
prática de humanização das pessoas, implica a
responsabilidade social e ética de dizer não apenas porque
fazer, mas o quê e como fazer. Isso envolve necessariamente
uma tomada de posição pela pedagogia, na qualidade
de dispositivo teórico e prático de viabilização das práticas
educativa .(LIBANEO. P.16)
Com base na afirmação de Libâneo sobre o papel da educação pensamos que
a formação integral do pedagogo é essencialmente necessária para a
construção de práticas educativas que contribuam para a melhoria da
educação. No entanto pretendemos compreender o que ser seria necessário
para que se alcance esse ideal de educação, e essa formação sólida de que o
pedagogo necessita e como se daria na prática a aplicação destes estudos na
construção de uma gestão e de uma educação mais democrática.
A flexibilidade que está cada vez mais sendo exigida para o
Pedagogo percebida quando analisamos o perfil deste
profissional, contido nas novas Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Curso de Pedagogia, que além de ser
responsável pela atuação em sala de aula, (Freitas, 2006 p.88)
Estas Diretrizes tais como estão formuladas, alteramsignificativamente a
concepção de formação do pedagogo construída pelo movimento dos
educadores da área da educação. Ao mesmo tempo confunde, no conjunto do
texto, a temática da política ac acadêmica e científica da área acadêmica
política do exercício profissional, ao extrair dos campos de atuação, os campos
de formação.
Por outro lado, o que se analisa é que os profissionais sairiam do modelo
marcado pelo parcelamento do trabalho na escola, em que Santomé (1998, p.
63), diz :
Que a que compartimentação é igual como ocorre no trabalho
fragmentado nos sistemas de produção da sociedade
capitalista, para uma atuação de envolvimento e
responsabilização das tarefas diárias.
A divisão do trabalho escolar advém da separação entre a propriedade
dos meios de produção e da força de trabalho.
Com a nova organização do trabalho em que o que se diz como superação da
fragmentação do trabalho que passa a ser substituída pela multitarefa e a
necessidade neste novo desenho, de ser polivalente. A base desta
reconfiguração está fundamentada no toyotismo, o qual reorganiza o trabalho e
a sua gestão, nas empresas. Estas mudanças que ora se evidencia está nos
auspícios de fazer com que a escola não seja capitalista.
Assim visto a precarização do trabalho do Pedagogo, está, no sentido de que
se antes ele sabia de sua tarefa e de seu posto, acaba agora por perder a sua
função. Tendo sua atuação voltada apenas para a resolução de problemas
Assim, onde havia dois Pedagogos nas figuras do Orientador Educacional e do
Supervisor Escolar, têm lar, têm-se agora um Pedagogo, flexível que irá
resolver todos os problemas da escola. Por outro lado, nota-se o enxugamento
do Estado com a diminuição de pessoal, por conta da nova reestruturação
produtiva.
O neocapitalismo que ora desestrutura a educação, a partir do fato de
que ela tem sido destaque nos debates, sendo colocada num ponto
privilegiado. Propõe uma festejada qualidade da educação que é assumida
como prioridade por vários setores governamentais, entendida como estratégia,
enquanto forma eficaz para a realização mais eficiente, para refinar e
aprofundar o projeto de capitalismo e suas novas formas de acumulação.
Esta discussão se encontra no bojo das discussões que se processam,
referentes às diretrizes curriculares para o curso de pedagogia. As mudanças,
que estão sendo s propostas, apenas interessam ao capital, não apontam para
uma transformação social de qualidade não rompem com o sistema capitalista.
Neste ponto utilizando utilizando-se da educação para interiorizar as
condições legitimadoras do sistema produtivo, com o objetivo de levar à
aceitação passiva da exploração do trabalho enquanto mercadoria, que em
nosso caso é a educação, alienando os seres humanos.
Os profissionais da educação, em nosso caso o Pedagogo, agora precisa
aprender os vários processos para que possa atuar na escola nas várias
funções de acordo com os passos necessidades do dia dia-a-dia, que conforme
aponta Oliveira (2004,) que está a exigir:
“Um trabalhador que aprende vários processos e que é capaz
de ser deslocado para as várias tarefas de acordo com a
necessidade da produção diária. O que significa que s todos
devem estar tentos para resolver os problemas”. (p.77)
Agora polivalentes e multifuncionais vão tratar apenas das questões
urgentes na escola, deixando de lado, a busca de pensar na escola para além
dos seus muros. A A atuação dos Pedagogos na escola tem provocado que
estes profissionais fiquem à mercê das necessidades imediatas da escola, dos
problemas, distanciando distanciando-se das propostas de contribuir com a
transformação, o que leva ao esvaziam esvaziamento e aos ento equívocos em
seu fazer.
A partir da acumulação flexível, exige também um profissional flexível
que vai combinar e dar sustentação ao pensamento neoliberal, na perspectiva
da integração do capitalismo globalizado em que “o sistema financeiro int
internacional se altera ernacional radicalmente e a divisão internacional do
trabalho é redesenhada” (Fiori, 1995, p. 184).
Desse modo faz faz-se necessário à compreensão enquanto a relação entre
classes sociais antagônicas no sistema capitalista, que substitui a rigidez por
flexibilização propiciando or a abertura de um campo favorável às mudanças,
reformas e ajustes na qual está inserida a proposta Toyotista de reorganização
do trabalho e fundamenta fundamenta-se, segundo Antunes
(... p.41), “no trabalho operário em equipe, com multiva multivariedade de
funções”..
A administração escolar está fundada nas teorias da administração
empresarial, surgidas no século XX, com o objetivo de organizar as empresas
capitalistas, por conta da generalização das teorias administrativas que
colocam uma dura relação entre estrutura econômica da sociedade e sua
superestrutura jurídico jurídico-política e cultural. Desse modo podemos afirmar
que a sociedade capitalista se organiza obedecendo as imposições da
estrutura econômica, contra as demais esferas que form formam a organização
social.
No Brasil, a caminhada da educação nos mostra a imposição da ordem
capitalista sobre o espaço escolar, apontando apontando-nos que as diversas
concepções teóricas de organização da escola se resumem no fenômeno que
Oliveira (1993, p. 115) no nos diz: “utiliza como as matrizes os estudos e
métodos da teoria geral de administração e os adapta para a administração de
unidades e sistemas escolares”.
O Pedagogo em seu fazer, possui a responsabilidade de discutir, refletir,
buscar soluções para as práticas pedagógicas, no que tange a uma construção
coletiva. Segundo Apple
A criticidade “envolve a compreensão de conjuntos de
circunstâncias historicamente contingentes e das
contraditórias relações de poder que criam as condições nas
quais vivem vivemos”. (1997, p. 18),
“Necessita-se de uma nova racionalidade, que aponte os”para a
importância e o compromisso da educação e de seus educadores, diante das
necessidades sociais humanas. Considerando que a administração da escola
precisa estar em intimamente ligada com as açõe ações dos demais
educadores que compõem a comunidade escolar (entre os quais s destacamos
o Pedagogo); a gestão escolar, assim entendida, precisa estar antenada e
comprometida com uma educação que contribua com a aquisição de valores,
tais como os de liberdade e de direitos, a fim de que a juventude possa ser
estimulada a intervir na sociedade de seu tempo.
A participação nas decisões dos rumos da escola está diretamente ligada ao
princípio da autonomia escolar, defendido pela pedagogia Histórica Crítica.
Traz a possibilidade de decidir pelos rumos de seu agir, de forma organizada e
planejada, aos participantes do processo educativo.
Para tanto, precisam conhecer com profundidade a realidade em que a
escola está inserida. Neste sentido, a participação dos envolvidos no processo
educativo ocorrerá os em nível interno da escola, quando esta se constitui no
espaço da formação e da aprendizagem coletiva. Em nível externo, a
participação neste processo, ocorre quando a escola torna torna-se um lugar
aberto, capaz de interagir co com o meio social mais amplo e m contribuir,
através da produção de novos conhecimentos, com sua melhoria e
transformação.
O princípio da autonomia autonomia, em que se pauta a ação participativa,
possibilita o diálogo, a, tomada de decisão coletiva e abre espaços para o
questionamento das necessidades reais da comunidade. Consolida, dessa
maneira, a ação democrática que pressupõe a responsabilidade de cada
participante pelo cumprimento dos objetivos coletivamente definidos.
Por isso mesmo, a autonomia precisa ser gerida, implicando,
co-responsabilidade consciente, partilhada e solidária de
todos. Autonomia é a capacidade de se auto-governar com
responsabilidade (HOUAISS, 2001).
De acordo com Freire (2000, p.121)
“Vai se constituindo na experiência de várias, inúmeras, que
vão sendo tomadas [...] Ninguém é sujeito da autonomia de
ninguém, por outro lado, ninguém amadurece d de repente
aos 25 anos. A gente vai e amadurecendo todo o dia, ou não.
A autonomia enquanto amadurecimento do ser para si, é
processo, é vir a ser. Não ocorre com data marcada. É neste
sentido que uma pedagogia da autonomia tem que estar
centrada nas experiên experiências estimuladoras da decisão
e da responsabilidade vale dizer, em experiências cias
respeitosas da liberdade”.
A participação na administração e organização da escola tem no princípio da
formação do Colegiado Escolar a sua institucionalização e a possibilidade de
efetivação.
Suas atribuições, normalmente são definidas por legislações específicas dos
órgãos te competentes e se compõe por indivíduos representativos, dos
diversos segmentos da escola e da comunidade onde a escola se insere. Em
sua composição deve haver representante dos professores, pais, alunos,
funcionários, pessoal técnico os, técnico- administrativos, coordenações,
APMF, membros da comunidade em que a escola está inserida, sendo
presidido pelo diretor da escola.
O Colegiado Escolar, na perspectiva da gestão democrática, não
significa estar somente a ser serviço de situações emergenciais ou, ainda,
servindo apenas para dar seu aval a viço decisões mais polêmicas ou
conflituosas, mas, sua função principal é a de estar permanentemente
constituído e atuante, garantindo, pela sua prática, a formação democrática de
seu seus membros e a vivência cidadã. Favorece, assim, a ruptura com a s
cultura autoritária e possibilita a formação de uma consciência crítica e do
espírito democrático entre aqueles que participam da escola, direta ou
indiretamente.
Enquanto um ato político, emb embuído de ação intencional, a educação exige
a realização uído do planejamento e o estabelecimento de metas para o
desenvolvimento de suas ações.. A construção do Projeto Político Pedagógico
da escola e de seu Regimento Interno, de forma participativa, dialogada e
calcada nas condições reais de existência da escola e de ições seus
membros, possibilita o desenvolvimento de ações efetivas na solução de
problemas e na melhoria dos resultados do processo educativo. Além disso, há
que se prever que o Espaço democrático é o espaço onde o senti sentido de
justiça, enquanto direito social, esteja do sempre presente, voltado para o
contínuo aperfeiçoamento das relações humanas e o desenvolvimento pessoal
e profissional de seus integrantes.
Uma escola que se quer democrática centrará sua ação e preocupação
com o desenvolvimento, bem como vai promover uma constante qualificação
pessoal e profissional de seu corpo técnico técnico-administrativo e pedagógico
nos aspectos técnico, humano e político. A esse respeito, Libâneo (2003)
afirma que:
“Escola é espaço educativo, lugar de aprendizagem em que
todos aprendem a participar dos os processos decisórios, mas
constitui também o local em que os profissionais desenvolvem
seu profissionalismo"., p. 337
No entanto, nenhuma das ações poderá de fato tornar o espaço escolar
pa participativo se rticipativo não estiver fortemente fundado em situações
concretas das necessidades e dificuldades enfrentadas pela comunidade e por
seus membros, enfim, de sua realidade concreta. Aescola e a comunidade
podem desenvolver ações e propor soluções para os mais diferentes
problemas. Ao mesmo tempo, sociabiliza ações educativas de transformação
do social, a partir do estabelecimento de novos parâmetros, para as relações
sociais e produtivas. E, ainda, na concretização de objetivos comuns do
desenvolvimento humano, retoma e reorganiza as ações.
A escola que vemos hoje está marcada pelos princípios burocráticos,
calcados na racionalização que sempre marcou a administração empresarial.
Os modelos de gestão postos pelo Estado para a escola hoje partem da
reordenação colocada pelo Banco ação Mundial, que vê na Gestão das
Escolas uma estratégia para o conservadorismo da racionalidade técnica e
instrumental. Para efetivar as recomendações desta Instituiçãonternacional,
vemos claramente a construção legal para sua efetivação no artigo 14 da
LDBEN 9394/96, que diz: Os sistemas de ensino definirão as formas de gestão
democrática do ensino público na educação básica, de acordo com suas
peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
1 – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto
pedagógico da escola; 2 – participação das comunidades escolar e local em
conselhos escolares ou equivalentes. (...) os sistemas de ensino assegurarão
às unidades escolares progressivos graus de autonomia pedagógica e
administrativa e de gestão financeira (...).
Assim, o planejamento da educação constitui-se na espinha dorsal da
administração participativa da escola e de qualquer instituição ou empresa,
pois prevê as possibilidades e os recursos necessários para a concretização
das ações, visando cumprir metas e objetivos propostos. E o pedagogo é um
profissional que está apto a todos estes segmentos que atribui um significado
grandioso para o sucesso de qualquer instituição e empresas é assim sendo
,hoje começa a sentir a necessidade do pedagogo a frente das questões de
planejamento .
CONCLUSÃO
Deve-se sem dúvida atribuir o conhecimento adquirido. Tudo que
aprendemos fez com que refletisse e mudasse a nossa atuação como
educadores. Uma série de conhecimentos foi abordada conforme foi sendo
realizado na pesquisa . Tendo a certeza que o pedagogo deve sempre carregar
a certeza que o seu papel é de agente transformador do meio social.
Sendo pedagogo nunca deve esquecer-se de ter como ponto de partida o
quotidiano do aluno não restringindo informações. É necessário ampliar a gama
de conhecimentos que o individuo possui que para que ele amplie também o
seu entendimento. Para isso é necessário que o ponto de partida para os
varios campos de atuação do pedagogo, sejam as vivencias dos individuos
com as quais se convivem que são suas referencias e o primeiro passo do
processo é aquisição de novos conhecimentos. É interessante observar, que
numa sala de aula os alunos com curiosidade e interesse quase sempre são
despertados por algum acontecimento que, de uma forma ou de outra lhes
afetou diretamente. Trata-se de retirar a arte do âmbito da ordem da simetria,
da razão e até da beleza. Tradicionalmente confere que a formação,
conseqüência direta da informação, por sua própria natureza significa
configurar e, portanto, criar ideologia a partir do pondo de vista do emissor,
buscando desmistificar a atuação desprovida do saber.
Não se pode negar que no processo de pós graduação busquei vinculações,
possíveis interações dentro do sistema educacional, entre trabalho e educação,
embora nem sempre com grande sucesso. Porém testemunha-se um momento
de mudanças. Nesse processo, há convivência com uma série de
conhecimentos teóricos adquiridos e no decorrer do curso aprendi que como
pedagoga o meu papel é insubstituível .
Através da vivencia de algumas situações o que emergirão como
aspecto relevante para a compreensão; no compromisso com a educação
assim constituindo um momento de efetiva reflexão sobre os desafios e
problemas da prática como pedagogo que se caracteriza muito mais como
uma atividade rotineira.
Na verdade a obtenção do conhecimento tornou-se o eixo da ação. Afirma-
se que a educação tem percorrido caminhos ao longo da história que vão muito
alem dos meros reflexos na sociedade, passando a ser configurados como
agentes ativos no processo.
Analisando a educação como essência desde os primeiros instantes de vida
observa-se que a educação tem se tornado , um desafio, um instrumento para
responder as necessidades e valores da sociedade .
Sem suma no processo de socialização intervem fatores que contribuem para
a socialização do grupo construindo conhecimentos , e criando conexões ,
relacionando fatos e analisando argumentos .Pode entender então que a
educação como o estado de espírito, a disposição interior de aprender , de
descobrir , de relacionar , de construir .
Precisa-se encarar o profissionalismo , com dinamismo, amor e acima de
tudo e muito dedicação. Vale lembrar que estamos diante da possibilidade de
utilização de um instrumento que contribui para a construção da educação para
a cidadania, a partir da integração das forças de todos os sujeitos que direto
ou indiretamente atuam e se relacionam com a escola e com os níveis
educacionais.
E o mais importante: isso pode ser feito já. Não é preciso mais esperar para
mudar.
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