Pavimentos e Drenagem

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30-04-2013 1 PROF. LEONEL FADIGAS PROF. LEONEL FADIGAS PROF. LEONEL FADIGAS PROF. LEONEL FADIGAS Faculdade de Arquitetura Universidade Técnica de Lisboa 1 Drenagem As águas pluviais, em zonas urbanas, podem ter vários destinos: cair na cobertura dos edifícios e pátios , sendo encaminhadas para tubagens de queda e ramais domiciliários que drenam para coletores; cair diretamente sobre áreas pavimentadas, como parques de estacionamento, arruamentos, jardins, drenando por dispositivos intercetores, que drenam para coletores; cair em áreas permeáveis, infiltrando-se uma parte da água no solo seguindo o excedente para linhas de água ou para áreas pavimentadas. Drenagem É aconselhável limitar a velocidade média do escoamento da água pluvial nos arruamentos para que não ocorra um desgaste significativo dos pavimentos, nem desconforto para os peões e condutores de bicicletas e motos. Drenagem Cálculo do caudal a drenar (Método racional): Q=C x I x A Q - Caudal (m 3 /s) C - Coeficiente de escorrimento I - Intensidade da precipitação (m3/ha/s) A - Área da bacia a drenar (ha) Áreas rurais Tipo de superfície Coeficiente de escorrimento (c) Pavimento de betão ou asfalto 0,8-0,9 Pavimento de macadame 0,6-0,8 Pavimento de grevilha 0,4-0,6 Terra decapada (nua, sem a camada superficial) 0,2-0,9 Talude 2:1 revestido com vegetação herbácea 0,5-0,7 Áreas florestadas 0,1-0,3 Campos agrícolas 0,2-0,4 Áreas urbanas Área residencial plana com cerca de 30% da área impermeabilizada 0,4 Área residencial plana com cerca de 60% da área impermeabilizada 0,55 Área residencial moderadamente inclinada com cerca de 50% da área impermeabilizada 0,65 Área residencial moderadamente inclinada com cerca de 70% da área impermeabilizada 0,8 Área comercial plana com cerca de 90% da área impermeabilizada 0,8 Drenagem Para declives pouco inclinados ou solos permeáveis, utilizar os valores mais baixos; para declives inclinados ou solos impermeáveis, utilizar os valores mais altos. Drenagem O coeficiente de escorrimento (C)depende da capacidade de retenção de água pelo solo. O seu efeito está associado à quantidade de água existente no solo; à intensidade e duração da precipitação; ao atraso do escoamento superficial no terreno; à dimensão e capacidade de escoamento das linhas de água e da rede de coletores. A intensidade de precipitação (I) deve ser considerada para condições críticas

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PROF. LEONEL FADIGASPROF. LEONEL FADIGASPROF. LEONEL FADIGASPROF. LEONEL FADIGASFaculdade de Arquitetura

Universidade Técnica de Lisboa

1

Drenagem� As águas pluviais, em zonas urbanas, podem ter vários destinos:

� cair na cobertura dos edifícios e pátios , sendo encaminhadas para tubagens de queda e ramais domiciliários que drenam para coletores;

� cair diretamente sobre áreas pavimentadas, como parques de estacionamento, arruamentos, jardins, drenando por dispositivos intercetores, que drenam para coletores;

� cair em áreas permeáveis,� infiltrando-se uma parte da água no solo

� seguindo o excedente para linhas de água ou para áreas pavimentadas.

Drenagem� É aconselhável limitar a velocidade média do

escoamento da água pluvial nos arruamentos para que não ocorra um desgaste significativo dos pavimentos,

� nem desconforto para os peões e condutores de bicicletas e motos.

Drenagem � Cálculo do caudal a drenar (Método racional):

� Q=C x I x AQ - Caudal (m3/s)

C - Coeficiente de escorrimento

I - Intensidade da precipitação (m3/ha/s)

A - Área da bacia a drenar (ha)

Áre

as r

ura

is

Tipo de superfície Coeficiente de

escorrimento (c)

Pavimento de betão ou asfalto 0,8-0,9

Pavimento de macadame 0,6-0,8

Pavimento de grevilha 0,4-0,6

Terra decapada (nua, sem a camada superficial) 0,2-0,9

Talude 2:1 revestido com vegetação herbácea 0,5-0,7

Áreas florestadas 0,1-0,3

Campos agrícolas 0,2-0,4

Áre

as u

rban

as

Área residencial plana com cerca de 30% da

área impermeabilizada

0,4

Área residencial plana com cerca de 60% da

área impermeabilizada

0,55

Área residencial moderadamente inclinada com

cerca de 50% da área impermeabilizada

0,65

Área residencial moderadamente inclinada com

cerca de 70% da área impermeabilizada

0,8

Área comercial plana com cerca de 90% da área

impermeabilizada

0,8

Drenagem

Para declives pouco inclinados ou solos permeáveis, utilizar os valores mais baixos; paradeclives inclinados ou solos impermeáveis, utilizar os valores mais altos.

DrenagemO coeficiente de escorrimento (C)depende da

capacidade de retenção de água pelo solo.� O seu efeito está associado

� à quantidade de água existente no solo;� à intensidade e duração da precipitação;� ao atraso do escoamento superficial no terreno; � à dimensão e capacidade de escoamento das linhas de

água e da rede de coletores.

� A intensidade de precipitação (I) deve ser considerada para condições críticas

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Drenagem

Leito de cheiaLeito visível

Leito subterrâneo

Fadigas, Leonel (2011). Fundamentos ambientais do ordenamento do

território e da paisagem (2ªed.). Edições Sílabo. Lisboa

DeslizamentoInfiltração

Camada impermeável

Deslizamento

Fadigas, Leonel (2011). Fundamentos ambientais do ordenamento do

território e da paisagem (2ªed.). Edições Sílabo. Lisboa

Drenagem

ARGILA

Permeabilidade reduzidaEscorrimento elevado

TERRENO FRANCO

Permeabilidade moderadaEscorrimento moderado

Fadigas, Leonel (2011). Fundamentos ambientais do ordenamento

do território e da paisagem (2ªed.). Edições Sílabo. Lisboa

AREIA

Permeabilidade elevadaEscorrimento reduzido

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Drenagem

DrenagemDrenagem

Taludes Taludes

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Taludes Pavimentos

Pavimentos Pavimentos

Pavimentos Pavimentos e vegetação

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Pavimentos e vegetação Pavimentos e vegetação

Pavimentos e vegetação