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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL PAULO VICTOR CRUVINEL SBROGGIO RAFAEL DA SILVA CASTRO DIRETRIZES PARA MELHORIA NO PLANEJAMENTO E CONTROLE DE OBRAS EM EMPREENDIMENTOS MULTIHABITACIONAIS REPETITIVOS - ESTUDO DE CASO GOIÂNIA 2013

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

PAULO VICTOR CRUVINEL SBROGGIO

RAFAEL DA SILVA CASTRO

DIRETRIZES PARA MELHORIA NO PLANEJAMENTO E CONTROLE

DE OBRAS EM EMPREENDIMENTOS MULTIHABITACIONAIS

REPETITIVOS - ESTUDO DE CASO

GOIÂNIA

2013

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PAULO VICTOR CRUVINEL SBROGGIO

RAFAEL DA SILVA CASTRO

DIRETRIZES PARA MELHORIA NO PLANEJAMENTO E

CONTROLE DE OBRAS EM EMPREENDIMENTOS

MULTIHABITACIONAIS REPETITIVOS - ESTUDO DE CASO

DE OBRA VERTICAL EM GOIÂNIA - GO

Trabalho de Conclusão de Curso II.

Orientador: Prof. Dr. Ulisses Ulhôa

Goiânia - GO

2013

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FOLHA DE APROVAÇÃO

Trabalho de conclusão de curso defendido e aprovado em

16/12/2013 pela banca examinadora.

_________________________________________________________

Prof. Eng. Ulisses Guimarães Ulhôa – Orientador

__________________________________________________________

Profa. Eng. Maria Carolina Gomes de Oliveira Brandstetter

___________________________________________________________

Prof. Eng. Marcio Belluomini Moraes

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1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................... 6

1.1 TEMA ................................................................................................................................... 6

1.2 JUSTIFICATIVA ...................................................................................................................... 6

1.3 OBJETIVO GERAL .................................................................................................................. 8

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................................................... 9

2.1 CONCEITOS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE ................................................................................... 9

2.1.1 PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO ................................................................................................... 10

2.1.2 PLANEJAMENTO DE MÉDIO PRAZO ................................................................................................... 11

2.1.3 PLANEJAMENTO A CURTO PRAZO ..................................................................................................... 12

2.1.4 O PLANEJAMENTO E A IMPORTÂNCIA NA INTEGRAÇÃO DOS PLANOS ....................................................... 13

2.1.5 O PLANEJAMENTO E SUAS INCERTEZAS .............................................................................................. 14

2.2 TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO .................................................................................................... 14

2.2.1 TÉCNICAS DE REDE ......................................................................................................................... 15

2.2.2 LINHA DE BALANÇO ........................................................................................................................ 17

2.2.3 CRONOGRAMA DE BARRAS .............................................................................................................. 18

3 METODOLOGIA ..................................................................................................................... 19

3.1 ESTRATÉGIA DA PESQUISA ......................................................................................................... 19

3.2 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ..................................................................................... 20

3.3 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA .................................................................................................. 24

3.4 COLETA DE DADOS – PLANEJAMENTO ........................................................................................... 25

3.4.1 PLANEJAMENTO LONGO PRAZO ....................................................................................................... 26

3.4.2 PLANEJAMENTO MÉDIO PRAZO ........................................................................................................ 30

3.4.3 PLANEJAMENTO CURTO PRAZO ........................................................................................................ 31

3.4.4 MEDIÇÕES MENSAIS REALIZADAS ..................................................................................................... 32

4 ANÁLISE DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO ............................................................................. 43

4.1 ANÁLISE DE PERCENTUAL CONCLUÍDO .......................................................................................... 43

4.2 ANÁLISE DOS PROBLEMAS E MELHORIAS IDENTIFICADOS ............................................................... 48

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5 DIRETRIZES PARA MELHORIA DO CONTROLE DO PLANEJAMENTO .......................................... 54

6 CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 59

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1 INTRODUÇÃO

1.1 TEMA

Nos últimos anos, muitas empresas da construção civil têm buscado melhorar seus sistemas

de Planejamento e Controle da Produção como uma das formas de aprimorar o

desempenho de empreendimentos em termos de custo e prazo, além dos constantes

objetivos de aumentar a qualidade e a produtividade.

Este estudo busca acompanhar o planejamento de um empreendimento de caráter

repetitivo, definindo diretrizes de forma a possibilitar empresas a melhoria do seu

planejamento. Com isto, procura-se garantir um maior rigor no cumprimento do cronograma

da obra.

Nesse contexto, busca-se analisar o ritmo de execução de serviços de uma torre do

condomínio, identificando na etapa de planejamento da produção o ritmo de execução das

atividades e se a conclusão parcial dos serviços está de acordo com o planejado. A técnica

utilizada para a análise, a longo prazo, dos serviços executados nestas torres foi o gráfico

Tempo x Caminho, que representa o ritmo de serviço adotado no empreendimento. A partir

deste estudo, busca-se identificar se o cronograma da obra está de acordo com o que foi

planejado, e desta forma, apresentar ações preventivas na fase de planejamento, de modo

que crie condições para reduzir os atrasos no decorrer da obra.

Portanto, o propósito deste estudo é identificar as falhas mais recorrentes no

empreendimento em função do planejamento pré-estabelecido e garantir o cumprimento do

cronograma determinado.

1.2 JUSTIFICATIVA

A competitividade no setor da Construção Civil e o aumento das exigências dos clientes

finais têm pressionado as empresas a oferecer produtos de melhor qualidade, com prazos e

custos cada vez menores. Entretanto, “a qualidade começa, efetivamente, na fase de

planejamento” (GHINATO, 1996), permitindo bom desempenho do processo a ser

executado, bem como sua programação em condições ambientais e operacionais

favoráveis.

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Em resposta às necessidades de evolução e mudança gerencial, o setor da construção civil

tem procurando desenvolver sistemas e modelos de gestão, que contribuem para o

melhoramento do desempenho do processo de construção e de seu produto final

(FORMOSO et al., 1993; SOARES; CHINELLI, 1998).

A habilidade de antever possíveis barreiras à execução de um empreendimento capacita-as

a trabalharem em ambientes incertos, e a solucionar eventuais problemas, protegendo,

assim, a produção (SANTOS, 2001).

Planejamento pode ser entendido como um processo de estabelecimento de objetivos bem

como dos procedimentos para atingi-los, sendo efetivo somente se acompanhado do

controle das atividades executadas (FORMOSO, 1991). Por se tratar de um processo

continuo, e não somente de uma única atividade, o planejamento deve começar o mais cedo

possível e continuar durante toda a construção do empreendimento (LAUFER; TUCKER,

apud BERNARDES 1987; COHENCA et al., 1994).

Entretanto, a gestão de processos é negligenciada por uma parcela dos profissionais da

área que não se utilizam corretamente destas ferramentas de Planejamento e Controle da

Produção - PCP. Existe falta de planejamento antes do início da produção, o que acarreta a

execução sem um estudo e constantes mudanças no plano de ataque da obra (TAVARES et

al., 2004). SILVA (1994) coloca a baixa utilização de métodos de planejamento e gestão

como uma das causas que dão origem às condições que caracterizam o atraso na

Construção Civil.

A eficiência nos processos produtivos surge, então, como um objetivo a ser alcançado pelas

empresas construtoras a fim de se garantir a sua lucratividade e, por conseguinte, assegurar

sua permanência no mercado (ARAÚJO; SOUZA, 2001).

Estudos realizados no Brasil e no exterior comprovam que o processo de PCP cumpre um

papel fundamental nas empresas (BULHÕES; FORMOSO; AVELLAN, 2003). Estes indicam

que o planejamento é um elemento chave que influencia diretamente o desempenho da

produção de obras (BERNARDES, 2001). Deficiências no planejamento e controle estão

entre as principais causas da baixa produtividade do setor, das suas elevadas perdas e da

baixa qualidade de seus produtos (BULHÕES; FORMOSO; AVELLAN, 2003).

Diversos autores destacam a importância do planejamento para o êxito na organização das

várias entidades que compõem a realização de um empreendimento, sendo considerada

uma função gerencial básica (LAUFER e TUCKER, 1987).

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Sendo assim, o proposito deste estudo de caso objetiva elevar o comprometimento da

equipe de canteiro de obras com o planejamento da produção, de forma a integrar os

planejamentos de médio e curto prazo e erradicar possíveis falhas cumprimento do

planejamento da obra.

1.3 OBJETIVO GERAL

O objetivo geral deste trabalho consiste em formular diretrizes para melhorar os níveis de

planejamento e controle de um empreendimento multifamiliar.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 CONCEITOS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE

O planejamento pode ser definido como o processo de desenvolvimento de alternativas e a

escolha de uma, dentre as várias identificadas, de acordo com determinados critérios,

visando à consecução de determinado objetivo futuro (BIO, 1985). O processo de

planejamento tem sido colocado como uma forma de garantir uma melhor coordenação

entre os vários intervenientes, auxiliando a direção da empresa a esclarecer os objetivos do

empreendimento e estabelecer um padrão com o qual o progresso da construção pode ser

monitorado (LAUFER e TUCKER, 1987).

Além disso, Ballard e Howell (1996) citam que o planejamento produz metas que

possibilitam o gerenciamento dos processos produtivos, enquanto o controle garante o

cumprimento dessas metas, bem como avalia sua conformidade com o planejado,

fornecendo, assim, informações para preparação de planos futuros.

Considerando que uma função importante do gerenciamento da construção é o

planejamento, este deve responder as seguintes questões (LAUFER; TUCKER, 1987):

O que deve ser feito? (atividades);

Como fazer? (métodos);

Quem deve fazer? (recursos);

Quando deve ser feito? (seqüência e tempo).·.

Laufer e Tucker (1987) apresentam uma definição que se aproxima das apresentadas

anteriormente, na qual o planejamento é considerado como um processo de tomada de

decisão realizado para antecipar uma desejada ação futura, utilizando para isso meios

eficazes para concretizá-la. Este processo é composto dos seguintes elementos (LAUFER

et al., 1994):

(a.) Um processo de tomada de decisão para decidir o quê e quando executar

ações em determinado ponto no futuro;

(b.) Um processo de integração de decisões interdependentes, configurando um

sistema que busca cumprir os objetivos do empreendimento;

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(c.) Um processo hierárquico envolvendo desde a formulação de diretrizes gerais

a objetivos, através da consideração dos meios e restrições que levam a um detalhado

curso de ações;

(d.) Um processo que inclui uma cadeia de atividades compreendendo a busca

de informações e sua análise, desenvolvimento de alternativas, análise e avaliação das

mesmas e escolha da solução;

e.) Uma análise do emprego sistemático de recursos, em seus vários níveis de

desenvolvimento;

f.) Apresentação documentada, em forma de planos.

Segundo Laufer e Tucker (1987), o planejamento e o controle são duas atividades

indissociáveis e integradas em um mesmo ciclo. De fato, sem o planejamento não é possível

verificar se o trabalho designado está sendo executado para cumprir os objetivos da obra

(BALLARD; HOWELL, 2003).

Portanto, neste trabalho, o conceito utilizado é o proposto por Ballard e Howell, no qual o

processamento pode ser considerado um processo de tomada de decisões ocasionado por

ações que previnem o futuro e ajuda a executa-los.

2.1.1 Planejamento de Longo Prazo

Devido às incertezas geradas no processo produtivo, o planejamento de longo prazo deve

oferecer um baixo nível de detalhes. De acordo com Laufer (1997) apud Bernardes (2001),

esse tipo de planejamento designa o plano mestre e salienta que esse deve ser empregado

para promover a assimilação dos objetivos fundamentais da empresa.

Conforme Tommelein e Ballard (1997), este plano propõe as tarefas a serem realizadas

através de metas comuns. Destina-se à alta gerência, desde que sustente as informações a

respeito das atividades que estão sendo efetuadas. “O plano de longo prazo serve, também,

de base para o estabelecimento de contratos, fornecendo um padrão de comparação no

qual o desempenho dos empreendimentos pode ser monitorado”.

Este impõe à obra uma definição quanto ao ritmo das atividades, determinando a estratégia

de ataque. Permite, com isso, um sequenciamento das atividades sem que haja conflito

espacial e possibilita uma melhoria no fluxo produtivo (materiais e mão de obra). Toda esta

sistemática é baseada na utilização de técnicas de programação, definindo a duração

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máxima para execução dos serviços, além das previsões de início e término do

empreendimento e das macro atividades (KUREK et al., 2005).

2.1.2 Planejamento de Médio Prazo

O planejamento de médio prazo vincula as metas fixadas no plano mestre com aquelas

designadas no curto prazo (FORMOSO et al. 2001). Segundo Ballard (1997), o

planejamento neste nível tende a ser móvel, sendo denominado Lookahead planning (plano

“olhar para frente”). É considerado como um componente fundamental no avanço de eficácia

do plano de curto prazo e para a redução de gastos e durações.

Os processos que fazem parte deste planejamento propõem a metodologia de construir o

que será empregado, além de especificar os procedimentos construtivos e a assimilação

dos recursos indispensáveis ao seu cumprimento (TOMMELEIN e BALLARD, 1997). Além

das quantificações dos recursos disponíveis no canteiro, as restrições também são

analisadas por estarem relacionadas ao cumprimento das tarefas.

A execução do Lookahead planning é baseada no diagnóstico do planejamento de longo

prazo. Para desenvolvê-la o responsável identifica, por meio de seleção, as atividades que

devem estar compreendidas no planejamento de médio prazo (TOMMELEIN e BALLARD,

1997). Este plano possibilita a fixação das metas no curto prazo, garantindo a

disponibilidade de recursos e a eliminação das restrições presentes no processo construtivo

(HEINECK et al., 2004). Este resulta em custos mais baixos e na diminuição dos tempos de

execução porque é tido como elemento fundamental de melhoria no plano operacional

(BALLARD, 1997). As restrições presenciadas neste nível gerencial também são

consideradas, permitindo sua identificação e eliminação (TOMMELEIN e BALLARD, 1997;

TOMMELEIN, 1998).

O planejamento de médio prazo possibilita também ajustar as atividades de longo prazo,

que garantam a compatibilidade entre os recursos disponíveis, a capacidade de produção

das equipes e o cumprimento de prazos e custos; além um fluxo produtivo ordenado e a

execução de atividades interdependentes em agrupamentos (BALLARD, 1997). Com isto,

protegem-se os planos de curto prazo das incertezas e faz-se a importante ligação entre

estes e os planos de longo prazo (SANTOS e PIRES, 2002).

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2.1.3 Planejamento a Curto Prazo

O planejamento de curto prazo tem como objetivo nortear de modo direto a execução da

obra, através da atribuição de recursos necessários para a execução das tarefas ou

operações, além da verificação dos problemas ocorridos com as tarefas já executadas.

Ballard e Howell (1998), no nível de curto prazo, propõem que o planejamento deve ser

desenvolvido através da realização de ações direcionadas a proteger a produção contra os

efeitos da incerteza. Assim, estes afirmam que se pode proteger a produção através da

utilização de planos passíveis de serem atingidos, que foram submetidos a uma análise do

cumprimento de seus requisitos e das razões pelas quais as tarefas planejadas não são

cumpridas. Para elaboração desse tipo de plano, algumas condições devem ser

estabelecidas, como: definição, disponibilidade, sequenciamento, tamanho e aprendizagem.

Essas exigências são obtidas de maneira que se designem requisitos de preparação de

planos passíveis de serem abrangidos.

Para Bernardes (2001), duas importantes avaliações podem ser obtidas a partir do

planejamento de curto prazo. A primeira é o cálculo do indicador PPC – Percentual de

Planejamento Concluído, que é a relação entre o número total de tarefas concluídas na

semana, em relação ao número total de tarefas programadas, em que se considera como

porcentagem regular 65%. A segunda é a identificação das causas do não cumprimento das

metas estabelecidas.

Conforme Silveira et al. (2003), o indicador PPC objetiva avaliar a qualidade do plano de

curto prazo. Oliveira (1999) afirma que o indicador faz-se necessária somente quando existe

uma preocupação efetiva em se aprender com os erros e melhorar. A utilização somente do

PPC não garante a melhoria do processo, sendo necessário registrar e analisar as causas

dos problemas, dando suporte à tomada de decisões.

Neste plano pode-se prever a sequência de execução das atividades programadas, com

base nas tarefas antecessoras e na disponibilidade de mão de obra, materiais e

equipamentos do empreendimento, além de ser utilizado como ponto de partida para o

planejamento tático (FORMOSO, 1991, apud BERNARDES, 2001; BALLARD e HOWELL,

1997). Nele são registradas as causas para o não cumprimento das atividades programadas

observadas no final de ciclo de curto prazo (neste caso, semanal), com a utilização de

ferramentas como Last Planner (Bernardes, 2001; Heineck et al., 2004).

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2.1.4 O Planejamento e a importância na integração dos planos

Ao considerar os horizontes de tempo do planejamento, Ghinato (1996) cita a importância

de integração com o intuito de que estes trabalhem interligados uns com os outros, ou seja,

para criar uma harmonia entre os planos de médio e longo prazo, por meio da programação

de curto prazo. Esta última programação é responsável por apontar o índice de eficiência

dos demais planos (KEMMER et al., 2006).

Como garantia dessa integração, é fundamental a imposição dos ritmos de execução das

atividades definidas em cada nível gerencial (COELHO e FORMOSO, 2005). Assim,

permite-se disponibilizar recursos que não interfiram no sequenciamento das atividades

programadas (Tommelein e Ballard, 1997; Alves, 2000) e a retroalimentação dessas

informações permite relacionar os pontos deficientes no processo construtivo, como também

ajuda na implementação de ações corretivas imediatas (GHINATO, 1996).

Quando “os diferentes níveis de decisão do planejamento não estão integrados” (Laufer e

Tucker, 1987), presencia-se a falta de comunicação e uma execução desordenada, se

comparada ao que antes foi programado. Goldratt e Cox (1997) reforçam esta falta de

comprometimento quando relatam que os propósitos e as metas de uma organização

requerem esforços sincronizados entre os envolvidos e não esforços individuais.

Figura 2.1 – Fluxograma para elaboração do plano de curto prazo, BALLARD; HOWEL apud CHOO et al.(1999).

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2.1.5 O Planejamento e suas incertezas

MURGEL (1981); afirma que o simples fato de elaborar o planejamento de um

empreendimento, por mais completo que seja, não garante que tudo ocorrerá conforme

planejado. Isto porque todo empreendimento sofre interferências durante o seu

desenvolvimento; porém este grau de incerteza tende a diminuir ao passo que o

empreendimento se desenvolve, quando as aferições/avaliações são realizadas e os

desvios em relação ao planejado são corrigidos ou quando não, são introduzidas revisões

dos planos, as quais os aproximam mais da realidade.

MURGEL (1981) ressalta ainda que a experiência nos vários tipos de empreendimentos e o

aprendizado na forma de gerenciá-los diminui o grau de incerteza presente, geralmente, no

início do planejamento.

ASSUMPÇÃO (1996) e MENDES JR. (1999) afirmam que no canteiro de obras, o

planejamento, seja qual nível de detalhamento se consiga fazê-lo, ainda é pouco utilizado.

Segundo MENDES JR. (1999), isso ocorre pelos seguintes motivos:

a) O planejamento realizado no escritório muitas vezes não condiz com a realidade da

obra;

b) Dificuldade para atualização dos planos por parte dos responsáveis pelo

planejamento, na maioria das vezes por não disporem de informações do canteiro em tempo

e na forma adequada;

c) Falta de integração vertical do planejamento

Isso pode demonstrar a falta de integração da equipe de produção com a equipe de

planejamento. Desta forma é necessário buscar o desenvolvimento de ferramentas

adequadas, como a qualidade das ordens de serviço como um meio de envolvimento da

equipe de produção no processo de planejamento.

2.2 TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO

Muitas técnicas podem ser utilizadas para a analise do empreendimento em questão, não

obstante, as técnicas de rede, baseadas no Método do Caminho Crítico – CPM (Critical Path

Method) são as mais difundidas, devida a grande quantidade de produtos computacionais

disponiveis no mercado.

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Outra técnica para preparação de planos é a Linha de Balanço, destinada aos

empreendimentos com características repetitivas, tais como prédios altos ou condomínios

habitacionais, por exemplo. Na prática, esta técnica tem sido utilizada em projetos com alto

grau de repetição, e com um número relativamente baixo de atividades discretas

(HEINRICH; TILLEY; KOSKELA, 2005).

Quaisquer que sejam as técnicas utilizadas para a preparação dos planos, as mesmas

devem ser hierarquizadas através dos níveis de planejamento, já que cada nível possui uma

função especifica no processo, principalmente no que tange a disponibilidade e alocação de

recursos no canteiro (HOWELL; BALLARD, 1996).

As técnicas de planejamento são baseadas em previsões ou metas em que são lançados

índices estimados, distribuídas datas prováveis e recursos mais coerentes.

2.2.1 Técnicas de rede

A Técnica de Avaliação e Revisão de Programas – PERT (Program Evaluation and Review

Technique), de caráter probabilístico, foi desenvolvida em 1957 para uso do Departamento

de Defesa dos Estados Unidos na execução de Polaris, um míssil que envolveu em seu

projeto, 250 empreiteiros, cerca de 9.000 subempreiteiros e a fabricação de 70.000

componentes. (LIMMER, 1997).

A técnica CPM foi desenvolvida também em 1957 pela EI Dupont de Neymours (fundada por

Eleuthere Irenee du Pont), Estados Unidos, uma empresa de produtos químicos que ao

expandir seu parque fabril, resolveu planejar suas obras por meio de técnica de redes. O

CPM tem caráter determinístico (LIMMER,1997). Esta foi criada visando cumprir prazos, não

focando na melhora da eficiência na utilização dos recursos (BIRREL, 1980).

Segundo Limmer (1997) as duas técnicas foram se fundindo, passando à denominação

PERT/CPM para o tipo de rede onde as atividades são representadas por setas.

Para elaborar uma rede de planejamento, Limmer (1997) aponta as seguintes etapas:

a) Listar todas as atividades do projeto;

b) Estabelecer a ordem de execução das atividades (a lógica da rede);

c) Determinar a duração de cada atividade;

d) Determinar o evento inicial e final da rede;

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e) Determinar as atividades que podem ser executadas em paralelo;

f) Calcular as datas dos eventos iniciais e finais de cada atividade.

O planejamento em redes requer a divisão em atividades especificas que são organizadas

em uma sequência buscando a menor duração. Uma atividade na rede PERT/CPM é uma

parte da cadeia de trabalho total de uma equipe ou é ela própria uma atividade de trabalho

completo (MENDES JR, 1999).

Os métodos de rede determinam as datas de início e fim das atividades sem planejarem seu

ritmo de execução (MENDES JR, 1999).

As principais vantagens da técnica de redes, segundo MENDES JR (1999) são:

a) Ajuda a determinar a lógica de construção da produção;

b) Permite a visualização dos desvios no tempo e sua influência diante da produção.

Diversos autores consideram a técnica de redes indispensável para a programação de obras

(LEVITT et al., 1988), enquanto não existem técnicas mais adequadas (LAUFER; TUCKER,

1987).

Segundo MURGEL (1981), a utilização das técnicas PERT e COM com nível de

detalhamento elevado das atividades a serem programadas, traz algumas desvantagens

entre as quais pode-se destacar.:

a) A rede resultante é muito grande, dificultando a leitura devido ao grande número de

atividades e de inter-relacionamentos;

b) Os tempos resultantes para a execução de algumas atividades são considerados

pequenos em consequência disto, verifica-se a necessidade de um acompanhamento e

controle do andamento destas atividades de pequenas durações, praticamente

impossibilitando, ou tornando ineficiente a ação.

Resumindo, estas técnicas de programação são utilizadas como base para a elaboração de

orçamentos e nivelamento dos recursos e constituem-se elementos permanentes de cotejo

entro o andamento real da obra e o programado no que diz respeito aos parâmetros tempo,

custos e recursos. (CHEHAYEB; ABOURIZK, 1998; LU; ABOURIZK, 2000 e BARRAZA et

al., 2000).

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2.2.2 Linha de Balanço

Algumas obras podem ser caracterizadas pela repetição, as obras de natureza linear tais

como a construção de rodovias, ferrovias, tubo vias, e as obras de conjuntos habitacionais e

alguns tipos de edifícios, onde o mesmo serviço é executado diversas vezes ao longo do

empreendimento. (LIMMER, 1997).

A linha de balanço foi criada para processos de produção, sendo depois adaptada também

para planejamento e controle de projetos (LUMSDEN, 1968, apud MENDES, 1999). Ela

possibilita que as atividades repetitivas sejam programadas em termos do seu ritmo de

produção ou de conclusão, isto é, o número de unidades de equipes existente executa

determinada atividade e consegue concluí-la numa unidade de tempo. Este ritmo de

produção é então mostrado num gráfico, com o eixo horizontal representando o tempo, e o

eixo vertical as unidades produzidas. Com isto é possível a elaboração um gráfico de fácil

compreensão e que determinará "quem" estará fazendo "o quê" e "aonde".

As principais vantagens da técnica Linha de Balanço são:

a) Facilidade de entendimento do gráfico, no planejamento e na execução.

b) Possibilidade de através da Linha, elaborar tabelas de programação para serem levadas

à obra. Nestas tabelas seriam descritas informações referentes à utilização de mão-de-obra,

equipamentos e componentes de construção, permitindo a programação de contratação de

pessoal e da aquisição e uso dos materiais em obra.

c) A repetitividade proporciona uma especialização da mão-de-obra.

d) A fixação de metas bem definidas proporciona uma maior motivação na mão-de-obra.

e) Surgimento do efeito aprendizagem.

As desvantagens da técnica Linha de Balanço são:

a) Especialização da mão-de-obra, conhecendo apenas a tarefa que executa.

b) Necessidade de um projeto integrado à forma de execução.

c) Dificuldade de se considerar o grande número de variáveis influentes no processo

construtivo. Várias atividades exigem uma sequência de execução diferente do andamento

da obra, causando desta maneira escalas diferentes para a mesma Linha de Balanço.

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d) Necessidade de se elaborar uma programação a parte para serviços não repetitivos.

2.2.3 Cronograma de Barras

O diagrama de barras, também chamado de Gráfico de Gantt é o mais simples método de

planejamento, e o mais utilizado na construção civil, tanto para planejamento quanto para

controle de obras (MENDES JR, 1999).

O cronograma de barras é construído listando-se as atividades de um projeto em uma

coluna e as respectivas durações, representadas por barras horizontais, em colunas

adjacentes, com extensão de acordo com a unidade adotada de tempo no projeto (LIMMER,

1997)

Segundo SCHMITT (1992), as etapas para o uso do diagrama de Gantt correspondem à:

a) Definir a estrutura da programação – por meio da análise de projeto e definir as

atividades que irão ocorrer na obra;

b) Definir a equipe básica para as atividades – número de equipes a serem utilizadas e

as durações correspondentes;

c) Definir a sequência de atividades – indicar para cada atividade as respectivas

atividades sucessoras;

d) Construir o gráfico de barras.

ASSUMPÇÃO (1988) ressalta que o gráfico de barras com seu poder de comunicação

representa também uma interessante ferramenta de acompanhamento e controle, na

medida em que pode-se representar também por meio de barras, o desenvolvimento real da

obra, comparado com o programado.

Tem como desvantagem não mostrar com clareza a interdependência das atividades, além

da necessidade de determinar as datas de inicio e fim, assim como as folgas, por outra

técnica, e antes do inicio da montagem deste cronograma (LIMMER, 1997).

O diagrama de Gantt é falho no aspecto gerencial, visto que este método não é capaz de

informar, com eficiência, quais atividades devem ser realizadas no caso de ocorrerem

atrasos na obra (SÃO THIAGO; SOARES, 1999).

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19

3 METODOLOGIA

Apresenta-se neste capítulo como a presente pesquisa foi realizada. Contém

essencialmente informações sobre a estratégia de pesquisa adotada, e sobre os métodos

de coleta de dados. Como tal, este capítulo é o ponto de partida para as etapas seguintes

de conteúdo empírico e de análise do presente trabalho.

3.1 ESTRATÉGIA DA PESQUISA

A metodologia utilizada neste trabalho tem como caminho o seguinte organograma da

Figura 3.1:

FIGURA 3.1 - Método de Pesquisa

A pesquisa seguinte foi realizada em três etapas. A primeira dela compreendeu na

formulação da pesquisa aliado a revisão bibliográfica. Nas etapas seguintes foi realizado um

estudo de caso em um canteiro de obra na cidade de Goiânia, e posteriormente, a análise

do sistema de planejamento procurando apresentar diretrizes para a melhoria do controle de

planejamento já empregado, erradicando as não conformidades presentes.

Na parte da revisão bibliográfica, primeira etapa, a elaboração de estrutura teórica e

formulação da questão de pesquisa foram realizadas com embasamento em conceitos

teóricos e estudos realizados na área de planejamento e controle de obras, além de artigos

e teses realizados na área de qualidade e produtividade.

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20

Segundo VERGARA (2005) a revisão bibliográfica tem funções tais como permitir que o

autor tenha maior clareza na formulação do problema de pesquisa e facilitar a formulação de

hipóteses e suposições sinalizando para o método mais adequado à solução do problema.

A partir da revisão do referencial teórico, para aprofundamento nos conceitos e importância

do planejamento e controle da produção, optou-se pela tentativa de apresentar diretrizes

para a melhoria do controle de planejamento.

Na segunda etapa do trabalho, foram Coletados dados do empreendimento/empresa e

Análise do sistema de Planejamento realizado no Estudo de Caso do empreendimento

multifamiliar. Na caracterização do empreendimento e empresa foram definidos os critérios

de escolha do estudo de caso em questão e detalhou-se o tipo de obra da presente

pesquisa, apresentando o cronograma financeiro e layout de plantas dos apartamentos.

Durante a coleta de dados, teve-se acesso aos diferentes níveis de planejamento presentes

na obra.

Estas medições foram acompanhadas de outubro a novembro de 2013. Com estes dados,

apresenta-se um gráfico do percentual de planejamento concluído, analisando as atividades

e os principais pontos de interferências no planejamento, notados durante a execução da

obra. Procuraram-se identificar algumas justificativas para os problemas encontrados na

implantação da obra, principalmente os referentes ao planejamento e fluxo de produção.

Na etapa final foram apresentadas diretrizes para a melhoria do planejamento e controle,

visando antecipar e reduzir os problemas encontrados na segunda etapa. O objetivo desta

etapa foi apresentar, na etapa de planejamento, diretrizes que permitam uma tomada de

decisões rápida e eficiente durante o andamento da obra cumprindo o cronograma

apresentado.

3.2 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

O empreendimento em que se realiza o estudo de caso de acompanhamento do

planejamento e controle de obra de curto e médio prazo se caracteriza por apresentar um

perfil residencial multifamiliar. Tem como característica a repetitividade da construção, uma

vez que todas as torres são muito semelhantes entre si, o que facilita a determinação dos

pontos chaves do controle e planejamento da obra. A repetitividade dá subsídio para que as

possíveis falhas que ocorram em uma das etapas sejam sanadas e assim sejam realizadas

ações preventivas para a realização dessa mesma etapa em um futuro próximo.

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21

A obra se localiza no setor Village Veneza ao lado do Residencial Granville (setor adjacente

ao Eldorado) região em que se concentraram muitos investimentos imobiliários nos últimos

cinco anos. O empreendimento X é constituído por 15 torres, que é subdividido em três

Condomínios Residenciais Multi-familiares: o de estudo apresenta seis torres, é o local em

que será realizado o acompanhamento.

As seis torres possuem seis apartamentos por andar (vinte andares) com pequenas

mudanças de planta baixa entre apartamentos. No total são 720 unidades, com uma Área

Construída de 86.340,14 m², Metragem do Terreno de 17.832,27 m², Área Equivalente de

79.957,78 m² e data de Término para Fevereiro de 2015.

As torres se encontram em certas fases de obra:

Torre C-1: Obra bruta/ Acabamento; Torre C-2: Estrutura/Obra bruta;

Torre C-3: Obra Bruta/Acabamento; Torre C-4: Acabamento; Torre C-5: Entrega;

Torre C-6: Entrega;

As figuras nas páginas próximas representam o projeto de implantação do empreendimento

em questão, X, constituído por seis torres acompanhado de área de vivência do residencial

e também a planta baixa de um pavimento tipo desse residencial. Figura 3.2 e Figura 3.3;

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FIGURA 3 2 - Lay Out Canteiro - Implantação

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FIGURA 3 3 - Planta Baixa Pavimento Tipo Torre C-1

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3.3 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

A empresa analisada está inserida no mercado da construção civil há muito tempo, além de

apresentar certificações como ISO9001 e PBQP-H. Estas certificações reafirmam que a

empresa apresenta um sistema de qualidade consolidado.

A empresa trabalha apenas com mão de obra terceirizada para a realização dos serviços

que geram medição. Os contratados estão em sua maioria em cargos de fiscalização e

administração da obra, como mestre de obras, encarregados, técnicos de segurança,

engenheiros civis, administrativos e estagiários.

Além disso, a quantidade de pessoas que atuam em cada cargo, como citado acima, pode

ser considerada pequena para um empreendimento de seis torres: um mestre de obras para

cada três torres; um encarregado de obra bruta e acabamento para cada torre; um

encarregado de instalações elétricas e hidráulicas para cada três torres; um engenheiro para

cada duas torres; um técnico de segurança para todas as torres; um estagiário por

engenheiro e um administrativo para a obra como todo.

Esse ponto será importante para a avaliação e análise do cumprimento do planejamento

prévio, uma vez que o corpo administrativo está diretamente ligado com o controle das

etapas de produção.

A maioria dos serviços segue um sequenciamento natural existente em qualquer obra, e

para dar seguimento a essa sequência é necessário a execução de um para o início do

próximo. Enfocando a questão da mão de obra terceirizada, por muitas vezes as empresas

que realizam cada serviço são diferentes, acarretando em quebras de sequência de serviço,

descontrole do cronograma a longo prazo e aumento dos serviços críticos de controle.

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3.4 COLETA DE DADOS – PLANEJAMENTO

O empreendimento em análise teve início em março de 2011, e até o mês de agosto de

2013 a questão do planejamento era feita de forma empírica, muitas vezes sem um

acompanhamento seguido de análise do que realmente acontecia em relação ao controle e

cumprimento do cronograma estabelecido. O empreendimento apresentava apenas

planejamento de longo prazo e a técnica utilizada para a execução da obra era o Diagrama

de Barras ou Gráfico de Gantt.

Como Limmer(1997) salientava as atividades do projeto em uma coluna e as respectivas

durações, representadas por barras horizontais eram feitas sem um estudo prévio de

composições unitárias de serviços, ou seja, os prazos eram dimensionados a partir do

“achismo”, de acordo com o que os gestores acreditavam ser um tempo hábil de realização

dos serviços.

Este atraso acontecia mesmo com a necessidade de se apresentar as progressões dos

cronogramas físicos e financeiros aos gestores de maior escalão. Devido a isso, durante

esse longo período de tempo, as empresas terceirizadas não tinham ferramentas para o

dimensionamento de suas equipes e ficavam a mercê das cobranças dos administradores

quando necessário.

Este fato foge bastante da lógica de planejamento que estrutura-se acima durante a revisão

bibliográfica, onde é recorrentemente apresentada à importância de um bom controle para

se cumprir os cronogramas.

A partir do mês de setembro foi contratada uma empresa de consultoria em planejamento e

controle de obras, responsável por reavaliar toda a estrutura desse setor de controle dentro

do empreendimento Joy. Inicialmente, foram identificados os “Marcos Zeros” no cenário

atual dos canteiros de cada torre. Esses por sua vez seriam as fases em que cada etapa de

serviço cada torre específica se encontrava.

Hoje o empreendimento possui os três tipos de planejamentos que foram apresentados na

revisão bibliográfica: Planejamento Longo Prazo, Planejamento Médio Prazo e

Planejamento Curto Prazo.

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3.4.1 Planejamento Longo Prazo

O planejamento de longo prazo do empreendimento hoje é realizado através da técnica de

linhas de balanço, essa por sua vez apresenta um planejamento das atividades gerais. A

duração das atividades é determinada em termos do ritmo de produção ou de conclusão de

cada uma, ou seja, elas são dimensionadas em função da quantidade de equipes que

executa o serviço juntamente com a produtividade do trabalho neste tipo de serviço.

Simplificando, esta técnica apresenta as atividades a serem desempenhadas e as durações

de execução de cada etapa de serviço em função do dimensionamento da equipe. A Figura

3.4 abaixo apresenta o gráfico Linha de Balanço do empreendimento a nível estratégico

(Longo Prazo). Esta figura se resume aos meses de outubro e novembro de 2013, meses

estes que foram objetos do estudo de caso.

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FIGURA 3.4 - Linha de Balanço Torre C-1

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29

O dimensionamento das equipes e prazos para a composição do planejamento de longo

prazo teve embasamento em banco de dados da empresa em questão, esses dados por sua

vez pertencem às composições unitárias da própria empresa, porém não eram utilizados

como método de dimensionamento antes.

O acompanhamento do Planejamento de Longo prazo é realizado de acordo com o

cumprimento do planejamento de curto prazo. Este apresenta relatórios semanais sobre as

atividades que devem ser desempenhadas. A composição de todas essas atividades

garante o cumprimento do Planejamento de Longo Prazo. É a partir do planejamento de

curto prazo que se identificam os problemas, as possíveis causas, as medidas corretivas a

serem implementadas e também o replanejamento que deve ser realizado.

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3.4.2 Planejamento Médio Prazo

Assim como Formoso (2001) defende, o planejamento de médio prazo do empreendimento

tem como objetivo o vínculo entre as metas fixadas no plano mestre (Planejamento de longo

prazo) com aquelas designadas no curto prazo. O que eles chamam de Planejamento Tático

serve essencialmente para garantir a disponibilidade de recursos e a eliminação das

restrições presentes no processo construtivo. Com isto, protege os planos de curto prazo

das incertezas e faltas de materiais ou mão-de-obra e faz-se a importante ligação entre

estes e os planos de longo prazo. O planejamento de médio prazo é, nessa obra, a

ferramenta principal para o setor de contratos da obra, já que é nele que se especificam

quais contratos de empresas prestadoras de serviços serão necessários ao longo do mês,

bimestre...

Na Figura 3.5 abaixo é representado o modelo de Planejamento Tático do empreendimento.

FIGURA 3.5 - Planejamento Tático - Médio Prazo

1

2

3

4

5

6

7

Responsável: _____________________________

Responsável

IRR: ____________

Linha de Produção\Serviço Ação de remoção Prazo Final

Obra: _________________________

Observações

Período: ____/____/_____ a ____/____/_____

Status Motivo

PLANEJAMENTO TÁTICO (ELIMINAÇÃO DE RESTRIÇÕES)

Tipo de Restrição

M.O MAT. EQP. OUTSEG.

Concluído no prazo Concluído fora do prazo Fora do Prazo (Urgência)

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3.4.3 Planejamento Curto Prazo

O planejamento de curto prazo na obra é chamado de Planejamento Operacional e tem a

função de nortear de modo direto a execução da obra. Nesta etapa, tem-se a cada semana

a definição dos serviços que serão realizados de acordo com o sequenciamento pré-

determinado pelo gráfico Linha de Balanço. As tabelas apresentam os serviços que serão

executados na semana, o pavimento em que será executado e se a atividade foi ou não

executada no prazo. Quando há atrasos, são relatados os motivos que ocasionaram o não

cumprimento deste cronograma. A Figura 3.6 abaixo apresenta um modelo de planilha

desse Planejamento Operacional – curto prazo.

Período: _____/_____/______ a _____/_____/______

seg. ter. quar. quin. sex.

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PLANEJAMENTO OPERACIONAL PLANILHA DE PROGRAMAÇÃO SEMANAL

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Status Motivo

12

10

11

Logo

Obra: ____________________________________________

Cod.

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3

4

5

6

7

8

9

Responsável: _____________________________

*

*

Equipe

OBRA BRUTA BL2,AP204 EMPREITEIRO X João

Concluido no prazo Concluido fora do prazo Fora do Prazo (Reprogramar)

Sempre que houver uma atividade com status "amarelo" ou "vermelho", um

motivo deve ser apontado. Procureutilizar a tabela de motivos informada no verso ou descreva o motivo caso não seja encontrado na tabela.

O nome do responsável pela verificação diária do andamento das atividades

Indique o nome do líder da equipe.Obs.: Não é o nome da tercerizada.

Descreva ou faça uma observação sobre a atividade:ex.: - Atividade de retrabalho- Empreiteiro X

Indique o local de trabalho, onde a atividade será realizada:Exemplo: (BLC,PV2,AP204)

Informe o nome da linha de produção,pacote,atividade,retrabalho,etc... , que serão programado para semana seguinte.Obs.: Procure lembrar 100% de todas as atividades que estão ocorrendo no setor produtivo.

1

Indica o numero da semana no mês.Ex: 1ª semama do mês - Semana 1

FIGURA 3.6- Planejamento Operacional - Curto prazo

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32

3.4.4 Medições Mensais Realizadas

Durante os meses de outubro e novembro os profissionais executivos da obra preencheram

as planilhas de planejamento operacional e tático que já haviam sido estabelecidas

conforme modelos das figuras 3.5 e 3.6. A Figura 3.7 e a Figura 3.8 nas páginas abaixo

apresentam o modelo preenchido e que mostra o comparativo entre as atividades que

haviam sido previstas e por sua vez o que fora realizado destas.

Em ordem respectivamente, as figuras retratam o mês de outubro e novembro. O mês de

outubro foi considerado com cinco semanas, indo até o dia 1º de novembro, e o mês de

novembro foi considerado a partir do dia 4 do mês até o último dia útil, 29 de novembro.

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Instalações8º Pavim

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Obra Bruta

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Obra Bruta

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Obra Bruta

1º Pavimento

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Obra Bruta

2º Pavimento

Contra-PisoACA

Obra Bruta

4º Pavimento

Contra-Marco

ACA

Obra Bruta

3º Pavimento

Contra-Marco

ACA

Obra Bruta

11º Pavimento

Talisca de ParedeJF

MUDAN

ÇA DE EMPREITEIRO

Obra Bruta

15º Pavimento

Acunhamento

JF

Responsável: Mestre Antonio / João Batista

Linha de ProduçãoLocal

DescriçãoEquipe

Prev./

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Motivo

Período: 01/10/2013 a 31/10/2013Sem

ana: 01O

bra: Invent Joy C1

PLAN

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EstruturaPeriferia C1

Forma e laje periferia

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Concluido no prazo

Concluidofora do prazo

Forado Prazo (Reprogram

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FIGURA 3.7 - Planilha Operacional Mês de Outubro

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35

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36

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Page 37: PAULO VICTOR CRUVINEL SBROGGIO RAFAEL DA SILVA CASTRO€¦ · de Planejamento e Controle da Produção como uma das formas de aprimorar o desempenho de empreendimentos em termos de

37

seg.ter.

quar.quin.

sex.

28-out29-out

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SERVIÇO

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Obra Bruta

11º Pavimento

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Imperm

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EXECUTA

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O SERV

IÇO D

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DA

Semana: 05

Responsável: Mestre A

ntonio / João Batista

Linha de ProduçãoLocal

Descrição

EquipePrev./

Real.Status

Motivo

Período: 01/10/2013 a 31/10/2013O

bra: Invent Joy C1

PLAN

EJAM

ENTO

OPER

ACIO

NA

LConcluido no prazo

Concluidofora do prazo

Forado Prazo (Reprogram

ar)

Page 38: PAULO VICTOR CRUVINEL SBROGGIO RAFAEL DA SILVA CASTRO€¦ · de Planejamento e Controle da Produção como uma das formas de aprimorar o desempenho de empreendimentos em termos de

38

FIGURA 3.8 - Planilha Operacional Mês de Novembro

Período: __01_/__11_/__13__ a __30_/_11__/_13___

seg.ter.

quar.quin.

sex.

04/nov05/nov

06/nov07/nov

08/nov

Prev.

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LogoPLAN

EJAMEN

TO O

PERACION

AL PLAN

ILHA D

E PROG

RAMAÇÃO

SEMAN

AL

Obra: ___JO

Y C1_____________________________________Sem

ana: __01______Responsável: _AN

TON

IO / JO

ÃO BATISTA____

Cod.Linha de Produção

LocalDescrição

EquipePrev./

Real.Status

Motivo

*

1REBO

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ENTO

REBOCO

INTERN

O

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STRU. /

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5º PAVIMEN

TOARGAM

ASSA REGULARIZAÇÃO PISO

ACA

2REBO

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ENTO

REBOCO

INTERN

O

ALVARES / CON

STRU. /

ACA

*

5EN

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TOS

8º PAVIMEN

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PJ

4CO

NTRAPISO

6º PAVIMEN

TOARGAM

ASSA REGULARIZAÇÃO PISO

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*

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BRA BRUTA9º PAVIM

ENTO

TALISCA DE PISOACA

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TOS

9º PAVIMEN

TORAM

AIS E CAIXINHAS

PJ

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ENTO

TALISCA DE PAREDEALVARES

8O

BRA BRUTA9º PAVIM

ENTO

CON

TRAMARCO

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*

11O

BRA BRUTA16º PAVIM

ENTO

CHAPISCO PAREDE

ACA

10O

BRA BRUTA12º PAVIM

ENTO

TALISCA DE PAREDEALVARES

*

13O

BRA BRUTA20º PAVIM

ENTO

ACUNHAM

ENTO

ACA

12O

BRA BRUTA17º PAVIM

ENTO

CHAPISCO PAREDE

ACA

FALTA DE PROFISSIO

NAL DA EM

PRESA

TERCEIRIZADA*

15O

BRA BRUTA8º PAVIM

ENTO

TELA PINTEIRO

JF

14O

BRA BRUTA19º PAVIM

ENTO

ACUNHAM

ENTO

ACA

*16

OBRA BRUTA

9º PAVIMEN

TOTELA PIN

TEIROJF

Concluido no prazoConcluido

fora do prazoFora

do Prazo (Reprogramar)

Page 39: PAULO VICTOR CRUVINEL SBROGGIO RAFAEL DA SILVA CASTRO€¦ · de Planejamento e Controle da Produção como uma das formas de aprimorar o desempenho de empreendimentos em termos de

39

Período: __01_/__11_/__13__ a __30_/_11__/_13___

seg.ter.

quar.quin.

sex.

11/nov12/nov

13/nov14/nov

15/nov

Prev.

Real.

Prev.

Real.

Prev.

Real.

Prev.

Real.

Prev.

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Real.

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Real.

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Real.

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Real.

Prev.

Real.

Prev.

Real.

Prev.

Real.

LogoPLANEJAM

ENTO OPERACIONAL PLANILHA DE PROGRAM

AÇÃO SEMANAL

Obra: ___JOY C1_____________________________________Sem

ana: __02______Responsável: _ANTONIO / JOÃO BATISTA____

Cod.Linha de Produção

LocalDescrição

EquipePrev./

Real.Status

Motivo

*

1REBOCO

3º PAVIMENTO

REBOCO INTERNO

ALVARES / CONSTRU. /

ACA

3CONTRAPISO

6º PAVIMENTO

ARGAMASSA REGULARIZAÇÃO PISO

ACA

2REBOCO

4º PAVIMENTO

REBOCO INTERNO

ALVARES / CONSTRU. /

ACA

*

5TALISCA PISO

10º PAVIMENTO

TALISCA DE PISOACA

*

4ENBUTIM

ENTOS9º PAVIM

ENTORAM

AIS E CAIXINHASPJ

*

7TALISCA DE PAREDE

12º PAVIMENTO

TALISCA DE PAREDEALVARES

FINALIZARÁ EM 20/11

6CONTRAM

ARCO10º PAVIM

ENTOCONTRAM

ARCOACA

9

FORRO1º PAVIM

ENTOGESSO CORRIDO E PLACA

GESSO FORTE

FALTA DE DOCUMENTAÇÃO DA EM

PRESA/

CONTRATO NÃO APROVADO/ MATERIAIS

INSUFICIENTES PARA INÍCIO DO SERVIÇO*

8OBRA BRUTA

17º PAVIMENTO

CHAPISCO PAREDEACA

FINALIZANDO AS PAREDES DE CANALETAS

11M

URO ARRIMO

SUBSOLOCANALETA

ACA

10IM

PERMEABILIZAÇÃO

SUBSOLOPREPARO PARA IM

PERMEABILIZAÇÃO

ACA

PROFISSIONAL ATRASADO, FOI REPASSADO PARA

18º PAVIMENTO

13OBRA BRUTA

18º PAVIMENTO

ACUNHAMENTO

ACA*

12OBRA BRUTA

19º PAVIMENTO

ACUNHAMENTO

ACA

15OBRA BRUTA

10º PAVIMENTO

TELA PINTEIROJF

*

14OBRA BRUTA

9º PAVIMENTO

TELA PINTEIROJF

16

Concluido no prazoConcluido

fora do prazoFora

do Prazo (Reprogramar)

Concluido no prazoConcluido

fora do prazoFora

do Prazo (Reprogramar)

Page 40: PAULO VICTOR CRUVINEL SBROGGIO RAFAEL DA SILVA CASTRO€¦ · de Planejamento e Controle da Produção como uma das formas de aprimorar o desempenho de empreendimentos em termos de

40

Período: __01_/__11_/__13__ a __30_/_11__/_13___

seg.ter.

quar.quin.

sex.

18/nov19/nov

20/nov21/nov

22/nov

Prev.

Real.

Prev.

Real.

Prev.

Real.

Prev.

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Real.

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Real.

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Real.

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Real.

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Real.

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Real.

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Real.

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Real.

Prev.

Real.

Prev.

Real.

Prev.

Real.

Prev.

Real.

Prev.

Real.

LogoPLAN

EJAMEN

TO O

PERACION

AL PLAN

ILHA D

E PROG

RAMAÇÃO

SEMAN

AL

Obra: ___JO

Y C1_____________________________________Sem

ana: __03______Responsável: _AN

TON

IO / JO

ÃO BATISTA____

Cod.Linha de Produção

LocalDescrição

EquipePrev./

Real.Status

Motivo

*

1REBO

CO5º PAVIM

ENTO

REBOCO

INTERN

O

ALVARES / CON

STRU. /

ACA

EQUIPE DIM

ENSIO

NADA N

ÃO FIN

ALIZOU N

O

PRAZO*

ATRASO N

O 5º PAVIM

ENTO

ACARRETOU O

6º*

3CO

NTRAPISO

7º PAVIMEN

TOARGAM

ASSA REGULARIZAÇÃO PISO

ACA

2REBO

CO6º PAVIM

ENTO

REBOCO

INTERN

O

ALVARES / CON

STRU. /

ACA

5EN

BUTIMEN

TOS

10º PAVIMEN

TORAM

AIS E CAIXINHAS

PJ*

4EN

BUTIMEN

TOS

9º PAVIMEN

TORAM

AIS E CAIXINHAS

PJ

7CO

NTRAM

ARCO10º PAVIM

ENTO

CON

TRAMARCO

ACA

6TALISCA PISO

10º PAVIMEN

TOTALISCA DE PISO

ACA

*

9CO

NTRAM

ARCO11º PAVIM

ENTO

CON

TRAMARCO

ACA*

8TALISCA PISO

11º PAVIMEN

TOTALISCA DE PISO

ACA

11O

BRA BRUTA18º PAVIM

ENTO

CHAPISCO PAREDE

ACA

10TALISCA DE PAREDE

13º PAVIMEN

TOTALISCA DE PAREDE

ALVARES

CON

TRATO APRO

VADO M

AS EQUIPE N

ÃO

CON

SEGUIU RECUPERAR O PLAN

EJADO

13FO

RRO2º PAVIM

ENTO

GESSO CO

RRIDO E PLACA

GESSO FO

RTEEQ

UIPE AINDA N

O 1º PAVIM

ENTO

*

12FO

RRO1º PAVIM

ENTO

GESSO CO

RRIDO E PLACA

GESSO FO

RTE

15O

BRA BRUTA18º PAVIM

ENTO

ACUNHAM

ENTO

ACA

14IM

PERMEABILIZAÇÃO

SUBSO

LOPREPARO

PARA IMPERM

EABILIZAÇÃOACA

*

17O

BRA BRUTARES. CASA M

AQUIN

AALVEN

ARIAACA

*

16O

BRA BRUTA17º PAVIM

ENTO

ACUNHAM

ENTO

ACA

19O

BRA BRUTA11º PAVIM

ENTO

TELA PINTEIRO

JF

FALTA DE PROFISSIO

NAL DA EM

PRESA

TERCEIRIZADA*

18O

BRA BRUTA10º PAVIM

ENTO

TELA PINTEIRO

JF

Concluido no prazoConcluido

fora do prazoFora

do Prazo (Reprogramar)

Concluido no prazoConcluido

fora do prazoFora

do Prazo (Reprogramar)

Page 41: PAULO VICTOR CRUVINEL SBROGGIO RAFAEL DA SILVA CASTRO€¦ · de Planejamento e Controle da Produção como uma das formas de aprimorar o desempenho de empreendimentos em termos de

41

Período: __01_/__11_/__13__ a __30_/_11__/_13___

seg.ter.

quar.quin.

sex.

25/nov26/nov

27/nov28/nov

29/nov

Prev.

Real.

Prev.

Real.

Prev.

Real.

Prev.

Real.

Prev.

Real.

Prev.

Real.

Prev.

Real.

Prev.

Real.

Prev.

Real.

Prev.

Real.

Prev.

Real.

Prev.

Real.

Prev.

Real.

Prev.

Real.

Prev.

Real.

LogoPLANEJAM

ENTO OPERACIONAL PLANILHA DE PROGRAM

AÇÃO SEMANAL

Obra: ___JOY C1_____________________________________Sem

ana: __04______Responsável: _ANTONIO / JOÃO BATISTA____

Cod.Linha de Produção

LocalDescrição

EquipePrev./

Real.Status

Motivo

*

1REBOCO

5º PAVIMENTO

REBOCO INTERNO

ALVARES / CONSTRU. /

ACA

3CONTRAPISO

8º PAVIMENTO

ARGAMASSA REGULARIZAÇÃO PISO

ACA

2REBOCO

6º PAVIMENTO

REBOCO INTERNO

ALVARES / CONSTRU. /

ACA

5TALISCA PISO

11º PAVIMENTO

TALISCA DE PISOACA

4ENBUTIM

ENTOS10º PAVIM

ENTORAM

AIS E CAIXINHASPJ

7TALISCA DE PAREDE

14º PAVIMENTO

TALISCA DE PAREDEALVARES

FINALIZARÁ DIA 02/12

6CONTRAM

ARCO11º PAVIM

ENTOCONTRAM

ARCOACA

9FORRO

2º PAVIMENTO

GESSO CORRIDO E PLACAGESSO FORTE

*

8OBRA BRUTA

19º PAVIMENTO

CHAPISCO PAREDEACA

11OBRA BRUTA

17º PAVIMENTO

ACUNHAMENTO

ACA

10IM

PERMEABILIZAÇÃO

SUBSOLOIM

PERMEABILIZAÇÃO

ACA

*

13OBRA BRUTA

RES. CASA MAQUINA

ALVENARIAACA

12OBRA BRUTA

16º PAVIMENTO

ACUNHAMENTO

ACA

FINALIZOU APENAS NO DIA 29/11

15OBRA BRUTA

12º PAVIMENTO

TELA PINTEIROJF

SERVIÇO AINDA NO 11º PAVIMENTO - INICIARÁ

DIA 02/12 - REPLANEJAMENTO

*

14OBRA BRUTA

11º PAVIMENTO

TELA PINTEIROJF

Concluido no prazoConcluidofora do prazo

Forado Prazo (Reprogramar)

Concluido no prazoConcluidofora do prazo

Forado Prazo (Reprogramar)

Page 42: PAULO VICTOR CRUVINEL SBROGGIO RAFAEL DA SILVA CASTRO€¦ · de Planejamento e Controle da Produção como uma das formas de aprimorar o desempenho de empreendimentos em termos de

42

Um fator que se percebe nessa planilha de planejamento de curto prazo é que nenhum

indicador ou avaliação da produtividade é colocado em ênfase. Apenas a discrição de

problemas, se houve, ou a confirmação de execução conforme planejado. Essa

discriminação dos problemas e suas possíveis causas é uma das importantes avaliações

que podem ser obtidas a partir do planejamento de curto prazo, mas como Bernardes (2001)

afirma, não é a única avaliação que deve ser feita. A seguir, na análise do sistema de

planejamento, essas questões virão à tona.

Page 43: PAULO VICTOR CRUVINEL SBROGGIO RAFAEL DA SILVA CASTRO€¦ · de Planejamento e Controle da Produção como uma das formas de aprimorar o desempenho de empreendimentos em termos de

43

4 ANÁLISE DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO

4.1 ANÁLISE DE PERCENTUAL CONCLUÍDO

Como mostrado no subcapítulo das medições mensais realizadas, o planejamento de curto

prazo representado pela planilha operacional modelada pela empresa de consultoria que

presta esse serviço a incorporadora do empreendimento, possui apenas uma característica

básica desse planejamento que é a identificação das causas do não cumprimento das metas

estabelecidas. Porém, de acordo com Bernardes (2001), o cálculo do indicador PPC –

Percentual de Planejamento Concluído, que é a relação entre o número total de tarefas

concluídas na semana, em relação ao número total de tarefas programadas também é um

indicador que proverá melhorias quanto a melhor avaliação de desempenho do cronograma

estabelecido.

A Tabela 4.1 resume os serviços que foram realizados no primeiro mês de análise,

comparando-se a previsão acumulada e as medições realizadas no período de estudo –

outubro/2013.

Planejamento Operacional - Torre C-1

CRONOGRAMA DA OBRA - MÊS OUTUBRO 2013

35

12

58%

52%Instalações

14 7 50%

60

23

Linha de Produção Total Serviços Plan. Total Serviços Exec. Porct. Concluída

Estrutura

Obra Bruta

Tabela 4.1 - Resumo das previsões do cronograma das medições mensais da obra

Page 44: PAULO VICTOR CRUVINEL SBROGGIO RAFAEL DA SILVA CASTRO€¦ · de Planejamento e Controle da Produção como uma das formas de aprimorar o desempenho de empreendimentos em termos de

44

O Gráfico 4.1 representa o PPC do mês de outubro.

Foi elaborada uma Tabela 4.2 com as incidências de problemas no planejamento da obra

durante as semanas estudadas. Pode-se dar enfoque aos problemas que foram mais

recorrentes durante a análise deste planejamento mensal do mês de outubro: Chapisco e

Talisca de Parede.

Não Conformidades

Serviços Quantidade (vezes) Porcentagem

Chapisco 6 19%

Talisca de Parede 6 19%

Contra Marco 3 10%

Reboco / Emboço 3 10%

Prolongamento Ralo 3 10%

Talisca de Piso 3 10%

Tubulações e Caixinhas 3 10%

Cortina Canaleta 2 6%

Revestimento Reservatório superior 2 6%

Total 31

Gráfico 4.1- PPC mês de outubro

Tabela 4.2 - Quantitativo de não conformidades

Page 45: PAULO VICTOR CRUVINEL SBROGGIO RAFAEL DA SILVA CASTRO€¦ · de Planejamento e Controle da Produção como uma das formas de aprimorar o desempenho de empreendimentos em termos de

45

O Gráfico 4.2 abaixo apresenta um quantitativo dos serviços que não estão conforme

estabelecido no planejamento de curto prazo em forma gráfica. Onde 19% dos problemas

ocorreram em relação ao serviço chapisco, 19% em relação à Talisca de parede, 10% dos

problemas ocorreram em relação aos serviços de Contra marco, reboco/emboço,

Prolongamento ralo, Talisca de Piso e tubulações/caixinha respectivamente, e apenas 6%

dos problemas foram observados em relação ao revestimento e concretagem do

reservatório Superior e cortina canaleta.

Analisando o mês de novembro, foi elaborada a Tabela 4.3 que resume os serviços que

foram realizados neste mês, comparando-se a previsão acumulada e as medições

realizadas no período de estudo:

Gráfico 4.1 - Porcentagem de Não Conformidades

Tabela 4.3 - Resumo das previsões do cronograma das medições mensais da obra

Page 46: PAULO VICTOR CRUVINEL SBROGGIO RAFAEL DA SILVA CASTRO€¦ · de Planejamento e Controle da Produção como uma das formas de aprimorar o desempenho de empreendimentos em termos de

46

O Gráfico 4.3 representa o PPC do mês de novembro:

Foi elaborada uma Tabela 4.4 com as incidências de problemas no planejamento da obra

durante as semanas estudadas. Pode-se dar enfoque que em apenas um mês de adaptação

a um sistema mais eficaz de controle do planejamento, o índice PPC mostrou alto

crescimento, isso revela um aprendizado por parte das equipes de obra e as equipes

terceirizadas e uma maior comunicação entre ambas às partes. Os problemas mais

recorrentes durante a análise do planejamento mensal do mês de novembro foram Gesso

Corrido e Tela de Estuque.

Linha de Produção Total Serviços Plan Total Serviços Exec Porct. Concluída

Reboco 8 6 75%

Contrapiso 5 5 100%

Instalações 6 6 100%

Obra Bruta 42 34 81%

Acabamento 4 1 25%

CRONOGRAMA DE OBRA - MÊS NOVEMBRO 2013

Planejamento Operacional - Torre C-1

Gráfico 4.3 - PPC Mês de Novembro

Page 47: PAULO VICTOR CRUVINEL SBROGGIO RAFAEL DA SILVA CASTRO€¦ · de Planejamento e Controle da Produção como uma das formas de aprimorar o desempenho de empreendimentos em termos de

47

O Gráfico 4.4 a seguir apresenta um quantitativo dos serviços que não estão conforme

estabelecido no planejamento de curto prazo. O serviço de Reboco representou 16% dos

problemas de manutenção do planejamento operacional, juntamente com Talisca de Parede

e Encunhamento que representaram 15%. O serviço de Cortina que estava sendo realizada

a etapa de impermeabilização da mesma teve singela parcela dentre os problemas gerados,

mas os gargalos do mês de novembro ficaram com os serviços de Gesso Corrido, uma das

etapas iniciais do acabamento da obra, e da Tela de estuque utilizada nos encontros entre

alvenaria e estrutura, onde ambos os serviços representaram 23% da parcela dos

problemas cada.

Serviços Quantidade Porcentagem

Reboco 2 15%

Contrapiso 0 0%

Ramais e Cx. 0 0%

Talisca de Piso 0 0%

Contramarco 0 0%

Talisca de Parede 2 15%

Chapisco 0 0%

Encunhamento 2 15%

Tela Pinteiro 3 23%

Gesso Corrido 3 23%

Cortina 1 8%

Alvenaria 0 0%

TOTAL 13 100%

Não Conformidades

Tabela 4.4 - Quantitativo de Não Conformidades

Gráfico 4.4 - Porcentagem de Não conformidades

Page 48: PAULO VICTOR CRUVINEL SBROGGIO RAFAEL DA SILVA CASTRO€¦ · de Planejamento e Controle da Produção como uma das formas de aprimorar o desempenho de empreendimentos em termos de

48

4.2 ANÁLISE DOS PROBLEMAS E MELHORIAS IDENTIFICADOS

Os dados referentes às medições ao longo da execução do empreendimento estão descritos

em um gráfico de Linha de Balanço, onde um cronograma é construído listando-se as

atividades do projeto e as respectivas durações, representado por barras horizontais, as

durações são resultado do dimensionamento das equipes. Este gráfico do empreendimento

apresenta algumas incoerências devido à falta de comunicação entre os funcionários da

obra e as equipes terceirizadas, tendo em vista que as atividades e suas respectivas

durações são dimensionadas sem o conhecimento dos empreiteiros, e não representam o

que de fato ocorre na obra.

O planejamento de longo prazo foi comparado com as planilhas de acompanhamento do

planejamento de curto prazo com o intuito de saber se o planejamento de longo prazo

estava sendo efetivamente cumprido. No capítulo quatro do estudo de caso, as Figuras 3.4

e 3.5 e 3.6 que apresentam, respectivamente, a linha de balanço (longo prazo) e o

planejamento operacional (curto prazo) preenchido, constataram-se algumas divergências

entre o previsto e o executado.

A tabela 4.5 apresenta as principais razões de não conformidade dos serviços previstos

durante o mês de outubro de 2013. A tabela apresenta os motivos dos serviços não terem

sido executados, sua incidência seguida de sua porcentagem em relação ao total de não

conformidades.

Não conformidades

Motivos Quantidade

(vezes) Porcentagem

Mudança de Equipe terceirizada - Falta de mão de obra/ contratos não liberados 30 81%

Falta de documentos 4 11%

Replanejamentos 3 8%

Total 37

Tabela 4.5 - razões de não conformidade mês de outubro

Page 49: PAULO VICTOR CRUVINEL SBROGGIO RAFAEL DA SILVA CASTRO€¦ · de Planejamento e Controle da Produção como uma das formas de aprimorar o desempenho de empreendimentos em termos de

49

O Gráfico 4.5 apresenta um quantitativo das principais razões para os serviços não terem

sidos executados, a mudança de equipe terceirizada e falta de contratos liberados apresenta

81%, a falta de documentação apresenta 11% e os replanejamentos devido a falta de

adequação do planejamento apresenta 8% de incidência.

Percebe-se que na etapa de estrutura, de acordo com o previsto no planejamento

estratégico, o reservatório superior deveria ter sido finalizado até o dia 22/10/2013, porém

constatou-se um atraso no serviço de fôrmas, acarretando na reprogramação da

concretagem para o dia 31/10/2013. Isto demonstra a falta de flexibilidade do planejamento

de curto prazo, tendo em vista que não há espaço para adaptações em sua planilha de

execução. O atraso da etapa de concretagem do reservatório superior não teve influência

direta no restante da obra por não se tratar de uma atividade critica, ou seja, seu atraso não

influencia diretamente nas atividades subsequentes, e consequentemente na obra.

Em relação aos serviços de Reboco/Emboço do 1º e 2º pavimentos, previstos para serem

concluídos no dia 22 de outubro, houve problemas de documentação da empresa

terceirizada que o executaria, e consequentemente este serviço atrasou. Em decorrência

deste atraso, nota-se uma quebra do ritmo de produção. Para tentar minimizar os atrasos,

percebe-se uma mudança no ritmo de produção em função do incremento de mão de obra.

Mesmo assim, o serviço de reboco e emboço foi finalizado com atraso de nove dias.

Gráfico 5.5 - Quantitativo das principais razões de não conformidade mês de outubro

Page 50: PAULO VICTOR CRUVINEL SBROGGIO RAFAEL DA SILVA CASTRO€¦ · de Planejamento e Controle da Produção como uma das formas de aprimorar o desempenho de empreendimentos em termos de

50

Consequentemente, os serviços de Reboco/Emboço no 3º e 4º pavimentos que seriam

executados pela mesma equipe iniciaram logo após o término do 1º e 2º pavimentos. Este

problema demonstra que as empresas terceirizadas não se atentam aos prazos estipulados

pela gerência da obra, uma vez que estas dimensionam suas equipes da maneira que é

possível.

Na etapa de Obra bruta constatou-se um problema corriqueiro do empreendimento, que são

as constantes mudanças de empresas terceirizadas que realizam o mesmo tipo de serviço.

O serviço de Talisca de Parede no 11º pavimento que deveria ter sido iniciado no dia 03 de

outubro, devido a mudança de empreiteiro, até o final de outubro ainda não havia se

iniciado. Por se tratar de serviço critico, nota-se que houve uma quebra no ritmo de

produção e as etapas subsequentes como instalações, reboco/emboço, massa/pintura são

diretamente afetadas e atrasadas. Esses por sua vez são prolongados até o fim da obra.

Quando analisado a etapa de instalações, o atraso do serviço de Talisca de Parede como

citado acima acarretou a impossibilidade de execução do serviço de tubulação/caixas de

passagem do 11º e 12º pavimentos.

Tendo em vista que as principais não conformidades são resultado de problemas diretos

com equipes terceirizadas, acredita-se que deveria haver uma maior integração entre as

equipes da obra (engenheiros e mestre de obras) e as equipes terceirizadas. Desta forma,

estes erros poderiam ser prevenidos e não impactariam diretamente no atraso da obra,

resultando em gastos que não estavam previstos no orçamento.

A falta de controle na obra é evidenciada quando situações adversas são apresentadas, e o

engenheiro juntamente com a sua equipe não consegue prever ou lidar com elas. Acredita-

se que o fato de o planejamento de curto prazo ainda estar em fase de implementação, não

haja uma preocupação com o seu controle. Para que o planejamento seja cumprido de

forma eficiente é necessário que haja um comprometimento entre ambas as equipes (de

obra e terceirizada) para o seu cumprimento.

Analisando agora o mês de novembro, como já dito acima, nota-se uma grande mudança

em relação ao comprometimento da equipe em realizar as tarefas planejadas durante as

semanas operacionais dentro do prazo estipulado. Quando comparados os dois índices de

percentual do planejamento concluído, o crescimento de tarefas e pacotes realizados dentro

do prazo foi de 51%, valor considerável uma vez que até o mês de agosto não havia

nenhuma política controladora desses prazos e planejamentos.

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51

Mais uma vez observou-se que a política burocrática de elaboração de contratos, por se

tratar de uma empresa multinacional muito grande, atrapalha certas vezes o fluxo contínuo

das etapas construtivas, assim como a falta de compromisso da equipe terceirizada para a

execução de serviços corriqueiros, e por sua vez afetam diretamente os serviços

subsequentes necessitando um replanejamento por parte da empresa de consultoria

juntamente com a equipe de obra.

Partindo para o segundo mês de análise, a Tabela 5.6 apresenta as principais razões de

não conformidade dos serviços previstos durante o mês de novembro de 2013. Esta

apresenta os motivos dos serviços não terem sido executados, sua incidência, seguida de

sua porcentagem em relação ao total de não conformidades.

Não conformidades

Motivos Quantidade

(vezes) Porcentagem

Mudança de Equipe tercerizada - Falta de mão de obra 9 82%

Falta de documentos 1 9%

Replanejamentos 1 9%

Total 11

O Gráfico 5.6 apresenta um quantitativo das principais razões para os serviços não terem

sidos executados, a mudança de equipe terceirizada apresenta 82%, a falta de

documentação apresenta 9% e os replanejamentos devido a falta de adequação do

planejamento apresenta 9% de incidência.

Tabela 5.6 - razões de não conformidade mês de novembro

Gráfico 5.6 - Quantitativo das principais razões de não conformidade mês de novembro

Page 52: PAULO VICTOR CRUVINEL SBROGGIO RAFAEL DA SILVA CASTRO€¦ · de Planejamento e Controle da Produção como uma das formas de aprimorar o desempenho de empreendimentos em termos de

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Como apresentado na tabela 5.4, nota-se que um dos gargalos de planejamento do mês de

novembro foi o serviço de Gesso Corrido causado diretamente pela falta de aprovação do

contrato de serviço implicou em um atraso de cinco dias no começo do planejamento

operacional. Apenas com o incremento de mais dois profissionais na área, e em duas

semanas de atrasos recorrentes, foi possível recuperar o tempo perdido.

A mesma questão ocorreu na etapa do Reboco Interno, onde, na passagem do 4º para o 5º

pavimento, a equipe dimensionada para a realização do serviço não foi suficiente para

concluir em dia a etapa planejada. Mais uma vez fez-se necessária a obtenção de mão de

obra de reforço para buscar o atraso. Esse atraso foi recuperado como se pode observar na

Figura 4.5 na semana 04 do planejamento operacional do mês de novembro, justamente por

esse incremento de mão de obra. Por serem empresas terceirizadas as que realizam todas

as etapas construtivas, a adição de mais profissionais dentro das equipes dimensionadas

não gera ônus à construtora responsável e administradora, uma das vantagens de se

trabalhar com terceirizações.

A Talisca de Parede que vem desde o mês de outubro atrasada, devido ao erro mais uma

vez de gestão em relação à elaboração de contrato ocasionado por trocas sucessivas de

empreiteiros, conseguiu voltar ao ritmo de produção normal apenas no último dia de

novembro. Foi realizado o replanejamento dessa etapa construtiva, aumentando as equipes

executivas e também redimensionando os intervalos entre esse serviço e os serviços

Page 53: PAULO VICTOR CRUVINEL SBROGGIO RAFAEL DA SILVA CASTRO€¦ · de Planejamento e Controle da Produção como uma das formas de aprimorar o desempenho de empreendimentos em termos de

53

subsequentes tais como Instalações de tubulação e caixinhas, Contramarco e, por sua vez,

Reboco Interno.

Outro problema grave que se ocorreu durante o mês de novembro foi a falta de materiais

disponíveis para início de algumas etapas construtivas. Os furos do planejamento

operacional, muito se dão devido aos erros e falta do cumprimento do planejamento tático

que se realiza na obra. Os dois principais serviços que acarretaram em não conformidades

no prazo de execução em novembro foram prejudicados um pela falta de contrato aprovado

pela gerência da empresa e também por falta de material disponível – Gesso Corrido, e por

falta de especificação de equipes para a realização da etapa construtiva – Tela de Estuque.

Um serviço que houve um processo fora do prazo, que foi o de impermeabilização do

subsolo, não acarretou em problemas posteriores uma vez que a etapa seguinte estava

programada com um intervalo de sete dias após o planejado para a impermeabilização.

Page 54: PAULO VICTOR CRUVINEL SBROGGIO RAFAEL DA SILVA CASTRO€¦ · de Planejamento e Controle da Produção como uma das formas de aprimorar o desempenho de empreendimentos em termos de

54

5 DIRETRIZES PARA MELHORIA DO CONTROLE DO

PLANEJAMENTO

Os altos valores do PPC no início do estudo refletem as dificuldades iniciais para definir os

pacotes de trabalho. Em seguida, com o melhor detalhamento das tarefas, a realidade da

falta de planejamento ficou evidente, resultando em baixos valores do PPC (mês de

outubro).

Como apresentado no subcapitulo 5.2, os problemas mais recorrentes durante os meses de

outubro e novembro, objeto do estudo de caso são concretagem reservatório superior,

reboco/emboço, talisca de parede, gesso corrido e tela de estuque.

Em relação aos serviços de concretagem do reservatório superior, reboco/emboço, talisca

de parede e tela de estuque, nota-se que a principal causa destas não conformidades foi a

falta de equipes disponíveis e especializadas para a execução deste tipo de serviço, motivo

também gerado pela falta de produção dos contratos desses mesmos serviços com as

empreiteiras terceirizadas. Tendo em vista que todos estes serviços são realizados por

equipes terceirizadas, deveria haver um maior comprometimento destas em relação aos

serviços que foram planejados e também uma maior preocupação de planejamento tático

referente à produção de contratos desses serviços da equipe gestora da obra.

Acredita-se que uma boa medida mitigadora para este problema seria a execução destes

serviços com mão de obra própria, porém devido às incertezas presentes no mercado, os

profissionais da área de planejamento deveriam se atentar mais aos problemas que são

corriqueiros na obra e procurar informar aos empreiteiros da necessidade de se cumprir este

serviço no prazo estipulado, mostrando que se estes serviços não estiverem conformes,

diversos outros serviços serão diretamente afetados comprometendo o prazo da obra.

A forma de se garantir que seja concluído o pacote de serviços semanal seria a cobrança

contínua com os empreiteiros da presença de profissionais na obra, evitando que a obra

pare/atrase em relação à falta de profissionais, comprometendo o fluxo natural de produção

estipulado, e consequentemente necessitando um redimensionamento das equipes para

preencher as lacunas apresentadas no planejamento.

Em relação a outro grande problema evidenciado no estudo de caso, o gesso corrido

apresenta um dos maiores percentuais de planejamento não concluído do mês de

novembro, e isso se deve ao fato de não haver material disponível para a execução deste

Page 55: PAULO VICTOR CRUVINEL SBROGGIO RAFAEL DA SILVA CASTRO€¦ · de Planejamento e Controle da Produção como uma das formas de aprimorar o desempenho de empreendimentos em termos de

55

serviço. Neste caso evidencia-se a falta de integração entre a área responsável pelo

planejamento e a área de controle, tendo em vista que se o planejamento estipula o dia para

o inicio e termino deste serviço, as equipes responsáveis pela compra e transporte deste

material deveriam garantir que este material esteja disponível no prazo estipulado para a

execução.

Evidencia-se neste caso que o planejamento ainda não apresenta papel importante para a

gerência no controle da obra, pois este não está interligado às demais áreas, e com isso,

estes problemas são recorrentes durante toda a obra. Recomenda-se que as equipes de

planejamento, de recursos materiais e da obra se interajam de modo que cada área saiba

aonde realmente deve agir evitando problemas que poderiam ser evitados e afetam

diretamente no planejamento e controle da obra.

Em decorrência destes problemas, ressalta-se a grande importância do planejamento de

médio prazo, que é considerado como um componente fundamental no avanço de eficácia

do plano de curto prazo e para a redução de gastos e durações. O planejamento de médio

prazo seria importante para analisar as quantificações dos recursos disponíveis no canteiro

e as restrições por estarem relacionadas ao cumprimento das tarefas, resultando em custos

mais baixos e na diminuição dos tempos de execução.

Um aperfeiçoamento do planejamento de curto prazo apresentaria uma grande melhoria no

planejamento da empresa em estudo, tendo em vista que o planejamento de curto prazo

tem o objetivo de nortear de modo direto a obra, através da atribuição de recursos

necessários para a execução das tarefas ou operações, além da verificação dos problemas

ocorridos com as tarefas já executadas.

Como a empresa em questão apenas leva em conta as atividades que serão

desempenhadas na semana, esquecendo-se dos recursos que seriam necessários para sua

execução e a documentação necessária, recomenda-se que esta esteja atenta as questões

citadas acima para o cumprimento deste cronograma.

Pode-se dizer que a falta de comunicação entre a empresa terceirizada responsável pela

execução do planejamento e os funcionários (engenheiro, mestre de obras, encarregados)

responsáveis pelo controle do planejamento impactam diretamente nos diversos problemas

identificados no decorrer deste estudo de caso.

Page 56: PAULO VICTOR CRUVINEL SBROGGIO RAFAEL DA SILVA CASTRO€¦ · de Planejamento e Controle da Produção como uma das formas de aprimorar o desempenho de empreendimentos em termos de

56

Com o diagnóstico apresentado fica destacada a importância de um planejamento e

controle. Todos os problemas ocorridos influenciam diretamente no atraso da obra, que por

sua vez acarreta um fluxo contínuo de atrasos de atividades posteriores.

Quando há uma programação antecipada, e essa é discutida entre os responsáveis, é

possível a identificação precoce de gargalos no planejamento. Desta forma além de se

eliminar o aumento do ritmo de produção devido ao aumento no número de trabalhadores,

há eliminação de retrabalhos melhorando o clima entre os operários que sempre estarão

atentos para evitar retrabalho.

Os problemas e interferências identificados no controle do planejamento do

empreendimento, tais como: mudança frequente de empresas terceirizadas que realizam

uma mesma frente de serviço, problemas de documentações desses empreiteiros, falta de

trabalhadores aptos a realizarem os serviços e falta de material disponível demonstram que

o planejamento não está coerente com realidade. Apesar de se possuir um planejamento,

nota-se que a gerência ainda não está totalmente apta a exercer o controle desse

planejamento e garantir seu cumprimento. Erros de controle no planejamento deixam claro

que o planejamento e controle da obra estão em fase em implantação e ainda não estão

devidamente comunicados.

Além disso, as informações retiradas da planilha de planejamento de curto prazo não são

repassadas para os trabalhadores e os empreiteiros da obra, tendo em vista que estes não

estão cientes do nível de atraso na execução de cada atividade e com isso não tomam

nenhuma atitude para tentar minimizar ou erradicar essas não conformidades (efeito

aprendizagem).

Evidencia-se que o controle do planejamento apresentou papel fictício no canteiro de obra

no começo da política de implantação dessa fiscalização, pois o planejamento de curto

prazo existia, porém o controle de execução das atividades não era rígido. Acredita-se que

umas das causas da falta de gerenciamento por parte da equipe operacional e técnica seja

o fato de que o planejamento tenha sido introduzido por uma empresa contratada que não

tem ciência de como a empresa trabalha, e devido a isso, apresente lacunas entre o

planejamento e controle da obra.

A ausência de indicadores de produção como Percentual de Planejamento Concluído – PPC

dificulta uma análise crítica do planejamento estratégico, levando-se em conta que não são

estabelecidos parâmetros de comparação entre o que foi planejamento e o que está sendo

executados, com isso não há como saber o estágio em que a obra se encontra, e

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consequentemente não há como identificar os serviços que estão mais atrasados, para que

sejam implementadas medidas de âmbito imediato para minimizar e/ou erradicar esses

problemas, garantindo o fluxo normal das atividades.

A planilha de programação semanal poderia ser preenchida pelo próprio mestre ou

estagiário, o que propiciaria ao mesmo maior cuidado com as programações semanais,

evitando mudanças bruscas de atividades e antecipando os pedidos de materiais, além

disto, o deixaria mais atento às atividades a serem desenvolvidas. Como sugestão

recomenda-se o treinamento dos funcionários para a implementação da programação

semanal das atividades, de modo a incorporar os benefícios revelados para uma produção

protegida.

O planejamento tático que está intimamente ligado às questões de elaboração de contratos

e requerimentos de materiais para o futuro próximo da obra conteve falhas graves durante

os dois meses de análise, uma vez que serviços não foram, muitas vezes, iniciados devido à

falta de aprovação de contratos feitos de última hora e também pedidos de materiais sem o

seguimento de prazos mínimos estipulados por próprias políticas internas da empresa.

Apesar dos grandes problemas evidenciados durante todo o período de avaliação da obra,

que começou em março de 2013 sem apresentar um programa de planejamento e controle

de obras, e que em setembro contratou uma empresa de consultoria que estabeleceu

métodos e práticas primárias para a adaptação da obra com esses tipos de planejamentos e

controle como apresentado nos meses de outubro e novembro, observou-se que as táticas

implementadas estão apresentando progresso.

A equipe administrativa relevou a importância do cumprimento dos planejamentos tático e

operacional e o impacto disso foi em decorrência da crescente comunicação entre gerentes,

equipe administrativa, mestres de obras, encarregados e empresas terceirizadas.

Percebe-se que se há uma progressão na estabilidade de cumprimento dos serviços

planejados semanalmente a partir do segundo mês analisado. No primeiro mês, outubro,

constantes quebras de ritmo foram realçadas muito pela falta da cultura desse tipo de

controle de planejamento, ou seja, não tinha uma constância o índice de PPC analisado.

Já no mês de novembro, com os três segmentos de planejamento se comunicando mais

eficientemente, apesar das constantes falta e troca de mão de obra, houve uma linearidade

de crescimento e estabilidade do cumprimento do planejamento operacional da empresa. O

GRÁFICO 6.1 representa a análise semanal durante todo o período de observação do

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controle operacional e tático do empreendimento, salientando o índice de produtividade

concluída a cada semana.

Oliveira (1999) afirma que o indicador faz-se necessário somente quando existe uma

preocupação efetiva em se aprender com os erros e melhorar. Percebe-se que essa

preocupação está à tona com o corpo gestor do empreendimento, determinado pelo gráfico

acima.

Gráfico 2 Análise da progressão de produção

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6 CONCLUSÃO

Ao longo desse trabalho, que teve como objetivo de apresentar diretrizes para a melhoria do

planejamento e controle de uma obra repetitiva e expor a diferença entre um

empreendimento antes de apresentar um sistema de planejamento e controle e este mesmo

empreendimento implementando este sistema.

A análise das principais diferenças entre estas duas etapas distintas da obra é muito

significativa em termos de pontuação dos problemas detectados, levantamento das

principais causas, manutenção de produção e replanejamentos diários como forma de ações

corretivas para erradicar estes problemas.

Uma questão clara que se observa é a necessidade de integração dos diferentes níveis de

decisão do planejamento, no caso estudado o estratégico, tático e operacional. No primeiro

mês em que esses níveis foram inseridos nas questões administrativas e de gestão

presenciou-se a falta de comunicação e uma execução desordenada, se comparada ao que

antes foi programado, situação que Laufer e Tucker (1987) já decretaram em estudos

passados.

Para essa integração acontecer, constatou-se que com a imposição dos ritmos de execução

das atividades definidas nos níveis desse gerenciamento e com a comunicação cada vez

mais constante entre administração e corpo executivo dos serviços, há um aumento dos

recursos para a não interferência no sequenciamento das atividades programadas. A

retroalimentação dessas informações permite relacionar os pontos deficientes no processo

construtivo, como também ajuda na implementação de ações corretivas imediatas assim

como Ghinato (1996) já havia comprovado.

Em relação aos problemas constatados na obra em questão, uma possível análise futura

que seria interessante observar seria a comparação entre cumprimento dos pacotes de

serviços pré-estipulados quando se tem uma mão de obra própria em relação a esse

cumprimento quando os serviços são executados estritamente por terceirizadas (caso da

obra analisada).

As constantes faltas de funcionários terceirizados muitas vezes propiciaram situações de

atraso do sequenciamento natural dos serviços, encadeando num constante problema de

replanejamento de prazos e execução. Além disso, a necessidade de elaboração de

contratos constantes foi um fator que agravou esses problemas com mão de obra.

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Outro trabalho que seria interessante realizar, e que não foi focado neste, seria a questão da

produtividade versus qualidade dos serviços executados. Quando estabelecidos claramente

os níveis de gerenciamento e estabilizados os níveis de produção constante dos serviços,

estes, por sua vez, estão conformes com os requisitos de qualidade determinados pela

empresa?

As diretrizes apresentadas neste trabalho são:

Possível mescla entre mão de obra própria e terceirizada;

Cobrança contínua com os empreiteiros em relação a presença de profissionais na

obra;

Intensa comunicação entre equipes de planejamento e de recursos materiais;

Valorização do planejamento de médio prazo para analisar os quantitativos de

recursos disponíveis;

Indicadores de produção como Percentual de Planejamento Concluído – PPC;

Treinamento dos funcionários para a implementação da programação semanal das

atividades,

A incorporação destes benefícios é importante para garantir uma produção protegida, e

consequentemente uma crescente estruturação e amadurecimento do planejamento e

controle da obra em questão.

É possível dizer que quando os métodos de planejamento e controle estiverem

estabelecidos claramente na visão das partes interessadas, juntamente com as avaliações e

índices de controle sugeridos nesse trabalho, a obra e a empresa poderão controlar com

mais eficiência todas as etapas construtivas do processo de realização de

empreendimentos.

Não há como dizer se estas medidas erradicarão de vez os problemas, porém acredita-se

que o planejamento e controle de obra sejam a chave para o sucesso dos

empreendimentos, garantindo o efeito aprendizagem das empresas e possibilitando que

estas empresas apresentem um diferencial em relação às demais empresas inseridas no

mercado de trabalho que não acreditam que o planejamento e controle de obras seja um

fator importante. .