Patologia dos Revestimentos Cerâmicos - · PDF fileNBR 13753/96 – Revestim piso...
Transcript of Patologia dos Revestimentos Cerâmicos - · PDF fileNBR 13753/96 – Revestim piso...
28/09/2016 Patologia dos revestimentos
cermicos 1
Patologia dos Revestimentos Cermicos
28/09/2016 Patologia dos revestimentos
cermicos 2
Introduo
Esta exposio tem por objetivo apresentar as patologias mais freqentes e significativas encontradas em pisos e paredes, internos e externos, revestidos com cermicas.
As patologias foram classificadas quanto aos tipos de defeitos, formas de manifestao, causas, formas de evitar seu aparecimento e procedimentos para a sua recuperao.
28/09/2016 Patologia dos revestimentos
cermicos 3
Requisitos funcionais Desempenho trmico (principalmente isolao); Desempenho acstico (principalmente isolao); Estanqueidade gua; Controle da passagem de ar; Proteo e resistncia contra o fogo; Desempenho estrutural (estabilidade, resistncia mecnica e adequada deformabilidade); Controle de iluminao (natural e artificial) e de raios visuais (privacidade); Durabilidade; Custos iniciais e de manuteno adequados; Padres estticos (conforto visual); Facilidade de limpeza e higienizao.
28/09/2016 Patologia dos revestimentos
cermicos 4
Causas possveis
Seleo equivocada de produtos para ambientes mais agressivos que sua caracterstica de uso;
Tcnica inadequada de assentamento por ausncia de juntas de expanso ou deformao devido m impermeabilizao;
Desconhecimentos das tenses provenientes de movimentos da base;
Defeito do prprio produto em qualidade e geometria.
28/09/2016 Patologia dos revestimentos
cermicos 5
Revestimento cermico
Disposio em profundidade:
1. Substrato em concreto ou alvenaria, 2. Argamassa de regularizao, 3. Argamassa de assentamento e 4. Pea cermica e rejuntamento
28/09/2016 Patologia dos revestimentos
cermicos 6
Escolha do produto
Local do assentamento: piso ou parede Ambiente: externo ou interno rea: seca ou mida Condies especiais: piscina, sauna, fachada Condies de uso: residencial, comercial, fbrica, rea
social, rea ntima, trfego Condies climticas: calor ou frio
28/09/2016 Patologia dos revestimentos
cermicos 7
Principais deterioraes
Descolamento de placas cermicas Eflorescncias Sinais de riscos e desgastes Fratura, lascamento e esfarelamento
28/09/2016 Patologia dos revestimentos
cermicos 8
Descolamento de placas cermicas
1. Formas de manifestao: descolamento da base sobre a qual foi assentada, muitas vezes apresentando o tardoz limpo, o que aponta para uma deteriorao lenta e gradual;
2. Causas: desenvolvimento de tenses maiores que a resistncia de aderncia, que podem ter resultado de movimentos diferenciais ou de acomodao da edificao
28/09/2016 Patologia dos revestimentos
cermicos 9
Movimentos diferenciais - Retrao por secagem
Funo da composio da argamassa e do concreto, da proporo cimento:agregados, do fator A/C (gua:cimento), da velocidade de evaporao do excesso d gua.
Surge no 1 ano aps o assentamento. Aderncia funo da espessura da argamassa,
quanto mais fina, mais rpido solta. Placas espessas resistem melhor e encunham mais
fcil no assentamento/rejuntamento.
28/09/2016 Patologia dos revestimentos
cermicos 10
Movimentos diferenciais variaes trmicas
As diversas camadas (substrato, regularizao, colante e cermica) tm coeficientes de dilatao diferentes e sofrem tenses de escorregamento umas em relao s outras.
28/09/2016 Patologia dos revestimentos
cermicos 11
Movimentos diferenciais expanso do revestimento cermico
Por absoro e perda de gua motivadas por variao de umidade, por lavagens e por chuvas.
As expanses podem atingir a 0,5 %. As cermicas vtreas com baixa porosidade so as
mais indicadas.
28/09/2016 Patologia dos revestimentos
cermicos 12
Absoro de gua NBR 13.818 Grupo Absoro de gua (%) Tipo BIa a < 0,5 Porcelanato BIb 0,5 < a < 3,0 Grs BIIa 3,0 < a < 6,0 Semigrs BIIb 6,0 < a < 10,0 Semiporoso BIII 10,0 < a Poroso e Azulejo B significa que o produto prensado
28/09/2016 Patologia dos revestimentos
cermicos 13
Descolamento de placas cermicas 3. Preveno i. Selecionar sempre as cermicas mais antigas,
melhor vitrificadas e com menor absoro de gua; ii. Projetar juntas para evitar ruptura da aderncia; iii. As juntas absorvem parte das deformaes dos
revestimentos cermicos, permitem que as diferenas dimensionais entre as placas sejam compensadas e facilitam eventuais trocas de peas;
28/09/2016 Patologia dos revestimentos
cermicos 14
Juntas
Juntas de assentamento espao entre as placas; Juntas de movimentao espao entre as partes da
superfcie para absoro dos movimentos e alvio das tenses;
Juntas de dessolidarizao espao regular no encontro entre revestimentos diferentes ou mudana de direo do plano a ser revestido;
Junta estrutural espao regular previsto para alvio de tenses da estrutura do substrato.
28/09/2016 Patologia dos revestimentos
cermicos 15
Eflorescncias 1. Forma de manifestao So depsitos salinos esbranquiados. Mais
frequente nas peas no vidradas de cor vermelha. A, os sais so solveis em solues cidas diludas.
Nas cermicas vidradas acompanhada por lquido viscoso nas bordas das placas ou nas falhas do vidrado. Este lquido, ao secar, apresenta-se como sal pouco pulverulento ou como substncia translcida, rgida e quebradia. Aqui, os sais no so solveis.
Em geral, so observadas manchas de umidade.
28/09/2016 Patologia dos revestimentos
cermicos 16
Eflorescncias Resistncias a manchas Classe Resistncia 3 removvel com produto de limpeza forte 4 removvel com produto de limpeza fraco 5 mxima facilidade de remoo de manchas Resistncia a ataques qumicos obrigatria a resistncia a ataques qumicos dos produtos
de limpeza domsticos
28/09/2016 Patologia dos revestimentos
cermicos 17
Eflorescncias 2. Causas
2.1. Revestimentos cermicos no vidrados Ocorrem sais de metais alcalinos (Na, K), alcalino-terrosos (Ca,Mg), solveis em gua e a umidade os dissolve. Na secagem da superfcie, a soluo migra para a superfcie e, por evaporao, resulta um depsito salino. O fenmeno se d quando coexistem trs caractersticas: a. Existem sais solveis na base ou no material cermico, b. Umidade constante; c. Presso hidrosttica que propicia a migrao para a superfcie
28/09/2016 Patologia dos revestimentos
cermicos 18
Eflorescncias
2. Causas 2.2. Revestimentos cermicos vidrados O lquido exsudado constitudo por silicatos alcalinos, principal- mente de Na e K e, em menores propores de Ca e Mg. Tais sais solveis depositam-se no interior das microfissuras, no permitindo a remoo por processos de limpeza usuais, s vezes nem mesmo com solues cidas diludas.
28/09/2016 Patologia dos revestimentos
cermicos 19
Eflorescncias 3. Preveno 3.1. No vidrados: No utilizar materiais com alto teor de sais solveis. Utilizar
revestimentos mais bem queimados. Ateno aos compostos com pirita (FeS), que calcinando gera anidrido sulfrico! Ateno aos gases da queima com SO2 que reagem com xidos da argila formando sulfatos de Na, K, Mg e Ca!
3.2. Vidrados: Eliminar a gua da base do assentamento! Secar bem a base,
aplicar brita para interromper a ascenso capilar. Caso o piso seja abaixo da cota do lenol de gua, necessrio impermeabilizar.
28/09/2016 Patologia dos revestimentos
cermicos 20
Sinais de riscos e desgastes 1. Forma de manifestao Consiste no desgaste num perodo muito curto de meses. Nos vidrados, nota-se uma remoo local do vidrado. Os sinais podem ser devidos a: 1.1. Seleo inadequada do tipo de revestimento para o
ambiente; 1.2. Baixo desempenho da cermica, por resistncia abraso
inferior ao necessrio; 1.3. Servios de manuteno e limpeza inadequados. A palha de
ao deve ser evitada bem como as pastas abrasivas.
28/09/2016 Patologia dos revestimentos
cermicos 21
Sinais de riscos e desgastes
2. Classes de resistncia abraso
0 baixssima 1 (PEI 1) baixa 2 (PEI 2) mdia 3 (PEI 3) mdia alta 4 (PEI 4) alta 5 (PEI 5) altssima, s/ mancha depois da abraso Em ambientes de circulao intensa de pedestres: usar no vtrea
28/09/2016 Patologia dos revestimentos
cermicos 22
Fratura, lascamento e esfarelamento 1. Forma de manifestao Fratura Fissura que atravessa a pea cermica; Lascamento ou esfoliamento Ocorre ao longo do bordo Esfarelamento Mossa superficial ou atravessando. 2. Causas Fratura Resistncia insuficiente para ao localizada; Mossa - Resistncia insuficiente para objetos pesados; Lascamento - Resistncia insuficiente para pontiagudos. Umidade Tenses entre a cermica e o vidrado; Assentamento incorreto.
28/09/2016 Patologia dos revestimentos
cermicos 23
Fratura, lascamento e esfarelamento
3. Preveno
Substrato plano; Distribuio uniforme da cola e aditivos; Execuo de juntas de movimentao e de
dessolidarizao; Revestimentos sem expanso exagerada em contato
com a umidade.
28/09/2016 Patologia dos revestimentos
cermicos 24
Normas Tcnicas
NBR 7175/03 - Cal hidratada para argamassas - Requisitos NBR 7200/98 Exec de revest de paredes/tetos argam inorg Procedim NBR 9817 Execuo de piso com revestimento cermico NBR 11801/92 - Argamassa de alta resistncia mecnica para