Passes e Passistas - Duvidas e Perguntas

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Passes e passistas

Dvidas e perguntas

1 - Em visitas domiciliares cujo residente portador de dependncia alcolica pode-se aplicar o passe neste indivduo? Em familiares?

2 - De uma forma geral, h algum inconveniente na aplicao de passes em visitas domiciliares cuja proposta da visita o estudo do Evangelho e de obras espritas? Ou a sua aplicao deve ser apenas em ocasies em que os membros no podem freqentar um Centro Esprita ?

3 Quais as ocasies em que se pode dar passes fora do Centro?

Resposta: Divaldo Franco (Diretrizes de segurana, pergunta 81) e Roque Jacintho (Passe e passista, cap. 16) so categricos: os passes domiciliares constituem uma exceo, para os casos em que o indivduo no rene condies de ir a uma Casa esprita. Com relao aos alcolatras, preciso lembrar que aqueles que buscam curar-se do alcoolismo podem e devem ser auxiliados com o passe, mas este ser mais eficaz se ministrado na Casa esprita, porque, indo ao Centro esprita, eles se desligam do recinto domstico onde perduram suas formas-pensamentos de enfermidade. Se o indivduo alcolatra e no momento do passe se encontra alcoolizado, devemos lembrar o ensinamento constante do livro Mecanismos da Mediunidade, p. 148, o qual nos informa que maior eficcia ter o passe quanto mais intensa for a adeso do paciente.

4 - Quando um mdium passista passa mal aps aplicao de passe este sintoma decorrente do mdium no estar preparado para a tarefa neste dia em especial ou pode ser decorrente do mdium estar captando a presena de um Esprito desencarnado com baixa vibrao? Como diferenciar ?

Neste caso especfico o mdium deve tomar passe.? Por quanto tempo?

Resposta: O passe deve ser ministrado em estado de lucidez e absoluta tranqilidade, no qual o passista se encontre com sade e com perfeito tirocnio (Diretrizes de segurana, 69). Como o passista o primeiro a ser envolvido nas vibraes oriundas dos Benfeitores Espirituais, se ocorre o mal-estar citado na pergunta, algo no anda bem e preciso investig-lo. Pode haver inmeras causas que expliquem o fato, inclusive de ordem mdica. S em caso concreto seria possvel emitirmos opinio a respeito.

5 - Em reunio medinica h necessidade de aplicao de passes no mdium psicofnico durante a comunicao? O passe direcionado ao mdium ou ao esprito comunicante ? Nestes casos h a necessidade da imposio de mos ou o passe pode ser dado apenas pelo pensamento?

Resposta: Em alguns casos, sim. Suely Caldas (Obsesso/Desob., 3a parte, cap. 12) menciona 5 deles: Espritos que no conseguem falar, suicidas, dependentes de drogas, dementados e sofredores. O passe ministrado no mdium, mas seu alvo a entidade comunicante. A tcnica a imposio de mos. Andr Luiz corrobora esse pensamento no seu livro Desobsesso, cap. 26 e 52.

6 - Em mdiuns iniciantes o passe auxilia para que o mesmo permita uma melhor passividade?

Resposta: Sim, e isso est claro em O Livro dos Mdiuns, mas a providncia no recomendada por causa dos condicionamentos que pode criar. Herculano Pires (Obsesso, o passe, a doutrinao, p. 48) lembra que, nas sesses de doutrinao de Espritos, o passe empregado como auxiliar dos mdiuns em desenvolvimento quando incapazes de controlar as manifestaes de entidades rebeldes. Nesse caso, o alvo do passe o mdium.

7 - Em trabalhos assistenciais imprescindvel a aplicao de passes em crianas ?

Resposta: Sim. Raul Teixeira diz que no caso de crianas carentes o passe e a gua fluidificada ajudam na recomposio das foras da criana que no recebe a nutrio devida, por causa da condio social em que vive. E muitos choros, comuns em crianas pequenas, se reduzem pela condio de equilbrio que o passe lhes fornece.

8 - Como explicar de forma simples o que o passe e o que gua fluidificada para uma pessoa que vem pela primeira vez ao Centro?

Resposta: A maioria dos que chegam ao Centro pela primeira vez procede do Catolicismo. Presume-se que o catlico saiba das curas que Jesus e vrios apstolos fizeram usando as mos. Com relao gua temos tambm nas tradies catlicas o relato do primeiro prodgio atribudo a Jesus nas bodas de Can, quando transformou a gua em vinho, e ainda o uso da gua benta. Lembrar esses fatos pode ser til a ttulo de introduo, tanto quanto os textos constantes dos itens 1.1 a 1.4 de nossa apostila.

9 - Se um passista participa de dois grupos pblicos em dias seguidos, ele pode dar passes nas duas reunies? Se no, qual o perodo que se deve esperar para voltar a dar passes?

Resposta: O passe, ensina Divaldo Franco, produz um desgaste (Diretrizes de segurana, pergunta 69). Mas no existe exausto das foras magnticas, porque as energias transmitidas ao paciente so renovadas pela ao dos Benfeitores Espirituais (Conduta Esprita, cap. 28; Nos Domnios da Mediunidade, cap. 17). No tocante s foras gastas prprias do passista, o bom senso nos diz que seria interessante se ele tiver de trabalhar em dois grupos na mesma semana que o faa com um certo intervalo que lhe possibilite estar, no momento do passe, nas condies de equilbrio e sade mencionadas por Divaldo na pergunta acima referida.

10 - Qual a diferena entre passe e fluidoterapia?

Resposta: A fluidoterapia o nome que se d terapia pelo uso dos fluidos e no se limita aos passes. As radiaes, a magnetizao da gua, as operaes espirituais se incluem nesse conceito.

11 - Quando encontro algum que no est bem, procuro mentalizar e orar por alguns momentos na tentativa de mandar fluidos melhores a essa pessoa. Isso um tipo de passe? Posso faz-lo sem receio?

Resposta: Sim. O passe a distncia bastante utilizado pelos espritas, mas Herculano Pires (Obsesso, o passe, a doutrinao, p. 45) diz que no devemos desprezar o efeito psicolgico da presena do enfermo no ambiente da Casa esprita. O receio de se influenciar no se justifica. Lembra Roque Jacintho (Passe e passista, cap. 19) que a influenciao negativa que disso poderia advir s ocorre quando se estabelece sintonia com a zona inferior, por parte do passista. Se este se encontra equilibrado, no h por que tem-la.

12 - Dar um passe doar um pouco das prprias energias. Isso impede que o passista realize outras funes no Centro, como as medinicas, por exemplo, em que h tambm um grande gasto de energia?

Resposta: No. A resposta dada pergunta 9 aplica-se a esta questo.

13 - Qual o tempo que se deve dar entre uma tarefa e outra?

Resposta: O tempo que for necessrio para a recomposio das foras gastas, como mencionado na resposta pergunta 9.

14 H trabalhadores que no tomam passe justificando que pelo fato de estarem trabalhando j esto recebendo o passe espiritual e que, portanto, no necessitam do passe efetuado na cmara do passes. H ressalvas neste raciocnio?

Resposta: O raciocnio correto, mas devemos lembrar que o passe que se recebe ajuda o trabalhador a recompor as foras despendidas nos diversos trabalhos que realize. diferente do indivduo que busca passes sistematicamente, mesmo quando deles no necessita, ao qual Edgard Armond deu o nome de papa-passes (Trabalhos prticos de Espiritismo, p. 84).

15 O fluido vital algo peculiar aos seres orgnicos, modificados segundo as espcies. Se so diferentes os fluidos em seres humanos e em animais, por que h melhora, (segundo relatos que animais de estimao melhoram aps a aplicao de passes), se em decorrncia de serem diferentes no haveria condies da efetuao da combinao de fluidos, isto , no haveria afinidade fludica?

Resposta: O passe e a gua magnetizada, quando voltados exclusivamente para o animal, produz efeitos comprovados. No h por que negar-lhes o benefcio. Diz Roque Jacintho (Passe e passista, cap. 32) que Espritos unidos obra da Natureza fornecem os recursos necessrios ao atendimento, fato que nos leva a concluir que a preparao e a prece antes de ministrar o passe constituem providncia indispensvel.

16 Os seres inorgnicos, por exemplo, as pedras, so dotadas de magnetismo. Por definio, apenas os seres orgnicos possuem fluidos vitais. Fluido magntico e fluido vital por uma questo de lgica so conceitos diferentes? Como defini-los?

Resposta: O assunto tratado nesta pergunta encontra-se exposto no item 4.3 de nossa apostila. Em "O Livro dos Espritos", questo 427, Kardec o examinou.

ApndiceObras que devem ser consultadas para dirimir dvidas sobre o passe:

1. Mecanismos da Mediunidade (Andr Luiz) Maior eficcia tem o passe quanto mais intensa a adeso do paciente (p. 148). Menores resultados se obtm nos doentes adultos jungidos inconscincia temporria (pp. 148 e 149).

2. Os Mensageiros (Andr Luiz) No Campo da Paz, a ala dos Espritos que dormiam somava 1.980 entidades. Destes, 400 foram selecionados para receber tratamento, mas apenas 2/3 recebiam passes, porque s eles se revelaram aptos a receb-los (p. 123).

3. Nas Fronteiras da Loucura (Manoel Philomeno de Miranda) Orao, passes, gua magnetizada e doutrinao compem o tratamento do alcoolismo, da toxicomania, da sexolatria e dos vcios em geral (pp. 75 e 76). Na terapia do passe, a disposio do paciente exerce papel relevante para a obteno dos resultados (pp. 234 e 235).

4. Entre a Terra e o Cu (Andr Luiz) Mrio Silva, acometido pela conscincia culpada, fruto dos erros cometidos por ocasio da Guerra do Paraguai, no podia ser socorrido com passes. Segundo Clarncio, ele precisava ser atingido na mente. Necessitava de idias renovadoras e somente Antonina poderia ajud-lo (pp. 224 a 226). Naquele dia, mesmo socorrido pelos passes, acordou agoniado e trmulo (pp. 120 a 122).

5. Passe e Passista (Roque Jacintho) Captulos 16, 19, 28 e 32, pp. 73, 83, 118 e 133.

6. Obsesso, o passe, a doutrinao (J. Herculano Pires) Pgs. 45 e 48.

7. Conduta Esprita (Andr Luiz) Captulo 28, pp. 102 a 104.

8. O Consolador (Emmanuel) Questes 99, 103 e 104, pp. 68, 69 e 70.

9. Diretrizes de Segurana (Divaldo Franco e Raul Teixeira) Captulo VII, pp. 67, 70 e 71.

10. Sesses Pblicas (Roque Jacintho) Pg. 18.

11. Dilogo com dirigentes e trabalhadores espritas (Divaldo Franco) Pgs. 61 e 66.

12. 20 Lies sobre Mediunidade (Astolfo O. de Oliveira Filho) Captulo 18, p. 102.

13. Trabalhos Prticos de Espiritismo (Edgard Armond) Captulo IV, pp. 83 e 84.

14. Desobsesso (Andr Luiz) Captulos 26, 52 e 68, pp. 63, 115 e147.

Londrina, 30 de outubro de 2005

Astolfo O. de Oliveira Filho

Passes e passistas (XVII)