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Paralisados pelo Medo e Culpa Aula - 08 Gn 12.1-4; Hb 11. 8-13; 1 jo 1.1-2.2; 1 Sm 13. 8-13

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Paralisados pelo Medo e Culpa

Aula - 08 Gn 12.1-4; Hb 11. 8-13; 1 jo 1.1-2.2; 1

Sm 13. 8-13

Medos são comuns. Todos nós tememos algo pode ser: Medo do dano corporal; Medo do fracasso; Medo do sucesso com as

responsabilidades e as expectativas que o acompanham;

Tanatofobia ( medo da morte)

acrofobia ( medo das alturas)

claustrofobia ( medo de lugares fechados e pequenos)

xenofobia ( medo de estranhos)

Uma das situações que mais apavora o ser humano são as mudanças. Quando as coisas saem de nossa zona de conforto, parece perdermos o chão.

A Historia de Abrão começa justamente com uma mudança profunda em direção ao desconhecido ( Gn 12.1-3). Ele não estava saindo com destino certo, mas só com a certeza de que deveria sair.

Deus chamou Abrão para mudar. Ele tinha de deixar sua área de conforto. Tinha de abandonar sua cidade, ~sua nação e sua família. Tinha de deixar suas raízes, sua segurança e seu território familiar.

Passamos por muitas mudanças na vida, mas poucas são tão drásticas como a de Abrão. Hb 11.8-13 faz uma bela descrição dessa jornada de mudanças na vida dele e sua família.

O cristão é chamado para ser peregrino. Somos chamados a sair de nossa zona de conforto e lançarmos nosso coração em direção às promessas eternas de Deus.

O início dessa jornada ocorre quando somos chamados à mudança de sair das trevas para a maravilhosa luz. Essas grandes mudanças nos movem a colocar o coração no que está por vir, fazendo que nos desapeguemos das coisas desta vida.

São tantas coisas que mudam em nós que a Escritura chama tudo isso de crucificar o velho homem ( Rm 5.1).

Devido a tantas mudanças em nosso caráter, ao nos tornarmos cristãos, é possível que a culpa nos paralise. Pois a Escritura nos revela que Deus odeia o pecado e que nós somos pecadores.

Nosso pecado nos estraga de duas formas. Ele nos torna culpados diante de Deus de forma que ficamos sob sua justa condenação; ele torna nosso comportamento feio, de modo a desfigurar a imagem de Deus que deveríamos refletir. Ele nos condena com a culpa, e nos escraviza com falta de amor.

O sangue de Jesus nos liberta de ambas as desgraças. Satisfaz a justiça de Deus, fazendo com que nossos pecados sejam perdoados com justiça. Vence o poder do pecado de nos tornar escravos da falta de amor. Vimos como Cristo absorve a ira de Deus e retira nossa culpa.

O pecado é uma influência tão poderosa em nossa vida que precisamos ser libertos pelo poder de Deus, não por nossa força de vontade. Quando Cristo morreu para remover nossa condenação, ele como que abriu a válvula da misericórdia poderosa do céu para que fluísse em prol da nossa libertação do poder do pecado.

Noutras palavras, a libertação da culpa do pecado e da ira de Deus teve de anteceder a libertação do poder do pecado pela misericórdia de Deus. As palavras bíblicas cruciais para dizer isso são: a justificação precede e garante a santificação. São diferentes. Uma é uma declaração instantânea (não culpado!), a outra é uma transformação contínua.

Neste processo, e no reconhecimento da necessidade de uma vida transformada, podemos nos estagnar ao abraçarmos duas atitudes relacionadas ao medo:

1- Ou congelamos nosso desenvolvimento, por não querermos reconhecer nossos pecados, receosos de encarar a ira de Deus pelo pecado.

Não buscamos os meios dados por Deus, para que resolvamos o pecado e impeçamos que ele continue a atrapalhar nossa vida.

2 – Ou nos estagnamos com o peso de uma culpa que parece nunca ir embora, apesar de todas as nossas tentativas de nos redimir diante de Deus.

Parece que não achamos suficiente aquilo que o evangelho da graça nos mostra ser o caminho para o perdão do Pai; nesse ponto, não há mais culpa real, porém, sentimento de culpa.

Ao considerar a culpa, devemos ser cuidadosos para distinguir entre a culpa e os sentimentos de culpa.

Os sentimentos de culpa são subjetivos. Eles surgem de dentro de nós. Podemos nos sentir culpados mesmo quando não há culpa.

A culpa, porém é objetiva. Ela envolve uma situação real. Sempre que pecamos incorremos em culpa. A culpa envolve um relacionamento devedor para com Deus. Ela está ligada ao pecado.

A culpa é um elemento importante em nossa vida. Quando é fruto de desvios da Palavra de Deus, os sentimentos que ela provoca em nós auxiliam a entender que algo está errado e que precisa ser corrigido.

Seja por omissão ou transgressão, se violarmos a Lei de Deus incorremos em culpa. Esta culpa é real e objetiva. Muitas vezes usamos de vários recursos para nos livrar desses sentimentos. Justificamos nossas ações.

Jogamos a culpa em outras pessoas ou nas circunstâncias. Culpamos a sociedade. Culpamos nosso ambiente. Culpamos nossos pais. Apelamos a tudo o que podemos para escapar da dor da responsabilidade pessoal.

Enquanto a psicologia moderna procura amenizar a seriedade de nossos pecados, a Bíblia aponta o caminho do arrependimento e da cruz.