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O PaperLoop é um produto de análise elaborado pelo Knowledge Center da Loop, consultora de estratégia especialista em modelos de negócio, desenvolvimento de produto/ serviço, aceleração corporativa, crescimento em vendas digitais e análise estratégica de dados. paper 03 PRINCIPAIS IMPACTOS DA REVOLUÇÃO MOBILE/DIGITAL

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O PaperLoop é um produto de análise elaborado pelo Knowledge Center da Loop, consultora de estratégia especialista em modelos de negócio, desenvolvimento de produto/ serviço, aceleração corporativa, crescimento em vendas digitais e análise estratégica de dados.

paper 03P R I N C I PA I S I M PA C TO S D A R E V O L U Ç Ã O M O B I L E / D I G I TA L

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3PaperLoop

Unai ZubeldiaAntonio FloresCarlos CuffíDIRECTOR DE TRANSFORMAÇÃO DIGITAL DA MOBILE WORLD CAPITAL

Com a intervenção de:

CEO DA LOOP NEW BUSINESS MODELS

DIRECTOR DE INDÚSTRIA DA LOOPNEW BUSINESS MODELS

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PRINCIPAIS IMPACTOS DA REVOLUÇÃO MOBILE/DIGITALCONCLUSÕES DO MOBILE WORLD CONGRESS 2018

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Em primeiro lugar, Carlos Cuffí destacou três tendências digitais que vão marcar o futuro mais próximo, tanto das pessoas como as empresas de todo o mundo:

Um dos pontos chave do futuro próximo que antecipa Cuffí, é a chegada do 5G e o novo cenário que se avizinha especialmente para as empresas industriais. Como explica Carlos Cuffí, “o 5G é uma mudança de paradigma totalmente novo”, já que teremos mais velocidade (150 vezes superior que o atual 4G), a latência (capacidade de resposta de uma rede) será mais baixa e contaremos com mais densidade ao haver mais de 1 milhão de dispositivos por m2.

No âmbito doméstico, notaremos esta mudança quando, por exemplo, queiramos descarregar um filme e em vez de o fazer num minuto, sejamos capazes de o

fazer em alguns segundos; mas o real impacto do 5G encontra-se nos setores mais industriais. A quinta geração da tecnologia móvel ajuda a acelerar os serviços e as suas aplicações em Smart Cities, Smart Healthcare, a indústria 4.0, carros autónomos, chatbots e muito mais. Por exemplo, no caso dos carros autónomos é muito importante o 5G pelo tempo de resposta que tem o veículo: se o dispositivo avisa ao carro de que tem de parar porque há um objeto que se interpõe na sua trajetória em apenas um milissegundo (a capacidade de reação do novo 5G), o carro será mais seguro que os atuais.

Em Março teve lugar em Barcelona o maior evento mundial do setor tecnológico e móvel que marcará o futuro da indústria nos próximos anos, o Mobile World Congress 2018. Nesta edição não só houve lugar para as telecomunicações, mas também para muitos setores que se animaram a mostrar as suas últimas tendências e tecnologias aplicadas em diferentes âmbitos, como por exemplo no automóvel e lar/consumo.

Neste contexto, e como continuação da colaboração que a Loop New Business Models e a Mobile World Capital Barcelona (MWCB) mantêm, organizou-se em Madrid e Bilbau (com o apoio da Câmara do Comércio Espanhola) a sessão “Principais impactos da revolução mobile/digital: conclusões do Mobile World Congress 2018” na qual, Carlos Cuffí, Diretor de Transformação Digital e Responsável do Observatório Nacional 5G da Mobile World Capital Barcelona, e Antonio Flores, CEO da Loop, analisaram – com especial foco no setor industrial na edição de Bilbau – qual é a situação atual e as oportunidades de negócio que a transformação

digital supõe para as empresas, assim como os resultados mais relevantes extraídos da última edição do Mobile World Congress.

INTRO-DUÇÃO

AS 3 TENDÊNCIAS DIGITAIS DO FUTURO

1 . A OLEADA DO 5G

“O 5G é uma mudança de paradigma totalmente nova e com grande impacto na indústria”

Carlos CuffíDirector de transformação digital da

Mobile World Capital

NA ÚLTIMA EDIÇÃO DO MOBILE WORLD CONGRESS, MUITOS SETORES ANIMARAM-SE A MOSTRAR AS SUAS ÚLTIMAS TENDÊNCIAS E TECNOLOGIAS APLICADAS EM DIFERENTES ÂMBITOS.

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O problema desta tecnologia é que todavia existem preocupações em torno da evolução do seu serviço, já que requer reinvestir em todas as estruturas desde o zero e as empresas ao dia de hoje não oferecem cobertura 4G com 100% de qualidade e em alguns lugares funciona apenas o 3G. A dúvida que se coloca é: quem quer começar a usar o 5G na atualidade e quem investirá em fomentá-lo?

A resposta a priori é óbvia: espera-se que sejam as empresas Over-the-top (aquelas nativas digitais que cobrem um serviço e acabam por controlar todo o processo) as que dêem o primeiro salto: como a Amazon, o Facebook, o Google e também noutros setores como o de viagens (Expedia, Booking e Trivago). Todas as empresas esperam estar no Over-the-top, mas para triunfar em plena transformação digital há que evitar o puro setor de infraestruturas ou pensar quais se podem capitalizar para se conseguir situar “no topo”.

Em fevereiro de 2018 existem 5.134.087.571 consumidores móveis únicos a nível mundial, enquanto que as conexões superam este número largamente, situando-se em 8.428.720.607. Há mais conexões no mundo do que pessoas, e isto ocorre porque na atualidade não só os telemóveis estão conectados, mas também mais dispositivos que começar a ter conexão e a oferecer outros tipos de serviços digitais.

Com o auge da Internet of Things, os productos deixaram de ser o mais importante e estão a nascer novos serviços aplicados a estes, que até agora não existiam. Atualmente os objetos conectados permitem:

Saber como está o objeto.

Saber como é quem o está a utilizar.

Aportar serviços em torno do produto.

Por exemplo, atualmente é possível ter a escova de dentes conectada a um serviço de assessoria dentária através do smartphone e que em caso se detete uma cárie, seja pedida uma consulta diretamente com o dentista do usuário.

Este crescimento de novos serviços nascidos da transformação digital e da expansão da Internet das Coisas, leva a que se mesclem diversos setor e está a criar-se uma conectividade entre indústrias que até ao momento não tinham relação. Por exemplo, atualmente a Uber e a Moda Living (uma empresa britânica do setor imobiliário centrada no setor do aluguer privado) anunciaram a sua

união para reduzir o número de donos de automóveis nas cidades inglesas através do serviço de aluguer de automóveis.

A inteligência artificial é composta por algoritmos que automatizam processos e são autodidatas. Atualmente a sua utilidade no âmbito doméstico baseia-se no uso de assistentes virtuais, como os desenvolvidos por grandes empresas: Aura da Telefónica, Alexa da Amazon, Google Home ou a Siri da Apple.

No Mobile World Congress, foi possível ver a inteligência artificial aplicada nos smartphones e nas apps. Por exemplo, apresentou-se o novo Samsung Galaxy S9 que

2 . O ÊXITO DA INTERNET OF THINGS (IoT) OU A INTERNET DAS COISAS

3. A EXPANSÃO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

CONEXÕES MÓVEIS INCLUINDO A CONECTIVIDADE GERIDA M2M (MACHINE TO MACHINE)

SUBSCRIPTORES MÓVEIS ÚNICOS

7.847.299.383 SEP 2016

4.794.864.120SEP 2016

8.428.720.607 FEB 2018

5.134.087.571FEB 2018

A EXPANSÃO DO IOT ESTÁ A POTENCIAR A CONECTIVIDADE ENTRE INDÚSTRIAS QUE ATÉ AO MOMENTO NÃO TINHAM RELAÇÃO.

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identifica os objetos com a câmera e ao tirar uma fotografia recomenda ao utilizador qual o filtro mais adequado para essa fotografia em concreto. Enquanto nas apps, as unidas à inteligência artificial, sãos as consideradas como “ativas” enquanto as passivas, como explica Carlos Cuffím têm os dias contados. As apps do futuro são aquelas que avisam de forma próativa das distintas necessidades que têm os consumidores. Por exemplo, com os chatbots é possível reservar o lugar num voo não só através da app, mas também com o Whatsapp, sendo monitorizado por algoritmos e conseguindo que o assistente virtual compre o voo.

Por outro lado, Carlos Cuffí destacou a necessidade de retirar os algoritmos fora dos smartphones para reforçar as experiências. “É importante que as empresas saiam da sua zona de conforto e que identifiquem novo pontos de contacto com o seu consumidor para estarem disponíveis quando o necessitem e alargar as experiências”, destaca. Por exemplo, o especialista explicou que existe um guarda-chuva com um chip incorporado que com uma luz que avisa se vai chover e se é necessário levar o guarda-chuva ou, pelo contrário, se vai fazer um bom dia. Deste modo, está a criar-se uma especialização por categorias de inteligência artificial nas quais cada vez mais empresas estão a investir.

“É importante que as empresas saiam da sua zona de conforto e que identifiquem novos pontos de contacto com o seu consumidor para estarem disponíveis quando o necessitem e alargar as experiências”

Carlos CuffíDirector de transformação digital da

Mobile World Capital

Atualmente, outro serviço aplicado à inteligência artificial que se converteu em tendência e marcará em parta e rota de muitas empresas, é o conceito denominado de “fricção zero” na experiência, ou seja, ser transparente com os consumidores e oferecer um serviço contínuo que não crie disrupções. O Spotify é um grande exemplo de friccção zero, já que se uniu com a marca automóveis Volvo para que os seus utilizadores no percam a conexão à sua música quando entrem ou saiam do automóvel, conseguindo que toque no telemóvel ou no rádio do carro automaticamente. Outro exemplo de inteligência artificial através de assistente virtual e que gera conexão com os clientes de friccção zero é a Aura, da Telefónica.

Estas empresas são amigas e inimigas ao mesmo tempo, já que, e como explica Carlos Cuffí “por vezes o custo de oportunidade faz com que se alie a este tipo de concorrentes”, mas nunca se deve perder de vista quem são e quais são as vantagens e inconvenientes de unir-se a eles. E aqui reside a chave económica colaborativa. “Na atualidade é mais importante ser

ágil que ser grande. A disrupção é uma mudança exponencial e escalonada”, assinala Cuffí. Um caso visível é como muitos bancos tiverem que aliar-se com a Apple Pay com o único objetivo de não perder quota de mercado.

A MODA DA “FRICÇÃO ZERO”

“FRICÇÃO ZERO” NA EXPERIÊNCIA É SER TRANSPARENTE COM OS CONSUMIDORES E OFERECER UM SERVIÇO CONTÍNUO QUE ALARGUE AS EXPERIÊNCIAS.

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Devido a esta transformação digital cada vez mais presente no dia-a-dia, as empresas estão a desenvolver novas relações com os seus consumidores (já que requerem de outro tipo de atenções). Tradicionalmente os consumidores desconheciam para que usavam as empresas os seus dados pessoais, mas atualmente todos os clientes têm o direito de saber qual a informação que as empresas têm sobre eles e como os utilizam.

A revolução mobile é uma revolução social e o empoderamento das pessoas serviu para que algumas empresas retirem benefício disso, como o TripAdvisor, que se baseia num modelo de negócio C2B (Consumer to Business).

Aplicado à indústria, a servitização é claramente a tendência que marca o setor e que foi permeando quase todas as atividades industriais.

As empresas verificam avanços neste sentido, já que estão a passar de proporcionar produtos a vender serviços. Além disso, a indústria encontra-se perante um cenário desafiante com as possibilidades que oferece a indústria 4.0.

Neste contexto, os serviços apresentam-se como uma ferramenta de diferenciação quando os produtos se banalizam e custo diferenciar-se num mercado cada vez mais competitivo.

A tendência do setor industrial é entender a servitização como a ferramenta que permite que as empresas evoluam de uma forma não traumática desde o modelo negócio, assim como a transformação digital como um meio (que não um fim) eficaz para alcançar a mudança.

TENDÊNCIA INDUSTRIAL: A SERVITIZAÇÃO

DEBIDO A ESTA TRANSFORMACIÓN DIGITAL, CADA VEZ MÁS PRESENTE EN EL DÍA A DÍA, LAS COMPAÑÍAS ESTÁN DESARROLLANDO NUEVAS RELACIONES CON SUS CONSUMIDORES.

O SETOR INDUSTRIAL DEVE ENTENDER A SERVITIZAÇÃO COMO

A FERRAMENTA QUE PERMITE QUE AS EMPRESAS EVOLUAM

DESDE O MODELO DE NEGÓCIO E A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL COMO UM

MEIO EFICAZ POR O CONSEGUIR.

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As estratégias digitais não devem basear-se unicamente na eficiência nem na estratégia “sem alma”. Antonio Flores destaca que a filosofia de cada empresa e marca deverá surgir como valor estruturador do mercado porque senão perder-se-ão oportunidades de posicionamento e reconhecimento face aos consumidores. O desafio é aportar alma às estratégias digitais fugindo da despersonalização.

É importante deixar de ver “o digital” como algo que nos permite fazer as coisas de forma mais eficiente (o famoso mais por menos), para passar a entendê-lo como algo que nos permite fazer coisas que até agora eram impossíveis, especialmente no mundo da indústria e dos bens de equipamento. O digital não é só eficiência; também tem alma e enviesamento, aquilo que sempre caracterizou os bons modelos de negócio.

A transformação digital não é transformar-se, mas sim sobreviver à mudança. Nos últimos anos (inclusive meses) o nosso entorno vital, aquele no qual desenvolvemos a nossa vida e atividade profissional, sofreu uma transformação como poucas vezes ocorreu na história. Ao nosso redor, emergiram novas e descomunais infraestrutras digitais, tanto públicas como privadas, que modificaram e afetaram a nossa atividade atual e futura.

Deste modo, e seguindo o ponto de vista tecnológico de Carlos Cuffí, Antonio Flores, CEO da Loop – consultora de estratégia especializada em desenvolvimento de produto, modelos de negócio, capital intelectual & aceleração corporativa, crescimento digital e análise estratégica de dados – aponta quais sãos os passos a seguir para conseguir a normalização das estratégias digitais nos modelos de negócio:

“Por fim deixamos de falar de estratégias digitais como tal e começamos a falar de estratégias em entornos digitais”, assinala o CEO da Loop. O digital já não tem sentido em si mesmo, já que tudo é digital ou aspira a sê-lo, o caminho a seguir por parte das empresas é o de investigar que estratégias podem adaptar-se a estes novos entornos digitais no lugar de realizar estratégias sobre o que já se considera óbvio.

O comercio eletrónico, as redes sociais, internet, as páginas web, etc., são as formas com as quais tornamos tangível o entorno digital; no entanto, o potencial está em desenvolver modelos de negócio nestes contextos. A Inditex, por exemplo, há muitos anos que o compreendeu: o seu modelo de negócio não seria possível sem as tecnologias digitais, são elas que o tornam excecional. Em contrapartida, foi apenas há uns meses que desenvolveram os seus canais de venda digital, a prova de que o grupo entendeu a diferença entre o digital como modelo/ contexto e como mera ferramenta.

A NORMALI- ZAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DIGITAIS NOS MODELOS DE NEGÓCIO

1.

2.

“Por fim deixamos de falar

de estratégias digitais como

tal e começamos a falar de

estratégias en entornos

digitais”Antonio Flores

CEO da Loop New Business Models

O DIGITAL NÃO É EFICIÊNCIA; TAMBÉM TEM ALMA E ENVIESA- MENTO

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É na incorporação do potencial digital no modelo de negócio onde radicam as oportunidades e se produzem as disrupções. Neste contexto há que ter em conta o perigo deste entorno porque os atores que são nativos digitais podem “branquear-nos”, arriscando menos e convertendo-se num elo mais do seu processo ou cadeia de valor.

A estes atores digitais, Antonio Flores denomina-os de ‘cavalos de Tróia’, já que parecem ter um papel secundário mas são realmente os que cobrem as necessidades dos consumidores digitais. Por exemplo, os devices que estão a implantar nos lares dos consumidores empresas como a Amazon ou Google são robots de voz que intermedeiam entre as necessidades do consumidor final e as marcas/ retailers desde a própria casa dos utilizadores. “Necessito de champô” será o desejo do consumidor e o assistente virutal será o que asignará o retailer e a marca. Este é o autêntico perigo das marcas privadas, já que serão estes nativos quem vão dirigir a necessidade desde a própria origem.

Como vivemos num entorno digital, cada vez nos interessa obter mais prestações a menor custo, mas o problema é que competir só com eficiência e responder analogicamente a este desafio é uma perda em términos de eficiência e em términos de margem. De todos os modos, há modelos de negócio digitais com vendas analógicas, são dois conceitos diferentes. Como se comentou anteriormente, este é o caso da Inditex, uma vez que surge graças a um modelo de negócio digital, ativa o seu e-commerce muito mais tarde do que a concorrência e ainda asism triunfa. O modelo de negócio da Inditex surge, entre outras coisas, pelas possibilidades que oferece o mundo digital; sem elas, o modelo de negócio planeado não seria possível.

Por outro lado, e perante este turbilhão de mudanças em todo o mercado, a indústria (principalmente) e os bens de equipamento (em especial) devem deixar as frustrações digitais à margem e perder o medo do palco. Vínhamos de um momento onde não existiam os entornos digitais; as empresas tinham a autosuficiência e estavam nas mãos dos desenvolvedores tecnológicos com importantes fracassos e custos derivados. Hoje já não é assim, as empresas dispõem de um importante catálogo de tecnologias estandardizadas, desenvolvendo aqueles aspetos novos e diferenciais que os entornos digitais permitem.

Para muchas compañías los medios digitales en vez Para muitas empresas, os meios digitais em vez de “encher a piscina” o que fazem é “tirar-lhe água”, e este é um dos desafios a melhorar da indústria. O consumidor/ cliente não irá fidelizar-se a uma marca por comprar sob um modelo digital, mas podemos sim construir modelos de negócio que maximizem o ato de compra.

No mundo digital, igual que no analógico, a fidelidade não existe mas sim que permite fidelizar ao momento. Este aspeto é válido tanto para empresas B2B como B2C, uma vez que o melhor é poder maximizar a estratégia de produto, serviços, consumível. Neste entorno, o futuro será o de trabalhar na cadeia de valor os produtos/ serviços, não só o entendido como o core business.

3.

4.

5.

O CONSUMIDOR/ CLIENTE NÃO IRÁ FIDELIZAR-SE A UMA MARCA POR COMPRAR SOB UM MODELO DIGITAL, MAS PODEMOS SIM CONSTRUIR MODELOS DE NEGÓCIO QUE MAXIMIZEM O ATO DE COMPRA.

RESPONDER ANALOGICAMENTE AO DESAFIO DIGITAL SUPÕE UMA PERDA DE EFICIÊNCIA E DE MARGEM.

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Nos entornos digitais, um novo fator está a emergir com força: o dado.

O que fazer com os dados, converteu-se na preocupação de muitos Diretivos e CEO’s das nossas empresas. Não é fácil lidar com os dados e leva a confusão; os dados são frios, não têm alma e carecem de filosofia, mas têm sim contexto e circunstância e aí radica parte do seu potencial. Analisar dados por si mesmo tem um potencial relativo, é uma informação ao alcance de muitos. Contextualizá-los, subordiná-los à estratégia de uma empresa e ao serviço dos seus novos produtos/ serviços sim que tem valor e, mais do que uma ciência, é uma arte de interpretação que nos torna distintos e exclusivos.

Neste contexto, enquadra-se o conceito de “superioridade em produto”, cujo fim é obter uma vantagem competitiva superior e uma posição naturalizada no mercado, que se consegue dotando as empresas de uma visão

estratégica superior em constante revisão perante a concorrência, fazendo especial foco sobre os produtos que comercializa e produz. Esta superioridade de produto é formada pelo trinómio consumidor, fornecedor e empresa; que está unido através de estratégias competitivas e monitorizadas constantemente pela análise de dados quantitativos e qualitativos.

A ideia é que, deste modo, o trinómio esteja permanentemente gerido para adaptar em “tempo real” os produtos ao ADN da empresa e formatados, na medida do possível, através das estratégias digitais no modelo de negócio, as necessidades dos utilizadores, os hábitos de consumo e os movimentos da concorrência.

Mas, qual é a melhor forma de estabelecer uma superioridade em produto? Como não nos rompemos nela e tornamo-la rentável? E qual deve ser a nossa estratégia para ativação dos dados como fio condutor? A análise estratégica de dados apresenta-se como o melhor fio condutor para estabelecer uma estratégia de superioridade em produto que possa ser rentável e sustentável no tempo.

As empresas devem utilizar a análise de dados antes, durante e depois do lançamento de novos produtos/ serviços para dispor de forma constante de um vínculo

SUPERIORIDADE DE PRODUCTO: OPORTUNIDADE NO ENTORNO DIGITAL

com o target e a sua evolução, o mercado e a sua circunstância e a afetação sistémica das tendências na sua operação. Isto supõe passar da exploração de dados com a utilização do data mining à aportação de sentido da informação com o data meaning.

Em conclusão, para o CEO da Loop, a inovação aplicada à revolução digital e mobile dever ser um must have de todas as empresas.

As empresas devem enfrentar esta revolução tendo claro que o importante não é ficar atrás nos avanços tecnológicos e ser capazes de elaborar estratégias digitais à altura de cada momento, sempre em coerência com a sua filosofia e modelo de negócio.

AS EMPRESAS DEVEM ENFRENTAR A REVOLUÇÃO DIGITAL SEMPRE EM COERÊNCIA COM A SUA FILOSOFIA E MODELO DE NEGÓCIO.

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O QUE É A LOOP?PREPARADOS PARA A COMPLEXIDADE

GRANDE CONSUMO RETAIL INDÚSTRIASERVIÇOS

Alg

uns

dos

proj

etos

Loo

p21PaperLoop

Criamos novos modelos de negócio e novas categorias de produtos e serviços.

A Loop é a consultora de estratégia que gera referentes de mercado através da sua experiência em: Modelos de Negócio, Desenvolvimento de Produto/ Serviço, Gestão do Capital Intelectual & Aceleração Corporativa, Crescimento em Vendas Digitais e Análise Estratégica de Dados.

Focamo-nos na saída ao mercado dos nossos produtos/ serviços com a qualidade e retorno definido junto dos nossos clientes.

OS NOSSOS ÂMBITOS DE ATUAÇÃO5 SERVIÇOS PARA 4 MERCADOS NOS ÂMBITOS B2B E B2C

Modelos de NegócioDeteção, criação e estruturação de novos modelos de negócio e

definição de novas categorias de produtos/serviços.

Desenvolvimento de produto/ServiçoGerimos portfolios de produtos. Conceptualizamo-los e desenvolvêmo-los. Colocamos em valor soluções tecnológicas específicas. Gerimos projetos desde a oportunidade ao mercado.

Capital Intelectual & Aceleração Corporativa

Gerimos o conhecimento dos nossos clientes complementando-o

com conhecimento externo e/ou exportando-o para potenciar

oportunidades no mercado.

Crescimento en Vendas digitais Ajudamos os nossos clientes a potenciar as suas vendas no entorno digital.

Análise Estratégica de DadosUtilizamos a mineração de dados para potenciar as oportunidades de negócio.

360º

Novos processosprodutivos, novos modelos de negócio.

Gerar uma nova unidade de negócio que englobe todas as oportunidades da Danobat prestar serviços aos seus clientes.

A democratização da portagem.

Criação de um modelo de negócio baseado numa plataforma de abastecimento aplicando uma solução real sobre o conceito IoT.

Interfaces digitais para bens de equipamento de uso massivo.

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