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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS ACOMPANHAMENTO DE UM CASO: paciente com esquizofrenia FERNANDÓPOLIS – SP 2011 CLEVERSON AFONSO NUNES DE OLIVEIRA LILIA CRISTINA MARTINS RONALDO JOSÉ SANTOS LOPES

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS

ACOMPANHAMENTO DE UM CASO: paciente com esquizofrenia

FERNANDÓPOLIS – SP 2011

CLEVERSON AFONSO NUNES DE OLIVEIRA LILIA CRISTINA MARTINS RONALDO JOSÉ SANTOS LOPES

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ACOMPANHAMENTO DE UM CASO: paciente com esquizofrenia

TCC – Trabalho de conclusão do curso de Farmácia, da Fundação Educacional de Fernandópolis-SP.

Orientadora: Prof.ª Esp. Valéria Cristina José Erédia Fancio.

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS – FEF FERNANDÓPOLIS – SP

2011

CLEVERSON AFONSO NUNES DE OLIVEIRA LILIA CRISTINA MARTINS RONALDO JOSÉ SANTOS LOPES

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FOLHA DE APROVAÇÃO

CLEVERSON AFONSO NUNES DE OLIVEIRA LILIA CRISTINA MARTINS

RONALDO JOSÉ SANTOS LOPES Monografia Estudo de um Caso: esquizofrenia apresentada a Fundação Educacional de Fernandópolis como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Farmácia Bioquímica.

Aprovada em:____/___/2011

Examinadores

________________________________________________

Júlia Francisca Gomes Simões Moita

_______________________________________________

Maria Aparecida Laurindo Polizelle

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Dedicamos esse trabalho aos nossos Pais

de quem herdamos, dentre outros valores,

a tenacidade, sempre que possível com

sabedoria.

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Deus por nos iluminar, dar força e coragem para

enfrentarmos todos os obstáculos.

A professora e orientadora Esp. Valéria Cristina José Erédia Fancio, pelo

ensino e incentivo e por suas observações perspicazes a parte deste trabalho.

Aos nossos familiares, a vitória é tanto vossas quanto nossas. Por isso

dedicamos a vocês a conquista e eterna gratidão.

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A família é um modelo universal para o viver. Ela é a unidade de crescimento; de experiência; de sucesso e fracasso; ela é também a unidade da saúde e da doença. Nathan W. Ackerman

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RESUMO

ACOMPANHAMENTO DE UM CASO: paciente com esquizofrenia

Este estudo tem como objetivo conhecer os sintomas psicóticos, bem como analisar um caso de esquizofrenia equilibrada. A esquizofrenia é uma perturbação psiquiátrica caracterizada pela presença de comportamento psicótico, dissociação entre pensamento e realidade ou amplamente desorganizado, além de marcada disfunção social. A esquizofrenia afeta aproximadamente 1%da população mundial, considerando-se critérios estreitos para a definição dos casos centralizados. Uma importante influência genética já está bem caracterizada na esquizofrenia, no entanto, a natureza exata da transmissão genética ainda não está clara. As informações disponíveis são compatíveis com a hipótese de que, na maioria dos casos, o comportamento genético predisponente consiste de múltiplos genes agindo de forma aditiva, sendo que o genótipo predisponente à esquizofrenia só seria manifesto quando o número de genes e de fatores não genéticos presentes for maior do que um número limiar. A esquizofrenia geralmente manifesta-se primeiramente na adolescência ou no início da idade adulta, sendo raro o início antes da adolescência Em um quadro esquizofrênico típico as funções cognitivas e emocionais encontram-se alteradas em função de modificações da resposta dopaminérgica. O principal mecanismo responsável pela ação antipsicótica dos fármacos utilizados é o bloqueio de receptores dopaminérgicos, o que sugere que a esquizofrenia seja caracterizada, pelo hiperfuncionamento da transmissão dopaminérgica no sistema nervoso central. Optamos pela pesquisa bibliográfica em livros e eletrônicos disponíveis e um estudo de caso sobre a esquizofrenia. Conclui-se, portanto, que a teoria da hiperatividade dopaminérgica da esquizofrenia parece ser sustentada por uma ampla gama de evidências. Embora seja de grande simplificação e se refira somente aos sintomas positivos da doença, fornece o melhor embasamento para compreensão da ação das substâncias antipsicóticos. Palavras-chave: Esquizofrenia. Genética. Psicótico. Sistema Nervoso.

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ABSTRACT

ACOMPANHAMENTO OF A CASE: patients with schizophrenia

This study aims to evaluate psychotic symptoms, and to examine a balanced case of schizophrenia. Schizophrenia is a psychiatric disorder characterized by the presence of psychotic behavior, dissociation between thought and reality or grossly disorganized, and marked social dysfunction. Schizophrenia affects approximately 1% of the world, considering the strict criteria for the definition of centralized cases. An important genetic influence has been well characterized in schizophrenia, however, the exact nature of genetic transmission is unclear. The available information is consistent with the hypothesis that, in most cases, the predisposing genetic behavior consists of multiple genes acting additively, and the genotype predisposing to schizophrenia would be evident only when the number of genes and nongenetic factors present is greater than a threshold number. Schizophrenia usually first manifests in adolescence or early adulthood and is rare before the onset of adolescence in a typical schizophrenic cognitive and emotional functions are altered due to changes in the dopaminergic response. The primary mechanism of action of antipsychotic drugs used is to block dopamine receptors, which suggests that schizophrenia is characterized by hyperfunctioning of dopamine transmission in the central nervous system. We chose the literature available in books and electronics and a case study of schizophrenia. We conclude therefore that the theory of dopaminergic hyperactivity in schizophrenia seems to be supported by a wide range of evidence. Although it is a great simplification and refer only to the positive symptoms of the disease, provides a better basis for understanding the action of antipsychotic substances. Keywords: Schizophrenia. Genetics. Psychotic. Nervous System.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Vias dopaminérgicas e suas ações ........................................................... 22

Tabela 2 Antipsicóticos clássicos ou típicos ou atípicos ou atipicos ........................ 25

Tabela 3 tipos de medicamentos, horários de tomadas e concentrações .............. 31

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Sistema Nervoso Central ............................................................................ 19 Figura 3 Vias dopaminérgicas no SNC ..................................................................... 21 Figura 2 Mecanismo e Ação dos Receptores D² da Dopamina ............................... 23

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LISTA DE ABREVIATURA OMS - Organização Mundial da Saúde

D2 – Receptor

ATP – Adenosina Trifosfato

PKC – Proteína Cinase dependente de Cálcio G – Proteínas

AMPc – Adenosina Monofosfato cíclico

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO....................................................................................................... 13

1.Psicose............................................................................................................... 15

1.1Conceito............................................................................................................ 15

1.2. Esquizofrenia na Infância................................................................................ 15

1.3 Esquizofrenia na adolescência....................................................................... 16

1.4 Base Genética................................................................................................. 17

1.4.1 Base neuroquímica....................................................................................... 17

1.5 Regiões Específicas do Sistema Nervoso Central.......................................... 19

1.51 Cérebro.......................................................................................................... 19

1.5.2 Cerebelo....................................................................................................... 20

1.5.3 Bulbo............................................................................................................. 20

1.5.4 Ponte............................................................................................................. 20

1.5.5 Medula Espinhal........................................................................................... 21

1.5.6 Ação dos Receptores D² da Dopamina........................................................ 23

2 AGENTES ANTIPSICÓTICOS.......................................................................... 24

2.1 Conceito........................................................................................................... 24

2.1.2 Farmacoterapia............................................................................................. 24

2.2. Classes Químicas........................................................................................... 25

2.2.1 Antipsicóticos Clássicos................................................................................ 26

2.2.2 Antipsicóticos Atípicos................................................................................. 27

2.3. Mecanismos de Ação dos Clássicos e Atípicos............................................. 27

3 Diagnostico......................................................................................................... 28

OBJETIVOS.......................................................................................................... 29 Objetivo Geral........................................................................................................ 29

Objetivos Específicos............................................................................................. 29

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MATERIAIS E MÉTODOS..................................................................................... 30 RESULTADOS E DISCUSSÕES.......................................................................... 31 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................. 33 REFERÊNCIAS..................................................................................................... 34 APÊNDICE............................................................................................................ 36

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INTRODUÇÃO

De acordo com Rhoden e Gentilin (2009) é habitual que as pessoas se

afastem daquilo que desconhecem. Por isso, desejamos com este trabalho mostrar

que um portador de esquizofrenia pode ter uma vida normal. A esquizofrenia não é

muito debatida, e em virtude disto, não é muito conhecida.

Conseqüentemente, os portadores da doença passam por circunstâncias

constrangedoras.

Após investigar sobre a patologia, descobriu-se que a esquizofrenia é

considerada, pelos conhecedores, o transtorno mental mais grave que existe. O

tema foi escolhido por sua complexidade, que mesmo atingindo 1% da população

mundial, de acordo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a maior parte das

pessoas não reconhece (OMS, 2009a).

Holmes (2007) esclarece que a doença é complexa e assustadora porque os

sintomas excedem o domínio das pessoas.

Rhoden e Gentilin (2009) mostram que a causa viral da esquizofrenia já está

quase confirmada. Um terço aproximadamente dos doentes com diagnóstico de

esquizofrenia desenvolveram esta patologia por decorrência de uma gripe na

infância, evoluindo para uma encefalopatia. Uma contaminação no sistema nervoso

central pode vir desarticular a química cerebral e o funcionamento do cérebro e

mesmo na transição da idade adulta.

Ainda de acordo com Rhoden e Gentilin (2009) a patologia pode se

manifestar em todas as idades, porém sendo comuns os primeiros sintomas

aparecem no início da adolescência ou início da vida adulta. Foi claramente

estabelecido que, em geral, ocorrem sintomas não psicóticos, muitas vezes por

anos, antes do surgimento de sintomas psicóticos característicos.

A hereditariedade é um fato importante, parentes de primeiro grau de um

portador de esquizofrenia, torna-se vulnerável em apresentar a doença: mas o

modo de transferência genética da esquizofrenia é conhecido (RHODEN;

GENTILIN, 2009).

A esquizofrenia é uma doença que não tem cura, porém, existe controle.

Existem casos em que a pessoa com medicação melhora bastante e

consegue ter uma vida normal. Mas ela ainda continua tendo a doença e se parar

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de fazer o tratamento os sintomas voltam a se manifestar (RHODEN; GENTILIN,

2009).

Este trabalho teve como objetivo relatar aspectos quanto ao tratamento,

sintomas, áreas especificas da hiperfunção dopaminérgica e seus receptores, por

meio de acompanhamento de um caso de paciente portador de esquizofrenia.

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1 PSICOSE 1.1 Conceito

Descreve Silva (2006) que psicose é um distúrbios psiquiátricos graves, na

maioria das vezes de origem ignorada ou idiopática, portanto funcionais nos quais

são encontrados além dos distúrbios do procedimento, incapacidade de pensar

coerentemente e de compreender o fato.

Ainda segundo Silva ( 2006) os sintomas mais precisos e mais importantes

da esquizofrenia são as alucinações, os delírios, métodos de pensamento, alterados

e inundação cognitiva.

Para Holmes (2007) alucinações são experiências perceptuais sem

fundamentação da realidade. As pessoas com esses sintomas ouvem vozes,

criticam seu comportamento ou dão ordens. O individuo imagina sensações de

formigamento ou queimaduras na pele ou sensações internas no corpo. Eles

pensam que estão sendo perseguidos.

1.2 Esquizofrenia na Infância

A esquizofrenia com início na infância tem determinadas particularidades

quando confrontada à de início na fase da adolescência e da adulta. Quando

iniciada antes dos 12 anos de idade, está densamente associada a problemas de

desempenho (SHIRAKAWA; CHAVES; MARIA, 2008).

Essas crianças têm sido descritas como socialmente desadaptadas, alheias e

isoladas, além de proporcionarem distúrbios de comportamento e atraso no aumento

neuropsicomotor (HOLLIS, 2000).

Os sintomas da esquizofrenia na infância são os distúrbios do pensamento,

especialmente desorganização de idéias, delírios, alucinações e afeto com pouca

ressonância são frequentemente analisados. A presença de tais sintomas parece

não variar com a idade, no entanto sua expressão varia, existindo uma maior riqueza

nas descrições logo que avança a idade (HOLLIS, 2000).

Segundo Hollis (2000) esses sintomas devem ser apreciados com prudência

na infância e também na adolescência.

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1.3 Esquizofrenia na Adolescência

A esquizofrenia é uma patologia na qual leva a deformidades no pensamento,

percepção e emoções (OMS, 2009b).

As descrições desses estados de loucura são as mais alteradas e, muitas

vezes, geram um fascínio muito grande, não só para pessoas que estudam

psiquiatria, mas ao mesmo tempo para a sociedade (KAPLAN; SADOCK; GREBB,

2003). A esquizofrenia contra cerca de 1% da população; normalmente, a idade de

início está entre 15 e 30 anos (McCLELLAN, 2000)

Esquizofrenia é uma doença rara com predomino na adolescência (LEE,

2006).

De acordo com (DSM IV, 2005, p 83):

Os sintomas são:

-Idéias delirantes de empobrecimento afetivo;

-Alucinações com perda da lógica;

-Desorganização do discurso perda da vontade.

-Desorganização do comportamento disfunção social.

Deste modo, é sempre bom lembrar, como consta o próprio DSM IV, que

"nenhum sintoma não relacionado é patognomônico (exclusivo) da Esquizofrenia,

cujo diagnóstico recomenda no reconhecimento de uma constelação de sinais e

sintomas vinculados a disfunções sociais e ocupacionais". Portanto, e em tese, hoje

em dia se avalia que os sintomas psicóticos no adolescente são idênticos aos do

adulto, reconhecendo-se, entre o quadro clínico formal, os que se segue (DSM IV,

2005, p 83):

A ocorrência de verdadeiros sintomas psicóticos na adolescência inclui os

riscos dos contratempos da conduta e do comportamento, porém, estes podem ser

inocentemente atribuídos ao comportamento rebelde e contraditório próprio dessa

idade. Podendo estar apresentando esses sintomas apenas para chamar atenção

dos pais dos professores e até mesmo dos amigos (DSM-IV, 2005).

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1.4 Base Genética Há muito se suspeita dos fatores genéticos como uma causa primária da

esquizofrenia, e há agora evidências substânciais para apoiar isto (HOLMES, 2007).

As primeiras evidências de alterações biológicas por possíveis mecanismos

neuroquímicos para a esquizofrenia e outras psicoses passaram a existir a partir de

estudos genéticos com indivíduos adotados ou com gêmeos (SILVA, 2006).

Nos gêmeos, os graus de aceitação para a esquizofrenia encontram-se em

torno de 50%, em monozigóticos, e pouco mais de 10%, em dizigóticos (SILVA,

2006).

Isso confirma a predisposição genética da doença e sua associação com

fatores ambientais. Somente uma concordância próxima de 100% nos gêmeos

homozigóticos (portadores de patrimônio genético idêntico) rejeitaria o papel dos

fatores ambientais (SILVA, 2006).

1.4.1 Base neuroquímica A dopamina foi reconhecida como um neurotransmissor propriamente dito na

década de 50 (HOLMES, 2007).

Além de seu papel como neurotransmissor no Sistema Nervoso Central

(SNC), a dopamina atua como um transmissor inibidor no corpo carotídeo e nos

gânglios simpáticos, também atua num sistema dopaminérgico distinto. Ela libera a

aldosterona, estimula diretamente a excreção renal de sódio, suprime a libertação

de noradrenalina nas terminações simpáticas por um mecanismo para simpáticos

inibidor, relaxa o esfinter esofágico inferior, retarda o esvaziamento gástrico, provoca

dilatação da circulação arterial renal e mesentérica. Regula a atividade dos

interneurônios colinérgicos do estriado libertação de acetilcolina. Participa na

regulação da hemodinâmica e transporte de eletrólitos (HOLMES, 2007).

Para Holmes (2007) em relação à base molecular para as psicoses, em

particular para a esquizofrenia, a hipótese dopaminérgica é a mais ampliada,

condicionando as pesquisas sobre as terapias farmacológicas recentemente

disponíveis.

Além do princípio dopaminérgico, outros sistemas de neurotransmissores

centrais parecem exercer algum papel. É provável mesmo que vários sistemas

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estejam envolvidos simultaneamente. Encontra-se em fase de investigação o

conhecimento dos sistemas colinérgicos, serotoninérgico e gabaérgico, dentre

outros (SILVA, 2006).

Segundo Hollis (2000) os níveis excessivamente reduntante de atividades

neurológica nas áreas do cérebro podem servir para romper atividades cognitivas,

com isso dando resultados como processos de pensamentos perturbados e

alucinações, isso acontece em maior atividade, na área do cérebro onde a

dopamina é o neurotransmissor. Quanto maior a atividade de dopamina, maior o

nível de atividade neurológica, com isso alguns apresenta a esquizofrenia.

De acordo com Guytton e Hall (2006) a dopamina foi indicada como uma

possível causa na esquizofrenia, onde o exagero de dopamina é secretado por um

grande numero de neurônios secretores, cujos corpos celulares estão situados no

tegumelo central do encéfalo, media e superior, à substância negra. Esses

neurônios atingem sistema mesolímbico doparminergétco que impede as fibras

para porções médias.

Conforme Silva (2006) se a irregularidade da fisiologia da dopamina fosse à

única responsável pela esquizofrenia, as drogas antipsicóticas seriam bastante mais

ativas no tratamento desses pacientes, no entanto, sabe-se que elas são somente

parcialmente eficazes para a maioria dos pacientes, até mesmo, totalmente

destituídas da eficácia para outros.

Segundo Guytton e Hall (2006) existem razões para se esperar que a

esquizofrenia seja consequências de uma, ou mais de três possibilidades:

(1) áreas múltiplas dos lobos pré-frontais, no qual os sinais neurais foram

impedidos ou onde o processamento dos sinais deixou de ser funcional;

(2) excitação exagerada de um grupo de neurônios que secretam dopamina

nos centros comportamentais do cérebro, abrangendo os lobos frontais.

(3) função irregular de uma parte crucial do sistema límbico de controle

comportamental centrado ao redor do hipocampo de cérebro.

Desde a década de 80, estudos morfométicos quantitativos têm mostrado

anormalidades nos cérebros de alguns pacientes esquizofrênicos, incluindo

diminuições globais de volume/ peso e reduções localizadas em áreas temporais e

frontais (ZORZETTO, 1993).

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Figura 01 Regiões Específicas do Sistema Nervoso Central

Fonte: (CRAIG; STITZEL, 2005)

1.5 Regiões Específicas do Sistema Nervoso Central Segundo Zorzetto (1993) o Sistema Nervoso Central (SNC) divide-se em

encéfalo e medula. O encéfalo corresponde ao telencéfalo (hemisférios cerebrais),

diencéfalo (tálamo e hipotálamo), cerebelo, e tronco cefálico, que se divide em:

BULBO, situado caudalmente; MESENCÉFALO, situado cranialmente; e PONTE,

situada entre ambos.

1.5.1 Cérebro Para Vilela (2002) o cérebro humano é particularmente complexo e extenso.

Representa apenas 2% da massa do corpo, mas, apesar disso, recebe

aproximadamente 25% de todo o sangue que é bombeado pelo coração.

Divide-se em dois hemisférios: esquerdo e o direito. É um conjunto distribuído

de milhares de milhões de células que se estende por uma área de mais de 1 metro

quadrado dentro do qual consegue-se diferenciar certas estruturas correspondendo

às chamadas áreas funcionais, que podem cada uma abranger até um décimo

dessa área. Está relacionado com a maioria das funções do organismo, como a

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recepção de informações visuais, também com os movimentos do corpo que

requerem a coordenação de grandes números de parte do corpo (VILELA, 2002).

1.5.2 Cerebelo

De acordo com Graeff e Guimarães (1999) o cerebelo é responsável pela

coordenação das atividades dos músculos esqueléticos, do tato, visão e audição, em

nível inconsciente, a partir de informações recebidas. Indivíduos com lesão no

cerebelo exibem fraqueza e perda do tônus muscular, assim como movimentos

descoordenados. Suas atividades estão relacionadas com o equilíbrio e postura

corporal. O cerebelo trabalha em conexão com o córtex cerebral e o tronco

encefálico. Quando uma parte do corpo se movimenta, o cerebelo coordena a

movimentação das outras partes corporais para manter o equilíbrio. É graças a ele

que podemos realizar ações altamente coordenadas e complexas como andar de

bicicleta, jogar tênis ou tocar violão.

1.5.3 Bulbo Para Graeff e Guimarães (1999) o Bulbo é a porção inferior do tronco

encefálico, juntamente com outros órgãos como o mesencéfalo e a ponte, que

estabelece comunicação entre o cérebro e a medula espinhal. A forma do bulbo

lembra um cone cortado, no qual a substância branca é externa e a cinzenta interna.

É um órgão condutor de impulsos nervosos.

1.5.4 Ponte A ponte, originada do metencéfalo embrionário, é constituída principalmente por

fibras nervosas que ligam o córtex cerebral ao cérebro. Nessa região encefálica

também há centros coordenados da movimentação dos olhos, do pescoço e do

corpo em geral. Além disso, a ponte participa na manutenção da postura corporal

correta, no equilíbrio do corpo e no tônus muscular (GRAEFF; GUIMARÃES, 1999).

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1.5.5 Medula Espinhal

Segundo Graeff e Guimarães (1999) a medula espinhal é a porção alongada do

sistema nervoso central, que se inicia logo abaixo do bulbo, no forame magno,

atravessando o canal das vértebras, estendendo-se até a primeira ou segunda

vértebra lombar, atingindo entre 44 e 46 cm de comprimento. A medula espinhal

ocupa toda a extensão do canal vertebral no indivíduo adulto. Da ponta da medula

espinhal sai um filamento terminal, que vai até o cóccix. A medula espinhal tem a

forma de um cordão arredondado e dela se originam 31 pares de nervos espinhais.

A medula pode ser dividida em 6 partes: cervical superior, dilatação cervical, dorsal,

lombar, cone terminal e filamento terminal. Os nervos espinhais que saem pelas

vértebras recebem o nome das vértebras, por exemplo, os nervos torácicos saem

entre as vértebras torácicas. O conjunto de raízes nervosas no final da medula

espinhal recebe o nome de cauda eqüina, por causa de sua aparência. As duas

regiões dilatadas recebem o nome de intumescência cervical e lombar. Os nervos

destinados aos membros superiores localizam-se na intumescência cervical, e os

destinados aos membros inferiores, na intumescência lombar. Sua Função não é

apenas um condutor de impulsos nervosos. Os circuitos neuronais medulares são

importantes na produção dos movimentos musculares, pois eles exercem o controle

direto sobre os músculos.

Figura 02 Vias dopaminérgica no SNC

Fonte (CRAIG; STITZEL, 2005).

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A figura acima apresenta as vias dopaminérgicas descrevendo as

substancia negras, áreas tegmental ventral, amígdala, núcleo accubens,

estriadoe o córtex frontal (CRAIG; STITZEL, 2005)

Segue abaixo tabela explicativa

Tabela 1 Vias dopaminérgicas centrais e suas ações.

VIAS

FUNÇÕES

Mesolímbica Tem relação o comportamento e emoções. A hiperatividade da melodia relaciona com os episódios psicóticos positivos

Mesocortical

O papel na mediação de sintomas psicóticos ainda é controverso, seu bloqueio associa-se a piora de sintomas negativos.

Nigroestriada

Coordenação de movimentos voluntários. Seu bloqueio está associado a distúrbios motores com acatisia, distonia, tremores, rigidez e acinesia/bradicinesia e em longo prazo pode levar a discinesia tardia.

Tuberoinfundibular Está relacionada a inibição da secreção de prolactina. Seu bloqueio associa-se a aumento dos níveis desse hormônio.

Meduloperiventricular Relacionado com o comportamento

alimentar

Fonte: (SILVA, 2006).

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1.5.6 Ação dos Receptores D² da Dopamina Ativação dos receptores (D2) em categorias normais a dopamina liga ao D2 que ativa a subunidade alfa da proteína G que se desarticula e liga-se à adenilciclase inibindo-a. Este organismoevita oconvertimento do ATP em AMPc e a indicação de segundos precursores, no caso a proteína cinase Proteína (PKC). Esta cascata de acontecimentos nutre os canais de K+ abertos, do que implica a hiperpolarização da membrana celular. O desenvolvimento da função dopaminérgica agencia os sintomas característicos da esquizofrenia (CRAIG; STITZEL, 2005, p. 167)

O Bloqueio de D2 (receptor), neste caso, nunca acontece ienergização da

proteína G e ligação da subunidade alfa à adenilciclase. O Adenosina Trisfosfato

(ATP) passa a ser transformado em Adenosina Monofosfato cíclico (AMPc) e este

acrescenta a atividade da Proteína Cinase dependente de Cálci (PKC). A Proteína

Cinase dependente de Cálcio (PKC) por sua vez fosforila os condutos de íons K+,

produzindo seu fechamento e a repolarização da membrana sináptica (Ver figura-2).

(CRAIG; STITZEL, 2005).

A conseqüência destes fatos é o favorecimento dos procedimentos de

despolarização da membrana com a consequente inibição dos indícios positivos da

doença (CRAIG; STITZEL, 2005).

Figura 3 Mecanismo e Ação dos Receptores D² da Dopamina Fonte (CRAIG; STITZEL, 2005)

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24

2 AGENTES ANTIPSICÓTICOS

2.1 Conceito

Segundo Kaplan, Sadock e Greeb (2003) as drogas antipsicóticas são grupo

heterogênico de drogas que bloqueiam os receptores de dopamina do tipo 2 (D²)

Ainda segundo Kaplan, Sadock e Greeb (2003) as drogas antipscóticas são

indicadas no tratamento da esquizofrenia e outros psicóticos. A classe das drogas

antipsicóticas inclui clorpromazina, tioridazina, flufenazina e haloperidol.

Antipsicóticos e antagonistas de receptores dopaminicos não são

necessariamente sinônimos. A clozapina é um antipsicótico eficaz, mas deferem de

rodas as drogas discutidas aqui no sentido de ter comparativamente pouca atividade

nos receptores D². As drogas discutidas aqui também são conhecidas como

neurolépticos e tranquilizantes maiores (KAPLAN; SADOCK; GREEB, 2003).

O termo “neuroléptico” denota os efeitos neurológicos ou motores da maioria

das drogas. O desenvolvimento de novos compostos tais como risperidona e

remoxiprida, que estão associados com poucos efeitos neurológicos torna impreciso

o uso continuado do termo “neuroleptico” como um rótulo geral para estes

compostos (KAPLAN; SADOCK; GREEB, 2003).

Segundo Kaplan, Sadock e Greeb (2003) o termo “tranquilizante maiores”

implica, erroneamente, que o efeito primário das drogas seria o de sedar os

pacientes, e provoca confusão com os chamados tranquilizantes menores, tais como

os benzodiazepínicos. Uma confusão adicional na nomenclatura envolve o uso

indevido do termo “fenotiasina” como um sinônimo para “antipsicótico”, o que é

errôneo, porque as fenotiazinas, tais como a clorpromazina, são apenas um tipo de

droga antipsicótica.

2.1.2 Farmacoterapia

Para o uso de da farmacocinética e da farmacodinâmica do fármaco devem

ser acrescentadas às informações específicas do paciente, assim terá mais

facilidade no tratamento, pois, qualquer fármaco, não implica quão trivial sejam suas

ações terapêuticas, pode causar resultados deletérios (BENETTI; BARREGAS;

FURLAN, 2004).

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Todo tratamento é controlar os sintomas que os pacientes sentem entre eles

os psicóticos positivos, se o paciente responder rapidamente ao uso desse

medicamento, a melhora pode ocorrer em duas semanas. Com o incremento

ocorrendo em 3 ou 4 semanas isso dependerá da dose usada. Provavelmente

dentro de alguns meses haverá melhora adicional (SILVA, 2006).

2.2 Classes Químicas Segundo Barreiro e Fraga (2001) a clozapina é classificada em oito classes

de drogas é geralmente são agrupadas como antipsicóticos antagonistas de

receptores dopaminicos. Sete dessas classes contêm drogas consideradas

antipsicóticos típicos: fenotiazinas, tioxantenos, debenzoxazepinas, diidroindóis,

butirofenonas, difenilbutilpiperidinas e benzamidas.

A classe das benzamidas também contém uma droga considerada atípica, a

remoxiprida. Alguns clínicos e pesquisadores também consideram a tioridazina, uma

fenotiazina piridina, como sendo atípica, porque pode estar associada com menos

efeitos colaterais neurológicos que outros antipsicóticos (KAPLAN; SADOCK;

GREEB, 2003).

Tabela 2 Antipsicóticos clássicos ou típicos ou atípicos

Antipsicóticos Clássicos

ou típicos

Antipsicóticos Atípicos

Clorpromazina

Haloperidol

Flufenazina

Tioridazina

Flupentixol

Clopentixol

Trifluorperazina

Clozapina

Risperidona

Fonte: (RANG et. al., 2004)

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26

Ainda segundo Kaplan, Sadock e Greeb (2003) a base para o tratamento da

esquizofrenia permanece a ser de ordem farmacológica, desde a aparição dos

antipsicóticos na década de 1950. É importante advertir que tais medicamentos

tratam os sintomas e não possuem capacidade de cura. Existem, hoje em dia, mais

de 20 substâncias antipsicóticas desiguais disponíveis para uso clínico. De forma

geral, aquelas que foram originalmente ampliadas são chamadas de antipsicóticos

clássicos ou típicos, em contraste com as mais recentes, chamadas de

antipsicóticosatípicos. A segunda fundamentação vem do fato dessas drogas, apesar de

controlarem de forma decidida os sintomas positivos, consiste ser em ineficazes com

quantao aos sinais negativos (RANG et. al., 2004).

Segundo Rang et. al. (2004) outro ponto delicado da terapêutica com os

antipsicóticos, diz respeito ao tempo necessário para o estabelecimento do efeito.

Assim como outros fármacos neuroativos, levam semanas para determinarem os

efeitos confiados, mesmo bloqueando os receptores do paminérgicos de forma

imediata.

Para Rang et. al, (2004) os principais distúrbios extrapiramidais ocasionados

pelos antipsicóticos são: distonias perspicazes; movimentos involuntários tais como

espasmos musculares, língua, postura, torcicolo; síndrome parkinsoniana. Esses

sintomas surgem nas primeiras semanas do tratamento, tendem a baixar com o

passar do tempo e são reversíveis com a interrupção do tratamento. Devem-se ao

bloqueio de receptores dopaminérgicos especialmente na via nigro-estriatal (RANG

et. al., 2004).

Já com relação aos efeitos colaterais de ordem endócrina, os mais

repetidamente observados são: Turgescência, dor e lactação das mamas (causada

por avanço da concentração plasmática de prolactina, em função da dificuldade

daneuro transmissão dopaminérgica), a qual pode acontecer em homens e

mulheres; diminuição do hormônio do crescimento; controle sobre os hormônios

sexuais, diminuindo ou comprometendo a libido do indivíduo (CHAVES, 2000 p. 21).

2.2.1 Antipsicóticos Clássicos

Para Wilson (1998) o fundamental representante desta classe de substâncias

é a clorpromazina primeiro fármaco a tratar efetivamente os indícios positivos da

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27

esquizofrenia, sendo ainda capaz de diminuir o tempo médio de hospitalização de

pacientes esquizofrênicos e aos reincidentes de internações.

O mecanismo de ação: finalidades colaterais associadas ao tratamento com

antipsicóticos clássicos incluem-se aqueles designados sintomas Parkinsonianos

(tremor, rigidez e bradicinesia), acatisia, distonia e discinesia tardia. Os sinais

Parkinsonianos são decorrentes de uma hiperatividade dopaminérgica na região

nigroestrial, procedente do bloqueio de receptores dopaminérgicos do subtipo D2

pós-sinápticos pelos antipsicóticosclássicos (SACKS, 1995).

2.2.2 Antipsicóticos Atípicos

Na busca de novos agentes antipsicóticos mais eficazes que aqueles

classicamente empregados no tratamento da esquizofrenia, que também bloqueiam

outros receptores de monoaminas, particularmente 5HT. A clozopina também

bloqueia os receptores D4 (FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2004).

A clozapina é um medicamento eficaz no tratamento de pessoas

esquizofrênica é um fármaco multireceptor, ele oferece muitas vantagens em

relação aos antipsicóticos disponíveis, sendo também eficaz no tratamento dos

sintomas positivos e, parcialmente, sobre os sintomas negativos e a carência

cognitiva dos esquizofrênicos. A clozapina ao mesmo tempo mostrou-se capaz de

prevenir psicoses em pacientes refratários e intolerantes aos antipsicóticos clássicos

(BENES; BERRETA, 2000).

2.3 Mecanismos de Ação dos Clássicos típicos e Atípicos É exemplo de clássicos típicos a anti histamícos (clorpramazina) que

apresenta uma resposta importante no efeito da dopamina, observaram-se também

todos esses agentes causava neurolepsia (falta de movimento). Apresenta também

parkisionismo, dicemia e acatisia. (KOHLRAUSCH, 2008).

É exemplo de atípicos, tioridazina e sulpiride, foi expandido e tem afinidade

com receptor D4 (KOHLRAUSCH, 2008).

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28

Segundo Silva (2006) A eficácia clinica dos anticipicóticos foi demonstrada antes da

compreensão do seu mecanismo de ação.

O bloqueio dos receptores dopaminérgicos pós sinápticos provoca inicialmente, no neurônio pré-sináptico, aumento na produção e laboração da dopamina, por aumento de atividade da enzima tirosina e hidroxilaze,na tentativa de vencer o bloqueio.Em condições normais a dopamina quanto nos receptores pós sinápticos tanto nos pré sinápticos.A ação da dopamina nesses últimos inibitória sobre a tirosina hidroxilase.Como o receptor pré sináptico também é bloqueado pelo anticipcóticos durante o tratamento, a ação inibitória da dopamina não ocorre. Observa-se então aumento da atividade da tirosina hidroxilase, conseqüente aumento da produção e liberação da dopamina na fenda sináptica, que, no entanto encontrará os receptores bloqueados. Assim, tanto os efeitos terapêuticos ( ação ante delirantes) quanto os efeitos indesejáveis e endócrinos nos antipsicóticos dependem da inibição dopaminérgicos (Silva, 2006, p. 322)

3 Diagnóstico

A hiperativação das células do sistema mesolímbico são as mais relacionadas

com a sintomatologia positiva da doença. Na literatura recente faz-se o uso de

imagem por tomografia por envio de pósitrons-PET- admitiram essa hipótese. Já os

neurônios do sistema mesocortical poderiam ser responsáveis pelos aspectos de

maneira mais cognitiva da patologia (OLIVEIRA, 2005).

Hoje a medicina conta com aparelhos sofisticados que podem ajudar os

médicos nos diagnósticos de quase todos os tipos de doenças, beneficiando assim

os pacientes que apresenta esse tipo de doença.

Dentro deste contexto, numa noticia recente um descendente de

Dinamarqueses e com aparência de estudante que firmou reputação de ser um dos

mais propícios especialistas em células-tronco embrionárias do mundo. Na

supervisão de um time de quarenta pesquisadores, ele acaba de fazer o anúncio de

um descobrimento com representações nos maiores centros mundiais de estudos do

cérebro. Através dessas descobertas muda o rumo dos fármacos para o tratamento

da esquizofrenia trazendo beneficio ao paciente e menos efeitos adversos (Revista

veja, 2011).

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OBJETIVOS

Objetivo Geral Acompanhar um caso de paciente portador de esquizofrenia, bem como

relatar aspectos voltados para tratamento e sintomas.

Objetivos Específicos - Relatar aspectos sobre o Sistema Nervoso Central, relacionados com

áreas específicas da hiperfunção dopaminérgica.

- Descrever sobre a ação dos receptores dopaminérgicos.

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30

MATERIAIS E MÉTODOS

Os dados obtidos por meio de entrevista foram organizados, analisados e

posteriormente tratados com base na fundamentação teórica.

Foram questionados 03 familiares que acompanham o paciente portador de

esquizofrenia e o progresso do tratamento.

A pesquisa foi realizada no município de Iturama-MG.

Identificação do Paciente:

Nome: P. R. M.

Idade: 46 anos

Data de Nascimento: 01/01/1964

Sexo: Masculino

Estado Civil: Solteiro

Profissão: Aposentado

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31

Resultados e Discussões

O paciente portador de esquizofrenia reside com sua irmã e duas sobrinhas,

sendo essas três pessoas que colaboram quanto aos cuidados necessários a

esse paciente. Este paciente não possui vida social ativa, porem não apresenta

dificuldades quanto ao relacionamento familiar apresentando-se calmo e lúcido. Faz

uso de três medicamentos aproximadamente 25 anos constando na tabela abaixo,

juntamente com suas concentrações e seus horários a serem tomados:

Tabela 3 Tipos de medicamentos, horário das tomadas e concentrações utilizadas:

Tipos de Medicamento

Horário dastomadas

Concentrações Utilizadas

Melheril

07:00 ás 19:00 100 mg

Fermegam 07:00 ás 19:00 0,25 mg

Carbolitio 07:00 ás 19:00 300 mg

Os medicamentos que o paciente utiliza são classificados como clássicos,

que são responsáveis pela diminuição da dopamina, principalmente do receptor D2,

onde o paciente apresenta alguns efeitos adversos, devido ao aumento da

acetilcolina.

O estado do paciente condiz atualmente com uma saúde equilibrada. Tios e

primos são citados com antecedentes relacionados a estados de psicoses. Este

paciente manifesta as seguintes reações com o uso desses medicamentos:

- Doença de Parkinson.

-Características de dependência química.

- Boca seca. - Auto-estima baixa e aspecto triste.

-Demonstra-se inquieto movimenta-se de um lado para o outro.

-Poucos episódios de delírios e alucinações.

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32

-Incoerência de pensamentos recorrentes. Porem orientado de acordo com o

lugar, pessoas e tempo.

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33

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A esquizofrenia é uma doença de freqüência significativa em povos de todo o

mundo, e cujas características clínicas determinam sofrimento para o indivíduo

afetado e seus familiares.

A genética também é determinante para a doença esquizofrenia. Apesar de

estudos recentes em genética molecular, tem sido até agora incapazes de

demonstrar um gene específico determinante da esquizofrenia.

Apresentamos neste trabalho um estudo de caso de um paciente com

esquizofrenia. Pelos relatos, pode-se se verificar que sua saúde é equilibrada. Com os resultados da investigação foi observado que cuidados simples

podem ajudar a tornar menos agressivas e prevenir suas complicações, e durante a

prática diária onde os familiares têm importante papel cuidando de seu paciente e

aplicando medidas terapêuticas individualizadas para o paciente tome a medicação

nos horários prescrito, evitando assim a piora de seu quadro de esquizofrenia.

Portanto, percebe-se, na prática, que a melhor assistência é a individualizada,

onde reafirmo que a família tem um papel muito importante, pois é ela que está com

o paciente todos os dias.

Através desta pesquisa foi possível acompanhar uma pessoa que possui a

doença esquizofrenia e perceber que ele tem uma vida normal, embora tenha que

tomar Melheril 100mg e fermegam 0,25 duas vezes ao dia.

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REFERÊNCIAS

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APÊNDICE I

FORMULÁRIO PARA PESQUISA DE CAMPO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – FARMÁCIA –FEF ANO DE 2011, CUJO TÍTULO: ESTUDO DE UM

CASO: PACIENTE COM ESQUIZOFRENIA: Análise desta Realidade no Município de Iturama –MG.

ENTREVISTA COM UM PACIENTE COM ESQUIZOFRENIA

QUESTIONÁRIO

1. Quantas pessoas moram em sua residência?

2. Quantas colaboram com o paciente?

3. O paciente possui vida social ativa?

4. O paciente apresenta dificuldade de relacionamento familiar?

5. Há quanto tempo faz uso de medicamentos.

6. Quais são os tipos de medicamentos que o paciente? Faz uso?

7. Em quais horários?

8. Como é o estado atual do paciente?

9. Em sua história familiar existem antecedentes psiquiátricos?

10. Quais as consequências com a medicação?