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2 JANEIROFEVEREIROMARÇO2013 GERAL
Inauguração danossa Capelinha
No dia 9 do mês de Maiode 1947 foi benzida a nossapequenina capela da “Casa doArdina” da Rua Dr. OliveiraRamos.
Foi o Sr.Prior da Penha quembenzeu e disse-nos algumaspalavras com doçura e amor.
Disse estar muito conten-te em ver esta “obra” funda-da na sua freguesia,que tantoprecisava e que para bem detodos ela se fundou.
No dia seguinte foi o Sr.Re-verendo Bispo de vatarba ce-lebrar uma missa onde assis-tiram muitas Noelistas que co-nheciam a “Casa do Ardina”e também os rapazes da “casanova” e alguns da “casa velha”.
Comungaram alguns,e nãotodos porque ainda não es-tavam preparados para fazera comunhão, pois é precisoestar bem arrependido detodos os actos que praticá-mos quem dera para a pró-xima vez irem todos!
Ao fim da Missa fomos to-mar o café junto com o Sr.Rev.º Bispo de Vatarba e eledisse-nos que devemos agra-decer a Deus o ter criado co-rações bons na terra para nosamparar e educar, fazendode nós homens de amanhã.
A seguir a Sra. D. MariaLuísa pediu-lhe se tirava umretrato connosco e ele res-pondeu com muita simplici-dade.“Com muito gosto, va-mos lá a isso”,desceu as esca-das e quando chegou ao pá-tio nós fizemos um cerco eassim ficou no meio dos Ar-dinas o Sr. Rev.º Bispo de Va-tarba, com alegria por estarjunto de nós.No dia seguintetudo isto veio no jornal “No-vidades” e na “Voz”,mas comopode ter havido quem nãotenha lido,eu escrevi isto parao nosso jornal “O ardina”
Grande amigo e nossopropagandista.
Armando Ferreira de Sá(16 anos)
O Ardina n.º 10 –Junho de 1947
Um Campeão
Temos um campeão, navenda do jornal “O Ardina”.
É o José Eduardo. Só à suaconta, vendeu do último nú-mero 750 exemplares.
Foi o espanto e admiraçãodos outros.
Tendo-nos o Cândido reve-lado que estavam todos comvontade de ir atrás do JoséEduardo,para ver como é queele “despachava” “Os Ardinas”…
Foi a nossa alegria e espe-rança, pois se os outros Ar-dinas lhe seguirem o exem-plo, breve deixaremos de terpreocupações com a vendado “Ardina”
O Ardina n.º 8 Abril 1947
A chegada da Senhora D. Maria Luísa
Já cá temos a senhora D.Ma-ria Luísa,que esteve no estran-geiro a estudar, por causa denós.
Já tínhamos saudades dasenhora que tanto se sacrifi-ca por nós todos.
Tínhamos combinado ir to-dos esperar a senhora masnão fomos porque a senhoraapareceu sem ser esperadamas logo que soubemos quejá tinha chegado, ficamos commuita pena de não ir esperarao comboio a senhora, masfoi logo o Júlio Paiva e oCândido, com fatos novos, acasa da senhora D. MariaLuísa em nome de todos nósdar cumprimentos à senhorae pedir-lhe para vir cá ver-nos muito depressa que jáestávamos todos com mui-tas saudades de a ver.
Quando cá veio andava tudodoido atrás da senhora enem a deixávamos respirar1e ainda bem que não lhe acon-teceu nada, Graças a Deus.
Alberto Pais (13 anos)
O Ardina n.º 37Setembro de 1949
O Sr. Cardeal e os Ardinas
Desde a primeira ora quea “Obra do Ardina” teve aaprovação e bênção de suaEminência o Sr. Cardeal Pa-triarca, pelo muito queridos
que são ao seu coração os Ar-dinas, os garotos de Lisboa.Estes, ainda no último jornal,quando foram apresentar asua Eminência os seus cum-primentos de Boas-Festas,ma-nifestaram-nos um desejo,quegostosamente aprovámos:
“Podemos levar ao Sr.Car-deal um trabalho em ferroforjado feito por nós nas nos-sas oficinas”?
À humilde oferta da “Obrado Ardina” quis agora suaEminência responder com asua generosidade habitual,enviando-nos cinco mil escu-dos que haviam oferecido paradistribuir aos seus pobres.
Bem-Haja!Constitui para nós tal do-
nativo como que uma novabênção que recebemos coma alegria e gratidão de sem-pre.
Maria LuísaO Ardina n.º 44
Abril de 1950
O falecimento darainha Dona Amélia
À hora de “O Ardina” en-trarna máquina,tivemos conheci-mento da morte da senhoradona Amélia,«a última rainhafidelíssima» como lhe chamoua pena de reverendíssimaMadre Catarina de Ornelas.
O nosso jornal ajoelha comtodos os Ardinas, em espíri-to,junto do cadáver dessa ex-celsa figura de mulher Rai-nha Mártir rezando comovi-damente e pedindo ao sen-hor que a tenha recebido noseio da eterna luz.
A DirecçãoO Ardina n.º 63
Novembro de 1951
Feira PopularO Nosso Stand
Como nos anos anterio-res, temos este ano o nossostand de ferros forjados emplena “Feira Popular”.
Por se tratar de trabalhode “O Ardinas” e da “Obrado Ardina” o Excelentíssimosenhor Pereira da Rosa, di-rector do jornal “O Século”cedeu-nos um dos melhoresstands da “Feira Popular” einteiramente gratuito.Bem-Haja!
Fica na parte representati-va de Lisboa antiga, por isso,não te admires, leitor amigo,de veres um dos nossos rapa-zes vestido à “Ardina antigo”
Trata-se de um Ardina bemmoderno,bem novo,cheio devida e esperança no futuro,na tua generosidade amiga!!!
Fernando AraújoO Ardina n.º 58
De Junho de 1951
Lar de Jovens é jáuma realidade
É com imensa alegria queanunciamos que o Lar deJovens está a funcionar.
Trata-se ainda da 1.ª fase,com uma capacidade apenasde 15 jovens.Está instalado no1.º andar Dt.º do Largo Men-donça e Costa em Lisboa.Aquilo que ontem parecia umsonho é hoje uma realidade,graças à compreensão e apoiodos amigos da Obra do Ardi-na. Desde a aquisição do an-dar até aos cobertores ma-cios e quentinhos tudo se ficaa dever a todos aqueles paraquem a generosidade não épalavra vã e a solidariedadese traduz em actos que serãogestos de Amor para com osmais carenciados.
A todos o nosso bem-haja!
Inauguração 22 de Março de 1984
Uma ida à Discoteca uma actividadediferente
Para mim a ida à discotecafoi uma experiência nova.
Fui mais para ver como eram
os ambientes das discotecas,porque foi a minha primeira vez.
A minha sensação foi boa,eu esperava não ir gostarmuito assim como gostei.
Falando por mim,diverti-meimenso,e estou certo que osmeus colegas também gosta-ram e se divertiram. Agoraespero se possível, irmosmais vezes, ou seja fazermosesta actividade mais vezes.
Bem acho que por mimjá disse o que tinha a dizersobre a ida à discoteca emais uma vez vos digo quegostei imenso e diverti-meimenso também.
Miguel Gameiro02/07/1999
No dia de despedida danossa monitora querida Io-landa Oliveira, nós jovensmais velhos fomos à discote-ca “models” fazer a festa dedespedida da monitora mas,surgiram algumas alterações,como por exemplo: a moni-tora que estava de saída nãofoi avisada da ida à discoteca,só a avisaram em cima dahora por isso,a monitora nãonos quis fazer companhia àdiscoteca.
Mas,mesmo sem a presen-ça da monitora, divertimo--nos à grande, gostei imenso.
Eu não consumi nada anão ser um copo de água. Éque eu não gosto de bebi-das alcoólicas, comigo sóágua ou sumo.
Saímos do Ardina às 23h30a caminho das docas com omonitor Paulo Rodrigues.Fo-mos às docas porque a dis-coteca só abria às 24h00.
Ficámos praticamente 290minutos à espera que a dis-coteca abrisse.
O regresso ao Ardina es-tava previsto para as 2h00 damadrugada mas, só chegá-mos perto das 5h00 da ma-nhã. Mas no fundo foi muitodivertido.
Foi só pena a monito-ra não ter vindo connoscosenão seria mais divertidoainda.
Por mim, acho que já dissetudo, espero que o meu re-latório sirva para algumacoisa.
Luís Lopes14/06/1999
1 – O Jornal “O Ardina”nasce por necessidade dedivulgar e informar as pes-soas de bem, visando aconsciencialização dos valo-res educativos e das res-ponsabilidades colectivas.2 – É uma publicação deperiodicidade trimestral.3 – O Jornal “O Ardina” éum órgão informativo quese distende dos muros das“Casas do Ardina” às famí-lias, instituições e socieda-de em geral.4 – O Jornal “O Ardina”informa sobre a vida quo-tidiana e actividades e di-namismo dos utentes, nosrelacionamentos sociais eacontecimentos colectivosque se intercalam com oideário educativo de defe-sa dos valores, formandoos jovens em situação derisco e pré-delinquência,procurando sempre seguira filosofia preventiva.5 – O Jornal “Ardina” visaresponsabilizar, compro-meter e influir a sociedade,tanto em termos individuaiscomo colectivamente, tor-nando-se um elemento deutilidade premente,na socie-dade aberta e democráticaque vigora.6 – O Jornal “O Ardina”não é vendido nos lugareshabituais de publicaçõescomuns, mas sim enviadopara Portugal Continental,Regiões Autónomas da Ma-deira e dos Açores e emi-grantes em diversos paísese bem como países de lín-gua oficial portuguesa.7 – O Jornal “O Ardina”compromete-se a respei-tar os princípios deontoló-gicos da imprensa e a éticaprofissional, de modo anão visar fins comerciais,respeitando sempre a boafé dos leitores e a verdadeda informação conforme oestipulado no n.º 4 do arti-go 3.º da Lei de Imprensa(D.L. n.º 85/C-75, de 26 deFevereiro).8 – A Alta Autoridade paraa Comunicação Social deli-berou em 13 de Março de1996,classificar ”O Ardina”de “publicação periódica,deexpansão regional e infor-mação especializada”.9 – A publicação do pre-sente Estatuto Editorial de“O Ardina” visa o cumprimen-to do disposto no D.L. n.º85-C/75 de 26 de Fevereiro,art.º 55.º da Lei de Imprensa.
Estatuto
Editorial
de “O Ardina”
Recordar é viver / Testemunhos VivosPor sugestão de alguns assinantes, e a pedido de antigos Ardinas, amigos e familiares da Sra. D. Maria Luísa, iniciamos, nesta primeira edição de“O Ardina” do ano 2013, uma nova “página” referente a alguns factos mais significativos do passado da Obra do Ardina.Para já, vamos dar-lhe o título de Recordar é Viver / Testemunhos Vivos.Muito agradecemos a quem nos queira indicar outros títulos mais sugestivos, bem como os assuntos, que prefiram ver indicados.Embora, com dificuldade a escolha que se segue é da nossa responsabilidade:
AM