Oxigenioterapia2

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Oxigenoterapia PROFESSOR : ALEXANDRE (fonte : POP ENFERMAGEM HGV 2012, Manual Procedimentos padrão do Corem DF 2012, Manual do Técnico de Enfermagem)

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Oxigenoterapia

PROFESSOR : ALEXANDRE

(fonte : POP ENFERMAGEM HGV 2012, Manual Procedimentos padrão do Corem DF 2012, Manual do Técnico de Enfermagem)

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CONCEITO O oxigênio (O²) é fonte de vidafonte de vida do ser

humano devendo ser administrado em concentrações que variam de 21% a 21% a 100%100% dependendo da necessidade do paciente, visando manter a pressão parcial de O² dentro dos parâmetros da normalidade.

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DEFINIÇÕES IMPORTANTES

Saturação de O2 : quantidade de O2 na Hb comparada à quantidade presente se Hb estivesse totalmente saturada.

normal no Rn - 85 a 95 %.normal adulto - acima de 90%

Fração inspirada de O2 : % de O2 ambiental

Fio2 = 20 + 4 x O2 ofertado

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OBJETIVOSOBJETIVOS Facilitar trocas gasosas;

Manter viabilidade tecidual corpórea;

Manter os níveis de PaO², prevenindo os efeitos da hipóxia e hiperoxia.

Diminuir o trabalho respiratório evitando fadiga muscular.

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INDICAÇÕES INDICAÇÕES OXIGENIOTERAPIAOXIGENIOTERAPIA

1. Alteração da freqüência e padrão da respiração;

2. Hipoxemia(diminuição da concentração de

oxigênio na corrente sangüínea arterial.)

3. Hipóxia(diminuição da oferta de oxigênio aos tecidos).

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TIPOS DE HIPÓXIA Hipóxia hipoxemica:

Diminuição no nível de oxigênio no sangue decorrente da diminuição da difusão do oxigênio nos tecidos

Hipóxia circulatória:

È resultante da inadequada circulação capilar.

Hipóxia anêmica:

É decorrente da diminuição da concentração das células de hemoglobina, responsável pelo transporte de oxigênio.

Hipóxia histotóxica:

Ocorre quando uma substancia tóxica, interfere na capacidade dos tecidos utilizar o oxigênio(cianureto).

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QUANDO ACONTECEEFEITO TÓXICOTerapia maior que 50%;

Período superior á 48horas;

Fisiologia da toxidade

Não é bem definida:

Relacionada com a destruição e diminuição surfactante;

Formação da membrana hialina e ao desenvolvimento do edema pulmonar sem origem cardíaca.

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SEMIOLOGIA TOXIDADE DO OXIGÊNIO

Angustia subesternal; Parestesia; Dispnéia; Inquietação; Fadiga; Mal estar; Dificuldade respiratória; Infiltrados alveolares detectados no

RX de tórax.

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COMPLICAÇÕES TECIDUAISOXIGENIOTERAPIA

Fibroplasia retrolental:

Retinopatia do recém nascido; a maioria dos casos regride espontaneamente, no entanto alguns evoluem com amaurose definitiva.

Displasia broncopulmonar:

Pneumonia crônica da prematuridade.

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OXIGENIOTERAPIAOxigênio é um medicamento.Deve ser prescrito pelo médico.Enfermagem tem autonomia nas

urgências e emergência:métodos não invasivos.

Prevenir a toxidade é função da equipe.

Minimizar o tempo exposição e oferta.

Iniciar o desmame o quanto antes possível.

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MÉTODOS NÃO INVASIVOS A-Baixo fluxo:

É utilizado em situação de baixo risco, pois o paciente irá inspirar parcialmente o gás, o que não fornece concentração exata do oxigênio respirado.

1-CATETER NASAL/ CATETER OROFARÍNGEO/ CÂNULA NASAL.

2-MÁSCARAS: Máscara facial simples (névoa ou nebulização contínua); Máscara de reinalação parcial; Máscara de não reinalação;

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MÉTODOS NÃO INVANSIVO

B-Sistema de alto fluxo:

Cateter transtraqueal;

Máscara de Venturi;

Máscara laríngea;

Capacete;

Tenda de Oxigênio;

Ventilação manual (VPP), ventilação por pressão positiva;

Máscara CPAP.

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MÉTODOS INVASIVOS

Combitubo;

Ventilação pulmonar mecânica efetivada;

Traqueo-ventilação direta.

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SEMIOLÓGIA INDICATIVA

OXIGENIOTERAPIA Hipotensão arterial;

Diminuição da perfusão periférica;

Cianose de extremidades;

Pele fria;

Alteração do nível de consciência (agitado, confuso, prostrado, irritabilidade);

Esforço respiratório;

Alteração da freqüência respiratória, associada ao esforço respiratório.

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DISPOSITIVOS BAIXO FLUXO

CATETER NASAL/ CÂNULA NASAL/CATETER OROFARÍNGEO.

O cateter nasal Dispositivo de polietileno ou silicone em formato

de óculos instalado através das narinas. Cânula nasal Material plástico maleável e descartável; sua

introdução deve ser respeitada através da mensuração entre a aba da orelha e ápice do

nariz. A cânula orofaríngea Material é igual ao nasal comum.O que

diferencia é a forma de instalação: via oral e até a laringe.

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INDICAÇÃO BAIXO FLUXO

Dispnéia leves

Queda de saturação sustentável >85% <90%.

Baixo risco de hipoxemia.

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CATETER E CÂNULAS Vantagens

Segura, simples, facilmente tolerada pelo paciente;

Baixo custo, devido a uma oferta menor de gás;

Permite conversação e ingestão de alimentos;

Facilita a mobilização do paciente no leito;

Descartável.

Desvantagens

Concentração de FiO² é variável;

Não pode ser utilizada em caso de obstrução de vias aéreas;

Causa cefaléia e ressecamento de mucosas se oferta de fluxo maior que 6l/min.;

Desloca-se facilmente, por isso esta contra indicado em paciente agitados e confusos.

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MÁSCARAS

Facial Simples/ Névoa e/ou nebulização contínua

O oxigênio flui através de um portal/prolongamento no fundo da máscara e o CO² é exalando através dos portais de expiração.

Máscara de reinalação parcial

O oxigênio ofertado é inspirado através de uma bolsa reservatória juntamente com ar atmosférico.

MÁCARA DE NÃO-REINALAÇÃO

Neste método durante a inspiração, a válvula inspiratória se abre direcionando o oxigênio de dentro da bolsa para máscara, quando da expiração o gás deixa a máscara através das válvulas expiratória e vai para atmosfera.

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INDICAÇÕES MÁSCARA PACIENTES COM QUEDA DE SATURAÇÃO

MODERADA Sat. O² entre 75% e 87%;

ALTERAÇÃO PADRÃO RESPIRATÓRIO Freqüência respiratória >50% do seu valor normal

ESFORÇO RESPIRATÓRIO MODERADO; Batimento de asa de Nariz, esforço intercostal com

retração de fúrcula.

PERFUSÃO PERIFÉRICA DIMINUIDA.

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MÁSCARAS Vantagens

Quantidade de litros de oxigênio mínimo 06 l/min. á 08l/min.

Pode ser administrado de 40% á 75% FiO².

Barata;

Simples de usar;

Desvantagens

Esquenta a face do cliente;

Adaptação incomoda;

Em situação de vômitos o paciente pode bronco aspirar.

Adaptação ruim;

FiO² variável;

Deve ser removida para se alimentar

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SISTEMA DE ALTO FLUXO NÃO INVASIVO

Cateter transtraqueal/ Traqueo-ventilação direta;

Máscara de Venturi;

Máscara laríngea;

Capacete;

Máscara CPAP;

Tenda de Oxigênio;

Ventilação manual (VPP), ventilação por pressão positiva;

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CATETER TRANSTRAQUEAL/ TRAQUEO-VENTILAÇÃO DIRETA

È um método utilizado no paciente portador de traqueostomia, onde um cateter comum é colocado diretamente no orifício traqueal através da cânula de traqueotomia.

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CATETER TRANSTRAQUEAL/ TRAQUEO-VENTILAÇÃO DIRETA

VANTAGENS

Baixo volume de oxigênio de 01 á 04 litros;

Quando bem adaptado o desperdício é mínimo;

A concentração de oxigênio ofertado vai de 60 á 100%;

Mais confortável ao paciente podendo ser ocultado pela roupa.

DESVANTAGENS

Requer limpeza freqüente e regular;

Exige intervenção cirúrgica;

Quando do excesso de secreção corre maior risco de obstrução

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MÁSCARA DE VENTURI É um método muito utilizado nos dias

atual devido sua eficácia e resolutividade rápida, extremamente confiável, permite um fluxo constante de ar ambiente misturado com o fluxo de oxigênio.

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MÁSCARA DE VENTURI Vantagens

Precisão na concentração de oxigênio, independente dom padrão respiratório;

A FiO² pode ser alterada a qualquer momento, simplesmente regulando o botão da válvula ou trocando a mesma;

Não resseca mucosas;

Pode ser acrescentados fluídos e ou aerossóis.

Fornece baixos níveis de oxigênio

Desvantagens

Deve ser removida para alimentação;

Alguns pacientes sentem-se sufocado devido à pressão facial.

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CAPACETE/CÂMPANULA/HOOD

É um dispositivo de oxigenioterapia de acrílico transparente, podendo ser usado dentro da incubadora onde o RN recebe concentração ideal de oxigênio; podendo ser usado ainda em lactentes, crianças e jovens.

Tamanho varia de acordo com estatura e peso da criança, sendo dimensionado seu tamanho por litros.

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CONCENTRAÇÃO DE OXIGÊNIO

Ar l/min

0 1 2 3 4 5 6 7

O²l/min

8 7 6 5 4 3 2 1

Sat.

100%

90%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

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CAPACETE/CÂMPANULA/HOOD

Vantagens

Melhor visibilidade do RN;

Concentração fornecida é ideal;

Saturação de FiO² pode variar de 30% a 100%;

Custo acessível;

Facilidade de instalação.

Desvantagens

Restringir mobilidade do RN e/ou lactente;

Risco de bronco aspiração em caso de vômitos;

Risco maior de toxidade retina.

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CPAP

Neste método o paciente pode respirar espontaneamente, mantendo pressão positiva nas vias respiratórias, com ou sem a ventilação mecânica.

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CPAP Vantagens:

Melhora de maneira não invasiva a oxigenação arterial,

Aumenta a capacidade residual;

Diminui o risco de ventilação mecânica;

O paciente pode falar e tossir sem diminuir a pressão positiva alveolar.

Desvantagens:

Ajuste firme, o que causa desconforto;

Interfere na ingestão de alimentos;

Maior risco de bronco aspiração;

Risco para pneumotórax, Diminuição do débito cardíaco, Distensão gástrica;

Contra indicado na doença pulmonar obstrutiva crônica e baixo débito cardíaco ou pneumotórax de tensão.

Risco de lesão em rima nasal.

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COMPLICAÇÕES DO CPAP

Pneumotoráx;

Obstrução nasal;

Distensão gástrica;

Necrose nasal;

Necrose de septo nasal.

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PROCEDIEMNTO DE PROCEDIEMNTO DE INSTALAÇÃOINSTALAÇÃO

Ajuste o gorro na cabeça; Fixar o gorro com velco de forma evitar

que escorregue: altura temporal; Insira o adaptador na abertura do

umidificador e no tubo inspiratório (se necessário conecte o sistema num umdificador apropriado);

Regule o fluxo de gás para 05 e/ou 10 l/min;

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PROCEDIMENTOS DE INSTALAÇÃOAjuste a FiO² de acordo com

necessidade da criança; Conecte o tubo expiratório (azul)

no gerador de pressão;Lubrifique asa nasal e insira

pronga cuidadosamente;Corte o velco restante e fixo as

traquéia ao lado ( região parietal D/E);

Conecte luer-lock ao monitor de pressão.

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ORIENTAÇÕES GERAISORIENTAÇÕES GERAIS

CPAP- utilizar apenas com geradores de pressão inspiratória e expiratória.

Monitorização contínua; Contra indicada em apnéias/ hipotensão

arterial secundária e hipovolemia; Certifique continuamente das conexões

estejam seguras

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TENDA DE OXIGÊNIO Método pouco ultrapassado

Necessita de grandes fluxos de gases, acima de 15 l/min,

Apresenta grandes variações na FiO² durante manipulação da criança, pode aumentar a concentração de dióxido de carbono,

Proporciona uma baixa concentração de oxigênio, máximo de 30%,

Necessita do uso de gelo seco para manter o gás umidificado, o que pode causar choque hipotérmico na criança

Alto custo ocasionado pelo desperdício do oxigênio e custo do gelo seco; embora, o método seja barato.

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VENTILAÇÃO POR PRESSÃO POSITIVA-VPP

Método de curta duração, utilizado para oxigenar paciente através de um sistema de ventilação por pressão positiva

Composto: Fluxometros, Extensão de oxigênio (borracha de silicone) Ambú, Máscara facial, Válvula expiratória Bolsa reservatória, Normalmente aplicada em paciente com risco eminente de morte.

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VENTILAÇÃO POR PRESSÃO POSITIVA-VPP

Vantagens:

Fornece 100% de oxigênio;

Fácil aplicabilidade;

Baixo custo;

Desvantagens:

Necessita de treinamento e habilidade técnica na execução;

Método indicado para situações exclusivas de urgência e emergenciais;

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INDICAÇÃO VPP

Na recepção do recém nascido após o nascimento, como apoio ao período de transição intra-extra uterino;

Durante a aspiração traqueo-naso-oral com paciente em ventilação mecânica;

Apnéias transitórias até intubação;

Reanimação cardiorespiratória

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ORIENTAÇÕES GERAIS NA OXIGENIOTERAPIA

Cheque e teste todo material antes da sua instalação, válvula com defeito pode causar intoxicação pelo dióxido de carbono e sufocação;

Desobstrua vias aéreas e hidratem mucosas antes de instalar qualquer um dos dispositivos

Registrar horário de início da oxigenioterapia e saturação de oxigênio antes da terapia iniciada;

Certifique-se sempre de que a vedação da máscara esta adequada;

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ORIENTAÇÕES GERAIS NA OXIGENIOTERAPIA

Depois da instalação de qualquer um dos dispositivos, uma hora após recomenda-se que seja verificado a oximetria de pulso e sinais vitais gerais;

Oriente sua equipe a respeito dos sinais de hipoxemia e hipercapnemia;

Realize inspeção de derme facial detectando ocorrência de lesões.

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ORIENTAÇÕES GERAIS NA OXIGENIOTERAPIA

Observar e anotar de 2/2h, perfusão periférica, freqüência respiratória e padrão respiratório, bem como, demais sinais vitais.

Lembre-se que oxigenioterapia de longa duração deve ser úmida, esteja atento quanto ao reservatório, mantido com água destilada, caso exista, aquecedor seria o ideal.

Cabe ao enfermeiro avaliar e discutir com equipe e médico momento ideal para iniciar desmame da oxigenioterapia

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OBRIGADO