Os Parâmetros Curriculares Nacionais e Suas Implicacoes Para a Educacao Física Brasileira (1)

8/17/2019 Os Parâmetros Curriculares Nacionais e Suas Implicacoes Para a Educacao Física Brasileira (1)

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Escola Superior de Educação Física e Fisioterapia de Goiás

Acadêmicos: Helber Gomes da Silva Oliveira, Matheus Novais Lima, Ygor Nunes Silva e

Artur

Professora: Rosirene Campelo dos Santos

Disciplina: studo sobre o Curr!"ulo

Data: #$%&'%#$

Os Parâmetros urriculares !acionais e Suas "mplicaç#es Para a Educação

Física $rasileira

ste t(pi"o tem "omo ob)etivo: dis"utir do ponto de vista teorias "r!ti"a de "urr!"ulo,

um e*emplo de proposta de "urr!"ulo na"ional para a dis"iplina de du"a+o -!si"a es"olar.

Analisar o do"umento /ue 0a1 a introdu+o geral ao 2CNs e o do"umento espe"i0i"o

da du"a+o -!si"a /ue ambos 0oram publi"ados em #334.

2ontos a serem analisados: "onte*to de origem e sentido, ob)etivos, "on"eitos e suas

prin"ipais "ontradi+5es "omo ob)eto da pol!ti"a edu"a"ional do pa!s no 0inal dos anos de #33&.

6isserta+o de mestrado Rodrigues 78& G;nese e sentido dos 2ar

Anal0abetismo>

=ai*a ta*a de es"olari1a+o>

Os pro0essores e a sua 0orma+o.

Se&unda parte: "ompreender as 0inalidade e "onte?do dos 2CNs.

Rela+o as di0erentes @reas do "onhe"imento>

emas transversais>

Ob)etivos do ensino 0undamental>

Re0eren"ial "urri"ular e rela+o "om rela+o a "on"ep+o de ensino e aprendi1agem>

Ob)etivos>Conte?dos>


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CritBrios de avalia+5es>

Orienta+5es did@ti"as.

'erceira parte: "on"reti1a+o dos 2CNs.

2ro)eto edu"ativo da es"ola>

Aspe"tos do trabalho da "omunidade es"olar>

A organi1a+o do trabalho na es"ola.

(uarta parte: adoles";n"ia e )uventude na so"iedade atual.

A es"ola "omo espa+o de "onstru+o de identidades>

2ro)eto para re0le*o de /uest5es )uvenis>

(uinta parte: te"nologias da "omuni"a+o e in0orma+o na so"iedade, edu"a+o, na

vida e na es"ola.Estrutura or&ani)acional dos P!s: apresentados a partir dos ob)etivos gerais do

ensino 0undamental, /ue devero nortear os ob)etivos de todas as @reas de "onhe"imento

es"olar 7l!ngua portuguesa e estrangeira, Hist(ria....9, e temas transversais, Bti"a, sa?de, meio

ambiente, orienta+o se*ual, pluralidade "ultural, trabalho e "onsumo.

Capa"idade relativas: aspe"tos "ognitivos, a0etivos, 0!si"os, Bti"os, estBti"os de atua+o

e de inser+o s("ia. 7=RASL, 2CN D 'a a 4a sBrie, #334a, p. '89.

odas as aras do "onhe"imento es"olar possuem um do"umento espe"!0i"os, masorgani1ado "om a mesma estrutura:

Con"ep+o da @rea>

6e0ini+o dos ob)etivos gerais para "ada "i"lo>

Conte?dos>

CritBrios de avalia+o>

Orienta+5es did@ti"as.

Documento introdut%riolabora+o 2CNs: edu"adores brasileiros /ue dis"utem situa+5es pedag(gi"as

atualmente.

6uas 0ases:

2rimeira 0ase: elabora+o de vers5es preliminares analisadas e debatidas.

Segunda 0ase: ?ltima verso do do"umento, seguindo as sugest5es e "r!ti"as pelos

pare"eristas.

*ustificati+a da ela,oração de parâmetros para o currículo escolar: ,aseada em

documentos de or&anismos internacionais com os países po,res e em desen+ol+imento-


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6e"lara+o Mundial sobre a du"a+o para todos: Con0er;n"ia Mundial sobre a

du"a+o para todos, reali1ado em Eomtein 7ail

-undamentos e pro"edimentos da edu"a+o b@si"a>Orientar as es"olas brasileiras dos sistemas de ensino na organi1a+o, arti"ula+o,

desenvolvimento e avalia+o de suas propostas pedag(gi"as.

Artigo IK as diretri1es so e*pli"itadas em sete t(pi"os, mas a/ui o primeiro e /uarto

t(pi"o:

# D As es"olas devero estabele"er "omo norteadoras de suas a+5es pedag(gi"as:

• Os prin"!pios Bti"os da autonomia, da responsabilidade, solidariedade, e do

respeito ao bem "omum>• Os prin"!pios dos 6ireitos e 6everes da Cidadania, do e*er"!"io da "riti"idade

e do respeito ao bem "omum>


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• Os prin"!pios estBti"os da sensibilidade, da "riatividade e da diversidade de

mani0esta+5es art!sti"as e "ulturais.

J m todas as es"olas dever@ ser garantida a igualdade de a"esso para alunos a uma

base na"ional "omum, de maneira a legitimar a unidade e a /ualidade da a+o pedag(gi"a na

diversidade na"ional. A base "omum na"ional e sua parte diversi0i"ada devero integrarJse em

torno do paradigma "urri"ular, /ue vise a estabele"er a rela+o entre a edu"a+o 0undamental

e:

a9 a vida "idad atravBs da arti"ula+o entre v@rios dos seus aspe"tos "omo:

#. a sa?de>

8. a se*ualidade>

I. a vida 0amiliar e so"ial>

. o meio ambiente>

'. o trabalho>

$. a "i;n"ia e a te"nologia>

. a "ultura>

4. as linguagens.

b9 as @reas de "onhe"imento:

#. L!ngua 2ortuguesa>8. L!ngua Materna, para popula+5es ind!genas e migrantes>

I. Matem@ti"a>

. Ci;n"ias>

'. Geogra0ia>

$. Hist(ria>

. L!ngua strangeira>

4. du"a+o Art!sti"a>3. du"a+o -!si"a>

#&. du"a+o Religiosa, na 0orma do art. II da Lei 3.I3, de 8& de de1embro de #33$.

6CNs orientam o atrelamento de base "omum na"ional a um paradigma "urri"ular,

/ue poderia ser tradu1ido "omo modelo "urri"ular na"ional, ou ainda par


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2CNs di1em /ue a "on)untura mundial B "ara"teri1ada pela "ontradi+o entre os

progressos "ient!0i"os e o aumento do desemprego, da e*"luso, da manuten+o dos n!veis de

desigualdade et".

A e*tenso dos meios de "omuni"a+o e in0orma+o eviden"ia as "ondi+5es de misBria

e*trema, a utili1a+o irra"ional dos re"ursos naturais e a degrada+o a"elerado do meio

ambiente.

ais /uest5es devem ser "onsideradas pelas pol!ti"as para a edu"a+o "omo desa0ios.

A tenso entre o universal e o singular, isto B, ao mesmo tempo em /ue B pre"iso

"onsiderar /ue a mundiali1a+o da "ultura se reali1a progressivamente, B pre"iso no es/ue"er

das "ara"ter!sti"as /ue so ?ni"as de "ada pessoa: o direito de es"olher seu "aminho na vida e

de reali1ar suas poten"ialidades, na medida das possibilidades /ue lhes so o0ere"idas, nari/ue1a de sua pr(pria "ultura.

A tenso entre a "ultura lo"al e a moderni1a+o dos pro"essos produtivos: apropriarJse

da moderni1a+o dos pro"essos produtivos, 0ruto da evolu+o "ient!0i"a e te"nol(gi"a,

assumindo papel tanto de usu@rio "omo de produtor de novas te"nologias, sem renegar os

valores e o "ultivo de bens "ulturais lo"ais.

A tenso entre o instant privilegiamJse opini5es, respostas e solu+5es

r@pidas, muito embora, para muitos problemas se)am ne"ess@rias estratBgias pa"ientes e

nego"iadas. al B o "aso das pol!ti"as para a edu"a+o.

A tenso entre o espiritual e o material: 0re/uentemente, as so"iedades, mesmo

envolvidas "otidianamente "om as /uest5es materiais, dese)am al"an+ar valores /ue podem

ser "hamados morais%espirituais> sus"itar em uns tais valores, segundo suas tradi+5es e

"onvi"+5es, B uma das tare0as para a edu"a+o.O introdut(rio do 2CNs apresenta uma an@lise "on)untural do =rasil.

• 2ais vem so0rendo trans0orma+5es r@pidas em rela+o e"onomia e te"nologia.• Lentido no avan+o na "ultura e na edu"a+o.• "onomia dependente gere uma "ultura e edu"a+o de0i"iente e pre"@ria.• Aumento das in)usti+as e"onmi"as e so"iais, a viol;n"ia no "ampo e na

"idade.• Segrega+o so"ial.

6ados sobre a edu"a+o brasileira aos anos de #33& nos 2CNs:• Anal0abetismo, "omo um 0enmeno lo"ali1ado prin"ipalmente no Nordeste>


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• a*as de es"olari1a+o D 3#,3P do ensino 0undamental o"orrem em es"olas

p?bli"as>• a*as sobre o 0ra"asso%su"esso es"olar, /ue apontam /ue ''P dos alunos so

promovidos para a sBrie seguinte, sendo /ue P evadem da es"ola>• 2resen+a de de0asagem idade%sBrie>• a*as de repet;n"ia apontam para a bai*a de /ualidade ensino>• Quanto aos pro0essores e sua 0orma+o B registrado uma diminui+o gradativa

dos pro0essores leigos: 3#P possuem 0orma+o se"und@ria "ompleta ou

superior.

Os 2CNS reali1am uma "r!ti"a pol!ti"a edu"a"ional brasileira.

ntretanto ho)e h@ uma ne"essidade de rever o pro)eto edu"a"ional do 2a!s.

Rever a /ualidade de ensino e da aprendi1agem.

As es"olas no 0oram preparadas para as mudan+as /ue o"orreriam, uma ve1 /ue estas

no t;m pro)eto "laro, e, portanto, no veem "om "lare1a a sua 0un+o:

Simpli0i"a+o e o en0ra/ue"imento ensino, e*pressandoJse atravBs da transmisso de

"onhe"imentos de relev

2erda de sentido do trabalho reali1ado pela es"ola>solamento da es"ola "om rela+o parti"ipa+o da "omunidade.

2ortanto essas /uest5es levantadas )usti0i"am a elabora+o de par


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• du"a+o "omo 0undamental para o desenvolvimento das pessoas e da

so"iedade>• Con"ebida no apenas limitada no espa+o e tempo es"olar, mas ao longo de

toda a vida: Aprender a "onhe"er> Aprender a 0a1er> Aprender a viver "om os outros> Aprender a ser, para melhor desenvolver sua personalidade e poder agir

"om autonomia.• Con"ebe a edu"a+o "omo determinante em rela+o so"iedade, solu"ionando

os problemas ligados e*"luso so"ial.

...T h@ uma e*pe"tativa na so"iedade brasileira para /ue a edu"a+o se posi"ione na linha de 0rente da luta "ontra as e*"lus5es, "ontribuindo para a promo+o e integra+o de todos os brasileiros, voltandoJse "onstru+o da "idadania ...T 7=RASL, 2CN, #334a, p. 8#9.

A es"ola atualmente B "on"ebida "omo so"iali1adora, "onstrutora de individualidade e

ao mesmo tempo respons@vel pela "onstru+o de padr5es de identidade.

A es"ola nesse sentido deve se preo"upar "om o a"olhimento e perman;n"ia do aluno

na es"ola: valori1ar o "onhe"imento do aluno, promover situa+5es de aprendi1agem et".2reo"upa+o rela"ionado "om a intera+o es"ola%"omunidade, assim interagir "om

outros espa+os edu"a"ionais da so"iedade para "riar ambientes "ulturais diversi0i"ados.

A responsabilidade pela transmisso da "ultura brasileira e do patrimnio universal da

humanidade, "u)a 0inalidade b@si"a seria a autonomia intele"tual e moral do aluno, /ue est@

presente no do"umento.

Un0ase no aprender a aprender, ou se)a, desenvolver a "apa"idade de aprender B

situada "omo mais importante /ue aprender determinado "onte?do.

2ossibilitar /ue o aluno se)a "apa1 de "onstruir estratBgias de veri0i"a+o e

"omprova+o de hip(teses na "onstru+o do "onhe"imento, de "onstruir argumenta+o "apa1

de "ontrolar os resultados desse pro"esso, desenvolver o esp!rito "r!ti"o, a "ompreenso dos

limites e al"an"es l(gi"os das e*pli"a+5es propostas.

A abordagem de autonomia moral e intele"tual do aluno B entendida "omo

poten"ialidade /ue deve ser desenvolvida pelo pro0essor e B situada na perspe"tiva de autoJ

organi1a+o e parti"ipa+o "oletiva:

A autonomia re0ereJse "apa"idade de saber 0a1er es"olhas e de posi"ionarJse,

elaborar pro)etos pessoais e parti"ipar enun"iativa e "ooperativamente de pro)etos "oletivos,


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ter dis"ernimento, organi1arJse em 0un+o de metas eleitas, governarJse, parti"ipar da gesto

de a+5es "oletivas, estabele"er "ritBrios e eleger prin"!pios Bti"os et". 7=RASL, 2CN, #334a,

p. 3&9.

O prin"!pio de diversidade re0ereJse ao respeito /ue o pro0essor deve ter pelas

di0eren+as individuais, so"iais e "ulturais dos alunos:

No ser o re0eren"ial para 0omentar a dis"usso e a re0le*o sobre os "urr!"ulos

es"olares no


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0orma+o para a "idadania e a trans0orma+o da edu"a+o, se tratando desta 0orma mudan+as

de aspe"tos tB"ni"os, did@ti"o metodol(gi"os.

O do"umento apresenta a parti"ipa+o dos pro0essores, pais e "omunidade no pro)eto

edu"ativo da es"ola, porBm nem a elabora+o destes par


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papel so"ial da du"a+o -!si"a no ensino 0undamental e a /uarta a tentativa de apontar as

prin"ipais "ontradi+5es "ontidas no do"umento.

Aspe"tos hist(ri"os da @rea da du"a+o -!si"a 0oram "onstru!dos em uma

e*pli"a+o linear, des"onsiderando a "onstitui+o da mesma "omo pr@ti"a so"ial, /ue

apresentam as "ontradi+5es geradas em meio as disputas pelo poder.

Com o passar da hist(ria surgem as abordagens psi"omotora, "onstrutivista,

desenvolvimentista e "r!ti"a, devido a imposi+o as vertentes te"ni"istas, esportista e

biologi"ista. 6e a"ordo "om os 2CNs, abordagem psi"omora apresentou um avan+o, devido

possibilitar uma maior integra+o "om a proposta pedag(gi"a ampla e integrada da du"a+o

-!si"a, porBm tambBm signi0i"ou uma desvantagem pelo abandono dos "onte?dos /ue eraminerentes a mesma, "omo o esporte, dan+a, a gin@sti"a e )ogos.

sta abordagem a"abou por "ontribuir na "onstitui+o da abordagem "onstrutivista,

possibilitando a in"luso das dimens5es a0etivas e "ognitivas ao movimento humano e "om

isso na perspe"tiva "onstrutivista a "onstru+o do "onhe"imento surge a partir da intera+o do

su)eito "om o mundo, sendo "onstru!do pelo indiv!duo por toda a sua vida, em /ue os

ob)etivos nesta perspe"tiva vin"ulaJse no respeito pelo universo "ultural dos alunos.

A "ontribui+o da abordagem desenvolvimentista se d@ a partir da ade/ua+o dos

"onte?dos ao longo das 0ai*as et@rias e sua di0uso, )@ as abordagens "r!ti"as so "itadas

primeiramente em 0un+o do /uestionamento ao "ar@ter alienante da du"a+o -!si"a na

es"ola e segundo por/ue prop5em um modelo de supera+o das "ontradi+5es e in)usti+as

so"iais.

2orBm Rodrigues 78#9 aponta novamente para o aspe"to de e*pli"a+o aligeirada

na e*pli"a+o entre re0le*o pedag(gi"a e pro)eto pol!ti"o pedag(gi"o e tambBm aponta para a presen+a do e"letismo em seu re0eren"ial te(ri"o, prin"ipalmente em seu ob)eto de estudo

"ultura "orporal de movimento, aliando "ultura de movimento de Wun1 7#339, "om a

"ultura "orporal , Coletivo de Autores 7 #3389, eviden"iando assim uma mistura das prin"ipais

propostas pedag(gi"as para du"a+o -!si"a es"olar, e no "onstando nenhum re0eren"ial no

do"umento.

A leitura deste do"umento da @rea espe"i0i"a da du"a+o -!si"a eviden"ia alguns

prin"!pios norteadores "omo a in"luso, integra+o, entre outros, porBm e*press5es "omointegra+o e so"iedade integrada, pressup5e uma 0orma "onsensual e harmoniosa,


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o"ultando desta 0orma a idBia de "on0lito "omo geradora do "onhe"imento e base da realidade

so"ial.

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