OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · SILVANA GUEDES KULLER A AMBIVALÊNCIA DO USO DA...
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
1
Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2013
Título: “ A Ambivalência do uso da internet no Ensino Médio: potencialidades e
fragilidades”
Autora: SILVANA GUEDES KULLER
Disciplina: Gestão Escolar
Escola de Implementação do
Projeto e sua localização:
Col.Est. Professor José Gomes do Amaral. Ensino
Fundamental e Médio. Rua: papoula, nº 216
Município da Escola Ponta Grossa
Núcleo Regional de Educação Ponta Grossa
Professora Orientadora Natalia de Lima Bueno
Instituição de Ensino Superior UEPG
Relação Interdisciplinar Todas as disciplinas.
Resumo Este estudo tem por objetivo investigar de que modo o uso
da internet interfere no trabalho docente trazendo
benefícios ou malefícios. O interesse pela temática surgiu
a partir de dados empíricos observando o fracasso escolar
no Ensino Médio nas disciplinas do núcleo comum. Para
atingir este objetivo utilizamos como metodologia a
pesquisa bibliográfica e a pesquisa de campo, partindo do
método dialético a partir da realidade concreta, bem como,
a prática de cada professor frente à internet. A pesquisa de
campo será por meio do instrumento de coleta de dados,
do tipo questionário descritivo partindo disso buscamos
caminhos que convergem com o objeto estudado, qual
seja, a internet na Educação. A partir desta implementação
esperamos que a pesquisa contribua para que se
compreenda melhor o trabalho com a internet no Ensino
Médio.
Palavras-chave:
(3 a 5 palavras)
Internet na educação, método dialético, ensino médio.
Formato do Material Didático Caderno Pedagógico
Público Alvo Professores do Ensino Médio.
2
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ –
SEEDSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUEDUNIVERSIDADE
ESTADUAL DE PONTA GROSSA – UEPGPROGRAMA DE
DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
ÁREA: GESTÃO ESCOLAR
SILVANA GUEDES KULLER
A AMBIVALÊNCIA DO USO DA INTERNET NO ENSINO MÉDIO:
POTENCIALIDADES E FRAGILIDADES.
PONTA GROSSA
2013
3
SILVANA GUEDES KULLER
A AMBIVALÊNCIA DO USO DA INTERNET NO ENSINO MÉDIO:
POTENCIALIDADES E FRAGILIDADES.
Produção didático-pedagógica desenvolvida para o Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), Secretaria de Estado da Educação (SEED) em parceria com a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Orientadora: Prof.ª Drª Natalia de Lima Bueno.
PONTA GROSSA
2013
4
APRESENTAÇÃO
Este caderno pedagógico pretende auxiliar o professor do Ensino Médio a
usar as novas ferramentas disponíveis na internet, o intuito é de auxiliar no
desenvolvimento de seu trabalho docente.
Buscaremos uma integração entre a teoria e prática, utilizando o método
dialético, isto é partindo da realidade concreta vivenciada pelos professores em
sua prática cotidiana. As orientações básicas que sugerimos aqui se destinam
a fazê-los conhecer e aplicar um pouco mais da internet na educação, bem
como, reconhecer suas fragilidades e potencialidades no trabalho docente.
Este material consiste em três partes: apresentação, objetivos e
encaminhamento metodológico, sendo composta por oito (8) unidades, uma
unidade para cada encontro destinado aos professores.
Na primeira unidade do caderno vamos tratar da apresentação do projeto
à Direção, professores e equipe pedagógica do Colégio, explicaremos sobre a
relevância do mesmo para o Ensino Médio.
Na segunda e terceira unidade: vamos aprender sobre o histórico do
computador, o que é o software livre, a criação da internet, como funciona a
internet e seu uso na prática docente a partir da realidade concreta. Novas
ferramentas e aplicativos do Linux para uso no laboratório digital, bem como,
formas de trabalho por projetos e maneiras para se conduzir os conteúdos
através de pesquisas com qualidade, seleção e filtro.
Na quarta, quinta e sexta unidades: entenderemos quais as
potencialidades e fragilidades que oferecem ao ensino. Também estudaremos
algumas ferramentas de construção utilizando a Web 2.0, bem como, seu uso
na educação numa abordagem crítica.
Na sétima unidade: ilustraremos algumas sugestões de atividades
relacionadas com as disciplinas, bem como links para o professor acessar.
5
Por fim, na oitava unidade, faremos uma síntese do projeto de intervenção
e avaliação geral verificando os pontos positivos e negativos.
OBJETIVOS:
- Identificar as práticas pedagógicas dos professores no trabalho com a
internet;
- Descrever os processos de uso da internet na educação;
- Elencar os aspectos em que a internet colabora ou prejudica o trabalho
docente;
- Comparar os diferentes usos da internet na educação com as fragilidades e
potencialidades que a mesma oferece a prática docente no Ensino Médio;
- Conhecer algumas ferramentas mais utilizadas na internet;
- Sugerir algumas atividades utilizando a Web 2.0 .
6
I. UNIDADE
1. O COMPUTADOR E SEU HISTÓRICO
Desde a revolução industrial com a máquina a vapor iniciou-se o
processo das máquinas trabalharem a favor dos homens, isto, ocorreu em
1944 onde o primeiro protótipo do que hoje é o computador foi criado pelo
professor Aiken que criou o MAK I um ano depois, em 1945 o ENIAC surge
nos Estados Unidos, foi um trabalho de equipe juntando idéias de engenheiros,
matemáticos, projetistas e outros técnicos assim, deu-se a construção da
máquina que mais tarde mudariam o percurso da história das comunicações.
Na época em que foram criados os computadores serviam apenas para
fins militares e científicos, época da segunda guerra Mundial usados para
cálculos de precisão, para se atingir alvos a longa distância.
Logo depois, com a necessidade de se guardar dados na sua memória
para controle de seu funcionamento, foram criados os programas pelo
matemático VON NEUMAN que assim fez baseando-se no cérebro humano.
Depois disso, foram criadas várias linguagens no computador com
objetivo de facilitar cada vez mais a comunicação entre os homens e a
máquina. (YOUSSEF, 1988, p.44)
Em meados dos anos setenta jovens californianos inventam o
computador pessoal com o intuito de revolucionar a sociedade, sendo que ao
redor da universidade de Stanford havia abundância e variedade de
componentes eletrônicos como em poucos lugares do mundo. Lá se
encontravam artefatos informáticos aos milhares: grandes computadores, jogos
de vídeo, circuitos, componentes, refugos de diversas origens e calibres - havia
muitas experiências sendo desenvolvidas, embora, desordenadas. No território
de Silicon Valley, encontravam-se implantadas: a NASA, Hewllet-Packard,
Atari e Intel. Os exércitos de engenheiros voluntários, empregados nas
empresas locais passavam seus fins de semana ajudando os jovens fanáticos
por eletrônica entre eles Steve Jobs e Steve Wosniak, que faziam bricolagem
7
nas famosas garagens das casas californianas. Tudo estava ao alcance de
suas mãos. (LEVY, 1993, p.43).
Fonte:Google imagens, cjseliga.blogspot.com
Continuando com a história do computador, em 1975 aparecem em
questão Bill Gates e Paul Allen que lançam o Basic, lembrando que nesta
época não tinha nem teclado, nem tela e sua capacidade de memória era
ínfima, além disso, não tinha linguagem de programação, estes computadores
não serviam para quase nada.
O computador pessoal foi construído lentamente, interface por interface,
permitindo conexões com outras redes cada vez mais extensas, introduzindo
pouco a pouco agenciamentos inéditos de significação ao seu uso, seguindo o
próprio processo de construção de um hipertexto. Para dar destaque a
invenção aprimorada e vendê-los, Wosniak e Jobs fundam a empresa Apple.
Nesta época, ainda se fazia bricolagem e a primeira versão da Apple
teve problemas de compatibilidade com a versão do Basic que não rodava no
Apple 1, pois, sua versão inicial em 1976 possibilitava apenas duas atividades,
programar Basic e jogar. Em 1977 Bill Gates e Paul Allen criam a Microsoft.
Nesta época os computadores começam a compor uma mídia de massa
e em conseqüência disso vendem muito, em 1979 surge um dos primeiros
processadores de texto (Apple writer), assim como a primeira planilha (visicalc)
programa de computação para cálculos financeiros, sem contar as inúmeras
linguagens de programação, jogos e programas especializados. A revolução da
máquina havia então começado. (LEVY, 1993, p.45-8).
8
Com o surgimento da Apple Macintosh, em 1984, acelerou ainda mais
a integração da informática ao mundo da comunicação, da edição e do
audiovisual, permitindo a generalização do hipertexto e da multimídia
interativa. Douglas Engelbart, Diretor do Augmentation Research Center/ ARC,
desde os anos 50 já tinha imaginado que os computadores seriam usados para
programas de comunicação e trabalhos coletivos, chamados hoje de
groupware.
Entretanto, apenas com a chegada da internet foi possível esta
transformação, talvez, a maior transformação no cérebro humano na história da
humanidade.
Desde então, continuamos na busca incessante por humanizar a
máquina. Segundo Levy (1993) Douglas Engelbart foi um participante ativo do
debate sobre os usos sociais da informática, servindo a comunicação e ao
trabalho cooperativo com uma interação amigável.
Fonte: Google imagens ,cejamultidisciplinar.blogspot.com
9
Para entendermos melhor a
complexidade deste processo é preciso ressaltar
que somente vinte anos mais tarde, para que
não fossem ultrapassados pelos recém
chegados da microinformática que eram muito
agressivos comercialmente é que os grandes
empresários abriram o terreno da máquina
burocrática, hierárquica de silício, vidro e metal
para a máquina maciça e fascinante dos
hipertextos, reinventando assim o significando
dos elementos conectados. Desta forma, o
computador passa a ter uma grande relevância
para os processos de aprendizagem.
Sem dúvida, neste contexto o vínculo é
efetivado: educação e tecnologia, mas num
processo construído a partir dos interesses
econômicos e políticos dominantes.
A esse respeito à autora Kawamura (1990)
argumenta:
“ a neutralidade da tecnologia, pode ser questionada quando situada no contexto das relações sociais. Retomando o processo histórico da separação entre o saber e o fazer, podemos lembrar que o primeiro esteve, em sua grande parte, sob o controle das classes dominantes, concretizando em tecnologias em centro de pesquisas, em processos organizacionais e administrativos, em processos educativos, e , em outras formas.
Estamos vivendo hoje uma época de fácil
acesso a informação, os avanços tecnológicos
estão beneficiando não só a educação, mas,
todos os setores da sociedade, pelo fato de ser
uma rede de comunicação interativa, têm
Hipertexto: são interligações
executadas na internet através do
w.w.w. “Word Wibe Web” ou
seja, da rede de alcance mundial.
É usado um navegador para
descarregar as páginas ou
servidores da Web. Os
documentos podem estar na
forma de vídeos, sons, hipertextos
e figuras. O usuário pode então
seguir as hiperligações na página
para outros documentos ou
mesmo enviar informações de
volta para o servidor para
interagir com ele. O ato de seguir
hiperligações é comumente
chamado de “navegar ou surfar”
na Web.
Multimídia interativa: São várias
mídias em conjunto como:
áudio,vídeo,animação, ilustra-
ção, e textos que conversam
entre si, ou seja interagem.
Podem ser ainda, CD-ROM com
jogos educativos, almanaques,
em softwares educativos
Groupware: é uma tecnologia
que permite que um gruo de
pessoas possam trabalhar no
mesmo aplicativo ou sistema
onde quer que elas estejam. É
composto por um conjunto de
ferramentas
cooperativas/colaborativas, que
possibilitam a interação entre
múltiplos participantes.
10
provocado profundas mudanças na cultura, na sociedade e nos indivíduos de
maneira geral.
Portanto, o que é revolucionário no computador não é a sua técnica,
nem a instrumentalização, mas as idéias que foram despertadas com o seu
uso. A rapidez e a precisão em adquirir informações, a autonomia no ato das
buscas, a mobilidade com a chegada do wi-fi, todos estes fatores abrem uma
nova frente de aprendizagens e de comunicações em tempo real, uma nova
tendência mundial.
A possibilidade de instalar aplicativos no seu computador e de poder
usá-los em projetos, o torna ideal para algumas aprendizagens cada pessoa
poderá personalizar sua máquina da forma desejada com os programas que
lhe forem necessários e úteis.
Os utilitários e aplicativos1 podem ser adquiridos e instalados para
diversos fins: como tutoriais, para treino e prática, para jogos, para simulação,
comunicação, para organização de informações, para autoria (textos, gráficos
ou musicais).
O Governo Federal tem apostado em software livre como é o caso
do LINUX, que busca o melhor aproveitamento dos ambientes de informática
nas escolas. A utilização do software livre garante a melhoria do ensino e a
inserção tecnológica proporcionando aos técnicos, professores e alunos uma
maior liberdade de personalização do ambiente.
1.1. O QUE É O SOFTWARE LIVRE
“Software Livre” é aquele que oferece ao usuário total liberdade de
executar, distribuir, modificar e repassar alterações, sem a necessidade de
pedir qualquer permissão ao criador daquele programa.
A idéia do software pode ser replicada, permitindo que todos trabalhem
no mesmo projeto, criando uma sinergia. Software Livre é também um conceito
1 Exemplo de utilitários e aplicativos: Paint, calculadora, bloco de notas, winzip e winzr,leitores de email.
11
que envolve comunidades que trabalham em equipes e compartilham
conhecimento. Uma importante característica do software livre é o
compartilhamento de código-fonte. Há várias empresas pequenas e grandes,
como IBM, HP e outras que usam esse modelo. A versão 4.0 foi desenvolvida
pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com o apoio dos técnicos dos
Núcleos de Tecnologia Educacional. Ela já está disponível em todas as escolas
públicas brasileiras através do Programa Nacional de Tecnologia Educacional
(PROINFO)2.
Já existe a versão 5.0 que foi desenvolvida pelo Centro de Computação
Científica e Software Livre (C3SL) da Universidade Federal do Paraná (UFPR),
com o apoio de técnicos dos Núcleos de Tecnologia Educacional. Possui
novos aplicativos e novos recursos de interface e de interação totalmente
desenvolvidos com base na experiência dos usuários.3
1.2. O QUE É O LINUX?
É um dos mais notáveis exemplos de
desenvolvimento com código aberto e de
software livre. O seu código fonte está
disponível sob GPL para qualquer pessoa
utilizar, estudar, modificar e distribuir
livremente. Seu criador foi Linus Torvalds em
1991, um estudante finlandês. O Linux adota a
GLP uma licença livre, como o KDE, GNOME,
o APACHE, O FIREFOX, onde os
interessados podem usá-lo e redistribuí-los.
Fonte:Google imagens.
2 PROINFO (Programa Nacional de Informática na Educação) foi criado em 9 de abril de 1997, pelo Ministério da
Educação, cujo trabalho principal é o de introduzir as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) nas escolas públicas de Ensino Médio e Fundamental. 3 Para saber mais, Cf. em http://www.educacao.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=93
12
Considerando esses aspectos, verifica-se que o computador é uma
ferramenta de grande potencial pedagógico, que poderá prejudicar ou
colaborar com o trabalho docente. Depende do uso que se faz desta
ferramenta e da concepção de ensino e aprendizagem que se tem adotada, no
sentido de se concretizar um processo de transformação de raciocínio de
educandos e do próprio educador.
1.3. CRIAÇÃO DA INTERNET
Histórico
A criação da Internet teve como objetivo principal atender as
necessidades militares do governo Americano. Em 1968 foi desenvolvido pela
ARPA (Advanced Research Projects Agency) uma empresa americana para
criar comunicação a longa distância que criou o primeiro backbone (em
português, espinha dorsal), com o intuito de interligar as universidades e a área
militar. Assim, muitas redes foram criadas e desenvolvidas visando à melhoria
do tráfego de informações via internet. Assim, muitas conexões foram feitas.
Surgiu em 1982 um conjunto de protocolos TCP/IP4. Em 1985 é
registrado primeiro domínio.com da AOL (Fundação América online). Em 1991
surge a www. com Tim Lee e o termo surfar na rede. Vejamos um exemplo de
backbone:
FONTE: http://www.gta.ufrj.br/grad/10_1/malha/arquitetura.html
4 TCP/IP Transmission Control Protocol: objetivo é transportar data gramas de uma rede a outra na internet . É um
protocolo de transmissão não orientado.
13
1.4- COMO FUNCIONA A INTERNET.
A internet é como uma grande biblioteca, onde tudo é armazenado e
catalogado. Exemplo disso são os sites da Web, que tem páginas com URL
(endereço eletrônico ) a homepage é a página inicial de um site, ela funciona
como o índice de um livro,com links essas páginas podem conter também
imagens, gráficos, tabelas, animações, exatamente como um livro ilustrado.
Todos os sites disponíveis na Internet têm um ponto de partida, isto é,
uma página inicial. Quando digitamos o endereço de uma página da web em
nosso navegador, ou seja, uma URL, do tipo http://www.cinted.ufrgs.br,
estamos indo para a página inicial do site solicitado. Cada site tem sua URL
específica. Toda a vez que digitamos http://www.cinted.ufrgs.br em nosso
navegador iremos para o mesmo site! A partir desta página inicial há links
(ligações) para outras páginas diversas. Estes links podem ser internos ou
externos. Os links internos nos levam para partes dentro do próprio site e os
links externos nos levam para outros sites.
A internet é uma gigantesca rede mundial de computadores interligados,
considerada por muitos autores como um dos maiores e revolucionários
avanços da humanidade.
Estar conectado a internet significa ter acesso a informações do mundo
todo. O que a torna mais interessante, é poder criar, gerenciar, distribuir
informações em larga escala em âmbito mundial.
Na Internet, é possível encontrar animações, áudio e vídeos e textos nas
páginas da web, algo impossível de se conseguir em um livro. Outra vantagem
que apresenta por ser uma página da web, ela pode ser acessada de qualquer
lugar do mundo. Quando você armazena conteúdos em uma página da web, as
pessoas terão acesso a ela em casa, na escola, ou em qualquer lugar do
mundo onde possam ter rede de acesso à Internet.
14
Os navegadores ou browsers são os
softwares que permitem a conexão entre as
páginas da web: Por exemplo, há o software
Mozilla FireFox 10.6, Internet Explorer,
Netscape, opera 10.62, safári 5, Konqueror,
alguns deles são pouco conhecidos do
grande público.
Alguns como o Internet Explorer tem o
código fonte fechado é de propriedade da
Microsoft, outros tem o código fonte aberto
como o sistema Linux.
Nem sempre o software livre tem seu
código fonte aberto.
Normalmente, os hyperlinks ou links de
uma página aparecem em destaque, em uma
cor diferente e/ou sublinhado. Para confirmar
que você tem um link no texto que você está
lendo online, coloque o cursor do mouse
sobre o link. O cursor, que normalmente tem
o formato de uma seta , se transforma em
uma mão . Isso indica que estamos
realmente tratando de um link!
HTML: é uma sigla do inglês
HyperText Markup Language, que
quer dizer Linguagem de
Marcação de Hipertextos. HTML
nada mais é do que código
específico para criação de links
entre páginas da web.
URL:é uma abreviação do inglês
Uniform Resource Locator, ou
seja, Localizador Uniforme de
Recursos. Isso quer dizer que com
um endereço de URL de uma
página da web podemos localizá-
la.
Softwares: é a parte lógica do
computador, aquela que opera
um conjunto de programas.
IP: são protocolos da internet que
funcionam como números de
telefone separados por pontos ex
IP 10.24.254.3 seu identificador é
único e pode mudar com o
tempo, especialmente se o
computador está discando de um
provedor,ou se está conectado a
um serviço de banda larga.
15
Conheça a imagem de alguns browsers ou navegadores mais utilizados no
momento.
1.4. A INTERNET E SEU USO NA
EDUCAÇÃO: AUXILIANDO A
PRÁTICA DOCENTE.
.
Para estudar a internet na educação é preciso ter como pressuposto que
“ensinar é um ato de conhecimento e uma forma de intervenção no mundo”
(FREIRE, 2011). Desta forma, usar as ferramentas tecnológicas no ensino
pode implicar tanto no esforço de reprodução da ideologia dominante quanto
no seu desmascaramento. Paulo Freire nos recorda sobre a importância da
dialética contraditória que permeia a educação, onde ensinar é muito mais do
que ensinar conteúdos, requer um professor idealista que preze e enfatize a
realidade concreta na sua disciplina, que discuta as implicações políticas e
ideologias também.
Para tanto é necessário entender esta dialética contraditória, na qual
a educação não poderá ser apenas reprodutora nem apenas desmascaradora da ideologia dominante. Mas, neutra, indiferente a qualquer uma destas hipóteses, pois, de um lado caímos no subjetivismo idealista e de outro reduzimos a consciência a puro reflexo da materialidade. Não podemos ignorar nem reduzir a educação que passamos no decorrer da história sem levar em conta os condicionamentos genéticos, culturais, sociais, histórico de classe e de gênero que nos marcaram. (FREIRE, 2011, 96).
Em outro livro (1982) o autor nos alerta sobre a atenção que devemos
tomar para não sermos professores que agem desta forma:
16
Ditamos idéias, não trocamos idéias. Discursamos aulas. Não debatemos ou discutimos temas. Trabalhamos sobre o educando. Não trabalhamos com ele. Impomos-lhe uma ordem a que ele não adere, mas se acomoda. Não lhes propiciamos meios para o pensar autêntico, porque recebendo as fórmulas que lhe damos,simplesmente as guarda.Não as incorpora porque a incorporação é o resultado de busca de algo que exige, de quem o tenta, esforço de recriação e de procura ( FREIRE, 1982,p.96-97).
Reforça-nos a idéia de que “a educação é a única forma das classes
dominadas ascenderem socialmente, ou de assumirem uma postura mais
crítica frente a sua realidade com condições de interagir”.
Paulo Freire tem o mérito de denunciar uma educação supostamente
neutra, mas também o de distinguir o humanismo idealista do humanismo
tecnológico (pragmático), que reduz toda educação a um arsenal de
metodologias e de instrumentos de aprendizagem, despolitizando a grande
massa da população, (FREIRE, 1983, p.13-14) enfatiza que antes de qualquer
coisa “a educação é um processo emancipatório de constituição da história dos
sujeitos por meio do qual ele constrói seu projeto de vida”.
Dessa maneira, trabalhar com a internet na educação, é entender que
as ferramentas se submetem aos objetivos pedagógicos e não o contrário, em
outras palavras, é a internet mediando à educação através dos recursos
tecnológicos. “É um fazer pedagógico político em oposição ao político
pedagógico.”(Freire,2000,p.21)
As figuras centrais do processo educativo são o aluno e o professor e
não as ferramentas eletrônicas sejam elas quais forem. O papel do professor
neste âmbito continua sendo o de mediador, de incentivador do processo de
ensino e de aprendizagem. Sua função principal é ser o articulador da
construção do conhecimento, incentivando o pensamento criativo do aluno.
Quando se refere à questão da mediação do conhecimento Lévy, afirma:
“O professor torna-se um animador da inteligência coletiva dos grupos que estão ao seu encargo. Sua atividade será centrada no acompanhamento e na gestão das aprendizagens: incitamento à troca de saberes, a mediação relacional e simbólica, a pilotagem personalizada dos percursos de aprendizagem ( LEVY, 1999, p. 171).
17
Com a inclusão dos computadores e da internet no meio educacional,
muitos debates foram realizados sobre a contribuição e seu uso pedagógico
nos processos de ensino de aprendizagem. Muitos estudos foram realizados
nestes últimos trinta anos, pelos autores Papert (1985), Lollini (1985),
Kawamura (1990), Moran (1997, 2000), Levy ( 2000), Braga (2001), Vallente
(1993) entre outros, que se dedicaram a investigar sua aplicabilidade para o
ensino e a aprendizagem. Outros ainda se dedicaram a pensar quais os
benefícios e as fragilidades que as tecnologias oferecem a educação, como:
Jacquinot (2006 ) Feenberg (2010 ), dentre outros.
O autor Moran, destaca algumas das possibilidades do uso da internet
na educação:
O uso da internet como critério pode se tornar-se um instrumento significativo para o processo educativo em seu conjunto. Ela possibilita o uso de textos, sons, imagens e vídeos que subsidiam a produção do conhecimento. “Além disso, a internet propicia a criação de ambientes ricos, motivadores, interativos, colaborativos e cooperativos. (MORAN, 2000, p.99)
Um dos grandes desafios que professores encontram hoje é saber lidar
com as tecnologias que já fazem parte do cotidiano escolar e saber tirar
proveito das suas potencialidades pedagógicas.
Moran (2000) e Lévy (1993) corroboram com esta reflexão, no sentido
de que, ensinar usando a internet exige uma forte dose de atenção do
professor, a navegação precisa de bom senso, gosto estético e intuição, e
recomendam o uso desta ferramenta com parcimônia.
Ainda a respeito do uso do computador na educação o autor Moran
(2000, p.11), cita que “muitas formas de ensinar hoje não se justificam mais,
perdemos tempo demais, aprendemos muito pouco”. Devido à lentidão dos
processos pedagógicos conservadores que estamos condicionados pelo
costume.
Podemos perceber isso, na pesquisa de campo realizada quando
perguntamos aos professores se os mesmos utilizam esta ferramenta em suas
aulas. Do total de entrevistados oitenta por cento responderam “sim”, que
utilizam, dizendo que utilizam por considerar que esta tecnologia traz maior
“descontração às aulas”, que “há um maior proveito dos conteúdos”, “maior
18
apreensão e assimilação”, e que as aulas ficam “mais motivadas,
diversificadas” além do mais despertam a atenção do alunado.
A respeito da motivação, Moran (2000, p.53) nos orienta que: “ a internet
é uma mídia que facilita a motivação dos alunos, pela novidade e pelas
possibilidades inesgotáveis de pesquisa que oferece”. Ele pondera sobre o
papel do professor neste contexto que deverá criar um clima de confiança, de
abertura e de cordialidade com os alunos. Sobre os desafios que o educador
encontra “de poder tornar a informação significativa, de escolher as
informações verdadeiramente importantes entre tantas possibilidades, e
compreendê-las de forma cada vez mais abrangente e a torná-las parte de
nosso referencial”. (MORAN, 2000, p. 23).
A esse respeito em nosso questionário, os professores responderam
sobre as precauções que têm em relação às informações que repassam,
citaram que é necessário “ler com atenção as páginas encontradas nas
buscas”, e que as pesquisas devem ser feitas em “várias fontes”. Professores
devem buscar sites comprometidos com a educação e com o processo de
ensino e aprendizagem para, então, depois disso repassar aos seus alunos.
Neste aspecto Moran tem outra opinião ao se referir a aulas-pesquisa afirma
que:
Podemos transformar uma parte das aulas em processos contínuos de informação e comunicação de pesquisa por meio dos quais vamos construindo o conhecimento equilibrando o individual e o grupal, entre o professor coordenador- facilitador e os alunos participantes ativos.Este autor sugere que o professor comece a pesquisa de forma aberta, dando apenas um tema sem referências e sites específicos, para que os alunos procurem de acordo com suas experiências e conhecimentos prévios.permitindo que os alunos descubram sites e lugares desconhecidos pelo professor (MORAN,2000,p.46-47).
Observou-se na pesquisa realizada com os professores do Ensino
Médio, que prevalece o uso de sites específicos nas disciplinas em que o
professor leciona, sendo que, muitos indicaram que acessam sempre o site do
governo, „www.diaadiaeducacao.pr.gov.br, portal do professor do MEC, sites
de jogos matemáticos, porém não indicaram qual. Ainda, portal são
Francisco,Wikipédia, e-escola, biomania, sites que fazem simulado ao
vestibular,ciência hoje, jogos de racha-cuca, revista escola online.
19
- Quando foram perguntados sobre as precauções tomam para não passar
informações desatualizadas aos alunos responderam que “passam apenas os
sites que conhecem e que acessaram antes das aulas”, um professor disse:
”passo o que conheço nunca o que ouvi falar”.
- “Quando questionados se costumam propor tarefas que estimulam o uso da
internet”, citaram que sugerem pesquisar “imagens, vídeos, textos,
curiosidades, testes simulados, consulta ao IBGE, pesquisas de referencial
teórico, consultas de seu conteúdo em blogs, pesquisas fazendo conexões
com fatos do dia dia”.
- Quando ao curso que realizaram até o momento para o uso da internet,
percebemos que destes vinte (20 ) professores:
30% - nunca fizeram curso de informática.
30% - referente a algum curso específico ( lousa digital e tablets) como forma
pedagógica de usar o computador e a internet.
15% na formação presencial em serviço.
25% na plataforma de EaD (educação à distância).
Vejamos agora a ilustração que nos mostra melhor a formação que os
professores do Ensino Médio possuem até o momento para o uso da internet
na educação.
GRÁFICO 1
20
- Quanto às técnicas que mais utilizam na explanação dos conteúdos são:
Aulas expositivas (9),
Trabalhos em grupo (9),
Resoluções de exercícios (8),
Exposições de trabalhos (6),
Vídeos (6),
Trabalhos individuais (6),
Pesquisas na internet (3),
Aulas práticas (1)
Na opção OUTROS, colocaram “ aula teórica”.
- Quando perguntados sobre qual o encaminhamento você considera
necessário para que sejam implementados o uso das tecnologias na Escola as
respostas foram:
“Que esteja presente no Projeto Pedagógico da escola”= 8,8.
“Que os professores estejam motivados e qualificados para usarem as
tecnologias”=20,6.
“Que se tenha um plano de trabalho específico por disciplina”= 20,6.
“Que haja estrutura adequada na escola/colégio”=.41,0
No campo OUTROS, citaram: “que os pais tenham um melhor poder
aquisitivo, e “que haja sala com acesso a internet e equipadas com
multimídia.” =9,0
21
GRÁFICO 2.
O QUE E NECESSÁRIO PARA IMPLEMENTAR O USO DE
TECNOLOGIAS NAS ESCOLAS?QUE ESTEJA PRESENTE NO P.P.P
QUE HAJA MOTIVAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DOS PROFESSORESQUE SE TENHA UM PLANO DE TRABALHO POR DISCIPLINAQUE HAJA ESTRUTURA ADEQUADA
OUTROS
_ Quando foram perguntados se havia alguma questão que não constava no
questionário e que achavam importante relatar, deram várias respostas que
elencaremos a seguir: “Quando todos os alunos das escolas públicas tiverem
acesso aos computadores em casa então será fácil trabalhar com a internet e
as novas tecnologias quando todos tiverem seus notebooks nas carteiras o
ambiente de ensino/aprendizagem em situações que permitam aos alunos
atingirem os objetivos propostos”.
“ Que os professores estejam qualificados e preparados para lidarem com
novas tecnologias envolvidos, abrindo novas possibilidades de
ensino/aprendizagem”.
“A internet em sala pode se tornar uma faca de dos gumes depende do
professor que está mediando , não basta apenas a habilidade para navegar
mas, capacidade de coordenar o grupo que esteja navegando”.
No entanto, como saber se realmente o professor está qualificado para mediar
e para diferenciar um site dos outros? De um lado o sistema capitalista
proporcionou a chegada das tecnologias às escolas, mas de outro as políticas
públicas não ofereceram cursos em larga escala para o correto entendimento
dessa engrenagem toda, para sabermos operacionalizar a parte técnica e
22
pedagógica dos computadores, e da internet em especial, sabendo diferenciar
com competência essa nova tecnologia. Vejamos o que o autor Almeida diz a
esse respeito:
“o educador profissional tem que se posicionar contra ou a favor do seu uso e apontar os seus limites, mas, de qualquer forma, sempre com competência. Não só para uma competência técnica, mas também para a responsabilidade ético-pedagógica e para a conscientização crítico-política”. (ALMEIDA, 1988, p. 10)
Esta decisão tem estado apenas nas mãos dos gestores políticos e de
seus técnicos que decidem “o que e como fazer”. Cabe aqui um
posicionamento do professor a respeito do seu uso, e isto só será possível na
medida em que houver um maior envolvimento, dos docentes, da sociedade
civil e dos pedagogos como articuladores e projetistas e não apenas usuários
críticos.
Embora, muitos estudos estejam avançados desde a época da criação
dos computadores tentando desmistificar a idéia de dominação exercida pela
classe burguesa ao se fazer uso das tecnologias, o poder e fascinação que a
tecnologia exerce sobre as pessoas, continuam incógnitos, Almeida (1988)
reforça que os objetivos econômicos da microeletrônica foram sempre
industriais antes de serem educacionais. A tendência da microeletrônica foi
sempre a de reproduzir os seus espaços e ampliar sua capacidade de
manipulação, pela rapidez dos processos e economia de tempo digna do
capitalismo. (ALMEIDA, 1988, p.36-8 ).
Neste aspecto a autora Kawamura (1990) relata que a tecnologia é
neutra por fundamentar-se nas ciências exatas o que possibilita sua inserção
acrítica na vida social, como algo natural e irreversível, citando Habermas ela
afirma que:
A ciência e a tecnologia hoje assumem o papel de verdadeiras forças produtivas, sem as quais o crescimento econômico dentro do quadro de referência do capitalismo não poderia ser mantido , significa que um Estado que as controla, manipula e promove, transforma-se, ele mesmo, no “promotor” do processo do bem estar coletivo. Ao mesmo tempo em que sua política de mobilização dessas forças produtivas ( ciência e técnica) é coroada de êxito, dando-se o crescimento
23
econômico, ele encontra uma nova forma de legitimação. (KAWAMURA, 1990, p.62)
Feenberg (2009, p.79) ao se referir a ambigüidade e a dominação pela
tecnologia diz que “há uma forma de dominação tão profundamente arraigada
na vida social, que parece natural para aqueles a quem dominam”. Afirma que
estamos inseridos nesta realidade há muito tempo, a idéia é questionar a
tecnologia, um sistema que eleva a desigualdade entre os que têm e os que
não têm. Desta forma nos mostra a necessidade de planejarmos nossa própria
resposta para a situação na qual nos encontramos frente à tecnologia
(internet), pois ela abre fantásticas oportunidades para a comunicação humana,
produção e circulação dos conhecimentos.
Neste sentido, ao decidirmos usar uma ferramenta entre tantas outras,
estamos assumindo nossa posição no que diz respeito à visão de homem,
sociedade e política educacional a qual se reflete na prática educativa de
reproduzir - manter os valores sociais ou ao contrário uma prática inovadora de
contestação, de busca e novas descobertas, de reflexão, de propostas de
experimentação buscando a emancipação do sujeito que o leve a pensar sobre
o processo do pensar.
Com relação aos docentes pesquisados sobre a forma de como
costumam usar a ferramenta internet obtemos as seguintes respostas alguns
a usam para “propor tarefas de estímulo”, outros como “ propostas de leituras
de Blogs”, ainda “testes de simulados para vestibular e ENEM”, alguns utilizam
como “ferramenta pedagógica”, mas não citaram, como? “trocas de e-mails
com alunos para propor leituras de textos e assistir vídeo também para manter
contato extra-escola, com a finalidade de interação.
Neste aspecto FREIRE ( 2011) aponta que o professor deve ensinar
desde o princípio que “o sujeito deve assumir-se como sujeito da produção do
saber“, não como objeto por ele formado, assumindo-se como “ produtor ou
reconstrutor de seus saberes”, agindo desta forma não como um “paciente”
que apenas recebe os conhecimentos dados prontos e acabados, mas em
processo de construção ou reconstrução. Vejamos como podemos usar o e-
mail como ferramenta pedagógica:
24
Os professores entrevistados 80% deles percebem a urgência de buscarem
cursos de aperfeiçoamento para manterem-se atualizados no tocante a
processos modernos de aprendizagens. Como o uso Blog no ensino por
exemplo.
Com a chegada da lousa digital às escolas, alguns dos professores
entrevistados contam que já fizeram o curso básico para o domínio desta
ferramenta como também para o uso dos tablets que são ferramentas
midiáticas de auxílio, tiveram sua inserção no ensino em 2013 nas Escolas do
Paraná, num primeiro momento apenas para professores do Ensino Médio5.
Todavia percebemos que esta ferramenta precisa de suporte pedagógico e de
muito preparo dos professores para que não seja mais uma ferramenta
obsoleta, que seu uso seja realmente benéfico e resulte em sucesso escolar.
Pela pesquisa de campo constatamos que os professores tem usado
todas as técnicas disponíveis em suas aulas, quais sejam: aulas expositivas,
trabalhos em grupo, vídeos (selecionados de acordo com o assunto),
5 Conforme o site: http://www.educacao.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=17648
E-MAIL: usado com fins pedagógicos é a forma de comunicação
assíncrona que permite anexar, enviar e receber arquivos, imagens,
filmes, etc., o e-mail passou a ser uma espécie de “transportadora
digital” capaz de levar de um computador a outro qualquer artigo
digitalizado.
Fonte: http://professordigital.wordpress.com/2009/08/26/uso-
pedagogico-do-e-mail/
BLOG: É uma página da web de atualização rápida,
organizada de forma cronológica, tendo como foco uma temática
proposta pelo blog, podendo ser escrita por um número variável de
pessoas de acordo com sua própria política. O blog abrange uma
infinidade de links, notícias, poesias, idéias, fotografias, diários,
informações gerais. Permite o exercício do diálogo, da autoria e da co-
autoria, Ao escrever algo implica na reflexão sobre o tema e na crítica
sobre o mesmo. Fonte:
http://www.slideshare.net/abruzaca/uso-do-blog-na-
educao-1928973
25
pesquisas na internet e mesmo assim percebemos que os resultados nas
avaliações são insuficientes, os índices de reprovação e evasão persistem.
Diante disso, nos perguntamos onde estaria a ineficácia, ou o ponto
nevrálgico? Seria nos métodos? Nas técnicas? Nos recursos, ou em todo este
conjunto?
As pesquisas no campo educacional têm refletido sobre estes valores em termos de evasão e repetência. Como todos sabem, a incumbência da escola é o de fazer a ascensão social por meio da transmissão do saber e mais uma vez ela reforça a exclusão das classes menos favorecidas, aumentando as barreiras que separam as classes sociais, uma das formas de segregação é com o “mito da incapacidade para a cultura letrada” (ALMEIDA, 1988, p.21).
Temos verificado que o Ensino Médio nos Colégios de todo o Paraná
refletem a mesma realidade, mesmo com todo investimento do Governo nos
aparatos tecnológico e nas capacitações em tecnologias ainda continuam altos
os índices de repetência e de evasão.
Os últimos dados do Ensino Médio no Paraná mostram uma enorme
disparidade entre os alunos que entram e os que concluem sua escolaridade.
Muitos alunos abandonam sua formação ou reprovam. Os números aqui
apresentados foram discutidos em um Encontro pedagógico que ocorreu no
Paraná nos dias 19 a 21 de agosto de 2013.6
6 Disponível em :
http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/ensino_medio_inovador/dados_perspectivas_em_pr.pdf
TOTAL DO PARANÁ
ABANDONO
REPROVADOS
APCC
APROVADOS
31.321
356.771
50.912
68.520
205.173
8,78%
14,27%
19,21%
57,51
23,05% 82.233
ENSINO MÉDIO: TAXA DE ABANDONO,REPROVAÇÃO E APCC EM 2012
26
Neste panorama percebemos que além das aprovações por média
temos as aprovações por Conselho de Classe e se não fosse dado chance a
estes alunos de acordo com alguns critérios estabelecidos nos Colégios,
haveria perdas na ordem de 47,51%, uma perda irreparável aos cofres públicos
e ao aprendizado dos estudantes.
O SAEP7·, Sistema de Avaliação da educação Básica do Paraná nos
aponta dados da avaliação de alunos do Ensino Médio em 2012 em
Português e Matemática, bem como também as dificuldades dos alunos nestas
disciplinas do núcleo comum com a finalidade de subsidiar a prática docente
pelo diagnóstico levantado dos estágios de aprendizagem dos alunos
avaliados.
DISCIPLINA 3º ANO DO
ENSINO MÉDIO
PROEFICIÊNCIAS
(Padrão de desempenho)
LÍNGUA PORTUGUESA 261,70 Básico
MATEMÁTICA 271,30 Abaixo do Básico
Convém aqui ressaltar os princípios e finalidades do Ensino Médio como
sendo a etapa final do processo formativo da Educação Básica ele deve prever:
1. Consolidar o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
2. A preparação básica para a cidadania e o trabalho, tomado este como princípio educativo, para continuar aprendendo, de
7 O SAEP,é elaborado com base nas diretrizes educacionais do Estado.Os resultados fornecem um diagnóstico da
realidade da educação do Estado, do Núcleo Regional, do Município, da Escola, e ainda de cada turma e aluno avaliado. Com estes resultados os professores terão condições de identificar os conteúdos que necessitam de um trabalho diferenciado em sala de aula, independente do ano escolar em que atuam. Disponível em http://www.educacao.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=4405 Acessado em 22/11/2013.
SAEP 2012 – RESULTADOS NO ENSINO MÉDIO
27
modo a ser capaz de enfrentar novas condições de ocupação e aperfeiçoamento posteriores;
3. O desenvolvimento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e estética, o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;
4. A compreensão dos fundamentos científicos e tecnológicos presentes na sociedade contemporânea, relacionando a teoria com a prática. (conforme site do governo do Paraná http://www.educacao.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=4405 )
O Ensino Médio deve ter uma base única sobre a qual se assentem
diversas alternativas como: preparação para o trabalho ou para profissões
técnicas; como iniciação científica e tecnológica; na cultura, como ampliação da
formação cultural.
Assim sendo, cabe ao Estado garantir que estes princípios básicos
sejam consolidados primando pela qualificação dos professores para usarem
todos os recursos disponíveis inclusive as ferramentas da internet a serviço
destas aprendizagens.
.
Mesmo no Ensino Médio profissionalizante que contempla outra matriz
curricular os números da taxa de abandono e reprovação são expressivos
conforme a tabela abaixo nos mostra:
TAXA DE ABANDONO E REPROVAÇÃO NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – 2012
TOTAL NO PARANÁ 77.546
ABANDONO 7.813 10,08 %
REPROVADOS 7.247 9,36 %
APROVADOS 62.470 80,56 %
Desta forma propomos que além de inserir computadores nas escolas,
também se faz necessário traçar políticas públicas no sentido de se fazer um
levantamento cuidadoso dos pontos pedagógicos que tem se mostrado
nevrálgicos e acompanhamento destas dificuldades que são apresentadas nas
avaliações de desempenhos, como as do SAEP.
Sobre este assunto Fernando José Almeida (1988) acrescenta:
28
A dificuldade que os alunos têm de reler e corrigir o que escreverem; de concentração e revisão no fazer cálculos, na leitura de enunciados nas provas; na conversão de unidades em cálculos de química ou física; ou no pouco rigor de expressão em linguagem científica. (...) (ALMEIDA, 1988, p.22)
Estas dificuldades apresentadas precisam ser estudadas e enfrentadas
usando as tecnologias voltadas para a educação, especialmente a internet que
embora venha revolucionando a transmissão da informação e da comunicação,
nos últimos anos em todas as Escolas Públicas do Paraná8 no que diz respeito
ao seu uso na educação percebemos que pouco valor pedagógico foi agregado
à prática docente, pois seus currículos escolares e planejamentos
metodológicos continuam defasados.
Nota-se que em geral há uma inconformidade, um desconforto dos
educadores no uso destas tecnologias no ensino, talvez como enfatizou um
dos professores na pesquisa de campo citando que “por esta ferramenta não
constituir parte de nossa formação acadêmica, pois fomos acostumados a
privilegiar a técnica da aula expositiva para transmitir o saber historicamente
acumulado, que não nos damos conta das inúmeras alternativas pedagógicas e
metodológicas que ganhamos com sua aplicação na educação”.
Neste contexto, os educadores também são convocados a refletir sobre
a sua prática, no sentido de mudar suas formas de ensinar e de aprender, pois,
precisam aprender a interagir com as novas tecnologias fazendo uso destas
de forma pedagógica e criativa, posto que hoje com a evolução das tecnologias
é uma necessidade estar atualizado.
Esta expressão corresponde à idéia de que as pessoas apenas não aprendem informações, comportamentos e competências diversas- mas que são capazes de aprender esta competência especifica que é a de conduzir sua própria aprendizagem, por seu próprio esforço de busca e seleção, sistematização. São capazes de “se ensinar” inclusive decidindo o que, como e por que. (BRAGA, 2001, p.121-2)
Entretanto, estas capacidades ou competências de se ensinar e
aprender pelo seu próprio esforço de busca e seleção, que as pessoas
8 Cf em: http://www.educacao.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=93
29
adquirem precisa ser bem esclarecida, pois, às páginas da internet oferecem
benefícios a educação, mas, também malefícios.
Há uma variedade de sites que são merecedoras de controle por parte
dos professores, sabemos que a internet ainda é uma terra de ninguém por ser
muito extensa, quase que infinita neste sentido todo cuidado ainda é pouco, a
escola pode estar equipada com computadores que funcionem em banda larga,
mas o raciocínio para o uso precisa se equivaler a ferramenta, a atenção dos
professores deve ser redobrada, não deixar alunos soltos sem um preparo
prévio.
A variedade de informações que chega através dos hiperlinks e a
instabilidade do ritmo acelerado pode ser considerado um ponto negativo neste
quesito a dispersão dos alunos na tentativa de entrar em sites proibidos, da
comunicação dos dias atuais impõem novos saberes, novas competências,
novas articulações.
Quem dará estas competências tão necessárias ao educador? Como
gerir, organizar, direcionar o seu próprio processo do aprender. É o que
trataremos na próxima unidade.
II. UNIDADE
INTERNET NA EDUCAÇÃO: REALIDADE CONCRETA
A decisão de um professor ao usar uma metodologia em suas aulas
fazendo uso das tecnologias, implica sempre num juízo de valor. Ao assumir
uma prática seja ela voltada para a reprodução ou inovação, contestação ou
experimentação quer dizer que este gesto não pode ser apenas do novo sobre
o (velho) tradicional, mas uma questão humanismo, pois, ao executar um ato
democrático, queremos fazer “aceder a todos nesta tradição que antes era
privilégio de poucos” (BRAGA, 2001, p.47).
Convém neste momento enfatizar sobre o método que utilizamos neste
estudo, pois ele parte da realidade concreta, ou seja, da “coisa em si”, neste
caso a internet utilizada na educação.
30
A dialética não atinge o pensamento de fora para dentro, nem de
imediato, nem tampouco se constitui uma decomposição do todo. (KOSIK,
1976, p.14). Assim, o conhecimento da realidade concreta não é a
contemplação do mundo que nos cerca por exemplo do uso da internet, mas,
da práxis humana em relação à internet. E o homem só conhece a realidade na
medida em que ele cria esta realidade e se comporta como um ser prático
diante dela.
Neste sentido, evidenciamos a realidade da prática do professor diante
da internet na qual nos debruçamos para investigar, de que modo ela interfere
no trabalho docente trazendo benefícios ou malefícios? Naturalmente que ao
realizarmos a pesquisa de campo com os profissionais do Ensino Médio,
constatamos esta realidade usando como instrumento um questionário no
intuito de conhecer um pouco sobre sua prática docente elencada mais
adiante.
Percebemos que os professores pesquisados atuam em diferentes
disciplinas, tem diferentes formações acadêmicas, idades diferentes e tempo
de serviço no magistério que diferem entre 02 a 16 anos.
Observamos no estudo que fizemos que a internet apresenta alguns
malefícios: quando os alunos são levados ao laboratório de informática e
grande parte deles tenta entrar em “sites não confiáveis”; “que há muita
dispersão” ao se fazer uso desta ferramenta como auxiliar no ensino; que há
muito “comodismo” nas pesquisas realizadas mediante cópias diretas dos
sites, sem leituras prévias e sem aprofundamento do tema.
Os professores alegam também que “os laboratórios das escolas
precisam de mais atenção e manutenção constante”, informam que “Não
tem uma pessoa específica para isto, geralmente é um auxiliar administrativo
que desempenha esta função. A “falta de alguém capacitado para auxiliar no
laboratório de informática”. Informamos que quanto a este questionamento
todos sabem que não é intenção do governo9 contratar uma pessoa para esta
9 De acordo com a proposta do PROINFO o objetivo é promover o uso pedagógico da informática na rede pública de
educação básica. O programa leva às escolas computadores, recursos digitais e conteúdos educacionais. Em contrapartida, estados, Distrito Federal e municípios devem garantir a estrutura adequada para receber os laboratórios e capacitar os educadores para uso das máquinas e tecnologias. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=244&Itemid=462
31
função específica, pois, cabe ao professor interagir com seus alunos no
laboratório com objetivo pré-determinado. Parafraseando Moran, sobre passar
sua função a um técnico, “o professor não deve usar o computador como
máquina de operar tecnicamente, conteúdos isolados e fragmentados, mas,
como instrumento pedagógico de construção “de conhecimentos,
interdependentes, interligados, intersensorial “(MORAN, 2000, p. 18).
Acerca destas reflexões e da importância do professor construir junto
com seus alunos o conhecimento, Feenberg (2010) nos explica:
As potencialidades gráficas dos computadores são melhores se comparadas a quadros-negros e às salas de aula: são suplementos para melhor ensinar (...). Nenhum profissional de computador precisa ser envolvido; como na sala de aula convencional, muito do interesse se encontrará na interação entre os próprios estudantes e entre estes e os professores. (FEENBERG, 2010, p.63).
Desta forma evidenciamos que é difícil substituir um professor bem
preparado, quer seja por um profissional técnico, menos ainda por um
acessório tecnológico.
Os entrevistados ainda indicaram que: “se não houver participação de
todos os educadores, gestores, pedagogos, será mais uma tecnologia inútil
que reforçará as formas tradicionais de ensino e por conseqüência as
desigualdades sociais”.
Neste aspecto encontramos um caso que merece atenção no que diz
respeito às desigualdades sociais acentuadas com o uso das tecnologias.
A professora x: relata que uma semana antes da aplicação dos
questionários no colégio pediu para uma de suas alunas fazer uma pesquisa
na internet e a aluna respondeu “que não tinha computador em casa” a
professora disse então faça em livros, e em revistas então, a aluna respondeu:
“não temos nada em casa para estudo”.
Neste sentido precisa-se muita cautela no uso das tecnologias para que
elas sejam usadas como auxiliares, não como principal fonte de pesquisa e de
aprendizado.
A internet aplicada a educação oferece facilidades potencializa o
desempenho pela rapidez ao ter acesso á vários sites, deixa as aulas mais
32
atrativas pela explanação visual, obtendo uma maior chance de compreensão,
despertando um maior interesse dos educandos pelos conteúdos.
O uso da internet na educação tem se tornado uma realidade concreta,
muitos dos que não têm condições financeiras, passam a fazer uso nas escolas
haja visto que a maioria delas já se encontram equipadas e em funcionamento
democratizando assim seu acesso a todas as pessoas das várias classes
sociais.
No entanto, o que as modernas tecnologias de ponta aplicadas à
educação trazem de novo a formação do ato de pensar? O modismo, a
submissão essa persuasão que ela exerce sobre as pessoas até onde vai?
Feenberg, (2009) aponta que a internet está inundada de comércio, fruto
do capitalismo no qual estamos inseridos e que está presente no globo inteiro
numa teia de conexões com conseqüências contraditórias. (2010. p.116).
Obviamente, ao trabalhar com os recursos tecnológicos, deve-se
questionar o que, para que e por que da tecnologia e o mais importante ainda,
analisar a sociedade de produção capitalista que insufla e eleva as
desigualdades entre as classes. Braga (2009 p. 48) assinala que “é preciso
lembrar que se inserem no processo educacional milhões de pessoas que
antigamente não participavam do mesmo” valorizando este fato, pois, agora
muitos têm a oportunidade de estudar. Porém, este acesso generalizado e a
facilidade não asseguram a obtenção dos mesmos resultados, às vezes,
reforça ainda mais a seleção e as desigualdades sociais.
O grande fetiche de divinizar a internet talvez seja fruto de um sistema
capitalista de empobrecimento cultural que desvia os educadores e a
sociedade dos verdadeiros problemas que os atingem. “Quais as reais
necessidades que esta sociedade apresenta que podem ser supridos pela
internet?” (ALMEIDA, 1988, p.36). Talvez a maior necessidade que
percebemos é a de encurtar distâncias entre o que produz e o que executa,
entre o real e o ideal.
A partir destas constatações propomos uma proposta pedagógica que se
questione as práticas tradicionais, uma prática onde se favoreça uma
aprendizagem real na quais professores e alunos sejam os principais
personagens de seu conhecimento onde usando a criatividade e o raciocínio
33
tenham atitudes ativas para agir de forma crítica, sendo capazes de intervir na
realidade que os cerca modificando-a.
III. UNIDADE
POTENCIALIDADES E FRAGILIDADES NO USO DA INTERNET.
3.1- POTENCIALIDADES:
A inserção das tecnologias na educação principalmente a internet
trouxeram uma nova frente de possibilidade nas aprendizagens interativas,
oportunidades de construções, de ensaios de escritas - onde de aluno passivo
agora espera-se que seja ativo, interagindo com as novas ferramentas
passando a atuar como co-autor, responsável pelo conteúdo que publica,
interagindo nas redes sociais e nas páginas de construção conjunta,
necessitando para isso obter novas competências e novas leituras.
De acordo com Moran (2006, p.11-65) estas novas competências que o
internauta deve ter englobam a flexibilidade mental, intuição e facilidade de
adaptação.
A internet é uma tecnologia que facilita a motivação dos alunos, pela novidade e pelas possibilidades inesgotáveis de pesquisa que oferece. Na internet desenvolvemos novas formas de comunicação principalmente a escrita (formas mais aberta, conectada, hipertextual,
10 multilinguistica,
11 aproximando texto de imagem).
A internet nos ajuda a desenvolver a intuição (descobertas que fazemos por acertos e erros, por “conexões escondidas” nos hipertextos, ocultos, mas que linkando abrem-se.
10
Hipertexto designa uma coleção de documentos com links, ou hiperlinks, que auxiliam o leitor a ir de um texto (texto escrito ou imagem) a outro, em um movimento auto-gerenciado. O hipertexto se caracteriza pela não-linearidade, pela liberdade do percurso que o leitor pode construir. 11
Em informática, são processos de desenvolvimento e/ou adaptação de um produto, em geral softwares de computadores, para uma língua e cultura de um país.
34
A flexibilidade mental por que as maiores partes das seqüências são imprevisíveis, abertas. A mesma pessoa pode ter dificuldades de fazer a mesma navegação por duas vezes. Adaptação a ritmos diferentes, para pesquisas individuais ou em grupos, aprendizagem colaborativa.
12
Percebemos os ganhos que a internet proporciona ao se fazer uso
pedagógico, pois, novas descobertas serão sempre possíveis por meio dos
diversos links disponíveis, a linguagem não linear dos hipertextos favorece a
intuição e a vontade de ir além às páginas, fazendo desta forma vão clicando e
explorando conteúdos de forma criativa e livre de maneira autônoma.
Os jovens tem facilidade com as novas tecnologias, convém ressaltar a
pesquisa realizada pela geração interativa na Ibero- América: crianças e jovens
diante das telas13, lançada pela fundação telefônica em março de 2009 que
apontou o Brasil como o país em que os jovens buscam caminhos próprios de
comunicação, com destaque ao uso da Internet, através da criação de Blogs e
Webs. Os estudos foram realizados no Brasil, Argentina, Chile, Colômbia,
México, Peru e Venezuela. Na pesquisa fica explicita a ausência de
preocupação da escola com a cultura digital, pois, 50% dos estudantes
brasileiros dizem que nenhum professor utiliza a internet para explicar a
matéria ou estimular o uso da rede.
Em outra pesquisa realizada pelo projeto “acesa escola” 14 como parte
do Programa de inclusão digital de São Paulo, constatou-se que 93% dos
jovens paulistas já tinham publicado vídeo, fotos, ou áudio na internet, sendo
que 48% fizeram através do youtube.
Percebemos por esta pesquisa que os jovens gostam de interagir com
outros jovens, buscar novas ferramentas, novas possibilidades de interação e
comunicação, buscando muitas vezes um aprendizado autônomo. Haja visto
que os educadores se mantém neutros e distantes na maioria das vezes das
redes sociais e destes recursos aplicados de forma pedagógica na
educação,mas é importante que os educadores atentem para novas formas de
ensinar e aprender.
12
Resumido pela autora do texto do projeto de intervenção pedagógica. 13
Cf. em: detalhes do trabalho em <http://www.redecep.org.br/midia_educacao.php>
14
Cf.: fonte em <http://www.redecep.org.br/midia_educacao.php>
35
A esse respeito o autor Moran (2006, p.48) afirma que “alguns dos
endereços mais interessantes ou visitados no Brasil são feitos por
adolescentes e jovens”. Nesta conjuntura o professor não é o detentor do
conhecimento ele é o orientador, ou seja, o mediador, ele que deve interagir
sociabilizando o conhecimento adquirido no decorrer do tempo pela sociedade
de forma compartilhada, dinâmica, motivadora.
Sobre esta questão, José Luiz Braga (2009) afirma que:
É preciso lembrar que ainda não dominamos conceitualmente nem praticamente todas as complexas questões que envolvem o funcionamento de uma sociedade midiatizada. Além disso, estas questões atravessam uma multiplicidade de áreas de conhecimento (da sociologia, da economia, da história, do estudo das línguas da arte e da psicologia) (...) e este terreno é desafiante para a escola e para o campo educacional. (BRAGA, 2009, p.60-61)
Desta forma, os meios modernos de aprender passam a exigir da escola
e dos professores novos tratamentos e posturas devido à concorrência e
atração dos processos midiáticos de: (imagem, som, espetáculo, sedução,(...)
narratividade, e atualização informativa exacerbada” (Braga,2009,p.60).
Contudo a escola ainda continua com os processos habituais de (reflexão e
argumentação) da forma tradicional. Talvez ainda não estejamos preparados
para assumir este papel, frisamos que as tecnologias são apenas ferramentas,
que devem servir de base para a criação do conhecimento, como meios não
como fim.
A pesquisa realizada com professores do colégio nos mostra algumas
potencialidades que o uso da internet traz a prática docente: “aulas mais
interativas”, “aulas mais dinâmicas e motivadas”, ”favorece uma melhor
compreensão dos conteúdos”, ”oportuniza ensinar conteúdos com enfoque
diferenciado”, “facilidade ao ter acesso a vários sites”, “repassar informações
atuais”, ”rapidez”, ”permite acesso aos que não tem condições financeiras”,
“proporciona maior interesse pelos conteúdos”.
Além disso, professores citam que podem participar de uma pesquisa
em tempo real, de um projeto, de uma investigação sobre um problema da
atualidade, do bairro, da cidade, etc. Mas, com tanta facilidade de informação o
36
autor Moran nos adverte para que o aluno “não seja apenas um tarefeiro”, mas
o pesquisador, responsável pela qualidade e pelo tratamento dado as
informações coletadas. (MORAN, 2000.p.48).
Portanto, cabe ao professor aprofundar o estudo destas práticas
pedagógicas construtivas com o uso das tecnologias em suas aulas tornando-
as cada vez mais presentes na sua metodologia.
3.2- FRAGILIDADES:
A internet também possui seu lado frágil, instável - alguns destes
aspectos são revelados quando os professores apontam que os alunos fazem:
“visitas a sites não confiáveis”, há muita dispersão dos alunos”, que seus
“alunos não sabem peneirar as informações”,”comodismo mediante cópias
diretas”, que a internet “não pode ser o foco principal do ensino, deve se ter um
objetivo e uma coerência”, “perda da atenção em muitos sites parecidos”, “a
propaganda e os links dispersam a atenção”.
Enfatizaram sentir indução por parte da mídia quando ao acessar um
link, os endereços eletrônicos que aparecem por primeiro indicam serem os
mais acessados e que isto os induz a abrir estes links por primeiro. Contudo,
citaram que o professor é que deve orientar os alunos a comparar as
informações obtidas nos vários endereços eletrônicos, para que filtrem as
informações que recebem, utilizando as mais coerentes e verdadeiras. Diante
de tantas possibilidades de busca, a própria navegação torna-se mais sedutora
do que o necessário.
Percebemos no trabalho de interpretação de que “os alunos tendem a
dispersarem-se diante de tantas conexões e de endereços dentro de outros
endereços, de imagens e textos que sucedem ininterruptamente” (MORAN,
2000) é um emaranhado de informações que no início deixam os alunos um
tanto quanto “perdidos”, o foco principal da busca é desviado.
A professora “y” pondera que: “O professor deve ensinar seus alunos a
aprenderem primeiro a peneirar as informações, ou seja, a capacidade de “filtro
37
e seleção” de que o autor Moran aponta com muita propriedade. (MORAN,
2000). Cabe mais aqui uma interferência nos cursos de capacitação para que o
professor possa saber todas estas competências antes de propor o uso da
internet aos seus alunos.
A respeito da importância do professor frente à aprendizagem
midiática Feenberg (2010) nos explica:
Sabemos que é difícil substituir um professor, acaso um vídeo, ao vivo, com seu instrumental complicado e intimidador, atrai estudantes. Isto pode mudar, na medida em que o acesso à internet pela banda larga se tornar lugar comum. As potencialidades gráficas dos computadores são melhores se comparadas a quadros-negros e às salas de aula: são suplementos para melhor ensinar. Tais considerações orientam o design dos cursos on-line animados, ao vivo, por um professor. (FEENBERG, 2010 p.63).
Os materiais didáticos digitais, softwares não substituirão o professor, de
forma nenhuma, mas suplementarão seus esforços, assim como os livros-
textos o fazem atualmente.
Para Levy (1993, p.20) a abordagem da cognição no uso das mídias é
entender a própria inteligência no devir do sujeito, da razão e da cultura. Ainda
este autor cita que “a ecologia cognitiva15 vem do ato de conhecer como os
seres humanos aprendem”, ele confronta as diversas formas culturais e o uso
dominante das tecnologias intelectuais.
Portanto, a cultura midiática é portadora de um conhecimento por
simulação em tempo real, jamais inventariado antes da chegada dos
computadores.
Para o autor Pierre Levy (1993) o conhecimento por simulação:
É um dos novos gêneros de saber que a internet nos possibilita. O surgimento das planilhas colocou instrumentos de simulação contábil e orçamentária nos escritórios. Há programas que permitem testar a resistência de uma peça mecânica aos choques apenas fornecendo dados sobre a peça. Assim, os cientistas recorrem cada vez mais a simulações digitais para estudar fenômenos inacessíveis à experiência como o nascimento do universo, a evolução dos seres biológica ou demográfica. Além do benefício cognitivo o que interessa aos estudiosos é o ganho de tempo e de custo que a simulação proporciona, dando uma espécie de intuição sobre as relações de
15
É o estudo filosófico de como os seres aprendem com o meio , sobre o ato de conhecer ou adquirir um conhecimento.
38
causa e efeito. Há uma enormidade de simulações interativas sendo aberta pela programação, além das experiências pedagógicas que podem ser aproveitadas, a capacidade de simular o ambiente e suas reações certamente desempenha um papel fundamental para todos os organismos capazes de aprender. ( LEVY, 1993, p.123)
A professora Jacquinot Delaunay (2006) nos faz refletir sobre os
recursos audiovisuais no ensino esperando-se que os mesmos contribuam
para uma melhor aprendizagem reduzindo as dificuldades dos educandos
democratizando assim o ensino. Entendendo que “os problemas culturais pelos
quais a escola e a sociedade vivem não serão resolvidos com a utilização de
novas tecnologias, mas poderão ser minimizados. (JACQUINOT, 2006, p.27)
No entanto é importante ter em atenção que a utilização desta ou
daquela tecnologia para o ensino deveria fazer-se de acordo com o contexto
cultural dos utilizadores, pois escolher uma pedagogia é situar-se na sociedade
e na cultura e envolver-se com os problemas pedagógicos que são num
determinado nível de análise problemas políticos. (JACQUINOT, 2006 apud
RIBEIRO, 2008, p.2.).
IV. UNIDADE
A PRÁTICA DOCENTE.
No trabalho dos docentes frente à internet observou-se que é comum
pesquisar nos Blogs, realizar pesquisas com auxilio da internet, porém nenhum
deles citou que constrói páginas blogs ou outro material telemático.
Enfatizamos que uma mídia não substitui a outra, mas elas se
completam e potencializam a prática docente.
Nunca é demais reforçar que ser letrado no século XXI, não se limita, a
saber, ler e escrever, como ocorrera no passado. Esse conceito integra
também a Web e os seus recursos e ferramentas que proporcionam não só o
acesso á informação, mas também a facilidade de publicação e de
compartilhamento online.
39
Contudo, os recursos tecnológicos não devem substituir o papel do
professor, ele deve sempre ser o elo entre o aluno e o professor, servindo
como uma ferramenta de estímulo ao ensino.
A Web tem se tornado cada vez mais a fonte de conteúdo para ensinar e
aprender. Escrever não se limita ao texto, integrar vários formatos tem se
tornado cada vez mais fácil. Por exemplo, em um Blog pode integrar uma
hiperligação para um sítio na Web, disponibilizar uma imagem ou inserir um
vídeo do you tube.
Enfatizamos que qualquer conteúdo a ser criado utilizando as
ferramentas parte da “realidade concreta” e da problematização da realidade
vivida por cada escola, não se trata de uma reprodução de conteúdos de uma
escola para a outra, pois cada realidade é única. Os sujeitos criam a partir do
vivido, da contextualização da realidade. Nesse aspecto, buscamos uma
formação política pedagógica tanto dos professores como dos alunos, ao não
levar nada pronto, mas, construir com os alunos a partir da reflexão da
realidade. Tanto ferramentas como conteúdo a ser incorporado nas
ferramentas são uma “opção política pedagógica”.
A seguir vamos elencar algumas atividades a serem compartilhadas e
aprimoradas nas oficinas que ocorrerão no ano de 2014 visando o
enriquecimento da prática pedagógica, buscando facilitar o acesso a várias
ferramentas com potencialidades diversas como: texto, imagem, vídeo, som,
bem como a construção se sítios na web.
V – UNIDADE
ALGUMAS FERRAMENTAS DA INTERNET
É importante conhecermos algumas das ferramentas mais utilizadas na
internet, cujas ferramentas podem facilitar a prática dos professores no seu uso
no contexto educativo. São eles:
40
Blogue e Del.icio.us, no artigo elaborado por Sonia Cruz, aborda o
aparecimento do blogue e sua pertinência no contexto educativo, mostrando
como se cria e se disponibiliza um blogue com uma hiperligação. O delicious
ensina a organizar seus favoritos sempre acessíveis.
Wiki , artigo elaborado por Hugo Martins, começa por mostrar algumas
considerações em torno da Web 2.0 no ensino. Apresenta as características do
Wiki e a forma como se pode criar um espaço Wiki.
Vamos iniciar os estudos, aproveitando o manual de ferramentas da
Web 2.0, elaborado por professores especialmente para professores uma vez
que escrever na Web tem se tornado uma rica fonte para o ensinar e o
aprender no século XXI.
5.1 - Blogue
Criado em finais da década de 1990 por Jorn Barger (Barbosa e
Granado, 2004), o Weblog, em português blogue, refere-se a um diário da Web
com apontadores para outros sites, com organização do „‟post „‟mais recente
para o mais antigo, freqüentemente atualizado com opiniões, emoções, fatos,
imagens, etc. Tem um índice de entrada e pode conter indicadores para outros
sites.
Os Blogues podem ser pessoais e/ou coletivos e estarem abertos a
todos ou a uma comunidade fechada, a qual discute alguns temas específicos
de interesse para esse grupo.
Também podemos encontrar os Blogues em vários formatos como
fotoblog, videoblog, ou moblog (para tecnologias moveis como o PDA).
Para Barbosa e Granado (2004), „‟ Se há alguma área onde os weblogs
podem ser utilizados como ferramenta de comunicação e de troca de
experiências com excelentes resultados, essa área é sem duvida, a da
educação. „‟
Vamos criar um blog utilizando o Blogger (www.blogger.com) basta
efetuar três passos para consegui-lo. Num primeiro passo „‟ crie a conta „‟,
dando um nome de utilizador (username), uma palavra-passe (password) e
endereço de correio eletrônico (e-mail). Depois „‟ escolha um nome para o
41
blogue‟‟ (pode ser alterado a qualquer momento, após a sua criação) e um
endereço para o Blogue.
Esta tarefa pode demorar um pouco dado que o nome escolhido não
pode coincidir com o de outro utilizador. Além disso, este endereço não pode
ter espaços nem acentos e deve ser de fácil memorização. Por fim, „‟ escolha o
modelo „‟ Publicando a primeira mensagem, o blogue esta pronto para ser visto
na Web e comentado por outros utilizadores.
Após a escrita da mensagem, você poderá formatar o texto (tamanho,
tipo de letra, cor, alinhamento), inserir hiperligações para outro site, ou inserir
imagens e vídeos.
Vamos aprender a inserir imagens ou vídeo no blogue este também é
um processo simples e intuitivo. Clique no ícone da barra de tarefas e veremos
aparecer uma janela.
42
As imagens que você irá inserir podem ser de sítios da Web, basta
indicar o endereço URL da imagem, ou do desktop, ou do ficheiro. Depois
basta pedir para „‟carregar foto „‟. No caso do vídeo, o blogger permite apenas
carregar a partir do desktop. No entanto, se pretender postar um vídeo de outro
servidor no seu blogue, basta copiar o código de incorporação desse vídeo
(visível no site onde está alojado) e, no separador Editar HTML, colar esse
mesmo código. Exemplos:
Também é possível anexar um documento no Blogue. Um professor de
Língua Portuguesa poderá criar um blogue de apoio à leitura anexando uma
obra integral, pode pedir aos alunos que leiam um capitulo e apresentem uma
síntese na forma escrita ou oral. Um professor de Ciências ou Biologia pode
usar o blogue como meio de debate em que os alunos diante de uma questão
problema desenvolvem a sua capacidade crítica; um professor de Física ou
Química pode publicar animações online de experiências laboratoriais; um
43
professor de matemática pode exemplificar os exercícios e lançar questões
para serem respondidas pelos alunos.
5.2- Del.icio.us
Desenvolvido por Joshua Schachter no final de 2003, o del.icio.us é um
serviço on-line que permite ao utilizador adicionar e pesquisar bookmarks
(marcas nos favoritos) sobre qualquer assunto. Foi projetado para permitir
armazenar e compartilhar bookmarks na Web, em vez de fazer no seu
navegador, é uma ferramenta para arquivar e catalogar os sites preferidos do
utilizador. É, por isso, um site de social bookmarking. O utilizador pode partilhar
os seus bookmarks e visualizar os favoritos (públicos) de outros membros da
comunidade. No del-icio-us, o conteúdo é, também, organizado por tags (cf.fig)
5.2.1 - O del.icio.us na aula, para quê?
Para Cruz et al. (2007) “na sociedade em que vivemos é cada vez mais
importante o trabalho em equipe a colocação do saber individual ao dispor do
grupo,visto que a evolução dos saberes implica a constante atualização e
capacidade de aprendizagem, a interação social e interpessoal deve ser
privilegiada” (p.893).
O del.icio.us pode, em sala de aula, fomentar a colaboração entre
amigos e outros colegas ao recolher e organizar bookmarks que são relevantes
para todo o grupo. Por exemplo, um professor de Inglês pode criar uma conta
para a sua turma em que, após a negociação com os alunos, se define tags
sobre um assunto, por exemplo, cultura inglesa. A partir daí, os alunos poderão
visitar esses favoritos e aprender com eles, preparando, por exemplo, uma
apresentação para a turma.
44
Usar estas ferramentas ou outras como o Wiki, podcast nas aulas, visa o
desenvolvimento de competências inerentes à disciplina e na preparação de
cidadãos conscientes de uma sociedade plural e em permanente expansão.
Os trabalhos veiculados ficam disponíveis para análise dos colegas e
dos próprios professores, possibilitando assim que os trabalhos realizados
pelos seus educandos possam ser acompanhados.
De acordo com Moran (1995):
“É importante educar para a autonomia, para que cada um encontre o seu próprio ritmo de aprendizagem e, ao mesmo tempo, é importante educar para a cooperação, para aprender em grupo, para intercambiar idéias, participar de projetos, realizar pesquisas em conjunto”.( MORAN, 1995, p. 13).
5.3- Wiki.16
O Wiki é um software colaborativo que permite a edição colaborativa de
documentos. Os Wikis permitem divulgar conteúdos na Web de forma muito
fácil. Uma de suas características é a facilidade com que as páginas são
criadas e alteradas, a possibilidade de construir colaborativamente conteúdos e
dispor na Web.
5.3.1- A história da plataforma Wiki.
O Wiki foi inventado em 1995 por Ward Cunningham que teve a idéia de
criar uma página Web que generalizasse a edição aberta e colaborativa. O
primeiro software que elaborou deu início ao que se viria a chamar de Wiki Wiki
Webe. Atualmente, tem mais de uma centena de aplicações, disponíveis na
quase totalidade das linguagens de programação e para todas as plataformas.
Vários espaços Wikis estão disponíveis gratuitamente na Internet
(Moura, 2006). O termo wiki popularizou-se após o surgimento da Wikipédia
(editada em cerca de trinta línguas diferentes) cresce a cada dia que passa
com as contribuições dos voluntários das mais diversas áreas. Chamado “wiki”
por consenso, a Wikipédia é um Website colaborativo que permite a edição
16
Cf. Manual de ferramentas da web 2.0 para professores artigo elaborado por Hugo Martins.
45
coletiva de documentos usando um sistema que não necessita que o conteúdo
tenha que ser revisto antes da sua publicação.
Um Wiki é um Website para o trabalho coletivo de um grupo de autores.
A sua estrutura lógica é muito semelhante à de um Blogue, mas com a
funcionalidade acrescida que qualquer visitante poder clicar para modificar,
agregar ou suprimir o conteúdo da página, ainda que este tenha sido criado por
outros autores (Coutinho & Júnior, 2007). Assim, é possível corrigir erros,
complementar ideia e inserir novas informações – o conteúdo de um artigo
atualiza-se graças à coletividade. As páginas wikis estão aparecendo como um
espaço à parte na Internet e estão ganhando cada vez mais importância para
os internautas, por meio das idéias de partilha e da liberdade de expressão.
O Wiki é, pois um conjunto de páginas sem estrutura hierárquica a priori
ligada entre si; permite ao utilizador disponibilizar conteúdos online com grande
facilidade e rapidez. Para isso, bastam três etapas:
1) editar a página,
2) modificar e
3) gravar.
As páginas podem ser editadas e redigidas sempre que se fizer
necessário de forma colaborativa pelos elementos do grupo que as utiliza.
5.3.2 - Utilidade do Wiki.
As possibilidades que um Wiki permite são inúmeras e as suas
aplicações podem percorrer todas as áreas da sociedade.
Um utilizador pode construir uma comunidade à volta de um interesse
comum, partilhar as suas histórias e passa tempos, criar uma galeria de fotos
para os amigos e família, armazenar documentos e ficheiros para que fiquem
acessíveis a todos, gerir um projeto em equipe, um trabalho acadêmico, etc.
(Moura, 2006).
Sabemos que “a rapidez das inovações tecnológicas nem sempre
correspondem á capacitação dos professores para a sua utilização, o que
muitas vezes resulta na utilização inadequada ou na falta de uso dos recursos
tecnológicos disponíveis” (Cruz & Carvalho, 2007, p.241). No entanto cabe ao
professor ser receptivo e capacitar-se para aprender a atualizar-se.
46
5.3.3- Wiki na Educação.
Alguns professores começaram já a integrar as novas tecnologias de
informações e de comunicação na sua vida pessoal e profissional, começando
ativamente a usá-las na preparação de suas aulas ou no seu acompanhamento
(Moura,2006; Coutinho & Júnior, 2007). A simplicidade e a facilidade de
utilização dos Wikis fazem deles uma ferramenta desejável aos olhos dos
professores porque os Wikis estão orientados para o trabalho colaborativo, o
que estimula a reflexão, a negociação entre alunos, etc.
Santamaria e Abraira (2006) consideram como potencialidades
educativas dos Wikis a interação e colaboração dinâmica com os alunos; a
possibilidade de troca de idéias, criar aplicações, propor linhas de trabalho para
determinados objetivos; recriar ou fazer glossários, dicionários, livros de texto,
manuais, repositórios de aula.Desta forma podendo ver todo o histórico de
modificações, permitindo ao professor avaliar a evolução e gerar estruturas de
conhecimento partilhado e colaborativo que potencializa a criação de
comunidades de aprendizagem.Em suma, os alunos têm a oportunidade de
aprender com os colegas e consultar o material por eles produzidos. Para,
além disso, quando os alunos sabem que irão disponibilizar informação online,
fazem-no, por vezes, com maior satisfação e empenho, porque outros
utilizadores podem ver o que eles realizaram e opinar sobre a informação
editada. Desta maneira, passam a produtores na Web (Eça,1998), contribuindo
para a massa oceânica a que se refere Lévy (2001).
5.3.4- A criação de um Wiki.
Há várias maneiras de criar uma página Wiki. Uma delas, de uma forma
fácil, é através do PBwiki (http://pbwiki.com). Basta preencher os dados em
“Sign up”(cf. Figura 5) para recebermos, por e-mail, os dados que confirmam a
criação da conta. Aí, define-se o nome do wiki a criar. Em seguida, é pedido
que se leia e se concorde com as condições do serviço, o utilizador pode optar
por manter o seu Wiki público ou privado (cf. Figura 6). Ao prosseguir o
utilizador pode escolher entre o serviço gratuito ou escolher uma conta.
47
Figura 5 – Registo no PBwiki Figura 6 – Definição do Wiki (público ou privado) Para iniciar uma página Wiki nesta ferramenta, assim que entrar com os
seus dados pessoais, o utilizador visualiza a página (cf. Figura 7) a partir da
qual pode realizar todas as ações, principalmente para escolher entre os
separadores “view”e “edit” caso se pretenda “ver” o que realizou ou “editar” a
página para acrescentar ou retirar uma
informação.
figura 7.
Ao editar a página, o utilizador tem acesso à barra de ferramentas que
lhe permite modificar a página criada. Semelhante à do Microsoft Word (cf.
Figura 8),destacamos apenas a possibilidade que o utilizador tem de inserir
plugins (vídeosdo YouTube, fotos do Bubbleshare, etc
48
Figura 8. No menu do lado direito da página de edição, pode, o utilizador, inserir
uma nova página ou inserir imagens (do ficheiro ou da Web) e ficheiros em pdf,
por exemplo. Depois, basta arrastá-los para a área de edição (cf. Figura 9) à
inserção de imagens, este serviço é realizado no tamanho original, podendo o
utilizador redimensionar como pretender (cf. Figura 10), uma vez que pode
adicionar às propriedades da imagem, clicando no botão direito do mouse. Aí,
além de redimensionar, pode criar um texto alternativo e proceder ao
alinhamento da mesma.
Assim que concluir, o utilizador deve guardar o documento indicando
previamente algumas palavras-chave (tags) relacionadas com a temática do
Wiki.
FIG. 09-Inserir imagens ou ficheiros Figura 10 – Propriedades da imagem A partir das ações a que o utilizador faz através do menu do lado direito
(visível no separador “view”), pode se criar novas páginas (create a page),
fazer o uploadde ficheiros de diferentes extensões (Upload/View files), fazer o
Upgrade (comprar novos serviços do PBwiki), ver a página inicial (FrontPage),
ver todas as páginas (view all pages), visualizar às configurações da conta
(settings).
49
Nas configurações de conta pode alterar, por exemplo, o modelo do Wiki
e, ainda, obter ajuda (help). Também, a partir deste menu, você pode fazer
uma pesquisa interna e organizar páginas do Wiki em pastas como
observamos na Figura 11.
Figura 12 – Convites para colaboração
Figura 11 – Menu de possibilidades de edição. Para convidar outras pessoas para a colaboração no PBwiki, basta
indicar o e-mail do contato do futuro colaborador adicionando-o “Add”
(cf.Figura 12). Assim que se solicita a colaboração podemos ter acesso às
configurações deste utilizador no sentido de definir o nível de colaboração dos
convidados que pode alternar de simples leitor a colaborador. O administrador,
sempre que algum dos seus colaboradores edita uma página, você recebe por
e-mail essa indicação.
50
VI- UNIDADE
USO DAS FERRAMENTAS: UMA ABORDAGEM CRÍTICA.
Novos espaços de construção do conhecimento emergiram com as
novas tecnologias da informação e da comunicação. A escola deixou de ter o
papel de único transmissor de conhecimento. Agora as exigências pessoais de
conhecimento extravasam os muros da escola, da cidade e do País. “Por esta
razão a escola deve alterar sua concepção tradicional e deve começar por
estabelecer pontes com outros universos de informação e abrir-se a outras
situações de aprendizagem” (Cruz & Carvalho, 2005, p.201).
No entanto, estas novas situações de aprendizagem somente
acontecerão na prática se estivermos professores que trabalhem de maneira
democrática, progressista, colaborativa , questionadora, de forma que
possibilite aos educandos liberdade e espaço para criar. Esta mudança deve
ocorrer de dentro para fora e não ao inverso, por meio de uma postura ética
que se indague a favor de quem, ou de que estou ensinando?
Paulo Freire (2000) enfatiza “se a mudança faz parte da
experiência cultural, cabe a nós tentar entendê-la nas razões de ser.” Não
significa que devemos aceitá-la ou negá-la, mas em compreendê-la,
reconhecendo que ela é resultado da presença medianeira do ser humano no
mundo.
O projeto de sociedade por que lutamos não é privilégio das elites dominantes, (...) uma das principais tarefas da pedagogia libertadora é trabalhar a legitimidade do sonho ético-político de superação da realidade injusta. (...) é defender uma prática docente em que o ensino rigoroso dos conteúdos jamais se faça de forma fria, mecânica e mentirosamente neutra. ( FREIRE, 2000, p.22).
É neste sentido que a “pedagogia radical jamais pode concordar com o
“pragmatismo” neoliberal que reduz a prática educativa em treinamento
técnico-científico dos educandos “(Freire, 2000) . Assim sendo, o educador
51
deve ensinar o educando a pensar criticamente sobre a realidade social,
política e histórica em que se encontra. Neste contexto deverá “ trabalhar
contra a força ideológica fatalista e dominante, que imobiliza os oprimidos” e
acomoda-os à realidade injusta,que é necessária ao dominador. Ao se referir
ao capitalismo a autora Belloni, (2005) pondera:
O capitalismo com suas regras clássicas e científicas estabelecem em seu discurso tecnocrático uma ideologia que tenta legitimar uma falsa consciência do mundo. Essa ideologia dominante influencia comportamentos humanos acabando por legitimá-los. (BELLONI, 2005, p. 9)
Embora a ideologia dominante tente nos impor práticas arbitrárias, é
fundamental nos desvencilharmos e entendermos sobre a ambivalência dos
recursos tecnológicos, procurando realizar uma prática voltada a
democratização do saber.
Hoje sabemos que há muitos softwares voltados para a construção de
saberes eles estão disponíveis no portal do Governo do Paraná nas
plataformas do Sistema operacional LINUX também estão implantados nos
laboratórios digitais das escolas públicas do Paraná.
Lembrando que no início as primeiras experiências com o software livre
foram realizadas no Ensino Superior depois através da parceria com o MEC é
chegou até as Escolas públicas, temos muitos aplicativos: brOffice.org,
contém Writter- editor de texto, Impress – apresentação, Calc – planilha, Draw
–desenho, Math – fórmula, banco de dados e outros, além do GIMP – pode-se
trabalhar com refinamento de imagens, Jclic – oferece várias possibilidades
para criar jogos educativos e navegadores.
Porém, para que todas estas ferramentas e recursos tecnológicos
atinjam seu objetivo principal que é melhorar o aproveitamento escolar dos
alunos do Ensino Fundamental e Médio, é fundamental que os professores
utilizem metodologias adequadas que permitam realmente ao aluno construir o
seu conhecimento.
Além disso, vale lembrar que a escolha das ferramentas que vamos
utilizar para o ensino e aprendizagem indica sempre uma opção política que
52
está implicitamente ligada ao juízo de valor que fazemos de cada uma, e da
nossa postura como educador crítico e construtivista, “as tecnologias são
meras ferramentas para atender as nossas necessidades” (Feenberg, 2013).
Pensar no conhecimento elaborado de forma colaborativa implica saber
que:
Aprendizagem colaborativa é muito mais significativa quando os estudantes podem trabalhar com alunos de outras culturas, podendo entender e perceber novas e diferentes visões de mundo, ampliando, assim, seu conhecimento. Os estudantes trabalhando como colaboradores em projetos dentro ou fora das escolas podem medir coletar, avaliar, escrever, ler, publicar, simular, comparar, debater, examinar, investigar, organizar, dividir ou relatar os dados de forma cooperativa com outros estudantes. Porém, é importante lembrar que os professores devem trabalhar com metas comuns e que a colaboração em sala de aula é o primeiro passo em direção à cooperação global (BELLONI, p.15).
Ressaltamos que ao propor trabalhar com soluções inovadoras
devemos, segundo Moran (2003):
Acesso: indispensável garantir a todos os educadores, estudantes e
comunidade que tenham a possibilidade de utilizar os diferentes
recursos tecnológicos;
Domínio técnico: deve-se cuidar para que todos tenham a formação
necessária que é adquirida com a prática;
Domínio pedagógico e gerencial: é importante ter claro que tipo de
encaminhamentos para que os recursos possam também ser utilizados
por toda a comunidade de forma que a aprendizagem seja significativa e
que a apropriação de novos conhecimentos seja facilitada;
Soluções inovadoras: viabilizar a utilização de novas soluções pode
contribuir para que haja maior integração na gestão pedagógica e
administrativa.
É importante conhecermos algumas das ferramentas mais usadas na
internet que podem facilitar aos professores o seu uso no contexto educativo.17
17
Cf. em http://portaldoprofessor.mec.gov.br/index.html
53
VII- SUGESTÕES DE ATIVIDADES
Professor, vamos sugerir alguns sites para pesquisa e construção de
aulas de acordo com a realidade de sua disciplina:
LINGUA PORTUGUESA:
http://www.bibvirt.futuro.usp.br/sons/categorias_literarias/19_a_arte_de_entoar_versos
INGLÊS: http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/42/browse?type=title
Ou http://www.lem.seed.pr.gov.br/
MATEMÁTICA:
http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/155/browse?type=title
HISTÓRIA: http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/95/browse?type=title
GEOGRAFIA: http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/39/browse?type=title
BIOLOGIA: http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/35/browse?type=title
QUÍMICA: http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/170/browse?type=title
FÍSICA: http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/38/browse?type=title e
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/fisica/
FILOSOFIA: http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/37/browse?type=title
SOCIOLOGIA: http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/46/browse?type=title
ARTES: http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/34/browse?type=title
EDUCAÇÃO FÍSICA:
http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/508/browse?type=title
54
OUTRAS SUGESTÕES DE SITES :
http://educacao.uol.com.br/planos-de-aula/medio/
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/index.html
www.educopédia.com.br acesse os planos de aula no link:
http://canaldoensino.com.br/blog/educopedia-e-opcao-para-professores-pesquisarem-
conteudos-pedagogicos.
www.stopmotion.com.br. (é uma técnica para edição de imagens usando fotos no passo a
passo , criando movimento é muito usada pela Disney nos seus filmes de desenho animado.
Veja, uma caneta mágica que desenha cabelo e barba. É esse o efeito da técnica stop motion,
mas aqui usada com fotos em sentido inverso. (Para saber mais sobre a técnica, veja o vídeo
acessando o link abaixo) http://www.brainstorm9.com.br/40735/web-video/stop-motion-
caneta-desenha-cabelo-barba-bigode/
www.hagaque.com.br - para construção de Histórias em quadrinho. Dra. Heloísa Vieira da
Rocha. O HagáQuê 1.05 foi um software distribuído gratuitamente através do site
http://www.nied.unicamp.br/~hagaque ...
www.muvizu.com.br para criar animações em 3D.
http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/video/arquivoVideos.php?menu=177#b
arra_tit ( vídeos)
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1245
(sugestão de aulas em todas as disciplinas)
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=14
( trechos de filmes por disciplina)
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=754
( problemas em quadrinhos de algumas disciplinas)
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/video/arquivoVideos.php?menu=185#barr
a_t (recreio com histórias)
55
VIII – AVALIAÇÃO
A avaliação dos participantes das Oficinas será realizada por meio de
um questionário destinado aos professores do Ensino Médio, público alvo desta
intervenção com intuito de verificar até que ponto as sugestões de novas
ferramentas foram válidas e realmente auxiliaram a prática docente. Quais os
aspectos positivos e negativos, nesse sentido verificar ambivalência do uso da
Internet, suas potencialidades fragilidades.
ORIENTAÇÃO METODOLÓGICA
Este material deverá ser usado pelos professores do Ensino Médio,
visando contribuir com a idéia de desenvolvimento da inteligência coletiva
como nos pontuou Pierre Levy (1997, 2000) desta forma, realizando um
compartilhamento de conhecimentos coletivos permitindo que os cibernautas
alunos e professores melhorem sua interação construindo saberes em
conjunto.
A intenção é transformar as salas de aulas numa permanente
construção de conhecimento deixando a aprendizagem mais dinâmica,
motivada e interativa fazendo uso da internet e das inúmeras ferramentas
disponíveis hoje na Web, usando-as como subsídio metodológico para auxilio e
suporte para as aulas do Ensino Médio.
56
REFERENCIAS
ALMEIDA, FERNANDO JOSÉ DE: Educação e Informática: os
computadores na Escola. São Paulo, Cortez: autores associados, 1988.
BELLONI, MARIA LUIZA, O que é mídia - educação. Encontrado no
endereço: www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1170-2.pdf
BOSSUET, Gerard. O computador na escola. O sistema Logo. Porto Alegre.
Artes médicas, 1985.
BRAGA, JOSÉ LUIZ; CALAZANS, Regina: Comunicação & educação:
questões delicadas na interface. São Paulo, Hacker, 2001.
FEENBERG, A. A teoria crítica da tecnologia: racionalização democrática
do poder e tecnologia. Cf. em http://www.sfu.ca/~andrewf/coletanea.pdf.
Acessado em 01/06/13.
FREIRE, Paulo, Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática
educativa. São Paulo. Paz e Terra. 2011.
___________ educação como prática da liberdade. São Paulo. Paz e
Terra,1982.
_____________ pedagogia da indignação; cartas e outros escritos. São
Paulo, editora UNESP, 2000.
KAWAMURA, Lili. Novas tecnologias e educação. São Paulo. Ática, 1990.
KENSKI, VANI. Tecnologias e ensino presencial e a distancia. Campinas, Papirus, 2003. KOSIK, KAREL. Dialética do concreto. Tradução de Célia Neves e Alderico
Toríbio, 2ª edição. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1976.
LEVY, PIERRE: As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na
era da informática. Tradução de Carlos Irineu da Costa. - Rio de Janeiro,
Ed.34, 1993.
______________________Cyberculture. Paris: Odile Jacob,1997 (edição
brasileira: cibercultura. São Paulo: editora 34, 1990.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA – MEC: encontrado no link :
http://webeduc.mec.gov.br/midiaseducacao/material/informatica/inf_basico/inde
x.html
_______________Manual de ferramentas da web 2.0 para professores, org.
por Ana Amélia A.Carvalho, 2008,DGIDC.
57
MORAN, JOSÉ MANUEL. Novas tecnologias e Mediação pedagógica/
Marcos T. Massetto, Marilda aparecida Behrens- Campinas, SP. Papirus, 2000.
__________ A educação que desejamos: novos desafios e como chegar
lá.
Campinas: Papirus, 2007.
REVISTA NOVA ESCOLA: http://revistaescola.abril.com.br/gestao-
escolar/infografico-tenologia-educacao-ainda-vai-chegar-sala-
aula695201.shtml.
SCHAFF, Adam. A sociedade informática: as conseqüências sociais da
segunda revolução industrial –4 ed.- são Paulo; Universidade paulista, 1995.
SEVERINO, ANTONIO JOAQUIM. Metodologia do trabalho científico. São
Paulo. Ed. Cortez, 1996.
VALENTE, J. A. Computadores e conhecimento: repensando a educação.
2ª edição. Campinas: UNICAMP/NIED, 1993.
YOUSSEF, Antonio Nicolau (et.al). O jogo das invenções. A história do
computador. 3ª edição. São Paulo. Editora Scipione, 1988.
58
ANEXO 1
INSTRUMENTO DE PESQUISA
Prezado (a) Professor (a)
Este questionário irá colaborar com a escrita do caderno Pedagógico e o artigo final do
Programa de Educação - PDE, sobre o uso da internet na educação. Responda dando
justificativas quando lhe for solicitado.
1-Há quanto tempo você é professor (a). Marque com (x)
a)1 a 5 ( ) b)6 a 10 ( ) c) 11 a 15 ( ) d) 16 ou mais ( )
2- Qual sua disciplina:___________________________________________________
3-Você utiliza a internet em suas aulas? Quais sites você usa e recomenda?
4-Você considera que há uma melhor apreensão dos conteúdos com a utilização da
internet nas aulas? Justifique sua
resposta.________________________________________________________
______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
5-Quais as precauções que você toma para evitar passar informações de sites
desatualizadas a seus
alunos?_______________________________________________________________
______________________________________________________________________
__________________________________________________________________
6-Você costuma propor tarefas que estimulem o uso da internet ou outros recursos
(chats, blogs, sites, páginas de pesquisas, twiter) Quais? Com que finalidade?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
_________________________________________________________________
59
7-Qual curso você realizou até o momento para utilizar a internet na educação?
( ) formação presencial em serviço:
( ) formação na plataforma de Educação à distância/ GTR.
( ) formação em curso específico: Qual? _____________________
( ) nunca fez curso de informática.
8- Quais dos recursos você utiliza em suas aulas?Coloque números de 1 a 7 de acordo
com a sua importância nas suas aulas, sabendo que o número 1 é o maior em grau de
importância.
( ) data show ( ) rádio ( )retroprojetor ( )TV pendrive
( ) DVDs/vídeos ( ) laboratório de informática
( ) mídia impressa: jornais/revistas/livros didáticos/paradidáticos/mapas/enciclopédias.
9-Assinale as técnicas que você mais utiliza nas suas aulas:
( ) aula expositiva ( ) trabalhos em grupo ( ) vídeos
( ) pesquisas na internet
( ) resoluções de exercícios e tarefas ( ) exposições de trabalhos ( ) trabalhos
individuais
( ) aulas práticas ( )outros:_______________________________
10-Que encaminhamento você considera necessário para se implementar o uso das
tecnologias (TV pendrive, multimídia, laboratório digital) nas escolas onde você
leciona?
( ) que esteja descrito no Projeto Político Pedagógico.
( ) que os professores estejam motivados e qualificados.
60
( )que se tenha um plano de trabalho específico por disciplina elaborado pelo professor.
( ) que haja estrutura adequada no colégio.
( ) Outro. Cite______________________________________________
11-Cite aspectos que considera positivo no uso da internet como recurso pedagógico.
______________________________________________________________________
_________________________________________________________________
12-Cite aspectos que considera negativos no uso da internet como recurso pedagógico.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
13-Alguma questão que não consta neste questionário que você acha importante relatar?
______________________________________________________________________
___________________________________________________________________