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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7 Cadernos PDE II

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE

II

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL UNIVERSIDADE

ESTADUAL DE LONDRINA

______________________________________________________

SOLANGE OSTAPECHEN

O GÊNERO PROPAGANDA COMO MOTIVADOR DA

LEITURA CRÍTICA NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA

_______________________

Londrina

2014

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SOLANGE OSTAPECHEN

O GÊNERO PROPAGANDA COMO MOTIVADOR DA

LEITURA CRÍTICA NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA

Produção Didático Pedagógica apresentada ao

Programa de Desenvolvimento Educacional -

PDE do Governo do Estado do Paraná.

Orientadora: Profª Drª Isabel Cristiane Jerônimo

_____________________

Londrina

2014

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Título: O Gênero Propaganda como motivador da leitura crítica nas aulas de Língua Portuguesa

Autora: Solange Ostapechen

Disciplina: Língua portuguesa

Escola de implementação: Colégio Estadual Maria Muziol Jaroskievicz

Município: Faxinal

Núcleo regional de educação: Apucarana

Professora orientadora: Isabel Cristiane Gerônimo

IES: Londrina

Relação interdisciplinar: Não há

Resumo: A presente Produção Didático Pedagógica tem como objeto

de estudo o gênero discursivo propaganda, descrevendo as

principais características, com ênfase na articulação entre as

linguagens verbais e visuais, sempre de forma articulada às

condições de produção, circulação e recepção de textos. Para

direcionar este trabalho a fundamentação teórica está emba-

sada nas atuais propostas de ensino que tem nos gêneros

discursivos, no sentido bakhtiniano do termo, suas unidades

básicas de ensino para propostas de leitura do gênero discur-

sivo propaganda. Para se obter uma efetiva leitura de propa-

ganda, é necessário que o aluno conheça e identifique os

vários recursos verbais e não verbais presentes neste gênero,

além dos aspectos sociocomunicativos que o envolvem o

diálogo entre várias semioses.

Palavras-chave: Leitura – linguagem verbal – linguagem não verbal.

Formato do material: Unidade Didática

Público alvo: Alunos do 9º Ano do Ensino Fundamental II

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Apresentação

O governo do Estado do Paraná disponibilizou a todos os professores da rede pública esta-

dual, o Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE). O PDE é um programa de formação

continuada em rede que integra as Escolas às IES, tendo por objetivo principal proporcionar aos

professores da rede pública estadual subsídios teórico-práticos para o desenvolvimento de ações

educacionais sistematizadas, que possam ser avaliadas em seu processo e em seu produto e que

resultem em redimensionamento de sua prática educativa.

Esta Produção Didático-Pedagógica tem como finalidade a implementação do trabalho pe-

dagógico da professora Solange Ostapechen, que está inserida no contexto de formação do PDE,

junto aos alunos do Colégio Estadual Maria Muziol Jaroskievicz matriculados no 9º Ano Ensino

Fundamental do Município de Faxinal. A proposta está ancorada nas orientações contidas nas Dire-

trizes Curriculares Educacionais do Estado do Paraná (PARANÁ, 2008), que asseguram o trabalho

pedagógico realizado pelo professor com vista ao Projeto Pedagógico e ao perfil sócio-econômico-

cultural dos alunos desta comunidade.

A importância da leitura se faz presente em todos os momentos de nossas vidas e a escola é

tida como responsável em tornar o aluno em um leitor. Sabe-se que, através da prática da leitura,

surgem aprendizes e formadores de opiniões em qualquer ambiente social democrático no qual

estamos inseridos.

Nesta perspectiva, o trabalho com os gêneros textuais na Educação Básica enriquece e am-

plia o conhecimento de Língua Portuguesa porque seu processo é interativo, não segue modelos

prontos e acabados e, portanto, o aluno tem a possibilidade de aprimorar a sua competência linguís-

tica.

Ao delinear os vários aspectos envolvidos na problemática desta proposta por meio da aná-

lise dos resultados das avaliações externas Prova Brasil/SAEB/SAEP e ENEM percebe-se que a

maioria dos alunos chega ao Ensino Médio apresentando grande dificuldade de leitura, análise

linguística e baixa criticidade tornando-se um problema que muito nos aflige enquanto educadores

preocupados com o ensino da Língua Portuguesa.

Nesta perspectiva, é essencial que a escola desenvolva um trabalho didático pedagógico di-

ferenciado nas aulas de língua portuguesa articulado a perspectiva dos gêneros discursivos, à luz de

preceitos bakhtininos, cuja noção de leitura vai muito além da mera decodificação de signos e do

uso da metalinguagem. Assim, ao direcionarmos as atividades de leitura, devemos levar em conta as

condições de produção do texto, os propósitos comunicativos, os aspectos ideológicos e sociais

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envolvidos em sua produção para a construção do sentido. A análise do aspecto linguístico será

válida a partir do momento em que as unidades linguísticas contribuírem para a formação do jogo

persuasivo. Caso contrário, estaremos formando leitores passivos, com baixo nível de letramento, à

mercê de ideologias dominantes.

Partindo do pressuposto de que os alunos têm dificuldades para compreender a intenciona-

lidade que os textos publicitários trazem, pode-se dizer que, no contexto escolar, ainda há um ensi-

no equivocado da Língua Portuguesa que, em grande parte, é calcado na valorização da modalidade

escrita em detrimento de outras formas de significação. Assim, a seleção desse gênero se deu por-

que ele proporciona uma rica associação das linguagens verbal e não verbal, permitindo explorar o

planejamento gráfico, a diagramação, o uso das cores, o tipo de letra, imagens etc.

Dessa forma, justifica-se, então, a escolha deste material didático pedagógico que traz o es-

tudo do gênero propaganda, que carrega multissignificações (verbais e visuais). Ao trabalhar com

este gênero, podemos despertar a interpretação crítica do aluno, levando-o a compreender em que

medida o jogo de valores e tensões sociais podem influenciar e persuadir as pessoas. O estudo do

gênero visa, portanto, o ensino da leitura não só baseado nos aspectos verbais, mas nas condições de

produção em que está inserido.

Diariamente, em situações concretas de comunicação, estamos em contato com textos pu-

blicitários, nas suas mais variadas formas e suportes, e precisamos estar preparados para responder

adequadamente aos propósitos desse gênero que muitas vezes, sob uma aparência de descontração,

são capazes de incutir no consumidor/aluno determinadas necessidades sem deixar alternativas: ou

se adquire tal produto, ou se está sujeito a sentir-se inferior a outros que o fazem.

Assim, a educação para a leitura dos gêneros advindos da esfera midiática, mais precisa-

mente a leitura e a interpretação dos textos publicitários, contribuirá para a formação de um leitor

capaz de posicionar-se criticamente diante das mensagens transmitidas, reconhecendo que elas não

são neutras, já que marcadas por uma série de interesses sociais e ideológicos.

Vale lembrar que, a propaganda, por intermédio de suas diversas formas de manifestação,

influencia decisivamente o comportamento dos indivíduos, contribuindo para inúmeras mudanças

ideológicas e estruturais na sociedade, sendo um importantíssimo mecanismo de manipulação de

informações ou mesmo de conscientização social.

Desse modo, esta produção Didático-Pedagógica tem por objetivo proporcionar a formação

de leitores competentes, críticos e autônomos por meio da aprendizagem significativa das estraté-

gias responsáveis por uma leitura eficaz, contribuindo para que sejam cidadãos participativos e

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atuantes na sociedade, motivando-os a pensar sobre si, a vida, o mundo, os valores e suas implica-

ções diárias.

Nós, educadores, temos consciência de que nosso aluno, ao se deparar com um anúncio

publicitário, nem sempre se mostra capaz de absorver e canalizar seu conteúdo da melhor forma.

Nesse momento, entra o papel do professor, essencialmente do professor de Língua Portuguesa, o

qual deverá direcioná-lo, teórica e metodologicamente, para filtrar as informações recebidas, crian-

do condições para que as interprete, possibilitando a interação do aluno com a linguagem da publi-

cidade e produzindo modos de construção crítica do pensamento.

Por meio da leitura e da análise de anúncios institucionais e da produção de vários tipos de

propagandas relacionadas ao desenvolvimento da criticidade e da formação de valores, pretendo

levar os alunos a interagir, trocar experiências e compreender a realidade em que estão inseridos,

bem como perceber a sua importância e responsabilidade como cidadão, além de despertar sua

atenção para um dos aspectos essenciais do gênero discursivo em questão: a conscientização sobre

temas sociais.

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Caros Professores!

Esta Unidade Didática foi especialmente elaborada a fim de tornar as aulas de Língua Por-

tuguesa mais dinâmicas e atraentes, fazendo com que o processo ensino- aprendizagem seja mais

significativo aos nossos educandos.

Este material é uma produção resultante dos estudos realizados no Programa de Desenvol-

vimento Educacional – PDE- e visa à melhoria da qualidade de ensino embasada no enfrentamento

de uma problemática recorrente no cotidiano de nossas escolas: a falta do hábito frequente de leitu-

ra.

Desta forma, torna-se relevante vincularmos esta produção didático-pedagógica à perspec-

tiva de linguagem sustentada pelos estudos bakhtinianos. Conforme essa perspectiva teórica, a

palavra está sempre carregada de um conteúdo ou de um sentido ideológico vivencial. É desse

modo que compreendemos as palavras e somente apresentamos reação àquelas que despertam em

nós ressonâncias ideológicas. É nessa dimensão dialógica, discursiva que a leitura deve ser experi-

enciada, desde a alfabetização. O reconhecimento das vozes sociais e das ideologias presentes no

discurso, tomadas nas teorizações de Bakhtin, ajudam na construção de sentido de um texto e na

compreensão das relações de poder a ele inerentes. (DCEs, 2008, p.57).

Com base no referencial teórico de gênero discursivo, este material didático pedagógico

abordará o potencial criativo da propaganda como um tipo de gênero que desempenha a evocação

de situações imaginárias com finalidades persuasivas. Assim, os dois tipos de propagandas que

serão enfocados para o trabalho em sala de aula são a comercial e a social, presentes em suportes

impressos ou virtuais. Nas propagandas de caráter comercial, serão discutidos os conceitos de bele-

za e consumismo; nas propagandas de caráter social, o tema em estudo estará direcionado à análise

de como a mulher vem sendo representada, ao longo do tempo, dentro do universo publicitário, a

fim de que os alunos percebam como o gênero feminino vem sendo marginalizado dentro de uma

sociedade machista. A intenção é fazer com que os alunos consigam discernir a diferença entre a

propaganda comercial, que tem fins lucrativos, e a propaganda social, que tem por finalidade a

formação de valores e atitudes cidadãs. Esta proposta para aguçar a visão crítica dos alunos segue

os quatro procedimentos de leitura citados por Lopes-Rossi (2010).

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Segundo a autora, o primeiro procedimento de leitura é a global. As teorias mais modernas

de leitura apontam para a importância do conhecimento prévio e da contextualização do que se lê,

levando-se em conta uma determinada situação, cultura, momento histórico, campo ideológico,

crença (LOPES-ROSSI, 2010, p.8).

O segundo procedimento de leitura, conforme Lopes-Rossi (2010) estabelece os objetivos

para leitura detalhada em gênero discursivo que independem do assunto específico do texto, porque

um leitor proficiente de um gênero busca determinadas informações inerentes à atividade comunica-

tiva que aquele gênero realiza (LOPES-ROSSI, 2010, p.9).

O terceiro procedimento de leitura citado pela autora é a leitura detalhada a partir dos obje-

tivos estabelecidos, buscando respostas. No caso dos textos publicitários, tão ricos em elementos

não verbais e organizados de maneira muito diferente de um texto tradicional de vários parágrafos,

é importante orientar o leitor para a observação de alguns elementos constitutivos da propaganda

(LOPES-ROSSI, 2010, p.10).

No quarto procedimento de leitura é abordado o posicionamento crítico, visto que todo tex-

to tem sua ideologia e estratégias discursivas para ganhar o leitor. Nessa perspectiva, este trabalho

tem como objetivo apresentar o uso do gênero discursivo propaganda nas aulas de leitura, preparan-

do o educando para uma análise mais detalhada das propagandas, distinguindo suas mais diversas

finalidades, tornando-o mais cuidadoso como leitor e também um cidadão consciente sobre as

questões sociais.

Partindo desta proposta, acredito que você, professor, possa em sala de aula, apresentar es-

tratégias diferenciadas para desenvolver o hábito da leitura por meio da análise do gênero propa-

ganda. Assim, esta Unidade Didática pretende fornecer subsídios para que possam planejar ativida-

des metodológicas utilizando o gênero propaganda em sala de aula, de maneira mais abrangente e

enriquecedora.

A Unidade Didática está organizada em sete oficinas, envolvendo conteúdo referente à

propaganda comercial e social. Desejo que você, professor, tenha excelentes resultados com a utili-

zação deste material didático na escola.

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Professor!

Para iniciarmos esta proposta com gênero propaganda será necessário compreender as diferenças

entre os termos propaganda /publicidade. Assim, Sant‟Anna (1998) explica:

Objetivo

Esta oficina pretende apresentar o projeto: O Gênero Propaganda como motivador

da leitura crítica na escola aos alunos do 9 º Ano do Ensino Fundamental da

Colégio Estadual Maria Muziol Jaroskievicz.

PROPAGANDA OU PUBLICIDADE: COMO DENOMINAR O GÊNERO?

A palavra publicidade significa, genericamente, divulgar, tornar público, e pro-

paganda compreende a ideia de implantar, de incluir uma ideia, uma crença na

mente alheia. Comercialmente falando, anunciar visa promover vendas e para

vender é necessário, na maior parte dos casos, implantar na mente da massa uma

ideia sobre o produto. Todavia, em virtude da origem eclesiástica da palavra,

muitos preferem usar publicidade, ao invés de propaganda; contudo hoje ambas

as palavras são usadas indistintamente (SANT‟ANNA, 1998, p. 75).

Você já pensou na quantidade de textos que as interações sociais podem

produzir? E-mails, cartas, artigos, blogs, crônicas, contos, histórias em

quadrinhos e mais uma infinidade de textos que compõem aquilo que

chamamos de gêneros textuais. Os gêneros são incontáveis. Há aqueles

que já existem e outros que virão de acordo com as nossas necessidades

comunicacionais. Os gêneros são tipos estáveis de enunciados, pois

apresentam estruturas e conteúdos temáticos que serão essenciais para a

sua definição.

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COMPREENDA MELHOR O QUE É GÊNERO ASSISTINDO AO VÍDEO ABAIXO

Gêneros Textuais

Acesse o link abaixo e confira:

https://www.dropbox.com/s/jo0hs6dxa10lzci/G_neros_Textuais.avi?dl=0

A palavra propaganda é gerúndio latino do verbo propagare, que quer dizer:

propagar, multiplicar (por reprodução ou por geração), estender, difundir.

Fazer propaganda é propagar ideias, crenças, princípios e doutrinas.

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Acesse o título do vídeo ou os links abaixo para conferir o conteúdo:

Propaganda Publicidade

PROPAGANDA:

HTTPS://WWW.DROPBOX.COM/S/SU9BX4ZYG8UVK5S/DIFEREN_A_ENTRE_PROPAGANDA_E_PUBLICIDADE.AVI?DL=0

PUBLICIDADE: HTTPS://WWW.DROPBOX.COM/S/NLRLZKRT553JSR7/O_QUE___PUBLICIDADE_E_PROPAGANDA___ESPECIAL_24_06_11.AVI?DL=0

Preencha o quadro abaixo a partir das questões:

a) De quais propagandas vocês se lembram?

b) Como elas são?

c) Onde elas apareceram?

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Propagandas lembradas

pela turma Características Onde foi veiculada

Professor!

Nessa oficina, espera-se que os alunos possam tomar contato com algumas diferenças entre os conceitos propa-

ganda/ publicidade. Contudo, o professor deverá orientá-los que esses termos são utilizados, muitas vezes, como

sinônimos.

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Na esfera da propaganda, temos aqueles gêneros que não têm como propósito comunicati-

vo a venda ou promoção de marca/serviço, constituindo as propagandas que têm por intuito difundir

mensagens sem fins lucrativos. Esses gêneros geram informações e conhecimentos que buscam

mobilizar o destinatário/público-alvo a uma ação, podendo ser classificados em: políticos, gover-

namentais, religiosos, sociais, entre outros (PINHO, 1990, p. 38).

Sabe-se que os textos desta esfera são de cunho social, pois são construídos na relação

destinador/destinatário, os quais têm papéis sociais e interagem com esse texto por meio da repre-

sentação da sociedade que em seu discurso está inserido. A propaganda social, às vezes confundida

com o gênero propaganda governamental, tem como propósito divulgar campanhas de preservação

do meio ambiente, de acidentes de trânsito, de doenças provocadas pelo abuso do álcool, de drogas,

de tabaco, etc. veiculado em programas que procuram aumentar a aceitação de um comportamento

ou prática em um destinatário.

Dessa forma, esse gênero tem como objetivo prestar um serviço de utilidade pública. Se-

gundo Fiorin (2006, p. 61), “O gênero estabelece, pois, uma interconexão da linguagem com a vida

social.” Assim, com o objetivo de levar para a sala de aula um didática diferenciada que atenda as

Diretrizes Curriculares da Educação Básica, propôs-se um trabalho de intervenção pedagógica,

fundamentado em Marcondes at al (2003) e na teoria de J. B. Pinho (1990), enfocando a propagan-

da social como forma de aproximar o aluno da problemática cotidiana e entender a importância da

sua participação no exercício da cidadania, pois, como afirma Marcondes, (...) ler textos que circu-

lam socialmente é também agir como cidadão, ou seja, é responder a perguntas que devem ser feitas

pelos leitores, buscar respostas para elas, isto é, interagir socialmente, pois a leitura não para na

esfera da compreensão, vai muito além, uma vez que tem consequências sociais imediatas. Nesse

sentido, vale dizer que ler o que circula socialmente é também agir socialmente. (MARCONDES, at

al, 2003, p. 13). “A interação é o que faz com que a linguagem seja comunicativa.” (BRASIL, 1999,

p. 139).

Objetivo

Fazer com que o aluno consiga apropriar-se das características sociodiscursivas do

gênero propaganda social para que seja capaz de realizar uma leitura crítica.

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Com muita atenção, observe as propagandas abaixo e procure compreender os significados constru-

ídos pelo produtor do texto ao unir linguagem verbal e não verbal. Em seguida, responda as ques-

tões que servem como um roteiro de leitura para compreender os propósitos do autor ao produzir

esta propaganda.

Texto1

http://osecretariodopovo.com/blog/wp-content/uploads/2014/12/BannerLixo21-520x279.jpg

1. Em que suporte foi veiculado o texto acima e a que tipo de leitor é destinado?

2. O texto da propaganda diz: “Lixo tem lugar certo.” Qual a intenção da Secretaria Munici-

pal de Saúde da Prefeitura de Flores em lançar esta Campanha na cidade?

3. Na propaganda, as palavras e as imagens interagem e relacionam-se com uma dura realida-

de brasileira. De qual realidade estamos tratando?

4. No texto, as letras menores dizem: “Coloque o lixo na hora certa e no lugar certo!”; “Não

jogue lixo nas ruas!”; “Não faça de terrenos, lixões!”; “Coloque o lixo em sacos plásticos!”;

“Respeite os horários de coletas!”. Essas informações ajudam o leitor a compreender melhor o

que a propaganda quer transmitir. Nesta perspectiva, é certo dizer que a propaganda procura

trazer ensinamentos de cunho social para as pessoas? Justifique.

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5. A afirmação “Não deixe que o lixo se torne um problema em sua vida” pretende alertar aos

leitores sobre quais consequências?

6. Ao analisar a ilustração, qual atitude cidadã pode ser observada?

7. Além do slogan, a prefeitura cita quatro atitudes corretas para que a comunidade possa

contribuir para a conservação da cidade e afirma ainda que as ruas são como o quintal de nos-

sas casas, portanto é preciso que cada cidadão faça sua parte. O que um cidadão consciente de-

ve fazer para contribuir com a limpeza do município em que reside?

Texto2

http://super.abril.com.br/blogs/ideias-verdes/files/2013/08/Pulmao-WWF-ok.jpg

1. Qual é a problemática analisada nesta propaganda?

2. Esta propaganda, formada por uma imagem, foi construída a partir de uma metáfora para

atingir seu objetivo. Procure relacionar a imagem ao objetivo da propaganda?

3. Que atitude cidadã o leitor pode desenvolver ao analisar esta propaganda?

4. A propaganda contra o desmatamento da campanha da WWF desenha a floresta com o

formato de um pulmão. Qual a interpretação que ela traz ao leitor?

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Professor!

Espera-se que, no final desta oficina, o aluno possa compreender o propósito comunicativo do

gênero propaganda social impressa.

Toda propaganda tem uma “proposição básica”, ou seja, um argumento central que será

usado como forma de transmissão do tema da campanha publicitária, seja ela para vender um pro-

duto ou conscientizar sobre um tema social. De acordo com Sant‟Anna (1998), o tema da campanha

publicitária pode ser apresentado de maneira direta: com texto racional, que fornece fatos, informa,

descreve o produto ou problema, usa de argumentos básicos, positivos, sem rodeios; ou indireta: por

meio de textos emotivos, que despertam curiosidades e salientam os efeitos do produto.

Ao nos valermos do texto publicitário como uma alternativa de leitura, devemos ponderar

que esse tipo de discurso tem como objetivo provocar reações emocionais no receptor. Por isso,

esse texto utiliza recursos retóricos para convencer ou alterar atitudes e comportamentos, as pala-

vras, no contexto, passam a indicar ideologias e o modo de conduzi-las é de enorme importância

para o efeito de argumento. A mensagem publicitária, para ser eficiente, tem a necessidade de di-

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fundir determinada marca, criando-lhe uma imagem clara e duradoura. Nesse campo, é importante,

também, distinguir, quando se trata da persuasão, o que se chama de “verdade” e de “verossimi-

lhança”. CITELLI (2002, pp. 13-14), ao analisar as relações entre retórica e persuasão, enfatiza que

não estava em causa saber até onde o ato de convencer se revestia de verdade. Persuadir, antes de

qualquer coisa, é sinônimo de submeter, daí sua vertente autoritária. Quem persuade leva o outro à

aceitação de uma dada ideia. (...) Verossímil é, pois, aquilo que se constitui em verdade a partir de

sua própria lógica. Daí a necessidade, para se construir o „efeito de verdade‟, da existência de ar-

gumentos, provas, perorações, exórdios (...). Persuadir não é apenas sinônimo de enganar, mas

também o resultado de certa organização do discurso que o constitui como verdadeiro para o recep-

tor.

Portanto, despertar a atenção, o interesse, o desejo de compra, levando o receptor a com-

prar o produto é o objetivo principal do emissor. Para isso, a propaganda para produzir resultados

positivos, deve cumprir corretamente a sua função de comunicar e informar. Isso significa que deve

se levar em conta os seguintes aspectos: se causou impacto e despertou o interesse (difundiu); se

despertou o desejo de possuir o produto ou serviço (persuadiu); se incutiu credibilidade e levou à

compra (motivou).

Neste sentido, a propaganda funciona, então, como mediadora entre o produto e o consu-

midor e é por meio de palavras que contenham valor positivo, mensagens com ideia de felicidade e

perfeição, que o cliente normalmente constrói em sua mente significações que levarão a um efeito

que poderá ser de caráter consumista ou ideológico. Costuma-se dizer que a mensagem publicitária

é o reino da felicidade e da perfeição! Prender a atenção do destinatário é a tarefa primordial do

propagandista: é o que justifica a incansável busca por meios estilísticos que prendam a atenção do

leitor, muitas vezes até chocando-o para tornar-se atraente e, por isso, memorizável.

É preciso ressaltar que a escola deve preocupar-se em criar condições para o aluno tornar-

se um indivíduo capaz de perceber certos aspectos que o cercam quase que diariamente. Muitas

vezes, sob uma aparência de descontração, os anúncios são capazes de incutir no consumidor de-

terminadas necessidades sem deixar alternativas, ou se adquire tal produto ou se está sujeito a sen-

tir-se inferior a outros que o fazem.

Objetivo

Compreender os diferentes contextos de comunicação e a intencionalidade que

visam atingir, como: persuadir e/ou convencer o interlocutor à aquisição de um produ-

to; mudança de comportamentos e atitudes.

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Você conhece as marcas Havaianas e já deve ter visto várias propagandas sobre esse produto. Va-

mos analisar, então, a propaganda abaixo:

http://pehdechinelo.blogspot.com.br/2012/06/havaianas-qual-sua.html

Após analisar o contexto utilizado na edição desta propaganda responda:

1) Você já conhecia esta propaganda? Onde a viu?

2) Com qual intenção ela parece ter sido produzida?

3) Considerando todo o marketing publicitário, qual é o efeito de sentido que se pode perceber a

partir da frase no topo do anúncio “Todo mundo usa”?

4) Podemos perceber que o anúncio explorou o recurso de intertextualidade. Qual a relação entre

textos presente nessa propaganda e que sentido essa relação criou?

5) A paisagem tem alguma relação com o anúncio? E a obra de arte escolhida?

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O que é Abaporu?

Abaporu é uma clássica pintura do modernismo brasileiro, da artista Tarsila do Ama-

ral. O nome da obra é de origem tupi-guarani que significa "homem que come gente" (canibal

ou antropófago), uma junção dos termos aba (homem), pora (gente) e ú (comer).

A tela foi pintada por Tarsila do Amaral, em 1928, e oferecida ao seu marido, o escritor

Oswald de Andrade. Os elementos que constam da tela, especialmente a inusitada figura, desper-

taram em Oswald a ideia de criação do Movimento Antropofágico. O Movimento consistia na

deglutição da cultura estrangeira, incorporando-a na realidade brasileira para dar origem a uma

nova cultura transformada, moderna e representativa da nossa cultura.

O quadro Abaporu foi vendido no ano de 1995 para o argentino Eduardo Constantini

por 1,5 milhões de dólares e encontra-se exposto no MALBA (Museu de Arte Latino-Americana

de Buenos Aires). Em março de 2011, o Abaporu foi emprestado pelo MALBA para integrar a

exposição "Mulheres, Artistas e brasileiras", realizada no Salão Oeste do Palácio do Planalto, em

Brasília, que reuniu 80 obras do século XX, pertencentes a 49 artistas mulheres do Brasil. Esta

iniciativa consistiu em uma homenagem ao mês da mulher.

Fonte: http://www.significados.com.br/abaporu/

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Professor!

A interdisciplinaridade é a forma de desenvolver um trabalho de integração dos

conteúdos de uma disciplina com outras áreas de conhecimento. Esta interação é

uma maneira complementar ou suplementar que possibilita a formulação de um

saber crítico-reflexivo, saber esse que deve ser valorizado. Nesta atividade você

poderá realizar a interdisciplinaridade com a disciplina de Arte na aula de Língua

Portuguesa.

Agora você é o artista. Faça uma releitura da obra de Tarsila do Amaral para anunciar (vender) um

produto. Vamos lá, use a criatividade. E lembre-se: Abaporu é uma pintura, óleo sobre tela, com

oitenta e cinco centímetros de altura por setenta e três centímetros de largura. A obra, da artista

brasileira Tarsila do Amaral, está no Museu de Arte Latino-americana de Buenos Aires (MALBA),

na Argentina. Datada de 1928, é considerada símbolo do Movimento Modernista Brasileiro.

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A intertextualidade consiste em importante recurso de linguagem, evidenciando o dialo-

gismo, sendo esse último um conceito central do pensamento bakhtiniano, princípio de constituição

da linguagem, dos discursos, dos sujeitos e, inclusive, da vida. Assumindo que o anúncio publicitá-

rio impresso é gênero discursivo e discurso essencialmente criativo, considera-se que, em seu pro-

cesso de produção, os profissionais de criação publicitária utilizam os mais diversos artifícios de

linguagem, dentre eles, a intertextualidade. Como prática de interação social midiatizada, a ativida-

de publicitária materializa-se em textos polissêmicos, cuja pluralidade de sentidos visa à persuasão.

Para tanto, faz-se o uso estratégico de textos verbais e/ou visuais constituintes de determinada esfe-

ra cultural.

A Intertextualidade é muito presente na propaganda e, geralmente, usa a imagem de perso-

nagens famosos para atrair fãs e assim conseguir mais resultados com a comercialização de seu

produto. Outra coisa interessante que pode ser notada é que no uso da intertextualidade, quem não

conhecer o personagem pode não entender a propaganda. Fiorin(2003) considera ainda que, se há

distinção entre discurso e texto há, consequentemente, distinção entre interdiscursividade e intertex-

tualidade. “O termo intertextualidade fica reservado apenas para os casos em que a relação discursi-

va é materializada em textos. Isso significa que a intertextualidade pressupõe sempre uma interdis-

cursividade, mas o contrário não é verdadeiro” (Fiorin, 2003, p.181). O autor completa dizendo que

pode haver relações entre textos (intertextuais) “quando um texto se relaciona dialogicamente com

outro texto já constituído” (ibid., p.182).

Veja o exemplo:

http://www.stopper.blogger.com.br/bha.jpg

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Ao associar a imagem do filme Homem Aranha ao inseticida, a intertextualidade está em

evidência, pois ambos têm seu nome e sua marca universalizada e estabilizada na mídia - o anúncio

foi alvo de risos e elogios em todo o mundo. No final da peça, apenas a assinatura "Se nem um

super-herói como o Homem-Aranha foi capaz de resistir, é porque o veneno é bom mesmo" ao lado

do produto. Não precisa dizer mais. É o tipo de anúncio que já diz pela simples imagem.

Agora que você aprendeu alguns dos recursos utilizados no gênero propaganda, seja ela

social ou comercial, vamos analisar as propagandas abaixo, analisando a linguagem (verbal e não

verbal), o uso das cores, o verbo no imperativo. Descreva, de forma sucinta, a mensagem ideológica

que a propaganda propõe e defina se esta tem caráter social ou comercial.

a) Propaganda.............................................. O que esta propaganda pretende:

http://www.colegiosantosanjos.com.br/blog/foto_0012.jpg

b) Propaganda............................................... O que esta propaganda pretende:

http://relatoriodebordo.blog.uol.com.br/images/omo-aranha.jp

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c) Propaganda........................................................... O que esta propaganda pretende:

http://www.casaoito.net/site/wp-content/uploads/2015/01/zeca.jpg

d) Propaganda............................................................. O que ela pretende

http://soumaisenem.com.br/sites/default/files/funcao_apelativa.jpg

Professor!

Espera-se que no final desta oficina o aluno possa reconhecer a propaganda como um meio de

interação entre leitor, mídia e sociedade, a fim de compreender os diferentes contextos intertextuais

e as diferentes possibilidades de significação.

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A propaganda influencia o modo de vida das pessoas ou apenas reflete tendências? Esse é

um dilema recorrente que a sociedade vivencia diariamente e vale para todas as questões, inclusive

para o meio ambiente.

A propaganda comercial, muitas vezes, induz as pessoas a hábitos de consumo e de vida

não compatíveis com a realidade. No Brasil, a grande porta de entrada ainda é a TV, mas as redes

sociais (bastante frequentadas pelos adolescentes) já merecem atenção. Você precisa estar atento a

isso e saber que a exposição excessiva à propaganda pode induzir a um comportamento consumista

entre os adolescentes.

Objetivo

Provocar a discussão sobre o critério de escolha dos produtos que comumente

adquirimos. Refletir sobre a sociedade de consumo.

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Veja como a propaganda influencia o adolescente.

O consumismo, associado ao estresse familiar, é um dos motivos que estimulam as pessoas

a consumirem por meio dos anúncios publicitários. A maior parte das famílias, muitas vezes, não

têm condições de atender a tantas exigências dos adolescentes, que querem o tênis X, o celular Y, a

calça jeans Z… e muitas acabam sendo atropeladas nesse processo e se endividam para dar aos

filhos um modo de vida que estão além de suas possibilidades. Outras têm condições financeiras e

acabam fazendo “vista grossa” para um adolescente que passa a ver no consumo a chave da felici-

dade.

Professor

Após analisar com seus alunos o ciclo da propaganda e a influência que esta exerce sobre os jovens,

peça que respondam a enquete abaixo, cujo objetivo é analisar a influência do consumismo no

contexto sócio cultural em que os alunos estão inseridos. Enquete elaborada pela professora Solange

Ostapechen.

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Enquete

Colégio Estadual Maria Muziol Jaroskievicz

Professor PDE: Solange Ostapechen

Turmas: 9° Ano do Ensino Fundamental

1-Você se considera uma pessoa consumista?

( ) sim ( ) às vezes ( ) nunca

2-Você adquire produtos por necessidade ou prazer?

( ) prazer ( ) necessidade

3-Ao comprar, você leva em conta a marca ou a qualidade?

( ) marca ( ) qualidade

4- Para você pagar mais caro é sinônimo de qualidade?

( ) sim ( )Não

5-Você abre mão de um produto por falta dinheiro?

( ) sim ( )Não

6 – Se você respondeu sim a pergunta anterior responda. Qual a maneira que você

utiliza para adquirir o produto desejado:

7- Com que frequência você compra roupas e calçados?

( ) toda semana

( ) de 2 em 2 meses

( ) de 6 em 6 meses

8- Nas datas comemorativas o comércio investe alto em propagandas e promoções,

você aproveita esta oferta e compra por necessidade ou para aproveitar a promoção?

( ) necessidade

( ) aproveitar a promoção

9- Você está satisfeito com seu celular ou sonha com um modelo mais atual?

( ) estou satisfeito

( ) não estou satisfeito

10- Após responder a enquete, reflita e responda:

Você se considera consumista? Justifique sua resposta.

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Agora, vamos ler e analisar dois textos. O primeiro é o poema “Eu, Etiqueta” de Carlos Drummond

de Andrade, sobre o consumo na sociedade e o segundo texto é uma propaganda que mostra um

bebê com várias etiquetas em seu corpo.

Texto 1

EU, ETIQUETA

Em minha calça está grudado um nome

que não é meu de batismo ou de cartório,

um nome... estranho.

Meu blusão traz lembrete de bebida

que jamais pus na boca, nesta vida.

Em minha camiseta, a marca de cigarro

que não fumo, até hoje não fumei.

Minhas meias falam de produto

que nunca experimentei

mas são comunicados a meus pés.

Meu tênis é proclama colorido

de alguma coisa não provada

por este provador de longa idade.

Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,

minha gravata e cinto e escova e pente,

meu copo, minha xícara,

minha toalha de banho e sabonete,

meu isso, meu aquilo,

desde a cabeça ao bico dos sapatos,

são mensagens,

letras falantes,

gritos visuais,

ordens de uso, abuso, reincidência,

costume, hábito, premência,

indispensabilidade,

e fazem de mim homem-anúncio itinerante,

escravo da matéria anunciada.

Estou, estou na moda.

É duro andar na moda, ainda que a moda

seja negar minha identidade,

trocá-la por mil, açambarcando

todas as marcas registradas,

todos os logotipos do mercado.

Com que inocência demito-me de ser

eu que antes era e me sabia

tão diverso de outros, tão mim mesmo,

ser pensante, sentinte e solidário

com outros seres diversos e conscientes

de sua humana, invencível condição.

Agora sou anúncio,

ora vulgar ora bizarro,

em língua nacional ou em qualquer língua

(qualquer, principalmente).

E nisto me comparo, tiro glória

de minha anulação.

Não sou - vê lá - anúncio contratado.

Eu é que mimosamente pago

para anunciar, para vender

em bares festas praias pérgulas piscinas,

e bem à vista exibo esta etiqueta

global no corpo que desiste

de ser veste e sandália de uma essência

tão viva, independente,

que moda ou suborno algum a compromete.

Onde terei jogado fora

meu gosto e capacidade de escolher,

minhas idiossincrasias tão pessoais,

tão minhas que no rosto se espelhavam

e cada gesto, cada olhar

cada vinco da roupa

sou gravado de forma universal,

saio da estamparia, não de casa,

da vitrine me tiram, recolocam,

objeto pulsante mas objeto

que se oferece como signo de outros

objetos estáticos, tarifados.

Por me ostentar assim, tão orgulhoso

de ser não eu, mas artigo industrial,

peço que meu nome retifiquem.

Já não me convém o título de homem.

Meu nome novo é coisa.

Eu sou a coisa, coisamente.

Carlos Drummond de Andrade.

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Texto 2

https://www.putsgrilo.com.br/wp-content/uploads/2009/09/bebe_propaganda.jpgatividade 3

1- Após realizar a leitura do texto “Eu, etiqueta”, identifique o gênero ao qual ele pertence.

2- Para chegar à conclusão da resposta acima, quais foram os indícios que você observou?

3- Num texto do gênero lírico, o Eu-lírico é o ser que expressa suas emoções. Como você identifica

o eu-lírico no texto? Qual a identidade dele?

4- De acordo com o eu-lírico, o estilo de roupas e de calçado tem algo a ver com a identidade? Por

quê?

5- O eu-lírico se autodenomina? Por quê?

6- Sabe-se que os neologismos são palavras novas, reinventadas. No poema, há presença de um

neologismo. Qual?

7- Ao analisar o texto, você percebe se este tem a intenção de divulgar algum produto em especial?

8- Ao analisar o texto 2 qual crítica a propaganda traz para os leitores?

9 – Assim como o bebê todo consumidor pode servir de slogan para que as empresas divulguem

seus produtos?

10 – As marcas e/ou produtos utilizados no texto 2 têm alguma relação com os valores sociais?

Justifique.

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Assista aos vídeos abaixo acessando o link e analise o poder de persuasão que as propagandas

exercem na vida das pessoas.

Dove Evolutionn

Dove Evolution Parody

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Consumismo x Felicidade

https://www.dropbox.com/s/jazq9ksn8dzx4nt/Em_oferta___Capitania_do_Samba__Cd_Samba_de_Qi__Web_Clipe.avi?dl=0

A imagem “vendida” nas propagandas é verdadeira? Produza um pequeno texto expondo sua

opinião.

Consumo, segundo o antropólogo argentino Nestor Canclini, pode ser definido como o

conjunto de processos socioculturais nos quais se realizam a apropriação e os usos dos produtos

para atender às necessidades de sobrevivência humana. A atividade de consumir passou a ser o

ponto central da existência humana quando a capacidade de 'querer', 'desejar', 'ansiar por' e, particu-

larmente, de experimentar tais emoções repetidas vezes passou a sustentar a economia mundial.

Inúmeros autores dedicaram seu tempo a estudar o fenômeno da globalização e sua relação com o

consumo. Destacamos, em especial, o geógrafo brasileiro Milton Santos que considera a existência

de pelo menos três mundos num só. Quais seriam esses três mundos e como se dá o fenômeno do

consumo neles, é um dos temas do livro Por uma outra globalização: do pensamento único à cons-

ciência universal.

Fonte: http://www.sociologia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=329

Professor!

Existem muitas possibilidades para o trabalho com o tema consumo. Caso queira, poderá

propiciar uma pesquisa sobre o assunto “Consumo e Sociedade” e realizar uma interdisci-

plinaridade com a disciplina de Sociologia.

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Professor!

Espera-se que, ao final desta oficina, os alunos compreendam a gravidade do consumo em excesso

em nossa sociedade.

A propaganda é um gênero textual que se faz presente em inúmeros lugares e das

mais variadas maneiras. Podem ser classificadas como propagandas ideológicas, política, social,

de produtos, de promoções e muitas outras. Elas podem ser em forma de cartazes, de banners, de

mídia televisiva, de áudio, de panfletos, de etiquetas, etc.

Seu objetivo é persuadir os indivíduos e inculcar-lhes ideologicamente as vantagens

e principalmente a necessidade de consumir o produto anunciado. Para alcançar este objetivo, são

utilizados todos os meios disponíveis existentes na língua portuguesa, unindo discursos verbais aos

visuais para causar um maior impacto no consumidor. A linguagem utilizada pode variar de acordo

com o público alvo, precisa ser, direta, clara e enxuta, marcada pelo uso da função apelativa, troca-

dilhos, jogos de palavras, metáforas e da ambiguidade.

Objetivo

Compreender que os recursos linguísticos e visuais empregados no gênero propaganda

são utilizados para agir, apresentar e gerar sentido apresentando seu produto da melhor

forma possível, a fim de interferir nos comportamentos humanos por meio da veiculação

de valores que estão centrados na ideia de ter ou possuir cada vez na vida do consumi-

dor.

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Para início de conversa...

A propaganda está sempre nos dizendo o que fazer!

Já parou para pensar sobre isso? Então, vamos lá! Para que você acha que serve uma pro-

paganda? A propaganda serve para ajudar um fabricante a vender seu produto. Também serve para

ajudar a chamar nossa atenção para alguma informação ou problema social.

http://4.bp.blogspot.com/_e3gqnXgFUt8/SqZLu9p8wBI/AAAAAAAAABA/02GngBWp

QD4/S1600-R/ megafone 0404+copy +%5B320x200%5D.png

Por que a propaganda fala como se estivesse “dando ordens”?

Na verdade, a propaganda não está, necessariamente, “dando ordens”. Neste gênero, usam-

se muito os verbos no modo imperativo, que também podem indicar um pedido, um convite e até

mesmo uma tentativa de nos convencer mais facilmente de algo.

http://www.flapi.com.br/img_bd/posts/93/1/banner-relembrar.jpg

O modo imperativo de acordo com o Site Info Escola

É o modo verbal que exprime ordem, proibição, conselho, pedido ou interação com o lei-

tor. Na língua portuguesa, classificamos as formas verbais em três modos, segundo a maneira como

expressam a ação:

COMPRE BEBA PROVE

USE ALUGUE VISTA

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Modo Indicativo: quando o verbo indica uma certeza, uma realidade, algo que de fato acon-

tece, aconteceu ou acontecerá.

Modo Subjuntivo: quando o verbo indica dúvida, possibilidade, ou seja, não exprime certe-

za de que realmente a ação verbal é um fato consumado.

Modo Imperativo: quando o verbo indica uma ordem, um pedido, uma sugestão.

Deter-nos-emos aqui em estudar o modo verbal chamado IMPERATIVO, que expressa uma ordem,

pedido, recomendação, alerta, convite, conselho, súplica, etc., que é muito utilizado no gênero

propaganda.

Vejamos alguns exemplos de verbos no modo imperativo:

Vamos, corram!

Perdoe-me, eu lhe imploro.

Por favor, diga-me onde fica esta praça.

Organizem-se rapidamente.

Faça o que digo, agora!

Formação do imperativo

O imperativo é formado de uma maneira diferente dos demais modos. Notem-se duas coisas:

a) No imperativo, não existe a primeira pessoa do singular (eu).

b) O imperativo é indeterminado em tempo. Supõe-se que, como se trata de uma ordem, a ação se

dará no futuro.

Imperativo Afirmativo:

Para tu

Pare você

Paremos nós

Parai vós

Parem vocês

Observações:

a) Na segunda pessoa (Tu ou Vós) usa-se o verbo conjugado nas segundas pessoas do singular e

plural, respectivamente, pertencentes ao presente do indicativo cortando-se a letra s. A exceção é o

verbo "ser": sê tu, sede vós.

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b) Para os pronomes você ou vocês usa-se o verbo conjugado na terceira pessoa do presente do

subjuntivo.

c) Na primeira pessoa do plural (nós), usamos o verbo conjugado na primeira pessoa do plural do

modo subjuntivo.

Imperativo negativo:

Não pares tu

Não pare você

Não paremos nós

Não pareis vós

Não parem vocês

http://www.infoescola.com/portugues/imperativo-4/

Observe nas propagandas abaixo, a palavra circulada indica um verbo no imperativo. O imperati-

vo indica: ordem, pedido ou sugestão? Analise e responda oralmente.

http://4.bp.blogspot.com/_YUMrGdTMSfI/SxV5OZUTQuI/AAAAAAAAAJY/zFPj5qgrw5Q/s400/6.jpg

http://2.bp.blogspot.com/-0GTP6ULHak4/UgbfMnk1GII/AAAAAAAABfQ/W7coiZKjNkE/s1600/imagesCAXCFM58.jp

A INFLUÊNCIA DAS CORES NO GÊNERO PROPAGANDA

Outro tipo de linguagem utilizado na propaganda são as cores. As cores empregadas nos

textos publicitários, intencionalmente, exercem um papel importante no aspecto psicológico do

receptor. Elas são utilizadas para estimular, acalmar, afirmar, negar, decidir, curar e, no caso de

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propaganda... vender! Por isso, a propaganda se utiliza das cores para despertar sensações, atrair e

influenciar o consumo. Vejamos o significado das cores e os efeitos de sentido que podem gerar em

um texto publicitário:

http://pt.slideshare.net/brenobrito/o-uso-das-cores-na-publicidad

O uso das cores na publicidade

http://pt.slideshare.net/brenobrito/o-uso-das-cores-na-publicidad

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Agora, imaginem as marcas e os produtos sem as cores.

http://pt.slideshare.net/brenobrito/o-uso-das-cores-na-publicidade

Linguagem verbal e linguagem não verbal

A linguagem é o uso da língua como forma de expressão e comunicação entre as pessoas.

Quando nos referimos à leitura de textos, a princípio temos a ideia de que o termo recai somente

sobre um conjunto de palavras faladas ou escritas. As ciganas, contudo, dizem ler a mão humana, e

os críticos afirmam ler um filme. Logo, fazemos leitura de tudo o que nos cerca: os gestos, as situa-

ções, as gravuras, as fotos, os sons, o toque, o olhar, a vida e etc.

A maior parte da atividade compreensiva de um texto acontece durante a leitura. Enquanto

se lê um texto, as previsões e o conhecimento de mundo devem ser ativados.

LINGUAGEM VERBAL

É o uso da escrita ou da fala como meio de comunicação. Quando falamos com alguém,

lemos um livro ou revista, estamos utilizando a palavra como código. Esse tipo de linguagem é

conhecido como linguagem verbal, sendo a palavra escrita ou falada, a forma pela qual nos comuni-

camos. A linguagem verbal é a forma de comunicação mais presente em nosso cotidiano, pois

através dela, expomos aos outros as nossas ideias e pensamentos.

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Exemplo:

LINGUAGEM NÃO VERBAL

É outra forma de comunicação em que o código utilizado é a simbologia. Utilizam - se de

outros meios comunicativos, como placas, figuras, gestos, cores, sons, ou seja, através dos signos

visuais e sensoriais. Os textos publicitários dão destaque à linguagem não verbal e, por isso, é preci-

so analisá-la com muita atenção, pois ela sempre quer significar algo.

Observe alguns exemplos:

Obs.: A linguagem da propaganda muitas vezes é sincrética ou multimodal, unindo os dois aspectos

(verbal e não verbal).

A FUNÇÃO CONATIVA NA LINGUAGEM PUBLICITÁRIA

A função Conativa da linguagem é uma das formas de apelo publicitário que tem como ob-

jetivo direcionar o receptor a fazer algo, convencendo-o de que o produto anunciado é realmente

bom. Também chamada de Apelativa, tem como foco o destinatário do texto. Quando se emprega

essa função da linguagem, é comum o uso dos pronomes tu ou você, ou mesmo do nome da própria

pessoa, além da presença dos imperativos. É a linguagem que se dirige diretamente ao consumidor.

Exemplos:

a) Você já tomou banho?

b) Mãe! Vem cá!

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c) Não perca esta promoção

Analise os diferentes textos publicitários, observando como a função conativa da linguagem pode

ser empregada. E responda:

a) Qual a intenção de cada um dos textos publicitários apresentados, ou seja, o que se espera que o

receptor dos textos apresentados faça?

b) A tentativa de convencer o receptor a tomar determinada atitude é feita direta ou indiretamente?

c) Que recursos linguísticos (verbais e não verbais) contribuem para a persuasão do receptor?

Imagem 1.

http://mazah-galo.blogspot.com.br/2012/06/funcao-conativa-na-publicidade.html

R:

Imagem 2.

http://jipemania.com/coke/brasil/index04.html

R:

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Imagem 3.

http://www.tutorexecutivo.com/2011/12/pode-ser-transicao-de-posicionamento-da.html

R:

Peça aos alunos que formem grupos para compreender os três textos publicitários a seguir. Eles

devem encontrar as marcas da função conativa, analisar as cores utilizadas e o uso da linguagem

não verbal. Após a análise, os grupos deverão apresentar para sala a intenção de cada texto publici-

tário e os recursos linguísticos utilizados para persuadir o consumidor.

a)

http://turmadoverbojoaolisboa.blogspot.co m.br/2011/09/anuncio-publicitario.html

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b)

http://designinforma.blogspot.com.br/2012/06/herbalife-reforca-campanha-ja-tomou-seu.html

c)

http://redacaonocafe.wordpress.com/2012/02/05/funcao-conotativa-convencer-e-preciso/

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A propaganda também é chamada de “merchandising”, que tem origem na palavra inglesa

merchandiser que significa “negociante”. Como se vê, até na origem, a propaganda é um tipo de

negociação: eu te convenço e você compra.

A linguagem publicitária tornou-se fortemente persuasiva, isso evidentemente, em função

da necessidade de levar o consumidor a agir de forma compulsiva e inconsciente. Diariamente, nos

vemos "bombardeados" por propagandas, que são veiculadas em revistas, jornais, televisão, internet

ou outdoors. Assim, numa atmosfera de grande "busca" pela beleza e acrescenta-se: de satisfação

pessoal; cresce a indústria de cosméticos. E quais são os objetivos dessas indústrias? Vender cada

vez mais. Para alcançarem esse objetivo primordial, fazem altos investimentos na publicidade. Os

publicitários, por sua vez, apostam na utilização de uma linguagem verbal e não-verbal que venha a

persuadir os consumidores ou mais especificamente, as consumidoras, das necessidades de "com-

prar" determinado produto. Dessa forma, quanto maior for o poder de persuasão, certamente maior

será a lucratividade.

Desse modo, desde que garantido o princípio democrático da circulação social do discurso,

persuadir passa a ser uma instância legítima de convencimento, de afirmação de valores e de cons-

trução de consensos (CITELLI, 2007, p. 01).

Professor!

Espera-se que, ao final desta atividade os alunos consigam resolver os exercícios propostos perce-

bendo a relação existente entre função conativa e os textos publicitários e identifiquem como esta

relação se estabelece (direta e indiretamente).

Page 43: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · linguagens verbais e visuais, sempre de forma articulada às ... é necessário que o aluno conheça e identifique os vários recursos

http://imageshack.com/f/706/tneldotempo.jpg

A propaganda, com o passar do tempo, sofreu várias transformações atendendo às ideolo-

gias do contexto social. Esta oficina visa focar os vários olhares acerca da representatividade da

mulher ao longo dos anos, em/por diferentes culturas. Tal tema foi escolhido para se discutir com

os alunos o motivo de a mulher ter sido vista na sociedade como uma criatura coadjuvante, “sombra

em relação à figura do homem”. O tempo passou, muita coisa evoluiu, muitos conceitos foram

formados e desconstruídos, mas a mulher, mesmo com todo um avanço mundial, ainda possui uma

carga de submissão, e mesmo tendo realizado muitas conquistas, parecem ter sido omitidas em todo

o contexto histórico. Talvez os ideais machistas tentem ocultar a grande importância da mulher na

história, ou até mesmo deixá-la presa a um mundo que gira em torno de pensamentos seletivos entre

homem e mulher.

Objetivo

Vamos viajar no tempo e comparar a evolução das propagandas, observando a presença da

imagem da mulher. Para compreender melhor esta oficina, assista ao vídeo abaixo acessando o link:

Avaliar a evolução das propagandas sobre a mulher no decorrer do tempo, observan-

do, ideologicamente, o uso de sua imagem, bem como o uso das cores e dos recursos

de linguagem como forma de persuasão.

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O papel da mulher na sociedade –leitura de propagandas

https://www.dropbox.com/s/o041r47gmnaeseh/o_papel_da_mulher_na_sociedade___leitura_de_propagandas.avi?dl=0

1) Após assistir ao vídeo, aponte as diferenças que você observou na edição das propagandas le-

vando em conta a linguagem verbal e não verbal.

2) Analise nas propagandas abaixo como a mulher era idealizada na sociedade de consumo.

Propaganda: Maizena e Nescao.

http://www.zun.com.br/fotos/2011/07/Propagandas-antigas-brasileiras.jpg

Propaganda: Kolynos

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http://1.bp.blogspot.com/--IrI0JNnLKo/TrcuSVNzbDI/AAAAAAAAJoI/wabg684lFTw/s1600/CREME+DENTAL+KOLYNOS

Propaganda: Biotonico Fontoura

http://4.bp.blogspot.com/-LR-6vGMzRg0/TWFgQqhB6FI/AAAAAAAAFM8/sGZzULtzE04/s1600/biotonico_fontoura.jpg

Propaganda Coca Cola

http://www.publistorm.com/wp-content/uploads/2010/04/600x1016xCartaz-Coca-Cola-7.jpg.pagespeed.ic.92sWLjPj7n.jpg

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A propaganda é imprescindível ao marketing por ser sua ferramenta mais visível e exposta

ao público, ativando suas percepções e persuadindo o seu comportamento por meio de apelos.

Destes, destacam-se os apelos sexuais, comuns na propaganda brasileira e em discussões feitas pela

sociedade e pelo governo.

Desta forma, o tema a ser discutido nesta atividade é a violência simbólica de gênero, que

será abordada a partir da análise da propaganda de cerveja veiculada na mídia. A violência simbóli-

ca de gênero diz respeito aos constrangimentos impostos pelas representações sociais de gênero –

sobre o masculino e o feminino. A mulher (e por extensão o seu corpo - assim fragmentados) está

presente nas propagandas para ser “consumida” assim como a cerveja. A partir de um olhar antro-

pológico feminista nota-se que as práticas discursivas dominantes veiculadas pela mídia reiteram

valores dominantes e tradicionais sobre as mulheres, constituindo uma forma de violência simbólica

de gênero dentro da sociedade contemporânea.

De acordo com Sardenberg, “falar de os corpos 'gendrados' requer que se pense o corpo

não como algo dado 'naturalmente', mas como um produto da história – tanto como objeto quanto

produto de representações e práticas sociais diversas, historicamente específicas.” (2002, p.56).

Deste modo, o gênero é um conjunto de códigos manipulados, de costumes, que se corpori-

ficam. “Temos que nos submeter à determinados rituais, muitas vezes diários, para nos tornarmos

mulheres (ou homens) segundo os ditames da sociedade em que vivemos e, assim, definirmos, aos

nossos olhos e aos dos outros, a nossa identidade de gênero. E tudo isso, é lógico, acompanhando os

padrões vigentes de estética impostos aos respectivos gêneros, padrões esses que variam no tempo e

no espaço, tanto geográfico quanto social.” (SARDENBERG, 2002, p.59).

O corpo por meio dos seus gestos, das posturas e das expressões faciais são criados, manti-

dos ou modificados em virtude do homem/mulher ser um ser social e viver em um determinado

contexto cultural. Isso significa que os homens e mulheres têm uma forma diferenciada de se comu-

nicar corporalmente, que se modifica de cultura para cultura.

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Propagandas Antigas X Atuais

http://atireiopaunogato.com.br/wp-content/uploads/2009/01/cervejamulher11.jpg http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/aulas/5421/imagens/africa.brahma1.jpg

a) Observando os dois textos, tente deduzir aproximadamente a época em que cada um foi produzido.

b) Os textos preveem que tipo de público alvo? Como você chegou a essa conclusão?

c) Sempre que se produz uma propaganda, há uma intenção. Qual é o objetivo nesses casos?

d) Ao analisar as propagandas, o que há em comum entre as duas imagens e o que está diferente?

e) Por que a mulher com o passar do tempo está sendo exposta fisicamente nos comerciais brasileiros?

f) Há alguma influência negativa nessa forma de abordagem?

Assista ao vídeo abaixo para compreender as diferenças entre os gêneros.

Gênero (Homem X Mulher)

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https://www.dropbox.com/s/3huey3ck1ltbid4/G_nero__Homem_x_mulher.avi?dl=0

Igualdade de gênero

Seja na escola, seja em casa, os meninos e as meninas devem ter direitos e deveres iguais.

A igualdade de gêneros é fundamental para as sociedades democráticas e igualitárias. A partir desta

afirmativa produza um pequeno texto expondo seu pondo de vista sobre o tema.

Professor!

Espera - se que nesta oficina os alunos percebam as transformações que as propagandas ganharam ao longo do

tempo com intuito não só de vender, mas também incutir ideologias no público alvo.

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Ao apresentarmos uma proposta de leitura de anúncios publicitários de caráter comercial e

social, pudemos verificar a possibilidade de se trabalhar com as linguagens midiáticas, que ocorrem

de maneira dinâmica e complexa em nossa sociedade. É uma reflexão teórica associada a uma

prática de leitura de suma importância, pois tem como propósito apresentar como as mensagens

publicitárias são construídas, articuladas ao conhecimento interdisciplinar, incluindo o conhecimen-

to linguístico para a depreensão das intenções comunicativas, que incorporam e representam o

modo de ser, pensar e desejar do indivíduo, no tempo e no espaço da modernidade no/do mundo.

A publicidade consegue representar e refletir valores da dinâmica social, com seus hábitos

e costumes, conforme Barbosa (2005, p. 180): “a significação publicitária reflete e refrata o conti-

nuum que em geral se chama realidade”. Ao representar a história por meio de um sistema de signos

em que a propaganda se situa, ela deixa marcas na mensagem do contexto em que foi produzida.

Objetivo

1- Vamos recordar nosso estudo, respondendo as questões abaixo:

a) O que é uma propaganda?

Desenvolver no educando a capacidade de leitura crítica dos gêneros propaganda

comercial e social impressa, identificando e apropriando-se de elementos compo-

sicionais e ideológicos.

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b) Quais os dois tipos de propaganda estudados e qual a função de cada um?

c) Quais as principais características de um texto publicitário?

d) Em que suportes podem aparecem os textos publicitários?

Divida a sala em grupos. Os alunos irão analisar uma das propagandas abaixo e, depois, apresentá-

las em forma de seminário, destacando as características linguísticas vistas nessa unidade didática e

as ideológicas que as compõem.

GRUPO 1

http://adubandoavida.wordpress.com/2008/06/20/propagandas/

GRUPO 2

http://www.i9propaganda.com.br/wp-content/uploads/2013/04/imagem_diamundialcancer20132.jpg

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a) Descrevam a propaganda de modo que, quem não a tenha visto, possa saber exatamente como

ela é. Indique os elementos que funcionam como pistas para a compreensão do leitor: os verbais e s

não verbais.

b) A propaganda em análise pelo grupo tem fim social ou comercial?

c) Que produto está sendo anunciado? Vocês tiveram alguma dificuldade para compreender o

texto? Justifiquem sua resposta.

d) A quem a propaganda se destina?

e) Que informações aparecem explícitas? Por que estão explícitas?

f) O que fica implícito, o que você deve inferir? Está implícito por quê?

g) Que conhecimentos anteriores você usou para compreender a propaganda?

h) Você acha que a propaganda pode atingir o objetivo de convencer o consumidor a adquirir o

produto que ela apresenta? Por quê?

i) Que efeitos essa propaganda causou em você?

ANALISANDO AS PROPAGANDAS

Professor!

Após a leitura das propagandas

solicite que cada grupo, a partir

do texto que recebeu, faça o que

se propõe abaixo:

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1) Nesta atividade, o professor deve propor uma análise das propagandas lidas na atividade anterior,

solicitando que sejam levantados os pontos positivos e os negativos de cada uma delas. Para isso, o

quadro abaixo será preenchido coletivamente.

2) Após o preenchimento do quadro, solicite que a turma realize uma eleição para a escolha da

melhor propaganda e em seguida redijam um texto argumentando a escolha da propaganda.

PROPAGANDA PONTOS POSITIVOS PONTOS NEGATIVOS

CARRO CELTA

CÂNCER

COTONETE

DOAÇÃO DE ÓR-

GÃOS

TRAMONTINA

ÔNIBUS

PERSONAGENS

DOAR LIVROS

Analise a propaganda a seguir:

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http://www.webix.com.br/fotos/imagens/criativas/criativo_pepsi.jpg

a) Por que será que nesta propaganda não há linguagem verbal?

b) Como os elementos não verbais estão interagindo e com que propósito?

c) Você acha que esta é uma boa propaganda? Por quê?

d) A Pepsi é um refrigerante muito conhecido. Por que os fabricantes têm que continuar fazen-

do propaganda desse produto?

Para finalizar a aplicação desta Unidade didática, será realizado um concurso na sala de aula no

qual os alunos desenvolverão um adesivo contendo uma propaganda de cunho social que tenha,

como tema, dados de sua realidade, a fim de mobilizar e transformar a comunidade em que estão

inseridos. O texto publicitário deve estar direcionado a assuntos de utilidade pública, a fim de pro-

pagar o conhecimento adquirido em sala de aula a toda comunidade. A arte selecionada será envia-

da a uma gráfica para fazer adesivos. Depois de prontos, os alunos do 9º ano irão adesivar os carros

na avenida principal da cidade.

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Professor!

Espera-se que ao final desta Unidade Didática os conteúdos apresentados sobre o Gênero

Propaganda sejam recursos didáticos motivadores para estimular a leitura crítica na escola, a fim de

formar leitores competentes, críticos e autônomos contribuindo para que os alunos sejam cidadãos

participativos e atuantes na sociedade, motivando-os a pensar sobre si, a vida, o mundo, os valores e

suas implicações diárias.

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Referências

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SANT‟ANNA, Armando. Propaganda: teoria, técnica e prática. São Paulo: Pioneira, 1998.

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