Tempos e Modos Verbais

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Tempos e Modos verbais O verbo indica um processo localizado no tempo. Podemos distinguir: presente, pretérito e futuro. Tempo presente: exprime um fato que ocorre no momento da fala. Ex.: Estou fazendo exercícios diariamente. Tempo passado: exprime um fato que ocorreu antes do momento da fala. Ex.: Ontem eu fiz uma série de exercícios. Tempo futuro: exprime um fato que irá ocorrer depois do ato da fala. Ex.: Daqui a quinze minutos irei para a academia fazer exercícios. O pretérito (ou passado) subdivide-se em: • Pretérito perfeito: indica um fato passado totalmente concluído. Ex.: Ninguém relatou o seu delírio. • Pretérito imperfeito: indica um processo passado não totalmente concluído, revela o fato em sua duração. Ex.: Ele conversava muito durante a palestra. • Pretérito mais-que-perfeito: indica um processo passado anterior a outro também passado. Ex.: “... sempre nos faltara aquele aproveitamento da vida...” (Mário de Andrade) O futuro subdivide-se em: • Futuro do presente: indica um fato posterior ao momento em que se fala. Ex.: Não tenho a intenção de esconder nada, assim que seus pais chegarem contarei o fato ocorrido. • Futuro do pretérito: indica um processo futuro tomado em relação a um fato passado. Ex.: Ontem você ligou dizendo que viria ao hospital. Empregos especiais: • Presente: - pode ocorrer com valor de perfeito, indicando um processo já ocorrido no passado (presente histórico). Em 15 de agosto de 1769 nasce Napoleão Bonaparte. (nasce = nasceu) - pode indicar futuro próximo. Amanhã eu compro o doce pra você. (compro = comprarei) - pode indicar um processo habitual, ininterrupto. Os animais nascem, crescem, reproduzem e morrem. • Imperfeito:

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Tempos e Modos verbais

O verbo indica um processo localizado no tempo. Podemos distinguir: presente, pretérito e futuro.

Tempo presente: exprime um fato que ocorre no momento da fala. Ex.: Estou fazendo exercícios diariamente.

Tempo passado: exprime um fato que ocorreu antes do momento da fala. Ex.: Ontem eu fiz uma série de exercícios.

Tempo futuro: exprime um fato que irá ocorrer depois do ato da fala. Ex.: Daqui a quinze minutos irei para a academia fazer exercícios.

O pretérito (ou passado) subdivide-se em:

• Pretérito perfeito: indica um fato passado totalmente concluído. Ex.: Ninguém relatou o seu delírio.

• Pretérito imperfeito: indica um processo passado não totalmente concluído, revela o fato em sua duração. Ex.: Ele conversava muito durante a palestra.

• Pretérito mais-que-perfeito: indica um processo passado anterior a outro também passado. Ex.: “... sempre nos faltara aquele aproveitamento da vida...” (Mário de Andrade)

O futuro subdivide-se em:

• Futuro do presente: indica um fato posterior ao momento em que se fala. Ex.: Não tenho a intenção de esconder nada, assim que seus pais chegarem contarei o fato ocorrido.

• Futuro do pretérito: indica um processo futuro tomado em relação a um fato passado. Ex.: Ontem você ligou dizendo que viria ao hospital.

Empregos especiais:

• Presente: - pode ocorrer com valor de perfeito, indicando um processo já ocorrido no passado (presente histórico). Em 15 de agosto de 1769 nasce Napoleão Bonaparte. (nasce = nasceu)

- pode indicar futuro próximo. Amanhã eu compro o doce pra você. (compro = comprarei)

- pode indicar um processo habitual, ininterrupto. Os animais nascem, crescem, reproduzem e morrem.

• Imperfeito: - pode ocorrer com valor de futuro do pretérito. Se eu não tivesse motivo, calava. (calava = calaria)

• Mais-que-perfeito: - pode ser usado no lugar do futuro do pretérito ou do imperfeito do subjuntivo. Mais fizera se não fora pouco o dinheiro que dispunha. (fizera = faria, fora = fosse)

- pode ser usado em orações optativas. Quem me dera ter um novo amor!

• Futuro do presente: - pode exprimir idéia de dúvida, incerteza. O rapaz que processou o patrão por racismo, receberá uns trinta mil de indenização.

- pode ser usado com valor de imperativo. Não levantarás falso testemunho.

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• Futuro do pretérito: - pode ocorrer com valor de presente, exprimindo polidez ou cerimônia. Você me faria uma gentileza?

Modos verbais

• Modo indicativo: exprime certeza, precisão do falante perante o fato. Eu gosto de chocolate.

• Modo subjuntivo: exprime atitude de incerteza, dúvida, imprecisão do falante perante o fato. Espero que você esteja bem.

• Modo imperativo: exprime atitude de ordem, solicitação, convite ou conselho. Não cante agora! Empreste-me 10 reais, por favor. Venha ao hospital agora, seu amigo vai ser operado. Não ponha tanto sal, isso pode lhe fazer mal.

Infinitivo pessoal ou impessoal

• Infinitivo impessoal: terminado em r para qualquer pessoa. Ex.: comprar, comer, partir.

Emprega-se o infinitivo impessoal:

a) Quando ele não estiver se referindo a sujeito algum. É preciso amar.

b) Na função de complemento nominal (regido de preposição). Esses exercícios não são fáceis de resolver.

c) Quando faz parte de uma locução verbal. Ele deve ir ao dentista.

d) Quando, dependente dos verbos deixar, fazer, ouvir, sentir, mandar, ver, tiver por sujeito um pronome oblíquo.

Sujeito Deixei- as passear. = eles e) Quando tiver valor de imperativo. Não fumar neste recinto.

• Infinitivo pessoal: além da desinência r vem marcado com desinência de pessoa e número.

Ex.: cantar – ø cantar - es cantar - ø cantar - mos cantar - des cantar – em

Ex.: Com esse calor convém tomarmos um sorvete.

- Usa-se o infinitivo pessoal, quando o seu sujeito é diferente do sujeito do verbo da oração principal. Ex.: A única solução era ficarmos em casa.

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ORTOGRAFIA OFICIAL

O Acordo Ortográfico da Língua Portuguêsa, feito em 1990; foi um acordo criado com o íntúito de fazer com que a Língua Portuguesa tenha um só jeito de ser escrita e ou falada, ou seja, as normas ortográficas têm de ser comuns para as variantes da Língua, fazendo com que haja a diminuição dos custos econômicos e financeiros, isso pode acarretar o ganho de outros países que também utilizam a Língua Portuguêsa (sendo a terceira Língua mais falada do Mundo), pois reduz o custo de materiais para a educação à distância.

Essa substituição será feita primeiramente no Brasil, fazendo com que os livros, dicionários e etc, sejam totalmente reescritos e/ou substituidos. Muitas pessoas acabam pensando que a Língua será totalmente mudada, mas é ao contrário, será somente mudada a grafia (modo de escrever, de certa região). Os países e seus representantes que fizeram parte desse acordo foram 7 (sete), que são: Angola; Brasil; Cabo Verde; Guiné-Bissau; Moçambique; Portugal e São Tomé e Príncipe em Lisboa.

Com essa variação na ortografia brasileira, acarretará na forma escrita 1,6% do vocabulário usado em Portugal e 0,5% no Brasil. Esse acordo acarretou nas seguintes mudanças ortográficas:

1. Alfabeto passou a ter 26 letras, incluindo as letras K, W, Y, A. 2. As palavras: assembleia, adeia, heroica, jiboia; não levam acento agudo ou ditongos abertos ei e oi. 3. O uso do trema foi eliminado. Ex: linguistica, aguentar, frequencia e aguir.

Sendo assim, para escrever, se faz necessário que a pessoa esteja sempre em dia com as constantes mudanças que a Língua Materna sofre, sendo ela comparada à tecnologia, está em constante processo de transformação.

Emprego do s

A letra S é empregada nos seguintes casos:

* sufixos –ês, -esa, -isa, quando indicam origem, título ou profissão:

camponês – camponesa Japonês - japonesa Burguês – burguesa

* sufixos –ense, -oso, -osa, isa, esa, quando formam adjetivos.

maravilhoso, gostosa, catarinense, princesa, sacerdotisa. * formas dos verbos pôr e querer e seus derivados.

puser, quis, quisesse.

* depois dos ditongos:

Lousa, mausoléu, coisa.

* Verbos derivados de palavras cujo radical termina com S.

Piso – Pisar - Pisando Friso – Frisar – Frisando Analise – Analisar - Analisando Pesquisa – Pesquisar – Pesquisando

Emprego do Z

Emprega-se a letra Z em:

* sufixos -ez e -eza, usados para formar substantivos abstratos derivados de adjetivos.

Riqueza (rico) Pobreza (pobre) Nobre (nobreza)

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Triste (tristeza)

* derivados de palavras cujo radical são terminados em Z.cruz: cruzeiro, cruzada. deslize: deslizar, deslizante.

* algumas palavras, como:

Azeite, amizade, buzina, xadrez, prezado, vazamento.

* verbos terminados em –izar, e seus cognatos.

Fertilizante, fertilizar, etc.

*os derivados terminados em –zal, -zeiro, -zinho, -zinha.

Cafezal, cafezinho, pezinho, vizinha, juazeiro etc

Emprego do g e do j

O G é usado nas seguintes palavras:

* Palavras terminadas em – ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio

pedágio, colégio, prestigio, relógio, refúgio.

* Palavras terminadas em – gem:

ferrugem, viagem, massagem, marge, selvagem.

O g também é usado nas palavras derivadas de outras que já contenham g: faringite (faringe), ferrugento (ferrugem).

O uso do J

A letra j é usada em palavras de origem africana, indígena:

biju, canjica, jabuticaba, jacaré, pajé. Nos verbos terminados em –jar ou –jear: viajar, arranjar, sujar, gorjear.

E também em palavras derivadas de outras já grafadas com j: lisonja- lisonjeiro varejista- varejo lajeado - laje.

ACENTUAÇÃO GRÁFICA

SÍLABA:

Vogal ou conjunto de fonemas que se pronunciam numa só emissão de voz:

sílaba átona (fraca) sílaba tônica (forte)

Classificação das palavras quanto ao número de sílabas:

Monossílabo: vocábulo formado por uma só sílaba. Exemplo: mar, eu, é.

Dissílabos: vocábulo formado por duas sílabas. Exemplo: de-do, ca-fé, ba-ú.

Trissílabos: vocábulo formado por três sílabas. Exemplo: prín-ci-pe, lâm-pa-da, ó-cu-los.

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Polissílabos: vocábulo formado por quatro ou mais sílabas. Exemplo: ma-ra-vi-lho-so, a-tro-pe-la-men-to, es-tú-pi-do.

Classificação das palavras quanto à acentuação:

Acentuação Tônica

Toda palavra tem uma sílaba que é pronunciada com mais intensidade que as outras. Essa sílaba é chamada de sílaba tônica. A sílaba tônica pode ocupar diferentes posições de acordo com essa colocação que pode ser classificada como: oxítona, paroxítona, proparoxítona e monossílaba tônica.

Os monossílabos podem ser:

Átonos (fracos):

Nunca são acentuados graficamente. Exemplos: o, a, os, as, um, uns, me, te, se, lhe, lhes, nos, que, com, de, por, sem, sob, mas, nem, e.

Tônicos (fortes):

Acentuam-se os que terminam em a(s), e(s), o(s), ão(s), ã(s), os ditongos abertos ói(s), éu(s), éi(s) e as formas verbais vêm e têm. Exemplos: mar, sol, pó, fez, fé, bom, eu , tu, nós, vós, meu, teu, seu, mim, ti, si, dá, dês, pôs, dói, não, pão, sãos, cru, réis.

Os monossílabos podem ser:Os dissílabos, trissílabos e polissílabos podem ser: Oxítonos: sílaba tônica na última sílaba. Exemplo: café, ralé, oposição, aparar. Paroxítonos: sílaba tônica na penúltima sílaba. Exemplo: cônsul, fusível, vulnerável, falo, escuto, mesa, cadeira, felicidade. Proparoxítonos: sílaba tônica na antepenúltima sílaba. Exemplo: pároco, próximo, trôpego, histérico, nêspera.

Os dissílabos, trissílabos e polissílabos podem ser:

Oxítonos: sílaba tônica na última sílaba. Exemplo: café, ralé, oposição, aparar.

Paroxítonos: sílaba tônica na penúltima sílaba. Exemplo: cônsul, fusível, vulnerável, falo, escuto, mesa, cadeira, felicidade.

Proparoxítonos: sílaba tônica na antepenúltima sílaba. Exemplo: pároco, próximo, trôpego, histérico, nêspera.

Normas da Acentuação Gráfica.

MONOSSÍLABOS TÔNICOS

São acentuados os terminados em A, E, O (com ou sem S no final). Exemplos: lá, nós, pé, mês, pó, ré.

OXÍTONOS

São acentuados os terminados em EM, ENS, A, E, O (com ou sem S no final).

Exemplos:

A, AS: está, atrás, fubá. E, ES: café, você, vocês. O, OS: avó, compôs, paletós. EM: também, amém, armazém, alguém. ENS: deténs, parabéns, armazéns.

Quando a sílaba tônica é formada por ditongo aberto:

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anéis, remóis, Ilhéus.

Quando o I ou o U da sílaba tônica, não sendo seguido por letra diferente de S , faz hiato com a vogal da sílaba anterior:

ba-ú, da-í, Lu-ís, a-í, I-ta-ja-í, Ja-ú

Atenção: Não são acentuados: ju-iz, ra-iz, Ra-ul, ru-im, ca-iu

PAROXÍTONAS

São acentuados os terminados em L, N, R, X, PS, I, IS, U, US, Ã, ÃS, ÃO, ÃOS,ON, NOS, UM ,UNS.

Exemplos: I, IS: táxi, tênis, júri, cútis U, US: ônus, bônus Ã, ÃS: ímã, órfãs ÃO, ÃOS: sótão, bênçãos ON, ONS: cólon, nêutrons UM, UNS: álbum, álbuns L, N, R, X, PS: fácil, cônsul, éden, hífen, pólen, abdômen, bíceps, fórceps, mártir, caráter, ônix, tórax.

Atenção: Não são acentuados os que terminam em ens: edens, hifens, abdomens. -ditongo crescente (seguido ou não de s: Flávia, Mário, cárie, gêmeo, óleo, tênue, água, régua, espontânea, crânio, mágoa, orquídea, árduo, mútuo, vídeo)

Quando a sílaba tônica é formada por ditongo aberto (éu, éi, ói): epopéica, celulóide, ovóide

Quando o I ou o u da sílaba tônica, não sendo seguido por nh, faz hiato com a vogal anterior, formando sozinho, ou com um s, uma sílaba: a-mi-ú-de, ar-ca-ís-mo, ru-í-do, ca-ís-te, re-ú-ne, e-go-ís-mo, sa-í-da, vi-ú-va, ci-ú-me, ra-í-zes, ju-í-zes

Atenção: Não são acentuados: mo-i-nho, ra-i-nha, cam-pa-i-nha, a-in-da, ca-ir-mos.

Quando a primeira vogal dos hiatos oo, ee (vogais repetidas) é tônica: vê-em, crê-em, lê-em, dê-em, re-lê-em, vô-o, a-ben-çô-o

Confronte: boa, garoa, voe, abençoe, coroa Atenção: põe, põem (pôr e seus compostos)

Atenção: põe, põem (pôr e seus compostos)

PROPAROXÍTONAS

Todos, sem exceção, são acentuados.

Encontros Vocálicos Ditongo - duas vogais em uma única sílaba (não se separam). Exemplo: oi, sau-da-de, frei. Hiato - duas vogais em sílabas vizinhas. Exemplo: saúde = sa-ú-de, coordenar = co-or-de-nar, faísca = fa-ís-ca.

Tritongo - três vogais em uma única sílaba (não se separam)Exemplo: Paraguai = Pa-ra-guai, Jóquei = Jô-quei.

Casos especiais

1. Acento diferencial:

-pôde ¹ pode ²: pretérito perfeito ¹ presente do verbo poder ² -pára ¹ para ²: presente do indicativo do verbo parar ¹

preposição ² -côa(s) ¹ coa(s) ²: presente do indicativo do verbo coar ¹ contração de com + a(s) ²

-péla(s) ¹ pela(s) ²: presente do indicativo do verbo pelar ou substantivo ¹ contração da preposição per + a(s) ²

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-pêlo(s) ¹ pelo(s) ²: substantivo ¹ contração de per + o(s) ²

-péra ¹ pêra ² pera ³: substantivo (pedra) ¹ substantivo (fruta) ² forma arcaica da preposição para ³

-pólo(s) ¹ pôlo(s) ² polo(s)³ : substantivo ¹ (extremidade) substantivo ² (pássaro) contração de por + o(s) ³

-pôr ¹ por ²: verbo ¹ preposição ²

2. Til

Usado sobre a e o nasais: não, vão, cãs, cãibra (ou câimbra), mãe, afã, ímã, fã; nas formas verbais de pôr e seus compostos (põe, põem, depõe, compõem).

3. Trema

Usado sobre a vogal u quando pronunciada mas átona, precedida de g ou q e seguida de e ou i:

tranqüilo, freqüentemente, averigüei, argüir, agüentar, lingüiça, cinqüenta, pingüim, delinqüência

Seu uso é facultativo em alguns casos:

líquido = líqüido liquidação = liqüidação sanguíneo = sangüíneo sanguinário = sangüinário lânguido = lângüido equilátero = eqüilátero retorquir = retorqüir

Atenção: eqüino (relativo ao cavalo), equino (moldura curva ou arredondada)

4. Palavras compostas com elementos separados por hífen

Cada um tem autonomia fonética, morfológica e gráfica, seguindo as regras gerais:

anglo-itálico recém-chegado pós-homérico pré-história

Obs.: Os prefixos anti, semi, super, circum, inter, nuper e arqui não são acentuados.

5. Abreviaturas

O acento original se mantém:

página = pág. século = séc.

6. Formas verbais

Considere cada parte como um todo e siga as regras gerais:

amá-lo = oxítono terminado em a + monossílabo átono desejá-lo-íamos = oxítono terminado em a + monossílabo átono + proparoxítono

Confronte: resolvê-las-ias; predispô-los-ão; compô-la-ei; compô-la-ás; pô-lo-íeis.

Observe que as formas verbais terminadas em a recebem acento agudo e as terminadas em e e o, acento circunflexo.

4-Classes de Palavras

A Primeira gramática do Ocidente foi de autoria de Dionísio de Trácia, que identificava oito partes do discurso: nome, verbo, particípio, artigo, preposição, advérbio e conjunção. Atualmente, são reconhecidas dez classes gramaticais pela maioria dos gramáticos: substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, conjunção, interjeição, preposição, artigo, numeral e pronome.

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Como podemos observar, houve alterações ao longo do tempo quanto às classes de palavras. Isso acontece porque a nossa língua é viva, e portanto vem sendo alterada pelos seus falantes o tempo todo, ou seja, nós somos os responsáveis por estas mudanças que já ocorreram e pelas que ainda vão ocorrer. Classificar uma palavra não é fácil, mas atualmente todas as palavras da língua portuguesa estão incluídas dentro de uma das dez classes gramaticais dependendo das suas características. A parte da gramática que estuda as classes de palavras é a MORFOLOGIA (morfo = forma, logia = estudo), ou seja, o estudo da forma. Na morfologia, portanto, não estudamos as relações entre as palavras, o contexto em que são empregadas, ou outros fatores que podem influenciá-la, mas somente a forma da palavra.

Há discordância entre os gramáticos quanto a algumas definições ou características das classes gramaticais, mas podemos destacar as principais características de cada classe de palavras:

SUBSTANTIVO – é dita a classe que dá nome aos seres, mas não nomeia somente seres, como também sentimentos, estados de espírito, sensações, conceitos filosóficos ou políticos, etc.

Exemplo: Democracia, Andréia, Deus, cadeira, amor, sabor, carinho, etc.

ARTIGO – classe que abriga palavras que servem para determinar ou indeterminar os substantivos, antecedendo-os.

Exemplo: o, a, os, as, um, uma, uns, umas.

ADJETIVO – classe das características, qualidades. Os adjetivos servem para dar características aos substantivos.

Exemplo: querido, limpo, horroroso, quente, sábio, triste, amarelo, etc.

PRONOME – Palavra que pode acompanhas ou substituir um nome (substantivo) e que determina a pessoa do discurso.

Exemplo: eu, nossa, aquilo, esta, nós, mim, te, eles, etc.

VERBO – palavras que expressam ações ou estados se encontram nesta classe gramatical.

Exemplo: fazer, ser, andar, partir, impor, etc.

ADVÉRBIO – palavras que se associam a verbos, adjetivos ou outros advérbios, modificando-os.

Exemplo: não, muito, constantemente, sempre, etc.

NUMERAL – como o nome diz, expressam quantidades, frações, múltiplos, ordem.

Exemplo: primeiro, vinte, metade, triplo, etc.

PREPOSIÇÃO – Servem para ligar uma palavra à outra, estabelecendo relações entre elas.

Exemplo: em, de, para, por, etc.

CONJUNÇÃO – São palavras que ligam orações, estabelecendo entre elas relações de coordenação ou subordinação.

Exemplo: porém, e, contudo, portanto, mas, que, etc.

INTERJEIÇÃO – Contesta-se que esta seja uma classe gramatical como as demais, pois algumas de suas palavras podem ter valor de uma frase. Mesmo assim, podemos definir as interjeições como palavras ou expressões que evocam emoções, estados de espírito.

Exemplo: Nossa! Ave Maria! Uau! Que pena! Oh!

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5-Crase

1. DEFINIÇÃO

Crase não é acento! O acento () denomina-se grave. Crase é, portanto, fusão. É o fenômeno da contração da preposição “a” com, por exemplo, o artigo “a”.

2. TESTE DO ARTIGO OU REGRA DO “AO”

Emprega-se o acento grave para indicar crase sempre que, substituindo-se a palavra feminina por uma masculina, aparecer a contração “ao”. O vocábulo masculino não precisa ser sinônimo do feminino. Precisa, sim, fazer sentido para a frase em que se está fazendo a substituição.

03. PRINCÍPIOS SINTÁTICOS DA CRASE

O fenômeno da crase está associado à regência (nominal e verbal) e, portanto, atrelado à estrutura sintática da frase. Dentro da oração, os termos que admitem crase são:

a) Objeto indireto.

b) Complemento nominal.

c) Adjunto adverbial.

04. CRASE PROIBIDA

Não ocorrerá crase quando o “a” estiver:

a) Antes de verbo.

b) Antes de palavra masculina.

c) Antes de pronomes pessoais.

d) Entre palavras repetidas.

e) Antes de pronomes de tratamento.

Exceções: dona, madama, senhora e senhorita.

f) Antes de pronomes indefinidos.

g) Antes de artigos indefinidos.

h) Antes dos pronomes demonstrativos esta(s), essa(s), isto, isso.

i) Antes dos pronomes relativos que, quem, cuja(s).

SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO

Gramática

1. Sujeito e predicado

sujeito: termo sobre o qual recai a afirmação do predicado e com o qual o verbo concorda.

predicado: termo que projeta uma afirmação sobre o sujeito.

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Tipos de sujeito

Determinado: o predicado se refere a um termo explícito na frase. Mesmo que venha implícito, pode ser explicitado. A noite chegou fria.O sujeito determinado pode ser:

Simples: tem só um núcleo: A caravana passa.Composto: tem mais de um núcleo: A água e o fogo não coexistem.

Indeterminado: o predicado não se refere a qualquer elemento explícito na frase, nem é possível identificá-lo pelo contexto.

(?) Falaram de você.(?) Falou-se de você.

Inexistente: o predicado não se refere a elemento algum.

Choverá amanhã.Haverá reclamações.Faz quinze dias que vem chovendo.É tarde

2. Termos ligados ao verbo

- Objeto direto: completa o sentido do verbo sem preposição obrigatória.Os pássaros fazem seus ninhos.

- Objeto indireto: completa o sentido do verbo por meio de preposição obrigatória.A decisão cabe ao diretor.

- Adjunto adverbial: liga-se ao verbo, não para completá-lo, mas para indicar circunstância em que ocorre a ação.O cortejo seguia pelas ruas.

- Agente da voz passiva: liga-se a um verbo passivo por meio de preposição para indicar quem executou a ação.O fogo foi apagado pela água.

3. Termos ligados ao nome

Adjunto adnominal: caracteriza o nome a que se refere sem a mediação de verbo. As fortes chuvas de verão estão caindo.

Predicativo: caracteriza o nome a que se refere sempre por meio de um verbo. Pode ser do sujeito e do objeto.

Aposto: termo de núcleo substantivo, que se liga a um nome para identificá-lo. O aposto é sempre um equivalente do nome a que se refere.O tempo, inimigo impiedoso, foge apressado.

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Complemento nominal: liga-se ao nome por meio de preposição obrigatória e indica o alvo sobre o qual se projeta a ação.Procederam à remoção das pedras.

4. Vocativo:

Termo isolado, que indica a pessoa a quem se faz um chamado. Vem sempre entre vírgulas e admite a anteposição da interjeição ó.Amigos, eu os convido a sentar.

SINTAXE DO PERÍODO

1. Orações subordinadas substantivasSão aquelas que desempenham a mesma função sintática do substantivo.

Os meninos observaram | que você chegou. (a sua chegada)

- Subjetiva: exerce a função de sujeito do verbo da oração principal.É necessário que você volte.

- Objetiva direta: exerce a função de objeto direto da oração principal.Eu desejava que você voltasse.

- Objetiva indireta: exerce a função de objeto indireto do verbo principal.Não gostaram de que você viesse.

- Predicativa: exerce a função de predicativo.A verdade é que ninguém se omitiu.

- Completiva nominal: desempenha a função de complemento nominal.Não tínhamos dúvida de que o resultado seria bom.

- Apositiva: desempenha a função de aposto em relação a um nome.Só nos disseram uma coisa: que nos afastássemos.

2. Orações subordinadas adjetivasSão aquelas que desempenham função sintática própria do adjetivo.Na cidade há indústrias que poluem. (poluidoras)

- Restritiva: é aquela que restringe ou particulariza o nome a que se refere. Vem iniciada por pronome relativo e não vem entre vírgulas.Serão recebidos os alunos que passarem na prova.

- Explicativa: é aquela que não restringe nem particulariza o nome a que se refere. Indica uma propriedade pressuposta como pertinente a todos os elementos do conjunto a que se refere. Inicia-se por pronome relativo e vem entre vírgulas.Os homens, que são racionais, não agem só por instinto.

3. Orações subordinadas adverbiaisSão aquelas que desempenham função sintática própria do advérbio.O aluno foi bem na prova porque estava calmo. (devido à sua calma)

- Causal: indica a causa que provocou a ocorrência relatada na oração principal.A moça atrai a atenção de todos porque é muito bonita.- Consecutiva: indica a conseqüência que proveio da ocorrência relatada na oração principal.A moça é tão bonita, que atrai a atenção de todos.- Condicional: indica um evento ou fato do qual depende a ocorrência indicada na oração principal. Se você correr demais, ficará cansado.- Comparativa: estabelece uma comparação com o fato expresso na oração principal.Lutou como luta um bravo.

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- Concessiva: concede um argumento contrário ao evento relatado na oração principal.O time venceu embora tenha jogado mal.- Conformativa: indica que o fato expresso na oração subordinada está de acordo com o da oração principal.Tudo ocorreu conforme os jornalistas previram.- Final: indica o fim, o objetivo com que ocorre a ação do verbo principal.Estudou para que fosse aprovado.- Temporal: indica o tempo em que se realiza o evento relatado na oração principal.Chegou ao local, quando davam dez horas.- Proporcional: estabelece uma relação de proporcionalidade com o verbo principal.Aprendemos à medida que o tempo passa.

4. Orações coordenadasSão todas as orações que não se ligam sintaticamente a nenhum termo de outra oração.Chegou ao local // e vistoriou as obras.

As coordenadas podem ou não vir iniciadas por conjunção coordenativa. Chamam-se coordenadas sindéticas as que se iniciam por conjunção e assindéticas as que não se iniciam.

Presenciei o fato, mas ainda não acredito. or. c. assindética or. c. sindética

As coordenadas assindéticas não se subclassificam.As coordenadas sindéticas subdividem-se em cinco tipos:

- Aditiva: estabelece uma relação de soma.Entrou e saiu logo.- Adversativa: estabelece uma relação de contradição.Trouxe muitas sugestões, mas nenhuma foi aceita.- Alternativa: estabelece uma relação de alternância.Aceite a proposta ou procure outra solução.- Conclusiva: estabelece relação de conclusão.Penso, portanto existo.- Explicativa: estabelece uma relação de explicação ou justificação. Contém sempre um argumento favorável ao que foi dito na oração anterior.Ele deve ser estrangeiro, pois fala mal o português.

PONTUAÇÃO

Ponto (.)

usa-se no final do período, indicando que o sentido está completo e nas abreviaturas (Dr., Exa., Sr.); marca uma pausa absoluta

Vírgula (,)

Marca uma pequena pausa. É usada para separar: o aposto; o vocativo; o atributo; os elementos de um sintagma não ligados pelas conjunções e, ou, nem; as coordenadas assindéticas não ligadas por conjunções; as orações relativas; as orações intercaladas; as orações subordinadas e as adversativas introduzidas por mas, contudo, todavia e porém.

Ponto e vírgula (;)

Sinal intermédio entre o ponto e a vírgula que indica que a frase não está finalizada. Usa-se: em frases constituídas por várias orações, algumas das quais já contêm uma ou mais vírgulas; para separar frases subordinadas dependentes de uma subordinante; como substituição da vírgula na separação da oração coordenada adversativa da oração principal.

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Dois pontos (:)

Marcam uma pausa e anunciam: uma citação; uma fala; uma enumeração; um esclarecimento; uma síntese

Ponto de interrogação (?)

Usa-se no final de uma frase interrogativa directa e indica uma pergunta

Ponto de exclamação (!)

Usa-se no final de qualquer frase que exprime sentimentos, emoções, dor, ironia e surpresa

Reticências (...)

Marcam uma interrupção na frase indicando que o sentido da oração ficou incompleto

Aspas ("...")

Usam-se para delimitar citações; para referir títulos de obras; para realçar uma palavra ou expressão

Parênteses (...)

Marcam uma observação ou informação acessória intercalada no texto

Parágrafo (§)

Constitui cada uma das secções de frases de um escrito; começa por letra maiúscula, um pouco além do ponto em que começam as outras linhas.

Travessão (-)

marca o início e o fim das falas, no diálogo para distinguir cada um dos interlocutores; as orações intercaladas; as sínteses no final de um texto. Substitui os parênteses.

Manual de Estilo e Redação de Vitória

Parênteses - Este sinal () é usado em orações intercaladas e incidentes: "Corri ao ilustre ateniense, para levantá-lo, mas (com dor o digo) era tarde: estava morto, morto pela segunda vez." (Machado de Assis, Uma visita de Alcibíades.) O acordo de 1943 diz que o sinal de pontuação deve marcar-se depois dos parênteses, sempre que a pausa coincidir com o início da oração incidente. Mas quando a frase inteira ou qualquer unidade se achar encerrada pelos parênteses, coloca-se dentro destes a pontuação competente. Portanto, não há simultaneamente pontos-finais antes e depois dos parênteses. Havendo um ponto antes, o seguinte virá antes do segundo parêntese.

Pontuação com ETC. - Etc. é abreviatura da expressão latina et cetera (ou caetera) que significa 'e outras coisas', 'e outros', 'e assim por diante': Comprou livros, revistas, etc.

Pontuação nos títulos e cabeçalhos - Todos os cabeçalhos e títulos são encerrados por pontos-finais. Não há uniformidade quando ao uso desta pontuação, mas é de bom tom seguir o que determina a ortografia oficial vigente. Isso embora muita gente considere mais estético não pontuar títulos. Em jornalismo, por exemplo, não se usa a pontuação de titulação.

Ponto de exclamação - Quase sempre desnecessário em texto jornalístico. Só deve ser usado em declarações enfáticas, e sempre entre aspas.

Ponto-e-vírgula - Indica pausa maior que a vírgula e menor que o ponto. Emprega-se nos seguintes casos: A) para separar orações coordenadas não unidas por conjunção, que guardem relação entre si: a represa está

Page 14: Tempos e Modos Verbais

poluída; os peixes estão mortos. B) para separar orações coordenadas, quando pelo menos uma delas já tem elementos separados por vírgula: o resultado final foi o seguinte: 20 deputados votaram a favor da emenda; 39, contra. C) para separar os diversos itens de uma enumeração, principalmente quando há vírgulas em seu interior: Compareceram ao evento: Herbert de Souza, o Betinho, cientista social; Paulo Santos, historiador; Marcos Tavares, economista, e Antônio Rocha, cientista político.

Travessão - O travessão (-) não passa de um hífen prolongado e tem os seguintes empregos: 1) liga palavras ou grupos de palavras que formam encadeamentos vocabulares: O percurso Rio - São Paulo. A estrada de ferro Rio Grande do Sul - São Paulo. 2) substitui parênteses, vírgulas e dois pontos em alguns casos: "...vendo naquela paz de claustro católico como um recanto da pátria recuperada - o abrigo e a consolação - rolaram-me das pálpebras duas lágrimas mudas." (Eça de Queiroz, O Mandarim.) 3) indica dialogação, mudança de interlocutor: "Imagino Irene entrando no céu: - Licença, meu branco! E São Pedro bonachão: - Entra, Irene. Você não precisa pedir licença." (Manuel Bandeira, Irene no Céu.) 4) evita a repetição de um termo já mencionado: Assis (Joaquim Maria Machado de -) 5) dá ênfase e realce à palavra ou pensamento que segue: "Só há um caminho para a conquista da natureza, dos homens, de si mesmo: - saber. Não há outro meio de o conseguir: - querer. (Afrânio Peixoto)

Vírgulas - Como as pessoas erram demais neste ponto, vamos repetir aqui as regras gerais já deixadas na redação do GAB-COM. Devemos usar vírgulas para: 1 - Separar palavras da mesma classe. Exemplo: "A casa tem três quartos, dois banheiros, três salas e um quintal". 2 - Para separar vocativos. Exemplo: "Minha filha, não seja precipitada." 3 - Para separar apostos. Exemplo: "Brasília, Capital da República, foi fundada em 1960." 4 - Para separar palavras e expressões explicativas, retificativas ou continuativas. Exemplos: "Gastamos R$ 1 mil, isto é, tudo o que tínhamos". "Ela não pôde vir, ou melhor, não quis vir". "Quer dizer que você, então, não mais verá o Festival de Monólogos?" 5 - Para separar orações coordenadas assindéticas. Exemplo: "O tempo não pára no porto, não apita na curva, não espera ninguém." 6 - Antes de todas as conjunções coordenativas, menos e e nem aditivas (o e, quando equivale a mas, exige anteposição de vírgula). Exemplos: "Eu queria falar, mas não conseguia". "Cumprimos nossa obrigação, logo nada temos a temer" . "Não chore, que será pior." 7 - Depois do elemento coordenativo e correlativo de não só. Exemplo: "Lars Grael não só pediu, mas exigiu Justiça." 8 - Para separar todas as conjunções adversativas e conclusivas no meio da frase. Exemplo: "Estou triste; não estou, porém, decepcionado." 9 - Antes da conjunção e, quando os sujeitos forem diferentes. Exemplo: "O homem vendeu o carro, e a mulher protestou." No caso, "homem" é sujeito de "vendeu", e "mulher" é sujeito de "protestou". 10 - Antes de e e nem repetidos. Exemplos: "Ele chegou, e gritou, e esbravejou, e esperneou, e morreu." Ela não é lindíssima, nem elegante, nem inteligente, nem educada, mas é a mais nova loura do Tcham." 11 - Para separar o nome da localidade, nas datas. Exemplo: "Vitória, 5 de junho de 2000." 12 - Depois de qualquer termo da oração que apareça fora do seu lugar normal. Exemplo: "As laranjas, você chegou a comprar?" 13 - Para separar qualquer oração que venha antes ou no meio da principal. Exemplos: "Quando o prefeito voltar, avise-nos imediatamente". "O artista que ficou satisfeito com a sua obra, faltou à vocação". 14 - Para separar orações adverbiais explicativas. Exemplo: "Vitória, que é Capital do Espírito Santo, é conhecida como Cidade Presépio." 15 - Para separar adjuntos adverbiais longos. Exemplo: " Depois de algumas semanas de trabalho árduo, voltamos para casa." 16 - Para separar todas as palavras repetidas e também indicar omissão de verbos facilmente subentendidos. Exemplos: "Mulheres, mulheres, mulheres, quantas mulheres?" Ou então: "Carmen ficou alegre; eu, muito triste."

Concordância Verbal

Regra geral

O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa.

Ex: Bancários iniciam campanha eleitoral.

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Concordância do verbo com o sujeito composto1º Caso de Concordância Verbal

Quando o sujeito composto vier anteposto ao verbo, o verbo irá para o plural.Ex: O milho e a soja subiram de preço.

Obs.: Quando os núcleos do sujeito forem sinônimos, o verbo poderá ficar no singular ou no plural.Ex: Medo e terror nos acompanha (acompanham) sempre.

Quando os núcleos do sujeito vierem resumidos por tudo, nada, alguém ou ninguém, o verbo ficará no singular.Ex: Dinheiro, mulheres, bebida, nada o atraía.

Quando o sujeito for formado por núcleos dispostos em gradação (ascendente ou descendente) o verbo ficará no singular ou no plural. Ex: Uma briga, um vento, o maior furacão não os inquietava (inquietavam).2º. Caso de Concordância Verbal

Quando o sujeito composto vier posposto ao verbo, o verbo irá para o plural ou concordará apenas com o núcleo do sujeito que estiver mais próximo.Ex: Chegou o pai e a filha. Chegaram o pai e a filha.3º. Caso

Quando o sujeito composto for formado por pessoas gramaticais diferentes, o verbo irá para o plural na pessoa que tiver prevalência. 1º , 2º , 3º. 2º , 3º. de Concordância Verbal

Ex: Eu, tu e ele fizemos o exercício.Tu e ele fizeste / fizeram.4º. Caso de Concordância Verbal

Quando os núcleos do sujeito vierem ligados pela conjunção "ou" , o verbo ficará no singular se houver idéia de exclusão. Se houver idéia de inclusão o verbo irá para o plural.

Ex: Pedro ou Antônio será o presidente do clube.(Exclusão)Laranja ou mamão fazem bem a saúde. (Inclusão)Casos especiais de concordância verbal1º. Caso

Com a expressão "um dos que" o verbo ficará no singular e no plural. O plural é construção dominante.Ex: Você é um dos que mais estudam (estuda).2º. Caso

Quando o sujeito for constituído das expressões "mais de", "menos de", "cerca de" o verbo concordará com o numeral que segue as expressões.Ex: Mais de uma pessoa protestou contra a lei.Mais de vinte pessoas protestaram contra a decisão.

Obs.: Com a expressão "mais de um"pode ocorrer o plural:- Quando o verbo dá idéia de ação recíproca (troca de ações).

Ex: Mais de uma pessoa se abraçaram.- Quando a expressão "mais de um" vem repetida.Ex: Mais de um amigo, mais de um parente estavam presentes.3º. Caso

Page 16: Tempos e Modos Verbais

Se o pronome interrogativo ou indefinido estiver no singular o verbo só concordará com ele. Se esses pronomes estiverem no plural o verbo concordará com ele ou com o pronome pessoal.

Ex: Qual de nós?Alguns de nós.Qual de nós viajará?Quais de nós viajarão (viajaremos)?4º. Caso

Quando o sujeito for um coletivo o verbo ficará no singular.

Ex: A multidão gritava desesperadamente.

Obs.:- Quando o coletivo vier seguido de um adjunto no plural, o verbo ficará no singular ou poderá ir para o plural.

Ex: A multidão de torcedores gritava (gritavam) desesperadamente.5º. Caso

Quando o sujeito de um verbo for pronome relativo "que", o verbo concordará com o antecedente deste pronome.

Ex: Sou eu que pago.6º. Caso

Quando o sujeito de um verbo for um pronome relativo "quem", o verbo concordará com o antecedente ou ficará na 3º pessoa do singular concordando com o sujeito quem.

Ex: Sou eu quem paga (pago).7º. Caso

Quando o sujeito for formado por nome próprio que só tem plural, não antecipado de artigo, o verbo ficará no singular; se o nome próprio vier antecipado de artigo o verbo irá para o plural.

Ex: Minas Gerais possui grandes fazendas.Os Estados Unidos são uma nação poderosa.8º. Caso

Os verbos impessoais ficam sempre na 3º pessoa do singular.

Ex: Faz 5 anos...Havia crianças na fila.

Obs.:- Também fica na 3º pessoa de singular o verbo auxiliar que se põe junto a um verbo impessoal formando uma locução verbal.

Page 17: Tempos e Modos Verbais

Ex: Deve haver crianças na fila.- O verbo existir não é impessoal.

Ex: Existiam crianças na fila.Devem existir crianças na fila. (O verbo auxiliar de um verbo pessoal concordará com o sujeito).9º. Caso

Com os verbos "dar", "bater", "soar" se aparecer o sujeito"relógio"a concordância se fará com ele; se não aparecer com o sujeito "relógio" a concordância se fará com o número de horas.

Ex: O relógio deu cinco horas.Deram cinco horas no relógio da matriz. ... relógio da matriz: Adjunto adverbial de lugar.10º. Caso

Quando o sujeito for formado por um pronome de tratamento o verbo irá sempre para 3º pessoa.Vossa Excelência leu meus relatórios?11º. Caso

Quando "se" funcionar como partícula apassivadora o verbo concordará normalmente com o sujeito da oração.

Ex: Pintou-se o carro.Alugam-se casas.12º. Caso

Quando o "se" funcionar como Índice de Indeterminação do Sujeito o verbo ficará sempre na 3º pessoa do singular.

Ex: Precisa-se de secretária.Vive-se bem aqui.13º. Caso

O verbo parecer, seguido de infinitivo admite duas construções: - Flexiona-se o verbo parecer e não se flexiona o infinitivo.- Flexiona-se o infinitivo e não flexiona-se o verbo parecer.

Ex: Os prédios parecem cair.Os prédios parece caírem.Concordância como verbo ser

a- Quando, em predicados nominais, o sujeito for representado por um dos pronomes TUDO, NADA, ISTO, ISSO, AQUILO: o verbo ser ou parecer concordarão com o predicativo.

Ex.: Tudo são flores./Aquilo parecem ilusões.

Poderá ser feita a concordância com o sujeito quando se quer enfatizá-lo.

Ex.: Aquilo é sonhos vãos.

b- O verbo ser concordará com o predicativo quando o sujeito for os pronomes interrogativos QUE ou QUEM.

Page 18: Tempos e Modos Verbais

Ex.: Que são gametas?/ Quem foram os escolhidos?

c- Em indicações de horas, datas, tempo, distância: a concordância será com a expressão numérica

Ex.: São nove horas./ É uma hora.

Em indicações de datas, são aceitas as duas concordâncias pois subentende-se a palavra dia.

Ex.: Hoje são 24 de outubro./ Hoje é (dia) 24 de outubro.

d- Quando o sujeito ou predicativo da oração for pronome pessoal, a concordância se dará com o pronome.

Ex.: Aqui o presidente sou eu.

Se os dois termos (sujeito e predicativo) forem pronomes, a concordância será com o que aparece primeiro, considerando o sujeito da oração.

Ex.: Eu não sou tu

e- Se o sujeito for pessoa, a concordância nunca se fará com o predicativo.

Ex.: O menino era as esperanças da família.

f- Nas locuções é pouco, é muito, é mais de, é menos de junto a especificações de preço, peso, quantidade, distância e etc, o verbo fica sempre no singular.

Ex.: Cento e cinqüenta é pouco./ Cem metros é muito.

g- Nas expressões do tipo ser preciso, ser necessário, ser bom o verbo e o adjetivo podem ficar invariáveis, (verbo na 3ª pessoa do singular e adjetivo no masculino singular) ou concordar com o sujeito posposto.

Ex.: É necessário aqueles materiais./ São necessários aqueles materiais.

h- Na expressão é que, usada como expletivo, se o sujeito da oração não aparecer entre o verbo ser e o que, ficará invariável. Se aparecer, o verbo concordará com o sujeito.

Ex.: Eles é que sempre chegam atrasados./ São eles que sempre chegam atrasados.

Concordância Nominal1. Substantivo + Substantivo... + Adjetivo

Quando o adjetivo posposto se refere a dois ou mais substantivos, concorda com o último ou vai facultativamente:

para o plural, no masculino, se pelo menos um deles for masculino; para o plural, no feminino, se todos eles estiverem no feminino.

Exemplos:Ternura e amor humano.Amor e ternura humana.Ternura e amor humanos.Carne ou peixe cru.Peixe ou carne crua.Carne ou peixe crus.

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2. Adjetivo + Substantivo + Substantivo + ...

Quando o adjetivo anteposto se refere a dois ou mais substantivos, concorda com o mais próximo.

Exemplos:Mau lugar e hora.Má hora e lugar.

3. Substantivo + Adjetivo + Adjetivo + ...

Quando dois ou mais adjetivos se referem a um substantivo, este vai para o singular ou plural.

Exemplos:Estudo as línguas inglesa e portuguesa.Estudo a língua inglesa e (a) portuguesa.Os poderes temporal e espiritual.O poder temporal e (o) espiritual.

4. Ordinal + Ordinal + ... + Substantivo

Quando dois ou mais ordinais vêm antes de um substantivo, determinando-o, este concorda com o mais próximo ou vai para o plural.

Exemplos:A primeira e segunda lição.A primeira e segunda lições.

5. Substantivo + Ordinal + Ordinal + ...

Quando dois ou mais ordinais vêm depois de um substantivo, determinando-o, este vai para o plural.

Exemplo:As cláusulas terceira, quarta e quinta.

6. Um e outro / Nem um nem outro + Substantivo

Quando as expressões "um e outro", "nem um nem outro" são seguidas de um substantivo, este permanece no singular.

Exemplos:Um e outro aspecto.Nem um nem outro argumento.De um e outro lado.

7. Um e outro + Substantivo + Adjetivo

Quando um substantivo e um adjetivo vêm depois da expressão "um e outro", o substantivo vai para o singular e o adjetivo para o plural.

Exemplos:Um e outro aspecto obscuros.Uma e outra causa juntas.

Page 20: Tempos e Modos Verbais

8. "O (a) mais ... possível" - "Os (as) mais ... possíveis" - "O (a) pior ... possível" - "Os (as) piores ..." - "O (a) melhor ... possível" - "Os (as) melhores ... possíveis"

O adjetivo "possível", nas expressões "o mais ...", "o pior ...", "o melhor ..." permanece no singular.

Com as expressões "os mais ...", "os piores ...", "os melhores ...", vai para o plural.

Exemplos:Os dois autores defendem a melhor doutrina possível.Estas frutas são as mais saborosas possíveis.Eles foram os mais insolentes possíveis.Comprei poucos livros, mas são os melhores possíveis.

9. Particípio + Substantivo

O particípio concorda com o substantivo a que se refere.

Exemplos:Feitas as contas ...Vistas as condições ...Restabelecidas as amizades ...Postas as cartas na mesa ...Salvas as crianças ...

Observação:"Salvo", "posto" e "visto" assumem também papel de conectivos, sendo, por isso, invariáveis:Salvo honrosas exceções.Posto ser tarde, irei.Visto ser longe, não irei.

10. Anexo / bastante / incluso / leso / mesmo / próprio + Substantivo

Essas palavras concordam com o substantivo a que se referem.

Exemplos:Vão anexas as cópias.Recebi bastantes flores.Vão inclusos os documentos.Cometeu um crime de lesa-pátria.Cometeu um crime de leso-patriotismo.Ele mesmo falou aquilo.Ela mesma falou aquilo.Elas próprias falaram aquilo.

11. Meio (= metade) + Substantivo

O adjetivo "meio" concorda com o substantivo a que se refere.

Exemplos:Meias medidas.Meio litro.Meia garrafa.

12. Meio (= um tanto) + Adjetivo

O advérbio "meio", que se refere a um adjetivo, permanece invariável.

Page 21: Tempos e Modos Verbais

Exemplos:Ela parecia meio encabulada.Janela meio aberta.

Observações:

1. Na fala, observam-se exemplos do advérbio "meio" flexionado. Tal fato pode ser explicado pelo fenômeno da "concordância atrativa", ou por influência do adjetivo a que se refere: "Ela está meia cansada".

Dessa concordância existem exemplos entre os clássicos: "Uns caem meios mortos". (Camões)

2. Em "meio-dia e meia", "meia" concorda com a palavra "hora", oculta na expressão "meio-dia e meia (hora)". Essa é a construção recomendada pela maioria dos manuais de cultura idiomática.

A construção "meio-dia e meio" também ocorre na fala; a forma "meio" permanece no masculino, por atração ou influência da forma masculina "meio-dia".

3. A palavra "meio" funciona como elemento de justaposição em "meias-luas", "meios-termos", "meios-tons", "meia-idade", etc.

13. Verbo transobjetivo + predicativo do objeto + objeto + objeto ...Verbo transobjetivo + objeto + objeto ... + predicativo do objeto

Verbotransobjetivo é o verbo que pede, além de um complemento-objeto, uma qualificação para esse complemento (= predicativo do objeto).

Nesse caso, o predicativo concorda com o(s) objetos.

Verbo transobjetivo + predicativo do objeto + objeto + objeto ...Julgou

ConsidereiAchei

inocentesoportunassimpáticos

o pai e o filhoa decisão e a sugestão

a irmã e o irmão

Verbo transobjetivo + objeto + objeto ... + predicativoJulgou

ConsidereiAchei

o pai e o filhoa decisão e a sugestão

a irmã e o irmão

inocentesoportunassimpáticos

14. Casa, página (+ número) + numeral

Na enumeração de casas e páginas, o numeral concorda com a palavra oculta "número".

Exemplos:Casa dois.Página dois.

15. Substantivo + é bom / é preciso / é proibido

Em construções desse tipo, quando o substantivo não está determindado, as expressões "é bom", "é preciso", "é proibido" permanecem no singular.

Exemplos:Maçã é bom para a saúde.É preciso cautela.É proibido entrada.

Page 22: Tempos e Modos Verbais

Observação:Quando há determinação do sujeito, a concordância efetua-se normalmente:É proibida a entrada de meninas.

16. Pronome de tratamento (referindo-se a uma pessoa de sexo masculino) + verbo de ligação + adjetivo masculino

Quando um adjetivo modifica um pronome de tratamento que se refere a pessoa do sexo masculino, vai para o masculino.

Exemplos:Sua Santidade está esperançoso.Referindo-se ao Governador, disse que Sua Excelência era generoso.

17. Nós / Vós + verbo + adjetivo

Quando um adjetivo modifica os pronomes "nós / vós", empregados no lugar de "eu / tu", vai para singular.

Exemplos:Vós (= tu) estais enganado.Nós (= eu) fomos acolhido muito bem.Sejamos (nós = eu) breve.

Regência Verbal

A regência estuda a relação existente entre os termos de uma oração ou entre as orações de um período.

A regência verbal estuda a relação de dependência que se estabelece entre os verbos e seus complementos. Na realidade o que estudamos na regência verbal é se o verbo é transitivo direto, transitivo indireto, transitivo direto e indireto ou intransitivo e qual a preposição relacionada com ele.

Verbos Transitivos Diretos Verbos Transitivos Indiretos Verbos Transitivos Diretos e Indiretos Verbos Intransitivos

VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS

São verbos que indicam que o sujeito pratica a ação, sofrida por outro elemento, denominado objeto direto. Por essa razão, uma das maneiras mais fáceis de se analisar se um verbo é transitivo direto é passar a oração para a voz passiva, pois somente verbo transitivo direto admite tal transformação, além de obedecer, pagar e perdoar, que, mesmo não sendo VTD, admitem a passiva.

O objeto direto pode ser representado por um substantivo ou palavra substantivada, uma oração (oração subordinada substantiva objetiva direta) ou por um pronome oblíquo.

Os pronomes oblíquos átonos que funcionam como objeto direto são os seguintes: me, te, se, o, a, nos, vos, os, as.

Os pronomes oblíquos tônicos que funcionam como objeto direto são os seguintes: mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, eles, elas. Como são pronomes oblíquos tônicos, só são usados com preposição, por isso se classificam como objeto direto preposicionado.

EU PROCURO UM GRANDE AMORVTD OD

Vamos à lista, então, dos mais importantes verbos transitivos diretos: Há verbos que surgirão em mais de uma lista, pois têm mais de um significado e mais de uma regência.

Page 23: Tempos e Modos Verbais

Aspirar será VTD, quando significar sorver, absorver.

Como é bom aspirar a brisa da tarde.

Visar será VTD, quando significar mirar ou dar visto. O atirador visou o alvo, mas errou o tiro.

Agradar será VTD, quando significar acariciar ou contentar. A garotinha ficou agradando o cachorrinho por horas.

Querer será VTD, quando significar desejar, ter a intenção ou vontade de, tencionar.. Sempre quis seu bem.Quero que me digam quem é o culpado.

Chamar será VTD, quando significar convocar. Chamei todos os sócios, para participarem da reunião.

Implicar será VTD, quando significar fazer supor, dar a entender; produzir como conseqüência, acarretar. Os precedentes daquele juiz implicam grande honestidade.Suas palavras implicam denúncia contra o deputado.

Desfrutar e Usufruir são VTD sempre. Desfrutei os bens deixados por meu pai.Pagam o preço do progresso aqueles que menos o desfrutam.

Namorar é sempre VTD. Só se usa a preposição com, para iniciar Adjunto Adverbial de Companhia. Esse verbo possui os significados de inspirar amor a, galantear, cortejar, apaixonar, seduzir, atrair, olhar com insistência e cobiça, cobiçar. Joanilda namorava o filho do delegado.O mendigo namorava a torta que estava sobre a mesa.Eu estava namorando este cargo há anos.

Compartilhar é sempre VTD.Berenice compartilhou o meu sofrimento.

Esquecer e Lembrar serão VTD, quando não forem pronominais, ou seja, caso não sejam usados com pronome, não serão usados também com preposição. Esqueci que havíamos combinado sair.Ela não lembrou o meu nome.

VERBOS TRANSITIVOS INDIRETOS

São verbos que se ligam ao complemento por meio de uma preposição. O complemento é denominado OBJETO INDIRETO. O objeto indireto pode ser representado por um substantivo, ou palavra substantivada, uma oração (oração subordinada substantiva objetiva indireta) ou por um pronome oblíquo. Os pronomes oblíquos átonos que funcionam como objeto indireto são os seguintes: me, te, se, lhe, nos, vos, lhes. Os pronomes oblíquos tônicos que funcionam como objeto indireto são os seguintes: mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, eles, elas.

EU GOSTO DE BEIJAR VTI OI

Vamos à lista, então, dos mais importantes verbos transitivos indiretos: Há verbos que surgirão em mais de uma lista, pois têm mais de um significado e mais de uma regência.

VERBOS TRANSITIVOS INDIRETOS, COM A PREPOSIÇÃO. A:

Aspirar será VTI, com a prep. a, quando significar almejar, objetivar.. Aspiramos a uma vaga naquela universidade.

Visar será VTI, com a prep. a, quando significar almejar, objetivar. Sempre visei a uma vida melhor.

Page 24: Tempos e Modos Verbais

Agradar será VTI, com a prep. a, quando significar ser agradável; satisfazer. Para agradar ao pai, estudou com afinco o ano todo.

Querer será VTI, com a prep. a, quando significar estimar. Quero aos meus amigos, como aos meus irmãos.

Assistir será VTI, com a prep. a, quando significar ver ou ter direito. Gosto de assistir aos jogos do Santos.Assiste ao trabalhador o descanso semanal remunerado.

Custar será VTI, com a prep. a, quando significar ser difícil. Nesse caso o verbo custar terá como sujeito aquilo que é difícil, nunca a pessoa, que será objeto indireto.

VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS E INDIRETOS

São os verbos que possuem os dois complementos - OBJETO DIRETO E OBJETO INDIRETO. CHAMEI À ATENÇÃO DO MENINO, POIS QUERIA LHE FALAR. VTDI Objeto Direto Objeto indireto

Obs.: A expressão Chamar a atenção de alguém não significa repreender, e sim fazer se notado. Por exemplo: O cartaz chamava a atenção de todos que por ali passavam.

VERBOS INTRANSITIVOS

São os verbos que não necessitam de complementação. Sozinhos, indicam a ação ou o fato.

AS MARGARIDAS MORRERAM.VI

Regência Nominal

Relação de um nome com seu complemento nominal.

Na regência nominal, não há tantos desencontros entre a norma culta e a fala popular. Por

isso, pode-se confiar na intuição.

A seguir um quadro com alguns nomes e suas regências mais comuns:

a

acessível, adequado, alheio, análogo, apto, avesso, benéfico, cego, conforme,

desatento, desfavorável, desleal, equivalente, fiel, grato, guerra, hostil,

idêntico, inerente, nocivo, obediente, odioso, oposto, peculiar, pernicioso,

próximo (de), superior, surdo (de), visivel.

de

amante, amigo, ansioso, ávido, capaz, cobiçoso, comum, contemporâneo,

curioso, devoto, diferente, digne, dotado, duro, estreito, fértil, fraco, inocente,

menor, natural, nobre, orgulhoso, pálido, passível, pobre, pródigo (em),

temeroso, vazio, vizinho.

com afável, amoroso, aparentado, compatível, conforme, cruel, cuidadoso,

descontente, furioso (de), ingrato, liberal, misericordioso, orgulhoso, parecido

Page 25: Tempos e Modos Verbais

(a), rente (a, de).

contra desrespeito, manifestação, queixa.

emconstante, cúmplice, diligente, entendido, erudito, exato, fecundo, fértil, fraco,

forte, hábil, indeciso, lento, morador, perito, sábio, sito, último (de, a), único.

entre convênio, união.

para apto, bom, essencial, incapaz, inútil, pronto (em), útil

para com afável, amoroso, capaz, cruel, intolerante, orgulhoso

por ansioso, querido (de), responsável, respeito (a, de)

sobre dúvida, influência, triunfo.

Fonte: Gramática Reflexiva. Texto, semântica e interação.

Significado das Palavras

Para se entender o significado das palavras devemos conhecer o siginificado de sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos.

Palavras sinônimas - duas ou mais palavras que tem um significado semelhante ou o mesmo significado.

Exemplos:

casa / lar / moradia / residêncialonge / distantedelicioso / saborosocarro / automóveltriste /melancólicoresgatar / recuperarmaciço / compacto

Há dois tipos de sinônimos:

As palavras que se identificam exatamente são conhecidas como sinônimo perfeito (casa - lar). As palavras que se identificam por aproximadamente são conhecidas como sinônimos imperfeitos (esperar e aguardar).

Palavras antônimas - duas ou mais palavras têm significados se opõe

Page 26: Tempos e Modos Verbais

Exemplos:

amor / ódioluz / trevasmal / bemausência / presençafraco / forteclaro / escurosubir / descercheio / vaziopossível / impossível

Palavras homônimas - duas ou mais palavras apresentam a mesma grafia e a mesma pronúncia, mas possuem significados diferentes.

Agora vou colocar "extrato" de tomate, para a carne. Agora tenho que ir ao banco pegar o "extrato".

A "manga" da blusa era azul.A minha fruta preferida é a "manga".

Eu "rio" tanto.Da minha casa eu consigo ver o "rio".

Há três tipos de homônimos:

Homônimos perfeitos onde as palvras possuem a mesma grafia e o mesmo som.

Homem são (saúde), São João (título) São várias as causasComo vai? Eu como feijão

Homônimos homófonos onde as palavras tem o mesmo som porém a grafia é diferente.

sessão (reunião), seção (repartição) e cessão (ato de ceder);concerto (musical) e conserto (remendo).

Homônimos homógrafos

Têm a mesma grafia e sons diferentes.

Almoço (ô) – substantivo Almoço (ó) – verbo

Jogo (ô) – substantivo Jogo (ó) – verbo

Para – preposição Pára – verbo

Parônimos são palavras diferentes no sentido, mas com muita semelhança na escrita e na pronúncia.

Exemplos :Infligir / infrigirRetificar / ratificarVultoso / vultuoso

Polissemia

Page 27: Tempos e Modos Verbais

Polissemia é a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar mais de um significado nos múltiplos contextos em que aparece.

Veja alguns exemplos de palavras polissêmicas:

cabo (posto militar, acidente geográfico, cabo da vassoura, da faca)banco (instituição comercial financeira, assento)manga (parte da roupa, fruta)

FORMAÇÃO DE PALAVRAS

Derivação, composição e seus tiposPatrícia Cordeiro Sbrogio*Especial para a Página 3 Pedagogia & ComunicaçãoA língua portuguesa dispõe de diferentes processos de combinação de morfemas para formar novas palavras. Para compreender esses processos precisamos retomar alguns conceitos:

Palavras primitivas: são aquelas que não derivam de outras palavras. Exemplos: dia, casa, flor Palavras derivadas: são aquelas que derivam de outras palavras. Exemplos: diário (de dia), casarão (de casa), floreira (de flor)

Os principais processos de formação de palavras são a derivação e a composição.

DerivaçãoConsiste na formação de palavras novas (derivadas) a partir de palavras já existentes na língua (primitivas). Há diferentes tipos de derivação: Prefixal (ou por prefixação) - ocorre quando há acréscimo de um prefixo a um radical.Exemplos:

Sufixal (ou por sufixação) - ocorre quando há acréscimo de um sufixo a um radical. Exemplos:

Parassintética (ou por parassíntese) - ocorre quando há acréscimo simultâneo de um prefixo e um sufixo a um radical. Exemplos:

Atenção

Para que haja a derivação parassintética é necessário o acréscimo simultâneo do prefixo e do sufixo ao radical. Para comprovar se ocorreu a parassíntese, basta retirar o prefixo ou o sufixo e verificar se a forma que sobrou constitui uma palavra existente na língua. Se a forma que sobrou não tiver sentido, a palavra foi formada por derivação parassintética.

Exemplo: (en)tristecer: tristecer - palavra inexistente na língua entrist(ecer)

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entrist - palavra inexistente na língua

Portanto a palavra entristecer foi formada por derivação parassintética. Caso a forma que sobrou da eliminação do prefixo ou do sufixo seja uma palavra existente na língua, terá sido formada por derivação prefixal e sufixal.

Exemplo:(in)felizmente: felizmente - palavra existente na línguainfeliz(mente): infeliz - palavra existente na língua

Portanto a palavra infelizmente foi formada por derivação prefixal e sufixal, ou seja, acréscimo não simultâneo de prefixo e sufixo.

Regressiva - ocorre quando a palavra nova é formada pela redução da palavra primitiva. Esse tipo de derivação forma principalmente substantivos a partir de verbos.

Palavra primitivaPalavra derivada por derivação regressiva

chorar choro

combater combate

criticar crítica

castigar castigo

Imprópria (ou conversão) - ocorre quando há mudança da classe gramatical de uma palavra primitiva sem alterar sua forma. Exemplo: O jantar estava ótimo. (A palavra jantar é um verbo, mas na frase funciona como substantivo). Ninguém entendeu um o porquê da discussão. (A palavra porque é uma conjunção, mas na frase funciona como substantivo).

ComposiçãoOcorre quando a palavra é formada pela união de dois ou mais radicais. A composição pode ocorrer por justaposição ou por aglutinação. Justaposição - ocorre quando não há alteração dos radicais que se unem. Exemplo: passatempo, pé-de-moleque, couve-flor, pontapé Aglutinação - ocorre quando há alteração em pelo menos um dos radicais que se unem.Exemplo: planalto (plano + alto) embora (em + boa + hora)aguardente (água + ardente)

Flexão de gênero

O adjetivo deve assumir o gênero (feminino ou masculino) do substantivo que o acompanha. Alguns exemplos clássicos: o escritor brasileiro, a escritora brasileira; o carro amarelo,a canoa amarela; o homem bonito, a mulher bonita.

A classificação dos adjetivos quanto ao gênero compreende dois grandes grupos:

Adjetivos uniformes- Adjetivo uniforme é o adjetivo que possui apenas uma forma, sendo invariável em relação ao gênero.

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Exemplos:o Aluno inteligente.o Aluna inteligente.

o Homens arroganteso Mulheres arrogantes

Adjetivos biformes.- Adjetivo biforme é o adjetivo que possui duas formas distintas; uma para o gênero masculino e outra para o gênero feminino.

Exemplo:o Carro novo.o Bicicleta nova.

Flexão de número

A flexão para o plural dos adjetivos segue, evidentemente, o plural do substantivo correspondente. No caso dos adjetivos simples a flexão para o plural segue as mesmas regras básicas dos substantivos, veja alguns exemplos: pessoa cordial, pessoas cordiais; criança feliz, crianças felizes; cachorro raivoso, cachorros raivosos.

A flexão para o plural de adjetivos compostos geralmente ocorre no último radical, veja alguns exemplos: tropa austro-búlgara, tropas austro-búlgaras; problema político-institucional, problemas político-institucionais; ele é afrodescendente, eles são afrodescendentes. Essa regra, entretanto, não se aplica a todos os adjetivos compostos, alguns, principalmente os que dizem respeito a nome de cores, são invariáveis quanto ao número, outros poucos variam os dois radicais para o plural ou o primeiro, segue alguns exemplos:

Invariáveis: camisa azul-marinho, camisas azul-marinho; papel vermelho-sangue, papéis vermelho-sangue; ele é o topatudo, eles são os topatudo; entre outros.

Variáveis nos dois radicais e outras exceções: rapaz surdo-mudo, rapazes surdos-mudos; ele é um autêntico joão-ninguém, eles são autenticos joões-ninguém; a moça é surda-cega; as moças são surdas-cegas.