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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7 Cadernos PDE II

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE

II

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

LUCIANE MARILIS DUPCHAK

O ESTUDO DO CONSUMO DE AÇÚCAR E SAL PARA PROMOÇÃO DE UMA

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

CURITIBA

2014

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LUCIANE MARILIS DUPCHAK

O ESTUDO DO CONSUMO DE AÇÚCAR E SAL PARA PROMOÇÃO DE UMA

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

CURITIBA

2014

Produção didática apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED. Orientadora: ProfªDra Liane Maria Vargas Barboza

BbBaBBarboza

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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO

PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA

TURMA – PDE/2014

Título: O estudo do consumo de açúcar e sal para promoção de uma alimentação saudável

Autora: Luciane MarilisDupchak

Disciplina/área Ciências

Escola de Implementação do Projeto e sua localização

Escola Estadual República Oriental do Uruguai Av. Affonso Camargo, 3407- Capão da Imbuia

Município da escola Curitiba

Núcleo Regional de Educação Curitiba

Professora orientadora Profª Dr.ª Liane Maria Vargas Barboza

Instituição de Ensino Superior UFPR

Resumo

O material didático foi desenvolvido a partir do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) do Estado do Paraná. O caderno pedagógico aborda o consumo de sal e açúcar para promoção da alimentação saudável. Este está organizado em 5 unidades didáticas. Cada unidade apresenta uma fundamentação teórica sobre os assuntos abordados e atividades para o professor desenvolver com seus alunos. O açúcar e o sal encontram-se ocultos nos mais diferentes produtos, sobretudo nos alimentos industrializados. Há um incentivo ao consumo destes produtos, consequentemente observa-se um aumento do número de casos de sobrepeso, obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes, doenças bucais, entre outras principalmente em crianças e adolescentes. O objetivo do caderno pedagógico sensibilizar os estudantes sobre os riscos da ingestão em excesso de sal e açúcar.

Palavras-chave Açúcar. Sódio. Alimentação saudável

Formato do Material Didático Caderno Pedagógico

Público Alvo Alunos de 11 a 15 anos da Escola República Oriental do Uruguai

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SUMÁRIO

UNIDADE DIDÁTICA 1 – HÁBITOS ALIMENTARES DOS ADOLESCENTES..................................................................................................

9

1 HÁBITOS ALIMENTARES DOS ADOLESCENTES......................................... 9

UNIDADE DIDÁTICA 2 – ROTULAGEM DE ALIMENTOS E PROPAGANDAS RELACIONADAS AO CONSUMO DE ALIMENTOS POR CRIANÇAS E ADOLESCENTES..................................................................................................

14

2.1 ROTULAGEM DE ALIMENTOS............................................................ 14

2.2 PROPAGANDAS RELACIONADAS AO CONSUMO DE ALIMENTOS POR CRIANÇAS E ADOLESCENTES..................................................

18

UNIDADE DIDÁTICA 3 – CONSUMO DE SAL..................................................... 28

3.1 SAL.......................................................................................................... 28

3.2 RECOMENDAÇÕES PARA O CONSUMO DE SAL............................. 29

3.3 CONSUMO DE SAL................................................................................ 30

3.4 IODO NO SAL......................................................................................... 32

3.5 DOENÇAS RELACIONADAS COM O CONSUMO DE SAL................. 32

3.5.1 Hipertensão............................................................................................. 33

3.5.2 Acidente vascular cerebral (AVC).......................................................... 33

3.5.3 Infarto e problemas cardiovasculares..................................................... 33

3.5.4 Problemas renais.................................................................................... 34

3.5.5 Diabetes................................................................................................. 34

UNIDADE DIDÁTICA 4 – CONSUMO DE AÇÙCAR........................................... 42

4.1. AÇÚCAR................................................................................................. 42

4.2 RECOMENDAÇÕES PARA O CONSUMO DE AÇÚCAR................... 44

4.3 TIPOS DE AÇÚCAR............................................................................... 44

4.3.1 Frutose..................................................................................................... 44

4.3.2 Sacarose................................................................................................. 44

4.3.3 Glicose................................................................................................... 45

4.4 DOENÇAS RELACIONADAS AO CONSUMO DE AÇUCAR.............. 45

4.4.1 Infecções................................................................................................ 45

4.4.2 Diabetes.................................................................................................. 45

4.4.2.1 Tipos e causas......................................................................................... 46

4.4.2.2 Fatores de risco...................................................................................... 46

4.4.2.3 Incidência................................................................................................. 46

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4.4.3 Obesidade............................................................................................... 46

4.4.4 Cáries...................................................................................................... 47

UNIDADE DIDÁTICA 5 – ÁGUA E ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL...................... 53

5.1 ÁGUA....................................................................................................... 53 5.2 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL.................................................................. 53

APRESENTAÇÃO

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Tanto o açúcar quanto o sal começaram a fazer parte da dieta humana

depois queficaram mais acessíveis economicamente. Com o surgimento dos

produtos industrializados e nas últimas décadas com mudanças no consumo

alimentar da população brasileira, os alimentos frescos regionais e naturais são

deixados de lado, dando lugar a refeições prontas e “fastfood” com baixo valor

nutricional e muito sódio, açúcar e gordura.

Com a ingestão em grande quantidade de alimentos processados e

ultraprocessados, surgem cada vez mais cedo na vida das pessoas, problemas de

saúde como sobrepeso, obesidade, problemas bucais, diabetes, hipertensão e suas

consequências.Estes casos estão sendo cada vez mais comuns na infância e na

adolescência, o que os torna problemas bastante graves.

No dia a dia em sala de aula observa-se que a maioria dos estudantes traz

para seu lanche alimentos industrializados, guloseimas em geral e muitos

apresentam sobrepeso. Muitos estudantes relatam que vem para a escola no

período vespertino sem almoçar ou dizem que almoçaram apenas salgadinhos. A

mídia influencia o consumo de alimentos e os estudantes valorizam demais

personagens e propagandas veiculadas pelos meios de comunicação como TV,

rádio e internet pois passam muito tempo em casa, sem realizar atividades físicas e

muitas vezes permanecem períodos longos sem orientação de uma pessoa adulta

com comprometimento com a saúde.

Estes estudantes precisam saber desde cedo, fazer escolhas de alimentos

com qualidade nutricional para o bom funcionamento do seu corpo. Os resultados

das escolhas alimentares saudáveis serão qualidade de vida, prevenção a doenças

como hipertensão, diabetes e câncer, além da satisfação pessoal.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) o consumo máximo é de

2000mg (2g) de sódio por dia, equivalente a 5g de sal, sendo que 40% do sal são

compostos de sódio. Devem ser evitados os alimentos ricos em sódio, isto é, que

contenham quantidade de sódio superior a 400mg, em 100g do alimento.

As recomendações para o consumo de açúcar simples, do total dos

açúcares ou carboidratos da dieta, foram reduzidas de 10% para 5% do total de

calorias diárias (ASBRAN, 2014).

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O padrão alimentar de estudantes resulta de interações complexas entre

escolhas pessoais, cultura, fatores ambientais. A formação dos hábitos alimentares

é influenciada pela família, escola,as propagandas de TV redes sociais, amizades,

acesso ao alimento, conhecimento e informação sobre benefícios para a saúde.

Nesse sentido constata-se a necessidade de se trabalhar este tema desde o início

do ingresso dos estudantes no ensino fundamental II.

Este caderno pedagógico foi constituído por cinco unidades, sendo que na

primeira Unidade propusemos um autoconhecimento dos hábitos alimentares, na

segunda Unidade vamos nos familiarizar com a rotulagem e aprender a ficar mais

atentos com as informações que as propagandas de alimentos apresentam. Na

terceira e quarta unidade discutimos o excesso de sal e açúcar e seus efeitos no

organismo e na quinta unidade nos referimos aos hábitos alimentares saudáveis e

em como melhorar a qualidade de vida.

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UNIDADE DIDÁTICA 1

HÁBITOS ALIMENTARES DOS ADOLESCENTES

1 HÁBITOS ALIMENTARES DOS ADOLESCENTES

Os hábitos alimentares fazem parte da cultura alimentar. Variam muito de

região para região e são formados a partir do espaço geográfico, valores culturais,

condições socioeconômicas, costumes de uma comunidade e influenciados pela

idade, propagandas de rádio, jornal, revistas, TV.

A adolescência é considerada uma fase da vida de intensas mudanças

físicas, emocionais e comportamentais e também sujeita a mudanças nos hábitos

alimentares devido à influência de amigos, pela influência da mídia,com o objetivo

de contrariar os responsáveis, etc. Para os adolescentes que costumam realizar

diversas atividades ao longo do dia, é comum deixar de fazer certas refeições ou

substituí-las por lanches,consumir em excesso alimentos industrializados,

refrigerantes, guloseimas entre outros, o que contribui para a formação de maus

hábitos alimentares, e que pode se perpetuar durante sua vida. Também devido a

esses maus hábitos e à falta de atividade física, cada vez mais os adolescentes têm

apresentado problemas como excesso de peso e obesidade.

Na adolescência, quando surge a idéia de fazer regime sem

acompanhamento de um profissional habilitado torna-se um comportamento

preocupante, pois pode acarretar carências nutricionais que prejudicam o

desenvolvimento, e também podem ser o início de problemas mais graves como

anorexia e bulimia nervosa.

Segundo Coutinho (2007), acontece também nos países em

desenvolvimento uma tendência à deterioração dos hábitos alimentares. A

publicidade de alimentos ultraprocessados, líder dos anúncios comerciais de

alimentos, muitas vezes veicula informações incorretas ou incompletas sobre

alimentação e atinge principalmente crianças e adolescentes.

Muitos componentes da alimentação têm sido associados com o processo

de desenvolvimento de doenças como câncer. Entre os alimentos de risco que

precisam ser evitados ou consumidos com moderação estão alimentos ricos em

gorduras como carnes vermelhas, frituras, molhos, linguiças, presuntos, alimentos

contendo nitritos e nitratos para conservar alimentos enlatados e embutidos como

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picles, salsichas e também os alimentos preservados em sal, como carne-de-sol,

charque e peixes salgados. Antes de comprar alimentos, é preciso criar o hábito de

comparar a quantidade de sódio e outros ingredientes nas tabelas nutricionais dos

produtos (BRASIL, 2014).

Algumas mudanças nos hábitos alimentares como adoção de uma

alimentação saudável com ingestão de cereais integrais, frutas, legumes e verduras,

água e suco de frutas podem ajudar a reduzir os riscos de desenvolver câncer,

doenças cardíacas, obesidade e outras enfermidades crônicas como diabetes,

hipertensão arterial e suas consequências.Métodos de cozimento que usam baixas

temperaturas são escolhas mais saudáveis, como vapor, fervura, pochê, ensopado,

guisado, cozido ou assado (BRASIL, 2014).

Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias, valorizando o ato de

preparar e cozinhar os alimentos, protegendo o patrimônio cultural representado

pelas tradições culinárias locais é uma maneira de consumir menos alimentos

ultraprocessados (GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA, 2014).

Outra alternativa para favorecer a alimentação saudável na família é tornar as

receitas passadas de geração em geração mais saudáveis, através da redução da

quantidade de gordura, de açúcar e de sal (BORDIN; MACHADO, 2009). Em todas

as fases da vida é imprescindível manter uma boa alimentação.

ATIVIDADE 1 – CONHECENDO OS HÁBITOS ALIMENTARES DOS ESTUDANTES

TEMPO: 2 horas-aula

OBJETIVOS

Conhecer os hábitos alimentares dos estudantes;

Identificar os conhecimentos prévios dos alunos a respeito do tema abordado.

ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

1º Momento

Explicação sobre como será desenvolvido o projeto para os educandos e sensibilizá-

los sobre a importância de participarem e responderem o questionário

fidedignamente.

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2º Momento

Aplicação de um questionário para identificar os hábitos alimentares dos estudantes.

Para a aplicação do questionário o professor deverá aplicar Termo de

Consentimento Livre Esclarecimento e o Consentimento da participação da pessoa

como sujeito (Apêndice I).

QUESTIONÁRIO – HÁBITOS ALIMENTARES DOS ESTUDANTES

Nome:__________________________________________________________

Sexo: ( ) M ( ) F Data de nascimento:_______________

1) Marque um X nas refeições que você faz todos os dias: ( ) café da manhã ( ) lanche da manhã ( ) almoço ( ) lanche da tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir 2) Marque um X nos alimentos você consuma ingerir todos os dias: ( ) leite ( ) pão ( ) chocolate ( ) balas ( ) ovos ( ) goma de mascar ( ) legumes ( ) verduras ( ) frutas ( ) outros doces ( ) refrigerantes ( ) bolo ( ) hamburguer ( ) batata frita ( ) biscoitos recheados ( ) salgadinho de pacote

( ) suco de caixinha ou pacotinho

( ) macarrão instantâneo

3) Marque um X nos alimentos você costuma ingerir menos de 4 vezes por semana: ( ) leite ( ) pão ( ) chocolate ( ) balas ( ) ovos ( ) goma de mascar ( ) legumes ( ) verduras ( ) frutas ( ) outros doces ( ) refrigerantes ( ) bolo ( ) hamburguer ( ) batata frita ( ) biscoitos recheados ( ) salgadinho de

pacote ( ) suco de caixinha ou

pacotinho ( ) macarrão instantâneo

4) Durante as refeições você costuma acrescentar sal no seu prato ? ( ) sim ( ) não 5) Quantas vezes por semana, se alimenta em “fastfood”: ( ) nenhuma ( ) uma vez ( ) mais de 4 vezes ( ) menos de 4 vezes 6) Quantos copos de água você consome por dia, aproximadamente ? ( ) 1 copo ( ) mais de um copo

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( ) mais de 4 copos ( ) nenhum, só suco e refrigerante 7) Quando vê a propaganda de um novo alimento industrializado, você: ( ) nem liga ( ) quer logo comprar e experimentar, pois parece saboroso 8) Na sua família, as pessoas têm o hábito de ler o rótulo dos produtos que consomem ? ( ) sim ( ) não ( ) às vezes 9) Você já ouviu falar que alguém da sua família apresenta: ( ) sobrepeso ( ) problemas cardiovasculares ( ) obesidade ( ) cárie ( ) hipertensão ( ) problemas renais 10) O que você entende por alimentação saudável ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 11) Aonde você já ouviu falar sobre alimentação saudável ? ______________________________________________________________________________________________________________________________

RECURSOS

Folhas de papel sulfite e canetas.

AVALIAÇÃO

Participação dos estudantes.

ATIVIDADE 2 - CONHECENDO O CARDÁPIO SEMANAL DOS ESTUDANTES

TEMPO: 2h/aula

OBJETIVO: Conhecer o cardápio semanal dos estudantes.

ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

1º Momento

Explicação sobre a importância de participarem e apresentarem o cardápio semanal

fidedignamente.

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domingo 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira sábado

Café da manhã

Lanche da manhã

Almoço

Lanche da tarde

Jantar

Lanche antes de dormir

2º Momento

Discussão sobre a alimentação dos estudantes, visando levá-los a refletir sobre

como a alimentação pode ser melhorada.

RECURSOS

Folhas de papel sulfite e canetas.

AVALIAÇÃO

Participação dos estudantes durante o desenvolvimento das atividades.

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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NUTRIÇÃO. Rede Asbran e Filiadas promove campanha para redução de açúcar e sal<http://www.asbran.org.br/noticias.php?dsid=1161>. Acesso em: 20/11/2014. BORDIN, A.B.; MACHADO,C.A.A. de A. Alimentação para uma vida saudável. Cartilha de orientações para a família curitibana. Curitiba: Prefeitura Municipal de Curitiba, 2009. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Instituto Nacional de Câncer. Hábitos alimentares. Disponível em:<http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=18>. Acesso em:20/11/2014. ______ . ______. Secretaria de Atenção à saúde. Departamento de Atenção Básica. GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA. 2 ed. Brasília. 2014. Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/novembro/05/Guia-Alimentar-para-a-pop-brasiliera-Miolo-PDF-Internet.pdf>. Acesso em: 3/10/2014. COUTINHO, J. G.;RECINE, E. Experiências internacionais de regulamentação das alegações de saúde em rótulos de alimentos.Revista Panamericana de Salud Pública, Washington Dec. v.22, n. 6, 2007.

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UNIDADE DIDÁTICA 2

ROTULAGEM DE ALIMENTOS E PROPAGANDAS RELACIONADAS AO

CONSUMO DE ALIMENTOS POR CRIANÇAS E ADOLESCENTES

2.1 ROTULAGEM DE ALIMENTOS

Os consumidores no mundo todo procuram as informações sobre os

alimentos que vão ser consumidos, pois eles trazem dados sobre a composição e a

origem dos produtos. A rotulagem dos alimentos é uma importante fonte para que

estas informações sejam obtidas. As informações adequadas e compreensíveis

dispostas de modo acessível podem contribuir para a promoção da saúde e

diminuição do risco de doenças relacionadas à alimentação e nutrição.

No Brasil, todas as informações presentes nos rótulos de alimentos são

regulamentadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que é uma

autarquia especial do Ministério da Saúde do Brasil (COUTINHO, 2007).

A leitura da rotulagem dos alimentos permite que os consumidores tenham

acesso as informações sobre as características básicas dos alimentos, tais como:

composição, valor nutricional, prazo de validade, origem e forma de conservação. A

rotulagem deve atender aos regulamentos técnicos que abordam a declaração do

valor energético e de nutrientes (rotulagem nutricional obrigatória), e a declaração de

propriedades nutricionais (informação nutricional complementar) (BRASIL, 2003).

Todo produto deve apresentar as informações nutricionais no rótulo. Portanto,

antes de comprar um alimento, é preciso observar com muita atenção os rótulos dos

produtos, tabela nutricional e dados do fabricante, o lote, o prazo de validade, a lista

de ingredientes, a informação sobre os nutrientes, a embalagem deve estar lacrada

e livre de amassados, furos ou áreas estufadas e o conteúdo não deve apresentar

alterações de cor, cheiro ou consistência (BRASIL, 2014). Saber identificar na

informação nutricional, o valor energético, proteínas, gorduras, carboidratos e fibras,

e valores de ingestão diários, quantidade de açúcar e sódio é importante, pois os

excessos são prejudiciais à saúde. Todos os ingredientes devem constar em ordem

decrescente, da respectiva proporção. Observando a lista de ingredientes contida no

rótulo dá para saber qual deles predomina no alimento, já que o primeiro da lista é o

que está em maior quantidade.

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Outro ponto importante é saber observar na lista de ingredientes a presença

de aditivos químicos, nem sempre saudáveis.

Modelo de rótulo

Informação Nutricional Obrigatória

Porção g ou ml ( medida caseira)

Quantidade por porção % VD ( * )

Valor energético ... Kcal = kj

Carboidratos g

Gorduras totais g

Gorduras saturadas g

Gorduras trans g

Fibra alimentar g

Sódio mg

(*) % Valores Diários com base em uma dieta de 2000 kcal ou 8400kj. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas. FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005

Dá-se o nome de Informação Nutricional Obrigatória, a toda descrição destinada a

informar o consumidor sobre as propriedades nutricionais do alimento

(ANVISA,2005).

Porção: é a quantidade média do alimento que deve ser usualmente consumida por

pessoas sadias a cada vez que o alimento é consumido, promovendo a alimentação

saudável.

Medida caseira: indica a medida normalmente utilizada pelo consumidor para medir

alimentos. Por exemplo: fatias, unidades, pote, xícaras, copos, colheres de sopa.

% VD : percentual de Valores diários (% VD) é um número em percentual que indica

o quanto o produto em questão apresenta de energia e nutrientes em relação a uma

dieta de 2000 calorias.

Cada nutriente apresenta um valor diferente para se calcular o VD, dependendo dos

valores diários de referência

Valor energético – 2000 kcal/ 8400kj

Carboidratos- 300 g

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Proteínas- 75 g

Gorduras Totais- 55 g

Gorduras Saturadas- 22 g

Fibra Alimentar- 25 g

Sódio- 2400 mg

Não há valor diário de referência para as gorduras trans.

Significado dos itens da Tabela de Informação Nutricional nos rótulos.

Valor energético: é a energia produzida pelo nosso corpo proveniente de

carboidratos, proteínas e gorduras totais. Na rotulagem nutricional, o valor

energético é expresso em forma de quilocalorias (kcal) e quilojoules (kj).

Carboidratos: são os componentes dos alimentos cuja principal função é fornecer

energia para as células do corpo, principalmente do cérebro. São encontrados em

maior quantidade em massas, arroz, açúcar, mel, pães, farinhas, tubérculos e doces

em geral.

Açúcares: presente no rótulo indica a quantidade de açúcar contido nos alimentos,

mas nem todos os produtos separam o açúcar do carboidrato na tabela. Observar

também que o açúcar tem diversos nomes nos rótulos: açúcar mascavo, açúcar

cristal, mel, xarope, melado, glicose, dextrose, maltose, concentrados de frutas,

entre outros (ASBRAN, 2014).

Proteínas: são componentes dos alimentos necessários para construção e

manutenção dos nossos órgãos, tecidos, células. Encontramos nas carnes, ovos,

leites e derivados, e nas leguminosas (feijões, soja e ervilha).

Gorduras totais: as gorduras são as principais fontes de energia do corpo e ajudam

na absorção das vitaminas A, D, E e K. As gorduras totais referem-se à soma de

todos os tipos de gorduras encontradas em um alimento, tanto de origem animal

quanto de origem vegetal.

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Gorduras saturadas: tipo de gordura presente em alimentos de origem animal. São

exemplos: carnes, toucinho, pele de frango, queijos, leite integral, manteiga,

requeijão e iogurte. O consumo desse tipo de gordura deve ser moderado porque,

quando consumido em grandes quantidades, pode aumentar o risco de

desenvolvimento de doenças do coração. Altos %VD significam que o alimento

apresenta grande quantidade de gordura saturada em relação à necessidade diária

de uma dieta de 2000 Kcal.

Gorduras Trans (ou Ácidos Graxos Trans): tipo de gordura encontrada em grande

quantidade em alimentos industrializados, como as margarinas, cremes vegetais,

biscoitos, sorvetes, salgadinhos prontos, produtos de panificação, alimentos fritos e

lanches salgados que utilizam as gorduras vegetais hidrogenadas na sua

preparação. O consumo desse tipo de gordura deve ser muito reduzido,

considerando que o nosso organismo não necessita desse tipo de gordura e ainda

porque, quando consumido em grandes quantidades, pode aumentar o risco de

desenvolvimento de doenças do coração. Não se deve consumir mais de 2g de

gorduras trans por dia.

Fibra Alimentar: está presente em diversos tipos de alimentos de origem vegetal,

como frutas, hortaliças, feijões e alimentos integrais. A ingestão de fibras auxilia no

funcionamento do intestino. Procurar consumir alimentos com altos % VD de fibras

alimentares.

Sódio: está presente no sal de cozinha. Para cada grama de sal há 400 mg de sódio,

os 60% restantes são de cloro, um composto praticamente inócuo. Cerca de 70% do

sal consumido provém de alimentos industrializados ( salgadinhos de pacote,

molhos prontos, embutidos, produtos enlatados com salmoura). Os rótulos de tais

produtos não informam a quantidade de sal e sim de sódio devendo ser consumido

com moderação, uma vez que o consumo excessivo pode levar ao aumento da

pressão arterial.

De acordo com (ANVISA, 2012), a Resolução RDC n. 360/2003, que foi

harmonizada no MERCOSUL estabelece a obrigatoriedade dos rótulos

apresentarem a declaração padronizada de vários constituintes, entre outros, das

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quantidades de sódio contidas na porção dos alimentos. Sendo o valor diário de

referência (VDR) adotado para o sódio de 2400mg.

Em benefício de uma alimentação mais saudável deve-se dar preferência

para produtos com altos %VD para as fibras alimentares, produtos sem colesterol e

sem gorduras trans, para evitar os alimentos que possuem altos %VD em gorduras

saturadas, carboidratos, gorduras trans e sódio.

Resultados de pesquisas, de acordo com (ANVISA, 2012); reforçam a

importância do acordo governamental com as associações das indústrias para

redução de sódio nos alimentos industrializados e a necessidade do uso da

rotulagem nutricional pelo consumidor, para a identificação dos alimentos com

menor teor de sódio e, consequente, seleção daqueles produtos mais adequados

para compor uma alimentação mais saudável.

Deve-se ter atenção para a ingestão de sucos de frutas industrializados e

outras bebidas, assim como doces, e até salgados podem conter açúcar e sódio em

excesso. Nem todos os produtos, separam açúcar e carboidrato na tabela

nutricional, por isso deve-se ficar atento se a quantidade de ambos for elevada. O

açúcar apresenta diversos nomes nos rótulos: açúcar mascavo, açúcar cristal, mel,

xarope, melado, glicose, dextrose, maltose, concentrados de frutas, entre outros

(ASBRAN, 2014).

A rotulagem nutricional, como qualquer outra fonte de informação, faz parte

de um processo educativo,não sendo um fim em si mesma, devendo ser trabalhada

de modo a servir como instrumento para a educação em saúde (MONTEIRO;

COUTINHO; RECINE, 2005).

2.2 PROPAGANDAS RELACIONADAS AO CONSUMO DE ALIMENTOS POR

CRIANÇAS E ADOLESCENTES

A propaganda é uma das formas de se divulgar produtos, passando a ideia

de sucesso e modernidade ao produto que está sendo divulgado. Seu papel é criar

um desejo e uma necessidade de consumo. Cada vez que novos produtos são

criados e divulgados, os mais antigos parecem descartáveis e fora de moda, criando

um grande ciclo de consumo.

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Alguns adultos e principalmente as crianças são influenciadas pela TV ou

rádio, e desejam toda coleção de brinquedos da moda, distribuídos em promoções

de refeições e sanduíches; encantar-se ao ver o seu super-herói favorito anunciando

um alimento industrializado, desejando beber o mesmo refrigerante que algum astro

da TV ou do desenho animado está consumindo, querer o biscoito recheado da

propaganda divertida, que mostra uma imagem acompanhada de uma bela música.

Alimentos anunciados não devem ser consumidos em grande quantidade,

entre eles aqueles que contêm muito açúcar e sódio na sua composição. Segundo a

Agência Nacional de Vigilância Sanitária para ajudar a proteger a saúde da

população, começou-se a discutir os caminhos para a melhoria da propaganda de

vários produtos, entre eles os alimentos, para que não se coloquem em risco a

saúde das pessoas, principalmente das crianças.

É muito grande a quantidade de informações sobre alimentação e saúde

disponibilizados pelos meios de comunicação, porém nem todas as fontes são

confiáveis. Em muitas propagandas enfatizam alimentos específicos e ignoram a

importância de combinar e variar os alimentos consumidos. Algumas matérias que

se dizem informativas, são na verdade formas veladas de fazer propaganda de

alimentos ultraprocessados (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014).

A publicidade de alimentos ultraprocessados domina os anúncios comerciais

de alimentos, frequentemente veicula informações incorretas ou incompletas sobre

alimentação e atinge, sobretudo, crianças e jovens (BRASIL, 2014b). A publicidade

de bebidas ou alimentos com quantidade elevadas de açúcar, sal ou gordura deve

apresentar frases de alerta sobre os perigos do consumo excessivo desses produtos

(BRASIL, 2014b).

ATIVIDADE 1 – PRINCIPAIS INFORMAÇÕES PRESENTES NAS EMBALAGENS

DOS ALIMENTOS

TEMPO: 3 horas-aula.

OBJETIVO: Levar os alunos a se familiarizar com os rótulos, verificando as

principais informações importantescomo: data de validade, forma de conservação e

armazenamento do produto, entre outras.

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ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

1º Momento

Solicitar aos alunos que guardem os rótulos dos alimentos consumidos ao longo de

uma semana e combinar uma data para que todos tragam os 3 rótulos das

embalagens de alimentos mais consumidos na sua residência, numa mesma data

combinada.

2º Momento

Os alunos e a professora deverão trazer rótulos de alimentos para analisar.

3º Momento

O professor deverá formar pequenos grupos com 3 ou 4 alunos.

Colocar os rótulos sobre a carteira e comparar os itens constantes no modelo de

rótulo (fornecido pela professora) com a informação nutricional obrigatória.

4º Momento

Os estudantes irão identificar determinados critérios estabelecidos pelo professor, no

caso a quantidade de sódio e carboidratos (açúcares).

Exemplo: Verificar a quantidade de ingestão diária recomendada e a quantidade sal

e açúcar presente em cada rótulo do produto.

Obs. Neste dia o professor deverá levar para a sala, material para consulta pelos

alunos com as principais informações contidas nos rótulos

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Modelo de rótulo

Informação Nutricional Obrigatória

Porção g ou ml ( medida caseira)

Quantidade por porção % VD ( * )

Valor energético ... Kcal = kj

Carboidratos g

Gorduras totais g

Gorduras saturadas g

Gorduras trans g

Fibra alimentar g

Sódio mg

(*) % Valores Diários com base em uma dieta de 2000 kcal ou 8400kj. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas. FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005

RECURSOS

- Rótulos dos alimentos, materiais para consulta trazidos pela professora, papel,

caneta, quadro de giz, lupa de mão, caneta .

AVALIAÇÃO

Responder às questões:

1) Qual dos rótulos dos produtos consultados apresenta maior quantidade de sódio?

2) Qual dos rótulos dos produtos analisados apresenta maior quantidade de carboidratos ?

3) Qual deles é mais saudável ?

4) Outra(s) informações relevantes:

Sugestão para o professor

1. Podem ser explorados hora de fabricação, componentes do rótulo como

informações sobre reciclagem, data, local de fabricação, endereço para

contato com a indústria, composição, presença de glúten, transgenia, de

aditivos químicos, entre outros.

2. Com a ajuda do professor, os estudantes poderão eventualmente pesquisar

outras informações pertinentes que constam no rótulo.

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ATIVIDADE 2- TAREFA PARA CASA: OBSERVAÇÃO E RELATÓRIO DAS

PRINCIPAIS PROPAGANDAS ENVOLVENDO CRIANÇAS, ADOLESCENTES E

ALIMENTOS

OBJETIVO

Levar o estudante a desenvolver um senso crítico em relação às propagandas

de alimentos.

ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

1º Momento

Solicitar aos alunos para que observem e registrem as propagandas de alimentos

atualmente vinculadas nos meios de comunicação (TV, jornal, revistas) e destinadas

principalmente às crianças.

Deve constar na pesquisa:

Nome do aluno:

Data da pesquisa:

Veículo de comunicação pesquisado ( ):jornal ( ) revista ( ) TV ( ) rádio

Se for em rádio ou TV, escrever em intervalo de qual programa a propaganda foi veiculada

Se for em revista, data, nome da revista número da página

Se for em jornal, data e nome do jornal

Produto alimentício que a Propaganda promove

Qual é o slogan* da propaganda ?

Qual o objetivo de quem produz a propaganda ?

Qual o objetivo dos atores envolvidos ?

Qual objetivo do consumidor ?

Que benefícios o consumidor terá em adquirir o produto divulgado ?

Slogan*=uma frase de efeito repetida com frequência. Suas mensagens devem ser curtas, diretas e

positivas, é uma frase de fácil memorização e deve lembrar o nome da marca. Ao conhecer os

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slogans, a criança passa a tornar-se um consumidor mais atento e crítico, pois passa a conhecer os elementos de persuasão que a publicidade usa para conquistar seu público (AMARAL, 2013).

2º Momento

Em sala de aula comentar as observações que os alunos trazem.

RECURSOS

Quadro de giz, folha com a tabela acima para o aluno preencher, recortes de

revistas, jornais, propaganda gravada em pendrive, TV multimídia

AVALIAÇÃO

Participação do estudante durante a aula.

Entrega da pesquisa.

ATIVIDADE 3 – COMPARAÇÃO ENTRE PRODUTOS SIMILARES

TEMPO : 1 h/aula

OBJETIVO: Propiciar a oportunidade de observar os rótulos e escolher os alimentos

ou bebidas mais saudáveis e mais adequados às necessidades nutricionais

ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

1º Momento

Em equipes de 3 alunos, espalhar rótulos bebidas industrializadas líquidas de

diferentes marcas e comparar a quantidade de sódio e carboidratos.

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Bebidas industrializadas

Quantidade em 100ml Embalagem 1

Quantidade em 100ml Embalagem 2

Quantidade em 100ml Embalagem 3

Sódio Carboidrato Sódio Carboidrato Sódio Carboidrato

Água mineral

Suco (caixinha)

Leite

Água de coco

Suco de uva concentrado

Iogurte líquido

Leite fermentado

Chá pronto

Achocolatado

Refrigerante

2º Momento

Em sala de aula comentar as observações que os alunos trazem.

RECURSOS

- Rótulos dos alimentos, materiais para consulta trazidos pela professora, papel,

caneta, quadro de giz, lupa de mão, caneta e quadro de giz.

AVALIAÇÃO

Responder às questões:

1) Qual dos rótulos dos produtos consultados apresenta maior quantidade de sódio?

2) Qual dos rótulos dos produtos analisados apresenta maior quantidade de carboidratos ?

3) Qual deles é mais saudável ?

4) Outra(s) informações relevantes:

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ATIVIDADE 4 – DEMONSTRAÇÃO PRÁTICA COM COLHERES A QUANTIDADE

DE SAL EXISTENTE NOS ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS E A QUANTIDADE

DIÁRIA RECOMENDADA PELA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS)

TEMPO: 1hora-aula

OBJETIVO

- Demonstrar de forma concreta a quantidade de sal que pode ser consumida de

acordo com as orientações da OMS.

ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

Com colheres de medida, a professora irá demonstrar a quantidade de açúcar e sal

recomendados para ingestão diária pela Organização Mundial da Saúde.

Comparar esta medida com a quantidade de açúcar existente nos alimentos e

bebidas mais consumidos pelos estudantes.

RECURSOS

Colheres de medida, sal, açúcar, tabelas de atividade 3 preenchida.

AVALIAÇÃO

Participação dos estudantes.

ATIVIDADE 5 – CRIANDO SLOGANS PARA ALIMENTOS SAUDÁVEIS

TEMPO: 2horas-aula

OBJETIVO

Levar os alunos elaborarem slogans veiculando alimentos saudáveis.

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ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

Após observação de slogans de propagandas de alimentos industrializados

incentivar os alunos elaborarem slogans veiculando alimentos saudáveis e ajudar os

alunos a selecionar uma música e criarem uma paródia sobre os alimentos

saudáveis.

RECURSOS

- som, celular

- papel

- caneta

AVALIAÇÃO

Participação e elaboração de slogans.

REFERÊNCIAS

BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Alimentação saudável: fique esperto. Brasília: ANVISA.Disponível em: <www.anvisa.gov.br/propaganda/alimento_saudavel_agroup_web.pdf>. Acesso em:15/05/2014a.

AMARAL, S. Trabalhando com propagandas e slogans. 2013. Disponível em: <http://soniamaralpereira.blogspot.com.br/2013/05/trabalhando-com-propagandas-e-slogans.html>. Acesso em: 8/12/2014.

BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. RESOLUÇÃO RDC n.360, de 23 de dezembro de 2003, Dispõe sobre o Regulamento Técnico sobre Rotulagem Nutricional de AlimentosEmbalados, tornando obrigatória a rotulagem nutricional. Diário Oficial da União. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/ec3966804ac02cf1962abfa337abae9d/Resolucao_RDC_n_360de_23_de_dezembro_de_2003.pdf?MOD=AJPERES>. Acesso em:8/12/2014. ASBRAN. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NUTRIÇÃO. Disponível em:<http://www.sautil.com.br/nutricao-e-dietas/instituicoes/asbran-associacao-brasileira-de-nutricao>. Acesso em: 24/11/2014.

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE. Manual das cantinas escolares saudáveis: promovendo a alimentação saudável., 2010, 56P.

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______ . ______ . ______. Departamento de Atenção Básica. GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA. 2 ed. Brasília. 2014.Disponível em:<http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/novembro/05/Guia-Alimentar-para-a-pop-brasiliera-Miolo-PDF-Internet.pdf>. Acesso em:03/12/2014b. COUTINHO, J.G.; RECINE,E. Experiências internacionais de regulamentação das alegações de saúde em rótulos de alimentos. Revista Panamericana de Salud Pública, Washington Dec. v.22, n. 6, 2007. MONTEIRO, R.A.; COUTINHO, J.G.; RECINE, E. Consulta aos rótulos de alimentos e bebidas por frequentadores de supermercados em Brasília, Brasil. Ver. Panam. Salud Publica. 2005; v.18, n.3, p.172-77, 2005 . Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/Anvisa+Portal/Anvisa/Pos+-

+Comercializacao+-+Pos+-+Uso/Fiscalizacao/Assunto+de+Interesse/Propaganda/Propaganda+antigo/Assunto+de+Interesse/Regras+Basicas+de+Propaganda>. Acesso em: 03/12/2014.

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UNIDADE DIDÁTICA 3

CONSUMO DE SAL

3.1 SAL

O sal, principal fonte de sódio nos alimentos, é conhecido como cloreto de

sódio que é uma combinação de dois elementos químicos: 40% sódio (Na+) e 60%

cloro (Cl-). O resultado da combinação entre os dois elementos, entretanto, resulta

numa substância fundamental para a vida no planeta. Sendo também o sódio um

constituinte do sal, este é um nutriente de preocupação de saúde pública que está

diretamente relacionado ao desenvolvimento das Doenças Crônicas Não-

transmissíveis (DCNT), hipertensão, doenças cardiovasculares e doenças renais

(AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2012).

O Ministério da Saúde esclarece que o sódio é um elemento químico presente

naturalmente nos vegetais. Nos animais, regula a troca de água entre as células e

seu meio externo, ajudando-as a absorver os nutrientes e eliminar os detritos para a

corrente sangüínea. O sódio é necessário para a contração muscular, incluindo as

batidas do coração, e para a transmissão dos impulsos nervosos, manutenção da

pressão arterial, além de ser importante para o transporte de muitos nutrientes no

intestino delgado e nos rins, dentre eles o cloro, aminoácidos, glicose, galactose e

água.

Onde está presente ?

Além do sódio ser constituinte do cloreto de sódio ou sal de cozinha, existem

outras fontes de sódio em alimentos industrializados, carnes e peixes defumados ou

salgados, como presunto, bacon, carne enlatada, queijos, salsicha, linguiça, carne

seca, bacalhau, extratos e cubos de carne, alimentos salgados como batatas fritas,

salgadinhos industrializados, biscoitos crackers, condimentos preparados e molhos

industrializados, alimentos enlatados e em conserva.

Enfim, o sódio está presente em alimentos em que são usados aditivos

alimentares,(conservantes, estabilizantes, realçadores de sabor como glutamato

monossódico, fermento, etc.) e o sódio encontrado naturalmente em muitos

ingredientes. Portanto, a maioria dos alimentos industrializados podem conter sódio

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mesmo sem adição de sal (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA,

2012).

O sódio é amplamente usado pela indústria no processamento de diversos

produtos, inclusive aqueles de sabor doce. Muito preocupante quando é considerado

o elevado consumo de produtos industrializados e a correlação do mineral com a

hipertensão (TINOCO et al., 2013). O sódio é utilizado em abundância para a

conservação dos produtos, pois pelo seu poder de absorção desidrata facilmente

fungos e bactérias que poderiam estragar os alimentos conforme a nutricionista

Maria Cecília Corsi, da consultoria em nutrição Essencial Light(VEJA, 2010).

A quantidade de sódio adicionado aos alimentos industrializados, como

refrigerantes, pratos congelados, biscoitos, etc. para que estes se mantenham

conservados, com sabor mais palatável ao consumo humano é muito grande, muito

além das necessidades diárias e torna-se um problema grave.Muitas vezes os

aditivos alimentares à base de sódio são acrescentados em concentrações acima do

permitido em inúmeros alimentos que são consumidos mundialmente, até mesmo

naqueles que possuem sabor doce, com o propósito de melhorar suas

características sensoriais ou disfarçar o uso outros aditivos empregados durante o

seu processamento. O limite máximo para adição de conservantes à base de sódio

em alimentos industrializados é de 0,05 g/100 g ou 0,05 g/ 100ml (BRASIL, 2005).

3.2 RECOMENDAÇÕES PARA O CONSUMO DE SAL

Para a Sociedade Brasileira de Cardiologia (2010), estimativas demonstram

que a população brasileira consome em média 12 gramas de sal por dia, mais do

que o dobro recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de até

5 gramas diárias (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2005).

A necessidade nutricional de sódio para os seres humanos é de 500mg (cerca

de 1,2 g de sal de cozinha), tendo sido definido pela Organização Mundial de Saúde

(OMS) que a quantidade considerada máxima saudável para ingestão alimentar

diária é de 5 g de cloreto de sódio ou sal de cozinha (que corresponde a 2 g de

sódio).

De acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2001); alimentos com mais

de 480 mg de sódio por porção são alimentos ricos em sódio e, portanto, devem ser

consumidos com moderação. Como a principal fonte de sódio é o sal de cozinha

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(cloreto de sódio), a maior parte dos indivíduos, mesmo crianças, consome níveis

além das suas necessidades. A alta concentração no organismo pelo consumo

excessivo, maior que 6 g diárias (2,4 g de sódio), é uma causa importante da

hipertensão arterial (HA). A HA explica 40% das mortes por acidente vascular

encefálico (AVE) e 25% daquelas por doença arterial coronariana e eventos

cardiovasculares fatais e não fatais (TINOCO et al., 2013; ORGANIZAÇÃO

MUNDIAL DA SAÚDE, 2005).

Atualmente, os principais problemas advêm da possibilidade da adição

aumentada do sal em determinados alimentos e do aumento da ingestão dos

mesmos alimentos. A situação econômica e a falta de informação de muitas famílias

potência consumos aumentados de alimentos industrializados, produtos preservados

com sal, como as conservas, processados de carne, produtos de pastelaria e

fastfood que nestas condições acabam por substituir total ou parcialmente algumas

refeições, aumentando as ingestões médias de sal. Nestas mesmas situações, o

consumo de produtos hortícolas e frutos frescos acaba por ser reduzido.

3.3 CONSUMO DE SAL

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS-2005) para que haja uma

redução no consumo de sódio deverão acontecer mudanças nas práticas de

industrialização de alimentos.

A Organização Mundial da Saúde adotou, no fórum e reunião sobre a redução

do consumo de sal nas populações, de 5 a 7 de Outubro de 2006 em Paris,

recomendações como a sensibilização e educação dos consumidores; formação

para a capacitação da leitura e interpretação dos rótulos nos produtos alimentares.

A Organização Mundial de Saúde estabeleceu uma meta de redução global

no consumo de sal na dieta, e pediu a todos os países para reduzir a ingestão média

de sal na população para valores menores ou iguais a 5 g/dia, com o objetivo de

reduzir o consumo de sal em 30% até 2025.

Medidas específicas para redução do consumo de sal na população em geral

têm sido implementadas como parte de uma política nutricional nacional e/ou de

políticas de prevenção de doenças cardiovasculares. Estas medidas incluem, entre

outras, regulação de sal nos rótulos de embalagens, campanhas de conscientização

da população, desenvolvimento de símbolos para identificar os produtos com baixo

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teor de sal, acordos com a indústria alimentar para reduzir o teor de sal dos produtos

e controle do teor de sódio dos alimentos.

Segundo a ANVISA (2012), em abril de 2011, o Ministério da Saúde assinou

um termo de compromisso com a Associação Brasileira das Indústrias de

Alimentação (ABIA), a Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias

(ABIMA), Associação Brasileira da Indústria de trigo (ABITRIGO) e a Associação

Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP) com a finalidade de

estabelecer metas nacionais para redução do teor de sódio em macarrão

instantâneo, pão de forma e bisnaguinhas e em dezembro de 2011 assinou outro

termo com essas mesmas associações ampliando a gama de produtos processados

para pão francês, bolos prontos sem recheio, bolos prontos recheados, rocambole,

bolo aerado, bolo cremoso, salgadinhos de milho, batatas fritas, batatas palhas,

maionese, biscoito doce (Maisena e Maria), biscoito salgado (cream cracker, água e

sal) e biscoito doce recheado. E, em agosto de 2012, assinou o terceiro termo de

compromisso com as mesmas associações para os cereais matinais, a margarina

vegetal, os caldos líquidos e caldos em gel, os caldos em pós e caldos em cubo, os

temperos em pasta, os temperos para arroz e demais temperos.

Através de estudos a ANVISA mostrou que um lanchinho rápido, como um

pacotinho de 100 g de biscoito polvilho, tem, em média, mais da metade de toda a

quantidade de sódio que uma pessoa deve consumir durante todo o dia.

E ainda demonstrou que há uma variação na quantidade de sódio entre as

diversas marcas do mesmo produto, o que reforça a necessidade dos consumidores

observarem os rótulos e, principalmente, a tabela nutricional dos alimentos

industrializados de diferentes marcas para fazer escolhas mais saudáveis.

Após constatar alto teor de sódio em alimentos, a ANVISA faz campanha para

alertar a sociedade sobre o consumo de sódio. Existe um movimento que resulta do

acordo de cooperação da Agência com as associações de supermercados dos

estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Pará e Espírito Santo para o lançamento de

uma campanha de conscientização em relação à redução do uso desse nutriente.

Os clientes de supermercados serão alertados sobre os riscos do consumo

excessivo de sal para a saúde por meio de folders, banners, cartazes e spots para

rádios.

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3.4 IODO NO SAL

Todo o sal para consumo humano deverá ser iodado. No Brasil, há décadas,

em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e com o setor produtivo

salineiro como parte de um programa de Saúde Pública, iodo vêm sendo adicionado

obrigatoriamente a todo sal destinado ao consumo humano para suprir suas

possíveis deficiências na população brasileira. Desde a obrigatoriedade de adição

de iodo no sal na década de 1950, pesquisadores e especialistas têm avaliado os

efeitos da nutrição adequada de iodo, para prevenir danos a longo prazo.

O iodo é um micro-nutriente essencial à síntese de hormônios da glândula

tireóide, desempenhando um papel único na prevenção dos “Distúrbios por

Deficiência de Iodo – DDI”, como bócio, cretinismo, surdez, retardo mental e abortos

prematuros.

De acordo com a Resolução ANVISA - RDC nº 23, de 24/04/2013 é

considerado próprio para o consumo humano, o sal com teor igual ou superior a 15

mg de iodo por quilograma do produto, até o limite máximo de 45 mg de iodo por

quilograma do produto, conforme regulamentação do Ministério da Saúde

3.5 DOENÇAS RELACIONADAS AO CONSUMO DE SAL

Quando se fala em sal, não importa se é alimento de origem vegetal ou

animal, pois o sal retém a água no organismo e isso faz com que aumente a

quantidade de líquido dentro dos vasos sanguíneos. Com mais líquido no seu

interior, os vasos se estreitam e a pressão arterial sobe.

Segundo Gonsalves (2001) o sal em excesso age aumentando a pressão

arterial. Pode produzir edemas (inchaços) e tende a piorar problemas cardíacos e

renais. Acredita-se que a ingestão de muito sal na infância predispõe o indivíduo à

hipertensão arterial na idade adulta. O uso frequente de produtos industrializados

favorece a hipertensão, já que estes contêm mais sal que os preparados em casa.

Aditivos adicionados ao sal para evitar a umidade e a cristalização (óxido de cálcio,

carbonato de cálcio, silicato aluminado de sódio, fosfato tricálcico de alumínio, etc.)

podem favorecer o aparecimento de cálculos nos rins e na vesícula. Estes distúrbios

relacionados com o excesso de sal são responsáveis por grande parte de

internações e óbitos.

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3.5.1 Hipertensão

A hipertensão é usualmente chamada pressão alta. Hipertensão arterial

acontece quando a pressão está acima do limite considerado normal, que, na média,

é máxima em 120 e mínima em 80 milímetros de mercúrio, ou simplesmente 12 por

8. Geralmente a pressão alta não causa sintomas durante muitos anos, sendo

descoberta em consulta a um médico por alguma outra razão (SOCIEDADE

BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2014). Quando se mede a pressão, o que se

mede é a força com que o coração bombeia o sangue através dos vasos

sanguíneos. Se os vasos são estreitados, a pressão sobe. A pressão se eleva por

vários motivos, mas principalmente porque os vasos nos quais o sangue circula se

contraem (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2014).

As pessoas que têm familiares hipertensos, que não têm hábitos alimentares

saudáveis, ingerem muito sódio (componente principal do sal), estão acima do peso,

exageram no consumo de álcool ou são diabéticas têm mais risco de desenvolver a

hipertensão.

3.5.2 Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Quando ocorre um entupimento ou rompimento dos vasos sanguíneos no

cérebro. O acidente vascular cerebral, ou derrame cerebral, ocorre quando há um

entupimento ou o rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro provocando

a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea adequada (BRASIL,

2014).

3.5.3 Infarto e problemas cardiovasculares

Ocorre quando o entupimento ou rompimento de um vaso sanguíneo ocorre

no coração, causa angina que pode ocasionar um infarto agudo do miocárdio. O

infarto é como uma gangrena (morte e apodrecimento), resultante da falta de

alimentação do músculo do coração, geralmente diante do entupimento parcial ou

total das artérias. Isso pode levar à morte súbita, tardia ou provocar insuficiência

cardíaca (BRASIL, 2012).

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3.5.4 Problemas renais

O consumo de sódio em excesso pode lesionar os rins, podendo ocorrer

alterações na filtração, impedindo que esses órgãos eliminem o excesso de água no

organismo. A pessoa pode estar com o rim comprometido e nem perceber. Por isso

a doença renal é frequentemente chamada de doença silenciosa. Apenas quando o

rim está gravemente comprometido é que o paciente vai se sentir doente. Na maioria

dos pacientes as doenças renais afetam ambos os rins.

3.5.5 Diabetes

Altos níveis de glicose no sangue podem comprometer os pequenos vasos

sanguíneos dos rins de forma que estes não conseguem mais remover fluidos e

resíduos. Muitas pessoas com diabetes também têm pressão alta.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão e o Ministério da

Saúde, estas são algumas maneiras de prevenir problemas com a pressão:

- Praticar atividades físicas.

- Manter o peso ideal, evitar a obesidade.

- Adotar alimentação equilibrada: reduzir o sal, o açúcar, frituras e ingerir mais frutas,

verduras e legumes.

- Evitar os alimentos processados como embutidos, defumados, laticínios, pois estes

contém maior quantidade de sódio e conservantes. Evitar acrescentar sal na comida

pronta, priorizar os temperos naturais.

- Se possível, não ingerir bebidas alcoólicas.

- Seguir as orientações do seu médico ou profissional da saúde.

- Não fumar. Está provado que o cigarro é um fator de alto risco para acidentes

vasculares;

- Informar seu médico se em sua família houver casos doenças cardíacas e

neurológicas como o AVC;

- Procurar reduzir o nível de estresse.

Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira (2014), o Ministério

da Saúde tem coordenado estratégias que estão baseadas em eixos de promoção

da alimentação saudável para redução do consumo de sódio, através de ações

articuladas com o Plano Nacional de Saúde 2012-2015 e o Plano de Ações

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Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis no

Brasil 2011-2022.

ATIVIDADE 1 – DEMONSTRAÇÃO DA OSMOSE

A osmose é um processo que ocorre em todas as células quando elas se encontram

em um meio onde há grande concentração de soluto fora da célula.

A osmose é um processo que ocorre tanto em células animais quanto em células

vegetais. Esse processo ocorre quando as moléculas de um solvente (água)

atravessam uma membrana semipermeável, de um lado menos concentrado, para o

lado mais concentrado. (Adaptado de VEJA. Quando menos é mais, 2005)

TEMPO: 3 horas-aula

OBJETIVO Trabalhar a osmose para demonstrar o que acontece com a célula

animal se estiver exposta ao excesso de sal.

ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

1º Momento

Explicação de forma simplificada como a água é transportada para dentro da

célula (osmose) e sua relação com o sódio.

Quando o consumo de sal é muito grande, a pressão arterial se eleva e pode

sobrecarregar órgãos como o coração e rins que podem ter seu funcionamento

comprometido.

Após a explicação perguntar aos educandos:

- Se eliminássemos o sal da dieta o corpo ficaria em equilíbrio e teríamos

saúde? Fazê-los perceber que, provavelmente, o sangue perderia água para as

demais células e a pressão sanguínea diminuiria muito.

2º Momento

Experimento: Células animais na presença de sal

Preparar com a turma dois ovos de codorna crus em um recipiente com vinagre.

Deixá-los por 24 horas. A casca calcária será dissolvida pelo ácido acético e a

membrana coquilífera (semipermeável) ficará exposta. Depois lavá-los com água.

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Separar dois recipientes (A e B) transparentes cheios de água. No recipiente B

acrescentar 3 colheres de sopa cheias de sal e misturar até sua diluição.

Perguntar aos educandos:

- O que esperam que aconteça com o ovo: ganhará ou perderá volume ?

Solicitar que registrem suas opiniões.

Colocar os ovos, um em cada recipiente, e observar no dia seguinte, e em 48h.

O ovo sem casca mergulhado na água filtrada incha devido à osmose, uma vez que

sua solução interna é hipertônica em relação ao meio. Já o ovo mergulhado na

solução saturada de sal murcha visivelmente, o que indica que essa solução é

altamente hipertônica.

RECURSOS

Ovo de codorna, vinagre, sal, recipientes, água, copo de vidro.

AVALIAÇÃO

Os educandos serão avaliados pela participação nas atividades de discussão

do experimento. A professora deverá questionar sobre o que aconteceu com os

ovos.

Para a avaliação a professora poderá solicitar a elaboração de desenhos

sobre a realização do experimento, no qual os educandos deverão abordar os

conhecimentos sobre sal, células e pressão arterial.

Eles devem perceber que tanto o consumo excessivo de sal quanto a

ausência total do elemento podem provocar alterações prejudiciais ao organismo.

ATIVIDADE 2 –EXPERIMENTO COM CÉLULAS VEGETAIS NA PRESENÇA DE

SAL

TEMPO: 1hora-aula.

OBJETIVO

Trabalhar a osmose para demonstrar o que acontece com a célula vegetal se

estiver exposta ao excesso de sal.

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ESTRATÉGIA DE AÇÃO

Cortar as batatas ao meio, obtendo quatro metades. Com a colher de café fazer um

buraco em duas metades, sendo que duas metades ficarão intactas. Secar as

metades da batata com guardanapo de papel. Marcar os recipientes indicando sal e

controle. Com os orifícios para cima, colocar cada metade de batata em um

recipiente. Colocar uma colherinha de sal em duas das metades de batata e marcar

sal. No terceiro e quarto recipiente colocar as metades de batata e marcar controle,

sem adicionar sal.

Passados alguns minutos, os alunos poderão observar que o sal colocado nas

metades da batata estarão úmidos, enquanto que a batata que se encontram no

prato intitulado como “controle” ficarão normal.

RECURSOS

Duas batatas-inglesa cruas; sal; uma colher pequena, papel absorvente, uma faca,

recipientes para colocar as batatas

AVALIAÇÃO

Os estudantes deverão responder as questões:

a) De onde veio a água que surgiu nas batatas que continham o sal ?

b) Você observou alguma mudança na batata ?

c) Por que na batata controle não aconteceu nada?

d) Em que parte da batata há mais água ?

OBS. Nessa experiência, podemos observar que a água que estava contida

no interior das células da batata atravessaram suas membranas semipermeáveis,

indo para o lado mais concentrado, ou seja, onde foi colocado o sal. Comparando

essas metades com a batata controle, podemos observar que na metade em que foi

adicionado o sal, a batata ficou mais “mole”, pois sofreu a plamólise, ou seja, perdeu

água. (adaptado de Paula Louredo. Disponível em:

<http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/observando-osmose-

batatas.htm>. Acesso em: 15/10/2014.

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ATIVIDADE 3 – OBSERVAÇÃO DA CÉLULA VEGETAL NA PRESENÇA DE SAL

EM EXCESSO

TEMPO: 1hora-aula

OBJETIVO

Observar o que acontece com a célula vegetal com membrana semipermeável na

presença de sal

Levar pepino e folhas de alface para a sala de aula. Cortar os vegetais e salgar.

Perguntar aos educandos: O que esperam que aconteça com as folhas de alface e

como o pepino em presença do sal ?

Solicitar que os educandos registrem suas opiniões.

Demonstrar o acúmulo de água nos vegetais, explicar que os cristais de sal fazem

com que as moléculas de água saiam do vegetal.

RECURSOS

Folhas de alface, pepino, sal e prato.

AVALIAÇÃO

Participação dos alunos durante a aula.

ATIVIDADE 4 – LENDO OS RÓTULOS DOS ALIMENTOS

Tempo: 1 hora-aula.

OBJETIVO

Levar os alunos a se familiarizar com os rótulos, verificando as principais

informações importantes como: data de validade, forma de conservação, lote, hora

da fabricação, modo de preparo e armazenamento do produto, etc.

ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

1º Momento

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Os educandos deverão trazer embalagens de produtos industrializados que

consomem habitualmente.

O professor deverá orientar a formação de equipes de 3 alunos.

Cada equipe deverá ter em mãos uma tabela a ser preenchida e 3 embalagens com

rótulos de determinado alimento, como por exemplo de biscoito salgado.

Cada embalagem receberá um número de 1 a 3.

Ler cada rótulo, compará-los em quantidade de sódio.

Alimentos industrializados (sólidos)

Quantidade de sódio (100g) Embalagem 1

Quantidade de sódio (100g) Embalagem 2

Quantidade de sódio (100g) Embalagem 3

Biscoito Salgado

Biscoito recheado chocolate

Pão tipo bisnaguinha

Macarrão

Hamburguer

Salgadinho de pacote

RECURSOS

Xerox da tabela, caneta, embalagens de alimentos industrializados mais consumidos

pelos estudantes.

AVALIAÇÃO

Preenchimento da tabela e conclusão de qual dos produtos similares apresenta

menor quantidade de sódio.

ATIVIDADE 5 – EXIBIÇÃO DO VÍDEO SOBRE A EXTRAÇÃO DE SAL

TEMPO: 2horas-aula

OBJETIVO

Levar os estudantes a entender as etapas da produção de sal.

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ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

1º Momento

Solicitar uma pesquisa sobre a história do sal.

2º Momento

Explicar sobre a importância de todos assistirem o vídeo com atenção, pois após a

exibição será realizada uma discussão sobre a extração do sal.

Nome do vídeo: Como o sal é fabricado

Tempo do vídeo: 7:55

Disponível em:<http://youtu.be/ofXdGxC-0hQ>. Acesso em:

Autoria :JB Vídeo ; Lucio Albuquerque

AVALIAÇÃO

Apresentação da pesquisa sobre a história do sal e apresentação.

SUGESTÃO DE ATIVIDADE:

Vídeo sobre extração de sal e porque a água do mar é salgada e dos rios é doce.

REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, L. Vídeo Como o sal é fabricado? Veja Aqui!. Disponível em: <http://youtu.be/ofXdGxC-0hQ>. Acesso em: 5/12/2014.

BRANT, L. C. Gente que educa. Nova Escola. Universidade Federal de Santa Maria/ UFSM. Disponível em: <http://www.gentequeeduca.org.br/planos-de-aula/o-papel-do-sal-no-organismo>. Acesso em: 6/12/2014.

BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Alimentação saudável: fique esperto. Brasília: ANVISA, Disponível em: <www.anvisa.gov.br/propaganda/alimento_saudavel_gprop_web.pdf >. Acesso em: 15/05/2014. _____ . MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA. 2 ed. Brasília. 2014. Disponível em:

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<http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/novembro/05/Guia-Alimentar-para-a-pop-brasiliera-Miolo-PDF-Internet.pdf>. Acesso em:

______. PORTAL BRASIL. Infarto. Disponível em: < http://www.brasil.gov.br/saude/2012/04/infarto>. Acesso em: 07/12/2013. ______. BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE. Acidente vascular cerebral. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/105avc.html>. Acesso em: 28/11/2014.

______ . ______ . ______ . Manual das cantinas escolares saudáveis: promovendo a alimentação saudável., 2010, 56. GONSALVES, P. E. Maus hábitos alimentares: esclarecendo suas dúvidas. São Paulo:Guias Ágora, 2001. LOPES, A. D.Quando menos é mais. Revista VEJA.com. edição2167, 2/6/2010 http://veja.abril.com.br/020610/quando-menos-mais-p-216.shtml LOUREDO, P. Observando a osmose em batatas. Disponível em: <http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/observando-osmose-batatas.htm>. Acesso em: 5/12/2014. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Análise da estratégia global para alimentação, atividade física e saúde, da Organização Mundial da Saúde* da Organização Mundial da Saúde*; versão impressa ISSN 1679-4974.Epidemiologia e Serviços de Saúde v.14 n.1 Brasília mar. 2005 SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO. Disponível em:<http://www.sbh.org.br/geral/hipertensao.asp>. Acesso em: 30/11/2014 TINOCO, L. et al. Teores de sódio descritos na informação nutricional de produtos alimentícios. Corpus et Scientia, Rio de Janeiro, v, 9, n.2, p. 56-68, jul./dez, 2013.

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UNIDADE DIDÁTICA 4

CONSUMO DE AÇÚCAR

4.1 AÇÚCAR

O açúcar é uma substância orgânica produzida por plantas clorofiladas a

partir da luz, gás carbônico e água pelo processo de fotossíntese. A molécula

resultante é a glicose que é um açúcar simples também chamado de carboidrato

(‘carbo” significa carbono e “hidrato’ significa água). Os vegetais produzem ainda

outras unidades de açúcares simples como a frutose e galactose também chamados

de monossacarídeos. Duas unidades de açúcares se combinam para formar

dissacarídeos como sacarose, a maltose e a lactose. Polissacarídeos conhecidos

como amiláceos consumidos são o arroz, o milho, a mandioca, a batata, a maisena,

as farinhas e os alimentos elaborados como pão, macarrão, biscoitos, cerveja e não

amiláceos (pectina, celulose, hemicelulose = fibras) são formados por várias

unidades de moléculas de açúcar.

Carboidratos são fontes de energia e que representam grande porcentagem

de ingestão de calorias diárias. A Organização da ONU para Agricultura e

Alimentos/Organização Mundial da Saúde (FAO/OMS) sugere que a dieta seja

composta de um mínimo de 55% e um máximo de 75% de calorias seja proveniente

de fontes variadas de carboidratos (DAVIS; MELINA, 2011).

Podem estar presentes naturalmente nos alimentos ou ser adicionados. Os

açúcares conhecidos como refinado, mascavo, cristal, demerara são considerados

carboidratos simples e são mais facilmente absorvidos pelo organismo. Os

carboidratos complexos apresentam digestão e absorção mais prolongada e estão

presentes em cereais (arroz, trigo, aveia e derivados) , tubérculos (aipim, batata

doce, inhame) e leguminosas (feijões, ervilha, lentilha).

O açúcar comercial mais usado pelos brasileiros é chamado de sacarose e é

originário da cana-de-açúcar, a Agência Nacional de vigilância Sanitária

(ANVISA,2013), define açúcar como a sacarose obtida a partir do caldo de cana-de-

açúcar (Saccharoumofficinarum ), mas também pode ter se originado da beterraba,

milho, mandioca, e de outras frutas. É um dissacarídeo composto por uma molécula

de glicose e outra de frutose.

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Para Oetterer (2014), os carboidratos são nutrientes bastante consumidos

na forma de açucarados naturais como o mel e as frutas, açucarados propriamente

ditos como o açúcar comercial nas várias formas, alimentos elaborados a base de

açúcar, como geléias, doces, caramelos, balas, glacês; alimentos elaborados com

adição de açúcar como bombons, sorvetes, leite condensado, biscoitos, bolos,

pudins e refrigerantes.

Os açúcares são aditivos alimentares (edulcorantes) usados

indiscriminadamente, na maioria das vezes sem necessidade, mascarando o gosto

natural dos alimentos, como ocorre com o leite e as frutas (OETTERER, 2014).

O açúcar é um perigo invisível que pode vir misturado aos alimentos

industrializados doces, bebidas como refrigerantes, sucos, isotônicos e até nos

salgados. Grande parte do consumo diário de açúcar vem dos refrigerantes. O

consumo desta bebida vem aumentando nos últimos anos (POF 2003) e tem sido

um fator associado ao ganho de peso (OMS, 2005).

A ingestão de açúcar leva ao aumento do consumo de calorias e sacia a

fome, porém, impede o consumo de outros nutrientes. O excesso de ingestão de

açúcar acelera o metabolismo quanto à produção de insulina e provoca hipoglicemia

aparente (hiperglicemia verdadeira) (OETTERER,2014).

Ainda de acordo com GONSALVES (2001): Estudos demonstram que uma

alimentação rica em açúcar pode aumentar o risco de formação de cálculos nos rins,

por provocar a supersaturação de oxalato de cálcio na urina. Sendo alimento

fermentescível, a sacarose frequentemente produz gases e cólicas (em crianças e

idosos) e provoca a formação de cáries dentárias por ser favorável a proliferação de

bactérias e fazer com que a saliva se torne hipertônica em relação ao cálcio,

provocando a migração do íon cálcio dos dentes para a saliva, tornando-os mais

fracos e mais suscetíveis às cáries. Se ingerido em quantidades superiores às

metabolizadas para gerar energia, o açúcar será transformado em gordura, com o

risco de produzir obesidade.

O aumento do nível de triglicérides também é um ponto negativo a ser

considerado, pois o consumo exagerado do açúcar pode contribuir na elevação no

nível de triglicérides, gordura perigosa, que ao se acumular pode obstruir as artérias.

O resultado pode ser a maior chance de desenvolver doenças cardiovasculares.

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4.2 RECOMENDAÇÃO DA OMS PARA O CONSUMO DE AÇÚCAR

Mesmo sendo desnecessário acrescentar açúcar nos alimentos, pessoas

acostumaram-se a adicioná-lo e dizem que as refeições ficam mais apetitosas.O

excesso de açúcar nos alimentos pode ser nauseante (OETTERER,

2014).Comparando com as frutas que são naturalmente ricas em frutose, estas

contêm pouco açúcar. Uma maçã grande tem pouco mais de 23 gramas de

açúcares, ou menos de cinco colheres de chá. Uma porção de morangos com 150

gramas tem menos de duas colheres de açúcar. Em uma lata de 350 mililitros de

Coca-Cola, por exemplo, há 37 gramas de açúcar. Há outra vantagem no consumo

de frutas: as fibras atrasam a digestão dos açúcares, evitando sobrecarga do fígado.

As recomendações da Organização Mundial da Saúde para o consumo de

açúcar foram reduzidas de 10% para 5% do total das calorias diárias. Para

mulheres, essa taxa equivale a 25 gramas (30 gramas) de açúcar por dia (cerca de

seis colheres de chá) ou 100 das 2000 calorias diárias recomendadas para um

adulto diariamente.Para os homens, o limite seria de nove colheres de chá (45

gramas ou 150 calorias), recomendadas para um adulto diariamente.

Estando incluído todo o consumo de glicose, sacarose e frutose. Portando,

deve-se ter muita atenção para a ingestão de bebidas, massas e até mesmo no

açúcar presente nos sucos e frutas.

4.3 TIPOS DE AÇÚCAR

4.3.1 Frutose

Açúcar obtido de frutas, mel, de alguns cereais e vegetais e do xarope de

milho. A frutose é metabolizada diretamente no fígado, não precisando de insulina

para sua quebra primária. Por ter um gosto mais doce, vem sendo usada como

adoçante em alimentos industrializados. Seu consumo excessivo pode

sobrecarregar o fígado, levando ao acúmulo de gordura no órgão e à hepatite não-

alcoólica.

4.3.2 Sacarose

É o açúcar refinado, e também o mascavo, comprados em supermercados e

que provêm da cana-de-açúcar ou de outros processos alcoólicos. Formado por uma

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molécula de glicose e uma de frutose, esse açúcar consome mais energia do

organismo para sua quebra.

4.3.3 Glicose

É um açúcar simples, cuja fonte de energia é fundamental para o

funcionamento do organismo. A glicose dificilmente é consumida em forma de

alimento, sendo sua utilização pelo corpo fruto de processos químicos de

degradação – como a quebra da frutose e da sacarose.

4.4 DOENÇAS RELACIONADAS AO CONSUMO DE AÇÚCAR

4.4.1 Infecções

Do ponto de vista da saúde, alguns autores explicam que para o açúcar ser

metabolizado no organismo, “rouba” do organismo vitamina B1, cálcio e magnésio e

quando ingerimos alimentos contendo naturalmente açúcar, estes vêm

acompanhado das substâncias necessárias a sua metabolização, não sendo

necessário sequestrá-las do organismo. Como o açúcar refinado é desvitalizado,

diminui a imunidade orgânica, tornando seus consumidores menos resistentes e

mais suscetíveis a várias infecções: rinites, faringites, otites, amigdalites, etc.

O hábito de consumir açúcar branco é hoje considerado uma das causas do

aumento da incidência do diabetes, e também ligado à arteriosclerose,

hipercolesterolemia, câncer, hipoglicemia, cáries dentárias, obesidade, deficiência

imunológica, osteoporose, depressão psíquica, reumatismo. O açúcar é prejudicial à

saúde por ser um produto muito concentrado que desestabiliza os mecanismos de

compensação do organismo e exige complementação bioquímica, o que produz

perdas minerais (cálcio, magnésio, etc.) crônicas e constantes (BONTEMPO, 2014).

4.4.2 Diabetes

A doença se caracteriza por uma elevação dos níveis de glicose no sangue,

causada pela falta de produção do hormônio insulina no pâncreas ou pela perda da

eficiência da ação de insulina em pessoas com excesso de gordura no corpo. A

insulina transporta a glicose para dentro das células e permite a sua transformação

em energia para o funcionamento equilibrado do organismo.

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Quando não controlado, o aumento de glicose no sangue pode levar a danos

nos vasos sanguíneos e nervos, acarretando em complicações como cardiopatias,

AVC, doença renal, cegueira e amputações de pernas e pés.

4.4.2.1 Tipos e Causas

Diabetes tipo 1: o pâncreas não produz o hormônio insulina.

Diabetes tipo 2: Responsável por 90% dos casos de diabetes, esse tipo está

associado ao ganho de peso. O pâncreas produz insulina, mas o organismo não

consegue usá-la de modo eficiente.

Diabetes Gestacional: Ocorre no período da gravidez por conta dos hormônios

produzidos pela placenta. Após o parto a maioria dos casos se reverte.

4.4.2.2 Fatores de risco

Familiares com diabetes, alteração dos níveis de glicose, acúmulo de

gordura abdominal, obesidade e sobrepeso, pressão arterial elevada, sedentarismo

e alimentação com baixa ingestão de frutas, verduras e legumes.

4.4.2.3 Incidência

No mundo todo, mais de 240 milhões de pessoas são portadoras de

diabetes. Estima-se que 10% tenham o tipo1, que acomete principalmente jovens no

início da fase adulta. Já o tipo 2, forma mais comum da doença, se desenvolve em

pessoas com excesso de tecido gorduroso. A diabetes gestacional ocorre em até 5%

das mulheres grávidas (RIBEIRO, 2012).

4.4.3 OBESIDADE

Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), O

Brasil tem cerca de 18 milhões de pessoas consideradas obesas. Somando o total

de indivíduos acima do peso, o montante chega a 70 milhões, o dobro de há três

décadas.

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Quando uma pessoa está acima do peso, ela se encaixa nos seguintes conceitos:

Sobrepeso - é quando há mais gordura no corpo do que o ideal para uma vida

saudável.

Obesidade - se dá quando o acúmulo de gordura é muito acima do normal, podendo

gerar até problemas graves de saúde. A obesidade é fator de risco para uma série

de doenças. O obeso tem mais propensão a desenvolver problemas

como hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, além de problemas

físicos como artrose, pedra na vesícula, artrite, cansaço, refluxo esofágico, tumores

de intestino e de vesícula. A obesidade pode, também, mexer com fatores

psicológicos, acarretando diminuição da autoestima e depressão. São muitas as

causas da obesidade. O excesso de peso pode estar ligado ao patrimônio genético

da pessoa, a maus hábitos alimentares ou, por exemplo, a disfunções endócrinas.

Obesidade mórbida - é quando o valor do IMC ultrapassa 40. Nesse caso, o

tratamento inicial além das mudanças de estilo de vida sempre inclui medicamentos

e até cirurgia bariátrica pode ser recomendada.

A prevenção contra a obesidade passa pela conscientização da importância

da atividade física e da alimentação adequada. O estilo de vida sedentário, as

refeições com poucos vegetais e frutas, além do excesso de alimentos ricos em

gordura e açúcar precipitam o aumento do número pessoas obesas, em todas as

Faixas etárias, inclusive crianças (SBEM, 2014).

4.4.4 CÁRIES

Alimentos doces e ricos em açúcares atraem bactérias causadoras de cárie.

E uma alimentação saudável e variada, com nutrientes necessários, contribui para

dentição saudável. É bom limitar a quantidade de bebidas adoçadas, biscoitos e

doces. O flúor, presente em muitos reservatórios de água também ajuda a proteger

os dentes. Caprichar na escovação e consultar regularmente o dentista são

imprescindíveis (GUIA VEJA DE MEDICINA E SAÚDE, 2005).

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O uso do fio dental e a escovação após as refeições ajudam a retirar os

restos de alimentos que ficam entre os dentes e são responsáveis por grande parte

das cáries. O autocuidado visando a prevenção de doenças da boca e gengivas e

combate ao mau hálito. Para manter a saúde da boca também é recomendável a

avaliação por um dentista a cada seis meses aproximadamente.

ATIVIDADE 1- EXIBIÇÃO DE VÍDEO SOBRE A PRODUÇÃO DE AÇÚCAR

TEMPO: 1hora-aula.

OBJETIVO

Levar o estudante a compreender de onde vem o açúcar.

VÍDEOS SOBRE A PRODUÇÃO DE AÇÚCAR

Vídeo 1:Conheça a produção de açúcar no Brasil

Disponível em: <http://youtu.be/z1XMK314NWQ>.

Autoria: UNICANA

Tempo: 2min16s

Publicado em: 31 de maio de 2012.

Vídeo 2: Açúcar como se faz parte 1

Disponível em:<http://youtu.be/qD0w3HEFc1A>.

Autoria: Ronildo Souza

Tempo de vídeo: 4min53s

Enviado em: 21 de jun. de 2009.

Vídeo 3: Açúcar como se faz parte 2

Disponível em:<http://youtu.be/HS-mNXkOTeY>.

Autoria: Ronildo Souza

Tempo de vídeo: 4min54s

Enviado em: 21 de jun. de 2009.

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ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

Após os comentários sobre cada um dos vídeos solicitar que os alunos descrevam e

ilustrem esquematicamente como se dá a produção de açúcar.

AVALIAÇÃO

Através do material que o estudante irá produzir.

ATIVIDADE 2 - EXIBIÇÃO DO VÍDEO MOSTRANDO A QUANTIDADE DE AÇÚCAR

PRESENTE EM 3 TIPOS DE REFRIGERANTES

TEMPO: 1hora-aula.

OBJETIVO

Compreender visualizando o excesso de açúcar que é embutido nos

alimentos industrializados.

Título do vídeo: Descubra a quantidade de açúcar nos refrigerantes

Disponível em: <http://youtu.be/JAYqBWM3k5w>.

Autoria: Manual do Mundo

Tempo do vídeo: 4min21s

Publicado em: 31 de julho de 2012.

ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

Observação do vídeo, comentários sobre o vídeo.

AVALIAÇÃO

Participação dos estudantes.

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ATIVIDADE 3 – ENSINANDO A OS ESTUDANTES A CALCULAR O ÍNDICE DE

MASSA CORPORAL (IMC)

TEMPO: 2 horas-aula.

OBJETIVO

Demonstrar de forma mais próxima da realidade do aluno que o peso deve

ser controlado para se ter maior qualidade de vida.

ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

1º Momento

Solicitar aos alunos que verifiquem seu peso e sua altura, ou fazer a pesagem e

medição dos estudantes em sala de aula;

2º Momento

O parâmetro utilizado mais comumente para o diagnóstico de gordura em adultos é

o do índice de massa corporal (IMC), que é calculado dividindo-se o peso do

paciente pela sua altura elevada ao quadrado. É o padrão utilizado pela

Organização Mundial da Saúde (OMS), que identifica o peso normal quando o

resultado do cálculo do IMC está entre 18,5 e 24,9. Para ser considerado obeso, o

IMC deve estar acima de 30 (RIBEIRO,2012).

IMC = P (peso):(altura x altura)

Pode ser usado o link abaixo para a obtenção do IMC.

Teste seu Índice de Massa Corporal

Disponível em:<http://www.endocrino.org.br/teste-seu-imc/>.

Autoria: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)

AVALIAÇÃO

Participação dos estudantes em sala de aula.

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ATIVIDADE 4 - HIGIENE BUCAL

TEMPO: 1 hora-aula.

OBJETIVO

Levar os estudantes perceber a importância de se fazer uma higiene bucal

adequada.

ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

Exibição e debate dos vídeos.

Vídeo: Missão bucal

Disponível em: <http://youtu.be/YOMaEHyiy_g>.

Autoria: maisvocesaude

Tempo do filme: 10min55s

Publicado em: 20/10/2010.

AVALIAÇÃO

Participação nas atividades

SUGESTÃO:

Vídeo: Por que o açúcar faz mal ?(Entrevista com nutricionista)

Disponível em: <http://youtu.be/em43CT0emMo>.

Autor: Willian Oliveira

Tempo 5min28s

Publicado em : 11/02/2012.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NUTROLOGIA. Disponível em: <http://abran.org.br/>Acesso em: 05/12/2014. ALBERT EINSTEIN. SOCIEDADE BENEFICENTE ISRAELITA BRASILEIRA.Sal, açúcar e outros ingredientes do dia-a-dia. Disponível em: <http://www.einstein.br/einstein-saude/nutricao/Paginas/sal-acucar-temperos-e-oleos.aspx>. publicada em 2007

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DAVIS, BRENDA, Dra. E MELINA VESANTO, Dra. 100% vegetariano; o guia essencial para uma alimentação saudável e ecologicamente correta. São Paulo: Cutrix, 2011. MAISVOCESAUDE. Missão bucal. Disponível em:<http://youtu.be/YOMaEHyiy_g>. Acesso em: 5/12/2014. MUNDO, Manual do. Descubra a quantidade de açúcar nos refrigerantes. Disponível em:<http://youtu.be/JAYqBWM3k5w>.Acesso em: 5/12/2014. OLIVEIRA, W. Por que o açúcar faz mal ? Disponível em:<http://youtu.be/em43CT0emMo>. Acesso em: 5/12/2014. PETRY, A. Por que o açúcar faz mal? VEJA.com.2009 <http://veja.abril.com.br/230909/acucar-droga-da-vez-p-98.shtml>. Acesso em: 3/12/2014. RIBEIRO, R. Doenças crônicas. ALBERT EINSTEIN. SOCIEDADE BENEFICENTE ISRAELITA BRASILEIRA..public. 22/05/2012 <http://www.einstein.br/einstein-saude/doencas/Paginas/tudo-sobre-diabetes.aspx>. Acesso em: 5/12/2014.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA.10 Coisas que Você Precisa Saber Sobre Obesidade.Disponível em:http://www.endocrino.org.br/10-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-obesidade/. Acesso em:19/11/2014.

______ . Teste seu índice de massa corporal. Disponível em: <http://www.endocrino.org.br/teste-seu-imc/>. Acesso em 19/11/2014-. SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Disponível em: <http://www.diabetes.org.br/>. Acesso em: 3/12/2014. SOUZA, R. Açúcar como se faz parte 1. .Disponível em: <http://youtu.be/qD0w3HEFc1A>. Acesso em: Acesso em: 5/12/2014. ______ . Açúcar como se faz parte 2. Disponível em:<http://youtu.be/HS-mNXkOTeY>. Acesso em: 5/12/2014. UNICANA .vídeos sobre a produção de açúcar.Disponível em: <http://youtu.be/z1XMK314NWQ>. Acesso em: 20/11/2014.

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UNIDADE DIDÁTICA 5

ÁGUA E ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

5.1 ÁGUA

A água é um nutriente que tem papel fundamental e indispensável para o

organismo, cada uma das células precisa dela para funcionar adequadamente. Ela

regula a temperatura do corpo, previne a desidratação, participa do transporte de

nutrientes e da eliminação de substâncias tóxicas. Participa de processos

fisiológicos.

A água a ser consumida ou utilizada para preparar os alimentos precisa ser

filtrada ou fervida.

Produtos como refrigerantes e vários tipos de bebidas adoçadas possuem

alta proporção de água, mas contêm açúcar ou adoçantes artificiais e vários

aditivos, razão pela qual não podem ser considerados fontes adequadas para

hidratação (BRASIL, 2014).

É necessário ingerir pelo menos 2 litros de água tratada, filtrada ou fervida

por dia (seis a oito copos), de preferência consumir água nos intervalos das

refeições. Essa quantidade pode variar de acordo com a atividade física e com a

temperatura do ambiente. Água é indispensável ao bom funcionamento do

organismo.

5.2 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

As recomendações da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN),

que busca contribuir para a melhoria da qualidade de vida e prevenção de doenças

relacionadas à alimentação e nutrição, entre elas a obesidade, diabetes e

hipertensão são fundamentadas pelas evidências científicas sobre os efeitos de uma

boa alimentação para a nossa saúde e os nossos hábitos culturais e alimentares.

Sabe-se que a glicemia (nível de açúcar no sangue) influencia a pressão

arterial. Se a glicemia sobe, a insulina (hormônio que faz a glicose entrar na célula)

também sobe e, consequentemente, faz com que os níveis de óxido nítrico (ajuda a

dilatar os vasos sanguíneos) no sangue diminuam. O resultado é uma pressão

arterial mais elevada.

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Portanto, os alimentos industrializados considerados salgados podem conter

açúcar e alimentos considerados doces podem conter sal; porém a maioria da

população acredita que produtos alimentícios que têm adição de açúcar não contêm

sódio na sua composição (TINOCO, 2013).

Devido ao fato de algumas empresas produzirem alimentos similares com

menores teores de sódio demonstra que existem condições tecnológicas para

redução desse nutriente em alimentos processados (BRASIL, 2012).

O consumidor deve observar a rotulagem nutricional para identificar os

alimentos embalados com menor teor de sódio e proteger a sua saúde e de sua

família. Todo produto industrializado deve trazer a indicação da quantidade de sódio

presente naquele alimento industrializado no quadro de informações nutricionais.

Sempre ler o rótulo com atenção. Escolher aqueles com menor quantidade de sódio

é fundamental.

De acordo com o Ministério da Saúde, uma alimentação saudável deve ser

baseada em práticas alimentares que assumam a significação social e cultural dos

alimentos. Entre os hábitos alimentares recomendados estão: consumir frutas,

verduras, e hortaliças frescas em vez de alimentos processados. Evitar refrigerantes

e sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e recheados, e outras guloseimas

como regra da alimentação. Diminuir a quantidade de sal na comida. Evitar consumir

alimentos industrializados com muito sal. Alimentos frescos têm menos sal, é preciso

equilibrar as refeições com saladas e frutas.

Outro aspecto relevante é resgatar a cultura alimentar, valorizando os

alimentos saudáveis da região resistindo aos apelos da propaganda.

Observar os rótulos dos alimentos, preferindo aqueles que tenham maior qualidade

nutricional e que estejam com a embalagem intacta, e dentro do prazo de validade.

Destacando que o alimento deve ser uma fonte de prazer e de saúde e não algo que

possa comprometer o bem-estar por causa de abusos ou do consumo inadequado.

Podem ser utilizados temperos naturais como ervas aromáticas, alho,

cebola, pimenta, limão, vinagre e azeite para temperar e valorizar o sabor natural

dos alimentos, evitando o uso excessivo do sal (BRASIL, 2012), sendo necessária a

redução do consumo de alimentos processados com alta concentração de sal, como

temperos e molhos prontos, sopas industrializadas e outros.

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Verificar o sódio em alimentos embalados, através da leitura dos rótulos.

Procurar alimentos em que está escrito: “baixo teor de sódio”, “sem adição de sal” ou

alimentos com 5% de Valor Diário (DV) ou menos. Um teor de sódio de 20% ou mais

DV é alta. Lembrando que não é necessário adicionar sal quando for fazer pipoca,

ou cozinhar arroz ou massas.

O consumo de açúcares simples não deve ultrapassar 10% da energia total

diária. Isso significa redução de pelo menos 33% (um terço) na média atual de

consumo da população. Os açúcares são fontes de energia e pode ser encontrada

naturalmente nos alimentos como frutas e mel, ou ser adicionados em preparações

e alimentos processados.

O consumo de sal diário deve ser no máximo de 5g/dia equivalente a uma

colher rasa de chá por pessoa, que é suficiente para atender as necessidades de

iodo, sendo esta quantidade, metade do que normalmente uma pessoa consome

diariamente. A água tratada, filtrada ou fervida é um alimento indispensável ao

funcionamento adequado do organismo.

Quanto ao uso do sal e sua diminuição no cotidiano, o paladar se adapta à

redução da quantidade de sal nos alimentos. Portanto a diminuição gradativa do sal

não afetará a percepção do sabor dos alimentos (BRASIL, 2012).

Contudo, um dos ensinamentos principais da alimentação saudável é o de

não fornecer às crianças alimentos adoçados. Nenhum açúcar é necessário ao

corpo humano, além daquele presente naturalmente existente nos alimentos. O

raciocínio serve não só para crianças como para adultos, desportistas, doentes,

gestantes, lactantes, etc. O processo de formação dos hábitos alimentares se inicia

na primeira infância, e se processa de modo gradual, moldado ao longo da vida,

estão envolvidos valores culturais, sociais, afetivos ou emocionais e

comportamentais.

Quanto aos adoçantes artificiais eles são perigosos para a saúde, talvez

mais que o próprio açúcar branco; o ciclamato e a sacarina são proibidos em

numerosos países devido a seu potencial cancerígeno e teratogênico (deformações

no feto). O aspartame, apesar de ser um produto dito "natural", é um derivado

sintético da fenilalamina, capaz de produzir vários problemas orgânicos, mas de

intensidade menor.

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No caso de necessidade de adoçar, sugere-se a estévia verdadeira (em pó);

existem falsificações e misturas de estévia nos chamados "adoçantes naturais" que

não são recomendáveis.

O consumo alimentar vem sendo estudado devido à sua potencial relação

com as doenças crônicas não-transmissíveis. A complexidade da dieta humana tem

feito os pesquisadores investirem na busca de meios mais adequados e eficazes

para avaliar qualitativa e quantitativamente o consumo de alimentos, dimensionarem

a adequação de nutrientes e relacionar dieta à ausência de saúde (SARNO, 2010).

Para as crianças, adolescentes ou adultos dependentes dos alimentos muito

adoçados, convém fazer eliminação gradativa e inteligente dos mesmos; nessa fase,

pode ser usado o mel ou o açúcar mascavo.

De acordo com a Lei 14.423/04, Art.2º. atendendo ao preceito nutricional fica

proibida nos serviços de lanches e bebidas ou similares a comercialização de:

Bebidas com quaisquer teores alcoólicos, balas, pirulitos e goma de mascar

refrigerantes e sucos artificiais; salgadinhos industrializados; salgados fritos; e

pipocas industrializadas em cantinas escolares.

O tipo de alimentação está entre as principais causas de aparecimento de

doenças. O conhecimento e as boas escolhas podem determinar uma vida mais

saudável.

Segundo a OMS, as recomendações diárias para o consumo de açúcar

simples, do total de dos açúcares ou carboidratos da dieta, foram reduzidas de 10%

para 5% do total das calorias diárias. E a quantidade de sal consumida pela

população brasileira que é de 12g de sal por dia, deverá ser em 2025 de 5 g, sendo

2g contidos nos alimentos e 3 g que poderá ser adicionado aos alimentos.

Algumas orientações do Ministério da Saúde (2014) e Instituto do

Câncer de São Paulo para uma vida com saúde:

- Alimentar-se basicamente de alimentos in natura ou minimamente processados.

Limitar o consumo de alimentos processados (ex: conservas de legumes, compota

de frutas, pães e queijos). Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados (ex:

biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, refrigerantes e macarrão instantâneo).

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- Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e

cozinhar alimentos e criar preparações culinárias.

- Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece.Realizar

as refeições diárias, com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e,

sempre que possível, evitar comer em frente à TV, pois isso abre caminho para

excessos;

- Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias.

- Ingerir bastante líquido durante o dia; de preferência água

- Escolher embalagens individuais, em vez de embalagens "tamanho-família"; por

exemplo, preferir os chocolates embalados individualmente, no lugar de barras

inteiras.

- Quando os lanches substituem as principais refeições, é importante assegurar que

eles sejam nutritivos e contribuam para uma dieta equilibrada.

- Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação

veiculadas em propagandas comerciais.

- Ter dieta balanceada.

- Manter o peso adequado.

- Praticar atividade física regularmente.

ATIVIDADE 1 - Estudo de caso

TEMPO: 1 hora-aula.

OBJETIVO

Verificar o nível de entendimento dos alunos sobre alimentação adequada

ESTRATÉGIA DE AÇÃO

Estudo de caso: A garotinha que só come alimentos brancos.

(Adaptado do Guia de alimentação saudável – Guia Veja de Medicina e Saúde (2009)).

Nome : Flávia

Idade: 7 anos

Problema:

Flávia não come nada verde nem vermelho. Quer sempre os mesmos alimentos

todos os dias, no lanche e no jantar: queijo, iogurte e massas.

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A mãe de Flávia se preocupa com a dieta da filha e, ao mesmo tempo não sabe

muito bem o que fazer, se lhe dá ou não suprimento vitamínico.

Apesar do apetite da menina variar conforme o dia, sua refeição noturna consiste

basicamente em nuggets de frango, macarrão instantâneo e maçãs cozidas com

iogurte. Ela não tem interesse em experimentar os alimentos que a família consome,

como frango, bife, arroz, batatas ou legumes. Gosta de algumas compotas e de

frutas como morango com açúcar e banana. Júlia come pouquíssimo do que é

servido, mas volta para a cozinha uma hora depois, pedindo um picolé ou um doce.

Aproveitando os seus conhecimentos sobre alimentação saudável, como você

poderia ajudar a mãe da Flávia ?

AVALIAÇÃO

Através da sugestão do aluno para ajudar a mãe de Flávia.

ATIVIDADE 2 - PESQUISA E ELABORAÇÃO DE CARTAZES

TEMPO- 3 horas-aula

OBJETIVO

Trabalhar o tema: Reforçar os conhecimentos adquiridos sobre alimentação

saudável.

ESTRATÉGIA DE AÇÃO

1º Momento

Solicitar aos alunos que pesquisem sobre : Por que devemos diminuir o consumo de

refrigerantes, guloseimas e produtos industrializados ?

2º Momento

Discussão em sala sobre o tema da pesquisa.

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3º Momento

Solicitar que os alunos tragam de casa figuras e em sala de aula e elaborem em

equipes de 4 alunos cartazes sobre o tema.

RECURSOS

Cartolina, canetinha, cola , figuras.

AVALIAÇÃO

Através da participação em sala de aula e elaboração do cartaz.

ATIVIDADE 3 – ELABORAÇÃO DE CADERNO COM RECEITAS SAUDÁVEIS

TEMPO: 3horas-aula

OBJETIVO

Fazer com que os estudantes participem ativamente de uma construção de novos

hábitos alimentares.

ESTRATÉGIA DE AÇÃO

1º Momento

Cada aluno deverá pesquisar na sua família uma receita de um prato fácil de fazer e

que não tenha muitos produtos industrializados, nem muito sal, nem muito açúcar.

2º Momento

Diálogo sobe as receitas elaboração de um caderno de receitas com as receitas

trazidas pelos próprios alunos.

Recursos

1 receita escrita em folha de papel sulfite

3º Momento

A professora fará cópias e entregará um caderninho de receitas saudáveis da turma

a cada aluno.

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ATIVIDADE 4 - VÍDEO SUPER SIZE ME (DIETA DO PALHAÇO)

TEMPO DO VÍDEO: 100 minutos

TEMPO: 3 horas-aula

OBJETIVO

Levar os estudantes a repensar sobre as consequências de se alimentar de

“fastfood em excesso.

ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

Passar o vídeo em que o ator se alimenta exclusivamente em fastfoodd a rede Mac

Donald durante um mês. As consequências são visíveis, aumento de peso,

diminuição do humor. Só depois que volta a ter uma alimentação equilibrada retoma

a sua saúde.

RECURSOS

TV multimídia

Vídeo

Aparelho de DVD

AVALIAÇÃO

Os alunos divididos em equipes de três estudantes deverão comentar sobre o filme,

escrever suas principais observações e entregar para a professora.

ATIVIDADE 5 – VERIFICAÇÃO DE MUDANÇA NO COMPORTAMENTO

ALIMENTAR DOS ESTUDANTES

TEMPO: Hora-aula

OBJETIVO

Aplicar o questionário novamente para ver se houve mudança no comportamento

alimentar dos estudantes após a implementação desta produção pedagógica.

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ESTRATÉGIAS e AVALIAÇÃO

Aplicação do questionário.

QUESTIONÁRIO : HÁBITOS ALIMENTARES DOS ESTUDANTES

Nome:__________________________________________________________

Sexo: ( ) M ( ) F Data de nascimento:_______________

1) Marque um X nas refeições que você faz todos os dias: ( ) café da manhã ( ) lanche da manhã ( ) almoço ( ) lanche da tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir

3) Marque um X nos alimentos você consuma ingerir todos os dias:

( ) leite ( ) pão ( ) chocolate ( ) balas ( ) ovos ( ) goma de mascar ( ) legumes ( ) verduras ( ) frutas ( ) outros doces ( ) refrigerantes ( ) bolo ( ) hamburguer ( ) batata frita ( ) macarrão instantâneo ( ) salgadinho de ( ) suco de caixinha ou ( ) biscoitos recheados pacote pacotinho 3) Marque um X nos alimentos você costuma ingerir menos de 4 vezes por semana: ( ) leite ( ) pão ( ) chocolate ( ) balas ( ) ovos ( ) goma de mascar ( ) legumes ( ) verduras ( ) frutas ( ) outros doces ( ) refrigerantes ( ) bolo ( ) hamburguer ( ) batata frita ( ) macarrão instantâneo ( ) salgadinho de ( ) suco de caixinha ou ( ) biscoitos recheados pacote pacotinho 4) Durante as refeições você costuma acrescentar sal no seu prato ? ( ) sim ( ) não 5) Quantas vezes por semana, se alimenta em “fastfood”: ( ) nenhuma ( ) uma vez ( ) mais de 4 vezes ( ) menos de 4 vezes 6) Quantos copos de água você consome por dia, aproximadamente ? ( ) 1 copo ( ) mais de um copo ( ) mais de 4 copos ( ) nenhum, só suco e refrigerante

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7) Quando vê a propaganda de um novo alimento industrializado, você: ( ) nem liga ( ) quer logo comprar e experimentar, pois parece saboroso 8) Na sua família, as pessoas têm o hábito de ler o rótulo dos produtos que consomem ? ( ) sim ( ) não ( ) às vezes 9) Você já ouviu falar que alguém da sua família apresenta: ( ) sobrepeso ( ) problemas cardiovasculares ( ) obesidade ( ) cárie ( ) hipertensão ( ) problemas renais 10) O que você entende por alimentação com qualidade ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

- PALESTRA COM NUTRICIONISTA

ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

Desenvolvimento de uma palestra pela nutricionista.

RECURSOS

Data show, computador

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Acidente vascular cerebral. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/105avc.html>. Acesso em: 10/12/2014. _____ . AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIAManual para a indústria. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/5f53be80474583c58ee8de3fbc4c6735/manual_industria.pdf?MOD=AJPERES>. Acesso em: 03/12/2014. ______ . ______. Informe técnico n. 50/2012. teor de sódio dos alimentos processados. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/856c37804d19e24d9d7aff4031a95fac/INFORME+T%C3%89CNICO+2012-+OUTUBRO.pdf?MOD=AJPERES>. Acesso em: 20/12/2014.

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______ . MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA. 2 ed. Brasília. 2014.Disponível em:<http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/novembro/05/Guia-Alimentar-para-a-pop-brasiliera-Miolo-PDF-Internet.pdf>. Acesso em: 3/10/2014. ______ . INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. (INCA). Hábitos alimentares. Disponível em: <http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=18>. Acesso em: 5/12/2014. ______ . PORTAL DA SAÚDE.Prevenção e Controle de Agravos Nutricionais<http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_pcan.php>. Acesso em: 6/12/2014. GUIA VEJA DE MEDICINA E SAÚDE. Alimentação correta para cada fase da vida. São Paulo: Abril coleções, 2009. PARANÁ. Lein.º 14423 - 02/06/2004Publicado no Diário Oficial Nº 6743 de 03/06/2004. Disponível em:<http://www.nre.seed.pr.gov.br/amsul/arquivos/File/programas/cantina3lei14423.pdf>.Acesso em: 06/12/2014. SARNO, F. Estimativas do consumo de sódio no Brasil, revisão dos benefícios relacionados a limitação do consumo deste nutriente na Síndrome Metabólica e avaliação de impacto de intervenção no local de trabalho. 2010. 135 f. Tese (Doutorado) - Curso de Nutrição, Faculdade de Saúde Pública da USP,São Paulo, 2010. TINOCO, L. et al. Teores de sódio descritos na informação nutricional de produtos alimentícios. Corpus et Scientia, Rio de Janeiro, v, 9, n.2, p. 56-68, jul./dez, 2013.

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APÊNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIMENTO

Você está sendo convidado (a) a participar, como voluntário (a), em uma

pesquisa. Após ser esclarecido (a) sobre as informações a seguir, no caso de aceitar

fazer parte do estudo, assine o final deste documento, que está em duas partes.

Uma delas é sua e a outra é da pesquisadora responsável. Desde logo, fica

garantido o sigilo das informações. Em caso de recusa você não será penalizado (a)

de forma alguma.

Informações sobre a pesquisa:

Título do Projeto: CONSUMO DE AÇÚCAR E SAL PARA PROMOÇÃO DE UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

Pesquisador Responsável: Luciane Marilis Dupchak

Objetivo da pesquisa:

Nome e Assinatura do pesquisador:

________________________________________

Luciane Marilis Dupchak

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CONSENTIMENTO DA PARTICIPAÇÃO DA PESSOA COMO SUJEITO

Eu, ____________________________________RG:___________, abaixo assinado,

concordo em participar do estudo do CONSUMO DE AÇÚCAR E SAL PARA

PROMOÇÃO DE UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL.

Fui devidamente informado e esclarecido pela pesquisadora Luciane Marilis

Dupchak sobre a pesquisa, os procedimentos nela envolvidos, assim como os

possíveis benefícios decorrentes da minha participação. Foi-me garantido o sigilo

das informações e que posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem

que isto leve a qualquer penalidade.

Curitiba, ______ de ____________________ de 2015.

__________________________________

Assinatura do respondente