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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
PRODUÇÃO DIDÁTICA – PEDAGÓGICA
UNIDADE DIDÁTICA
Professor PDE – Arlene Terezinha Dias dos Santos Mitrovini
Área PDE – Disciplina Técnica
NRE – Jacarezinho
Professor Orientador IES – Ana Lúcia De Grandi
IES – Vinculado – UENP
Escola de Implementação - Colégio Estadual Rui Barbosa – Jacarezinho
Público objetivo de intervenção – Alunos 1º semestre do curso Técnico de
Enfermagem, na Disciplina Introdução de Enfermagem
Jacarezinho
2013
APRESENTAÇÃO
O presente material didático, Unidade didática, é parte
constituinte do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), da
Secretaria do Estado do Paraná, tem por objetivos proporcionar ao professor
informações/conhecimentos básicos e sistematizados, indicações bibiográficas
e sites de pesquisas para uma atualização e aprofundamento sobre a Doença
de Alzheimer (DA) – Cuidada de Enfermagem na DA.
Aos alunos proporcionar conceitos básicos para o
desenvolvimento de conhecimentos e atitudes que favoreçam o atendimento da
prática social de sua profissão na assistência a pessoa com DA nas diversas
etapas da doença. Capacitá-los na reabilitação de portadores da doença, que é
progressiva, junto com a família possibilitando melhor qualidade de vida.
Espera-se que esse material possa contribuir com alunos/as
nos cuidados ao paciente com DA, dando-lhes oportunidades para refletir sobre
a realidade em que vivem e atuam, buscando soluções para os problemas,
aprimorando sua formação com qualidade, ética e responsabilidade.
Segundo Brasil (1999), um dos desafios da escola é a
introdução para saúde, contemplando a conscientização e o desenvolvimento
de atitudes e posturas éticas, além da aprendizagem conceitual. Para tanto, é
necessário adotar uma metodologia que possibilita os alunos a trabalharem
várias vertentes relacionadas com a promoção e proteção da saúde, sobretudo
aplicando os conteúdos adquiridos no ensino fundamental, médio e técnico,
permitindo articular conhecimentos, atitudes e práticas.
Percebe-se que as escolas, de modo geral ainda vêem a
educação em saúde como uma prática a ser realizada apenas em eventos
especiais e não no dia a dia, devendo enfatizar informações sobre doenças que
têm grandes proporções mundiais, como o Alzheimer. Devido a esse fato surgiu
o interesse da realização do presente estudo, para que alunos do 1º semestre
de Introdução a enfermagem, na escola pública estadual do município de
Jacarezinho, Colégio Estadual Rui Barbosa, adquiram conhecimento desde o
início do curso para que possam desenvolver cuidado a pacientes com Doença
de Alzheimer.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA / REVISÃO BIBLIOGRÁFIA
INTRODUÇÃO
Com a melhora das condições de vida e dos cuidados à saúde,
a expectativa de vida tem aumentado continuamente, fazendo crescer o
número de pessoas com doenças degenerativas. Entre estas se encontra um
significativo contingente de pessoas com demência. A demência pode ter
diferentes causas e, invariavelmente, leva à progressiva alteração do
comportamento e à dependência para a realização de atividade do dia a dia
(BERTOLUCCI, 2012).
Porém, se por um lado estamos aproveitando a vida por mais
tempo, por outro estamos mais sujeitos às doenças associadas ao
envelhecimento. Quando se fala das doenças associadas ao envelhecimento, é
inevitável falar da Doença de Alzheimer.
Calcula-se que de 10 a 15% das pessoas que chegam aos 65
anos apresentam sintomas que remetem ao Alzheimer. A prevalência salta para
3% ao ano, até atingir quase 50% ao completar os 85 anos. Nos estágios
iniciais da doença, os lapsos de memória são mais presentes, mas podem ser
sutilmente negligenciados por serem confundidos como algo natural no
envelhecimento. Entre os indícios da doença, estão esquecimento de nomes e
objetos, confusão com locais, familiares, lentidão em tarefas triviais – como
gerenciar finanças ou preparar refeições, alterações freqüentes de humor
(SAÚDE É VITAL, 2013).
A Doença de Alzheimer é a principal causa de demência. Trata-
se de uma degeneração primária do sistema nervoso central, isto é, uma
doença na qual, por razão ainda desconhecidas, ocorre progressiva atrofia do
cérebro. A Doença de Alzheimer caracteriza-se por uma longa evolução – entre
10 e 12 anos em média - entre os primeiros lapsos e o estágio grave. Enquanto
na fase inicial o que se observa é lapso de memória, com o tempo as
dificuldades se acentuam, chegando à dependência mesmo nas atividades
mais simples, como trocar de roupa ou alimentar. A Doença de Alzheimer pode
ser dividida em três fases: leve, moderada e grave (BERTOLUCCI, 2012).
De acordo com Ministério da Saúde, no Brasil (2010, p.01):
Existem cerca de 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade. Seis por cento delas sofrem mal de Alzheimer, segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAZ). Em todo mundo 15 milhões de pessoas tem Alzheimer, doença incurável acompanhada de graves transtornos às vítimas. No Brasil, três estudos investigaram as prevalência e incidência desta doença, utilizando amostras de idosos de base comunitária e critérios diagnósticos atuais. A prevalência de demência na população com mais dos 65 anos foi de 7,1%, sendo que a DA foi responsável por 55% dos casos. A taxa de incidência foi 7,7 por 1.000 pessoas-ano no estudo de São Paulo e 14,8 por 1.000 pessoas-ano no estudo do Rio Grande do Sul. Considerando a prevalência de demência no Brasil e a população de idosos de aproximadamente 15 milhões de pessoas, a estimativa para demência é de 1,1 milhão.
Calcula-se que aproximadamente 5,3 milhões de pessoas
estejam sofrendo do Mal de Alzheimer no mundo, e segundo o relatório anual
divulgado pela Alzheimer Association em 2009, a partir de 2010 existirão 454
mil casos no mundo e, 2050, 950 mil casos (MOONEY, 2011).
Além dos danos emocionais decorrentes da doença, o gasto
econômico também assusta, já que nos Estados Unidos foram gastos
anualmente 148 bilhões de dólares em custos diretos e indiretos ligados ao Mal
de Alzheimer e outras doenças relacionadas. Embora a maioria dos pacientes
com demência continuem a viver em um ambiente familiar amparadas por
amigos, parentes e serviços comunitários, atualmente ocupam quase 67% dos
leitos de casa de repouso e mais de 52% dos leitos atendidos por serviços
médico domiciliares. Sessenta mil mortes por ano são diretamente atribuíveis à
demência; aproximadamente 10% das mortes de homens acima de 65 anos e
15% das mulheres com idade similar (MOONEY, 2011).
Uma vez que a população acima de 85 anos tende a duplicar, a
Doença de Alzheimer pode muito bem ser chamada a doença do século XXI.
Segunda Sharon, a Doença de Alzheimer também foi descrita na literatura por
cuidadores como “funeral que nunca acaba”, “pesadelo do qual nunca acorda”,
“outro nome para loucura”, “epidemia silenciosa”, “lenta morte da mente”. Um
dos livros mais populares e práticos já escritos sobre o assunto, intitulado The
36-Hour Day [O dia de 36 horas], reflete a realidade da vida da maioria dos
cuidadores.
Realmente cuidar de alguém acometido pelo Mal de Alzheimer
requer mais de sete dias por semana, vinte quatro horas por dia, sessenta
minutos por horas; as dificuldades inerentes ao trabalho de cuidar são todas
reais demais.
DOENÇA DE ALZHEIMER
Dr. Alois Alzheimer
Um pouco de História
A origem do termo “Mal de Alzheimer” deu-se em 1901, quando
Dr. Alois Alzheimer iniciou o acompanhamento do caso da Sra. Augusta
admitida em seu hospital. Em de 1906, durante o 37º Congresso do Sudoeste
da Alemanha de Psiquiatria na cidade de Tubingen, Dr. Alois Alzheimer faz sua
conferência, com o título “SOBRE UMA ENFERMIDADE ESPECIAL DO
CORTEX CEREBRAL”. Relata o caso de sua paciente e o define como uma
patologia neurológica, não reconhecida, que cursa com demência, destacando
os sintomas de déficit de memória, de alterações de comportamento de
incapacidade para as atividades rotineiras. Relatou mais tarde os achados de
anatomia patológicas desta enfermidade, que seriam as placas senis e os
novelos neurofibrilares. Dr. Emil Kraepelin, na edição de 1910 de seu “Manual
de Psiquiatria”, descreveu os achados do Dr. Alzheimer, cunhando esta
patologia com seu nome, sem saber da importância que esta doença teria no
futuro (BORGES, 2013).
Para Mooney (2011), a Sra. Augusta era uma dona de casa de
meia idade que passara por profunda perda da memória, déficits de linguagem,
desorientação, confusão, depressão, insônia, paranóia e alucinações. Ela era
paciente dele, que morreu em um hospital em Frankfurt, aos 55 anos de idade.
Depois da morte dela, o Dr. Alois Alzheimer, que trabalhava na escola médica
em Munique, apresentou os resultados de um exame post mortem.
DEFINIÇÃO
O Mal de Alzheimer é um distúrbio ou demência cerebral
progressivo e irreversível para o qual não existe nenhuma causa definida,
nenhum tratamento definitivo e, até o momento, nenhuma cura previsível. A
palavra demência significa “perda do juízo” ou “privação da mente”. As doenças
ligadas à demência são resultado de um ou mais processos doentios que
alteram drasticamente o comportamento das pessoas e gradualmente arruínam
suas vidas e as vidas de famílias inteiras (MOONEY, 2011).
O termo Doença de Alzheimer em sentido amplo corresponde a
uma síndrome clínica caracterizada pela alteração progressiva e irreversível
das funções cognitivas, acompanhada de modificações neuro-histológicas
particulares, compreendendo degenerencia neurofibrilar e placas senis. Esta
afecção pode se exprimir clinicamente antes e depois do 65 anos (MAGNIÉ,
1998).
Mooney (2011) refere que o Mal de Alzheimer é mais
especificamente chamado de demência pré-senil ou demência senil do tipo do
Mal de Alzheimer, dependendo da idade do início da doença. A primeira
geralmente ocorre antes dos 65 anos e a segunda, após esta idade.
O comprometimento progressivo da cognição e das habilidades
para realizar as atividades de vida diária (AVDs), bem como as alterações
comportamentais e o afastamento do convívio social revelam, gradativamente,
um cenário caracterizado pela perda progressiva da autonomia total,
pendência, aumento da vulnerabilidade às comorbidades, até a dependência
total para manter seu auto cuidado (SOUZA, 2010).
Doença de Alzheimer é uma forma de demência. Ainda que
todos os pacientes com Alzheimer tenham demência, nem todos os pacientes
com demência tem DA. É uma doença fatal com sobrevida relacionada à
sobrevida dos sintomas, costumando ficar entre quatro e 10 anos
(HARTMANN, 2012).
ETIOLOGIA
Como descrita por Borges (1997) existem várias teorias que
procuram explicar a causa da Doença de Alzheimer, mas nenhuma delas está
provada. Destacamos:
1- IDADE: quanto mais avançada a idade, maior a
porcentagem de idosos com demência. Aos 65 anos, a cifra é de 2-3% dos
idosos, chegando a 40% quando se chega acima de 85-90 anos.
2- IDADE MATERNA: filhos que nasceram de mães com mais
de 40 anos, podem ter mais tendência à problemas demências na terceira
idade.
3- HERANÇA GENÉTICA: já se aceita, mais concretamente,
que seja uma doença geneticamente determinada, não necessariamente
hereditária (transmissão entre familiares).
4- TRAUMATISMO CRANIANO: nota-se que idosos que
sofreram traumatismos cranianos mais sérios, podem futuramente desenvolver
demência. Não está provado.
5- ESCOLARIDADE: talvez, uma das razões do grande
crescimento das demências, nos países mais pobres. O nível de escolaridade
pode influir na tendência a ter Alzheimer.
6- TEORIA TÓXICA: principalmente pela contaminação pelo
alumínio. Nada provado.
Os pesquisadores há muito estudam a proteína beta-amiloide,
substância viscosa que se acumula no cérebro de quem tem o mal de
Alzheimer, formando placas características da doença. A pesquisa recente
sugere que essa proteína também produza radicais livres ou moléculas com
um número atípico de elétrons que, por sua vez, são conhecidos como
causadores de dano celular ou morte das células. Recentemente,
pesquisadores britânicos e dos EUA introduziram um pedaço adaptado da
enzima ABAD nas células nervosas de camundongos e notaram que as células
cerebrais injetadas com ABAD não foram danificadas pela beta-amilóide do
mesmo modo que outras células cerebrais (MOONEY, 2011).
Segundo Mooney (2011) o principal fator de risco para o Mal de
Alzheimer é a idade. As mulheres correm um risco ligeiramente maior de ter a
doença que os homens os quais, por sua vez, têm maior probabilidade de
desenvolver demência vascular.
DIAGNÓSTICO
No caso de perda de memória e confusão, há sempre
necessidade de se ter um exame diagnóstico completo, assim que possível.
Isso é essencial, independente de a confusão ser moderada ou grave, e de
qual for a idade da pessoa. O exame deve incluir um histórico e check-up
completos, vários testes de sangue e avaliação neurológica, psicológica e
psiquiátrica.
Para Mooney (2011), o diagnóstico de Alzheimer é um
processo trabalhoso de eliminação e exclusão. Em geral, uma única consulta
médica e um único tese não são suficiente. O diagnóstico é difícil. O curso do
processo da doença varia enormemente de pessoa a pessoa e há sempre um
grau de incerteza.
O diagnóstico positivo de DA faz-se em duas fases: primeiro, o
da síndrome demência; e, em seguida, o da DA. No início, trata-se, na maioria
dos casos, de uma crise amnésia que raramente é formulada pelo portador,
mas, em regra, pelos que o rodeiam. Geralmente são queixas em relação ao
trabalho, como diminuição no desempenho, sendo esse episódio verificado
pelos colegas de trabalho, podendo ocorrer repetição de erros que não lhe
eram habituais. Em relação às donas de casa, serão os filhos ou conjugues
que referirão os esquecimentos e os erros, cada vez mais freqüentes na forma
cotidiana (TOUCHON; PORTET, 2002 apud SILVIA, 2007).
De acordo com Bertolucci (2012), o diagnóstico de DA não é
realizado com o portador em vida. O tecido cerebral utilizado para exame
conformativo é obtido por necropsia ou biopsia cerebral, que por ser invasivo,
não é utilizado na rotina.
De acordo com Lopes (2006) a demência de Alzheimer
apresenta três estágios evolutivos cujas características clínicas e de exames se
encontram abaixo:
Estágio 1 ou início (pré-clínica)
-Déficit cognitivo leve (1 a 3 anos de evolução).
-Memória: dificuldade para novas memórias discretamente acometida.
-Percepção: desorientação topográfica, construções complexas pobres.
-Linguagem: distúrbios da evocação, anomia discreta, perífrases e linguagem
circunvoluntária vazia.
-Comportamento: indiferença, irritabilidade ocasional, delusões.
-RNM: atrofia das estruturas mesaemporais e hipocampais.
-PETIS PECT: hipoperfusão/hipometabolismo parietal posterior bilateral.
Estágio 2 ou moderado (2 a 10 anos de evolução)
-Memória: a capacidade da memória recente e remota está mais intensamente
implicada.
-Percepção: desorientação espacial, construções pobres, agnosia visual.
-Linguagem: afasia flutuante, anomia, parafasias, déficit de compreensão,
dificuldade para iniciar conversão.
-Outros distúrbios cognitivos: apraxias e acalculia.
-Comportamento: indiferença ou irritabilidade, difusões.
-Sistema motor: inquieto, calmo.
-EEG: lentificação do ritmo de base.
-TC/RNM: normal ou dilatação ventricular com alargamento dos sucos corticais.
-PTIS PECT: hipoperfusão/ hipometaboismo temporoparietal (pode ser
unilateral).
Estágio 3 ou avançado (8 a 12 anos de evolução).
-Funções cognitivas: intensamente deterioradas.
-Fala: ecolia, palilalia, logoclonia, disartria, mutismo terminal.
-Sistema motor: rigidez de membros, postura em flexão, incontinência urinária
e fecal.
-EEG: difusamente lentificado.
-TC/RNM; dilatação ventricular e alargamento dos sulcos (atrofia).
-PETIS PECT: hipometabolismo/ hipoperfusão frontal, e temporoparietal
bilateral.
A avaliação neuropsicológica detalhada é altamente importante
principalmente nos estágios iniciais da demência, onde testes superficiais
podem apresentar resultados normais ou limítrofes. A avaliação cognitiva inicia-
se com testes de rastreio, como o mini-exame do estado mental (MEEM), e é
complementada por testes que avaliam diferentes componentes do
funcionamento cognitivo, como testes de memória, atenção, linguagem,
funções executivas, funções visuo-perceptivas, habilidades construtivas, entre
outros. Diversas escalas e questionários podem ser utilizados para a avaliação
do desempenho em atividades da vida diária do paciente, sendo aplicados
tanto ao paciente quanto aos familiares e cuidadores (CARAMELLI; BARBOSA,
2002; NITRINI et al., 2005).
MANIFESTAÇÕES CLÍNICA
As manifestações clínicas na Doença de Alzheimer são
descritas por fases ou estágios evolutivos, sendo que em seu curso típico
podem apresentar variações de paciente. Contudo é de início insidioso e de
deterioração progressiva.
Nos estágios iniciais da Doença de Alzheimer, ocorrem o
esquecimento e a perda de memória sutil. O paciente pode experimentar
pequenas dificuldades nas atividades de trabalho ou social, mas apresenta
função cognitiva adequada para ocultar a perda e pode funcionar de modo
independente. A depressão pode ocorrer nesse momento com a progressão
adicional da doença, os déficits não podem ser disfarçados. O esquecimento
manifesta-se em muitas ações diárias. Esses pacientes podem perder sua
capacidade de reconhecer rostos familiares, locais e objetos, podendo ficar
perdidos em um ambiente familiar (SMELTZER; BARE, 2006).
As manifestações clínicas de acordo com os estágios, para
Mooney (2011), incluem:
1º Estágio: de dois a quatro anos é a duração média do primeiro estágio. Os
sintomas iniciais incluem alguma ou todas as mudanças seguintes:
Perda da memória. Acontecimentos recentes são esquecidos
Confusão e desorientação. Com freqüência a confusão relaciona-se com o
tempo e espaço.
Distúrbios de fala e de linguagem. Pode haver uma incapacidade
progressiva para nomear objetos ou terminar sentença.
Julgamento enfraquecido. Há fala de discernimento e crescente
incapacidade de discriminar, entender e seguir direção.
Dificuldade para completar tarefas bem conhecidas.
Mudança de personalidade e de disposição. A depressão quase sempre
acompanha o primeiro estágio mal de Alzheimer.
Desleixo e negligência. A higiene pessoal torna-se um problema e as
pessoas parecem desleixadas ou descuidadas
2º Estágio – a medida que o mal de Alzheimer progride, os sintomas do
primeiro estágio intensificam-se. A perda da memória torna-se mais profunda.
O comportamento mais perturbador, esquisito e imprevisível. Dura entre dois a
dez anos.
Perda contínua e progressiva da memória. Acontecimentos passados e
também recentes não são mais lembrados.
Desorientação e confusão de progressiva e completa. Tornam-se incapazes
de reconhecer as pessoas, inclusive membros da família, bem como o próprio
reflexo no espelho.
Distúrbio da fala, de comunicação e de linguagem. As pessoas que estão no
segundo estágio do mal de Alzheimer são cada vez mais incapazes de
expressar-se e completar sentenças. É comum a repetição de palavras,
perguntas e frases.
Reações catastróficas. Incluem oscilações de humor ou mudança de
personalidades, explosão de ira, desconfiança, paranoia.
Perambulação, inquietação, pressa no andar.
Sinais Físicos. A atividade motora é afetada. No segundo estágio muitos
doentes perdem progressivamente a capacidade de se dedicar as atividades
que exigem coordenação das mãos e dedos. Os doentes tendem a perda
desequilíbrio e cair quando a coordenação se enfraquece. Manifestam-se
problemas para se alimentar e controlar o sistema excretor.
3º estágio – os sintomas do último estágio incluem a intensificação dos
sintomas do segundo e, gradativamente, criam a necessidade de cuidado total.
Este estágio inclui severo declínio cognitivo.
Inicialmente muita supervisão e assistência serão necessárias para todas as
atividades da vida cotidiana.
Progressiva continência de urina e fezes.
O doente perde a habilidade de andar sem auxílio e seus reflexos tornam-se
anormais devido à rigidez muscular.
O ato de engolir também fica prejudicado e o paciente corre risco de
desidratação, desnutrição e não rara pneumonia relacionada com a aspiração.
TRATAMENTO
Embora não haja até agora tratamento específico para a cura
da demência do tipo Alzheimer, existem abordagens terapêuticas que,
associadas, produzem efeitos benéficos; a abordagem medicamentosa
(tratamento farmacológico sintomático e tratamento dos sintomas
neuropsiquiátricos não cognitivos) e a abordagem social (tratamento não
farmacológico com pacientes, familiares e cuidadores) (MACHADO, 2006 apud
COSTA, 2008).
Segundo Costa (2008), o tratamento disponível atualmente
tem sua estratégia terapêutica alicerçada em três pilares: melhorar cognição,
adiar a evolução e tratar os sintomas e as alterações de comportamento.
(SYEG et al, 1993; MACIEL JÚNIOR, 2006).
O tratamento conforme Borges (2009) é dividido em duas
frentes de tratamento:
1- Tratamento dos distúrbios de comportamento: para controlar a confusão, a
agressividade e a depressão, muito comuns nos idosos com demência.
Algumas vezes, só com remédios do tipo calmante e neurolépticos (haldol,
neozine, neuleptil, risperidona, melleril, entre outros) podem ser difíceis de
controlar. Assim, temos outros recursos não medicamentosos, para haver um
melhor controle da situação. Um dos melhores recursos são as dicas descritas
no Manual do Cuidador - CONVIVENDO COM ALZHEIMER, onde mostra
como agir perante aos mais diferentes tipos de comportamento que o idoso
tem, no período da agitação.
2- Tratamento específico: dirigido para tentar melhorar o déficit de memória,
corrigindo o desequilíbrio químico do cérebro. Drogas como a rivastigmina
(Exelon ou Prometax), donepezil (Eranz), galantamina (Reminyl), entre outras,
podem funcionar melhor no início da doença, até a fase intermediária. Porém
seu efeito pode ser temporário, pois a doença de Alzheimer continua,
infelizmente, progredindo. Estas drogas possuem efeitos colaterais
(principalmente gástrico) que podem inviabilizar o seu uso. Também, somente
uma parcela dos idosos melhora efetivamente com o uso destas drogas
chamadas anticolinesterásicos, ou seja, não resolve em todos os idosos
demenciados. Outra droga, recentemente lançada, é a memantina (Ebix ou
Alois), que atua diferente dos anticolinesterásico. A memantina é um
antagonista não competitivo dos receptores NMDA do glutamato. É mais usado
na fase intermediária para avançada, melhorando, em alguns casos, a
dependência do portador para tarefas do dia-a-dia.
3- Tratamento de Enfermagem: as prescrições de enfermagem destinam-se à
manutenção da segurança física do paciente; a reeducação da ansiedade e a
agitação; a melhoria da comunicação; à promoção da independência nas
atividades de auto cuidados; a provisão para a necessidades do paciente para
socialização, auto estima e intimidade; à manutenção da nutrição adequada; ao
controle os distúrbios do padrão de sono; e à sustentação e educação dos
cuidadores familiares. Quando a enfermeira pode fornecer apoio, os adultos
idosos são capazes de manter níveis mais elevados da saúde percebida e real
(FORBES, 2001 apud SMELTZER; BARE, 2006).
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
A- Melhorando a Resposta cognitiva
- Simplificar o ambiente: diminuir o ruído e a interação social a nível tolerável
para o paciente.
- Manter uma rotina rigorosa, diminuir o número de escolhas possíveis para o
paciente, usar fotografias para identificar as atividades.
- Calendários e relógios grandes à vista do paciente e orientá-lo
freqüentemente em relação o tempo, espaço e pessoa.
- Usar listas introduções, como lembrete das atividades diárias.
- Manter constância nas interações e introduzir lentamente novas pessoas.
B - Evitando Lesões
- Tentar evitar restrições, mas manter a observação do paciente, conforme
necessidade.
- Propiciar uma iluminação adequada, para evitar imagens falsas no ambiente.
- Remover do quarto equipamento desnecessário.
- Fornecer cartões de identificações e/ou pulseira de Alerta Clínica.
- Assegurar-se de que o paciente está utilizando sapatos não escorregadios e
chinelos fáceis de calçar.
C- Mantendo a Socialização
- Estimular a família a interagir em um nível significativo com o paciente.
- Instruir a família que a sua presença é útil, embora a interação com paciente
pode ser limitada.
D- Garantindo o Repouso Adequado
- Administrar antipsicótico para tratar a agitação.
- Proporcionar períodos de exercícios físicos para gastar energia.
- Apoiar os hábitos normais de sono e de deitar-se.
- Manter regularmente a hora de dormir.
- Fazer o paciente colocar o pijama na hora de deitar-se.
- Permitir uma atividade desejada na hora de dormir como uma ligeira refeição,
uma bebida quente sem cafeína, ouvir musica ou rezar.
E- Mantendo uma Nutrição Ótima
- Fornecer alimentos conhecidos pelo paciente.
- Fornecer refeições pequenas e freqüentes, como lanches.
- Fornecer alimentos ricos em calorias e fibras.
- Estimular líquido.
- Garantir que as dentaduras estejam bem adaptadas e que o cuidado dentário
sejam mantidos.
- Pesar semanalmente o paciente.
A medida que a Doença de Alzheimer progride, ocorrerá o
aumento da perda cognitiva e o paciente passará a ser dependente para a
realização de suas atividades de vida, as diárias. O paciente passará a precisar
de ajuda para sua higiene pessoal, vestir-se, alimentar-se, além de perder a
capacidade de sorrir, sustentar a cabeça e ficará acamado necessitando de
cuidados especiais para prevenção de escaras, encurtamentos e dores.
O PAPEL DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM NA DOENÇA DE
ALZHEIMER
O papel do técnico é muito importante para o paciente com
DA, este profissional deve ser alguém preparado para realizar diversos
procedimentos, que apresente uma postura ética e busque constantemente
humanizar o atendimento ao paciente e a família, como os apresentados a
seguir:
1-Realização de procedimento da área da saúde: em sua formação o técnico
de enfermagem aprende a realizar uma série de procedimentos que podem ser
estritamente necessários a pacientes com Doença de Alzheimer como
verificações de sinais vitais, coleta de material para exames, administração de
medicamentos nas diversas vias, higiene corporal (dar banho no leito quando
necessário), cuidar dos diferentes tipos de sondas, assistência à alimentação
(do paciente acamado, por sonda, gastrostomia), curativos, cuidar de possível
úlceras de pressão preventivos e terapêuticos, administração de soro,
oxigenioterapia.
2- Postura ética: além de aprender procedimentos técnicos, o técnico de
enfermagem também aprende a agir segundo os pressupostos éticos
expressos no Código de Ética do profissional da enfermagem, por exemplo,
resguardando a intimidade do paciente em procedimentos que o exponha,
mantendo sigilo quanto a informações referentes ao paciente, agindo com
respeito, competência e integridade. Isto é essencial, pois estes profissionais
podem vir a trabalhar no domicílio do idoso e assim ter um contato muito direto
não apenas com a privacidade do paciente como também na intimidade de
toda a família, o que não pode ser repassado a outras pessoas (MIRANDA
2012).
3- Agir de maneira humanizada com o paciente e a família: buscando atender
não apenas o órgão do idoso que está doente, mas o ser humano como um
todo, tratando-o pelo nome, não o infantilizando, sendo cuidadoso, agindo para
diminuir seu sofrimento e melhorar sua qualidade de vida, sendo criativo para
atender às necessidades e lidar com seus devaneios. No trato com a família
também é necessário ser muito humano, lembrando-se sempre que problemas
de saúde podem afastar os membros de uma família, causar estresse e
sofrimento entre os familiares do paciente (MIRANDA, 2012).
Conhecendo o nível de dependência dos idosos com DA, nas
diversas fases, o enfermeiro poderá preparar o idoso e a família para a
progressão da doença, desenvolvendo estratégias apropriadas para o cuidado.
O cuidado de enfermagem é de grande importância para
pessoas com Alzheimer, pois estas apresentam sintomas comportamentais e
dificuldades de expressar suas necessidades verbalmente, realizando assim
ações antissociais.
Cabe a enfermagem realizar atividades de prevenção e na
hospitalização, baseando se no processo de humanização onde analisa o
paciente como um todo, não focando somente a patologia, mas sim visando
seus valores, princípios, ideias e atitudes, proporcionando uma melhora na
qualidade de vida. A modalidade de cuidados e o tipo de assistência variam
individualmente para cada pessoa com Alzheimer, pois depende do seu estágio
da doença, seu grau de autonomia, comprometimento físico e/ou cognitivo de
seu grau de dependência.
Um idoso em piores condições de saúde pode necessitar de
ajuda até mesmo para a satisfação de suas necessidades fisiológicas, como
alimentar-se, cuidar de sua higiene, vestir-se de acordo com a temperatura
ambiente entre outras necessidades. Fica claro que em alguns casos o
cuidador pode não ser suficiente para a manutenção da qualidade de vida do
paciente. Nestes casos o profissional da enfermagem, especialmente o técnico
de enfermagem especializado no cuidado com pessoa com Alzheimer pode ser
um importante e necessário diferencial.
MATERIAL DIDÁTICO E ORIENTAÇÃO METODOLÓGICA
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
Encontro com professores na semana de capacitação
Apresentação do projeto a interdisciplinaridade por meio de
slides. Mostrar a importância do técnico de enfermagem desde o início do 1º
semestre, aprender a cuidar de pessoas com DA.
Primeiro encontro com os alunos
Apresentação do projeto de intervenção: Cuidado de
enfermagem com Doença de Alzheimer, um desafio para a
interdisciplinaridade, mostrando por meio de slides e questionário, o
conhecimento de cada aluno.
Trabalhar em vários encontros:
- Fundamentação teórica por meio de apostilas
- Filmes sobre doença de Alzheimer
- Vídeos
- Textos
Prática hospitalar com alunos
Cuidados com pessoas com doença de Alzheimer internadas.
Relatório final e discussões em sala do projeto.
QUESTIONÁRIO
O presente questionário refere-se a implementação do projeto do Programa de
Desenvolvimento Educacional – PDE – junto ao curso Técnico de Enfermagem
sob a orientação da profa. Me. Ana Lúcia De Grandi.
A pesquisa visa detectar o nível de conhecimento sobre a Doença de
Alzheimer entre os estudantes. Espera-se que este questionário seja realizado
com a maior fidelidade possível, para que se possam orientar os trabalhos
sobre esse assunto.
Observamos que os dados obtidos serão tratados estaticamente, isto é, não
haverá divulgação de dados.
Agradecemos a sua colaboração.
Nome (iniciais) __________ Idade _________
Sexo: ( ) feminino ( ) Masculino
1.Você saberia conceituar a Doença de Alzheimer?
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2. Cite sinais e/ou sintomas que caracterizam a DA
_______________________________________________________________
3. Conhece a causa da DA?
_______________________________________________________________
4. Qual a idade afetada pela DA?
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5. Conhece alguém com Doença de Alzheimer? Se sim, quem?
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6- Você tem na família com DA? Grau de Parentesco?
_______________________________________________________________
7- Cite, se conhecer algum tipo de exame para detectar Alzheimer.
_______________________________________________________________
8. Conhece algum tratamento para DA?
_______________________________________________________________
9. Cite, se conhecer prevenção para DA
_______________________________________________________________
10. Já cuidou de paciente com DA? Se sim, qual o estágio que se encontrava o
paciente?
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11. Uma pessoa com Alzheimer pode continuar a viver sozinha?
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12. Você teve acesso a informação sobre Alzheimer? Se for positivo a
resposta, onde?
10 Filmes sobre Alzheimer O mal de Alzheimer é uma doença degenerativa do cérebro,
que ainda é incurável, mas pode ser tratada para que os sintomas sejam
retardados.
O principal sintoma é a demência, a perda crescente de memória, de curto
prazo até chegar à incomunicabilidade. O cinema já explorou este tema muitas
vezes, sempre com muita dramaticidade. Selecionei 10 dos melhores filmes
sobre Alzheimer, para indicar aos alunos.
1-A Moment to Remember
2-Longe Dela
3-Diário de uma Paixão
4-A Família Savage
5-Iris
6-O Filho da Noiva
7-Meu Pai, um Estranho
8-O Caso Alzheimer
9-A Song for Martin
10-Aurora Boreal
VIDEOS RECOMENDADOS
http://search.tb.ask.com/search/video.jht
Clarita
http://search.tb.ask.com/search/video.
Dedicado as pessoas com mal de Alzheimer
Vídeo Dedicado as pessoas com mal de Alzheimer Narrado por Wilson Arauújo
http://www.youtube.com/watch?v=M9tNVXkOCxY
Compromisso Precioso
http://www.youtube.com/watch%3Fv%3DzlfeeHer7kQ
Quanto antes souber, mais tempo você terá para lembrar
http://i.ytimg.com/vi/QzNDQcjDlGM/mqdefault.jpg
Carta de um portador de Alzheimer ao seu cuidador
Texto sobre Alzheimer – para os alunos em sala de aula
http://www.google.com.br/imgres?sa=X&espv=210&es_sm=93&biw=1024&bih=
1- Comportamento desconcertante
2-Sempre em movimento
3-Arrebatamentos emocionais
4-A luta pela segurança
5-Emoções confusas
Livro: Alzheimer – Cuidar de seu ente querido é cuidar de você mesmo
Autora: Sharon Fish Mooney
Editora: Paulinas 2ª edição – 2011
REFERÊNCIA COSTAS; A.M.S., SILVA; C.E.A., SOBRINHO, C.E. Assistência de Enfermagem
ao Paciente com Alzheimer. Saúde Beleza, Marília, n. , p.1-14, 17 nov. 2008.
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Alaúde, 2012.
BORGES, M.F. Convivendo com Alzheimer: Manual do Cuidador, Juiz de
Fora: Inedutc Ltda, 2011.
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frequentes de demência. Revista Brasileira de Psiquiatria, São Paulo, v. 24,
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FERREIRA, T. GOLES CONTRA O ALZHEIMER. Saúde É Vital: Abril, 01 jun.
2013.
GUIMARÃES, D.T. Dicionário de Termos Médicos e de Enfermagem. São
Paulo: Rideel, 2002.
INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM NA DOENÇA DE ALZHEIMER: O
Cuidado do Paciente e de seus Familiares. Enfermagem Hospitalar: Revista
Racine 95, 24 ago. 2010.
LOPES, A.C. Tratado de Clínica Médica. São Paulo: Roca Ltda, 2006. 2245 p.
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Portares de Doença de Alzheimer. 2007. 100 f. Dissertação (Mestrado) - Curso
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