OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Tecnologias. Jogos educativos. 1 INTRODUÇÃO...
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
O USO DO COMPUTADOR COMO RECURSO DE APOIO
PEDAGÓGICO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DO
ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Adriana Aparecida Zanardi Sanzovo1
Dorisvaldo Rodrigues da Silva2
RESUMO
Este artigo aborda o uso do computador como recurso de apoio pedagógico no processo de ensino-
aprendizagem do aluno com deficiência intelectual e foi realizado como parte integrante das atividades de formação continuada, ministrada pelo Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE). Tem como objetivos ampliar as possibilidades de melhorias no processo de ensino-
aprendizagem, por meio de subsídios tecnológicos que auxiliem o aprendizado através do lúdico e de softwares específicos. A proposta foi aplicada junto aos alunos da Escola Zilda Arns – Educação Infantil, Ensino Fundamental Anos Iniciais, Educação de Jovens e Adultos – Fase I, na modalidade de
Educação Especial, do município de Salto do Lontra. A execução da proposta iniciou-se no mês de fevereiro de 2012, sendo realizados dezoito encontros presenciais qu e foram desenvolvidos durante o primeiro semestre. As atividades desenvolvidas nos encontros foram àquelas estabelecidas na
unidade pedagógica, sendo constituídas de jogos diversificados que foram trabalhados dentro das disciplinas do currículo escolar, visando o desenvolvimento de habilidades tais como: atenção, raciocínio, memória, linguagem e lazer. Os resultados alcançados demonstraram avanços pessoais,
profissionais e educacionais, por satisfazer às expectativas dos alunos e do professor, possibilitando-lhes novas aprendizagens, quer pelo uso do computador, quer por atividades relacionadas à tecnologia aplicada à educação.
Palavras-chave: Computador. Deficiência intelectual. Tecnologias. Jogos educativos.
1 INTRODUÇÃO
Os recursos tecnológicos têm sido uti lizados em diversos setores da
sociedade como, por exemplo, nas indústrias, comércio, associações diversas,
órgãos públicos, instituições de ensino, na área de saúde, automobilismo, doméstica
etc. Assim, também podem e devem ser utilizados na educação especial como mais
uma ferramenta de suporte ao aprendizado como um todo.
__________ 1 Professora de Educação Física da Escola de Educação Especial Zilda Arns. e -mail:
[email protected]. 2 Professor orientador da Universidade Estadual do Oeste do Paran á - UNIOESTE, campus de
Cascavel. e-mail: [email protected].
Ao constatar as dificuldades de aprendizagem dos alunos da Escola de
Educação Especial Zilda Arns, bem como pela necessidade de aperfeiçoamento
pessoal e profissional, estas foram as condições do ponto de partida para buscar de
novas alternativas educacionais, sempre visando o crescimento e aprimoramento
das habilidades tanto do professor como dos alunos. Em face de essa condição,
estabeleceu como problema de pesquisa a seguinte questão: É possível ampliar ou
aperfeiçoar o processo de ensino-aprendizagem da pessoa com deficiência
intelectual por meio do uso do computador?
A implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica foi realizado na
escola onde se apresentou o tema para a direção, equipe pedagógica, professores e
alunos, para que tivessem conhecimento de como o trabalho seria desenvolvido.
As atividades foram realizadas com os alunos, mediante o uso do
computador, por meio de atividades lúdicas, histórias em quadrinhos, dentre outros
programas de entretenimento. Convém ressaltar que as atividades por meio do
computador foram aplicadas pela professora PDE após a explanação dos conteúdos
em sala de aula, sendo que os demais professores somente tomaram conhecimento
da aplicação do projeto.
Pretendeu-se demonstrar aos educandos a importância da utilização dos
recursos tecnológicos, principalmente o computador, como subsídio para sua
aprendizagem e interação social.
Dessa forma, ampliar as possibilidades de melhorias no processo de ensino-
aprendizagem foi o objetivo principal deste projeto, assim como fornecer aos alunos
subsídios tecnológicos para auxi liar o seu aprendizado por meio do lúdico; contribuir
para o desenvolvimento da criatividade na aprendizagem do aluno com deficiência
intelectual; promover ao aluno, por meio do computador, o aprendizado que o
prepare para o exercício da cidadania; utilizar softwares específicos para promover o
ensino de crianças com deficiência intelectual; discutir com os professores a
concepção da pessoa com deficiência na perspectiva histórico-cultural.
O desenvolvimento do estudo de intervenção pedagógica se justificou,
primeiramente, pela necessidade de ampliar as formas de ensino-aprendizagem aos
alunos com deficiência intelectual; em segundo lugar, como recurso multimídia,
principalmente por meio do lúdico, pelas possibilidades que o computador
proporciona de despertar na criança e no aluno o interesse pela tecnologia e pelo
novo.
2 DESENVOLVIMENTO
As deficiências, de modo geral, sempre existiram e continuarão a existir,
enquanto houver humanidade. No entanto, a forma de entender a deficiência e de
lidar com pessoas com essas características variaram com o passar do tempo,
assim como o seu entendimento.
Na Antiguidade e na Idade Média, as pessoas com deficiência eram vistas de
formas opostas como salienta Brasil (1997, p.17-20): “sacrificados, privi legiados,
perseguidos e evitados, protegidos e isolados, lamentados”. Embora tenha havido
uma pequena evolução na maneira de se pensar a deficiência, algumas atitudes
permanecem, onde as pessoas com deficiência “ainda são identificadas e
socialmente rotuladas e, tende-se a generalizar as suas limitações e a minimizar os
seus potenciais”.
Na fase sucessória, o Renascimento, perspectivas humanísticas começavam
a surgir; embora com pouca aceitação, uma visão mais natural acerca da deficiência
foi introduzida: a sua condição humana, menos sobrenatural. O entendimento que se
tem hoje sobre deficiência mental3, conforme explicitado por Fierro (2004, p. 193)
identificado e conhecido no passado, só passou a ser objeto de atenção médica,
pedagógica e de estudo científico a partir do século XVIII, quando educadores e
pedagogos se incumbiram da deficiência mental; porém, por cerca de um século e
meio este foi um campo de competência quase exclusiva da medicina.
Na visão médica, „oligofrenia‟ (em grego: „pouca mente‟) era diagnosticada
por um conjunto de sintomas presentes em um grupo amplo e heterogêneo de
anomalias com etiologia orgânica variada – e às vezes presumida, mais que
desconhecida – mas com um elemento comum: o de apresentar déficits irreversíveis
na atividade mental superior, conforme cita Fierro (2004, p. 193). Segundo este
autor, nessa perspectiva a única intervenção possível era prevenir, não em princípio
curar e nem sequer tratar.
______ 3 No presente trabalho utilizou-se o termo „deficiência mental‟ embora, a partir da Declaração de
Montreal sobre Deficiência Intelectual, aprovada em /610/04, pela Organização Mundial da
Saúde(2004) em conjunto com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o termo „Deficiência Mental” passou a ser “deficiência Intelectual”. (SASSAKI, 2014).
Estudiosos e pesquisadores apontam a Declaração de Jomtien, documento
elaborado durante a Conferência Mundial sobre Educação para Todos (1990), o qual
fornece definições e novas abordagens sobre as necessidades básicas de
aprendizagem, estabelecendo compromissos mundiais que garantem a todas as
pessoas os conhecimentos básicos necessários a uma vida digna, visando uma
sociedade mais humana e mais justa , como “As necessidades básicas de
aprendizagem das pessoas portadoras de deficiências requerem atenção especial. É
preciso tomar medidas que garantam a igualdade de acesso à educação aos
portadores de todo e qualquer tipo de deficiência, como parte integrante do sistema
educativo”. De outro modo, a Declaração de Salamanca (1994, p. 4) enfatiza que
Escolas centradas na criança são além do mais a base de treino para uma sociedade baseada no povo, que respeita tanto as diferenças quanto a dignidade de todos os seres humanos. Uma mudança de perspectiva social é imperativa. Por um tempo demasiadamente longo os problemas das pessoas portadoras de deficiências têm sido compostos por uma sociedade que inabilita, que tem prestado mais atenção aos impedimentos do que aos potenciais de tais pessoas.
Conforme Silva (2013, s/p) “A criança com necessidades especiais, antes de
ser “especial”, é uma criança com todos os direitos do ser humano na fase de seu
desenvolvimento”, onde “a “especialidade” ou “excepcionalidade” vem em segundo
plano”. Por apresentar características diferenciadas, necessária é a lembrança, para
todos (pais, professores e sociedade em geral) de que devem ajustar-se a essas
diferenças e não o contrário.
No Brasil, o Decreto n° 3.298, de 20 de dezembro de 1999, em seu Artigo 3°,
parágrafo I, considera deficiência como “toda perda ou anormalidade de uma
estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para
o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser
humano”. No Artigo 4°, parágrafo IV (Brasil, 1999) considera deficiência mental
como sendo o funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com
manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas
de habilidades de adaptação como: comunicação; cuidado pessoal; habilidades
sociais; utilização da comunidade; saúde e segurança; habilidades acadêmicas;
lazer e trabalho.
O ser humano é singular, não existem dois seres iguais: todos são pessoas
diferentes. Com as pessoas deficientes, a questão das diferenças varia conforme
avaliações médicas e psicológicas pelas quais se avaliam o grau de deficiência.
Desta forma, cada desvio mais abaixo que se acrescenta dá lugar aos limites em
que essa classificação caracteriza a deficiência intelectual em graus de gravidade,
conforme Quadro 1:
QUADRO 1 – Níveis psicométricos de deficiência mental
Níveis psicométricos de deficiência mental
Deficiência mental leve: QI 55 a 70
Deficiência mental moderada: QI 40 a 55
Deficiência mental séria: QI 25 a 40
Deficiência mental profunda: QI abaixo de 25
FONTE: FIERRO, 2004, p. 194.b
Ter diferenças em um grau maior ou menor não é impeditivo de convivência
social, uma vez que necessidades básicas também possuem as pessoas com
necessidades especiais. Especialmente na esfera educacional, Pan (2008, p. 67-68)
frisa que a educação deve ocupar-se do que pode ser mediado à criança, de modo
que a zona de desenvolvimento proximal torne-se, amanhã, zona real de ação
cognitiva. Logo, o ato educativo, como ato político, deve ser prospectivo e não
retrospectivo, não podendo ser baseado na falta, no déficit ou no atraso, mas nas
diferentes possibilidades que a criança tem de apropriar-se do conhecimento por
meio da mediação dos instrumentos semióticos da cultura.
Deve-se promover, então, adequações com o objetivo de possibilitar que
esses indivíduos com diferenças mais acentuadas sejam participativos e integrantes
nas atividades, no uso dos espaços, dos equipamentos, enfim, em tudo o que a
qualquer ser humano é cabível de inserção.
Vigotski (1997), citado por Dainêz (2009, p. 30-31), afirma que a dificuldade
de compreender o desenvolvimento de crianças com deficiência mental é decorrente
do fato de se tratar a deficiência como uma coisa e não como um processo, e de se
supor que,existindo comprometimentos biológicos, as crianças têm o seu
desenvolvimento diretamente determinado por causas orgânicas. Entendendo que
qualquer defeito origina uma tendência para a formação de compensação, é certo
que a carência de uma capacidade é compensada com o desenvolvimento de outra.
Assim, a personalidade do indivíduo com deficiência mental age sobre o déficit
buscando maneiras de reorganização e equilíbrio, de forma a superá -lo, compensá-
lo ou de adaptar-se a ele, onde o desenvolvimento é precedido pela superação da
barreira imposta pelo déficit orgânico, bem como pelas formas sócio-culturais de
significação. Desse modo, as dificuldades encontradas pelos indivíduos com
deficiência instigam o surgimento dos processos de compensação que dependem
tanto da gravidade do quadro quanto das dificuldades inerentes a sua posição
social.
Dainêz (2009, p. 20) aponta que “pelo aprendizado começar antes da criança
frequentar a escola, qualquer situação de aprendizagem tem uma história que
precisa ser relevada no processo de ensino”. Para a mesma autora “o conhecimento
não começa na idade escolar. A relação aprendizagem e desenvolvimento estão em
funcionamento desde o primeiro dia de vida da criança”. Já Vigotski (2007, p. 6)
assinala que, além do uso de instrumentos, desenvolvem-se também, no primeiro
ano de vida, os movimentos sistemáticos, a percepção, o cérebro e as mãos, ou
seja, o seu organismo inteiro. Como consequência, o sistema de atividade da
criança pode ser determinado em estágios específicos, quer seja pelo grau de
desenvolvimento orgânico como pelo grau de domínio no uso de instrumentos.
Nos seus estudos sobre desenvolvimento intelectual, Vigotsky (2007, p. 13)
aponta dois fatos que considera muitos importantes:
1) A fala da criança é tão importante quanto a ação para atingir um objetivo. As crianças não ficam simplesmente falando o que elas estão fazendo; sua fala e ação fazem parte de uma mesma função psicológica complexa, dirigida para a solução do problema em questão; 2) Quanto mais complexa a ação exigida pela situação e menos direta a solução, maior a importância que a fala adquire na operação como um todo. Às vezes, a fala adquire uma importância tão vital que, se não for permitido seu uso, as crianças pequenas não são capazes de resolver a situação.
Para Teixeira (2008, p. 87-88) é “por meio do mecanismo de apropriação que
a criança reproduz as diferentes capacidades humanas”, salientando que “a
característica essencial da apropriação das capacidades é que a criança a realiza
somente na vida conjunta com os adultos, na comunicação com eles e sob sua
direção e também na atividade conjunta com outros pequenos”. Então, pelo fato de a
aprendizagem e o desenvolvimento serem duas faces de um mesmo processo,
assinala o autor que a aprendizagem que se processa no ambiente escolar é um
aspecto particular de um processo maior. Ou, dizendo-se de outro modo, do mais
amplo processo de formação do próprio sujeito humano.
Ao dominar a linguagem falada, a criança eleva seu nível de ação,
compreensão e resolução. Neste sentido, Kenski (2007, p. 66) atenta para o fato de
a escola dever, primeiramente, “pautar-se pela intensificação das oportunidades de
aprendizagem e autonomia dos alunos em relação à busca de conhecimentos, da
definição de seus caminhos, da liberdade para que possam criar oportunidades e
serem os sujeitos da própria existência”. Sendo assim, o uso das tecnologias
educacionais, como por exemplo, o computador, vem aperfeiçoar aquilo que já
existe, pois essa ferramenta é tida como um recurso para redimensionar a escola e
todos que nela se inserem.
As pessoas portadoras de deficiência intelectuais diferem muito entre si e sua
escolarização, bem como os níveis a serem alcançados depende do grau das
limitações intelectuais e adaptativas, de modo que o ambiente escolar deve, no
mínimo, favorecer o acesso ao currículo, organizando-o e adaptando-o para ser
desenvolvido pelo aluno. Educação, desenvolvimento social, construção de
conhecimento, independente de sua deficiência intelectual, são necessidades
básicas de toda criança. Cabe aos governos, estados, municípios, família, escola e
sociedade, proporcionar ao indivíduo com deficiência as condições normais de vida,
de acordo com suas necessidades, sem rejeição e sem discriminação de qualquer
natureza. Há uma razão importante para essa afirmação: a posse do saber, ou mais
precisamente ainda a sua transmissão através da educação, é um dos meios pelos
quais uma criança se mantém como ser interativo e valorizado.
Assim, o sucesso escolar do aluno com deficiência intelectual, conforme
Brasil (1997, p. 36-37) depende de suas condições pessoais e das condições
escolares, ou seja, da interação aluno x ambiente, uma vez que minimizar o seu
potencial e generalizar as suas limitações pode levar a uma lamentável perda de
tempo e de oportunidade de estimulação do desenvolvimento e da aprendizagem.
Na busca da inclusão da pessoa com deficiência à sociedade, na
impossibilidade de eliminar o problema, Carini (2000, p. 16) enfatiza que “procura-se
vencê-lo por força de superação. Se o sistema nervoso e o psíquico não estão
danificados, a criança tem possibilidades múltiplas e ilimitadas em seu
desenvolvimento”.
De acordo com Dainêz (2009, p. 20), o aprendizado depende das condições
impostas pelo desenvolvimento; o desenvolvimento mental decorre do aprendizado;
o caminho do desenvolvimento da criança com deficiência está nas relações sociais,
na cooperação de outros seres humanos, sendo que o social é o lugar em que se
pode agir no sentido de combater a deficiência. Entende a autora que primeiro a
criança aprende com a ajuda de outras pessoas para, depois, aprender ou
reaprender sozinha.
O desenvolvimento intelectual superior, conforme Vigotski (1995) citado por
Dainêz (2009, p. 26), ocorre em três níveis fundamentais:
o desenvolvimento em si, para os outros e para si mesmo”, onde “as funções mentais superiores são relações interiorizadas de ordem social... dependem das experiências de aprendizagem que são indispensáveis para o processo de desenvolvimento.
Diante disso, percebe-se que cada indivíduo é único e como tal apresenta, em
algum momento, níveis de dificuldade. Pode-se contornar esse problema através
dos processos compensatórios e, para que o resultado seja positivo, é necessária a
mediação do professor, da família e da sociedade como um todo. Assim, o professor
deve estar sempre em processo de reflexão-acão-reflexão, conhecendo a diferença
e não dar ênfase a ela, trabalhando para que não seja o atraso na aprendizagem o
impedimento no seu desenvolvimento, objetivando sempre as potencialidades e
aptidões do aluno.
Segundo Vigotski (2007, p. 92-94), “o aprendizado é mais do que a aquisição
de capacidade para pensar; é a aquisição de muitas capacidades especializadas
para pensar sobre várias coisas”. Este autor também afirma que o processo de
aprendizagem se dá por meio da mediação da linguagem, signos e instrumentos.
Nesse aspecto, o computador pode ser visto como um instrumento na realização de
atividades laborais quer seja na escola ou em outros setores da sociedade.
Assim, o computador, como ferramenta de suporte, por seus recursos quer na
velocidade, quer na comunicação, permite pesquisar e testar conhecimentos bem
como descobrir novas ideias e conceitos porque, segundo Moran (2000, p. 44) com
ele, “as possibilidades vão desde seguir algo pronto (tutorial), apoiar-se em algo
semidesenhado para complementá-lo até criar algo diferente, sozinho ou com
outros”.
Segundo Valente (1996) citado por Moran (2000, p. 154-155):
o ensino através do uso de computadores pode se realizar sob diferentes abordagens que situam-se e oscilam entre dois grandes pólos (...) num dos pólos, tem-se o controle do ensino pelo computador, o qual é previamente programado através de um software, denominado instrução auxiliada por computador, que transmite informações ao aluno ou verifica o volume de conhecimentos adquiridos sobre determinado assunto. A abordagem adotada neste caso baseia-se em teorias educacionais comportamentalistas, onde o computador funciona como uma máquina de ensinar otimizada (...) O professor torna-se um mero espectador do processo da exploração do software pelo aluno. No outro pólo, o controle do processo é do aluno que utiliza determinado software para ensinar o computador a resolver um problema ou executar uma sequência de ações...para produzir certos resultados ou efeitos... Aqui a abordagem é a resolução de problemas e a construção de conhecimentos (...) O professor tem um importante papel como agente promotor do processo de aprendizagem do aluno, que constrói o conhecimento num ambiente que o desafia e o motiva para a exploração, a reflexão, a depuração de ideias e a descoberta de novos conceitos.
Optando-se pelo uso do computador como instrumento de atendimento ao
aluno com dificuldade de aprendizagem, Kenski (2007, p. 45) salienta que as novas
tecnologias de comunicação (TICs), sobretudo a televisão e o computador,
“movimentaram a educação e provocaram novas mediações entre a abordagem do
professor, a compreensão do aluno e o conteúdo veiculado”. Entretanto, as
tecnologias comunicativas mais utilizadas em educação não provocam ainda
alterações radicais na estrutura dos cursos, na articulação entre conteúdos e não
mudam as maneiras como os professores trabalham didaticamente com seus
alunos. Se encaradas como recursos didáticos, essas TICs estão ainda muito longe
de serem usadas em todas as suas possibilidades para uma melhor educação.
A qualidade do ensino, bem como de sua prática, deve ser ampliada por meio
das novas tecnologias existentes hoje no âmbito educacional devendo, se
necessário, adequar-se às necessidades de cada aluno. Nesse sentido, espera-se
que o computador seja um importante instrumento de compensação nas deficiências
intelectuais e na busca por inovações metodológicas aplicáveis nesses casos. Isso
porque, segundo Dainêz (2009, p. 34-35), a criança precisa tomar consciência de
seu atraso para poder compensar seu déficit. No entanto, acredita haver uma
dificuldade por parte da atitude do deficiente em desempenhar uma atitude crítica
que permita se conscientizar de sua insuficiência, tirando uma conclusão eficaz para
superá-la. Neste caso, esclarece a autora que, com a autoestima elevada o portador
de deficiência intelectual não tem capacidade de reconhecer seu atraso e, como
consequência, o desenvolvimento dos processos compensatórios se torna
prejudicado, pois não adverte sua insuficiência e carece de seu sentimento de
inferioridade, que segundo essa ideia, é a base para a formação da compensação.
Portanto, Dainêz (2009, p. 41) complementa que “para realmente acontecer, a
compensação depende tanto da vida social que coloca exigências, possibilidades,
oportunidades e desafios, como também da própria força do psiquismo do indivíduo
que está relacionado com as condições externas”.
Assim, acredita-se que, principalmente a nível educacional, a compensação
para a pessoa com deficiência intelectual está explicitamente no complexo de
inferioridade, focando na sua capacidade de entendimento e de superação, bem
como de sua autoaceitação e das pessoas próximas, além da aceitação social como
um todo.
Para remover as barreiras na prática pedagógica, há que se deixar de lado o
„profissional do ensino‟ – o professor que transmite conhecimentos – e se enquadrar
como „profissional da aprendizagem‟, ou seja, o educador que se preocupa com a
pessoa de seu aluno. No entendimento de Carvalho (2010, p. 68), para remover
barreiras para a aprendizagem, “é preciso sacudir as estruturas tradicionais sobre as
quais nossa escola está assentada. A lógica da transmissão deve ser substituída por
outra lógica, esta centrada na aprendizagem e em tudo que possa facilitá-la”.
O professor, na construção da aprendizagem, instrui, orienta, busca
metodologias, ensina e se ampara num relacionamento de compreensão, gentileza,
carinho e atenção, entre outros sentimentos que, em harmonia, se revertem em
conhecimentos, pois o emocional do aprendiz ajuda no seu desenvolvimento e na
sua aprendizagem.
Muitas outras barreiras são visíveis, principalmente em escolas de pequeno
porte, cuja escassez de recursos financeiros é a principal responsável por essa
desestruturação. Quanto ao uso do computador, podem ser citadas barreiras, como
insuficiência de máquinas e softwares compatíveis com as necessidades dos alunos.
Vale acrescentar que, independente de haver deficiências ou não, a escola tem a
obrigação de fornecer suporte e estar adequada para atender as necessidades do
aluno.
Para a inclusão e/ou inserção do aluno com deficiência intelectual, deve-se
conciliar a „educação para todos‟ com um ensino especializado, sem deixar de lado
o fator que mais interessa: o humano. Para uma educação de qualidade, mudanças
no relacionamento pessoal e social e também nos processos de ensino-
aprendizagem são de fundamental importância, sendo que o pessoal envolvido
diretamente com a educação deve acompanhar as evoluções pedagógicas que se
fazem presentes e urgentes em tempos atuais; enfim, subsidiar os que estão
diretamente envolvidos com as mudanças é essencial para que estas (as mudanças)
não sejam impostas, mas que seja parte integrante de uma consciência cada vez
mais evoluída de educação e de desenvolvimento humano.
O computador é, nas palavras de Minetto (2008, p. 113-114) “uma ferramenta
útil em todas as etapas da vida de um indivíduo. Para pessoas com deficiências
motoras, sensoriais ou cognitivas, o computador pode contribuir significativamente
para sua autonomia e acesso a informações”. Cabe assim ao professor adquirir
conhecimentos e inteirar-se acerca das tecnologias disponíveis no mercado, uma
vez que estas são alternativas de grande valia para alunos com deficiências, sejam
elas motoras, auditivas, visuais, intelectuais e as de aprendizagem. Portanto,
segundo a autora (p. 118),
as pessoas com déficits de atenção ou com deficiência mental, ou qualquer alteração cognitiva, podem ter dificuldades específicas de compreender mensagens, manter a atenção numa tarefa no computador, ou ainda compreender informações mais complexas.
Para estes tipos de dificuldades, existem softwares específicos que podem
fazer uso de um leitor ou tela ou modificar o tempo em que a informação é
apresentada.
Apoios tecnológicos como televisão, vídeo, retroprojetor, computador,
datashow etc., disponíveis atualmente em algumas escolas, têm sido utilizados
como tentativa de acompanhar as mudanças referentes à educação como um todo.
Entretanto, Werner (2008, p. 48) enfatiza que embora muitos educadores pensem
que apenas computadores, internet e quaisquer tipos de softwares são por si só,
capazes de „fazer o aluno aprender‟, porque tudo é programado para isso, estão
estes educadores enganados. Precisa-se respeitar a realidade social, histórica e
cultural dos alunos para, depois, integrar novas tecnologias.
Os alunos com necessidades educativas especiais, por meio do computador,
são auxiliados na aquisição de conhecimentos, e podem ter facilidades no
desenvolvimento da memória e da atenção, além da resolução de problemas,
lateralidade e conceitos espaciais porque o ensino, através do computador, segundo
Werner (2008, p. 49),
cada vez mais se afirma como recurso e ajuda pedagógica ilustrando informações por vezes bastante difíceis de se mostrar com os meios tradicionais; esclarece noções e conceitos abstratos amparando-se nas capacidades gráficas, visuais e de animação.
Assim, para a mesma autora (p. 50), os softwares devem estimular o
raciocínio e motivar a criança para querer aprender e, para que isso se concretize,
precisam ser concebidos segundo uma teoria sobre como o indivíduo aprende,
apropria-se e constrói seu conhecimento, enfatizando que nenhum software é válido
por si só. As mediações que o professor fará e o ambiente criado a partir deles são
fatores que determinarão a qualidade do ensino.
Pode-se salientar então que, independentemente da maneira de se ensinar, a
comunicação deve ser clara, objetiva e coerente, porque, para Vigotski (2007, p.
158) “a fala humana é, de longe, o comportamento de uso de signos mais importante
ao longo do desenvolvimento da criança”. Pode-se entender, assim, que as
palavras, os instrumentos e os signos não-verbais fornecem ao aprendiz maneiras
de tornar mais eficazes seus esforços de adaptação e solução de problemas.
Neste sentido, como reforço e recurso pedagógico, o computador é um
instrumento que pode potencializar a aprendizagem do aluno com deficiência
intelectual.
3 DESENVOLVIMENTO DA UNIDADE PEDAGÓGICA
Por meio de estudos teóricos, pesquisas, participação em cursos, elaboração
de projeto de pesquisa e produção didático pedagógica, realizou-se a
implementação do Projeto PDE na Escola de Educação Especial Zilda Arns, no
município de Salto do Lontra, Estado do Paraná. Este trabalho foi executado em 32
(trinta e duas) horas de aplicação, ressaltando que, neste período, houve a
participação dos professores da rede estadual de ensino e tutoria no Grupo de
Trabalho em Rede. Dentre as várias considerações que foram feitas à temática
desenvolvida, os professores participantes contribuíram com suas colocações,
experiências, limitações, socializações e sugestões, apontando novos caminhos,
contribuindo ainda com dicas de novos softwares específicos já utilizados por eles,
com bons resultados, dessa forma enriquecendo a proposta atual.
A Escola Zi lda Arns possui uma sala com poucos equipamentos de
informática, o que minimiza o conhecimento acerca das tecnologias existentes para
melhorar a capacidade do aprendiz. Por deficiências destes recursos tecnológicos,
buscaram-se novas alternativas e métodos que facilitassem a compreensão dos
alunos.
De outro modo, se a tecnologia propicia amplas interações, cabe ao educador
atentar para as inúmeras possibilidades por ela oferecidas, uti lizando-se dos
softwares existentes em atividades cotidianas em sala de aula. Sendo assim, pode
haver melhoras, para os alunos, na fluência e sequência do raciocínio, aumento no
período de concentração nas atividades, direcionamento da sua aprendizagem e a
transformação de um possível erro em princípios e/ou noções de aprendizagem.
Quanto à metodologia utilizada, diversas atividades foram realizadas com os
alunos, como: Histórias infantis: essas atividades desenvolvem no aluno o domínio
da leitura e escrita; aperfeiçoamento do vocabulário; criatividade literária; raciocínio;
identificação de acentos e sinais ortográficos; e enriquecimento do imaginário; Jogo
da memória: esta atividade estimula o conhecimento do sistema monetário e
numerais, meios de comunicação, envolvendo também a atenção, concentração e o
raciocínio do aluno; Juntando as letras: estimula a atenção, leitura e raciocínio
lógico; Letrinhas: estimula a identificação numérica, contagem, ampliação do
vocabulário e sequência lógica; Aprendendo a ler: estimula o reconhecimento das
vogais e apreensão de novas palavras; Formas: estimula noções de formas; cores;
encaixe; raciocínio lógico; Cores, Combine as cores e Nominando as cores: estimula
o entendimento da simbologia das cores; atenção e observação; Jogo da forca:
estimula leitura e escrita; descoberta de novas palavras e raciocínio; Encontre o
animal: estimula a atenção, o raciocínio e a coordenação motora, bem como
conhecer a grafia do nome do animal; Vamos contar: estimula cálculo mental;
atenção e observação; identificação numérica; associação de números à quantidade
e contagem; Corpo humano: estimula o reconhecimento do corpo humano e a
função de cada membro; Resta um: estimula movimento e deslocamento no espaço;
noção de quantidade; adição; raciocínio e coordenação motora fina; Monta cena:
estimula noção de quantidade, encaixe, formação de conjuntos, atenção e
sequência lógica; Hora a hora: estimula a aprendizagem das horas; coordenação
motora; noção do dia e da noite; diferença entre relógio analógico e digital; Dominó:
estimula a atenção; raciocínio; Continha: estimula a atenção, raciocínio e
conhecimento matemático; Quadro de letras: desenvolve a leitura e a escrita;
ampliação do vocabulário e conhecimento de símbolos diversos; Combinum:
estimula a discriminação visual; associação do número à quantidade; contagem e
identificação numérica; Inventor: estimula a atenção, ampliação do vocabulário,
linguagem oral e escrita; Figuras do curioso: estimula o raciocínio lógico, a atenção e
a memória; Embaralha: estimula o reconhecimento de letras e o pensamento lógico;
Labirinto: estimula o pensamento lógico, raciocínio, atenção, ampliação do
vocabulário e companheirismo; Ligue os pontinhos: estimula raciocínio, atenção,
coordenação motora fina e conhecimento dos numerais; Quebra-cabeça: estimula o
raciocínio lógico, criatividade, atenção e o pensamento lógico; Complete a palavra:
estimula leitura, escrita, ampliação do vocabulário, compreensão da posição e
ordem das letras nas palavras; Torre de Hanói: estimula a movimentação e
deslocamento espacial; noção de tamanhos; coordenação motora fina e raciocínio;
Cruzadinha: estimula ampliação do vocabulário, coordenação motora fina,
orientação espacial e a imaginação.
Salienta-se que todas estas atividades podem ser utilizadas por todos os
educadores, em qualquer nível de escolaridade.
4 RESULTADOS
Pode-se dizer que a implementação do Projeto obteve resultados positivos e
satisfatórios. As atividades realizadas pelos alunos sob a orientação da professora
exercitou atenção, raciocínio, memória, criatividade e a linguagem. Esta experiência
foi enriquecedora e muito produtiva, pois os alunos estavam sempre motivados, sem
sinais de cansaço físico e mental, à espera da próxima atividade.
Percebeu-se o progresso diário dos alunos na realização de cada atividade,
ficando visível o seu interesse a cada novo dia. Cabe salientar que se evitou a
comparação entre os mesmos, respeitando o limite de dificuldade de cada um.
Os resultados finais demonstraram que, embora o computador seja um forte
aliado no processo ensinar-aprender, não se pode utilizar somente esta
metodologia; deve-se, sim, propiciar novas alternativas de aprendizado que sejam
capazes de fazer com que o educando se sinta um ser social, prestigiado por fazer
parte deste mundo conectado e globalizado.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O uso dos recursos de informática tem propiciado melhoria e agilidade no
processo produtivo. No campo educacional, este recurso pode ampliar as
possibilidades do ensino-aprendizagem, uma vez que a tecnologia, estando a
serviço da educação, é de grande utilidade no atendimento às pessoas com
deficiência intelectual.
Embora as tecnologias sejam de extrema importância, não se deve esperar
que elas sozinhas sejam a solução para os problemas educacionais. Pode-se, sim,
utilizá-las como ferramentas colaborativas no processo de ensino e aprendizagem,
numa perspectiva de mudança do paradigma pedagógico vigente. Tal mudança é
acompanhada da introdução de novas ferramentas que devem facilitar o processo
de ensinar e aprender, usando-as como estratégia cognitiva de aprendizagem. O
computador pode auxiliar na construção do conhecimento e a compreensão de
conceitos através de softwares que contribuem para essa compreensão. No entanto,
a criação de um ambiente de aprendizagem que favoreça a construção do
conhecimento e o desenvolvimento das habilidades de pensar não depende só do
software escolhido, mas do professor e da metodologia utilizada.
Este material didático, então, com finalidades recreativas e educativas, pode
ser utilizado por professores de todas as disciplinas, por contemplar atividades
interdisciplinares.
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as cores, cores, encontre o animal, vamos contar, corpo humano, resta um, hora a hora, ligue os pontinhos, complete a palavra, torre de Hanói e
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