Os Coveiros Do Capitalismo
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7/21/2019 Os Coveiros Do Capitalismo
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Os coveiros do capitalismo31 de julho de 2015
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Ellen Meiksins Wood
(Traduo de ernando !ureza"
# $%a&italismo' oi )isto %omo uma &ala)ra &roi*ida nos +ltimos tem&os, ao menos na
&ol-ti%a e na m-dia dominante, .ue trataram ela %omo um termo &ejorati)o de es.uerda/
# .ue ns )imos em seu luar oram termos %omo $em&resa &ri)ada', $li)remer%ado'
e similares/ &ala)ra est no)amente retomando seu luar na linuaem %otidiana, mas
seu sinii%ado tende a ser um &ou%o )ao/
iante da &resso &or uma deinio de %a&italismo, a maioria das &essoas ar uma
reern%ia a mer%ados, tro%as e %om6r%io/ ual.uer so%iedade %om uma ati)idade%omer%ial *em desen)ol)ida, &arti%ularmente (mas no e8%lusi)amente" onde o
%om6r%io e a ind+stria ossem &ro&riedade &ri)ada, seria )ista %omo %a&italista/
lumas &essoas insistem em deinir o termo mais &re%isamente/ :u sou uma delas ; e
ns omos %riti%ados &or muito tem&o &or oere%ermos uma deinio to &re%isa
(dis%utirei mais so*re isso de&ois"/
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a )ida de todos/ : isso 6 iualmente )erdade tanto &ara %a&italistas %omo &ara
tra*alhadores/
relao entre %a&ital e tra*alho 6 ela mesma mediada &elo mer%ado/ Tra*alhadores
assalariados tm de )ender sua ora de tra*alho &ara um %a&italista sim&lesmente &ara
%onseuir ter a%esso a meios de su*sistn%ia e at6 mesmo os meios &ara e8er%erem seu
tra*alho? e o %a&italista de&ende do mer%ado &ara a%essar o tra*alho e %onseuir, %om
isso, os lu%ros ad)indos do &roduto dos tra*alhadores/ @ %laro .ue h um enorme
dese.uil-*rio de ora das %lasses entre %a&ital e tra*alho, mas %a&italistas no so
menos de&endentes do mer%ado &ara se sustentarem a si mesmos e o seu %a&ital/
:m so%iedades no%a&italistas os &rodutores diretos, tais %omo os %am&oneses,
tradi%ionalmente &ossu-am seus meios de su*sistn%ia e &roduo (a terra, as
erramentas, et%/", ento eles no eram de&endentes do mer%ado/ %lasse dominante
tinha, ento, de em&rear &oderes su&eriores &ara %onseuir se a&ro&riar do e8%edente
dos outros, atra)6s da.uilo .ue mi%os' ; ou seja,
ora %oer%iti)a de alum ti&oA jur-di%a, &ol-ti%a ou militar ; %omo, &or e8em&lo, .uando
um senhor eudal e8tra-a tra*alho ou renda dos %am&oneses/
!or %ontraste, os lu%ros %a&italistas no so e8tra-dos diretamente dos tra*alhadores/
=a&italistas &aam seus tra*alhadores ini%ialmente e de)em %onseuir seus anhos ao
)enderem a.uilo .ue o tra*alhador &roduz/ # lu%ro de&ende da dierena da.uilo .ue os
%a&italistas &aam aos tra*alhadores e a.uilo .ue eles %onseuem %om a )enda dos
&rodutos e ser)ios eitos &elos tra*alhadores/ # ato de .ue os %a&italistas s &odem ter
lu%ro se eles ti)erem su%esso na )enda das mer%adorias e ser)ios no mer%ado, e de .ue
&re%isam )endelos &or mais do .ue o %usto de &roduo deles, sinii%a .ue a
realizao de seu lu%ro 6 in%erta/
=a&italistas tam*6m de)em ter su%esso ao %om&etir %om outros %a&italistas no mesmo
mer%ado &ara &oderem asseurar seu lu%ro/ %om&etio 6, de ato, a ora motora do
%a&italismo ; mesmo .ue os %a&italistas aam o im&oss-)el &ara e)itala, %omo &or
e8em&lo, atra)6s de mono&lios/
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)endidos %om su%esso e no %onseuem se.uer ante)er .uais as %ondies ne%essrias
&ara arantir suas )endas, o .ue dir ter uma marem de lu%ro/
+ni%a %oisa .ue os %a&italistas &odem %ontrolar de orma sinii%ati)a so os seus
%ustos/ Bendo assim, j .ue os lu%ros de&endem de uma razo a)or)el entre
&reoC%usto, eles aro tudo &oss-)el &ara %ortar astos )isando asseurar seu lu%ro/ Dsso
sinii%a, a%ima de tudo, %ortar os %ustos oriundos do tra*alho? e isso e8ie %onstantes
melhorias na &roduti)idade, en%ontrar meios t6%ni%os e oraniza%ionais &ara e8trair o
m8imo de e8%edente &oss-)el dos tra*alhadores dentro de um &er-odo i8o de tem&o,
%om o %usto mais *ai8o &oss-)el/
!ara manter esse &ro%esso em andamento, so ne%essrios in)estimentos reulares, o
rein)estimento desses e8%edentes e a %onstante a%umulao de %a&ital/ Dsso 6 im&osto
aos %a&italistas reularmente, mas tam*6m inde&endentemente de suas ne%essidades
&essoais e desejos, sem im&ortar se eles so altru-stas ou anan%iosos/
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a%umulao enrentando %onstante %om&etio ; a in%ans)el &resso &ara aumentar a
&roduti)idade do tra*alho en.uanto reduz seus %ustos/
s elites em tais so%iedades tradi%ionalmente a%redita)am .ue sua a%umulao de
ri.ueza )inha do &oder $e8trae%on>mi%o' su&erior nas eseras leal, &ol-ti%a, ou militar
%oer%iti)a/ *uro%ra%ia, &or e8em&lo, era uma rande onte de renda/
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arrios eram de&endentes do mer%ado e, .ual.uer .ue ossem suas ne%essidades de
%onsumo, elas de)eriam ser ade.uadas a esses im&erati)os/
:les &odem no ter %onseuido atinir uma marem de lu%ro nos moldes de uma
e%onomia %a&italista moderna, mas a &roduo )isando o lu%ro al6m de sua &r&ria
su*sistn%ia era uma %ondio &ara o seu %ont-nuo a%esso K terra e tam*6m uma
pressuposioda &roduo &ara sua &r&ria su*sistn%ia/
:sses &rodutores esta)am sujeitos Ks &resses da razo &reoC%usto de uma orma
%om&letamente no)a, sendo .ue a %rise transeuro&eia e o de%l-nio dos &reos ar-%olas
.ue trou8e a intensii%ao da %om&etio, a%a*aram erando na Dnlaterra, em
%ontraste %om os !a-ses Lai8os e o resto da :uro&a, um aumento nos in)estimentos
&roduti)os em no)as te%noloias &ara aumentar a &roduti)idade do tra*alho e sua
relao entre %usto e ei%in%ia/
# resultado, des%rito Ks )ezes %omo uma re)oluo arria na Dnlaterra do s6%ulo
HVDDD, oi uma %onstante reduo de %ustos le)ando ao aumento real dos salrios, o
%res%imento do mer%ado dom6sti%o, a su&erao dos limites &o&ula%ionais malthusianos
; a &rimeira rande ru&tura em direo ao $%res%imento sustent)el'/
:sse %ontraste histri%o a%entua a dierena essen%ial entre so%iedades no%a&italistas
%omer%iais e uma e%onomia uiada &elo im&erati)o de mer%ado de aumentar sua
%om&etiti)idade ao aumentar a &roduti)idade do tra*alho/ !ara %olo%ar de outra orma ;
no jaro da e%onomia %ontem&orMnea ; &odese dizer .ue nessas so%iedades
%omer%iais e no%a&italistas, as inanas, junto %om o %om6r%io e o arrendamento,
eram a $)erdadeira e%onomia', em %ontraste %om o das so%iedades %a&italistas onde o
setor inan%eiro eralmente 6 distinuido e su*ordinado a $real' &roduo de *ens e
ser)ios/
#s mer%adores e %omer%iantes tradi%ionalmente de&endiam de %om&rar *arato em um
mer%ado &ara )ender %aro no outro, ou de ar*itraem e neo%iao em mer%ados
se&arados/ Be eles retirassem in)estimentos da &roduo, a ati)idade %omer%ial seuiria
%ont-nua em sua &r&ria orma tradi%ional/ o mesmo tem&o, &rodutores %omo os
%am&oneses, .ue &ossu-am seus meios de su*sistn%ia e, &ortanto, esta)am *astante
&roteidos de %onstries %om&etiti)as, nun%a realmente &re%isaram satisazer os
im&erati)os do mer%ado e &odiam i%ar a&enas &roduzindo &ara sua su*sistn%ia/
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Dsso %ontrasta *astante %om as so%iedades %a&italistas desen)ol)idas, nas .uais o %a&ital
e o tra*alho so am*os elementos %ont-nuos &roduti)os e .ue no sua so*re)i)n%ia
de&ende *asi%amente de o*ede%er os im&erati)os de mer%ado .ue esto na undao da
ordem so%ial/
#s interesses inan%eiros realmente &odem se se&arar da esera da &roduo, ou da
$e%onomia real'? mas ento &re%isase e8&li%ar %omo e &or .ue, num sistema %a&italista,
a es&e%ulao inan%eira &oderia e iria desliarse da e%onomia real de uma maneira .ue
s &ode a%a*ar mal (%omo tem a%onte%ido %om a %rise atual" ; uma e8&li%ao .ue
e8ie uma %on%e&o es&e%-i%a do .ue o %a&italismo 6 (e do .ue ele no 6"/
O vazio da revoluo burguesa
=on%e&es )aas de %a&italismo no &odem e8&li%ar o .ue 6 es&e%-i%o do sistema
%a&italista em relao a outras ormas so%iais e isso se d &or.ue eles se des)iam de
uma outra .uestoA de onde ele )eio ini%ialmente/ Be o %a&italismo sem&re e8istiu ; ou
alo do ti&o ; ou se no h nenhum &ro%esso identii%)el de mudana histri%a de
so%iedades no%a&italistas &ara so%iedades %a&italistas, ento no h muito a dizer
so*re sua es&e%ii%idade/
o s6%ulo HVDDD em diante, e8&li%aes &adronizadas so*re a oriem do %a&italismo
&assaram a tomlo %omo um en>meno .ue e8istiu de orma em*rionria desde os
&rimrdios, ou seja, desde .ue e8istiam mer%ados e tro%as/ =om sui%iente %om6r%io e
o&ortunidades &ara azer dinheiro, )endedores iriam %edo ou tarde %omear a air
&are%idos %om %a&italistasA es&e%ializandose, a%umulando e ino)ando/
Be aluma %oisa &re%isasse de e8&li%ao, seundo essa )iso, era o ra%asso em
remo)er o*st%ulos ; os im&edimentos &ol-ti%os e %ulturais ; .ue &or muito tem&olimitaram a ati)idade %omer%ial de atinir sua massa %r-ti%a e es&ontaneamente erarem
um %a&italismo a&ro&riado/ Is &odemos %hamar isso de $modelo de %omer%ializao'
da histria do %a&italismo, sendo .ue tal modelo data ao menos do &r&rio dam Bmith,
em seuA Riqueza das Naes/
:nto, essa )erso da histria do %a&italismo 6 uma %on)ersa )elha/
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eles ostam de %hamar de $mar8istas &ol-ti%os'" de ter uma $%on%e&o e8%enti%amente
estreita de %a&italismo'/ (=allini%os? EoNle, 2014"/
Bua &r&ria %on%e&tualizao 6 em rande &arte %onsistente %om o modelo de
%omer%ializao, %om &arti%ular nase no a)ano te%noli%o %omo uma ora motora/
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mer%antil, mas sim *uro%ratas ou &roissionais li*erais/ o&osio da *uruesia K
aristo%ra%ia no &retendia &romo)er o %a&italismo, mas sim desaiar o &ri)il6io
aristo%rti%o e o a%esso &ri)ileiado .ue eles tinham K *uro%ra%ia estatal/
Ee)oluo Dnlesa, &or outro lado,podiaser razoa)elmente des%rita %omo %a&italista,
&or.ue ela esta)a em*asada na &ro&riedade %a&italista e oi at6 mesmo liderada &or uma
%lasse .ue era essen%ialmente %a&italista/
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aluma, nem mesmo na rana/ Qoo, a re)oluo *uruesa e suas )ariaes mais
rosseiras oram *astante a*andonadas j a alum tem&o/
Os maristas pol!ticos"
&esar de tudo, a *ase da ideia oi mantida )i)a, num ormato neati)o, &elos %r-ti%os
do mar8ismo/ :la ser)iu %omo al)o &rin%i&al &ara )rios historiadores $re)isionistas'
.ue &ro%ura)am desaiar as $inter&retaes so%iais' das re)olues ran%esa e Dnlesa
ao demonstrar .ue em nenhum desses %asos ha)ia alo &are%ido %om uma luta de
%lasses re)olu%ionria entre uma *uruesia %a&italista em as%enso %ontra uma
aristo%ra%ia eudal em de%l-nio/
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%onse.un%ias .ue identii%amos as re)olues %omo *uruesas, e no nos seus aentes
&arti%ulares/
:ssa )erso $%onse.uen%ialista' da re)oluo *uruesa a&li%a o %on%eito &ara .ual.uer
ti&o de transormao .ue, de aluma orma, &ossa ser )ista %omo %a&az de &romo)er o
desen)ol)imento do %a&italismo ou sim&lesmente lim&ar os o*st%ulos &ara o seu
a)ano, inde&endente das %om&osies de %lasse ou das intenes dos aentes
re)olu%ionrios/ e ato, a an%ia &ode at6 mesmo desa&are%er diante dos a)anos
%a&italistas da re)oluo *uruesa, su*stitu-dos &or alum me%anismo transhistri%o do
&roresso $*urus', tais %omo o ine)it)el a)ano das oras te%noli%as/
:sses mar8istas %onse.uen%ialistas &odiam tentar le)ar em %onta, &elo menos at6 %erto
&onto, as e)idn%ias histri%as .ue desaiam suas )elhas ortodo8ias? e seria
&ereitamente razo)el se tudo .ue eles esti)essem dizendo osse .ue o %a&italismo
ini%ialmente suriu no %omo um &rojeto deli*erado &or uma %lasse, mas sim %omo uma
%onse.un%ia (o .ue, diase de &assaem, 6 alo .ue o mar8ismo &ol-ti%o deende na
)erdade"/ : at6 &oderia ser %om&reens-)el ; %om ressal)as ; se eles sim&lesmente
a%eitassem a (&ro*lemti%a" identii%ao de $*urus' e $%a&italista' e redeinissem a
$re)oluo *uruesa' %omo .ual.uer &ro%esso re)olu%ionrio em .ue, a des&eito de
aen%ias ou intenes, a)anasse no desen)ol)imento do %a&italismo/
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%onse.uen%ialistas diante do %aso %lssi%o de re)oluo *uruesa, a dizer, a Ee)oluo
ran%esa ; .ue te)e o eeito de limitar o desen)ol)imento %a&italista tanto ao &roteer a
&ro&riedade %am&onesa %omo &ara a*rir %aminhos &ara um a%esso a%ilitado da
*uro%ra%ia *uruesa nos %aros do :stado/
Jm %on%eito de re)oluo *uruesa .ue %onsia in%luir tanto os %asos onde o
%a&italismo a)anou %omo a.ueles em .ue ele oi o*stru-do, &are%e *astante sem
sentido/
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:sse %onse.uen%ialismo 6 am*-uo tanto em suas %ausas %omo em suas %onse.un%ias/
Iesse &onto, 6 &oss-)el airmar .ue o %on%eito de re)oluo *uruesa dii%ilmente se
reere a alo es&e%-i%o/ ideia de uma re)oluo *uruesa deinhou em sua e8istn%ia/
:la se a&li%a a tudo, o .ue sinii%a dizer .ue ela no e8&li%a nada/
# loucura da inevitabilidade
=om %erteza h *astante %oisas a serem e8&li%adas a%er%a dos tumultuados e)entos .ue
a%om&anharam a e8&anso lo*al do %a&italismo? mas 6 di-%il )er no .ue o termo
$re)oluo *uruesa' &ode %ontri*uir &ara essa e8&li%ao/ .ueles .ue ainda se
a&eam a essa ideia azem no &or.ue ela ilumina nossa %om&reenso da Fistria, mas
sim &or %ausa do seu sinii%ado sim*li%o e &ol-ti%o/
Io 6 nem tanto &or .ue as re)olues *uruesas ser)em de modelo &ara outras
transormaes re)olu%ionrias, &rin%i&almente no .ue se reere K transio &ara o
so%ialismo/ # &onto a.ui 6 .ue esse %on%eito %arreou, desde os seus &rimrdios, a ideia
de um &roresso ine)it)el/ :m sua orma Dluminista, isso sinii%a)a a mar%ha
ine8or)el da razo, in%luindo a- os a)anos te%noli%os/ :m sua orma so%ialista, o
&roresso da *uruesia oi transormado na ine)ita*ilidade do so%ialismo, le)ado
adiante &elo ine8or)el desen)ol)imento das oras &roduti)as %onorme elas entra)am
em %onlito %om as relaes so%iais e8istentes/
# &rojeto so%ialista 6, e)identemente, um sonho )azio ao menos .ue o so%ialismo seja o
destino ine)it)el de um &ro%esso %onduzido &ela dinMmi%a e irresist-)el e8&anso das
oras &roduti)as ; %om a re)oluo *uruesa sendo &arte, de aluma orma, desse
&ro%esso, inde&endente de .uo dierentes ormas ela &ossa o%orrer/
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Beria im&ortante airmar uma o*)iedade (os $mar8istas &ol-ti%os' %omo eu %ostumam
azer isso", ou seja, de .ue hou)e randes a)anos te%noli%os em )rias 6&o%as e em
)rios luares antes da emern%ia do %a&italismo? e 6 at6 mesmo &oss-)el dizer, numa
&ers&e%ti)a mais am&la (&ara no dizer *anal", .ue ao lono dos tem&os hou)e uma
tendn%ia eral de desen)ol)imento e melhorias te%noli%as, ainda .ue seja &ara dizer
.ue, uma )ez des%o*ertos, esses a)anos no %ostumam desa&are%er/
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dierente do .ue %onstitui uma luta de %lasses numa so%iedade %a&italista? e, ainda .ue
nun%a haja uma arantia so*re os seus dese%hos, o so%ialismo %omo uma %onse.un%ia
das lutas de %lasses do %a&italismo 6 uma &ossi*ilidade histri%a .ue no &oderia e8istir
no %onte8to de uma so%iedade eudal e suas relaes de &ro&riedade/
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:sse retorno ao %onse.uen%ialismo a%a*a )oltando Ks %on%e&es de Fistria .ue