Orientações técnicas para criação de galinha caipira · New Castle+Gumboro +Bronquite...

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Carlos Franco Amastha Prefeito Roberto Jorge Sahium Secretaria de Desenvolvimento Rural Secretário Roberto Campos Pinto Sub-secretário Eurijan Martins Barros Diretor de Desenvolvimento Rural Elaboração Equipe Técnica Seder Eng. Agrônomo Roberto Jorge Sahium Eng. Agrônomo Antônio Luiz Alves de Sousa Eng. Agrônomo Luiz da Silva Machado Neto Eng. Agrônomo Roberto Campos Pinto Eng. Agrônomo Roberto Cunha Carvalho Técnico em Agropecuária Bonfim dos Reis Ferreira dos Santos Técnico em Agropecuária Cid Biavatti Técnico em Agropecuária Homero Juliani Barbosa Técnico em Agropecuária Luiz Antonio Santana Neto Médico Veterinário Humberto Mesquita Produção e diagramação Assessoria de Comunicação Seder Eliene Campelo e Cid Biavatti Secretaria de Desenvolvimento Rural - Quadra 1212 Sul, Av. LO 27, esquina com Av. NS 10 Cep: 77153-010 - Palmas-TO Telefones: (63) 2111-2606/2111-2608/2111-2629 Orientações técnicas para criação de galinha caipira Coletânea técnica 004 - criação de galinha caipira Abril de 2014 Palmas-TO O recanto onde moro é uma linda passarela O carijó canta cedo, bem pertinho da janela Eu levanto quando bate o sininho da capela E lá vou eu pro roçado, tenho Deus de sentinela Têm dia que meu almoço, é um pão com mortadela Mas lá no meu ranchinho a mulher e os filhinhos Tem franguinho na panela. (Paraíso e Moacyr dos Santos) Franguinho na Panela

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Page 1: Orientações técnicas para criação de galinha caipira · New Castle+Gumboro +Bronquite Infecciosa (Tríplice Oleosa) ... Pode ocorrer subitamente, com mortalidade de até 90%.

Carlos Franco AmasthaPrefeito

Roberto Jorge SahiumSecretaria de Desenvolvimento Rural

Secretário

Roberto Campos PintoSub-secretário

Eurijan Martins BarrosDiretor de Desenvolvimento Rural

ElaboraçãoEquipe Técnica Seder

Eng. Agrônomo Roberto Jorge SahiumEng. Agrônomo Antônio Luiz Alves de SousaEng. Agrônomo Luiz da Silva Machado Neto

Eng. Agrônomo Roberto Campos PintoEng. Agrônomo Roberto Cunha Carvalho

Técnico em Agropecuária Bonfim dos Reis Ferreira dos SantosTécnico em Agropecuária Cid Biavatti

Técnico em Agropecuária Homero Juliani BarbosaTécnico em Agropecuária Luiz Antonio Santana Neto

Médico Veterinário Humberto Mesquita

Produção e diagramaçãoAssessoria de Comunicação Seder

Eliene Campelo e Cid Biavatti

Secretaria de Desenvolvimento Rural - Quadra 1212 Sul, Av. LO 27, esquina com Av. NS 10Cep: 77153-010 - Palmas-TO

Telefones: (63) 2111-2606/2111-2608/2111-2629

Orientações técnicas para criação de galinha caipira

Coletânea técnica 004 - criação de galinha caipira Abril de 2014

Palmas-TO

O recanto onde moro é uma linda passarelaO carijó canta cedo, bem pertinho da janelaEu levanto quando bate o sininho da capelaE lá vou eu pro roçado, tenho Deus de sentinelaTêm dia que meu almoço, é um pão com mortadela

Mas lá no meu ranchinho a mulher e os filhinhosTem franguinho na panela.

(Paraíso e Moacyr dos Santos)

Franguinho na Panela

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Vacinação para Galinha Poedeira “Caipira”

Idade

Doença

Aplicação 1 dia (incubatório)

Marek+Gumboro+Bouba(suave)

Subcutânea

7 dias

New Castle (B1)+Bronquite Infecciosa(H120) +Gumboro

Ocular

35 dias

Bouba (forte)

Membrana da Asa

35 dias

New Castle (LS)+Bronquite Infecciosa(H52) +Gumboro

Ocular

50 dias

Coriza Infecciosa (Aquosa)

Intramuscular

70 dias

New Castle (LS)+Bronquite Infecciosa(H52) +Gumboro

Ocular

100 dias

Encefalomielite Aviária

Água

120 dias

Coriza Infecciosa (Oleosa)

Intramuscular

135 dias

New Castle+Gumboro +Bronquite Infecciosa (Tríplice Oleosa)

Intramuscular

Vacinação para Frango de Corte

“Caipira”

Idade

Doença

Aplicação

1 dia (incubatório)

Marek+Gumboro+Bouba(suave)

Subcutânea

7 dias

New Castle (B1)+Bronquite Infecciosa(H120) +Gumboro

Ocular

35 dias

Bouba (forte)

Membrana da Asa

35 dias

New Castle (LS)+Bronquite Infecciosa(H52) +Gumboro

Ocular

A criação de galinhas caipira tem importância significativa em nosso município, já que quase praticamente em todas as propriedades rurais se encontram pequenas criações, normalmente destinadas para o consumo da família. Nas criações com objetivo comercial alguns fatores como alimentação de qualidade, instalações e equipamentos adequados, controle sanitário e o melhoramento genético influenciam diretamente na produção. Esta coletânea objetiva trazer informações técnicas que auxiliem o criador desde a implantação até a comercialização de suas aves ou ovos.

Sistema semelhante a criação industrial. As aves são criadas em galpões até o abate. Por se manter as aves confinadas, alguns fatores devem ser considerados:l É indispensável um controle sanitário adequado;l A cama deve ser mantida seca e ser feita com

material adequado (maravalha, casca de arroz);l O número de aves deve ser adequado ao tamanho

do galpão, com densidade entre 8 e 10 aves/m²;l A quant idade de equipamentos como

comedouros e bebedouros deve atender as necessidades da aves;

l O cronograma de vacinação deve ser seguido à risca.

Sistema intensivo:

Sistema Semi-Intensivo:

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O sistema semi-intensivo tem como principal característica a criação em galpão mesclada com a utilização de piquetes. A densidade recomendada nos piquetes é de 01 ave/m².As aves ficam soltas pastejando durante o dia e, normalmente presas durante a noite. Como no sistema intensivo, é importante o manejo adequado da criação, com programas de vacinações, utilização de rações balanceadas, grama adequada nos piquetes e limpeza do galpão.

Manfred schveda

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Neste sistema, as galinhas são criadas soltas, tendo apenas um local específico para a alimentação complementar. As aves na maior parte do tempo se alimentam de pasto, em área cultivada e cercada para essa finalidade. É comum se construir um galinheiro para servir de abrigo e local de postura, sem no entanto ficarem presas, já que o galpão é mantido aberto para garantir a circulação dos animais.

Sistema extensivo:0205

Na construção do galinheiro pode se utilizar materiais existentes na propriedade, para baixar custos ou adequar instalações já existentes. O importante é observar o sentido da construção, que deve ser orientado na direção leste/oeste. Essa medida garante menor insolação no interior do galinheiro, amenizando assim o calor.

Seja qual for o sistema escolhido para criação de produtor tenha consciência da importância das instalações para o sucesso do seu empreendimento. No caso dos sistemas semi-intensivo e extensivo, além de galpão para abrigo das aves, é necessário que se forme piquetes para pastejo.Os piquetes devem, preferencialmente, estar próximos ao galinheiro. Devem ter boa disponibilidade de água e sombra, além de espaço para movimentação das aves, o que favorece o desenvolvimento de sua musculatura.Na formação dos piquetes são utilizados capins ou gramas, preferencialmente com boa concentração de proteína, como coast-cross ou tifton, quicuio, napier e a grama estrela africana.

galinha caipira, é importante que o

Piquete para pastejo Piquete com galpão

Bouba AviáriaCausada por vírus, é também chamada de varíola aviária. Forma nódulos escuros na pele em volta dos olhos, bico, crista e barbelas. As aves doentes devem ser isoladas.

Newcastle:Doença causada por vírus, é muito contagiosa. Perda de apetite, tosse e espirros, perda de equilíbrio, andar em círculos, entortar o pescoço e diarréia esverdeada são os principais sintomas. As aves doentes devem ser isoladas e as instalações desinfectadas.

Doença de Marek:Também conhecida como Paralisia das Aves, é causada por vírus e provoca tumores nos nervos, nos rins, baço, fígado, intestinos, coração e músculos das aves. Pode ocorrer diarréia e as aves ficarem ofegantes. Na foto, íris acinzentada é sinal da presença da doença no olho da ave.

Cólera:A cólera aviária é uma doença contagiosa, causada por bactéria. Pode ocorrer subitamente, com mortalidade de até 90%. Os principais sintomas da doença são abatimento, febre, cristas e barbelas inchadas e azuladas, penas eriçadas e aumento da freqüência respiratória.

Tifo Aviário:Doença causada pela Salmonella gallinarum, atinge mais as aves adultas. Por ser altamente contagiosa e chega a eliminar até 80% da criação. As aves contaminadas perdem o apetite, ficam prostradas e tem diarréia.

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Manfred schveda

Existe um grande número de raças e cruzamentos de galinhas que são utilizados para produção de ovos e carne. Dentre as raças mais adaptadas às condições de nossa região podemos citar a Label Rouge, Playmouth Rock Barrada, New Hampshire e Índio Gigante.

Label Rouge Playmouth Rock Barrada New Hampshire Índio Gigante

Originária da França. Tem coloração mista, é muito rústica e pode ser criada em sistema semi-intensivo. Está pronta para o abate aos 90 dias, com um peso médio de 2,5kg.

Tem sua origem nos Estados Unidos. Possui dupla aptidão (carne e ovos).No Brasil, é utilizada para melhoramento g e n é t i c o . At i n g e 2,2kg aos 80 dias.

Também originária dos Estados Unidos.Possui aptidão para produção de carne e ovos.Quando adultas, as aves chegam a pesar em média 3,0kg

Surgiu no Brasil, nos estados de Goiás e Minas Gerais. Muito rústico, pode atingir 1,0m de altura e 3,0kg aos 120 dias. Uma ave adulta, pode chegar ao 8,5kg.

Antes da chegada dos pintinhos, o criador deve verificar as instalações, providenciar o material que servirá de cama (maravalha, casca de arroz), bebedouros, comedouros, círculos de proteção e campânulas para aquecimento.O ideal é que cada m² de círculo abrigue entre 60 e 70 pintinhos. O círculo deve ser aumentado diariamente, para que aos 14 dias os pintinhos utilizem toda a área do galpão.Na primeira água que será oferecida aos pintinhos, pode se adicionar 200g de açúcar para 6 litros do líquido.Do segundo dia até os pintinhos completarem um mês, é conveniente que sejam alimentados com ração inicial para aves.

O sistema semi-intensivo é o mais utilizado em nossa região. Nesta modalidade de criação, algumas medidas devem ser tomadas para garantir que as aves se desenvolvam satisfatoriamente. Nos primeiros trinta dias, as aves podem ser mantidas diretamente nos galinheiros.O criador deve vistoriar diariamente o galinheiro. No caso de haver aves mortas, as carcaças devem ser retiradas e incineradas ou enterradas (veja quadro abaixo).As aves podem ser soltas para pastejo pela manhã e recolhidas à tarde, a partir da terceira semana. Isso proporciona o desenvolvimento da musculatura.

Manejo Sanitário £ Manter os galpões sempre limpos e desinfetados após a retirada dos lotes;£ Fazer o vazio sanitário de pelo menos 15 dias após a desinfecção do galpão; £ Aplicar corretamente as vacinas e medicamentos necessários;£ Evitar o trânsito de pessoas e animais ao redor do galpão;£ Não guardar restos da cama do lote anterior no galpão;£ Ter pedilúvios em todas as saídas das instalações;£ Recolher todas as aves mortas diariamente e depositá-las em fossas,

obedecendo, uma distância mínima de 150 metros da granja;£ Fazer o controle de insetos e roedores principalmente entre os lotes.

A alimentação tem influência direta na produção de ovos e carne na criação de galinhas caipiras. Menores quantidades de alimentos concentrados, como milho e farelo de soja, por exemplo, tendem a reduzir a produtividade. O fornecimento de rações representa cerca de 70% do custo de produção das aves. Uma ave para atingir2,5 kg de peso e estar pronta para o abate, consome entre 6 e 8kg de ração.Na opção por sistema como o semi-intensivo, em que se fornece ração balanceada, é preciso que os comedores estejam em área protegido, dentro dos piquetes, ou no próprio galinheiro.

- Fontes Energéticas: milho, sorgo, quirera de arroz, raspa de mandioca e farelo de arroz;- Fontes Proteícas: Farelo de soja, farelo de algodão e farelo de girassol;- Fontes Minerais: Farinha de ossos calcinada e sal comum;- Micronutrientes: Mistura de minerais e vitaminas.

Exemplos de ingredientes para ração: