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Departamento Regional de São Paulo Organização do trabalho MÓDULOS ESPECIAIS MECÂNICA Escola SENAI

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Departamento Regional de São Paulo

Organização do trabalho

MÓDULOS ESPECIAIS MECÂNICA

Escola SENAI

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Módulos especiais - Mecânica Material didático extraído do módulo “Organização do trabalho” telecurso profissionalizante 2000. Trabalho elaborado pela Divisão de Recursos Didáticos da Diretoria de Educação do Departamento Regional do SENAI-SP Editoração eletrônica Cleide Aparecida da Silva CFP Rua CEP Telefax: E-mail: senai@

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Neste módulo, você vai estudar algumasnoções básicas de organização do trabalho.

Na primeira aula é analisada a importância do trabalho para o bem de cadaum, da sociedade e da nação.

Considerando que você trabalhe numa empresa, seja ela grande ou peque-na, é feito um estudo do significado de produção e de produtividade. Você vaiver que uma empresa pode ter uma boa produção, ou seja, uma grandequantidade de produtos, fabricados de forma rápida, com baixo custo e de boaqualidade.

Em seguida, é feito um estudo de posto de trabalho, que é a área em que ooperário realiza seu trabalho. Neste estudo, você vai conhecer os princípios deeconomia de movimentos. Esses princípios facilitam a realização de um trabalhocom menos esforço físico e de forma inteligente.

Na segunda aula, você encontra informações relativas à simplificação dotrabalho, que consiste numa série de procedimentos para tornar o método detrabalho mais simples, mais rápido e menos cansativo.

Ainda, é feito um estudo do significado de perdasperdasperdasperdasperdas que acontecem devido adesperdíciosdesperdíciosdesperdíciosdesperdíciosdesperdícios de material, de máquinas, de tempo e de esforços. Os desperdícios,ou seja, o resultado do que é feito sem economia, vão causar refugosrefugosrefugosrefugosrefugos - peças mal-feitas e que não podem ser aproveitadas - e a necessidade de retrabalhoretrabalhoretrabalhoretrabalhoretrabalho, isto é,de fazer novamente uma peça que foi feita com erros ou mau acabamento.

Na terceira aula, você recebe noções de como fazer um leiaute ou arranjofísico do local de trabalho. O objetivo dessa aula é mostrar como se podeorganizar o espaço de trabalho para alcançar maior nível de produção e deprodutividade, sem excesso de movimentação.

Na quarta aula, você vai conhecer uma técnica chamada Just-in-timeJust-in-timeJust-in-timeJust-in-timeJust-in-time ouBem-a-tempoBem-a-tempoBem-a-tempoBem-a-tempoBem-a-tempo. Essa técnica permite à empresa produzir somente o que forpedido e vai ser vendido, sem, portanto, correr riscos de prejuízos. Ao mesmotempo, a técnica facilita o trabalho de equipe, sendo que uma mesma pessoapode fazer trabalhos diferentes e, assim, ter oportunidade de crescer profis-sionalmente.

Na quinta aula, são descritos dois departamentos - departamento derecursos humanos e departamento de planejamento. O objetivo é o de mostrar,numa organização tradicional de empresa, como os setores ou departamentosse relacionam entre si. Convém lembrar que, hoje, essa forma de organizaçãotem sido substituída por outra, mais moderna, na linha de reengenhariareengenhariareengenhariareengenhariareengenharia.

No final das cinco aulas, você encontra os gabaritos dos exercícios. Assim,você terá oportunidade de fixar melhor as informações apresentadas nas aulas.

AUTORIAAUTORIAAUTORIAAUTORIAAUTORIAJosé Luiz Campos CoelhoNivia Gordo

Organizaçãodo trabalho

Apresentação

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A U L A

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Para executar qualquer tarefa com sucesso, épreciso que nos organizemos antes. Organizar significa pensar antes de iniciar-mos a tarefa. Mas pensar em quê?

l Na maneira mais simples de fazer a tarefa, evitando complicações oucontroles exagerados.

l No modo mais barato de fazer a tarefa.l No meio menos cansativo para quem vai realizar a tarefa.l Num procedimento que seja mais rápido.l Em obter a melhor qualidade e o resultado mais confiável.l Na maneira menos perigosa de fazer a tarefa.l Numa forma de trabalhoque não prejudique o meio ambiente, ou seja, que

não cause poluição do ar, da água e do solo.

É fácil tratar cada um desses itens isoladamente para tomar providências. Oproblema surge quando desejamos tratar todos os itens juntos. Podemos, porexemplo, escolher uma forma mais rápida de realizar uma tarefa. Entretanto,essa forma pode afetar a qualidade e a segurança, tornando o trabalho perigoso.

Se, por exemplo, precisamos trocar rapidamente uma lâmpada queimadasobre a máquina de trabalho, podemos fazer a troca subindo na máquina. Masesse procedimento não é bom, porque pode nos levar a um acidente. O corretoseria usarmos uma escada. A tarefa seria mais demorada mas a segurança e aqualidade estariam asseguradas.

Portanto, todos os itens devem ser pensados juntos, para que no final hajaequilíbrio entre eles, de modo que um não prejudique o outro.

Além disso, precisamos pensar, também, na quantidade e qualidade daspessoas e dos materiais necessários, na hora e no local em que eles devem estar.

Antes de iniciar o trabalho, precisamos providenciar:

l máquinasl ferramentas adequadas e em bom estadol matéria-primal equipamentos diversos, inclusive os de segurançal tempo necessáriol pessoas qualificadas etc.

Organizando o trabalho

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Quando fazemos, com antecedência, um estudo de todos os fatores que vãointerferir no trabalho e reunimos o que é necessário para a sua execução, estamosorganizando o trabalhoorganizando o trabalhoorganizando o trabalhoorganizando o trabalhoorganizando o trabalho para alcançar bons resultadosalcançar bons resultadosalcançar bons resultadosalcançar bons resultadosalcançar bons resultados.

Trabalho do homem

Sempre trabalhamos em função de um objetivo, que pode ser a fabricação deum produto ou a realização de um serviço. Serviço é o trabalho feito por umapessoa para satisfazer a uma necessidade, como, por exemplo, consertar umatorneira. A torneira é consertada sem ser modificada. Produto é o resultado deum trabalho de fabricação.

Quando fazemos algum produto, causando modificações nas suas caracte-rísticas físicas ou químicas, ou quando fazemos um serviço, estamos realizandoum trabalho com uma finalidade.

Se, por exemplo, misturamos várias matérias-primas e levamos a mistura aoforno, as matérias se fundem num só produto. Ocorre uma transformaçãoquímica, uma vez que mudam as características das matérias-primas.

Por outro lado, se pegamos um pedaço de aço e o usinamos num torno,transformando-o numa peça, causamos uma transformação física sem que setransformem as características químicas do aço.

Todas essas transformações são feitas graças à participação física ou inte-lectual do homem.

Importância dos trabalhos físico e intelectual

Quando carregamos uma pequena barra de aço para levá-la à fresa, essetrabalho é mais físico do que intelectual, pois estamos usando a nossa forçamuscular.

TUDO PREPARADO PARA O INÍCIO DO

TRABALHO. SÓ FALTA VERIFICAR SE TODOS

ESTÃO USANDO CORRETAMENTE OEQUIPAMENTO DE SEGURANÇA.

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1Ao fazer um desenho mecânico, estamos realizando um trabalho mais

intelectual do que físico.

Quase tudo que está à nossa volta é fruto do trabalho dos homens, desde asua criação até a sua execução. De manhã, ao tomar café com leite e comer pãocom manteiga, podemos imaginar quantas pessoas colaboraram com seu traba-lho físico e intelectual para termos esses produtos. Graças ao trabalho e àcapacidade dessas pessoas, conseguimos viver com maior conforto e saúde.

O ser humano moderno não conseguiria viver sem o trabalho de todos.Podemos imaginar, também, a importância do nosso trabalho para a socie-

dade. Muitas vezes, relacionamos essa importância com o salário que recebemos.Mas, além do salário, nosso trabalho tem um grande valor pelos benefícios queele oferece a muitas pessoas.

É comum nos aborrecermos com a aquisição de um produto que apresentadefeitos ou ficarmos decepcionados com um profissional que nos atende mal.Muitas vezes isso se deve ao fato de os trabalhadores não saberem a importânciade seu trabalho.

É necessário que nosso trabalho seja bem-feito, da maneira mais eficiente eeficaz. É comum ouvir pessoas reclamando de um mau atendimento, mas, poroutro lado, essas mesmas pessoas trabalham mal nos seus próprios postos detrabalho. É o caso de perguntar por que reclamar dos outros se também nãotrabalhamos bem?

Podemos concluir que todos nós devemos trabalhar com dedicação eeficiência para o bem comum.

Produtividade e produçãoProdutividade e produçãoProdutividade e produçãoProdutividade e produçãoProdutividade e produção

Obtemos maior produtividade quando organizamos nosso trabalho e toma-mos as medidas adequadas para a sua execução.

Mas o que é produzir com produtividade? É obter um produto de boaqualidade com menor preço de custo, em menos tempo e em maior quantidade.Isso é conseguido graças ao desempenho do trabalhador.

A produção é o aspecto da produtividade que indica a quantidade deprodutos fabricados numa determinada unidade de tempo.

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1Suponhamos, por exemplo, que numa certa fábrica sejam produzidas dez

bicicletas por hora. Esse fato refere-se à produçãoproduçãoproduçãoproduçãoprodução. Já a produtividadeprodutividadeprodutividadeprodutividadeprodutividade é algomais do que isso. Pode ser que as bicicletas não apresentem boa qualidade eque seu custo seja alto. Houve produção mas não houve produtividade.

A produtividade é de muita importância para toda a nação. Em primeirolugar, ela beneficia os usuários do nosso produto ou serviço porque eles sãoatendidos com boa qualidade e a baixo custo. Beneficia também a empresa, queconsegue manter-se ativa graças aos lucros obtidos. E ainda beneficia o funcio-nário, possibilitando-lhe permanência na empresa e progresso profissional.

Dessa forma, podemos concluir que a produtividade é um dos principaismeios para o progresso da nação, uma vez que beneficia a todos e ajuda odesenvolvimento social e econômico.

Para alcançar um nível ótimo de produtividade, temos, na prática, uma sériede princípios e procedimentos. Os principais deles serão estudados a seguir.

Posto de trabalho

É o local definido e delimitado para a realização de uma atividade qualquer.Esse local deve ter tudo que é necessário para o trabalho: máquinas, bancadas,material, ferramental, instalações etc. Num posto de trabalho, podem trabalharuma ou mais pessoas.

A organização do espaço do posto de trabalho é de grande importância parase obter produtividade, ou seja, para se produzir mais, com menos esforço,tempo e custo, sem perda da qualidade.

Para essa organização, é valiosa a técnica baseada nos princípios deprincípios deprincípios deprincípios deprincípios deeconomia de movimentoseconomia de movimentoseconomia de movimentoseconomia de movimentoseconomia de movimentos.

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1Princípios de economia de movimentos

Esses princípios orientam procedimentos para reduzir movimentos doprofissional e aumentar a produtividade. A idéia básica desses princípios é a deque não se deve fazer nada que seja desnecessário. Normalmente, esses princí-pios são empregados em trabalhos contínuos, manuais e em pequenas monta-gens. De acordo com tais princípios, o trabalho deve ser organizado com basenas seguintes idéias:

1. Uso de músculos adequados

Deve haver concordância entre o esforço a ser feito e os músculos a seremutilizados num trabalho físico. Pela ordem, devemos usar os músculos dosdedos. Se estes não forem suficientes para o esforço despendido, vamos acres-centando a força de outros músculos: do punho, do antebraço, do braço e dosombros.

Essa quantidade de músculos deve ser usada de acordo com a necessidade:nem mais, o que seria desperdício de energia; nem menos, porque a sobrecargade um só músculo pode causar problemas sérios ao trabalhador.

Quando um pintor usa um pincel médio para pintar uma porta numadeterminada altura, ele deve usar os músculos dos dedos mais os músculosdos punhos. Se utilizasse também o antebraço, estaria fazendo esforçodesnecessário.

2. Mãos e braços

As mãos e os braços devem trabalhar juntos. Sempre que possível, deve-seorganizar o trabalho de modo que ele possa ser realizado com as duas mãos ouos dois braços num mesmo momento e em atividades iguais.

Se, por exemplo, temos de colocar uma porca num parafuso, dar meia-voltana porca e colocar a peça numa caixa de embalagem, devemos fazer esse trabalhocom as duas mãos e os dois braços. Numa empresa, esse tipo de trabalho podeser feito de modo rápido e eficiente pelo trabalhador, desde que se façam asadaptações necessárias no posto de trabalho e que o trabalhador passe por umtreinamento.

braçodireito

braçoesquerdo

operador

1/2 voltada porca

parafusos porcas

operador

braçoesquerdo

braçodireito

caixas paraembalagem

caixas paraembalagem

encaixe p/o parafuso

parafusos porcas parafusos porcas

caixas paraembalagem

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13. Movimentos curvos

Os movimentos dos braços e das mãos devem ser feitos em curvas contínu-as, isto é, sem paradas e, se possível, de forma combinadacombinadacombinadacombinadacombinada. Um exemplo demovimento em curvas é o de encerar que, em vez de vaivém, deve ser feito emcírculos contínuos.

Um exemplo de movimento combinado é o que fazemos quando pegamosum parafuso com as mãos e o seguramos de modo que sua posição fiqueadequada para encaixá-lo num furo.

4. Lançamentos

Quando necessitamos transportar coisas, poderemos lançá-las em vez decarregá-las, se a distância assim o permitir. Esse lançamento deve seguir umatrajetória chamada balísticabalísticabalísticabalísticabalística porque descreve uma curva igual ao caminho quefaz uma bala disparada de uma arma de fogo. É o que fazem os pedreiros aousarem pás para lançar areia de um local para outro.

5. Ritmo

O trabalho deve ser feito com ritmo, ou seja, cadência. Quando andamosuma longa distância, devemos manter um ritmo constante, de modo que não noscansemos andando muito rápido, nem demoremos andando muito devagar.

Mas é preciso lembrar que cada pessoa tem um ritmo próprio. Assim, otrabalhador deve seguir o seu próprio ritmo e mantê-lo constantemente.

Ao serrar uma barra de aço de bitolafina, por exemplo, com uma serra ma-nual, o movimento de vaivém deve terum ritmo normal. Um movimento ex-cessivamente rápido, além de cansarquem está serrando, pode resultar numcorte malfeito, sem boa qualidade.Também pode causar redução da pro-dução pois o trabalhador, após exces-sivo esforço, vê-se obrigado a pararpor muito cansaço.

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16. Zonas de trabalho

É preciso demarcar bem a zona de trabalho, que é a área da extensão dasmãos do trabalhador quando ele movimenta os braços, sem precisar movimentaro corpo.

No plano horizontal, temos a chamada zona ótimazona ótimazona ótimazona ótimazona ótima, adequada para a realiza-ção de tarefas mais precisas, em que são movimentados os dedos e os punhos.

Quando usamos dedos, punho e antebraço na execução de um trabalho,estamos usando a zona normalzona normalzona normalzona normalzona normal, conforme ilustra a figura abaixo.

A zona de alcance máximo dos braços corresponde à área denominada zonazonazonazonazonamáximamáximamáximamáximamáxima. Além desse limite, não é recomendável a realização de nenhuma tarefa.

Todas as ferramentas, materiais, botões de comando e pontos de operaçãodevem estar sempre colocados nessas áreas, seguindo, se possível, a seqüência:zona ótima, zona normal, zona máxima.

zona máxima

zonanormal

zonaótima

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7. Altura do posto de trabalho

A altura do posto de trabalho éum dos aspectos importantes paramanter o conforto do trabalhador eevitar cansaço. Sempre que possí-vel, a pessoa deve ter liberdade paratrabalhar em pé ou sentada, mu-dando essas duas posições de acor-do com sua disposição física. Por-tanto, as máquinas e bancadas de-vem ter altura adequada à altura dotrabalhador para ele trabalhar empé. Para seu conforto, deve haverum assento alto, regulável, que lhepossibilite trabalhar sentado. Noentanto, existem trabalhos que sópodem ser feitos com o trabalhadorsentado, como é o caso dos motoris-tas, e trabalhos que só podem serfeitos em pé, como é o caso doscozinheiros à frente do fogão.

Em cadeira alta, o trabalhadorprecisa ter um apoio para os pés, demodo que haja facilidade de circu-lação do sangue pelas coxas, pelaspernas e pelos pés.

Essas áreas também existem no planovertical, que fica paralelo à frente

da pessoa como é o caso do professor,ao escrever na lousa.

A área de trabalho pode, ainda,estar em plano perpendicular à frente

do corpo, como é o caso do músicoque toca harpa.

zona máxima zona máxima

zona ótima

zona normal

zona normal

zona ótima

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18. Um lugar para cada coisa

Deve haver sempre um lugar paracada coisa e cada coisa deve estar sempreem seu lugar. Pondo isso em prática, evi-tam-se fadiga, perda de tempo e irritaçãopor não se encontrar o que se necessita.

Um exemplo desse princípio de or-dem e organização é o dos quadros deoficinas mecânicas, que apresentam con-tornos das ferramentas a fim de que cadauma volte sempre ao seu local.

9. Objetos em ordem

Objetos em ordem facilitam o trabalho. Se, numa seqüência de operações,você usa ferramentas ou outros objetos, procure colocá-los na mesma ordem daseqüência de uso e na zona em que vai trabalhar. Os objetos de uso maisfreqüente devem ficar mais próximos de você.

10. Uso da força da gravidade

A força da gravidade faz com que os corpos sejam atraídos para o centro daTerra. Deve ser aproveitada para pequenos deslocamentos, como é caso deabastecimento e retirada de materiais. Sua bancada, por exemplo, pode ter umacalha para você receber peças ou transportá-las para outro posto.

11. Fatores ambientais

Outros fatores, como iluminação, barulho, temperatura etc., devem serconsiderados para aumentar a produtividade e assegurar a qualidade doproduto ou serviço que está sendo feito. Esse assunto será estudado com maisdetalhes no item Segurança no trabalhoSegurança no trabalhoSegurança no trabalhoSegurança no trabalhoSegurança no trabalho.

12. Ferramentas

As ferramentas devem ser adequadas ao trabalho, tanto no tipo quanto notamanho. Por exemplo, para pregar pregos pequenos, devemos usar martelospequenos e para pregos grandes, martelos grandes. Devemos apertar umaporca com chave de boca com tamanho e tipo apropriados. Seria incorreto usarum alicate.

calha

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113. Ferramentas combinadas

Podemos utilizar combinações de ferramentas, desde que não criem risco deacidentes. É o caso do canivete de pescador, que tem lâmina de corte, abridor delatas, de garrafas etc. É o caso, também, da chave de bicicleta, que retiradiferentes tipos de porcas e serve como chave de fenda.

14. Acessórios astuciosos

Alguns acessórios úteis são inventados para aumentar o rendimento dasmáquinas e para proporcionar maior segurança para quem trabalha. Exemplosdisso são os encostos, gabaritos, suportes, guias. São acessórios conhecidoscomo astuciososastuciososastuciososastuciososastuciosos porque são feitos por quem tem astúcia, ou seja, esperteza.

Conclusão

Ao aplicar muitos desses princípios de economia de movimentos, consegue-se facilmente, apenas com pequenas modificações, grande aumento de produ-tividade no trabalho manual. São coisas que podemos fazer e que, na maioria dasvezes, só dependem de nós.

Assinale com (X) a alternativa correta:Exercício 1Exercício 1Exercício 1Exercício 1Exercício 1

Os princípios de economia de movimentos servem para:a)a)a)a)a) ( ) melhorar a produtividadeb)b)b)b)b) ( ) aumentar custosc)c)c)c)c) ( ) reduzir impostos

Exercício 2Exercício 2Exercício 2Exercício 2Exercício 2A melhor posição de trabalho do operador é:a)a)a)a)a) ( ) sentadob)b)b)b)b) ( ) em péc)c)c)c)c) ( ) sentado ou em pé

Exercício 3Exercício 3Exercício 3Exercício 3Exercício 3A zona de trabalho que é alcançada pelos braços esticados é chamada:a)a)a)a)a) ( ) normalb)b)b)b)b) ( ) ótimac)c)c)c)c) ( ) máxima

Exercício 4Exercício 4Exercício 4Exercício 4Exercício 4A chave de rodas de um automóvel serve para retirar velas, porcas etc.Portanto, ela é uma ferramenta:a)a)a)a)a) ( ) integradab)b)b)b)b) ( ) combinadac) ( ) engrenada

Exercícios

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Simplificando o trabalho

A simplificação do trabalho constitui outromeio que favorece diretamente a produtividade.

Essa simplificação se relaciona com a melhoria de um método de trabalho,seja ele de natureza científica ou simplesmente surgido da prática. Simplifica-secom o objetivo de aumentar a produtividade.

Para isso, o método passa por alterações de modo que o trabalho se torne:

l MAIS SIMPLES

l MAIS BARATO

l MENOS FATIGANTE

l MAIS RÁPIDO

l MENOS PERIGOSO

l COM MELHOR QUALIDADE

l MENOS POLUIDOR

Na técnica de simplificação do trabalho são usados os próprios recursoshumanos e materiais da empresa e poucos recursos financeiros.

Para a melhoria de método de trabalho, a simplificação dá resultadosaltamente compensadores. Essa melhora só modifica o método existente e nãopode modificar as características de projeto ou processos que são de competên-cia de outro departamento. Isto, no entanto, não impede que demos sugestões.

Como a simplificação do trabalho se liga ao modo ou método de trabalho,é necessário saber o que se entende por modo ou método de trabalho.

Método de trabalhoMétodo de trabalhoMétodo de trabalhoMétodo de trabalhoMétodo de trabalho

Se um trabalho simples for distribuído a diversas pessoas sem que seindique a elas o métodométodométodométodométodo a ser usado, talvez cada pessoa use um modo diferentepara fazer sua tarefa. Como conseqüência, os trabalhos poderão ser feitos emtempos diferentes, com custo e qualidade variados. O que lhes falta, então, é ummétodo de trabalhométodo de trabalhométodo de trabalhométodo de trabalhométodo de trabalho.

Método de trabalho é um conjunto de princípios,Método de trabalho é um conjunto de princípios,Método de trabalho é um conjunto de princípios,Método de trabalho é um conjunto de princípios,Método de trabalho é um conjunto de princípios,procedimentos e técnicas, adotado paraprocedimentos e técnicas, adotado paraprocedimentos e técnicas, adotado paraprocedimentos e técnicas, adotado paraprocedimentos e técnicas, adotado para

se fazer algo, ou a maneira como se trabalha.se fazer algo, ou a maneira como se trabalha.se fazer algo, ou a maneira como se trabalha.se fazer algo, ou a maneira como se trabalha.se fazer algo, ou a maneira como se trabalha.

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2Imaginemos que dois indivíduos tenham de transportar lingotes de alumí-

nio do almoxarifado para o forno. Um indivíduo pode fazer o transportepegando um lingote com cada mão e colocando-os num carrinho. O carrinho éempurrado até próximo ao forno e os lingotes são empilhados. Já o segundoindivíduo decide apanhar dois lingotes de cada vez, puxando o carrinho eempilhando os lingotes, aos poucos, perto do forno.

São dois métodos diferentes de trabalhar, e um deles deve ser mais adequa-do à produtividade. É preciso analisar e estudar os dois métodos para identificaras vantagens de cada um. Com esse estudo, é possível chegar ao melhor métodoou forma de fazer o trabalho, ou seja, um modo de trabalhar que seja simples,rápido e produtivo. É o que se chama de método simplificado de trabalho.

Para adotar um método simplificado de trabalho, é necessário que aspessoas sejam treinadas no seu uso, até se acostumarem com ele e trabalharemde forma entrosada. A duração do treinamento vai depender dos operários e donível de dificuldade das mudanças feitas.

No início, o emprego de um novo método de trabalho pode causar dificul-dades. Isto é normal porque toda mudança na forma de trabalho exige tempo eforça de vontade para os operários se adaptarem ao novo método.

É importante que todos os operários usem o mesmo método para raciona-lizar o trabalho, ou seja, com economia de esforços, de tempo e de materiais, semprejuízo da qualidade.

Convém lembrar que a simplificação do trabalho liga-se diretamente aométodo de trabalho com o objetivo de que ele fique melhor para se alcançarmaior produtividade.

Portanto, quando vamos simplificar um trabalho, só vamos modificar omodo como se trabalha. Apesar de a troca de equipamentos velhos, a revisão deprojetos etc. serem procedimentos necessários para aumento da produtividade,esses procedimentos não podem ser incluídos na técnica da simplificação dotrabalho porque, como já vimos, eles vão interferir nas atividades de outrosdepartamentos.

Assinale com (X) a alternativa correta.Exercício 1Exercício 1Exercício 1Exercício 1Exercício 1

A troca de uma máquina antiga por outra moderna é objetivo:a)a)a)a)a) ( ) da técnica de simplificação do trabalhob)b)b)b)b) ( ) de projeto de modernizaçãoc)c)c)c)c) ( ) de projeto de manutenção

Exercício 2Exercício 2Exercício 2Exercício 2Exercício 2A necessidade de simplificar nosso trabalho está relacionada com o objetivo de:a)a)a)a)a) ( ) reduzir impostosb)b)b)b)b) ( ) melhorar o leiautec)c)c)c)c) ( ) aumentar a produtividade

Exercício 3Exercício 3Exercício 3Exercício 3Exercício 3A simplificação do trabalho está relacionada com:a)a)a)a)a) ( ) planejamento da produçãob)b)b)b)b) ( ) método de trabalhoc)c)c)c)c) ( ) projeto de modernização de máquinas

Exercícios

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2Exercício 4Exercício 4Exercício 4Exercício 4Exercício 4

Se cada operário de uma empresa trabalhar com um método diferente podeocorrer:a)a)a)a)a) ( ) falha de modernização das máquinasb)b)b)b)b) ( ) falha de organização do trabalhoc)c)c)c)c) ( ) falha de horário de trabalho

Exercício 5Exercício 5Exercício 5Exercício 5Exercício 5O emprego de um mesmo método de trabalho facilita:a)a)a)a)a) ( ) execução de projetosb)b)b)b)b) ( ) modernização de máquinasc)c)c)c)c) ( ) simplificação do trabalho

Plano para simplificação do método de trabalhoPlano para simplificação do método de trabalhoPlano para simplificação do método de trabalhoPlano para simplificação do método de trabalhoPlano para simplificação do método de trabalho

Vamos tomar como exemplo a fabricação de caixas de madeira para emba-lagem, na seção de marcenaria de uma empresa. As partes de madeira já vêmcortadas, de outro setor, nas medidas exatas.

Método em usoMétodo em usoMétodo em usoMétodo em usoMétodo em uso

Pega-se o fundo e uma lateral maior da caixa, fixando-as com três pregos.Em seguida, pega-se a outra lateral maior, que é também pregada com trêspregos. Depois são colocadas as laterais menores, pregando cada uma com doispregos.

Finalmente, é colocado o tampo com três pregos nos lados maiores e doispregos nos lados menores. Esses pregos são cravados levemente (apontados) enão profundamente, para serem retirados facilmente quando a caixa for usadacomo embalagem. Depois os pregos serão cravados totalmente.

Em seguida, as caixas são empilhadas num carrinho, colocado ao ladoesquerdo da bancada. Quando cheio, o carrinho é transportado para a expediçãoe substituído por outro carrinho vazio.

MATERIAISMATERIAISMATERIAISMATERIAISMATERIAIS::::: l Fundo de madeira e tampo de madeira: 400 ́ 300 mml Lado menor de madeira: 280 ´ 200 mml Lado maior de madeira: 400 ´ 200 mml Pregos sem cabeçal Espessura da madeira: 10 mm

FERRAMENTAFERRAMENTAFERRAMENTAFERRAMENTAFERRAMENTA::::: l Martelo de orelha

EQUIPAMENTOEQUIPAMENTOEQUIPAMENTOEQUIPAMENTOEQUIPAMENTO DEDEDEDEDE

PROTEÇÃOPROTEÇÃOPROTEÇÃOPROTEÇÃOPROTEÇÃO INDIVIDUALINDIVIDUALINDIVIDUALINDIVIDUALINDIVIDUAL::::: l Luvas de malhal Óculos de proteção

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Para facilitar a melhoria do método em uso nesse trabalho, vamos utilizarum plano simples mas de resultados surpreendentes, bastando, para isso, seguiros passos indicados:

1.1.1.1.1. ObservarObservarObservarObservarObservar

l Verificamos que as laterais, tampos, fundos e pregos são abastecidos, con-tinuamente, por um ajudante do próprio setor;

l O mesmo ajudante é quem retira o carrinho cheio de caixas prontas. Ele asleva à expedição e volta com o carrinho vazio;

l Observamos que, às vezes, falta matéria-prima, o que acarreta parada deprodução por alguns minutos;

l Os carrinhos, às vezes, saem com excesso de carga e não são substituídos poroutro carrinho vazio, quando um cheio é transportado.

l Em cada caixa são usados 28 pregos.

As partes das caixas, menos os pregos, estão colocadas na bancada, fora doalcance máximo das mãos, o que obriga o operador a se dobrar para fazer a caixa.

A altura da bancada é de 750 mm em relação ao piso. Por isso, o trabalhadorprecisa se abaixar muito para colocar as primeiras caixas prontas no carrinho.

Além disso, o trabalhador só pode trabalhar de pé porque não há cadeirapara ele se sentar.

Este primeiro passo é o de observar. Devemos observar toda a seqüência dométodo de trabalho usado, anotando detalhes, desde quando a matéria-primaou o produto semi-acabado chega ao seu posto de trabalho até como eles sãoretirados e transportados para outros postos.

Observe, portanto, os detalhes que você acha importantes para depoisanalisá-los.

2.2.2.2.2. Dividir o métodoDividir o métodoDividir o métodoDividir o métodoDividir o método

Neste passo você deve registrar todos os movimentos do trabalhador parafazer a caixa. Ao lado de cada movimento registrado, indique já, se for o caso,o que deve ser modificado.

400 mm 280 mm 400 mm

tampo ou fundo

da caixa ladomaior

200

mm

200

mm

300

mm

lado

menor

PEÇAS DE MADEIRA

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2MOVIMENTOSMOVIMENTOSMOVIMENTOSMOVIMENTOSMOVIMENTOS MODIFICAÇÕES A SEREM FEITASMODIFICAÇÕES A SEREM FEITASMODIFICAÇÕES A SEREM FEITASMODIFICAÇÕES A SEREM FEITASMODIFICAÇÕES A SEREM FEITAS

01. Pega lateral maior combinar (pegar a outra também)02. Pega fundo e ajeita-o sobre a lateral redispor03. Pega prego e martelo04. Prega 1º prego05. Pega prego eliminar06. Prega 2º prego07. Pega prego eliminar08. Prega 3º prego09. Deixa martelo sobre a bancada eliminar10. Posiciona o conjunto11. Pega outra lateral maior e ajeita-a combinar12. Pega prego e martelo eliminar13. Prega 4º prego14. Pega prego eliminar15. Prega 5º prego16. Pega prego eliminar17. Prega 6º prego18. Deixa martelo sobre a bancada eliminar19. Posiciona o conjunto20. Pega lateral menor combinar (pegar outra também)21. Encaixa-a no conjunto redispor22. Pega prego e martelo23. Prega 7º prego pelo fundo24. Pega prego eliminar25. Prega 8º prego pelo fundo26. Posiciona o conjunto27. Pega prego eliminar28. Prega 9º prego pela lateral29. Pega prego eliminar30. Prega 10º prego pela lateral31. Posiciona o conjunto32. Pega prego eliminar33. Prega 11º prego pela lateral34. Pega prego eliminar35. Prega 12º prego pela lateral36. Deixa martelo sobre a bancada37. Posiciona o conjunto38. Pega outra lateral menor combinar39. Encaixa-a no conjunto redispor40. Pega prego e martelo eliminar41. Prega 13º prego pelo fundo42. Pega prego eliminar43. Prega 14º prego pelo fundo44. Posiciona o conjunto45. Pega prego eliminar46. Prega 15º prego pela lateral47. Pega prego eliminar48. Prega 16º prego49. Posiciona o conjunto

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2MOVIMENTOSMOVIMENTOSMOVIMENTOSMOVIMENTOSMOVIMENTOS MODIFICAÇÕES A SEREM FEITASMODIFICAÇÕES A SEREM FEITASMODIFICAÇÕES A SEREM FEITASMODIFICAÇÕES A SEREM FEITASMODIFICAÇÕES A SEREM FEITAS

50. Pega prego eliminar51. Prega 17º prego pela lateral52. Pega prego eliminar53. Prega 18º prego54. Deixa martelo sobre a bancada55. Pega tampo56. Ajeita-o sobre o conjunto57. Apanha martelo e prego58. Prega 19º prego e aponta-o59. Pega prego eliminar60. Pregar 20º prego e aponta-o61. Pegar prego eliminar62. Pregar 21º prego e aponta-o63. Posiciona o conjunto64. Pega prego eliminar65. Prega 22º prego e aponta-o66. Pega prego eliminar67. Prega 23º prego e aponta-o68. Posiciona o conjunto69. Pega prego eliminar70. Prega 24º prego e aponta-o71. Pega prego eliminar72. Prega 25º prego e aponta-o73. Pega prego eliminar74. Prega 26º prego levemente75. Posiciona o conjunto76. Pega prego eliminar77. Prega 27º prego e aponta-o78. Pega prego eliminar79. Prega 28º prego e aponta-o80. Deixa martelo sobre a mesa81. Coloca caixa no carrinho

Tempo cronometrado: média de 10 medidas: 6,3 minutos para montar uma caixa.

Como você viu no exemplo, o modo como o trabalhador faz a caixa é descritode uma maneira simples, mas bem detalhada e na seqüência dos acontecimen-tos. Essa descrição permite uma visão clara para, depois, você simplificar otrabalho. As idéias para melhorar o método são anotadas ao lado de cadamovimento registrado. Use uma linguagem que você entenda.

Também você deve observar e registrar outros aspectos do trabalho, como,por exemplo:

l manejo de ferramentasl manejo de matéria-primal trabalho de máquinal trabalho manual

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2Ainda, você deve registrar o seguinte:

l tempo de execução de cada produto; use um cronômetro comum,ou peça auxílio aos colegas de departamento de métodos;

l distâncias percorridas; use uma trena comum;l quantidade de caixa feitas por hora;l quantidade de matéria-prima.

3.3.3.3.3. CriticarCriticarCriticarCriticarCriticar

Após descrever o método em uso, vamos criticá-lo, isto é, fazer perguntasa nós mesmos e tentar responder a elas:

l Por que pegar prego tantas vezes?l É possível fazer melhor?l A seqüência do trabalho pode ser outra?

Você pode fazer outras perguntas.

Criticar significa colocar em dúvida como está sendo feito o trabalho paraque ele possa ser melhorado. Adote uma atitude interrogativa, isto é, levantequestões para cada movimento que foi registrado no quadro de descrição demovimentos. Tente responder às questões, colocando em dúvida a necessidadede cada movimento. As perguntas podem ser as que seguem:

l Por que é feito?l É necessário fazê-lo?l Seria possível fazer melhor?l Por que nesta quantidade?l Por que sou eu que faço?l Sou suficientemente competente?l Preciso ser mais treinado?l Por que é feito no meu posto de trabalho?l Não poderia ser feito antes? Ou depois?l Não poderia ser feito com outra tarefa?l Por que é feito desse jeito?l Por que é feito com esses meios?

Em resumo, as perguntas são feitas para responder ao seguinte:

O que deve ser feito?Onde?Quando? Por quê?Como?Com quem?

è

SERIA POSSÍVEL

FAZER MELHOR?

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24.4.4.4.4. Elaborar o novo métodoElaborar o novo métodoElaborar o novo métodoElaborar o novo métodoElaborar o novo método

Depois de observar, registrar e criticar o modo como as caixas são feitas, vocêjá tem condições para melhorar esse modo de trabalhar. Para isso, você precisaidentificar quais modificações devem ser feitas. Por exemplo: eliminar movi-mentos, reduzindo o número de vezes que se pega pregos e que se pega e deixao martelo sobre a bancada.

Outras modificações para a simplificação do trabalho:

Combinar:Combinar:Combinar:Combinar:Combinar: Pega laterais menores e depois, as maiores.

Redispor:Redispor:Redispor:Redispor:Redispor: Colocar as laterais maiores e menores antes de colocaro fundo da caixa.

Melhorar:Melhorar:Melhorar:Melhorar:Melhorar: Acessórios astuciosos- Providenciar cepo de madeira do tamanho interno

da caixa para facilitar a montagem das laterais. Ocepo deve ter abas com ranhuras para encaixe daslaterais. Embaixo do cepo deve haver um eixo quepossibilite o conjunto girar sobre a bancada.

- Colocar os pregos mais próximos à montagem dascaixas.

Zonas de trabalho:Zonas de trabalho:Zonas de trabalho:Zonas de trabalho:Zonas de trabalho: - Colocar a matéria-prima ao alcance dos braços.

- Levantar a bancada até a altura correta (aproxima-damente, na altura do umbigo de um homem em pé)e providenciar assento alto com apoio para os pés eencosto para as costas.

Outras providências para simplificar e melhorar o trabalho:

l Determinar quantias mínimas de materiais (no caso, 8 unidades) de cadaparte da caixa para solicitar mais materiais. Quando o trabalhador verificarque só há 8 unidades, deve avisar ao abastecedor, colocando um cartãovermelho sobre a bancada. Quando o carrinho estiver quase cheio, faltando5 caixas para completá-lo, avisar o encarregado por meios de um cartãoamarelo, para retirar o carrinho e deixar outro carrinho vazio.

l Mudar o carrinho para o lado direito e construir uma rampa em madeira (ascaixas são leves). A rampa facilita a tarefa do trabalhador de modo que elenão precise se abaixar.

Com essas idéias postas em prática, o novo método se reduz aos procedi-mentos colocados a seguir.

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201. Pega os dois lados maiores02. Encaixa-os nas ranhuras do cepo03. Pega os dois lados menores04. Encaixa-os nas ranhuras do cepo, entre as laterais maiores05. Apanha 8 pregos e martelo06. Prega 2 pregos no lado maior07. Gira o conjunto sobre o eixo08. Prega 2 pregos no lado maior09. Gira o conjunto sobre o eixo10. Prega 2 pregos no lado maior11. Gira o conjunto sobre o eixo12. Prega 2 pregos no lado maior13. Pega o fundo da caixa e posiciona-o sobre o conjunto14. Apanha 10 pregos15. Prega 3 pregos no fundo16. Gira o conjunto sobre o eixo17. Prega 2 pregos no fundo18. Gira o conjunto sobre o eixo19. Prega 3 pregos no fundo20. Gira o conjunto sobre o eixo21. Prega 2 pregos no fundo22. Retira caixa semipronta do cepo, vira-a e a coloca sobre o cepo23. Pega tampo da caixa e posiciona-o24. Apanha 10 pregos25. “Aponta” 3 pregos26. Gira o conjunto sobre o eixo27. “Aponta” 2 pregos28. Gira o conjunto sobre o eixo29. “Aponta” 3 pregos30. Gira o conjunto sobre o eixo31. “Aponta” 2 pregos32. Coloca a caixa no carrinho

Tempo cronometrado (média de dez medidas) = 3,2 minutos.A cronometragem deve ser realizada após uma semana de uso do novo método.Vimos, assim, que com pequenos gastos e idéias podemos melhorar bastante otrabalho com vantagens para todos: funcionários, empresas e consumidores.

SE NÃO DEU PARA

ELIMINAR,

COMBINE.

ELIMINAR

D

A

D

B

D

C

D

D

D

E

É POSSÍVEL

JUNTAR

OS TRÊS?SE NÃO DEU PARA

ELIMINAR,COMBINAR OU

REDISPOR,

MELHORE...!

COMBINAR

REDISPOR

MELHORAR

D

A

D

B

D

D

D

ED

A

D

B

D

C

D

D

D

ED

AD

B

D

C

D

D

D

ED

A

D

B

D

C

D

D

D

ED

A

D

D

D

B

D

C

D

E

D

A

D

B

D

C

D

D

D

E

A B C D E

SE NÃO DEU PARA

ELIMINAR OU

COMBINAR,

REDISPONHA.

¯

¯

¯¯

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2Você viu como, a partir da análise crítica, foi possível elaborar um novo

método. Foram verificadas todas as possibilidades para simplificá-lo na seguin-te ordem de importância:

1 º1 º1 º1 º1 º ----- EliminarEliminarEliminarEliminarEliminar tudo aquilo que não acrescenta valor ao produto. Por exem-plo, transporte. Se ele não faz falta nenhuma, deve ser eliminado.

2 º2 º2 º2 º2 º ----- CombinarCombinarCombinarCombinarCombinar detalhes entre si. Ao apanhar um parafuso com as mãos,combina-se o movimento, pegando, também, arruelas e porcas.

3 º3 º3 º3 º3 º ----- RedisporRedisporRedisporRedisporRedispor as operações mudando a sua sucessão para outra mais racio-nal. Por exemplo, uma operação de furar um material é feita logo noinício de cada ciclo de trabalho e a de escarear no seu final. Podemosredispor essa atividade furando e, em seguida, escareando o material.

4 º4 º4 º4 º4 º ----- MelhorarMelhorarMelhorarMelhorarMelhorar o método usando criatividade, as técnicas já conhecidas desimplificação do trabalho, os princípios de economia de movimentos etc.

Em resumo:Em resumo:Em resumo:Em resumo:Em resumo:l Desenvolva suas próprias idéias, discutindo-as com outras pessoas.l Descreva o novo método, por escrito, dizendo quais pessoas o ajudaram.l Faça a medição do tempo.l Faça novas medidas de distâncias, se as distâncias anteriores foram modi-

ficadas.l Compare os resultados com o método anterior.l Faça experiência do novo método.l Verifique se houve interferências não autorizadas no projeto ou processo.l Veja se todos os fatores para alcançar a produtividade foram considerados

e equilibrados.

5. Aplicar o novo método5. Aplicar o novo método5. Aplicar o novo método5. Aplicar o novo método5. Aplicar o novo método

Só depois de mostrar aos colegas e superiores as vantagens do novo métodoa ser posto em prática, inicia-se a sua aplicação.

Outras medidas devem ser tomadas, como: fazer o cepo giratóriocepo giratóriocepo giratóriocepo giratóriocepo giratório e a rampapara os carrinhos, a serem colocados no lado direito da bancada. Aumentar as“pernas” da bancada, para ela se tornar mais alta, e colocar um apoio para os pés.A cadeira alta foi obtida em outros setores da própria empresa, como, porexemplo, a seção de desenho. Os sinais para abastecer (cartão vermelho) e retirarcarrinho (cartão amarelo), podem ser feitos em cartolina nas respectivas cores,com tamanho de 200 mm ´ 200 mm para serem vistos com facilidade.

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2

Apresente as vantagens do novo método a seus superiores e colegas paraque aceitem o método proposto. Mostre-lhes, por exemplo, como o novo métodopermite aumentar a produtividade.

Lembre-se de que deve haver um certo período para a estabilização do novométodo. Este tempo é necessário para você e as outras pessoas envolvidas sehabituarem com os novos movimentos, seqüências, posição de trabalho etc.

l Prepare o posto de trabalho de acordo com as novas idéias.l Treine e exercite outras pessoas envolvidas no novo método.

1. POSTO DE TRABALHO ATUAL

fundose tampos

lateraismaiores

lateraismenores

pregos

matéria-primafora do alcance

das mãos

pilhas de lateral menor,

lateral maior, tampos

e fundos

cepo comranhuras placaamarela

carrinho comcaixas

75

0 m

m

placavermelha

alt

ura

ap

roxi

ma

da

95

0 m

m

2. NOVO POSTO DE TRABALHO

pregos

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26. Padronizar6. Padronizar6. Padronizar6. Padronizar6. Padronizar

Após as providências tomadas, incluindo as modificações necessárias,aguardar uma semana (neste caso) para que você se familiarize com o novométodo. Depois desse período, faça a medida de tempo gasto para fazer otrabalho (cronometragem final).

l Todos os procedimentos contidos no novo método devem ser escritos earquivados.

l Verifique, também, se as experiências e os conhecimentos adquiridos po-dem ser transferidos para outros trabalhos.

l Elimine folhas, formulários etc. que não são mais usados.l Este trabalho (novo método) escrito poderá servir como base para a elabo-

ração dos manuais de procedimento que são descritos e exigidos na série ISO9.000. A série ISO 9.000 é um conjunto de normas internacionais queorientam empresas de diversos países em termos de produtividade ecompetitividade.

Exercício 6Exercício 6Exercício 6Exercício 6Exercício 6Pegue duas canetas simples, tipo esferográfica, destampe-as e desmonte-as.Certamente elas se dividirão em tampa, carga e corpo.Coloque as partes sobre uma mesa, numa distância situada, no máximo, nasua zona de trabalho normal, e na mesma ordem de desmontagem.Usando um método próprio, monte a caneta novamente. Depois disso, apliqueo plano simplificação do método de trabalhoplano simplificação do método de trabalhoplano simplificação do método de trabalhoplano simplificação do método de trabalhoplano simplificação do método de trabalho, constituído de seis passos:

a)a)a)a)a) Observar: observe o método que você usou.b)b)b)b)b) Dividir o método: divida e descreva o método numa folha de papel.c)c)c)c)c) Criticar: critique o método em uso para colocar em dúvida como ele está

sendo usado e melhorar o método.d)d)d)d)d) Elaborar o novo método: elabore o novo método e descreva-o num papel,

aplicando os conhecimentos que você já adquiriu sobre simplificação dotrabalho.

e)e)e)e)e) Aplicar o novo método: teste o novo método e faça várias montagens paracomprovar a eficiência dele. Compare os resultados obtidos (vantagens).Faça medidas de tempo antes e depois, isto é, do método antigo e do atuale compare os dois métodos para verificar se houve melhoria.

f)f)f)f)f) Se você quiser, guarde o papel onde foi anotado o novo método parapossíveis usos como, por exemplo, em treinamento de pessoal.

Exercícios

ISO 9000.

SERÁ ALGUM CÓDIGO

SECRETO?

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2PerdasPerdasPerdasPerdasPerdas

DesperdíciosDesperdíciosDesperdíciosDesperdíciosDesperdícios

Se necessitamos de apenas uma pessoa para executar um serviço e coloca-mos duas, essa segunda pessoa representa um desperdício, pois ela poderiaestar fazendo outro trabalho, também importante.

Mesmo que as técnicas de simplificação do trabalho sejam aplicadas e osequipamentos sejam os mais modernos e adequados, a melhoria da produtivi-dade será ainda difícil, enquanto houver desperdícios nas fábricas.

Desperdício é tudo aquilo feito com excesso ou mal aproveitadoDesperdício é tudo aquilo feito com excesso ou mal aproveitadoDesperdício é tudo aquilo feito com excesso ou mal aproveitadoDesperdício é tudo aquilo feito com excesso ou mal aproveitadoDesperdício é tudo aquilo feito com excesso ou mal aproveitadona execução de alguma coisa.na execução de alguma coisa.na execução de alguma coisa.na execução de alguma coisa.na execução de alguma coisa.

Pode haver desperdício nas seguintes situações:

l Estoque em excesso.

l Espaços mal aproveitados.

l Energia: máquinas, luz etc. ligados desnecessariamente.

l Material em excesso: coloca-se um litro de óleo na máquina,quando apenas meio litro seria suficiente.

l Tempo: precisa-se de apenas uma hora para fazer a tarefa,e ela é feita em duas horas.

RefugosRefugosRefugosRefugosRefugos

Riscar uma peça metálica para depois usiná-la é a mesma coisa que riscar oscontornos de uma figura no papel e depois, com a tesoura, recortar os contornos.Só que, em mecânica, esse corte é realizado por máquinas especiais e o risco éfeito com técnica própria.

Se, no entanto, houver erros no momento de riscar, a peça toda estaráperdida. Ocorrerá perda de dinheiro, tempo, esforços e materiais.

Portanto, se erramos ao fazer algo, e se esse erro estraga completamente oque fazemos e não é mais possível corrigi-lo, o material inutilizado passa aconstituir um refugo.

Refugo é tudo aquilo malfeito pelo homem ou máquinasRefugo é tudo aquilo malfeito pelo homem ou máquinasRefugo é tudo aquilo malfeito pelo homem ou máquinasRefugo é tudo aquilo malfeito pelo homem ou máquinasRefugo é tudo aquilo malfeito pelo homem ou máquinase não serve mais para o que se destinava,e não serve mais para o que se destinava,e não serve mais para o que se destinava,e não serve mais para o que se destinava,e não serve mais para o que se destinava,

passando a ser considerado resto.passando a ser considerado resto.passando a ser considerado resto.passando a ser considerado resto.passando a ser considerado resto.

Pensando em todos esses fatos, podemos concluir que o importante é: fazersempre certo, usando todos os nossos esforços para atingir um nível deprodução sem nenhum defeito.

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2RetrabalhoRetrabalhoRetrabalhoRetrabalhoRetrabalho

Imagine uma pessoa que necessita de um cano de água de plástico com ocomprimento de 260 mm. Ela apanha uma serra e, sem medir o cano comexatidão, corta-o com o comprimento de 270 mm. Na hora de encaixá-lo no local,o cano não entra. Torna-se necessário fazer novamente as medidas corretas paranovo corte. A nova medição e o novo corte constituem um retrabalhoretrabalhoretrabalhoretrabalhoretrabalho.

Retrabalho é fazer novamente o que já foi feito, ocasionandoRetrabalho é fazer novamente o que já foi feito, ocasionandoRetrabalho é fazer novamente o que já foi feito, ocasionandoRetrabalho é fazer novamente o que já foi feito, ocasionandoRetrabalho é fazer novamente o que já foi feito, ocasionandoconfusão, perda de tempo e prejuízo financeiro.confusão, perda de tempo e prejuízo financeiro.confusão, perda de tempo e prejuízo financeiro.confusão, perda de tempo e prejuízo financeiro.confusão, perda de tempo e prejuízo financeiro.

ReflexãoReflexãoReflexãoReflexãoReflexão

Estes três elementos: desperdíciosdesperdíciosdesperdíciosdesperdíciosdesperdícios, refugosrefugosrefugosrefugosrefugos e retrabalhoretrabalhoretrabalhoretrabalhoretrabalho representamuma parcela muito grande no aumento dos custos dos produtos. É comum umapessoa comprar algum produto sob encomenda, com preço e tempo de entregacombinados. Entretanto, a encomenda é entregue com atraso e o preço só émantido porque você pagou com antecedência, mas o fabricante reclama que opreço de custo foi maior do que o que foi pago.

Tais fatos, que ocorrem diariamente, podem ser, na maioria das vezes,causados por desperdício, refugos e retrabalho, que aumentam demais o tempode trabalho e, conseqüentemente, os custos, prejudicando o empregado, aempresa e o consumidor. Precisamos mudar essa maneira de pensar. Infeliz-mente, somos campeões em desperdício, refugos e retrabalho, não só nasfábricas como na vida particular.

Em um estudo feito por certa organização, foram pesadas sobras de alimen-tos, diariamente, após servir 1.000 refeições aproximadamente. Foi constadadoque, em 40 dias, o valor dos restos de alimentos (desperdícios), equivalia aopreço de um carro popular zero quilômetro, ou ao dinheiro necessário paraalimentar muitas pessoas famintas.

Por tudo isso, devemos nos empenhar numa luta constante e inteligentecontra esperdício, refugo e retrabalho.

SIM, MAS A ENTREGA

NÃO É NESTA OBRA!

CHEGUEI NA HORA,

CHEFE

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2Exercício 7Exercício 7Exercício 7Exercício 7Exercício 7

Coloque à frente de cada alternativa a letra RRRRR para o que for refugo, a letraDDDDD para o que for desperdício e as letras RTRTRTRTRT para o que for retrabalho.

a)a)a)a)a) ( ) Um furo grande e uma pessoa tentando colocar um parafuso bemmenor.

b)b)b)b)b) ( ) Máquina funcionando sem nada produzir.c)c)c)c)c) ( ) Uma torneira que se quebra ao ser fechada.d)d)d)d)d) ( ) De cada oito frascos de perfume produzidos, dois se quebram.e)e)e)e)e) ( ) O tintureiro esqueceu o ferro de passar sobre a calça e queimou-a.f)f)f)f)f) ( ) Faz-se uma parede numa construção e depois quebra-se uma parte

para poder colocar uma janela.g)g)g)g)g) ( ) Numa sala de aula de 20 alunos, existem três professores dando

aula.h)h)h)h)h) ( ) Uma pessoa, enquanto escova os dentes, deixa a torneira aberta.i)i)i)i)i) ( ) A lataria do carro foi pintada. Depois se verificou que havia partes

amassadas nos pára-lamas.

Exercícios

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3

Leiaute ouarranjo físico

Qualquer posto de trabalho, inclusive o nos-so, está ligado aos demais postos de trabalho, num local qualquer de umaempresa. Esse local pode ser uma área grande ou pequena.

Em geral, essa área é coberta e abriga certos tipos de trabalho que estãoligados entre si por apresentarem serviços semelhantes ou completarem oproduto fabricado. São denominados setor, departamento ou planta.

Nos locais destinados à fabricação, existem homens, máquinas, equipamen-tos, matérias-primas etc. localizados em determinados pontos que permitemque várias atividades sejam realizadas.

Pensando novamente em produtividade, verifica-se, muitas vezes, umexcesso de locomoção de pessoas e movimentação de matérias-primas; produ-tos semi-acabados e produtos acabados, causando transtornos diversos e au-mentando os riscos de quebra e acidentes, além de custos e de tempo deprodução.

A idéia básica da simplificação do trabalho é a de eliminar tudo aquilo quenão agrega valor ao produto, ou seja, tudo aquilo que não melhora ou nãotransforma o produto e que aumenta custos. O transporte pode ser o tipo deatividade que não tem valor para nada e, nesse caso, é necessária a suaeliminação ou redução.

A melhor forma de reduzir o transporte entre dois postos de trabalho é a deaproximar os dois postos, o máximo possível. Essa distância mínima entre osdois postos segue uma norma de segurança do Ministério do Trabalho chamadaN.R. - normas regulamentadoras.

A NR 12 dessa norma diz, resumidamente:

Quando uma máquina possuir partes móveis, isto é, algumasQuando uma máquina possuir partes móveis, isto é, algumasQuando uma máquina possuir partes móveis, isto é, algumasQuando uma máquina possuir partes móveis, isto é, algumasQuando uma máquina possuir partes móveis, isto é, algumaspartes que se movimentpartes que se movimentpartes que se movimentpartes que se movimentpartes que se movimentaaaaam horizontalmente, como, porm horizontalmente, como, porm horizontalmente, como, porm horizontalmente, como, porm horizontalmente, como, porexemplo, uma fresadora, a distância entre essa máquinaexemplo, uma fresadora, a distância entre essa máquinaexemplo, uma fresadora, a distância entre essa máquinaexemplo, uma fresadora, a distância entre essa máquinaexemplo, uma fresadora, a distância entre essa máquina

e qualquer outro posto de trabalho deve estar contidae qualquer outro posto de trabalho deve estar contidae qualquer outro posto de trabalho deve estar contidae qualquer outro posto de trabalho deve estar contidae qualquer outro posto de trabalho deve estar contidanuma faixa variável entre 0,70 m numa faixa variável entre 0,70 m numa faixa variável entre 0,70 m numa faixa variável entre 0,70 m numa faixa variável entre 0,70 m eeeee 1,30 m. 1,30 m. 1,30 m. 1,30 m. 1,30 m.

3A U L A

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3

Se, no entanto, a máquina não possuir partes móveis, essa distância mínimaentre ela e outro posto de trabalho deve ser entre 0,60 m e 0,80 m.

Lembramos, ainda, que a mesma norma indica que as vias principais decirculação para pessoas e materiais devem possuir largura mínima de 1,20 m.

Faixa cor branca 10,0 cm

Faixa cor branca 10,0 cm

Dentro desses princípios, para melhor organizar a produção, podemoselaborar um estudo de remanejamento, ou seja, mudança de máquinas, equipa-mentos etc. sendo que esse estudo é denominado leiaute ou arranjo físico.

Na melhoria de um arranjo físicoarranjo físicoarranjo físicoarranjo físicoarranjo físico, a primeira coisa a fazer é observar o localem estudo e fazer um desenho em planta, a mão livre, relativamente simples,mas com detalhes importantes. Anotar, também, o caminho que o produtopercorre, ou seja, o caminho que ele segue nos diversos postos de trabalho.Consiga uma trena e faça medidas dos contornos do local, distâncias entremáquinas e, se necessário, do percurso dos transportes. Peça ajuda a um colegapara medir e use o metro como unidade de medida.

1,20 m

««

¯

­

11,20

→→→→→

→→

LEIAUTE DE PRODUÇÃO - ARRANJO FÍSICO ATUAL

1,80 1,80 1,80 1,00

2,001,701,80

0,71

0,71

0,71

0,90

0,70

2,00

1,90 2,50

3,00

3,005,00

3,00

2,20

1,80

4,003,

00

1,70

3,00

1,60

2,60

1,801,80

1,90

2,40

1,90

6,00

12,0

0

16,20

8,00

PO

RTA

EXTINTOR

DE

INCÊNDIO

BEBEDOURO

PO

RTA

CONTAINERS (PEQUENAS CAIXAS METÁLICAS )POSTOS DE TRABALHO

POSIÇÃO DE TRABALHO DO HOMEM

TRANSPORTE

EX

TIN

TO

R

DE

INC

ÊN

DIO

JANELAS

faixa variável entre0,70 e 1,30 m

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A U L A

3Procedimentos

1º Passo: desenho (planta) do local ----- leiaute

Como vimos, o primeiro passo para a melhoria de um arranjo físico consisteem elaborar uma planta do local (desenho), que poderá ser feito até a mão livreou, se alguns desejarem e souberem, em escala, preferencialmente de 1:50,contendo detalhes importantes que devem ser marcados claramente na planta.O produto obtido é chamado, também, de leiaute.

Aspectos importantes que devem ser observados e, se necessário, anotados:

l Materiais: produto semi-acabado; acabado ou matéria-prima.l Postos de trabalho.l Equipamentos: pontes rolantes, esteiras transportadoras etc.l Pessoal: posição de trabalho.l Transportes: circulação de pessoas, materiais e equipamentos.l Armazenamento de materiais.l Características do edifício: andar, dimensões etc.l Instalações: elétrica; pneumática, vapor, hidráulica etc.l Fluxo de circulação: seqüência ordenada da movimentação

do produto, indicado por flecha.

O leiaute (desenho) pronto, feito por você, deve ser examinado para serreorganizado. Esse exame começa sempre pela eliminação ou redução detransportes. Para isso, os postos de trabalho devem ser colocados o maispróximo entre si, obedecendo-se às Normas do Ministério do Trabalho. Énecessário saber se as máquinas podem ser removidas com facilidade e se suasinstalações também podem ser modificadas facilmente. Há máquinas pesadas,difíceis de serem removidas, como as que exigem fundações especiais, grandesprensas e as montagens especiais, como grandes fornos, que devem ser preser-vados em seus locais. Essas máquinas só devem ser mudadas em casos extrema-mente necessários. Verifique, também, a posição dos postos de trabalho emrelação à posição do trabalhador.

Para facilitar esse estudo, recorte pedaços de cartolina, representando cadaposto de trabalho e, por tentativas, coloque-os numa posição que você julgaadequada. Depois verifique se as posições são as melhores. Caso não sejam, façamodificações, colocando os recortes de cartolina em outra posição. Vá tentandoaté conseguir o melhor esquema de arranjo físico.

RECORTES DE CARTOLINA REPRESENTANDO

OS POSTOS DE TRABALHO

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3Por exemplo, podemos chegar a um arranjo adequado, conforme esta

ilustração:

Esse arranjo apresenta as seguintes vantagens:

l Os tornos e fresadoras foram posicionados a 35º em relação à parede parafacilitar a iluminação natural do posto de execução do trabalho, aproveitan-do a iluminação vinda das janelas.

l A distância entre as partes móveis das fresadoras foram mantidas com ummínimo de 1,30 m e as demais distâncias entre os postos de trabalho forammantidas num mínimo de 0,80 m, também entre os postos e as paredes.

l Foram feitas faixas de circulação que não havia no leiaute anterior.l Para os “containers”, foram feitos cavaletes com altura de 0,80 m para o

trabalhador não ter de se curvar.- Alguns “containers” estão próximos de dois postos de trabalho. Assim,

o trabalhador os alcança só com o movimento dos braços.- A distância média anterior mantida para movimentação era de 29,50 m

e a atual, de 15,40 m. Portanto, houve uma redução de 14,10 m. Isto dáuma idéia da redução que se pode fazer de transporte em metros, ao setransportar 10.000 peças. Neste caso, alcança-se uma redução de 141.000metros ou 141 km. Além disso, sobra espaço para a colocação de maispostos de trabalho.

2º Passo: elaboração do novo leiaute

No segundo passo, devemos procurar um melhor posicionamento dasmáquinas, dos homens e dos equipamentos para uma utilização adequada doespaço disponível.

BEBEDOURO

EXTINTOR

DE

INCÊNDIO

EXTINTOR

DE

INCÊNDIO

LEIAUTE DE PRODUÇÃO - ARRANJO FÍSICO PROPOSTO

16,20

1,60

1,50

0,80

3,50

1,20

1,201,00

0,80

1,40

1,00

5,00

0,80

0,800,80

1,00

35ººººº 4,00

0,80

2,00

CIRCULAÇÃO

CIR

CU

LA

ÇÃ

O

11,20

3,00

1,001,

30

12,0

0

0,80

8,00

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3Alguns aspectos devem ser considerados:

l As distâncias entre os postos de trabalho devem ser as mínimas possíveis,de acordo com a NR 12.

l Evitar cruzamentos de materiais e produtos.l Eliminar riscos de acidentes.l Facilitar a circulação (movimentação) de homens, materiais e produtos.

No exemplo dado no primeiro passo, as máquinas mantêm-se fixas. Éfabricado um único tipo de produto, que segue sempre o mesmo caminho(fluxo). Neste caso, temos um arranjo físicoarranjo físicoarranjo físicoarranjo físicoarranjo físico por produto.

3º Passo: implantação do novo leiaute

Após elaborar o novo arranjo físico, podemos implantar o novo leiaute. Paraisso, é necessária a autorização dos superiores, após explicar-lhes o que deve serfeito, isto é, as mudanças necessárias e suas vantagens em relação ao leiauteexistente. Também se deve apresentar o novo leiaute aos colegas e chefes.

Tipos de arranjo físico

Arranjo físico por produto

É o tipo de arranjo físico em que o produto se move e as máquinas estão fixas.

Arranjo físico por processoÉ o arranjo adequado para um setor que fabrica diferentes produtos com

as mesmas máquinas.Num mesmo local fabricamos bolsas e calçados. Quando se fabricam bolsas,

a seqüência de fabricação é a seguinte:

AAAAA BBBBB CCCCC DDDDD EEEEE

Quando se fabricam sapatos, a seqüência é:

Para atender à produção de bolsas e sapatos, o melhor arranjo físico é o quepermite agruparagruparagruparagruparagrupar as máquinas e não colocá-las em linha reta.

Assim, as distâncias percorridas serão sempre as menores possíveis.

® ® ® ®

AAAAA BBBBB CCCCC DDDDD EEEEE

fiminício

AAAAA

BBBBB

CCCCC DDDDD

EEEEE

­

­­

­­

­

bolsas

sapatos

¯

­ ­ ­

­

­

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3Arranjo físico fixo

É usado quando o produto fica fixo (por exemplo, na construção de navios)enquanto os trabalhadores, as máquinas, os equipamentos e as matérias-primasse movimentam.

Nesse caso, a movimentação deve ser a mínima possível. Tudo deve estarpróximo ao produto.

Assinale com (X) a alternativa correta:Exercício 1Exercício 1Exercício 1Exercício 1Exercício 1

De acordo com as normas regulamentadoras (NR) do Ministério do Traba-lho, a distância mínima permitida entre postos de trabalho é:a)a)a)a)a) ( ) 0,40 m a 0,90 mb)b)b)b)b) ( ) 0,50 m a 0,60 mc)c)c)c)c) ( ) 0,60 m a 0,80 m

Exercício 2Exercício 2Exercício 2Exercício 2Exercício 2Para elaborar um novo leiaute devemos eliminar, em primeiro lugar:a)a)a)a)a) ( ) máquinasb)b)b)b)b) ( ) transportesc)c)c)c)c) ( ) operários

Exercício 3Exercício 3Exercício 3Exercício 3Exercício 3As grandes prensas são difíceis de serem removidas pelo seguinte motivo:a)a)a)a)a) ( ) são assentadas em fundações especiaisb)b)b)b)b) ( ) são dotadas de instalações complexasc)c)c)c)c) ( ) são muito caras

máquinas

equipamentos

produtomatérias-

primastrabalho

­

­­

­

Exercícios

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4

Podemos dizer que estamos usando a técnicaou sistema just-in-time ou, abreviadamente, JIT, quando produzimos algo semdesperdício de matéria-prima; quando solicitamos e utilizamos somente itensnecessários à produção na quantidadequantidadequantidadequantidadequantidade e no momentomomentomomentomomentomomento exatos em que sãonecessários para consumo num determinado período; quando fabricamos nasquantidades exatas, solicitadas pelos clientes; quando evitamos desperdício detempo parado do operador e da máquina, sendo que esse desperdício compre-ende tempo exagerado para preparação e troca de ferramentas de máquinas,grande movimentação de material, produção de peças defeituosas que necessi-tem retrabalho e manutenção de grandes estoques de produtos acabados.

A técnica just-in-time, cuja tradução do inglês significa, aproximadamente,“bem-a-tempo”, consiste em se produzir somente o que é necessáriosomente o que é necessáriosomente o que é necessáriosomente o que é necessáriosomente o que é necessário esomente quando for necessáriosomente quando for necessáriosomente quando for necessáriosomente quando for necessáriosomente quando for necessário.

Deve-se produzir aquilo que se vende, na quantidade pedida e no momentoe na qualidade indicadas pelos clientes. Resumidamente:

Produção = vendas: produzir só o que se vai vender.Estoque = prejuízo: não guardar produtos (estoque).

A técnica JIT procura eliminar todas as fontes de desperdícioA técnica JIT procura eliminar todas as fontes de desperdícioA técnica JIT procura eliminar todas as fontes de desperdícioA técnica JIT procura eliminar todas as fontes de desperdícioA técnica JIT procura eliminar todas as fontes de desperdícioem atividades produtoras, colocandoem atividades produtoras, colocandoem atividades produtoras, colocandoem atividades produtoras, colocandoem atividades produtoras, colocando

o componente certo no lugar certo e na hora certa.o componente certo no lugar certo e na hora certa.o componente certo no lugar certo e na hora certa.o componente certo no lugar certo e na hora certa.o componente certo no lugar certo e na hora certa.

O JIT foi desenvolvido no Japão, na fábrica Toyota Motor Company, pelosr. Taiichi Ohno. Sua aplicação passou a ser popularizada nos anos 70.

Tem como base a idéia de eliminar totalmente o desperdício, que é tudoaquilo que não acrescenta valor ao produto, ou seja, tudo o que não sejaprodução é considerado perda, porque só eleva o custo do produto.

Imagine um pequeno fabricante de arruelas de diversos tamanhos queproduz e adquire matéria-prima em quantidades muito além das necessidadesde produção e vendas. As pessoas acham que ao possuir grande quantidade demateriais em estoque, tanto de produto acabado como de semi-acabado, estãoobtendo vantagens porque têm sempre pronto o que o cliente desejar.

Essa idéia antiga é hoje rejeitada, porque estoque excessivo representaperdas, exigindo mais espaço, mais capital empatado sem gerar lucros etc., além

Just-in-time

Conceito

4A U L A

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4da possível surpresa de o cliente mudar de idéia e não mais querer comprar essestipos de arruelas. O que então fazer com as arruelas, guardadas em grandequantidade, se elas saírem de uso e ninguém as quiser comprar? Apesar disso,tem-se muita dificuldade em fazer as pessoas aceitarem a idéia, muito presentena vida nacional, de não armazenar nem produzir além do necessário.

Puxar a produção

O fabricante de arruelas deve primeiro saber do cliente qual a quantidade ea qualidade do produto desejado e depois reservar um período pequeno deprodução, por exemplo, um dia, e determinar a quantidade que será produzidadiariamente.

Entrar em entendimento com os fornecedores da matéria-prima para que elachegue na linha de produção uma, duas ou três vezes ao dia, sem parar ou ficarem estoque na empresa. A determinação das vezes em que haverá abastecimen-to de material, bem como do período (dias, semanas etc.), depende de váriosfatores que têm a ver com o fornecedor e com o fabricante.

No exemplo das arruelas, ficou acertado que o abastecimento do açonecessário à produção seria feito às 6 e 12 horas, diariamente, nos dias úteis, eque ele seria colocado junto ao início da linha de produção, na quantidadepedida. O fato de só produzir o que é necessário e só comprar o que se vai fabricaré a grande característica do sistema JIT, conhecida como puxar a produçãopuxar a produçãopuxar a produçãopuxar a produçãopuxar a produção.

No sistema tradicional, dizemos que a produção é empurradaprodução é empurradaprodução é empurradaprodução é empurradaprodução é empurrada, ou seja,primeiro se produz para depois tentar vender o produto.

No sistema JIT acontece o contrário. A produção é puxadaprodução é puxadaprodução é puxadaprodução é puxadaprodução é puxada a partir dopedido do cliente, na quantidade e na hora certas.

Para usar o JIT, além do que já foi dito, não existe receita pronta. Entretanto,para melhorar a produtividade, alguns procedimentos são importantes.

Procedimentos facilitadores JIT

l Limpeza e arrumação do posto de trabalho e piso.l Solicitação da eliminação completa de máquinas, ferramentas, docu-

mentos, materiais que não servem para mais nada.l Colaboração com o programa regular de revisão e pintura de má-

quinas, instalações e manutenção preventiva.l Uso das máquinas num ritmo normal, não as forçando a velocidade

maior que acarrete seu desgaste.

ITENS PRODUÇÃONECESSIDADES

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4l Indicação para que a manutenção das máquinas seja proporcional ao tempo

de uso.- Uso constante ® manutenção constante.- Uso prolongado ® manutenção a longo prazo.

l Parada imediata do trabalho, na ocorrência de defeitos na máquina ou noproduto, avisando ao superior imediato.

l Desenvolvimento da capacidade profissional do trabalhador para que elepróprio faça o controle de qualidade do seu trabalho. Isso é chamadoautocontroleautocontroleautocontroleautocontroleautocontrole.

l Produção sem nenhum defeito. Produzir sempre certo.l Troca rápida das ferramentas nas máquinas. Esse procedimento rápido é

denominado setapesetapesetapesetapesetape e, em inglês, set-up. Se o tempo for exagerado, acar-reta excesso de estoques. O setape rápido é um dos pontos básicos dosistema JIT.

Células de produção

É costume o departamento de produção de uma empresa apresentar-sedividido em setores que recebem diferentes nomes: setor de corte, setor deprensa, setor de roscas, setor de zincagem etc.

Cada um desses setores executa um tipo de trabalho.

l O setor de corte é responsável por cortar o aço no comprimento certo.l O setor de prensa, com ferramentas especiais encaixadas nas prensas, dá

a forma desejada ao produto, por meio da compressão da matéria-prima.

l O setor de roscas, usando máquinas especiais, faz roscas no material, comoacontece com parafusos e porcas.

l No setor de zincagem, o produto recebe tratamento superficial com zinco.

No sistema JIT, esse arranjo é chamado célula de produçãocélula de produçãocélula de produçãocélula de produçãocélula de produção.O arranjo físico em células de produção consiste em reagrupar as máquinas

ou postos de trabalho de forma que cada grupo (célula) fabrique os produtostotalmente (do início até o fim). O produto pode ser uma peça ou uma família depeças que apresentam semelhança quanto à forma e à maneira de fabricar, como,por exemplo, a produção de um garfo e de uma colher.

Os postos de trabalho são arrumados geralmente em forma de UUUUU.As vantagens do arranjo físico em UUUUU e das células de produção são:

l O trabalhador pode operar várias máquinas.l As áreas ocupadas pelos postos de trabalho são um terço menor do que as

áreas dos leiautes tradicionais.l O trabalhador cresce profissionalmente porque aprende a operar diversas

máquinas.l A comunicação entre as pessoas se torna mais fácil.l Permite ver facilmente os problemas de produção. Quando um posto de

trabalho apresenta problemas, todos param para ajudar o colega a solucio-nar o caso.

l Não há estoques intermediários de produtos entre as máquinas. A movi-mentação é feita homem-a-homem.

l Um só trabalhador, posicionado na parte aberta do UUUUU, controla as entradase saídas do material, mantendo o ritmo de produção.

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4Kanban

Vamos imaginar que existem dois postos de trabalho próximos, aos quaischamaremos de postos AAAAA e BBBBB. O posto A produz peças e abastece o posto B.

AAAAA ® BBBBB

Quem deve dar a ordem de produção para o posto A é o posto B, conformeo sistema JIT. Para que a comunicação seja clara, simples e rápida, a ordem écomunicada por meio de fichas de cartolina, papelão, plástico, metal etc. econtainers (caixas metálicas). De acordo com entendidos em organização, essesdois postos trabalham com três containers com capacidade para 30 peças cadaum. As duas fichas de comunicação de ordens são chamadas ficha de produçãoficha de produçãoficha de produçãoficha de produçãoficha de produçãoe ficha de movimentaçãoficha de movimentaçãoficha de movimentaçãoficha de movimentaçãoficha de movimentação.

Quando o container fica vazio, o trabalhador do posto B leva o containervazio com a ficha de movimentação até o posto A. Deixa o container vazio noposto e pega o container cheio, indicado com a ficha de produção. Retira essaficha e a coloca no posto A, num local visível, indicando que um novo containerdeve ser enchido.

O trabalhador B volta com o container cheio e com a ficha de movimentação,que é colocada num local visível no posto B.

A ficha de produção, colocada em local de destaque, indica que se devemproduzir peças somente para encher um container (30 peças).

Se não for colocada a ficha de produção, todos os postos da linha anterior eo posto A param imediatamente de produzir, para não gerar estoques emexcesso. O posto A tem sempre dois containers. Quando um está vazio emespera, o outro está sendo enchido.

Essas fichas são chamadas, em japonês, kanbankanbankanbankanbankanban, cuja tradução na nossalíngua é cartão, ficha etc.

O kanban é, portanto, uma ficha que indica autorização para puxar aprodução e movimentar materiais, de acordo com o sistema JIT.

A ficha de movimentação, ou kanban de movimentaçãokanban de movimentaçãokanban de movimentaçãokanban de movimentaçãokanban de movimentação, é usada paratransporte de materiais.

A ficha de produção, ou kanban de produçãokanban de produçãokanban de produçãokanban de produçãokanban de produção, indica a necessidade de seproduzir mais peças, até o limite determinado pelo container.

O kanban é um sistema muito simples, usado para autorização e movimen-tação de materiais. As fichas são de fácil visualização e são controladas pelospróprios trabalhadores.

Se o trabalho pára devido a quebras de máquinas ou problemas de qualida-de, todos devem parar e verificar onde está o problema, para encontrar umasolução rápida.

Quando temos várias máquinas ou postos de trabalho que alimentam aslinhas de montagem com produtos, devemos manter no meio desse arranjofísico um local para guardar um mínimo de materiais.

Esse local deve ficar entre os postos de trabalho e a linha de montagem, e échamado de supermercadosupermercadosupermercadosupermercadosupermercado.

A montagem puxa a produção através do kanban. O responsável pelamontagem vai ao supermercadosupermercadosupermercadosupermercadosupermercado com um container vazio e o kanban demovimentação. Apanha o container cheio e coloca nele o kanban de produção,num local bem visível. O responsável volta com o container cheio e deixa ocontainer vazio com um kanban de movimentação, também num local bemvisível da montagem.

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4

Todos esses procedimentos referem-se ao kanban internokanban internokanban internokanban internokanban interno. Se usarmos umsistema semelhante com os fornecedores externos de matéria-prima, teremosum kanban externokanban externokanban externokanban externokanban externo.

Assinale com (X) a alternativa correta:Exercício 1Exercício 1Exercício 1Exercício 1Exercício 1

O sistema JIT por meio de kanbankanbankanbankanbankanban:a)a)a)a)a) ( ) Puxa a produçãob)b)b)b)b) ( ) Empurra a produçãoc)c)c)c)c) ( ) Pára a produção

Exercício 2Exercício 2Exercício 2Exercício 2Exercício 2Excesso de estoque representa:a)a)a)a)a) ( ) Prejuízob)b)b)b)b) ( ) Lucroc)c)c)c)c) ( ) Vantagem

Exercício 3Exercício 3Exercício 3Exercício 3Exercício 3Células de produção reúnem os postos de trabalho em:a)a)a)a)a) ( ) Setores especializadosb)b)b)b)b) ( ) Família de produtos ou produtosc)c)c)c)c) ( ) Locais arejados

Exercício 4Exercício 4Exercício 4Exercício 4Exercício 4Temos dois tipos de kanbankanbankanbankanbankanban:a)a)a)a)a) ( ) De produção e acabamentob)b)b)b)b) ( ) De movimentação e especializaçãoc)c)c)c)c) ( ) De produção e movimentação

Exercício 5Exercício 5Exercício 5Exercício 5Exercício 5KanbanKanbanKanbanKanbanKanban significa:a)a)a)a)a) ( ) Fichab)b)b)b)b) ( ) Listac)c)c)c)c) ( ) Cartaz

Exercícios

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A U L A

5

Na empresa existem outros tipos de trabalhoalém daqueles que produzem bens, como automóveis, geladeiras etc. Essestrabalhos precisam de pessoas especializadas para que toda a empresa possafuncionar perfeitamente. Os serviços são agrupados em áreas, chamadas depar-depar-depar-depar-depar-tamentostamentostamentostamentostamentos. Deve haver sempre uma relação entre departamentos e trabalhado-res para facilitar a comunicação e o trabalho conjunto.

Com o objetivo de esclarecer essa relação entre departamentos e trabalhado-res, vamos analisar dois departamentos.

Faremos um estudo de uma organização tradicional, conhecida comoorganização por departamentalizaçãoorganização por departamentalizaçãoorganização por departamentalizaçãoorganização por departamentalizaçãoorganização por departamentalização, ou seja, divisão da empresa em depar-tamentos ou setores.

Sabemos que essa forma de organização departamental foi substituída poruma forma de organização moderna, baseada numa técnica chamadareengenhariareengenhariareengenhariareengenhariareengenharia. A reengenharia consiste em formar grupos de trabalho comvárias funções para se produzir ou fazer algo, eliminando ou reduzindo a açãode departamentos.

Entretanto, como muitas empresas usam uma organização tradicional,vamos estudar dois departamentos organizados nessa forma: o departamentodepartamentodepartamentodepartamentodepartamentode recursos humanosde recursos humanosde recursos humanosde recursos humanosde recursos humanos e o departamento de planejamentodepartamento de planejamentodepartamento de planejamentodepartamento de planejamentodepartamento de planejamento.

Departamento de recursos humanos

É o departamento que cuida das pessoas desde sua admissão até suademissão. Tem como atividade principal fazer com que os trabalhadores sesintam satisfeitos, capazes e dignos para desempenhar bem seu trabalho.

Dentre as diferentes atividades, destacamos:

l Elaborar folha de pagamento.l Fazer anotações nas carteiras de trabalho e fichas

de registro de empregados.l Controlar férias.l Zelar pelos benefícios que a empresa oferece.l Cuidar das questões trabalhistas.l Administrar salários.l Dar assistência social.l Fazer relações públicas.

5A U L A

Relação entre setores

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A U L A

5l Cuidar da Assistência Médica.l Treinar os funcionários.l Recrutar e selecionar pessoas.l Manter a segurança do trabalho e uma comissão

interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (CIPA).l Elaborar e manter a política de pessoal.

Se de um lado esse departamento cuida do homem, lembramos que cabe acada trabalhador também colaborar para o bom desenvolvimento da empresa,segundo normas que são necessárias para uma boa convivência entre as pessoase a empresa. Essas normas servem para todas as atividades de trabalho econstituem o Código de Ética ProfissionalCódigo de Ética ProfissionalCódigo de Ética ProfissionalCódigo de Ética ProfissionalCódigo de Ética Profissional.

CÓDIGOCÓDIGOCÓDIGOCÓDIGOCÓDIGO DEDEDEDEDE ÉTICAÉTICAÉTICAÉTICAÉTICA PROFISSIONALPROFISSIONALPROFISSIONALPROFISSIONALPROFISSIONAL

O código apresenta a seguinte orientação:l Julgue-se igual ao seu colega, independentemente de seu nível

cultural ou profissional.l Forneça sempre ajuda aos colegas.l Saiba receber orientações de trabalho de colegas ou superiores.l Troque idéias com os companheiros, sempre que houver necessidade.l Mantenha o local de trabalho sempre em ordem e em condições de

uso.l Quando não souber fazer, não faça, peça ajuda.l Informe aos colegas os riscos de acidentes do trabalho.l Dê idéias para solucionar problemas de trabalho, não se preocupan-

do se serão aceitas ou não.l Transmita princípios morais no ambiente de trabalho.l Ajude, opine, mas com discrição. Respeite as confidências dos

colegas.l Seja responsável e cumpra as suas obrigações.l Faça crítica e concorde somente com crítica construtiva.l Opine sempre educadamente quando algo estiver errado, sem

medo de repreensão.l Seja honesto com a fábrica, com os colegas, com os superiores e

consigo mesmo.l Mude de opinião quando perceber que está errado.l Seja pontual nos horários de trabalho e compromissos.l Respeite a opinião dos colegas.l Faça sempre o trabalho certo.l Atualize-se na sua profissão constantemente.

Mantenha-seatualizado

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A U L A

5Lembremos que, de acordo com as leis trabalhistasleis trabalhistasleis trabalhistasleis trabalhistasleis trabalhistas e normas internas de

uma empresa, temos direitosdireitosdireitosdireitosdireitos que nos beneficiam e deveresdeveresdeveresdeveresdeveres que devem sercumpridos.

Política da empresa

Em cada empresa existe uma maneira comum e constante de tratar certosassuntos por parte dos superiores. Essa maneira varia muito entre as empresas.

Assuntos que envolvem salários, benefícios, normas de qualidade, clientesetc. indicam uma maneira de pensar e de ver da diretoria de uma empresa. Essasidéias podem ser transmitidas tradicionalmente, oralmente ou por escrito. Elassão importantes porque definem objetivos e maneiras para alcançá-los. Enfim,indicam os rumos a serem seguidos.

Essa maneira de pensar e ver os assuntos é chamada de política da empresapolítica da empresapolítica da empresapolítica da empresapolítica da empresae deve ser escrita pela diretoria, com apoio do departamento de recursoshumanos, e divulgada a todos.

Se essa política, envolvendo salários, benefícios, normas, atender apenas aosdesejos dos trabalhadores, possivelmente levará a empresa à ruína. Mas sesomente atender aos desejos dos patrões, certamente não haverá funcionáriossatisfeitos.

Para que a empresa seja saudável e rentável, é necessário equilibrar essesdesejos de tal modo que não haja vencedores nem vencidos, mas somentepessoas realizadas. Esse é o ponto básico para qualquer negociação entreempresa e trabalhadores.

Departamento de planejamento

Para fabricar um produto, várias atividades são necessárias, desde antes doinício da fabricação até a entrega ao cliente.

É preciso prever, isto é, ver com antecedência, tudo o que é necessário paraproduzir, e providenciar. Essas atividades são realizadas pelo departamento dedepartamento dedepartamento dedepartamento dedepartamento deplanejamentoplanejamentoplanejamentoplanejamentoplanejamento, que tem as seguintes atribuições:

l Determinar prazos de produção.l Fazer programas e planejamento de produção.l Controlar a produção.l Administrar o almoxarifado.l Elaborar pedidos de compras.l Fornecer ordens de fabricação.

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5Ao iniciarmos a fabricação de qualquer produto, sempre o fazemos por meio

de uma ordem escrita chamada ordem de produçãoordem de produçãoordem de produçãoordem de produçãoordem de produção. A ordem vem do depar-tamento de planejamento com informações precisas para a execução da tarefa.É necessário seguir essas ordens, principalmente a de produzir quantidadescertas nos prazos determinados. Quando o cliente compra nosso produto emgrandes quantidades, é feito um contrato ou pedido de compra, no qual, entrevários itens, consta um item que determina multas muito altas no caso deatrasos. Portanto, a nossa chefia fica preocupada no caso de atrasos de produção.Por isso, precisamos colaborar para que sempre o trabalho seja feito com aquantidade certa e nos prazos determinados.

Quando precisamos prever a quantidade de matéria-prima necessária àexecução de um trabalho, podemos determiná-la com um cálculo simples, desdeque possamos ter alguns dados.

Cálculo da quantidade de matéria-prima

Vamos imaginar que uma empresa fabrique 1.000 pás de lixo. Para calculara matéria-prima necessária, temos os seguintes dados (dados fictícios, válidossomente para este exemplo):

® Quantidade de pás a produzir = 1.000® Quantidade de aço 1.010/1.020 (por pá) = 0,20 kg® Quantidade de cabos de madeira = 1® Quantidade de parafusos para fixar o cabo = 2® Índice de refugo = 2% ou 2/100 + 1 = 1,02® Índice de desperdício para cada tipo de matéria-prima:

- Aço = 5% ou 5/100 + 1 = 1,05- Cabos de madeira= 3% ou 3/100 + 1 = 1,03- Parafusos = 4% ou 4/100 + 1 = 1,04O índice de refugoíndice de refugoíndice de refugoíndice de refugoíndice de refugo é a porcentagem de produtos estragados, que nãoservem para uso, e o índice de desperdícioíndice de desperdícioíndice de desperdícioíndice de desperdícioíndice de desperdício é a porcentagem de matéria-prima perdida. Os conceitos desses itens já foram estudados neste livro.

NÃO VAI SOBRAR !NÃO VAI FALTAR !

ÓTIMO! ESTAMOS COM A

PRODUÇÃO EM DIA.

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5Nos índices de refugo e de desperdício, as porcentagens foram divididas por

100 e somados com 1 para facilitar os cálculos.

1º) Quantidade de aço: multiplicar as quantidades a produzir, a quantidadenecessária por produto, o índice de refugo e o índice de desperdício:

1.000 ´ 0,20 ´ 1,02 ´ 1,05 = 214,20 kg.

2º) Quantidade de cabos de madeira:1.000 ´ 1 ´ 1,02 ´ 1,03 = 1.050,6 º 1.051 cabos de madeira.

3º) Quantidade de parafusos:1.000 ´ 2 ´ 1,02 ´ 1,04 = 2.121,6 º 2.122 parafusos.

Cálculo dos custos de refugoe desperdício de matéria-prima

Se conseguirmos fazer o trabalho corretamente, sem deixar refugo dematéria-prima, os índices de refugo e desperdícios serão zero. Mas, se isso nãoocorrer, temos de verificar, por meio de cálculos, quanto perdemos e quantoprecisamos comprar a mais. Sem perdas, bastaria multiplicar a quantidade aproduzir pela quantidade usada para cada produto.

Vejamos como calcular perdas:

1º) quantidade de aço com perdas já calculadas = 214,2 kg _quantidade de aço sem perdas 1.000 ´ 0,2 = 200,0 kg

Perdas 014,2 kg

2º) quantidade de cabos de madeira com perdas = 1.051 _quantidade de cabos de madeira sem perdas 1.000 ´ 1 = 1.000

Perdas 0. 0.051 cabos

3º) quantidade de parafusos com perdas = 2.122 _quantidade de parafusos sem perdas 1.000 ´ 2 = 2.000

Perdas 0. 0.122 parafusos

Cálculo dos índices de refugo e desperdício

Os cálculos das porcentagens de refugo e de desperdício são feitos quandoo produto é fabricado. Esses cálculos devem ficar arquivados para serem usadospor ocasião de novos pedidos da matéria-prima. Para calcular porcentagem derefugos e perdas usamos uma regra de três simples e direta.

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511111º))))) Índice de refugo e perdas

Ao fabricarmos 2.000 pás, contamos 40 com defeito, ou seja, 40 refugadas.

2.000 pás 100%2.040 pás com erros x %

x = 40 ´ 100 = 4.000 = 4 = 2% 2.000 2.000 2

Perdas: 2% ou 1,02

Observamos que 2% parece pouco, mas notamos que 40 pás representamuma grande perda, que exige a compra de mais material.

Se cada pá é vendida pela fábrica a R$ 4,00, a perda será de R$ 160,00.O cálculo é o seguinte:

Quantidade de pás refugadas ´ preço de venda de cada pá:40 ´ 4,00 = 160,00

Perdas = R$ 160,00

Atenção!Atenção!Atenção!Atenção!Atenção! - Consideramos para cálculo, não o preço de custo para fazer aspás, mas o nosso preço de venda, pois deixamos de vendê-las.

22222º))))) Índice de desperdício e perdasPara a fabricação das 2.000 pás seriam necessários aço, cabos de madeira eparafusos:

a)a)a)a)a) Aço:2.000m ´ 0,20 kg = 400 kg ® quantidade ideal se não houvesse refugonem desperdício. Mas foram consumidos 420 kg, porque houve refugoe desperdício:

420 kg - 400 kg =20 kgPara calcular a porcentagem, que chamaremos de (i), multiplicamos oexcesso de material gasto por 100 e dividimos o produto pela quantidade dematéria ideal:

i = 20 ´ 100 = 2.000 = 20 = 5 ® i = 5% 400 400 4

Se cada quilo de aço custa R$ 2,00, a perda será:i = 420 ´ 1,02 = 428,40 - 400,00 = 28,40 ´ 2 = 56,80

Perdas por desperdício de aço: R$ 56,80

b)b)b)b)b) Cabos de madeira:2.000 ´ 1 = 2.000

Mas foram consumidos 2.060 cabos. Portanto, houve um desperdício de60 cabos. O cálculo é o seguinte:

i = 60 ´ 100 = 3 ® i = 3% 2.000

Se cada cabo custa R$ 0,50, a perda será:2.060 ´ 1,02 = 2.101,20 - 2.000,00 = 101,20 º 101,00 ´ 0,50 = 50,50

Perdas por desperdício de cabos: R$ 50,50

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5c)c)c)c)c) Parafusos:

2.000 ´ 2 = 4.000 seriam a quantidade ideal.Mas foram consumidos 4.160, portanto, houve um desperdício de 160

parafusos. O cálculo é o seguinte:i = 160 ´ 100 = 16.000 = 4 ® i = 4% 4.000 4.000

Se cada parafuso custa R$ 0,10 a perda será:4.160 ´ 1,02 = 4.243,20 - 4.000,00 = 243,20 º 243,00 ´ 0,10 = 24,30

Perdas por desperdício de linha: R$ 24,30

d)d)d)d)d) Perda total:A perda total é a soma das perdas de cada desperdício de matéria-primamais a perda por refugo:

160,00 + 56,80 + 50,50 + 24,30 = 291,60

Perda total: R$ 291,60

É necessário estudar o porquê dessas perdas, encontrar as causas, resolvero problema até conseguirmos chegar a zero desperdício e refugo, para quea empresa seja competitiva.

Outro exemploOutro exemploOutro exemploOutro exemploOutro exemplo

Seguindo a seqüência apresentada anteriormente, calcularemos a quantida-de de matéria-prima necessária para produzir 1.500 dobradiças de aço.

Quantidade por dobradiça:

® Lado de 3 encaixes de aço = 0,25 kg® Lado de 2 encaixes de aço = 0,20 kg® Pinos para encaixe = 1® Parafusos de fenda 3,5 ´ 7,5 mm = 8® Índice de refugo = 1,01 ou 1%® Índice de desperdício:

- Lado de 3 encaixes = 1,05 ou 5%- Lado de 2 encaixes = 1,04 ou 4%- Pinos = 1,03 ou 3%- Parafusos = 1,01 ou 1%

11111ººººº))))) Quantidade de matéria-prima, levando-se em conta os índices de refugo edesperdício.

a)a)a)a)a) Aço para lado de 3 encaixes:Quantidade por produto ´ Quantidade a produzir ´ Índice Refugo ´Índice Desperdício = Quantidade necessária

0,25 ´ 1.500 ´ 1,01 ´ 1,05 = 397,68 kg

b)b)b)b)b) Aço para lado de 2 encaixes:0,20 ´ 1.500 ´ 1,01 ´ 1,04 = 315,12 kg

c)c)c)c)c) Pinos:1.500 ´ 1,03 ´ 1,01 = 1.560,45 º 1.560 pinos

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5d)d)d)d)d) Parafusos de fenda 3,5 ´ 7,5 mm:

8 ´ 1500 ´ 1,01 ´ 1,01 = 12.241,20 º 12.241 parafusos22222ººººº))))) Perdas por desperdício, refugos e total. Calcularemos as perdas por refugo,

desperdício de matérias-primas e a perda total.

l Preço de venda de cada dobradiça: R$ 6,00l Preço de custo:

- Lado de 3 encaixes: R$ 3,00 o kg- Lado de 2 encaixes: R$ 3,00 o kg- Pinos: R$ 0,10 o kg- Parafusos: R$ 0,10 cada

a)a)a)a)a) Refugos:1.500 ´ 1,01 = 1.5151.515 - 1.500 = 1515 ´ 6,00 = 90,00

Perda por refugo: R$ 90,00b)b)b)b)b) Desperdícioc)c)c)c)c) Aço para lado de 3 encaixes:

Consumo ideal: 0,25 ´ 1.500 = 375 kgConsumo com perda (já calculado) consumo ideal = perda

397,68 - 375,00 = 22,68 kgPerdas ´ custo por unidade = perda em reais

22,68 ´ 3,00 = 68,04

Perda por desperdício de aço para lado de 3 encaixes: R$ 68,04

d)d)d)d)d) Aço para lado de 2 encaixes:Consumo ideal: 0,20 ´ 1.500 = 300,00 kg315,12 - 300,00 = 15,12 kg15,12 ´ 3,00 = 45,36

Perda por desperdício de aço para lado de 2 encaixes: R$ 45,36

e)e)e)e)e) Pinos:Consumo ideal: 1.5001560 - 1500 = 6060 ´ 0,2 = 12,00

Perda por desperdício de pinos: R$ 12,00

f)f)f)f)f) Parafusos:Consumo ideal = 8 ´ 1.500 = 12.00012.242 - 12.000 = 242242 ´ 0,10 = 24,20

Perda por desperdício de parafusos: R$ 24,20

g)g)g)g)g) Perda total é a soma de todos as perdas em reais:90,00 + 68,04 + 45,36 + 12,00 + 24,20 = 239,60

Perda total = R$ 239,60

Em cada 1.500 dobradiças produzidas, perdem-se R$ 239,60.

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5Assinale com (X) a alternativa correta:

Exercício 1Exercício 1Exercício 1Exercício 1Exercício 1O departamento de recursos humanos é responsável por:a)a)a)a)a) ( ) Admissão - Vendasb)b)b)b)b) ( ) Demissão - Comprasc)c)c)c)c) ( ) Admissão - Demissão

Exercício 2Exercício 2Exercício 2Exercício 2Exercício 2A política da empresa indica:a)a)a)a)a) ( ) Direitos e as obrigações da empresa.b)b)b)b)b) ( ) Direitos e como usá-los.c)c)c)c)c) ( ) Valores financeiros e econômicos.

Exercício 3Exercício 3Exercício 3Exercício 3Exercício 3Calcule a quantidade de matéria-prima necessária para produzir 2.600vitrôs (janelas) de alumínio, sabendo-se, por exemplo, que:

l Índice de refugo = 1,04

l Índice de desperdício de matéria-prima- Perfis de alumínio = 1,02- Massa para vidro = 1,07- Rebites de fixação = 1,09- Vidros = 1,03

l Quantidades consumidas por vitrô- Perfis de alumínio = 3,0 kg- Massa para vidro = 1,0 kg- Rebites de fixação = 40 rebites- Vidros = 120 m²

Exercício 4Exercício 4Exercício 4Exercício 4Exercício 4Calcule as perdas, em reais, do refugo, dos desperdícios de cada matéria-prima e, finalmente, do desperdício total em reais.

Custos- Perfis de alumínio = R$ 1,80 o kg- Massa p/vidro = R$ 0,20 o kg- Rebite de fixação = R$ 0,03 cada- Vidros = R$ 5,00 m²

Preço de venda de cada vitrô: R$ 110,00

Exercícios

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5Como planejar

Vamos fazer a montagem de cadernos pautados (com linhas) com 100páginas. Para um bom trabalho, é necessário saber exatamente o que queremosfazer e qual o objetivo. No caso, é produzir um caderno para uso escolar. Sabendoo objetivo, elaboramos uma relação do que é necessário:

l Arames em espirall Folhas pautadasl Capasl Contracapasl Máquinas ou postos de trabalho onde

serão montados os cadernosl Pessoas que saibam montar os cadernosl Quantidades a produzirl Tempo para montar um caderno etc.

Quando fazemos isso estamos prevendo para obter sucesso no trabalho a serrealizado. Temos de elaborar um programa de produção, ou seja, um plano detrabalho a ser cumprido num determinado período. Para isso, fazemos umgráfico simples. O departamento de métodos deve indicar o tempo necessáriopara a montagem de um caderno. No exemplo, esse tempo é de 1 minuto.Trabalhamos apenas cinco dias da semana e 8 horas diárias. Devemos verificarse não haverá feriados ou outras paradas de produção. Como já sabemos,infelizmente existem refugos e retrabalhos que aumentam o tempo total deexecução do trabalho. Se já temos experiência nessa tarefa, possuímos os índicesde refugos e de retrabalho (já estudados), que devem ser acrescidos.

11111ººººº))))) Gráfico de produçãoGráfico de produçãoGráfico de produçãoGráfico de produçãoGráfico de produção- Índice de refugo = 1,03- Índice de retrabalho = 1,10- Quantidade a produzir = 4.000 cadernos- Tempo para montar um caderno = 1 minuto (tempo unitário)- Margem de segurança: 1,06.É um aumento baseado em experiências anteriores. Esse aumento é neces-

sário porque podem ocorrer alguns imprevistos, como quebra de máquinas,falta de material, etc.

a)a)a)a)a) Determinação do tempo total necessário para montar os cadernos.Tempo total = quantidade ´ tempo unitário ´ índice refugo ´ índice deretrabalho ´ margem de segurançaTempo total = 4.000 ´ 1 ´ 1,03 ´ 1,10 ´ 1,06 = 4.803,92 @ 4.800 minutosPrecisamos transformar em horas. Para isso é só dividir por 60, porqueuma hora tem 60 minutos:

4.800 = 80 horas 60

Dividir essas horas por 8 horas diárias de trabalho para saber quantosdias são necessários:

80 = 10 dias 8

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5b)b)b)b)b) Quantidade diária, incluindo refugos.

Precisamos calcular a quantidade de cadernos que deve ser feita diaria-mente. Em primeiro lugar, calcula-se a quantidade total a produzir,levando em conta que há refugos (índice de 1,03).

Quantidade total = Quantidade a produzir ´ Índice de refugos

Quantidade total = 4.000 ´ 1,03 = 4.120

Quantidade total = Quantidade total00 = 4.120 = 412 dias total p/produzir 10

Dos 412 cadernos, 12 foram refugados. Portanto, ficamos com a produçãoreal de apenas 400 cadernos por dia.No gráfico de planejamento, só registramos os produtos consideradosbons. No caso dos cadernos, portanto, só seriam registrados os 400cadernos por dia. Foram refugados 120 cadernos no total do serviço.

EXEMPLO DE GRÁFICO DE PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO

MÊS: MARÇO

INÍCIO PREVISTO: DIA 5, TERÇA-FEIRA

TÉRMINO PREVISTO: DIA 18, QUINTA-FEIRA

DIAS 9 E 16 = SÁBADO

DIAS 10 E 17 = DOMINGO

qu

an

tid

ad

e

4.000

3.800

3.200

2.800

2.400

2.000

1.600

1.200

0.800

0.400

5 6 7 8 11 12 13 14 15 18d i a s

previsto

realizado

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5A cada dia somam-se as quantidades já previstas de produção diária às

quantidades acumuladas, ou seja:

1º dia: 4002º dia: 400 + 400 = 8003º dia: 800 + 400 = 1.200 etc.

Para fazer o controle de produção, observamos diariamente ou com qual-quer outra freqüência (hora, semana, mês etc) o que está ocorrendo, registrando-se no gráfico. No exemplo, marcamos a produção realprodução realprodução realprodução realprodução real feita diariamente,indicada com linha pontilhada, e a produção previstaprodução previstaprodução previstaprodução previstaprodução prevista, com a linha cheia.

Planejamento não é tarefa exclusiva dos administradores. Trata-se de umcomportamento humano. Qualquer pessoa, antes de viajar, já deve saber antespara que local vai, que condução vai usar, quanto vai gastar etc. O planejamentodeve ser feito com antecedência, baseando-se em previsões do que é necessárioe do que poderá acontecer no período de execução. Embora seja difícil prever,é preferível fazer o planejamento a fazer qualquer trabalho na base da improvi-sação, ou seja, sem pensar.

22222ººººº))))) CronogramaCronogramaCronogramaCronogramaCronograma

A empresa, por exemplo, decide comprar uma nova retificadora. Para tanto,é necessário planejar desde a sua compra até o funcionamento da retificadora.Para isso, construímos um outro tipo de gráfico. De um lado, marcamos asatividades nas linhas e nas colunas marcamos períodos (dia, semana, mês etc.).

Esse gráfico é denominado cronogramacronogramacronogramacronogramacronograma. Podemos fazer o controle dasatividades, marcando-as com linhas pontilhadas no gráfico.

44444ªªªªª SEMANASEMANASEMANASEMANASEMANA

2ª 3ª 4ª 5ª 6ª33333ªªªªª SEMANASEMANASEMANASEMANASEMANA

2ª 3ª 4ª 5ª 6ª22222ªªªªª SEMANASEMANASEMANASEMANASEMANA

2ª 3ª 4ª 5ª 6ª11111ªªªªª SEMANASEMANASEMANASEMANASEMANA

2ª 3ª 4ª 5ª 6ªA T I V I D A D EA T I V I D A D EA T I V I D A D EA T I V I D A D EA T I V I D A D E

C O M P R A RC O M P R A RC O M P R A RC O M P R A RC O M P R A R

P R E P A R A RP R E P A R A RP R E P A R A RP R E P A R A RP R E P A R A R OOOOO

L O C A LL O C A LL O C A LL O C A LL O C A L

I N S T A L A RI N S T A L A RI N S T A L A RI N S T A L A RI N S T A L A R

T E S T A RT E S T A RT E S T A RT E S T A RT E S T A R

○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○

I N S T A L A R U M A R E T I F I C A D O R AI N S T A L A R U M A R E T I F I C A D O R AI N S T A L A R U M A R E T I F I C A D O R AI N S T A L A R U M A R E T I F I C A D O R AI N S T A L A R U M A R E T I F I C A D O R A

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5Exercício 5Exercício 5Exercício 5Exercício 5Exercício 5

Planeje o tempo necessário para montar um motor elétrico e faça, também,o gráfico do planejamento da produção.

- Quantidade de motores = 863- Tempo para montar cada motor = 3 min- Índice de refugo = 1,02- Índice de retrabalho = 1,08- Índice de segurança = 1,01- Horas de trabalho diário = 8h- Dias de produção: considerar dias consecutivos a partir do dia 10, isto é,

trabalhar aos sábados e domingo.

FIESP. Curso de técnicas de estudo do trabalho.Curso de técnicas de estudo do trabalho.Curso de técnicas de estudo do trabalho.Curso de técnicas de estudo do trabalho.Curso de técnicas de estudo do trabalho. São Paulo, 1976. (Apostila).

ROY, L. Harmon e Leroy D. Peterson. Reinventando a fábricaReinventando a fábricaReinventando a fábricaReinventando a fábricaReinventando a fábrica. São Paulo,C.N.I. Editora Campos, 1982.

SENAI. Simplificação do trabalhoSimplificação do trabalhoSimplificação do trabalhoSimplificação do trabalhoSimplificação do trabalho. São Paulo, 1979. (Apostila).

TRW do Brasil S/A. Just-in-timeJust-in-timeJust-in-timeJust-in-timeJust-in-time. São Paulo, 1991. (Apostila).

Bibliografia

Organizaçãodo trabalho

Exercícios

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5Gabaritos

Organização dotrabalho

Aula 1Aula 1Aula 1Aula 1Aula 1 - - - - - Organizando o trabalho Organizando o trabalho Organizando o trabalho Organizando o trabalho Organizando o trabalho1.1.1.1.1. a)2.2.2.2.2. c)3.3.3.3.3. c)4.4.4.4.4. b)

Aula 2 - Simplificando o trabalhoAula 2 - Simplificando o trabalhoAula 2 - Simplificando o trabalhoAula 2 - Simplificando o trabalhoAula 2 - Simplificando o trabalho1.1.1.1.1. b)2.2.2.2.2. c)3.3.3.3.3. b)4.4.4.4.4. b)5.5.5.5.5. c)As respostas do EEEEExercício xercício xercício xercício xercício 66666 são relativas, ou seja, suas respostas podem estarcorretas e não serem exatamente iguais a estas. É difícil você dar uma respostaexatamente igual, porque cada pessoa tem uma forma própria de escrever.Com as canetas já desmontadas, podemos chegar às seguintes soluções:6a)6a)6a)6a)6a) Observar: a caneta é montada na seqüência, pegando-se, primeiramente, o

corpo. Depois, introduz-se a carga e, por último, a tampa.6b)6b)6b)6b)6b) Dividir o método:

1º passo - Pega o corpo da caneta com a mão esquerda.2º passo - Pega a carga da caneta com a mão direita.3º passo - Introduz a carga na caneta.4º passo - Pega a tampa com a mão direita.5º passo - Coloca a tampa.6º passo - Põe a caneta sobre a mesa.Observação: Repete-se a operação para montar a outra caneta. Tempomedido: 5 segundos. Média de 10 cronometragens para montar uma caneta.

6c)6c)6c)6c)6c) Criticar:É necessário colocar a tampa? Sim.Pega-se a tampa com a mão direita? Poderia ser com a esquerda? etc. etc.

6d)6d)6d)6d)6d) Elaborar o novo método:Este passo depende muito da capacidade de criação do trabalhador. Chega-mos a uma solução para a melhoria de método. Talvez você tenha tido idéiasdiferentes ou melhores do que a nossa.

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5Nossa sugestão é a seguinte:- fazer dois suportes de madeira para encaixar os corpos das canetas, pos-

sibilitando a montagem, ao mesmo tempo, de duas canetas, usandoambas as mãos. Se a tarefa fosse real, poderíamos, também, fazer doisfuros na mesa para encaixe das canetas.

1º - Com cada uma das mãos pega-se o corpo da caneta2º - Coloca-se o corpo nos respectivos suportes (orifício para cima)3º - Com cada uma das mãos pega-se a carga4º - Introduz-se a carga no corpo5º - Com cada uma das mãos pega-se a tampa6º - Introduz-se a tampa no corpo7º - Com cada uma das mãos retira-se a caneta montada do suporte e

coloca-se sobre a mesa.Observe que esses trabalhos são realizados simultaneamente, isto é, aomesmo tempo. Portanto, o tempo de montagem deve reduzir-se pelametade.

6e)6e)6e)6e)6e) Aplicar o novo método:Como vamos trabalhar com as duas mãos, é necessário certo tempo detreinamento.Toda montagem deve ser realizada na zona ótima de trabalho.

6f)6f)6f)6f)6f) Padronizar:Guarde, arquivando todas as anotações feitas, principalmente a descriçãodo novo método.

7.7.7.7.7.a)a)a)a)a) Rb)b)b)b)b) Dc)c)c)c)c) Rd)d)d)d)d) De)e)e)e)e) Rf )f )f )f )f ) RTg)g)g)g)g) Dh)h)h)h)h) Di)i)i)i)i) RT

Aula 3 Aula 3 Aula 3 Aula 3 Aula 3 ----- Leiaute ou arranjo físico Leiaute ou arranjo físico Leiaute ou arranjo físico Leiaute ou arranjo físico Leiaute ou arranjo físico1.1.1.1.1. c)2.2.2.2.2. b)3.3.3.3.3. a)

Aula 4Aula 4Aula 4Aula 4Aula 4 - - - - - Just-in-time (JIT) Just-in-time (JIT) Just-in-time (JIT) Just-in-time (JIT) Just-in-time (JIT)1.1.1.1.1. a)2.2.2.2.2. a)3.3.3.3.3. c)4.4.4.4.4. c)5.5.5.5.5. a)

Aula 5Aula 5Aula 5Aula 5Aula 5 - - - - - Relação entre setores Relação entre setores Relação entre setores Relação entre setores Relação entre setores1.1.1.1.1. c)2.2.2.2.2. b)

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53.3.3.3.3.Alumínio = 8.274,24 kgMassa = 2.893,28 kgRebites = 117.895Vidros = 3.342,14 m²4.4.4.4.4.Refugos ................. R$ 11.440,00Alumínio ............... R$ 0...853,63Massa ..................... R$ 0..0.58,66Rebites ................... R$ 0.0416,85Vidros .................... R$ 01.110,70Perdas Totais ........ R$ 13.879,84

Tempo para produzir os motores: 2.880 min = 48h = 6 diasProdução diária, incluindo refugos = 147 motoresProdução diária = 144 motores bons

Gráfico da Produção

10 11 12 13 14 15 dias

qu

an

tid

ad

e

144

288

432

576

720

864

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5Para suas anotações