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PUBLICAçãO DA SANDVIK COROMANT DO BRASIL ISSN 1518-6091 RG BN 217-147 MáQUINAS E INVESTIMENTOS Planejamento inteligente e estruturado para máquinas REFRIGERAçãO Saiba o que é tendência em fluidos de corte 61 61 USINAGEM DE VIDRO Processo de alta precisão exige cuidados especiais USINAGEM DE VIDRO Processo de alta precisão exige cuidados especiais

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uSinagem de vidro 6161 Planejamento inteligente e estruturado para máquinas máquinaS e inveStimentoS Saiba o que é tendência em fluidos de corte refrigeração Publicação da Sandvik coromant do braSil iSSn 1518-6091 rg bn 217-147

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Publicação da Sandvik coromant do braSil iSSn 1518-6091 rg bn 217-147

máquinaS e inveStimentoSPlanejamento inteligente e estruturado para máquinas

refrigeraçãoSaiba o que é tendência em fluidos de corte

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uSinagem de vidroProcesso de alta precisão exige cuidados especiais

uSinagem de vidroProcesso de alta precisão exige cuidados especiais

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“A cada outubro renova-se a esperança de que os homens se sensibilizem em direção aos fundamentos de tudo aquilo que o ser humano

verdadeiramente deveria ser. Imagem e semelhança da mais alta essência da vida, deitando fora as máscaras que o tempo lhes pregou ao rosto

em favor de suas maquiagens originais, molduras do olhar doce que irradiava verdade e transbordava inocência”

Para começar...

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refrigeraçãoSaiba o que é tendência em fluidos de corte

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uSinagem de vidroProcesso de alta precisão exige cuidados especiais

uSinagem de vidroProcesso de alta precisão exige cuidados especiais

Índice 61edição 07 / 2009

03paracomeçar04 ÍNDIce/expeDIeNte06machINeINvestmeNts:osDesafIosDeplaNejarINvestImeNtosINtelIgeNtes

14fluIDoDecorte:oqueéteNDêNcIaemrefrIgeração?20segmeNtação:usINagemDevIDrorequercuIDaDoseequIpameNtosespecIaIs28teNDêNcIaseoportuNIDaDes:saIbaquaIsosprINcIpaIsproblemasNahoraDocorteevejacomosolucIoNá-los32DeolhoNomercaDo:INtermachamplIapossIbIlIDaDesDeNegócIos34curIosIDaDes:rotarypromovesolIDarIeDaDemuNDIal40NossaparcelaDerespoNsabIlIDaDe42aNuNcIaNtes/DIstrIbuIDores/falecomeles

Publicação da Sandvik Coromant do BrasilISSN 1518-6091 RG. BN 217-147

Foto de Capa:Roberto Silva

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EXPEDIENTE O MUNDO DA USINAGEM éumapublicaçãodasandvikcoromantdobrasil,

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MAchINE INvESTMENTS

com planejamento bem estruturado,

empresas do setor de usinagem

podem ganhar muito mais com

investimentos certeiros em

equipamentos

de Machine Investments (MI) da Sandvik Coromant, as empresas que investem em máquinas – ao in-vés de simplesmente comprar equi-pamentos sem um planejamento concreto –, têm mais chances de obter sucesso mesmo em mercados altamente competitivos. “Quando a empresa busca somente o equipa-mento mais barato, pode correr o risco de gastar mais no futuro com custos adicionais de manutenção, aquisição de uma máquina extra para alcançar a produtividade dese-jada, ou até mesmo com a queda na

como realizar investimentosinteligentes em máquinas?

gargalos na produção, cres-cimento nas vendas ou ne-cessidade de aumento dos

níveis de produtividade. Estes são alguns dos motivos que podem incentivar uma empresa a investir em máquinas. No entanto, seja comprando um novo equipamen-to ou substituindo uma máquina antiga, é importante que a empresa esteja ciente de que há diferenças significativas entre comprar e investir em uma máquina.

De acordo com Ronaldo Fer-reira, supervisor do departamento

em períodos de desaceleração econômica é ainda mais importante ser prudente na hora de investir

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qualidade das peças produzidas”, alerta Ferreira.

Alfredo Ferrari, diretor de Vendas da Ergomat – um dos principais fabricantes de tornos automáticos do País – sugere que, para se detectar a necessidade real de um investimento em equipa-mentos, deve-se promover um cruzamento de dados entre a capa-cidade produtiva atual da empresa e a demanda de peças do cliente. A partir destes dados será possível dimensionar a necessidade do investimento e onde ele será mais bem aplicado, sempre guiando-se pelas requisições do cliente e, é claro, pelas condições financeiras da própria empresa.

Desta forma, com um parque de máquinas atualizado, a empresa poderá oferecer produtos de maior qualidade dentro de prazos mais curtos; podendo assim, sair à frente no mer-

cado. Para aumentar seus níveis de produtividade, as empresas também podem contar com a ajuda de profissionais que saibam guiar os investimentos para as me-lhores soluções em máquinas.

INvESTIr é PlANEjArO primeiro passo do investi-

mento deve ser o planejamen-to detalhado de todas as

etapas envolvidas na aquisição de no-

vas máquinas ou componentes. Fernando Oliveira, gerente de MI da Sandvik Coromant, afirma que esta é a forma mais segura de garantir os resultados finais de-sejados. “Este é um processo que leva tempo, mas, quanto melhor for o planejamento, melhor será o resultado final do investimento e maior será o retorno que ele dará à empresa”, aponta Oliveira.

Em um período econômico que exige cautela, o gerente de MI adverte que é ainda mais im-portante ser prudente na hora de investir, não deixando de aproveitar as oportunidades, mas mantendo-se sempre ciente dos resultados que este investimento poderá trazer. “É essencial que a empresa nunca pare de investir;

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o primeiro passo do investimento deve ser o planejamento detalhado de todas as etapas envolvidas na aquisição de novas máquinas

empresas devem estar cientes de que há diferenças significativas entre comprar e investir em uma máquina

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mas, em momentos de incerteza, mais do que nunca é fundamental que se tenha especificado a neces-sidade real da fábrica e o potencial de retorno que o investimento trará”, assegura Oliveira.

Na realização do projeto, outro fator decisivo para o sucesso do planejamento é poder contar com a presença de todos os envolvidos no processo de usinagem – empre-sa que irá adquirir o equipamento, cliente, fornecedor de dispositivos e fornecedor de ferramentas. Des-ta forma, o investimento poderá alcançar seu objetivo: maximi-zar o retorno do equipamento. “Neste momento somam-se as experiências de cada profissional para elaborar o processo mais eficaz e produtivo, minimizando as possíveis falhas e imprevistos na hora do tryout”, explica o gerente.

Para que a máquina ou os com-ponentes novos possam render ao máximo em suas operações, os pro-

INOvAr OU rEAPrOvEITAr?Além da compra de novos

equipamentos, a atualização dos componentes das máquinas que já operam na fábrica – processo conhecido como retrofitting –, também é considerada uma forma de investir em máquinas. De acor-do com Ferreira, o retrofitting pode ser uma opção vantajosa para máquinas que tenham estrutura reforçada e de qualidade. “Em pe-ríodos de insegurança econômica, a atualização dos componentes desgastados se apresenta como uma alternativa interessante para as empresas que querem manter a qualidade operacional de seus equipamentos por um preço redu-zido”, avalia o supervisor.

Se os equipamentos tiverem passado por manutenções preven-tivas, provavelmente irão apresen-tar apenas desgastes uniformes.

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MAchINE INvESTMENTS

agora é um bom momento para investir?a redução da taxa de juros para 4,5% ao ano para os financiamentos da finame, anunciada no último mês de junho pelo ministro da fazenda guido mantega como parte das medidas de incentivo à economia brasileira, tem apresentado resultados positivos. de acordo com ronaldo ferreira, supervisor do departamento de machine investments da Sandvik coromant, o mercado já tem respondido às medidas de incentivo. “Podemos perceber uma melhora nas vendas de máquinas e isso tem ajudado no crescimento do País”, confirma ferreira. Para alfredo ferrari, diretor de vendas da ergomat – empresa fabricante de tornos automáticos –, a medida tem possibilitado a ampliação ou modernização da capacidade produtiva de muitas empresas. “diversas companhias que haviam contido seus investimentos devido à cautela do cenário econômico agora têm a chance de continuar crescendo”, comenta o diretor. “este é um bom momento para investir, pois contando com prazos de entrega mais curtos, preços reduzidos e financiamentos atrativos, a empresa estará equipada para fazer frente à retomada da economia”, conclui.

fissionais do chão de fábrica – que lidam diariamente com estes equi-pamentos – também devem ser considerados, pois são elementos importantes no processo de usina-gem. Desta forma, o treinamento e a capacitação dos operadores também devem ser contabilizados no projeto, pois quanto maior for o nível de tecnologia de uma má-quina, mais conhecimento estes profissionais terão que possuir.

treinamento e capacitação dos operadores do chão de fábrica devem ser contabilizados no projeto de investimento

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Com isso, será possível substituir somente os componentes antigos, e a base da máquina poderá conti-nuar rendendo bons resultados em produtividade.

Ferreira destaca ainda outras vantagens que as máquinas antigas podem apresentar, além do inves-timento reduzido: “Os equipa-mentos que estão em operação já há algum tempo têm suas medidas normalizadas, ou seja, todo e qual-

quer acúmulo de tensão que por ventura pudesse causar algum tipo de instabilidade já se acomodou; enquanto uma máquina nova irá consumir um certo tempo até que suas medidas estejam normaliza-das, precisando passar por altera-ções físicas e algum tipo de ajuste mais frequentemente”, conclui.

Thaís Tüchumanteljornalista

MAchINE INvESTMENTS

do plano à práticaatualmente existem diferentes linhas de crédito que podem ajudar sua empresa a colocar o plano de investimento de máquinas em ação. veja abaixo algumas oportunidades de financiamento e suas vantagens:

- FINAME: destinado às micro ou pequenas empresas de qualquer região do País, o finame oferece condições facilitadas para a compra de máquinas. até 31 de dezembro deste ano, o finame oferece crédito para a compra de máquinas com taxa de juros de 4,5% ao ano, com dois anos de carência. o subsídio do bndeS é válido para a compra de qualquer equipamento que esteja cadastrado na agência especial de financiamento industrial. mais informações em www.caixa.gov.br

- FINAME leasing: também utilizando recursos da agência especial de financiamento industrial, com o finame leasing é possível financiar até 90% do valor das máquinas e equipamentos e, ao final do contrato, a empresa pode escolher se deseja ficar com o bem arrendado ou se prefere devolvê-lo ao banco do brasil. mais informações em www.bb.com.br

- Proger Urbano Empresarial: voltado às empresas que tenham faturamento bruto anual de até r$ 5 milhões, o Proger tem valor máximo de financiamento de r$ 400 mil. com esta linha de crédito, a empresa tem até 72 meses para pagar seu empréstimo – incluindo o período de carência de 12 meses – com uma taxa de juros de 0,93% ao mês. mais informações em www.bb.com.br

- cartão BNDES: no mercado desde 2003, o cartão proporciona financiamento de baixo custo para empresas com faturamento anual de até r$ 60 milhões, com limite máximo de financiamento de r$ 500 mil por cartão. as compras podem ser feitas em até 48 meses com juros subsidiados. mais informações em www.cartaobndes.gov.br

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FlUIDO DE cOrTE

métodos que proporcionam segurança aos operadores e preservam o meio ambiente são o caminho futuro

rantes não miscíveis com água e gases/névoas.

Entre os meios miscíveis com água estão as soluções, também chamadas de fluidos sintéticos (misturas de água com produtos orgânicos e inorgânicos que não contêm óleo) e as emulsões, com-posições que possuem óleo. Já os meios não miscíveis com água ou fluidos integrais são constituídos basicamente de óleos graxos, de origem vegetal ou animal, e óleos minerais, que podem ser utiliza-dos puros, misturados ou com adi-tivos. A refrigeração e lubrificação também podem ser realizadas por meio de gases e névoas, sendo o ar, o fluido gasoso mais comum.

Com o intuito de obter a má-

conheça o que étendência em refrigeração

Desgaste prematuro e trocas constantes de ferramentas, assim como baixa produti-

vidade, são alguns dos problemas que podem ocorrer na usinagem quando os processos de refri-geração e lubrificação não são realizados adequadamente. Se o calor e o atrito produzidos duran-te a operação entre a superfície da peça e a ferramenta não forem mi-nimizados, a qualidade final do material poderá sofrer alterações, como erros de medida, dilatações térmicas e deformações. A alta temperatura ainda pode reduzir a vida útil da ferramenta e aumen-tar o risco de oxidação.

Para evitar estas situações e ao mesmo tempo garantir tanto

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a precisão dimensional quanto a rugosidade adequada das peças, a utilização de fluidos de corte tor-nou-se fundamental em alguns processos. Além de reduzir o atrito entre a ferramenta e a superfície de corte e diminuir a temperatura na região estes produtos têm a fun-ção de remover o cavaco da área de corte para que o acabamento do material não seja danificado, assim como proteger a máquina, seus componentes e a superfície do material usinado da corrosão.

TrêS GrUPOSOs fluidos de corte são comu-

mente divididos em três grupos: meios lubri-refrigerantes miscíveis com água, meios lubri-refrige-

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xima produtividade dos processos, estes insumos devem ser utilizados de acordo com as necessidades de cada operação. “Quando se utili-za um fluido de boa qualidade e adequado para o tipo de usinagem realizada, é possível garantir o nível desejado de acabamento e a rugosidade da peça, mantendo a máquina limpa e sem corrosão”, aponta Roberto Saruls, gerente de Marketing e Serviços da Castrol – fabricante de lubrificantes para os setores industrial, automobilís-tico e náutico.

Com isso, na hora de escolher o produto ideal é preciso levar em consideração três fatores: o material da peça a ser usinada, o tipo de máquina e a qualidade e compatibilidade do fluido com o processo. Quanto às características dos fluidos, as soluções e emulsões

são mais indicadas para usinagens em que a refrigeração é o fator determinante, enquanto que os fluidos integrais são mais utiliza-dos quando a lubrificação é mais importante. Já os gases e névoas são mais comuns em operações de mecânica de precisão, usina-gem de alta velocidade e também quando se utiliza o sistema MQL (Mínima Quantidade de Lubrifi-cante), processo em que o fluido é aplicado por pulverização.

NOvA TEcNOlOGIANos últimos anos, o conceito

MQL tem sido muito discutido na área de usinagem. Isso porque o processo utiliza menos fluido de corte durante a operação, elimi-nando a necessidade de descarte do produto e minimizando possíveis impactos ao meio ambiente.

A técnica utiliza pequena quan-tidade de óleo lubrificante junto com ar comprimido, distribuídos por meio de spray sobre a região que se quer refrigerar ou lubrificar. Embora seja pouco fluido, em muitos processos esta técnica ga-rante a quantidade suficiente para reduzir o atrito na ferramenta e o calor gerado durante a usinagem. Neste caso, o ar comprimido atua como refrigerante e as gotículas de óleo como lubrificante.

De acordo com Marcelo Ku-roda, gerente técnico da Blaser – empresa suíça fabricante de fluidos empregados em processos de usinagem –, as máquinas que utilizam o sistema MQL estão se tornando cada vez mais comuns e são projetadas para conter a névoa em seu interior, preser-vando a saúde dos operadores ao evitar que tenham contato com o produto.

como evitar riscos?

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essenciais em certos processos de usinagem, os fluidos de corte merecem atenção especial tanto em sua seleção quanto em sua utilização e descarte – caso contrário poderão causar contaminações ao meio ambiente e riscos à saúde dos profissionais que têm contato com estes materiais. marcelo kuroda, gerente técnico da fabricante suíça de lubrificantes blaser, informa que atualmente os fornecedores destes produtos estão buscando desenvolver fórmulas mais brandas e estáveis para minimizar possíveis riscos ambientais e à saúde humana. além disso, ele lembra que as leis voltadas à preservação ambiental também estão se tornando a cada dia mais rigorosas. “mesmo que o fluido utilizado inicialmente seja considerado biodegradável, depois de passar meses em contato com óleos de barramento, protetivos e outros contaminantes provenien-tes das ferramentas e dos materiais usinados, o fluido deve ser tratado antes do descarte final”, ensina kuroda. outros cuidados fundamentais são: adquirir fluidos e lubrificantes de fa-bricantes idôneos e em distribuidores confiáveis; selecionar o produto de acordo com as especificações do fabricante do equipamento; armazenar o material em local adequado; e manipular as embalagens usando os equipa-mentos de proteção individual (ePis) recomendados, como luvas e óculos.

Soluções e emulsões são indicadas para usinagens em que a refrigeração é o fator determinante

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No entanto, Eduardo Carlos Bianchi, professor do Departa-mento de Engenharia Mecânica da Universidade Estadual Paulis-ta, pontua que esta técnica ainda vem sendo pouco adotada pelas empresas. “Nos próximos anos este conceito se transformará em tendência, pois as leis ambientais estão cada vez mais rigorosas; e o sistema MQL permite preservar o meio ambiente – um diferen-cial em relação aos métodos convencionais”, comenta.

rESPONSABIlIDADE AMBIENTAl

Com as questões de cons-ciência ambiental e social cada vez mais presentes na gestão das

empresas, a tendência aponta para o aumento de utilização de meios lubri-refrigerantes de menor consumo de reposição e, considerados por muitos mais “ecologicamente corretos”.

Para Saruls, fluidos de base vegetal oriundos de sementes oleaginosas, como canola, ma-mona, girassol e soja, também podem ser considerados de certa forma “ecológicos”, mas durante as operações acabam misturan-do-se com óleos hidráulicos de base mineral, perdendo as-sim sua característica natural. “Uma solução seria obter uma base vegetal ou sintética com custo compatível à realidade de mercado que permita substituir

tanto o óleo de corte quanto o óleo hidráulico, tornando-os compatíveis”, acredita.

Por sua vez Kuroda aposta no desenvolvimento de lubri-ficantes cada vez mais estáveis, com menor consumo de repo-sição e que preservem o meio ambiente e a saúde do operador. “Podemos dizer que produtos de base vegetal que utilizam me-nos aditivos, prejudicam menos o meio ambiente, pois ajudam a reduzir não só a necessidade de extração de matéria prima, mas também as quantidades descartadas”, aponta.

Fernanda Feresjornalista

FlUIDO DE cOrTE

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SEGMENTAçãO

usinagem deste material requer cuidados e equipamentos especiais para evitar perda de peças e falhas nas operações

empresas brasileiras que têm a usinagem de vidro em sua rotina diária. Algumas destas peças são incorporadas aos equipamentos fabricados pela companhia, que são utilizados nos setores aero-espacial, industrial, antirreflexo e odontológico. Outros de seus componentes usinados em vidro integram microscópios, projeto-res lasers e sistemas de imagem

a arte de esculpir o vidro

corte, refrigeração, ser-ragem e polimento são processos com os quais os

profissionais do setor metalme-cânico lidam diariamente. Mas, como se dão estes procedimen-tos na usinagem de materiais frágeis, como o vidro? Este tipo de usinagem exige uma série de precauções para que a matéria-prima, extremamente delicada,

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tome a forma desejada sem sofrer danos. O sucesso do trabalho em vidro depende de ferramental específico e operadores bem treinados, além de componentes e máquinas adaptadas às caracte-rísticas do vidro.

Fabricante de componentes ópticos de precisão (como lentes, prismas, espelhos e filtros de luz) desde 1985, a Opto é uma das

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SEGMENTAçãO

destinados ao setor oftalmológico.Com uma fábrica de oito mil metros quadrados,

localizada em São Carlos (SP), a Opto mantém dentro de sua planta uma divisão de óptica espe-cialmente destinada à composição de lentes e ao desenvolvimento de novos componentes ópticos.

DA MATérIA-PrIMA AO PrODUTOAs lentes utilizadas em microscópios e câmeras

fotográficas são produzidas a partir de grandes blo-cos de vidro. Inicialmente eles são levados ao corte, que é realizado com serras especiais diamantadas, dividindo o bloco em peças menores. Posteriormen-te, o material segue para ser usinado em máquinas CNC, também equipadas com ferramentas diaman-tadas, que irão configurar a curvatura da lente por meio da usinagem por abrasão.

Djalma Chinaglia, diretor de Operações Indus-triais da Opto, esclarece que as ferramentas utiliza-das para a usinagem de metais não são adequadas para este tipo de usinagem, pois poderiam quebrar o material vítreo. Já as ferramentas diamantadas possuem constituição diferenciada, sendo com-postas por uma liga metálica especial impregnada de grãos de diamante. “Conforme a ferramenta realiza a usinagem, os grãos de diamante chegam à superfície e, atritados em alta velocidade contra a lente, permitem formar a curvatura desejada”, explica Chinaglia.

Durante o corte é essencial que a máquina conte com refrigeração abundante e constante, já que o vidro é um material que não suporta altas tem-peraturas. Assim, com as ferramentas girando em alta velocidade, os operadores que acompanham o procedimento devem cuidar para que não falte refrigeração. “Outro problema que deve ser evita-

lentes são usinadas em máquinas cnc, com ferramentas diamantadas

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da esq. para a dir.: cristian correa, supervisor da linha de Protótipos da opto, e mário toyama, da cofecort – distribuidor autorizado Sandvik coromant

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do é a pressão excessiva sobre o vidro, pois, além do perigo de quebra da lente, que é frágil, neste caso o fluido de refrigeração não conseguiria penetrar no local do corte, o que também poderia oca-sionar a quebra da lente”, observa o diretor.

cUIDADOS NO POlIMENTOApós o corte, as lentes são

então levadas para o polimento. Nesta fase, por meio de uma manta de poliuretano, um pó

muito fino de óxido de cério, misturado com água, é aplicado contra a lente. Esta substância é utilizada para remover, de forma superficial, pequenos materiais excedentes, eliminando as irre-gularidades e conferindo uma superfície lisa ao produto. Outra maneira de realizar o polimento é com o pixe em sua forma pura, que pode substituir a manta de poliuretano. Por ser um material de fácil conformação, pode se moldar facilmente à forma da lente, proporcionando um poli-mento uniforme.

Devido à fragilidade do vi-dro, a fase do polimento exige muito cuidado para que nenhu-ma impureza provoque riscos no material enquanto o cério é atritado contra a lente. “Se não atentarmos às impurezas, a lente

Suporte tecnológicoPara oferecer suporte à usinagem mecânica da opto, a cofecort – dis-tribuidor autorizado da Sandvik coromant que atende a região de São carlos – fornece soluções em ferramental para a usinagem dos produtos destinados a todos os setores de mercado que a empresa atende. Segun-do mário toyama, consultor técnico da cofecort, o distribuidor acompa-nha o desenvolvimento do trabalho de seu cliente para manter a sintonia de ambos os negócios. “Por meio de nosso departamento de Pesquisa e desenvolvimento buscamos acompanhar as inovações tecnológicas da opto para oferecer à ela as melhores soluções em usinagem mecânica”, assegura toyama.entre os produtos fornecidos à empresa destacam-se as fresas, brocas com pastilhas intercambiáveis e inteiriças de metal duro, porta-ferra-mentas e insertos para torneamento e rosqueamento. este ferramental é utilizado para a usinagem de aço, alumínio e latão – entre os principais produtos usinados estão as peças que compõem os microscópios produ-zidos pela opto.

fluido de refrigeração deve penetrar no

local do corte, já que o vidro não suporta altas temperaturas

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SEGMENTAçãO

poderá ser riscada; ou podemos ainda ter que realizar o polimento mais uma vez, algo que pode alte-rar as dimensões estipuladas para a peça”, comenta o diretor.

DETAlhES IMPOrTANTESDepois de prontas, as lentes

serão utilizadas como compo-nentes em produtos destinados aos mais diversos segmentos. Contudo, tanto em equipamentos oftalmológicos quanto em peças aeroespaciais, uma característica será fundamental e decisiva em todos eles: a precisão. Por isso, a usinagem mecânica destas peças deve contar com máquinas e com-ponentes capazes de atender a esta necessidade. “Na usinagem mecâ-nica das lentes para microscópios, por exemplo, não podemos tolerar erros maiores que um centésimo

de milímetro”, conta Chinaglia. Uma das soluções encontradas para garantir a precisão no corte dos materiais foi a climatização das áreas de usinagem. Desta forma, a empresa garante que não haverá variação significativa da tempe-ratura ambiente, o que poderia causar variação na precisão da peça usinada em vidro.

Outro ponto valorizado na usinagem de componentes ópti-cos é o treinamento constante dos operadores. O diretor da Opto afirma que a empresa oferece ca-pacitação a todos os funcionários que atuam neste segmento para que se tornem integralmente técnicos em óptica.

vAlOrIzANDO A INOvAçãOTodos os produtos fabricados

pela Opto são projetados e conce-

djalma chinaglia, diretor de operações industriais da opto, no setor de montagem de microscópios para oftalmologia

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bidos no Departamento de Pes-quisa e Desenvolvimento da em-presa, também localizado em São Carlos (SP). Inicialmente criado para atender à demanda interna da Opto no desenvolvimento de novos produtos, hoje este depar-tamento atende também outras empresas que solicitam seus serviços. O departamento reúne cerca de 60 engenheiros, físicos e profissionais da área computa-cional para o desenvolvimento de novas soluções ópticas para os mais diversos mercados.

Atualmente, este setor da em-presa está empenhado no desen-

volvimento de duas câmeras que equiparão um satélite construído pelos governos chinês e brasileiro. O projeto é chamado de CBERS (China-Brazil Earth Resources Satellite) ou Programa de Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Ter-restres. Em 2011, o satélite será lançado a 800 km de altitude para orbitar a Terra captando imagens do planeta. As informações capta-

das pelo satélite poderão auxiliar no trabalho de geógrafos, demó-grafos e profissionais que atuam com agricultura e no monitora-mento de áreas de desmatamento, de recursos hídricos, de áreas agrícolas, do crescimento urbano e da ocupação do solo.

Thaís Tüchumanteljornalista

Para garantir a precisão do corte nos processos de

usinagem mecânica, o chão de fábrica da

opto é climatizado

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empresa mantém fábrica de 8.000 m2 em São carlos (SP) para a fabricação de componentes ópticos de precisão

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veja quais são os principais

problemas na hora do corte e saiba

como resolvê-los

máquinas de serra de fita são equipamentos extre-mamente versáteis, pro-

jetados para realizar diferentes tipos de corte, nos mais variados materiais – desde metal até ma-deira, passando por alumínio, polímeros, ligas ferrosas e não ferrosas. Estas máquinas são compostas pela rotação de dois volantes que giram continuamen-te e por uma lâmina com dentes, a serra de fita – responsável pelo corte dos materiais.

como resolver estes problemas? Contudo, primeiramente, deve-mos descobrir as causas.

DETEcTANDO O PrOBlEMAApós extensa pesquisa para o

desenvolvimento de novas tecno-logias em serras, percebemos que a negligência, o emprego de técnicas inapropriadas e a falta de mão de obra qualificada são as principais fontes de danos às serras de fita e às máquinas de corte.

TENDêNcIAS E OPOrTUNIDADES

máquinas de serra de fita devem ser manuseadas corretamente para que não haja perdas no processo

fique atento e

evite prejuízos

Aparentemente simples, as serras são na verdade instrumen-tos complexos que, quando utili-zadas de forma incorreta, podem causar prejuízos enormes ao pro-cesso. Os principais problemas causados pela má utilização de máquinas de serra de fita são divi-didos em quatro grupos: quebras ou trincas nos dentes da serra fita; desvio de corte; desgaste excessivo; e quebra da lâmina. Nessa hora é comum a dúvida:

quando manuseadas de forma imprópria, guias podem causar

desgaste irregular ou estrias em ambos os

lados da lâmina

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Mais especificamente falan-do, os principais problemas iden-tificados no manuseio da serra e da máquina são: processos de amaciamento inapropriados, aplicação de velocidades de corte inapropriadas para o tipo de ma-terial a ser cortado, baixo índice de avanço (situação em que o dente “esfrega” o material em vez de penetrá-lo corretamente), uso inadequado do fluido de corte – que pode ser aplicado em quantidade insuficiente ou ainda ter uma mistura ou forma de apli-cação indevida – e, finalmente, a falta da escova limpa-cavacos.

Contudo, estas falhas iden-tificadas acima não abrangem todos os problemas possíveis encontrados em um processo de corte, e todos eles podem gerar problemas na máquina. A veloci-dade de corte muito lenta pode causar a quebra do dente ou o desgaste nas gargantas menores da serra. Por outro lado, quando muito rápida, a velocidade de cor-te pode gerar dano nas pontas e cantos dos dentes, podendo lascá-los ou quebrá-los devido ao exces-so de atrito. Outro erro comum é a negligência no processo de amaciamento, principalmente se feito de maneira incorreta ou insuficiente.

O mau uso do fluido de corte também pode causar problemas aos dentes, além de dificuldades relacionadas ao cavaco, que po-dem incrustar na ponta dos den-tes ou preencher as gargantas.

Mas não se engane, esses pro-blemas com o cavaco podem ser gerados também pelo avanço excessivo. Para os leigos no as-sunto, o avanço nada mais é do que o fator de penetração dos dentes, ou, basicamente, a velo-cidade de descida da serra sobre o material, que pode ser medida em milímetros/minuto.

ATENçãO àS GUIASA quebra da lâmina é outra

dificuldade enfrentada pelos usuá-rios de serras, e a fratura pode ser causada por vários motivos: bra-ços guia abertos em sua capacida-de máxima, pressão excessiva nas guias superiores e guias laterais muito apertadas, entre outros. Observe que a quebra da lâmina é causada, principalmente, por excessos no ajuste das guias. Por isso, é fundamental prestar a má-xima atenção na hora de acertar os braços guia e as guias laterais e superiores.

Vale lembrar que guias são componentes da máquina que geram tanto dúvidas quanto pro-blemas. Quando manuseadas de

forma imprópria, podem causar desgaste irregular ou estrias em ambos os lados da lâmina. Por isso, procure observar sempre se as guias estão lascadas, des-gastadas, quebradas ou muito apertadas.

Muitos já devem ter identifi-cado tais situações com a prática, mas o principal segredo é usar as serras de forma correta, ou seja, sem excessos ou lentidões de tensão ou de velocidade, por exemplo.

Também é importante seguir as instruções que vêm junto com o produto e utilizar somente ser-ras de qualidade, produzidas com materiais de primeira linha. Além disso, procure por fornecedores que ofereçam garantia de uso e assistência técnica especializada. Estes itens são fundamentais principalmente na hora do im-previsto e, quando colocados na ponta do lápis, oferecem excelen-te relação custo–benefício!

Anna MartinGerente de Produto da LENOX®,

multinacional americana especializada na produção de

ferramentas e serras para a indústria

Problemas com o cavaco podem ser

gerados também pelo avanço excessivo

É importante seguir as instruções que vêm

junto com o produto e utilizar somente

serras de qualidade

TENDêNcIAS E OPOrTUNIDADES

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para apresentar os últimos destaques em máquinas e garantir a atualização tecno-

lógica do setor, a Intermach 2009 – Feira e Congresso de Tecnologia, Máquinas, Equipamentos, Auto-mação e Serviços para a Indústria Metalmecânica, que ocorreu entre 15 e 19 de setembro em Joinville (SC), contou com a participação de mais de 500 empresas exposito-ras. De acordo com Luiz Roberto Lepeltier, diretor da Messe Brasil – empresa organizadora do evento –, feiras direcionadas revelam importantes oportunidades de relacionamento com clientes e momentos promissores para ne-gociações futuras.

rESUlTADO cONjUNTO Com o objetivo de levar di-

versidade de informação ao pú-blico visitante, paralelamente à Intermach 2009 ocorreram mais dois eventos, o Congresso de Inovação Tecnológica e a Feira de Subcontratação Industrial. O primeiro, denominado Cintec 2009 Mecânica e Automação, reuniu profissionais das prin-cipais empresas do segmento, além de pesquisadores nacionais e internacionais.

Já o segundo evento, a 39º Subcontrata, reuniu mais de 100 expositores com o objetivo de divulgar novidades e, prin-cipalmente, serviços que agre-gam valor à produção do setor metalmecânico.

“A Intermach se consolidou como um evento completo, apre-sentando soluções para o mer-cado e oferecendo qualificação de alto nível aos profissionais”, comemora o diretor.

Durante a feira, os autores Adriano Fagali de Souza e Cris-tiane Ulbrich lançaram o livro Engenharia Integrada por Com-putador e Sistemas CAD/CAM/CNC – princípios e aplicações. Desenvolvido a partir de resul-tados de experiências, pesquisas e discussões técnicas com pro-fissionais da área, a obra é desti-nada a engenheiros, estudantes e demais profissionais interessados nos processos de fabricação da indústria metalmecânica.

Fabíola Perez

jornalista

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Em sua sétima edição, a Inter-mach apresentou alternativas e soluções para as necessidades de-sencadeadas no segmento a partir da crise econômica mundial. Segundo Lepeltier, o objetivo foi fazer com que as empresas da Re-gião Sul do Brasil se aproximem cada vez mais do padrão de quali-dade seguido internacionalmente pelo setor metalmecânico.

“Com as sete edições da Inter-mach já realizadas, acreditamos ter contribuído para o crescimen-to das indústrias locais”, avalia o diretor. “Os contatos realizados após esta última edição devem ge-rar negócios de aproximadamente R$ 200 milhões”, acredita.

feira amplia possibilidades de negócio e apresenta soluções alternativas

intermach expõe novas oportunidades

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O Mundo da Usinagem�2

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associação desenvolve projetos comunitários

para promover melhorias na saúde,

educação e no combate à pobreza

“Dar de si antes de pensar em si”. Este é o lema que está presente no

cotidiano dos mais de 1,2 milhão de voluntários do Rotary Inter-national – primeira organização de clubes prestadores de serviço do mundo. Composta por líderes de negócios e profissionais de diversos setores, a associação tem como objetivo estimular o ideal de servir por meio da utilização do conhecimento profissional e desenvolvimento de projetos humanitários – que tratam de assuntos sociais como pobreza, preservação do meio ambiente, analfabetismo e violência.

No Brasil, o clube iniciou suas atividades em 1922, com o Rotary Club Rio de Janeiro.

NãO à POlIOMIElITEUm dos maiores projetos idea-

lizados pelo Rotary no mundo é o programa Pólio Plus, que tem como meta erradicar a polio-mielite. Iniciada em 1985, a ação conta com a parceria de diversas organizações internacionais.

O objetivo inicial do projeto era acabar com a poliomielite até 2005, porém em alguns países da África a doença ainda não foi totalmente erradicada. Mesmo assim, desde o início do programa

cUrIOSIDADES

estabelecendo a boa vontade

no mundo

rotary

Criado em 1905, na cidade de Chicago (Estados Unidos) pelo advogado Paul P. Harris, o Rotary surgiu como uma forma de reproduzir em um grupo de profissionais o mesmo espírito de amizade que caracterizava as cidades pequenas da juventude de seu idealizador. Com o passar dos anos, a organização cresceu e sua missão passou a ir além dos inte-resses profissionais e sociais de seus integrantes. Os membros do clube – chamados de rotarianos – começaram, então, a angariar recursos e a ajudar comunidades carentes por meio de suas habili-dades profissionais.

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O Mundo da Usinagem��

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mais de dois bilhões de crianças já foram imunizadas e os níveis de incidência da doença diminuíram em mais de 99%. Este panorama só foi possível devido à ajuda de milhares de rotarianos de todo o mundo que se mobilizaram para ajudar nas campanhas, entregar vacinas e promover os “Dias Na-cionais de Imunização”.

vISãO DE FUTUrONo entanto, os programas do

Rotary não se resumem à erradi-cação de doenças. Mais da me-tade dos cerca de 33.000 clubes espalhados pelo mundo também estão engajados em combater o analfabetismo. Oferecidos pelo Rotary, projetos de assistência direcionados a diversos níveis de analfabetismo, assim como programas de coleta de livros, be-neficiam crianças dentro e fora de instituições de ensino, bem como adultos não alfabetizados.

Tanto o esforço para comba-ter a poliomielite quanto à luta contra o analfabetismo são proje-tos de alcance mundial, mas tam-bém há programas que atendem

as necessidades específicas de cada comunidade. “Algumas ações são criadas em um único clube e passam a ser distritais, podendo até transformar-se em programas nacionais”, explica Marcelo Ro-drigues, ex-presidente do Rotary Club Curitiba Santa Felicidade.

Um exemplo deste tipo de projeto é o Boa Visão, implan-tado pelo Rotary Club Curitiba Gralha Azul, em 1990. O empe-nho em melhorar a saúde ocular da população de baixa renda fez com que o oftalmologista Roberto Hiran Ribas criasse um programa para proporcionar atendimento gratuito a crianças e adolescentes entre 3 e 14 anos de idade.

A seleção das crianças que precisam de atendimento é baseada em exames prelimina-res realizados pelos próprios voluntários dos Rotary Clubs, em conjunto com professores de escolas públicas. Quando necessário, as lentes dos óculos são financiadas pelo clube e campanhas são criadas para a arrecadação de armações usadas ou novas.

o que é o rotary?o Rotary International é uma associação de líderes de negócios e profis-sionais que se dedicam à prestação de serviço comunitário para ajudar a estabelecer a paz e a boa vontade no mundo. Para aqueles que querem participar e não têm a idade mínima (30 anos) ou não possuem emprego estável, existe o Interact, clubes de prestação de serviços organizados e patrocinados por rotary clubs para jovens de 14 a 18 anos de idade, e também o rotaract, clubes formados para promover a liderança e a capacitação de servir entre pessoas de 18 a 30 anos. Para contribuir com doações ou para obter mais informações sobre o trabalho voluntário dos rotary clubs acesse o site www.rotary.org.br

cUrIOSIDADES

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O sucesso foi tão grande que o programa foi estendido aos 87 clu-bes ligados ao distrito 4730 – que abrange a região metropolitana de Curitiba e outras cidades do Para-ná. Marcelo Rodrigues informa que agora este projeto está sendo estendido para todo o País.

De acordo com Paulo Ma-chado, presidente do Rotary Club Curitiba Santa Felicidade, o projeto Boa Visão é destinado a crianças, mas a organização tam-bém procura atender idosos com

problemas de catarata por meio do programa Mutirão das Cataratas, realizado em em parceria com o Centro de Visão da Universidade Federal do Paraná.

FOrMANDO vOlUNTárIOSAlém de planejar e implemen-

tar ações sociais, o Rotary Inter-national também oferece progra-mas destinados aos membros da organização e aos seus familiares, com intuito de promover o conhe-cimento e auxiliar os rotarianos no melhor atendimento das necessi-dades de sua comunidade.

Entre estes programas está o In-tercâmbio de Jovens do Rotary, no qual clubes e distritos patroci-nam a viagem e a hospedagem de jovens entre 15 e 18 anos incom-pletos em países do exterior.

Pensando na situação de ins-tabilidade social vivida em certos países, o Rotary criou, por meio da Fundação Rotária, centros de estudo para a resolução de confli-tos. O intercâmbio para estudos em diferentes países também é ofereci-do visando a troca de experiências profissionais pela paz mundial.

Fernanda Feresjornalista

cUrIOSIDADES

Símbolo da dedicaçãoformado por uma roda de en-grenagem com 24 dentes e seis raios, o símbolo do rotary repre-senta o compromisso dos rota-rianos em compartilhar seus conhecimentos com a socieda-de. o número de dentes repre-senta as 24 horas do dia, e os seis raios da roda representam o ideal de servir da associação. Já o rasgo de chaveta, localizado no centro da roda, indica o rota-riano em seu individual – que representa o eixo principal de qualquer rotary club.

crianças entre 3 e 14 anos são atendidas pelo projeto boa visão

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aenorme turbulência pela qual estamos pas-sando neste momento está sendo muito importante em termos de aprendizado.

Com a redução mundial das transações co-merciais, muitas empresas decidiram partir para o jogo do “tudo ou nada”, oferecendo produtos e serviços em condições nunca vistas, na tentativa extrema de “salvar seus negócios”.

É claro que com tantas ofertas neste sentido, muitas empresas se “encantaram” e aproveitaram (e ainda estão aproveitando) estas oportunidades. Quando falamos de resultados a curto prazo, esta é uma opção bastante interessante, pois os benefí-cios são imediatos e os riscos não são grandes.

Mas qual é a responsabilidade de uma em-presa séria, que não está no mercado somente para aproveitar as oportunidades do momen-to? Sabemos que depois de grandes acidentes e tragédias, o trabalho de reconstrução é muito árduo, e muito maior do que aquele executado em dias normais. Esta reconstrução exige muitos recursos e energia daqueles que têm a responsa-bilidade de executá-la.

Obviamente, a busca da melhor opção para nossas empresas deve fazer parte de nossas ações diárias, incluindo aí o preço dos produtos, que também faz parte de uma estratégia vencedora. O que estamos contestando, porém, é a busca desenfreada por redução de preços, sem a pre-ocupação com outros fatores também funda-mentais de uma estratégia vencedora – como qualidade, produtividade, segurança logística e continuidade.

Quem disse que não devemos buscar pro-dutividade durante a crise? Quem pode afirmar que a qualidade deverá ficar em segundo plano? Quem não quer um fornecedor que pode ser a melhor opção também a longo prazo?

Hoje estamos assistindo a um movimento bastante agressivo na troca de fornecedores,

visando só a um resultado imediato. Mas nosso País irá precisar de mais do que simples vanta-gens imediatas para usufruir das oportunidades que seguramente virão após esta fase pela qual estamos passando.

Em alguns segmentos, já observamos a per-da de oportunidades de crescimento por parte de empresas que tomaram ações recentes com foco apenas em resultados de curto prazo, tais como: falta de matéria-prima, mão de obra, competitividade e até conhecimento, existentes anteriormente.

Fazemos parte de uma empresa que já esta no mercado mundial há quase 150 anos, e no Brasil há 60 anos. Nossa responsabilidade é tomar todas as ações necessárias e adequadas para o momento atual, mas nunca colocar em risco: a continuidade e a qualidade dos serviços presta-dos, a busca constante pela redução dos custos, o aumento de produtividade e a competitividade de nossos clientes, nosso patrimônio maior.

Estamos prontos para atender as suas neces-sidades agora, e certamente também estaremos juntos na hora da “reconstrução”, pois nosso foco está no sucesso de nossos clientes.

cláudio camacho

Diretordasandvikcoromantdobrasil

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Prontos para a reconstrução

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SANDVIK COROMANT - DISTRIBUIDORES

ANUNcIANTES NESTA EDIçãOO Mundo da Usinagem 61

Arwi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12Betamacchine . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23Blaser . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36Casa do Metal . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38Deb´Maq . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11Digimess . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7Dormer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17Dynamach . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31Ergomat . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5Grob . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9Haas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13HDT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19/37Hexagon . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18Intertech . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27Mazak . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29Mitutoyo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35Okuma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21Ricavi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22ROMI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15Sandvik . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4ª capaSandvik Local . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25Selltis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2ª capaStamac . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24Takamaz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33Techmei . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41Turrettini . . . . . . . . . . . . . . . . . .3ª capaUnimep . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

ARWI Tel: 54 3026-8888Caxias do Sul - RS

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HAILTOOLS Tel: 27 3320 6047Vila Velha - ES

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Movimento - CursosDurante todo o ano, a Sandvik Coromant oferece cursos específicos para os profissionais do mundo da usinagem. Acesse www.coromant.sandvik.com/br, na barra principal, clique em 'treinamento' e confira o Programa de Treinamento 2009. Você poderá participar de palestras e também de cursos in plant, ministrados dentro de sua empresa!

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claudio camacho (Sandvik coromant): (11) 5696-5580

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cOrrEçãOna reportagem “mais um caminho para a alta eficiência”, publicada na Revista O Mundo da Usinagem 60, a menção da página 20 que diz (veja mais detalhes na página 16) está equivocada. o correto seria (veja mais detalhes na página 22).

Publicação da Sandvik coromant do braSil iSSn 1518-6091 rg bn 217-147

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refrigeraçãoSaiba o que é tendência em fluidos de corte

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uSinagem de vidroProcesso de alta precisão exige cuidados especiais

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