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Jornal OJogo - 02.03.2015

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  • Jackson encantou com duas

    assistncias, uma de

    calcanhar

    XXXX30 ANOS

    OOJOGOJOGOSEGUNDA-FEIRA 2 MARO 2015 www.ojogo.ptAno 31, n. 9

    0,90 IVA Inc. f facebook.com/diariodesportivo.ojogot twitter.com/ojogo

    HOJE GRTISCAPA N 8

    16-02-2015 16:02:54

    Diretor Jos Manuel RibeiroDiretor adjunto Jorge Maia

    Jacksonencantouccccooommmmmmmm ddddddddduuuaaaaaaaaasssssss

    assistncias, uma de alcanhar

    SEGUNDA-FEIRA 2 MARO 2015O www.ojogo.ptAno 31, n. 9 0,90 IVA Inc.

    f facebook.com/diariodesportivo.ojogot twitter.com/ojogo

    HOJE GRTISCAPA N 8CAPA N 888

    Diretor Jos Manuel RibeiroDiDiiDiiDiiiiiDiiiiiiiiiiiiiiiiiDiiiiiiDiiiiirererereeeeeeeeeereererereeereeeerereeerereeeeeeerererereeeeeeerereeeereereeereeereererrrreeeeereereeereerrrrrrrrrreeeeeeererererrrrrrrrrrreeeeeeerererrrrrrrrrrereeeererererrrrrrrrerererrrrreererrreeereeerererereeeeeeeereeererereeeerrreeeeeeeettottotottottotottttototottotooottttttootototootototototottttttttotototototttttttoootototototoooototttttttttototototototttttttttototototooottttttttotototototoootototoototoototottttotoottttttotoottotoottoottotottotottooootottttototootootoootottotottttttotoooootttoooootototoorrr rrrrrrr rrr rrr r rrrrrrrrrrrrrr rrrrrrrrr rrrrrrrr rrrrrrrrrrrrrrr rrrr rrr rrrr rrrrrrrrrr rrrrrrr r rrr rr dddddddddddddddddaddddddddddddddddadaddadddddddddddddddadadadaddddddddddadaddddadaddddddadadadadddadadadaddddadadaddadadadadadadaddaddadadadadadadadadadadadadadadaddadadadaddadadddadadadadadadaddadaadaaddddadadadaddddddadddadadadddddddadaadaaaddadddadaddaaaadddadddadadddddadaaddddadadaadaadadddddadaaadadadadaddaaaddadaadjujujujuujjujjujjjujjujujjjujjujujjjjjujjjjujjjjujjujjjjjjjjjjujjjujujujujujujjujujujujuuuuuuuujujujujujuuuuuuuujujujujujujujuuuuuuujujujuuujujujujjjujuuuuuuujjujjujuuuuuujujuuuuuujuujuuuuuuuuujujuuuuuujujuujujujujjuuuujjjjjjjjjuuuuujuuuuujujjuuuuuuujujuujuuuuuuujjjuuuuuuuuuuuuuujuuuuuuujj ntntntnnnntntnnntnntntnnnnntnntttttttttoooo ooooooooooooooo oooooooooooooooo JoJ rge Maia

    Pizzi j bate Enzo aos

    pontos

    3 0

    FC PORTOSPORTING

    Lopetegui: Fomos fantsticos, superiores em tudoMarco Silva: Primeiro golo abanou a equipa

    P16-18

    INGLATERRAChelsea bate Tottenham [2-0]

    Acadmica-Arouca 1-1

    Penafi el-Moreirense 1-2

    Nacional-V. Setbal 3-0

    MOURINHO GANHA TAA DA LIGA P31

    PORTISTAS DOMINARAM EM TODA A LINHA E TELLO ESTEVE PERFEITO NO CARA A CARA COM PATRCIO

    ESMESMAAGAGADORDOR

    P4-15

    P21-23

    assiu

    ca

    Jonathan faz outro golo e

    reclama mais ateno

    Assistncias e golos superam os melhores nmeros do argentinoem igual perodo no Benfi ca

    Coleo 30 Anos de Ouro

  • I LIGA

    JORNADA A JORNADA

    CLASSIFICAO

    1 Benfica Liga dos Campees g 59 26 23 19 2 2 11 10 1 0 12 9 1 2 57 10 30 2 27 8 5 4 2 1 2 FC Porto Liga dos Campees g 55 19 23 17 4 2 12 10 1 1 11 7 3 1 55 10 30 3 25 7 5 4 2 2 3 Sporting Liga dos Campees g 47 11 23 13 8 2 12 7 5 0 11 6 3 2 42 20 23 9 19 11 3 2 2 2 4 Braga Liga Europa g 46 13 23 14 4 5 11 9 1 1 12 5 3 4 39 14 21 4 18 10 2 2 3 1 5 V. Guimares Liga Europa g 40 4 23 11 7 5 12 7 4 1 11 4 3 4 36 20 24 6 12 14 11 9 1 1 6 Belenenses g 34 1 22 9 7 6 11 4 5 2 11 5 2 4 22 22 11 8 11 14 4 2 5 4 7 Nacional c 31 -5 23 9 4 10 12 7 2 3 11 2 2 7 29 32 16 7 13 25 3 3 2 1 8 Paos de Ferreira b 30 -6 22 8 6 8 12 6 3 3 10 2 3 5 28 33 21 15 7 18 6 3 6 4 9 Rio Ave b 29 -4 23 7 8 8 11 5 4 2 12 2 4 6 28 30 16 8 12 22 2 2 6 5 10 Moreirense c 28 -5 23 7 7 9 11 4 3 4 12 3 4 5 21 26 10 10 11 16 3 2 5 4 11 Martimo b 27 -6 23 8 3 12 11 6 1 4 12 2 2 8 29 33 18 12 11 21 3 3 4 3 12 Estoril g 25 -8 23 6 7 10 11 4 2 5 12 2 5 5 24 39 13 18 11 21 2 2 6 6 13 Boavista g 22 -11 23 6 4 13 11 5 1 5 12 1 3 8 17 38 13 14 4 24 2 1 6 6 14 Arouca g 20 -13 23 5 5 13 11 4 2 5 12 1 3 8 16 35 10 16 6 19 3 2 5 2 15 Acadmica c 19 -17 23 2 13 8 12 0 10 2 11 2 3 6 15 29 10 15 5 14 4 3 2 2 16 V. Setbal b 19 -14 23 5 4 14 11 5 1 5 12 0 3 9 16 39 12 13 4 26 4 3 6 4 17 Gil Vicente g 18 -18 23 3 9 11 12 2 6 4 11 1 3 7 18 38 11 20 7 18 2 2 3 3 18 Penafiel g 16 -20 23 4 4 15 12 2 1 9 11 2 3 6 20 44 13 30 7 14 6 6 4 4

    PONTOS PARTIDAS GOLOS PENLTIS TOTAL CASA FORA TOTAL CASA FORA FAVOR CONTRA P * J V E D J V E D J V E D M S M S M S T M T M

    Legenda: Diferena entre o total de pontos conquistados e o total de pontos possveis de conquistar em casa. J Jogos; V Vitrias; E Empates; D Derrotas; M Golos marcados; S Golos sofridos; T Tentados; M Marcados Nota: o vencedor da Taa de Portugal apura-se para o play-o da Liga Europa. Caso o vencedor, ou o finalista vencido da Taa de Portugal, se classificarem entre os cinco primeiros, abre-se uma vaga europeia ao 6 classificado

    RESULTADOS 23 JORNADA V. Guimares-Martimo 1-0 Gil Vicente-Boavista 1-1 Benfica-Estoril 6-0 Rio Ave-Braga 0-2 Acadmica-Arouca 1-1 Penafiel-Moreirense 1-2 Nacional-V. Setbal 3-0 FC Porto-Sporting 3-0 Hoje 20h00 Sport TV1 Belenenses-P. Ferreira RBITRO: MANUEL MOTA (AF BRAGA) PRXIMA JORNADA 24 Sexta-feira, 06/03/2015 20h30 Sport TV1 Braga-FC Porto Sbado, 07/03/2015 19h15 Sport TV1 V. Setbal-Belenenses Domingo, 08/03/2015 16h00 Moreirense-Acadmica 16h00 Martimo-P. Ferreira 16h00 Sport TV1 Arouca-Benfica 17h00 Estoril-Gil Vicente 19h15 Sport TV1 Boavista-V. Guimares Segunda-feira, 09/03/2015 18h00 Rio Ave-Nacional 20h00 Sport TV1 Sporting-Penafiel

    EXCLUDOS JORNADA 24 Vermelho: Haghighi (Penafiel) Duplo-amarelo: Miguel Oliveira, (Arouca), Anderson Esiti (Estoril) e Marega e Raul Silva (Martimo B) 5 amarelo: Iago (Acadmica), Iuri Medeiros, Pintassilgo e Rui Sampaio (Arouca), Carlos Santos, Julian e Philipe Sampaio (Boavista), Bruno Gallo, Edgar Costa e Joo Diogo (Martimo), Ukra (Rio Ave), Bruno Gaspar e Joo Afonso (V. Guimares) e Frederico Venncio (V. Setbal) 23 JORNADA 5 amarelo: Ricardo (P. Ferreira)

    GOLEADORES Clube T C F GP 1 Jackson FC Porto 17 7 10 (1) 2 Hassan Rio Ave 11 5 6 (1) 3 Andr Andr V. Guimares 11 8 3 (8) 4 Lima Benfica 10 6 4 (2) 5 Maazou Martimo 9 4 5 (1) 6 Talisca Benfica 9 2 7 (0) 7 Marco Matias Nacional 9 5 4 (2) 8 Jonas Benfica 8 5 3 (1) 9 Deyverson Belenenses 8 5 3 (0) 10 Salvio Benfica 8 4 4 (0)

    Legenda. T Total; C Casa; F Fora; GP Penlti. Critrios de desempate favorveis: a) menos minutos de jogo; b) mais golos marcados fora; c) menos golos de penlti

    de p direito

    de p esquerdo

    de cabea outros6 8 2 1

    ZONA DOS GOLOS

    Jackson (FC Porto)

    ACADMICA 1-1 0-2 0-0 1-1 2-2 0-3 1-1 0-0 2-2 1-1 1-1 1-1

    AROUCA 0-1 1-0 1-1 0-5 1-0 3-3 0-1 1-0 1-3 1-2 1-0

    BELENENSES 0-0 0-0 3-1 0-1 2-0 1-0 3-1 0-0 1-1 0-3 1-1

    BENFICA 4-0 3-0 3-0 6-0 1-0 3-1 2-0 1-0 1-1 3-0 3-0

    BOAVISTA 1-0 3-1 0-1 1-0 1-2 0-2 3-2 1-2 1-0 1-1 1-3

    BRAGA 2-0 2-1 3-0 2-1 2-0 1-0 3-1 3-0 3-0 0-1 0-0

    ESTORIL 1-2 1-0 1-2 2-3 0-2 2-2 1-1 2-1 1-5 1-0 1-0

    FC PORTO 3-0 0-2 0-0 2-1 2-0 3-0 2-0 5-0 5-0 3-0 1-0 4-0

    GIL VICENTE 1-1 1-1 1-1 1-1 1-5 1-2 0-0 1-0 2-1 0-4 1-3 1-1

    MARTIMO 2-1 1-2 0-4 4-0 2-1 0-0 1-0 1-2 1-2 2-0 4-0

    MOREIRENSE 1-0 0-1 1-3 1-0 0-0 0-2 2-0 2-3 2-0 0-0 1-1

    NACIONAL 1-0 2-0 2-1 1-2 2-1 1-1 1-0 3-0 0-1 0-0 0-1 3-0

    P. FERREIRA 2-1 2-0 1-0 1-1 0-1 1-1 3-2 2-3 2-1 1-2 2-2 4-1

    PENAFIEL 1-3 0-3 1-6 1-2 1-3 3-4 1-2 2-1 0-1 0-4 1-1 2-0

    RIO AVE 3-0 1-2 0-0 4-0 0-2 2-1 0-0 0-0 1-1 3-2 2-0

    SPORTING 1-0 1-0 1-1 1-1 3-0 1-1 2-0 4-2 1-1 1-1 4-2 3-0

    V. GUIMARES 4-0 0-1 3-0 1-1 2-2 1-0 2-1 4-0 1-1 3-0 0-0 3-0

    V. SETBAL 0-0 0-5 0-1 1-3 2-0 1-0 2-1 2-0 0-1 4-1 0-1

    ACA

    DM

    ICA

    ARO

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    BELE

    NEN

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    [email protected]

    Manuel Casaca FC Porto esclarecedor

    U m FC Porto demoli-dor e um Tello como ainda no se tinha visto em Portugal esclarece-ram quaisquer dvidas: a luta pelo ttulo apenas a dois e o Sporting vai mesmo disputar o terceiro lugar com o Braga. Pressionados pela goleada imposta pelo Benca ao Estoril, os portistas respon-deram de forma inequvoca, garantindo a primeira vitria de Julen Lopetegui num

    clssico do futebol portu-gus. O FC Porto tem agora uma deslocao curta mas complicada a Braga, onde reencontra Srgio Concei-o. Os bracarenses atraves-sam a melhor fase da poca e vo na quinta vitria consecutiva, ameaando seriamente o ltimo lugar de acesso Liga dos Campees. O triunfo em Vila do Conde permitiu equipa arsenalista fugir ao principal rival do

    Minho, de regresso aos triunfos depois de cinco jogos sem ganhar. Trs pontos que garantiram ao V. Guimares no ter de esperar pelo resultado de hoje do Belenenses para saber se corria o risco de ter a equipa

    lisboeta como parceira no ltimo lugar de acesso Liga Europa. Mais abaixo, na luta pela permanncia, Boavista e Arouca empataram fora e caram mais longe do inferno da II Liga. Os axadrezados foram mesmo os grandes vencedores da ronda, porque empataram em Barcelos, cando em vantagem no confronto direto com o Gil Vicente.

    b Penafiel permitiu nova reviravolta, tal como havia acontecido com Martimo, Paos de Ferreira e Gil Vicente

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    DE BOLA PARADA:

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    Segunda-feira, 2 maro 2015www.ojogo.ptf facebook.com/diariodesportivo.ojogo t twitter.com/ojogo2

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    I LIGA

    I LIGA

    CATEGRICO Trs golos de Tello tirados a papel qumico traduzem o domnio avassalador do FC Porto num clssico de sentido nico que deixa o Sporting a lamber as feridas e a fazer contas

    ARTE TRICK SERVI FC PORTO-SPORTING 3-0

    MOMENTO311-0 FRMULA RESOLVENTE. O FC Porto quis mandar no jogo desde o primeiro minuto, mas o ner-vosismo que as duas equipas acusaram du-rante a primeira meia hora, tornava difcil tra-ar uma tendncia definitiva para a partida. At que Jackson a apontou. De calca-nhar, por sinal. O magistral passe do colombiano, a lembrar o golo que marcou ao Sporting h duas pocas, des-tapou a careca ao lado esquerdo da defesa dos lees e iso-lou Tello na cara de Patrcio pela primeira vez no jogo. Uma frmula que o FC Porto repe-tiu trs vezes, at deixar o clssico resolvido. E uma parte do campeonato com ele.

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    ncia definitiva para a partida. on a apontou. De calca-O magistral passe , a lembrarrcouhes-ao

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    Antes de mais nada, as not-cias: o FC Porto venceu de for-ma categrica o primeiro cls-sico da temporada, encurtou a distncia para o Benca para quatro pontos e aumentou a diferena para o Sporting para oito, conseguindo no s re-duzir a discusso pelo ttulo a um dilogo a dois com os en-carnados, mas garantindo uma margem de conforto muito signicativa no que diz respeito ao acesso direto pr-xima edio da Liga dos Cam-pees. Para o Sporting, sobrou o reverso da medalha: os lees perderam o primeiro clssico da temporada de forma con-frangedora, viram os dois ri-vais histricos escapar para l do que razovel imaginar como recupervel e tm o Bra-ga a morder-lhes os calcanha-res a apenas um ponto de dis-tncia.

    Mais complicado ser perce-ber exatamente at que ponto foi mais decisivo para este des-fecho que o FC Porto tivesse feito um dos melhores jogos da temporada ou que o Spor-ting tivesse assinado uma das exibies menos conseguidas, embora o mais provvel que as duas coisas estejam ligadas. Certo que no ser fcil en-contrar registo de um clssico to monocrdico como o de ontem, no Drago. De tal for-ma que Fabiano chegou ao -

    nal do jogo sem ter realizado uma nica defesa que merea esse nome, tal como o Spor-ting terminou a partida sem conseguir reclamar uma ni-ca oportunidade de golo capaz de contrariar o domnio as-xiante que a equipa de Julen Lopetegui imps praticamen-te desde o incio.

    O praticamente justica-se aqui pelo nervosismo que marcou a primeira meia hora do jogo e que explica a multi-plicao de passes falhados e de erros no forados de parte a parte, que foi mastigando o jogo a meio-campo at amea-ar torn-lo intragvel. De res-to, foi por a que a partida se de-niu, o que no quer dizer que tenha sido por a que se deci-diu. Explicaes: talvez fosse o desgaste fsico e psicolgico acumulado na eliminatria perdida para o Wolfsburgo a meio da semana ou talvez te-nha sido a presso extra garan-tida por Evandro, o trunfo que Lopetegui tirou da manga para atormentar William e compa-nhia no jogo de ontem, mas por uma vez esta temporada o Sporting perdeu a batalha do miolo para o FC Porto. O que explica o tal domnio exercido pelos portistas ou a absoluta incapacidade dos lees para

    chegarem rea de Fabiano, mas no explica o resto, con-cretamente os golos.

    Ora, justo recordar que o Sporting j tinha conseguido empatar e ganhar ao FC Porto esta poca sem Jeerson na defesa, mas impossvel olhar para os trs golos de Tello e no perguntar se a experincia do lateral brasileiro no teria fei-to alguma diferena. Talvez no no lance do primeiro golo, porque contra o gnio no h argumentos. O toque de calca-nhar de Jackson o tipo de coi-

    sa que desmonta qualquer de-fesa, tornando o golo numa inevitabilidade. Mas ver o lan-ce repetido trs vezes, com Tello a explorar o espao nas costas de Jonathan para se iso-lar na cara de Rui Patrcio at acumular o primeiro hat trick com a camisola do FC Porto justica a dvida: Jeerson no seria mais til a jogar do que a treinar parte na Acade-mia?

    Por outro lado, para sermos completamente justos, a in-tensidade que o FC Porto colo-cou no jogo, a forma como se superiorizou em todas zonas do campo, especialmente no incio da segunda parte, quan-do se esperava pela reao dos lees desvantagem, foi su-ciente para tornar irrelevante qualquer resistncia ao avolu-mar do resultado. Que, por si-nal, podia ter sido bastante mais expressivo. Alis, se a go-leada do Benca ao Estoril foi uma demonstrao de fora dos encarnados, a forma como o FC Porto vergou o Sporting garante-nos que a luta pelo t-tulo vai durar at ao ltimo as-salto. E essa uma grande no-tcia para o campeonato.

    Jackson e Tello criaram a sociedade dos golos

    DO NUMA BANDEJA FILME DO JOGO1 4 Joo Mrio apro-veita um ressalto na rea do FC Porto para en-saiar o primeiro remate do jogo. Enrolado e ao lado.

    3 0 Herrera, na pe-quena rea, tem tudo para fazer o golo, mas adorna demasiado e acaba por tentar um cruzamento disparatado que sai demasia-do alto.

    3 1 [1-0] Golo de Tello [ver MOMENTO]. 39 Lance de Evandro na esquerda, a cru-zar para a entrada da rea onde Tello ganha um ressal-to e remata, mas por cima da baliza de Patrcio.

    5 0 Tello ganha duas vezes sobre To-bias Figueiredo e serve Jackson que, em zona fron-tal, permite o corte de Cdric para canto.

    5 8 [2-0] Jackson ou-tra vez a lanar Tello, que ganha as costas da defesa do Sporting para ficar outra vez sozinho com Patr-cio e fazer o segundo.

    6 0 Herrera lana Quaresma na es-querda, o extremo procura o tiro, que acaba intercetado, sobrando para o remate de ressaca de Jackson ao lado.

    8 2 [3-0] Desta vez Herrera a lanar Tello, que, pela terceira vez na cara de Patrcio, no per-doa.

    87 Livre de Quares-ma com Marcano a rematar de cabea barra da baliza de Patrcio.

    O FC Porto explorou uma das piores exibies do Sporting esta poca at ao tutano, dominando o jogo do princpio ao m e garantindo uma vitria categrica que h de ter ecos na luta pelo ttulo

    bbb

    JORGE MAIA

    Marco Silva tentou reagir entrada avassaladora do FC Porto na segunda parte ainda antes de sofrer o segundo golo. Slimani e Capel estavam junto ao quarto rbitro, prontos para entrar, quando Tello bateu Patrcio pela segunda vez, tornando as mexidas imaginadas pelo tcnico pouco menos do que irrelevantes, mas nem por isso menos bvias. Com Adrien a assinar uma das piores exibies da temporada e Montero isolado do resto da equipa, Marco Silva tentou dar profundidade ao futebol dos lees, acrescentando Capel a uma das alas e recuan-do Nani para o apoio direto a Slimani, que deveria impor o poderio fsico entre os centrais portistas. Uma boa inteno que a intensidade do futebol portista a meio-campo nunca deixou passar disso mesmo.

    Substituies Msculo de Slimani chegou tarde e a ms horas

    I LIGA

    FC PORTO SPORTING

    FC PORTO Treinador: Julen Lopetegui Substituies: Brahimi por 7 Quaresma AD (nota 6), 58; Evandro por 36 Rben Neves MD (nota 5), 71; Danilo por 3 Martins Indi DC (nota -), 84 Suplentes no utilizados: 1 Helton GR, 17 Hernni AD, 10 Quintero MO, 39 Gonalo Pacincia AV

    SPORTING Treinador: Marco Silva Substituies: Adrien por 11 Capel AE (nota 3), 61; Montero por 9 Slimani AV (nota 3), 61; Carrillo por 8 Andr Martins MO (nota -), 80 Suplentes no utilizados: 22 Marcelo GR, 13 Miguel Lopes LD, 24 Rosell MD, 19 Tanaka AV

    Estdio do Drago 43 111 espectadores

    rbitro: Artur Soares Dias (AF Porto) Assistentes: Bertino Miranda

    e Rui Licnio 4. rbitro: Lus Ferreira

    Cartes amarelos: Jonathan (54), Danilo (62), Nani (62), Cdric (65), Alex Sandro (90) Vermelhos: nada a assinalar

    3 0

    0 PONTOS O JOGO DE 0 A 10.

    612-Fabiano

    55551-Rui Patrcio

    74-Maicon

    65-Marcano

    62-Danilo

    826-AlexSandro

    66-Casemiro

    715-Evandro

    716-Herrera

    911-Tello

    58-Brahimi8

    9-Jackson

    455-Tobias

    Figueiredo

    626-PauloOliveira

    541-Cdric

    433-Jonathan

    423-Adrien

    414-William Carvalho

    517-Joo Mrio

    477-Nani

    418-Carrillo

    410-Montero

    Golos 1-0 Tello 31 2-0 Tello 58 3-0 Tello 82 M

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    FC PORTO-SPORTING 3-0

    Fabiano 6 Impossvel vitaminar-lhe a nota pelo simples facto de que no efetuou uma nica defesa em todo o jogo. O nico remate digno desse nome do Sporting saiu ao lado. Controlou bem os cruzamentos e no vacilou com os ps. Danilo 6 Habituou mal os portistas e por isso fica a sensao de uma exibio menos conseguida. A verdade que cumpriu com o que lhe era exigido: defender. Mesmo sem muito apoio, controlou Nani sem dificuldade. Mais atrevido na segunda parte. Maicon 7 Dominou o espao areo defensivo com categoria, anulando a maior parte dos cruzamentos. Em resumo, nenhuma bola lhe escapou. Pena alguns passes longos mal medidos. Marcano 6 Comeou nervoso e desastra-do na entrega, com erros no forados que causaram alguns calafrios aos adeptos. De positivo, a irrepreensvel marcao a Montero, a quem no deu hipteses, e um cabeceamento trave nos minutos finais. Alex Sandro 8 Grande noite. Eficaz a defender, excelente a recuperar bolas e desequili-brador nas transies. Deu profundidade ao lado

    FC PORTO UM A UM

    Genialidade de Jackson e um Tello a deslumbrar

    A FIGURATello: 9 Que bem lhe ficou o fato de matadorH mais de 30 anos que um clssico com estes dois intervenientes no tinha um hat trick. Ontem, Tello trocou na perfeio de papis com Jackson e imitou Jordo. Letal e com uma frieza incrvel, surgiu trs vezes na cara de Rui Patrcio e em todas foi capaz de escolher o melhor lado para finalizar. O lance do primeiro golo um hino ao futebol pelo passe de calcanhar de Jackson. A sociedade manteve-se no 2-0, mas com menor nota artstica... A fechar, voltou a no vacilar, desta vez aps assistncia de Herrera. E como no se limitou a finalizar, foi ainda quem mais cruzou nos portistas.

    esquerdo, empurrando a equipa para a frente. Uma exibio que h muito lhe escapava e sempre a alta velocidade. Casemiro 6 Foi dos mais discretos, o que no propriamente negativo. Travou, em falta, um contra-ataque nos minutos iniciais e perdeu algumas bolas. Mas tambm recuperou bastantes e ajudou a estancar os ataques do Sporting. Herrera 7 verdade que nem sempre decidiu bem e rpido, mas

    trabalhou at exausto e a toda a largura. Aos 31 esteve perto de marcar um golao: depois de sentar dois defesas tentou o chapu a Rui Patrcio, mas a bola saiu por cima. Brilhou aos 82 com o passe que isolou Tello para o 3-0. Evandro 7 A grande ovao que ouviu quando saiu (71) diz tudo da exibio do eleito para render liver no clssico. Mesmo na primeira meia hora, a pior fase da equipa, foi o mais esclareci-do na conduo e entrega da bola. Deu consistncia e justificou a aposta.

    Brahimi 5 Trs remates e meia dzia de fintas sem grande consequncia. Desta vez no espalhou magia e foi, sem surpresa, o primeiro a sair. Jackson 8 Inverteu os papis: no marcou, mas ofereceu dois golos com enorme classe. Ento o passe de calcanhar (j tinha marcado assim aos lees em 2012/13) para o primeiro de Tello uma obra de arte que valeu, por si s, o preo do bilhete! Merecia o golo da praxe, mas no foi eficaz, caso contrrio a

    goleada poderia ter sido pica. Quaresma 6 Entrou muito bem no clssico para acrescentar velocidade e profundidade ao lado esquer-do, lanando o pnico na rea do Sporting. Rben Neves 5 Rendeu Evandro para ajudar a gerir melhor os ritmos nos minutos finais. Martins Indi esquerdino, mas fechou uns minutos o lado direito da defesa porque Danilo pediu para sair. CARLOS GOUVEIA

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    MAIS REMATES 1 Tello (FC Porto) 5 2 Jackson (FC Porto) 2 3 Marcano (FC Porto) 2 4 Brahimi (FC Porto) 2

    ESTATSTICA DO JOGO

    CANTOS b 9 b 1

    FALTAS COMETIDAS b 23 b 18

    CRUZAMENTOS b 19

    b 14

    FORAS DE JOGO b 1 b 1

    REMATES b FC Porto 13 b Sporting 4

    EFICCIA REMATE/GOLO b 23,1% b 0%

    Grande rea6 b 0 b

    Fora da rea

    Pequena rea

    ZONA REMATES

    1 b 0 b

    6 b 4 b

    Golos3 b 0 b

    Fora7 b 4 b

    baliza2 b1 b

    CONSEQUNCIA

    Poste

    b 0b 1

    b 42% 19 26

    b 58% 26 46

    9307 / 58%

    POSSE DE BOLA: TEMPO TOTAL TIL

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  • FC PORTO-SPORTING 3-0

    Rui Patrcio 5 Confirmado: os ares do Drago afetam o guarda-redes, que ali sofre como em nenhum outro stio. Sem chances nos golos encaixa-dos, antes fizera s uma defesa, a disparo de Brahimi (25). Viu uma bola bater-lhe na trave aos 87 e evitou o quarto, a remate de Jackson, nos descontos. Cdric 5 Bem a fechar no flanco e no eixo, no foi pelo seu lado que a coisa descambou. Fez um grande corte aos 50 a tentativa de Jackson e ainda teve trabalho extra com a entrada de Quaresma. Paulo Oliveira 6 O mais eficiente leo. Seguro, competente nas alturas, bem a antecipar-se, s foi mesmo surpreendido pelo gnio de Jackson no primeiro do FC Porto, lance em que s pde correr atrs. Fez vrias

    intercees na zona frontal, em especial a centro perigoso de Tello (47) e num rasgo de Jackson (48). Tobias Figueiredo 4 At comeou bem, mas os nervos do clssico corroeram-no. A partir dos 30, comeou a deixar-se pressionar quando temporizou nas sadas, at trocar-se por completo aos 50, perdendo a bola, sendo fintado uma e outra vez, valendo-lhe Cdric. Tem a juventude como atenuante. Jonathan Silva 4 Ousado a subir, mas permissi-vo no espao defensivo, deixou Tello armar o bom e bonito na sua retaguarda. Mesmo quando parou Danilo, teve o 11 portista a esfaque-lo pelas costas. William Carvalho 4 Duro no choque e a querer aproximar-se da rea portista, acabou a primeira parte num

    SPORTING UM A UM

    Paulo Oliveira no passa vergonha

    Esforo de Paulo Oliveira no tapou todos os buracos

    Joo Mrio travou vrios duelos com Casemiro

    precioso desarme sobre Herrera (45). Voltou descon-centrado, vagaroso a recuperar, recorrendo amide falta. Falhou o corte no lance do hat trick de Tello. Adrien 4 Entrou agressivo na recupera-o, mas foi de um desacerto gritante no passe, deixando-se at desarmar em zonas comprometedoras. Chutou por cima, aos 28, mas nunca deu chispa ofensiva. Primeiro jogador retirado por Marco Silva. Joo Mrio 5 Foi dele o primeiro tiro (frouxo) baliza, aos 14. Deu qualidade posse e circulao da bola, sendo hbil a fugir marcao. Sofreu com o assertivo reatamento portista, perdendo ligao ao jogo. Dos menos maus. Carrillo 4 Apercebeu-se do facilitismo entre Marcano e Alex Sandro, mas no retirou proveito. Rematou na passada ao lado (38) e desnorteou-se perto

    do intervalo, chamando a transio portista. Fraca segunda parte, imagem do coletivo. Nani 4 Saiu em contragolpe no incio, mas acusou crescente dificuldade de progresso aps o recomeo. Sem rasgo e com pouco espao, cobrou um livre ao lado no ltimo lance do jogo. Muito pouco de quem tanto se espera. Montero 4 Movimentado, mas precipita-do quando teve de estacar e devolver a bola, foi anulado pela defensiva nortenha e cedeu o lugar a Slimani. Capel 3 Tentou agitar na esquerda, mas no conseguiu. Slimani 3 A sua ao foi esparsa, sem influncia. Andr Martins - S se viu numa falta cometida e noutra sofrida.FILIPE ALEXANDRE DIAS

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  • FC PORTO-SPORTING 3-0

    FC PORTO - SPORTING 3-0

    Apreciao global

    rbitro: Artur Soares Dias (AF Porto) Assistentes: Bertino Miranda e Rui Licnio

    Amarelos: Jonathan 54, Danilo 62, Nani 62, Cdric 65, Alex Sandro 90 Vermelhos: Nada a assinalar

    Brahimi estava em posio

    regular no momento do passe de Herrera?

    Havia motivos para assinalar

    penlti num desvio de Mon-tero aps canto de Tello?

    Tobias Figueiredo cometeu falta so-

    bre Jackson? Penlti contra o Sporting por ajuizar?

    Cdric justificava carto amarelo

    seria o segundo por falta so-bre Jackson?

    244750

    86

    Mesmo com repeties pouco esclarecedoras, fica a ideia de ter sido uma boa deciso e de

    Brahimi ter sado de posio regular no momento do passe de Herrera.

    No houve motivo para grande penalidade. Lance tpico de bola que vai mo, no havendo ato

    deliberado e intencional de Montero. Boa deciso do rbitro ao nada assinalar.

    Lance legal. Tobias Figueiredo esticou a perna muito antes de Jackson passar e foi este que

    posteriormente, ao saltar, acabou por deixar e tocar com o p na perna do central leonino.

    Cdric entrou em tackle de forma imprudente e j prximo da rea, acabando por tocar,

    rasteirar e derrubar, com algum perigo, Jackson. Infrao passvel de amarelo, que, na ocasio, seria o segundo.

    Desateno do rbitro assisten-te. No exato momento do passe, Brahimi estava adiantado em

    relao ao penltimo defensor. Fora de jogo no assinalado, incorretamente.

    Montero jogou a bola com o peito, em ocasio alguma ter tocado a bola de forma irregular.

    Bem avaliado.

    Tobias Figueiredo tinha a posio conquistada e foi Jackson que tentou ludibriar o

    rbitro, embatendo-lhe com o p. Em bom rigor, exigia-se livre indireto contra o FC Porto e carto amarelo a Jackson.

    Cdric foi objetivo e deliberado na infrao praticada. Faltou a exibio do carto amarelo, que

    seria o segundo.

    Em linha ou ligeiramente adiantado, no entanto no nos podemos esquecer que, em

    dvida, o rbitro assistente, quando a tem, deve abster-se de punir. Foi o que Rui Licnio fez.

    Bola no peito de Montero, que tudo fez para afastar os braos, evitando criar problemas

    deciso do rbitro, que, corretamente, deixou prosseguir o jogo, no assinalando qualquer falta.

    Tobias Figueiredo esticou bem a perna e, sem jogar a bola, toca na perna de Jackson, derruban-

    do-o. Grande penalidade por assinalar.

    Erro grave. Todo o estdio viu, todas as pessoas sabem que foi falta (bem assinalada) e, naquele

    local e naquela jogada, era carto amarelo e consequente expulso por acumulao.

    Bola na mo ou mo na bola de Cdric na rea do Sporting, aps remate de Jackson? Ficou um penlti por assinalar?

    90+2

    Lance sem motivo para grande penalidade. O remate foi feito de muito perto, tratou-se de uma

    bola inesperada, no dando hiptese a Cdric de evitar o contacto da mesma com o brao, que estava em posio natural e normal, em funo do movimen-to em queda do jogador do Sporting.

    Cdric, na frente de Rui Patrcio, correspondeu ao remate de Jackson com um manifesto

    corte da bola com o brao direito. O jogador do Sporting impediu a progres-so da bola, cometendo grande penalida-de que passou em claro, sem devido julgamento e punio com carto amarelo.

    Jackson rematou de perto e a bola foi ao brao de Cdric, em posio quase natural naquela

    jogada, sem movimentar deliberadamen-te o brao. O rbitro decidiu bem ao no assinalar grande penalidade.

    Num jogo de sentido nico, no teve grandes problemas, por respeito e comportamento cordato dos jogado-res. Cometeu dois erros penalizado-res: segundo carto amarelo a Cdric no exibido, grande penalidade no sancionada.

    Em jogo de elevado grau de dificuldade, a equipa de arbitragem no teve influncia no resultado, decidindo bem ao nvel tcnico, nomeadamente nas reas, e fazendo uma gesto inteligente da disciplina, embora com alguns lapsos. Boa colaborao dos assistentes.

    Arbitragem irregular. Oscilante nos erros nas reas e nas decises discipli-nares, onde no foi coerente e criterioso. Auxiliado com competncia num jogo que teve grau de dificuldade mdio. Em 26 casos problemticos, teve 65 por cento de eficincia.

    Segunda-feira, 2 maro 2015www.ojogo.pt

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    1H um padro nos golos do FC Porto. Foi ao explorar o espao entre o central e o lateral que Lopetegui encontrou a chave do jogo? Evidente. Foram trs golos a atacar o mesmo espao e isso teve extrema relevncia. Vi, alis, muito FC Porto para pou-co Sporting, sem querer desres-peitar o Sporting. Os golos fo-ram quase idnticos, houve muita intencionalidade na for-ma como se explorou aquele es-pao, mas se no fosse por ali, seria por outro lado qualquer.

    2O que pretendeu Lopetegui com a aposta em Evandro? No deixa de ser uma surpre-sa, mas a colocao de Evandro visou dar equilbrio defensivo e ofensivo. Com Brahimi, caria demasiado para a frente e, com Rben Neves, demasiado para trs, acredito. De todas as op-es, seria a mais equilibrada e o jogo acabou por o conrmar.

    3Esta a melhor srie do FC Porto na Liga. tambm a melhor fase como equipa? Creio que sim. Lopetegui est a beneciar da sequncia que tem dado a uma estrutura que joga mais vezes e tambm tem o tempo a seu favor. Mas sa-liento que esta vitria vale por duas: acaba com o trauma dos clssicos, marcando a persegui-o ao Benca, e afasta o Spor-ting desta luta.

    Evandro foi a opo mais equilibrada

    Treinador

    3 QUESTES A CARLOS BRITO

    bbb Lopetegui venceu o seu primeiro clssico pelo FC Porto e, ainda que s valha trs pon-tos, como o treinador subli-nhou a certa altura, no nal do jogo, o certo que so pontos que mantm os drages na luta pelo ttulo. Sem eles, o cenrio seria bem diferente. Foi uma boa exibio frente a um adver-srio muito exigente. A equipa fez muitas coisas bem, foi fan-tstica, supermos o Sporting em tudo. Sabamos que preci-svamos de fazer um grande jogo frente a uma grande equi-pa, comentou. Mas nem assim assumiu que este jogo tinha li-

    mitado a questo do ttulo a FC Porto e Benca. No dia de fazer contas; as contas fazem-se no nal. Temos muito traba-lho pela frente e ainda falta muito, isto no termina aqui, vamos continuar a trabalhar e a acreditar. Quero dar os para-bns aos meus jogadores, in-sistiu.

    Mesmo depois de se superio-rizar ao Sporting, o treinador

    no falou da vitria como con-sequncia da melhor exibio da poca. No sei se foi a me-lhor. Mas j zemos excelentes exibies, s vezes no tivemos foi este acerto que tivemos hoje. Noutros clssicos, j t-nhamos feito boas exibies, no pelas vossas anlises, mas pelas nossas, que so diferen-tes, atirou. O FC Porto goleou um concorrente direto, mas Lopetegui abordou a exibio como um todo: No foi s no aspeto ofensivo que a equipa se destacou, mas na forma como ela pressionou, como se colo-cou em campo, e foi com isso que conseguiu minimizar as grandes individualidades ofen-sivas do adversrio. No tive-ram uma oportunidade, e ns muitas. No jogo da Taa de Por-tugal, em que o Sporting elimi-nou o FC Porto, Lopetegui j ti-nha dito que tinham sido supe-

    riores. De l para c mudaram muitas coisas em todas as equi-pas. Tivemos oportunidades claras, mas no marcmos na altura. Hoje fomos muito supe-riores, a realidade, vincou.

    Com a vitria no clssico, o FC Porto somou o quinto jogo a vencer e sem sofrer golos. A equipa est a fazer bem as coi-sas e a tentar melhorar em to-dos os aspetos. Trabalhamos para que os jogadores acredi-tem no que fazem, com men-talidade e ambio, apontou. Para Lopetegui, esta foi tam-bm a primeira vitria num clssico, mas o espanhol prefe-riu uma resposta mais realista: importante pelos trs pon-tos e pela repercusso que tem um jogo destes, mas s vale trs pontos... No falo do rbi-tro, porque no me pergunta-ram. Foi um jogo demasiado bonito.

    Lopetegui Fomos fantsticos, superiores ao Sporting em tudo

    CLSSICO Com a goleada ao Sporting, os azuis e brancos mataram dois coelhos de uma cajadada: afastaram (definitivamente) os lees do comboio do ttulo e mantm a presso sobre o Benfica

    O FC Porto superiorizou-se claramente ao Sporting. Mas Lopetegui no valorizou s o ataque, destacando antes a forma como a equipa pressionou e ocupou espaos

    No dia de fazer contas. Temos muito trabalho pela frente. Isto no acaba aqui J zemos boas exibies antes, s vezes no tivemos foi o acerto que tivemos hoje. Noutros clssicos, j tnhamos feito boas exibies O clssico importante pelos pontos e pela repercusso que tem, mas s vale trs pontos Pela forma como pressionmos e nos colocmos em campo, conseguimos minimizar as individualidades ofensivas do adversrio

    FC PORTO-SPORTING 3-0

    A minha equipa fez muitas coisas bem, supermos o Sporting em tudoJulen Lopetegui Treinador do FC Porto

    Trs jogos: um empate e uma vitria para cada treinador

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    LUSA

    Toda a reportagem ANDR MORAIS, ANTNIO M. SOARES, RAFAEL TOUCEDO

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  • bbb O Sporting terminou o clssico sem qualquer oportu-nidade agrante de golo e com uma derrota pesada que deixa no s os lees mais longe do segundo lugar (que d acesso direto fase de grupos da Liga dos Campees), como tam-bm com o ltimo lugar do p-dio em risco. Uma realidade re-conhecida pelo tcnico leoni-no Marco Silva, que assumiu o mau dia dos seus e a justia no marcador.

    Temos de reconhecer que foi uma vitria justa do FC Por-to. Foi um dia mau. Os porme-nores zeram a diferena. Cus-

    ta a forma como perdemos. Fim da linha no campeonato nunca pode ser, no m iremos fazer as contas. Est muito complicado e atrasmo-nos ainda mais para o primeiro lu-gar, mas desde o primeiro dia que digo que seria muito dif-cil. Terceiro lugar em risco? O Sporting tem de olhar para a frente, no temos de olhar para trs. Temos agora uma meia--

    nal da Taa de Portugal, por mrito, e vamos fazer de tudo para passar, atirou, recordan-do a participao leonina na prova que pode garantir um t-tulo esta temporada. Voltando anlise da partida, falou dos efeitos do 1-0, que considerou o momento-chave: Entrmos bem e organizados at ao pri-meiro golo, mas faltou-nos melhor denio. Na primeira meia hora o FC Porto s teve uma oportunidade... At ao primeiro golo tivemos perso-nalidade, agressividade e orga-nizao, mas esse golo abanou muito a equipa. Com aquele passe de Jackson para o Tello, o jogo vira. O FC Porto cresceu e no estava tranquilo, mas -cou... A primeira meia hora no indiciava o resultado nal.

    A forma como o citado golo afetou os lees e galvanizou o FC Porto foi referida vrias ve-

    zes por Marco Silva, que voltou a no se refugiar na desculpa do cansao derivado do desao de quinta-feira, com o Wolfsbur-go. Na anteviso do jogo no quis entrar por esse caminho, de um possvel desgaste, e no agora que vou arranjar uma desculpa. Foi intenso na quin-ta-feira e era muito fcil des-culpabilizar-me com isso, mas no quero entrar por a, insis-tiu.

    Marco Silva explicou que tentou mudar o rumo do jogo reticando ao intervalo e, depois, colocando Nani pelo meio para ter mais posse, mas as perdas de bola continua-ram... As oportunidades nas-ceram das nossas perdas em zo-nas proibidas. No pensmos rpido como o jogo exigia e a este nvel paga-se caro, disse, referindo ainda erros de mau posicionamento.

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    1 Marco Silva lamentou a grande quantidade de bolas perdidas na primeira fase de construo. Onde falhou a estratgia do Sporting nesse captulo? A partir dos 30 minutos, o FC Porto imprimiu um ritmo forte, pressionou mais alto e conseguiu recuperar muitas bolas. O Joo Mrio e o Adrien no conseguiram acompa-nhar o ritmo, abriram um bu-raco no miolo e o lance mgico do Jackson fez o resto. A equi-pa perdeu o controlo aps o 1-0 e rendeu-se presso alta do FC Porto.

    2 Pensa que a equipa acusou em demasia o desgaste do jogo frente ao Wolfsburgo? O Sporting esteve muito longe da equipa intensa dos clssicos anteriores. O desgas-te fsico e emocional do jogo europeu foi notrio e nunca houve capacidade para suster o mpeto do FC Porto.

    3 Marco Silva devia ter mexido mais cedo na equipa? Acredito que podia ter mu-dado ao intervalo, mas o pro-blema foi mais a nvel coletivo do que individual. Quando o Slimani e o Capel foram lana-dos, o FC Porto tinha o dom-nio absoluto do jogo e era com-plicado a qualquer jogador mudar os acontecimentos.

    A equipa rendeu-se aps o 1-0

    Antigo jogador do Sporting

    3 QUESTES A MRIO JORGE

    Marco Silva O primeiro golo abanou muito a equipa, foi um dia mau

    CRTICO O treinador do Sporting lamentou o mau futebol praticado pela sua equipa, com erros de posicionamento defensivo e nas sadas para o ataque, em particular aps o 1-0

    Fim da linha no campeonato nunca pode ser. Terceiro lugar em risco? No temos de olhar para trs Foi uma vitria justa do FC Porto e um dia mau nosso. Custa a forma como perdemos Entrmos bem, estivemos bem e organizados at ao primeiro golo. A primeira meia hora no indiciava o resultado nal Foi intenso com o Wolfsburgo, na quinta-feira, e era muito fcil desculpabilizar-me com isso. No pensmos rpido e perdemos muitas bolas

    FC PORTO-SPORTING 3-0

    Com aquele passe do Jackson para o Tello, o jogo vira. O FC Porto cresceuMarco Silva Treinador do Sporting

    Nani no consegue fugir a Herrera: uma sensao de fragilidade muito acentuada aps o primeiro golo

    Marco Silva deu a entender que continua a pensar mais em chegar ao segundo lugar que em salvaguardar o terceiro e voltou a no se queixar do desgaste gerado pelo jogo com o Wolfsburgo

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    A CHAVE: PRESSIONAR PARA JOGAR

    A s grandes imagens deste jogo so os passes de Jackson e a velocidade de Tello, mas a chave esteve na forma como o FC Porto ganhou o meio-campo pela maior intensidade na presso e pela maior capacidade na recuperao de bola. H sempre um clique no jogo que determi-na a sua tendncia. O deste, aps 20 minutos de equilbrio ttico, foi o lance de Herrera, aquele chapu que teve efeito mental, ttico e at fsico no jogo; com esse lance, o FC Porto percebeu que podia estar em campo de outra forma. Foi o momento que marcou a clivagem, aps uma fase em que se procurou o erro na sada de bola.

    HOMENS DO JOGO: OS MOTORES DO PASSE O homem dos golos Tello, o homem do jogo Jackson. Parece a mesma coisa, mas so conceitos muito diferentes. Neles se resume a essncia do passe e a essncia da nalizao, mas este foi um jogo em que os atores secundrios tiveram tanta impor-tncia quanto os protagonistas. Nesse campo destacaram-se Herrera, pela intensidade permanente com que atacou e defendeu; Casemiro, pelo lado mais musculado; e Evandro, pela ocupao dos espaos. Do lado do Sporting, na guerra do meio-campo s se viu William Carvalho, o nico que aguentou sicamente.

    NOTA TTICA: O EXCESSO DE VELOCIDADE Este ter sido, talvez, o jogo em que o FC Porto aproveitou melhor as caractersticas de Tello e, talvez, o jogo que mais tenha proporcionado isso. A partir do momento em que o Sporting deixou de conseguir pressionar no meio-campo, os passes comearam a entrar nas costas da sua defesa. Com aquele latifndio de relva que encontrou, Tello foi mortfero, foi a personicao da velocidade. Alis, Tello dene melhor a nalizao em termos de remate do que em termos de passe. Quando uma equipa no retira profundidade a um jogador to rpido, dicilmente consegue defender bem.

    Lus Freitas Lobo

    FC PORTO-SPORTING 3-0

    [email protected]

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    bbb Autor de trs golos, Cris-tian Tello atribuiu o momento mgico qualidade das assis-tncias, duas de Jackson e uma de Herrera, e tambm ec-cia junto da baliza de Rui Patr-cio. sempre bom marcar go-los, mais ainda num jogo des-tes. Alm de ajudar a equipa, marcar estes golos muito bom para a motivao pessoal. Tento sempre marcar e hoje [ontem] tive a sorte de conse-guir nalizar. verdade que as assistncias foram muito boas, que s pediam uma boa nalizao. sempre especial marcar trs golos num jogo como este, um clssico. Fiquei contentssimo com o meu tra-balho e agradeo aos meus companheiros, porque, sem eles, isto no seria possvel, explicou o extremo de 23 anos.

    Mais do que valorizar o feito pessoal, Tello preocupou-se em falar da inuncia que esta vitria teve em relao luta pelo ttulo. Foi um jogo com-

    plicadssimo. No podamos falhar, de maneira a continuar atrs do Benca. A equipa teve muita intensidade desde o in-cio do jogo, pelo que a conquis-ta de trs pontos foi merecida. Estamos muito contentes, destacou, frisando que o cam-peonato est longe de estar de-cidido. Vamos tentar encur-tar distncias em relao ao Benca. Necessitvamos de uma vitria para continuar na perseguio.

    Depois de ter estado em des-taque no Bessa, com duas as-sistncias, o hat trick obtido ontem conrma que o catalo atravessa um bom momento. A equipa est em muito boa forma e, individualmente, est a ser uma excelente tem-porada; estou cada vez mais adaptado equipa.

    TELLO Avanado catalo destacou o papel de Jackson e de Herrera para se ter tornado no heri de um clssico que considerou complicadssimo

    As assistncias tambm foram muito boas...Depois de ter feito duas assistncias no Bessa, Tello mudou de papel no clssico e fez de goleador, duplicando num s jogo os remates certeiros conse-guidos antes. Leva agora seis golos apontados

    Este no foi o primeiro hat trick de Tello. Na poca passada, o extremo tambm apontou trs golos num jogo com a camisola do Barcelona. No dia 22 de janeiro de 2014, na primeira mo dos quartos de nal da Taa do Rei, o Bara jogou fora de casa com o Levante e Tello esteve imparvel, conseguindo marcar aos 59, 80 e 85 minutos, ajudando a equipa a vencer por 1-4. O agora portista atuou do princpio ao m. Para encontrar trs golos de um jogador num clssico entre FC Porto e Sporting preciso recuar muitos anos. Rui Jordo o caso mais recente. Na poca 1982/83, na 17. jornada do campeonato, no antigo Jos Alvalade, o avanado marcou aos 12, 36 e 66 minutos, num jogo que, ainda assim, no acabou com o triunfo dos lees (dois golos de Walsh e um de Gomes deram o empate aos portistas). Em casa do FC Porto, o ltimo hat trick com o Sporting fora obtido na poca 1976/77: Antnio Oliveira marcou aos 21, 39 e 70 minutos e ajudou o FC Porto a vencer os lees por 4-1, na 22. jornada do campeonato.

    Segundo hat trick do extremo

    POCAGOLOS

    6 Com os trs apontados ontem, Tello soma agora seis golos no FC Porto; cinco na I Liga e um na Liga dos Campees (contra o BATE Borisov, na Bielorrssia) JOGOS

    31 Extremo foi utilizado por Lopetegui em 31 jogos (de 37 possveis) no conjunto de todas as provas, o que d 1791 minutos de competio; tem sete partidas completas

    A equipa est em boa forma; est a ser uma excelente poca para mimTello Avanado do FC Porto

    Cristian Tello foi uma permanente dor de cabea para Tobias FigueiredoM

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  • PUBLICIDADESegunda-feira, 2 maro 2015www.ojogo.pt f facebook.com/diariodesportivo.ojogo t twitter.com/ojogo 13

  • bbb Quem disse que Jackson s vive de golos? O colombia-no pode no ter marcado ao Sporting, mas acabou por ter grande inuncia no resulta-do, oferecendo os dois primei-ros golos do jogo a Tello. Ainda que a principal misso que lhe est atribuda seja marcar, o avanado garante que tam-

    bm gosta muito de fazer as-sistncias. Sempre que pos-so tento aproveitar o espao que me do para colocar os meus colegas em frente bali-za, revelou, ao Porto Canal.

    Um resultado de 3-0 deixa margem para poucas dvidas sobre a superioridade do FC Porto. E o segredo deste suces-so, segundo Jackson, esteve na presso inteligente que foi exercida sobre os mdios con-trrios, que no deu hipte-ses ao Sporting de explorar os corredores laterais, bem como de fazer a diferena atravs de William e Adrien. Soube-mos tirar partido dos nossos

    jogadores mais rpidos e habi-lidosos, como o Tello, o Brahi-mi e o Quaresma para lhes criarmos problemas. Eles con-tinuam a ser uma equipa for-te, mas hoje [ontem] defron-taram uma equipa que fez as coisas muito bem defensiva e ofensivamente, sustentou o Cha Cha Cha, que apelou aos adeptos para continuarem a acreditar numa troca de posi-es com o Benca at ao nal do campeonato. muito im-portante para ns sentirmos o apoio dos adeptos. Sabemos que as pessoas no esto ple-namente satisfeitas, porque queriam que estivssemos

    numa posio melhor, mas continuamos a lutar e eles fa-zem parte da luta, vincou.

    No calendrio do FC Porto surge agora o Braga e, volvidos alguns dias, o Basileia. Os azuis e brancos saram da Sua com a vantagem de terem marcado um golo fora, mas Jackson lembrou que o trabalho ain-da no est feito. Temos 90 minutos pela frente em que teremos de jogar bem para passarmos prxima fase. Mas, por enquanto, vamos desfrutar deste triunfo e, de-pois, pensarmos no Braga para podermos continuar na luta at ao m, encerrou.

    FC PORTO-SPORTING 3-0

    Ildio Vale (adjunto) esteve a representar Fernando Santos no jogo de ontem para observar os portugueses das duas equipas. A FPF teve a companhia de mais 31 clubes de oito pases. De todos que j se disse quererem Danilo, s faltou o Real Madrid, uma vez que Barcelona, Manchester United, Liverpool e Juventus marcaram presena. Mas Atltico de Madrid, Dortmund, Leverkusen ou Tottenham, por exemplo, tambm aparece-ram. S para falar dos mais conhecidos.

    ESPIES FPF COM 31 CLUBES, QUATRO DELES A VER DANILO

    O clssico foi muito tranquilo entre os adeptos. Confrontos s mesmo verbais. Os lees visaram Pinto da Costa. Os drages despediram-se com uma msica sportinguis-ta: S eu sei porque no co em casa. O speaker chamou visitante ao Sporting, tal como acontece quando o Benca a jogar no Drago. Na nica tarja exibida pelos portistas leu-se: A inteligncia do campeo aprovei-tar-se de qualquer morco, mas no se entendeu exatamente o alvo da mesma.

    AMBIENTE UMA MSICA ROUBADA E O USO CLSSICO DO VISITANTE

    Apesar de o autocarro do Sporting ter cado no local habitual para qualquer equipa que visita o Drago, Quaresma no conseguiu l chegar facilmente para cumprimentar, como queria, os colegas de Seleo. O permetro de segurana no facilitou, mas o extremo l furou o plano para se deter algum tempo conversa com William Carvalho, mesmo entrada do veculo leonino, que j tinha o motor a trabalhar. Mais longe, os guarda-redes Fabiano e Marcelo Boeck abraavam-se.

    SADA QUARESMA FURA PLANO PARA IR FALAR COM WILLIAM

    Evandro Mdio do FC Porto

    REAO

    No normal, mas por ter sido dos portistas mais apagados, Brahimi foi o primeiro a ser substitudo por Julen Lopetegui. O argelino no gostou muito e enquanto se dirigia para Quaresma foi abordado por Adrien, que o queria acelerar rumo linha lateral. Perto do banco mostrou-se mais calmo, mas tambm no cumprimentou o treinador embora, sublinhe-se, no tenha contestado. J Quaresma, que o substituiu, teve direito, como habitual, ao maior aplauso do Drago.

    SUBSTITUIO ADRIEN SILVA QUERIA APRESSAR BRAHIMI

    Contuso obriga Danilo a sair

    bbb Danilo recuperou para o jogo de ontem, mas a contuso no p direito que o deixou em dvida durante a semana no foi um blu portista. O lateral apresentou-se em condies, mas com o decorrer do tempo voltaram as dores e at se quei-xou algumas vezes. O pior, no

    entanto, at nem foi isso, mas antes uma leso que sofreu durante o jogo na coxa esquer-da. Aos 80, aproximou-se do banco portista e disse a Nlson Puga que estava em sofrimen-to. Passado dois minutos caiu no relvado e, com o resultado feito, Lopetegui no hesitou e chamou Bruno Martins Indi para o seu lugar. Danilo saiu a mancar do relvado e ser rea-valiado hoje, no regresso da equipa ao trabalho. A informa-o clnica fala de uma contu-so na face posterior da coxa

    esquerda e, para j, o brasileiro ca novamente em dvida para o prximo jogo, com o Braga, a disputar na sexta.

    Ainda a propsito desta le-so, rera-se que Bruno Mar-tins Indi, que entrou para o lu-gar de Danilo, voltou compe-tio mais de um ms depois. O holands alinhou pela lti-ma vez frente Acadmica, para a Taa da Liga. Ontem, ocupou um lugar direita, o que uma novidade absoluta, tendo em conta que o central esquerdino.

    Lateral magoou-se na coxa esquerda e fica em dvida para Braga. O lateral de improviso foi... Indi

    Danilo rendido por Bruno Martins Indi

    A presso inteligente exercida sobre os mdios do Sporting foi, segundo o Cha Cha Cha, uma das razes para o triunfo, que mantm o FC Porto na corrida pelo ttulo com o Benca

    JACKSON Melhor marcador do campeonato, o colombiano trocou os papis com Tello e serviu o espanhol para os dois primeiros golos do FC Porto no clssico com o Sporting

    Tambm gosto muito de isolar companheiros

    Sabemos que as pessoas queriam que estivsse-mos numa posio melhor, mas continua-mos a lutar Jackson Avanado do FC Porto

    CLSSICOSCalcanhar volta a entrar para a histriaOs clssicos entre o FC Porto e o Sporting esto marcados pelos estragos provocados pelo calcanhar direito de Jackson. Isto porque, h dois anos, na 6. jornada da Liga, o colom-biano j tinha batido Rui Patrcio com um gesto tcnico muito idntico ao que realizou, ontem, para isolar Tello. Curiosamente, em ambas as ocasies o taconazo do Cha Cha Cha abriu caminho a vitrias.

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    Fomos sempre muito fortes do

    incio ao m. Com um pouco

    mais de tranquilidade, o resultado podia

    ainda ter sido outro

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  • FC PORTO-SPORTING 3-0PUB

    Evandro foi o eleito para ocupar a vaga de liver no meio-campo, num regresso titularidade no campeonato cinco meses depois de ter estado no onze com o Boavista. No nal, Lopetegui justicou: Pensei naquilo que ele nos podia dar ao nvel da tranquilidade, da posse, do seu futebol e da personalida-de. um jogador que trabalha de forma fantstica e que tem correspondido.

    EVANDRO TCNICO EXPLICOU A APOSTA

    Pouco antes do incio da partida surgiu um pequeno foco de incndio na bancada dos adeptos visitantes, que demorou alguns minutos a ser apagado. costume ver as claques a queimarem cachecis ou bandeiras dos clubes rivais, e depois do grave incidente no Estdio da Luz (a provocao na altura ganhou outras propores, em novembro de 2011) todos os cuidados so poucos...

    Dado que os dois treinado-res, Julen Lopetegui e Marco Silva, convocaram mais de 18 jogadores para o clssico no Drago, foram trs os atletas excludos do banco de suplentes e que apesar de terem estado na concentra-o das respetivas equipas tiveram de ver o jogo na bancada. No lado portista foi o polivalente Ricardo a car de fora, no lado leonino Sarr e Man foram os preteridos.

    Hernni passou de titular no Bessa a no utilizado com o Sporting, mas nem assim deixou de festejar, realando nas redes sociais a qualidade de jogo exibida. Mais um grande jogo da nossa equipa. Mostrmos que em nossa casa mandamos ns! Alm dos 3-0 de realar a qualidade do futebol que praticamos. Agora que chegue j o prximo! Somos Porto, escreveu.

    BANCADA FOCO DE INCNDIO RESOLVIDO

    EXCLUDOS RICARDO, SARR E MAN DE FORA

    QUALIDADE HERNNI RENDIDO AOS COLEGAS

    O FC Porto foi mais agressivo. H muito campeona-to. FC Porto e Benfica no vo ganhar todos os jogos William Carvalho Mdio do Sporting

    No estivemos ao nosso nvel

    bbb William Carvalho deu mrito ao FC Porto, mas tam-bm apontou demritos ao Sporting. O FC Porto foi su-perior nos duelos, ganhou sempre as segundas bolas, foi mais agressivo do que ns. O Sporting no esteve ao seu n-vel e o FC Porto foi muito e-caz, comeou por analisar o mdio na entrevista rpida Sport TV.

    No entender de William, o facto de o Sporting ter tido menos de 72 horas de recupe-rao no pesou no fraco de-sempenho coletivo da equipa.

    O jogo contra o Wolfsburgo no serve de desculpa. A equi-pa estava concentrada, des-cansou trs dias e recuperou bem. OFC Porto foi mais e-caz. Agora temos de sair de ca-bea erguida e temos um jogo j na quinta-feira para darmos uma boa resposta, comen-tou, aludindo ao encontro na Choupana, contra o Nacional, para as meias-nais da Taa de Portugal.

    Quanto s contas do cam-peonato, analisa: Enquanto for matematicamente poss-vel vamos acreditar. Estamos a oito pontos do FC Porto, mas h muito campeonato. Fica mais difcil, mas h muitos jo-gos e com certeza que FC Por-to e Benca no vo ganhar to-dos os jogos at ao m do cam-peonato. Temos de fazer o nosso trabalho, s isso.

    WILLIAM CARVALHO Mdio reconhece que o Sporting esteve abaixo do que pode fazer

    Mdio dos lees reala que, apesar da derrota, o Sporting tem de reagir j na quinta-feira, frente ao Nacional, em partida das meias-nais da Taa de Portugal

    William protege-se como pode da presso de Quaresma

    Camarote Bruno de Carvalho sem tribuna Castigado, o presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, seguiu o encontro alguns camarotes ao lado da tribuna presidencial, num espao que lhe foi reservado pelo FC Porto. Ao lado do lder leonino esteve o presidente da Mesa da Assembleia Geral, Jaime Marta Soares.

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  • No rescaldo da goleada (6-0) sobre o Estoril, Jorge Jesus (na foto) decidiu premiar o plantel encarnado com um gozo de folga. E se ontem no houve notcia de treino no Caixa Futebol Campus, as guias informaram que, hoje, jogadores e equipa tcnica tambm podero descansar. O arranque da preparao do encontro do prximo m de semana, em Arouca, arranca assim amanh.

    PROGRAMA GOLEADA AO ESTORIL D DIREITO A DUPLA FOLGA

    BENFICA

    BENFICA

    FILIPE PEDRAS bbb A ovao sada do lti-mo embate com o Estoril diz tudo: Pizzi j conquistou os adeptos encarnados. Mas nem s isso o internacional portu-gus alcanou. A frieza dos n-meros permite armar que o avanado adaptado a mdio de transio at j fez melhor do que o melhor... Enzo Prez, que o alcanou na ltima tem-porada. E com menos 1464 mi-nutos (mais de 16 jogos com-pletos) de competio.

    O camisola 21 apresenta atualmente trs golos e cinco

    assistncias, contra o perodo mais ecaz do internacional argentino, que na ltima po-ca arrancou no mesmo espao de tempo dois golos e uma mo-cheia de passes para a fes-ta, distante do que fez na pre-sente temporada, antes de ru-mar ao Valncia, ao conseguir um golo e duas assistncias (em 1580 minutos) fez al-guns jogos como trinco, mas a

    esmagadora maioria foi na po-sio 8. Nada disto chega para bater o registo de Pizzi, que frente ao Estoril passou a ter 922 minutos de competio.

    Ulisses Morais foi quem lan-ou Pizzi no primeiro escalo do futebol nacional em ja-neiro de 2010 foi busc-lo ao Covilh para o seu ento Paos de Ferreira e estreou o reforo no Drago , explicando a O JOGO o atual rendimento do mdio. H um aspeto em que o Pizzi faz a diferena relativa-mente ao Enzo Prez se ain-da coexistissem no plantel do Benca, o Prez cava a perder em muito para o Pizzi em ter-mos ofensivos, pois ele me-lhor na procura dos espaos, na leitura do jogo e no risco do ltimo passe, para alm de que pensa muito rpido, vinca o treinador, voltando atrs no tempo para esmiuar o racio-

    cnio: Assumia facilmente o um para um, era rpido a pen-sar e a conduzir a bola, como hoje em dia. A diferena que ele atualmente faz um exce-lente aproveitamento do in-vestimento de Jorge Jesus. O treinador disse-lhe que, para jogar no Benca, tinha de ali-nhar naquela posio, e o Pizzi no s tem qualidade e vonta-de de se impor no futebol eu-ropeu como quis vencer o de-sao que lhe foi lanado. E com esta simbiose perfeita, te-mos os resultados vista. Ulisses Morais nunca duvidou que Pizzi seria um jogador fundamental naquela din-mica do meio-campo de Jorge Jesus. um jogador de rua, criado sem receios, sem dvi-das, e vive o encanto do fute-bol. Tem uma fantstica von-tade de atingir o estrelato, re-mata.

    PIZZI AT J BATEU Ser jogador de rua, como diz Ulisses Morais, ajuda Pizzi a superar com distino o desao que lhe foi lanado por Jesus. E est a consegui-lo com menos 1500 minutos que o melhor perodo do argentino

    NMEROS Trs golos e cinco assistncias depois, o 21 da Luz supera o melhor registo do seu antecessor em igual fase da poca, com dois tentos e cinco passes letais em 2013/14

    Relativa-mente ao perodo de maior eficcia ofensiva de Enzo Prez, Pizzi apresenta melhores nmeros e tendo o equivalente a menos 16 jogos de competio nas pernas

    Jesus lanou o desao, Pizzi quer venc-lo: a simbiose perfeitaUlisses Morais Treinador que lanou Pizzi na I Liga

    I LIGA Segunda-feira, 2 maro 2015www.ojogo.ptf facebook.com/diariodesportivo.ojogo t twitter.com/ojogo16

  • Pizzi j fez mais diferena do que Enzo Prez ofensivamente (ver texto principal), mas Ulisses Morais no se esquece de que o

    argentino emprestava maior equilbrio defensivo. No entanto, o tcnico vinca

    que apenas questo de tempo at o camisola 21 superar, tambm nesse aspeto, o jogador que rendeu 25 milhes aos cofres da Luz. Se o Enzo ainda estivesse no Benca, havia um dado em que continuaria a ser supe-

    rior: a reao ao momento de perda de bola. O Enzo faz isso muito bem e

    permite equipa ganhar metros, pois procura recuperar a bola mal esta perdida. Mas conhecendo a raa e deter-minao do Pizzi, muito rapidamente ele

    ir ultrapassar o Enzo tambm nas re- cuperaes, vinca.

    Diferenas Enzo recupera melhor mas vai ser ultrapassado

    FILIPE PEDRAS bbb Pizzi comea a armar-se no onze inicial encarnado e s tem agora de defender a titularidade, como ainda no nal do jogo com o Estoril vin-cou Jorge Jesus. O treinador re-cordou que Talisca caiu e Pi-zzi aproveitou, apesar de ter argumentos para fazer ainda melhor. Certo que os n-

    meros apresentados pelo joga-dor de 25 anos ajudam a sus-tentar as opes do tcnico benquista, vendo o camisola 21 chutar literalmente a con-corrncia interna para... can-to, uma das suas especialida-des, alis.

    O internacional portugus transformou a cobrana des-tes lances em trs das suas cin-co assistncias para golo e, com Talisca em gesto fsica para a reta nal da poca e R-ben Amorim ainda a ganhar pedalada na equipa B ainda ontem tal cenrio se repetiu , Pizzi vai fazendo da sua arte uma arma para se demarcar dos companheiros. Ulisses

    Morais explica a O JOGO que, num grande como o emblema da Luz, a certeza do mdio adaptado ainda permite maio-res dividendos. Ele tem uma caracterstica excelente, que a preciso na cobrana das bolas paradas. Seja um canto ou um livre a 30 ou 35 metros, bate sempre com preciso, o que naturalmente potencia o aproveitamento dos colegas. A bola cai onde suposto cair. E acontecendo isto numa equipa como o Benca, que tem, regra geral, mais cantos e livres ofensivos, a probabili-dade de estes se transforma-rem em golo muito maior, justica.

    TITULARIDADE Talisca caiu e Pizzi aproveitou, vinca Jesus, e os nmeros sustentam afirmao do portugus

    Chuta rivais para... cantoUlisses Morais destaca a preciso do novo mdio nas bolas paradas e a verdade que, das suas cinco assistncias, trs resultaram da cobrana de pontaps de canto, como ainda no ltimo jogo

    Jonas nico dianteiro servido

    bbb Com elevada preciso na cobrana de bolas paradas e ca-pacidade para assumir o risco, como destaca Ulisses Morais, Pizzi tem tido especialmente tendncia para servir defesas. Na mo-cheia de assistncias que j contabiliza, o interna-cional portugus teleguiou

    quatro para homens do sector mais recuado as ltimas duas foram direitinhas para a cabe-a de Luiso (Estoril e Morei-rense), mas preciso recordar que Jardel tambm marcou ao Vitria de Setbal a passe de Pizzi. Antes, na receo ao Boavista, j Maxi Pereira be-neciara da certeza do portu-gus no ltimo toque. Contas feitas, Jonas mesmo o nico avanado do plantel a dar se-guimento s assistncias do camisola 21, tendo concretiza-do na Covilh.

    Em cinco assistn-cias, as ltimas quatro foram direiti-nhas para a finaliza-o de defesas

    Pizzi tem aproveitado a gesto fsica que Jorge Jesus est a realizar com Talisca

    Jonas deve um golo a Pizzi

    ENZO PREZ

    DADOSJOGOS

    19 Pizzi soma atualmente 19 partidas de guia ao peito, mas apenas dez como titular MINUTOS

    922 O agora mdio contabiliza 922 minutos pelo Benfica, sendo a maioria (396) acumulada em jogos do campeonato

    DECISIVO

    8 O jogador contratado ao Atltico de Madrid foi decisivo em oito golos das guias, tendo alcanado trs festejos e uma mo-cheia de assistncias

    Comparao: Pizzi melhor no ltimo passe e

    na busca de espaos, diz quem o lanou na Liga

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  • Luiso marcou de cabea o golo que lanou os encarnados para a goleada sobre o Estoril

    VITOR RODRIGUES bbb O Benca est a interpre-tar da melhor forma a mxima de o ataque ser a melhor defe-sa, mas conta com uma varian-te importante, uma vez que so os defesas a dar uma mo-zinha na frente, embora tam-bm o faam atrs, com um muro que se tem revelado di-fcil de transpor. E a dupla de centrais tem uma importante quota-parte neste desempe-nho, uma vez que teve inter-veno direta na conquista de seis pontos, amealhados nas ltimas quatro jornadas.

    Luiso e Jardel contam j com um peclio de trs golos cada em jogos do campeonato, com os dois ltimos de ambos a revelarem-se verdadeiros desbloqueadores de resulta-dos, que contribuem para a li-derana das guias na compe-tio. O capito dos encarna-

    dos foi o ltimo a meter as mos obra e f-lo em dose du-pla. Abriu as contas da goleada frente ao Estoril com um cabe-ceamento na sequncia de um canto (dois pontos garanti-dos), tendo usado a mesma arma na ronda anterior, com o Moreirense, em Moreira de Cnegos, para empatar o jogo (daria mais um) e lanar a equipa rumo ao triunfo. An-tes, Jardel tambm inaugurou o marcador na vitria sobre o Vitria de Setbal (mais dois pontos), j depois de ter evita-do a derrota ante o Sporting (e somar um ponto).

    Com o golo apontado aos ca-narinhos, Luiso passou a so-mar trs na prova esta poca, um registo que no encontra repetio nas anteriores 11 temporadas que leva de guia ao peito, quando se centra a anlise at 23. jornada. Se a recolha se estender a pocas completas, mais um dado res-salta vista no desempenho do capito das guias. que o camisola 4 est a apenas um remate certeiro de igualar o seu recorde pessoal, alcanado na temporada do primeiro t-tulo sob o comando de Jorge

    CENTRAIS O capito da Luz nunca marcou tantos golos na I Liga em igual fase da poca e, com Jardel, est a ser decisivo para a colheita da equipa

    Dupla que d pontos com o melhor Luiso

    O camisola 4 abriu cami-nho para a vitria ante o Estoril depois de ter ajudado a salvar na ronda anterior, mas Jardel safou com o Sporting e desblo-queou com o V. Setbal. O somatrio d... seis pontos

    A defesa tem ajudado no ataque, at porque tambm Eliseu e Maxi Pereira j contriburam com golos, mas tem igualmente mantido a sua baliza a salvo dos tiros alheios. Se at ao momento j conseguiu igualar a melhor sequn-cia de jogos seguidos sem sofrer golos na Luz na I Liga, com oito partidas, o desempenho do sector recuado pode ser ainda medido pelos dez golos encaixados. E na era Jorge Jesus a primeira vez que tal acontece at 23. jornada. Nas cinco pocas anteriores, a de 2009/10 a que mais se aproxima, com 12 tentos sofridos.

    Sofrer 10 golos recorde com Jesus

    Jesus, em 2009/10, com qua-tro golos na I Liga. E ainda tem pela frente mais 11 jogos para igualar ou superar este feito.

    O desempenho goleador de Luiso esta poca iniciou-se com um golo Acadmica na ronda 11, obtido de cabea, como os dois seguintes, ante Moreirense e Estoril. E tam-bm aqui o central acrescen-tou mais uma linha ao seu his-torial, pois foi a primeira vez que marcou em duas rondas consecutivas. Na poca ante-rior tinha festejado em dois jo-gos seguidos, com Estoril e Tottenham.

    LTIMO ONZE (BENFICA-ESTORIL)

    MAIS UTILIZADOS DA POCA Jardel 2820 Maxi Pereira 2770 Luiso 2536 Lima 2500 Salvio 2498

    OS MAIS PONTUADOS POR O JOGO NA I LIGA

    Maxi Pereira 129 Lima 128 Salvio 124 Talisca 122 Luiso 116

    TOP GOLOS

    Jonas 18 Salvio 12 Talisca 11 Lima 10 Gaitn 4

    CARTES AMARELOS NA I LIGA

    Samaris 9 Maxi Pereira 8 Andr Almeida 6 Enzo Prez 5 Eliseu 4 Gaitn 4 Salvio 4 Talisca 4

    CARTES VERMELHOS NA I LIGA

    Talisca 1

    LTIMOS JOGOS 28/02 I Liga (c) Estoril [6-0] 21/02 I Liga (f) Moreirense [3-1] 15/02 I Liga (c) V. Setbal [3-0] 11/02 Taa da Liga (c) V. Setbal [3-0] 08/02 I Liga (f) Sporting [1-1]

    PRXIMOS JOGOS 08/03 I Liga Arouca (f) 15/03 I Liga Braga (c) 22/03 I Liga Rio Ave (f) 05/04 I Liga Nacional (c) 12/04 I Liga Acadmica (c)

    EQUIPA TCNICA Treinador Jorge Jesus Treinador adjunto Raul Jos Treinador adjunto Miguel Quaresma Treinador adjunto Minervino Pietra Preparador fsico Mrio Monteiro Treinador de GR Hugo Oliveira

    BENFICA 2014/15

    11-Lima

    10-Gaitn18-Salvio

    7-Samaris

    21-Pizzi

    17-Jonas

    14-MaxiPereira

    4-Luiso 33-Jardel

    19-Eliseu

    1-Artur

    3Os trs golos que marcou at agora na I Liga so o seu melhor registo em igual momento da poca. Como tambm nunca tinha feito a festa em dois jogos consecutivos na prova

    REGISTO

    BENFICA

    AMORIM GANHA GS PARA JOGARbbb Grande aposta de Jorge Jesus para a fase nal da poca, Rben Amorim (na foto) con-tinua a dar passos rumo recu-perao total, aps os quase seis meses de ausncia devido rotura no ligamento do joe-lho direito. Ontem, pela equi-pa B, jogou os 90 pela primei-ra vez desde o regresso. Poupa-do no jogo dos bs a meio da semana, o internacional por-tugus voltou a ser lanado, superando os 70 com o Orien-tal, que serviam de referncia, aps os 14 e 15 realizados nos primeiros dois jogos. Ainda procura da melhor forma, o mdio aspira a entrar nos pla-nos para a visita a Arouca.

    JONATHAN MARCA PARA JESUS VER

    bbb MARCO GONALVES Jorge Jesus entende que Jo-nathan ainda no est no pon-to para merecer uma oportu-nidade nas suas contas, mas o internacional uruguaio conti-nua a fazer pela vida, tendo voltado ontem a faturar pela equipa B das guias, no desai-re por 3-1 com o Unio da Ma-deira. O avanado de 21 anos cumpriu o segundo encontro pela formao secundria e, com Jesus novamente na ban-cada, de olho na sua atuao, tentou apresentar argumen-tos para convenc-lo. O cami-sola 25 j leva trs golos e s no conta com mais porque o guardio dos insulares, Ricar-do Campos, lhe negou novo bis com uma excelente defesa aos ps do avanado, ainda que este pudesse ter feito melhor. O ex-Pearol ainda procura o melhor entendimento das movimentaes, mas apre-sentou agressividade e entre-ga, tendo cumprido os 90.

    Reforo foi de novo titular pela equipa B, ante o U. Madeira, e fez o seu terceiro golo em apenas dois jogos disputados

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  • I LIGA

    SHU ENTRA EM FUNES NOS BS

    bbb A remodelao da estru-tura da equipa B e dos escales de formao do Braga conti-nua em andamento. Depois das entradas de Abel Ferreira (treinador dos bs) e Hugo (di-retor-geral para os bs e a for-mao), Carlos Duarte, mais conhecido por Shu, tambm j trabalha na equipa secund-ria. O ex-dirigente do Trofense foi contratado para desempe-nhar as funes de diretor-desportivo, cargo que at esta poca pertencia a Paulo Men-des. Shu chegou nos ltimos dias ao clube e ontem j esteve no banco de suplentes no en-contro com o Atltico, como delegado ao jogo.

    PRESIDENTE NO TREINO PS-RIO AVE

    bbb O treino seguinte vit-ria (2-0) frente ao Rio Ave, em Vila do Conde, contou com uma presena especial. Entu-siasmado pela srie de cinco vitrias consecutivas na I Liga, que possibilitou aos arsenalis-tas encurtarem para apenas um ponto a diferena para o Sporting (terceiro classica-do), Antnio Salvador acor-dou cedo para seguir os traba-lhos orientados por Srgio Conceio. Os titulares da par-tida com os vila-condenses realizaram um treino com o objetivo de gerir o esforo des-pendido na vspera, enquanto os restantes elementos traba-lharam normalmente. Hoje, contudo, o grupo voltar a juntar-se para comear a pre-parar a receo ao FC Porto, agendada para sexta-feira, s 20h30. De resto, a data do en-contro com os drages levou o treinador bracarense a no conceder qualquer dia de folga esta semana.

    Salvador est entusiasma-do com a srie de cinco vitrias consecutivas na I Liga e quis mostrar que est ao lado da equipa

    1 Como avalia o desempe-nho do Braga com o Rio Ave? O Braga jogou sempre com grande intensidade, pressio-nou bastante e conseguiu ma-nietar o adversrio. Para mim, o Danilo foi um jogador fun-damental, embora quem mar-ca os golos costume ser sem-pre destacado. Nota-se que o Braga est a crescer e a jogar muito melhor do que no incio da poca. Por isso que o campeo da segunda volta.

    2 O Braga venceu o Benca e perdeu com o Sporting. Qual prognsti-co para o jogo com o FC Porto? Vi o jogo com o Sporting no estdio e o Braga no merecia perder aquele jogo. O Tanaka marcou aquele livre e j di-ziam que marcava nove em cada dez, mas a verdade que no voltou a faz-lo; foi muito injusto. Prevejo que o jogo com o FC Porto v ser muito difcil; um jogo de tripla. Mas como o Pardo est recuperado e tem sido fundamental para o Braga esta temporada, pode-mos criar problemas ao FC Porto.

    3 Se estivesse no lugar de Srgio Conceio, que discurso utilizaria para evitar que a equipa entrasse em euforia pela srie de cinco vitrias seguidas? No podemos encarar o jogo como sendo o ltimo da nossa vida. O Srgio Conceio tem transmitido equipa um ex-celente sentido de responsa-bilidade. O facto de o Braga es-tar a crescer de jogo para jogo um sinal de que a euforia no tem tomado conta dos jogado-res. O sucesso de qualquer equipa, seja no futebol ou no andebol, depende muito da forma como se encara os jogos sem pensar no seguinte.

    Danilo foi fundamental com o Rio Ave

    Presidente do ABC e adepto do Braga

    3 QUESTES A JOO LUS NOGUEIRA

    BRUNO FILIPE MONTEIRO bbb Figura proeminente dos ltimos jogos do Braga, Salva-dor Agra est a fazer de tudo para convencer os bracarenses a contrat-lo em denitivo ao Btis. O extremo encontra-se a cumprir os ltimos meses do contrato de emprstimo cele-brado no vero de 2013 e sabe que a SAD liderada por Ant-nio Salvador tem a opo de o comprar at 30 de junho deste ano. Para isso, porm, teria de pagar qualquer coisa como trs milhes de euros ao clube espanhol, valor considerado proibitivo pelos arsenalistas.

    Assim, o objetivo passa por aguardar pelo m deste pero-do e depois negociar a transfe-rncia do jogador natural da Pvoa de Varzim abaixo dos nmeros xados na clusula. Se tal no acontecer, a conti-nuidade de Agra ser um cen-rio difcil de se concretizar.

    Bastante apreciado por Sr-gio Conceio, que o conhece desde os tempos do Olhanen-se (2011/12), Salvador Agra tem funcionado como uma es-pcie de arma secreta do Bra-ga. O ex-internacional sub-21 portugus j marcou trs go-los esta poca, e todos eles como suplente. Com o Ben-ca, na 8. jornada, vestiu a pele de heri ao assinar o remate que deu o triunfo aos minho-tos (2-1). Com o Nacional e o Rio Ave, nas ltimas duas ron-das, desempenhou o papel de carrasco ao matar a partida em fases importantes, anulando,

    dessa forma, qualquer tipo de reao dos adversrios.

    Apesar de lhe ter concedido a titularidade nos jogos com o Boavista e o Moreirense, no comeo da segunda volta, Conceio tem preferido apostar em Agra a partir do banco. E os resultados pare-

    cem dar razo ao treinador. Alm dos trs golos, que fa-zem dele um dos suplentes mais concretizadores do cam-peonato s o pacense Edson Faras faz igual , o poveiro j ajudou a revolucionar alguns encontros. Com o Gil Vicente (10. jornada), por exemplo, entrou a dez minutos do apito nal para marcar o canto que esteve na origem do 1-0, apon-tado por Pardo, quando a ameaa do 0-0 j pairava no Es-tdio Municipal de Braga.

    Longe de ter o mesmo im-pacto de alguns dos concor-rentes pelas alas, Salvador Agra tem tirado partido da po-livalncia para tapar alguns buracos. Rpido a subir pelos ancos e aguerrido nos duelos, o extremo at j foi soluo para o lado direito da defesa. No admira por isso que Con-ceio no abdique dele nas convocatrias.

    BRAGA Contrato de emprstimo do extremo prev uma opo de compra a rondar os trs milhes de euros, nmero proibitivo para a SAD bracarense

    AGRA PARA NEGOCIAR ABAIXO DA CLUSULAJogador natural da Pvoa de Varzim leva trs golos esta poca, todos na condio de suplente, a Benca, Nacional e Rio Ave. S o pacense Edson Faras apresenta igual registo no campeonato

    Eccia: poveiro assinou o golo que

    deu a

    vitria frente ao Benca na primeir

    a volta

    Arma secreta: titular com Boavista e Moreirense,

    fez 88 por cento dos jogos da I Liga como suplente

    JUNHO

    30O contrato de emprstimo celebrado com o Btis no vero de 2013 permite ao Braga acionar a opo de compra de Salvador Agra at 30 de junho deste ano

    Lusa

    Segunda-feira, 2 maro 2015www.ojogo.pt

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  • Ganhar nas contas e no campo o lemabbb A poucos dias das eleies no V. Guimares, agendadas para o dia 7 de maro e com lis-ta nica, Jlio Mendes vai apresentar na quarta-feira as ideias que quer colocar em prtica nos prximos trs anos, com uma sesso no Au-ditrio do Centro Cultural de Vila Flor, com incio previsto para as 21h30. Aliar a consoli-dao nanceira das contas ao sucesso desportivo o princi-pal objetivo da Direo.

    Se no primeiro mandato o n-fase foi colocado na parte -nanceira, com a reduo do passivo a captar toda a ateno por parte dos dirigentes, agora a aposta ser tambm centra-da no rendimento desportivo da equipa. A recandidatura de Jlio Mendes no h altera-es na composio dos ele-mentos que fazem parte da atual Direo e restantes r-gos sociais denomina-se Vitria com orgulho. Jlio Mendes apresenta um Vitria com orgulho

    TOMAZ ANDRADE bbb Contratado em novem-bro e inscrito em janeiro, o central Kan pode nalmente estrear-se na I Liga no prximo m de semana, aproveitando a ausncia de Joo Afonso com o Boavista devido a castigo (alm de estar lesionado). O brasileiro luta com Moreno por uma vaga no eixo defensi-vo, naquilo que promete ser uma semana intensa nos rel-vados do centro de treinos do V. Guimares. At agora, Kan apenas foi utilizado na Taa da Liga, uma vez que a dupla de centrais composta por Josu e Joo Afonso manteve-se de pe-dra e cal no campeonato. No ltimo jogo, quando Joo Afonso se lesionou no torno-zelo esquerdo, Rui Vitria lan-ou Moreno porque era o ni-co central que tinha disposi-o no banco, mas agora a situao pode ser diferente. Pelo que tem sido possvel apurar, o rendimento de Kan nos treinos tem agradado ao treinador, que pode nalmen-te observar o reforo num jogo

    importante, sem as condicio-nantes prprias de uma com-petio como a Taa da Liga, aproveitada para rodar jogado-res. Seja como for, a esta dis-tncia do jogo no Bessa (do-mingo), a deciso no est ob-viamente tomada, podendo at considerar-se que, pelo passado recente e pela expe-rincia, Moreno recolhe tan-tas ou mais probabilidades de ser o escolhido.

    Utilizado no Bessa no jogo da

    Taa da Liga desta poca (em-pate a dois golos), a melhor lembrana de Kan do Boavis-ta no essa. Na poca 2008/09 o brasileiro marcou um golo naquele estdio e ajudou o Beira-Mar a vencer por 1-2.

    AUSNCIA DE JOO AFONSO PERMITE ESTREIA DE KANO ex-Standard de Lige tem nalmente a oportu-nidade de poder ser lanado por Rui Vitria, depois de ter sido inscrito em janeiro. J marcou um golo no Bessa, h mais de seis anos, pelo Beira-Mar

    Kan j jogou no Bessa, na Taa da Liga, e agora pode voltar na estreia no campeonato

    1 Sem Joo Afonso, Kan e Moreno lutam por uma vaga no eixo da defesa. Qual ser a melhor opo para jogar no Bessa? O Moreno ser o mais indi-cado para esse jogo, porque co-nhece o futebol portugus e a rivalidade histrica entre o Vi-tria e o Boavista, e tambm pela qualidade que pode ofe-recer equipa. Apesar de tanto o Moreno como o Kan no estarem a jogar, ainda assim o primeiro conhece melhor as rotinas da equipa.

    2 Que avaliao faz do desempenho defensivo do Vitria? Tenho gostado da defesa. Apareceu o Joo Afonso, vin-do do Benca e Castelo Bran-co, e imps-se sem diculda-de, e numa fase posterior sur-giu o Josu, outro jogador em destaque, que tem escola. H outros defesas que esto na equipa B e que vo aparecer na prxima poca, como o Dnis, contratado ao Torreense. Acho que na prxima poca pode pegar de estaca na equipa prin-cipal. E na primeira fase da poca havia o Traor, que para mim foi um dos melhores de-fesas do campeonato portu-gus.

    3 O que essencial para o Vitria conseguir o apuramento europeu? Acima de tudo, tem de ga-nhar os jogos em casa e con-quistar alguns pontos fora. A equipa tem de estar tranquila, mantendo o nvel de exibi-es praticado na primeira volta. Apesar de a ltima fase do campeonato ser mais dif-cil, devido procura de pontos por parte de muitas equipas, considero que o Vitria pode alcanar a qualicao euro-peia. Seria muito bom que o clube fosse Europa, no s pela entrada de dinheiro, mas tambm para valorizar joga-dores.

    O Moreno o mais indicado para o Bessa

    Ex-jogador do V. Guimares

    3 QUESTES A ROGRIO MATIAS

    V. GUIMARES Rui Vitria v-se obrigado a mexer na habitual dupla de centrais no jogo com o Boavista. Reforo brasileiro e Moreno em luta intensa por presena no onze no Bessa

    3Inscrito no ms de janeiro, Kan realizou trs jogos com a camisola do V. Guimares, todos na Taa da Liga, somando 270 minutos de utilizao. Pode estrear-se agora na I Liga

    UTILIZAO

    REGRESSO AOS TREINOSbbb O plantel do V. Guima-res retoma esta tarde o plano de trabalho depois de um pe-rodo de folgas mais largo do que o habitual. Aps o triunfo obtido sexta-feira frente ao Martimo, Rui Vitria conce-deu dois dias e meio de descan-so, uma espcie de prmio pelo regresso da equipa aos bons resultados. Joo Afonso, com uma entorse no tornoze-lo esquerdo, ser sujeito ama-nh a exames.

    I LIGA

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  • I LIGA

    Sozinha em casa e em jejumTENDNCIA O Arouca foi melhor ao longo dos 90 minutos e justificou algo mais, enquanto a Acadmica no soube matar o jogo na primeira parte. E, assim, o jejum como anfitri continua

    ACADMICA

    AROUCA

    DESTAQUESEsgaio 6 S cometeu um deslize (deixou escapar David Simo, que quase marcou), mas, de resto, esteve irrepreensvel no plano defensivo. Ofensiva-mente, quando teve espao, soube fazer a diferena e at ficou ligado ao primeiro golo do jogo. Nuno Piloto 6 Foi a melhor unidade do meio-campo da Acadmica, a que soube ter critrio com a bola nos ps. Teve participa-o no golo inaugural e pouco depois ofereceu o 2-0 a Marinho, mas o colega enjeitou a oportunidade. Joo Real 5 Cumpriu no eixo defensivo, embora por vezes tenha sentido algumas dificuldades para travar os avanados do Arouca. Aderlan 5 Jogou apenas uma dezena de minutos, mas entrou no perodo do assalto final e trouxe rendimento ao lado direito do ataque. De livre, assustou o guarda-redes Goicoechea. R.S.

    Goicoechea 6 Negou o 2-0 a Rafael Lopes, que apareceu isolado sua frente, e teve mais uma ou outra boa defesa a evitar o golo da Acadmica. David Simo 6 No regresso a uma casa que bem conhece, foi a unidade de maior rendimento, estando envolvido em quase todos os lances perigosos. Marcou de penlti, mas antes Cristiano j lhe negara a felicidade. Roberto 6 De cabea, foi o primeiro a ameaar a baliza estudantil, mas destacou-se mais na segunda parte, perodo em que at ganhou a grande penalidade, convertida por David Simo. Iuri Medeiros 6 A entrada do extremo teve o condo de melhorar o jogo arouquense. Encostou-se direita, mas andou um pouco por todo o lado a desequili-brar. R.S.

    Hugo Sco, extremo da Acadmica, tenta fugir a Nelsinho, lateral-esquerdo do Arouca

    RICARDO SOUSA bbb A igualdade em Coimbra acaba por se aceitar, embora, por aquilo que fez, o Arouca tenha eventualmente razes para car mais frustrado, en-quanto a Acadmica podia ter resolvido as coisas at ao inter-valo.

    Embalada pelo triunfo no Estoril e, sobretudo, pelo efei-to da entrada de Jos Viterbo, a equipa academista apostava todas as chas na primeira vi-tria em casa e em pr um ponto nal num jejum de 11 meses ( a nica sem vitrias em casa no campeonato). E as coisas at comearam bem, com Marinho, logo ao minuto 9, a abrir o ativo, num lance de difcil anlise e no qual o Arou-ca reclamou fora de jogo.

    Um golo que, por estranho que possa parecer, no tranqui-lizou os donos da casa. Foi o Arouca, que at j tinha mais posse de bola, que foi empur-rando os academistas para trs e que em dois momentos ainda

    assustou: Roberto, de cabea, e Artur, de longe, ameaaram o empate. Mas foi a equipa co-nimbricense que disps das me-lhores ocasies at ao descanso e que, bem vistas as coisas, po-diam ter acabado com o jogo. S que Rafael Lopes no ultrapas-sou Goicoechea e Marinho, so-zinho, no desviou um cruza-mento de Nuno Piloto.

    O Arouca foi ainda mais in-tenso aps o descanso e, para isso, muito contriburam a ao de David Simo e a entra-da de Iuri Medeiros. A Acad-mica, que raramente saiu do

    seu meio campo, viu-se num colete de foras e a igualdade, desse modo, acabou por ser to natural quanto justa. Sur-giu de uma grande penalidade (Iago devia ter sido expulso) concretizada por David Si-mo, o mesmo que momentos antes obrigara Cristiano a uma enorme interveno.

    Os visitantes ainda tenta-ram o 1-2, mas tal esteve para acontecer do lado contrrio. A expulso de Miguel Oliveira abriu espao para a Briosa se li-bertar e Marinho esteve bei-ra de ser heri. Nada feito.

    Na semana passada regressou titularidade e abriu o caminho da vitria sobre o Estoril. Desta vez no deu para ganhar, mas tambm foi ele a inaugurar o marcador, dando esperana Briosa de terminar com o jejum de triunfos caseiros. Apesar de a equipa no ter atacado muito, a verdade que foi dos mais inconformados e dinmicos. Alm do golo que festejou, esteve beira de bisar em dois momentos e ainda foi a tempo de expulsar o central Miguel Oliveira. Renasceu com a entrada de Jos Viterbo e voltou a provar que ainda tem muito para dar.

    Marinho: 6 Um capito com muito para dar

    A FIGURA

    Jogo difcil em que nos faltou, ofensivamente, a eccia que tivemos em termos defensivos. Queramos ganhar, mas sommos um ponto

    Tenho de sair desagradado com o desfecho. A minha equipa teve uma produo extraordinria. Fizemos tudo o que tnhamos para fazer

    Jos Viterbo Treinador da Acadmica

    Pedro Emanuel Treinador do Arouca

    Nem a estreia caseira de Jos Viterbo foi suciente para impulsionar a Briosa para a primeira vitria como antri. Empate aceita-se, mas Arouca fez mais para ganhar

    ACADMICA AROUCA

    ACADMICA Treinador: Jos Viterbo Substituies: Marcos Paulo por 20 Rui Pedro MO (nota 4), 62 ; Hugo Sco por 19 Diallo AV (nota 5), 73; Rafael Lopes por 29 Aderlan LD (nota 3), 80 Suplentes no utilizados: 32 Lee GR, 5 Ricardo Nascimento DC, 6 Makonda LE, 27 Pedro Nuno MO

    AROUCA Treinador: Pedro Emanuel Substituies: 55 Pintassilgo por 45 Iuri Medeiros AD (nota 6), 55; Artur por 14 Diego Galo DC (nota 3),85; Kayembe por 25 Fokobo MD (nota -), 90+3 Suplentes no utilizados: 13 Rui Sacramento GR, 16 Tomas Dab LD, 8 Andr Claro AV, 91 Vuletich AV

    Estdio Cidade de Coimbra 3147 espectadores

    rbitro: Jorge Sousa (AF Porto) Assistentes: lvaro Mesquita

    e Bruno Trindade 4. rbitro: Jos Laranjeira

    Cartes amarelos: Miguel Oliveira (38 e 82), Joo Real (52), Pintassilgo (54), Iago (63), Iuri Medeiros (69), Obiora (78), Rui Sampaio (85), Goicoechea (89) e Diallo (90+4) Vermelhos: Miguel Oliveira (82)

    1 1

    0 PONTOS O JOGO DE 0 A 10.

    55551-Cristiano

    66661-Goicoechea

    513-Joo

    Real

    514-Iago

    647-Esgaio

    522-Oualembo5

    4-Obiora4

    21-Marcos Paulo6

    28-Nuno Piloto4

    77-HugoSeco

    67-Marinho5

    30-Rafael Lopes

    53-Hugo Basto

    24-Miguel Oliveira

    52-IvnBalliu

    455-Nelsinho

    66-David Simo

    57-Artur

    535-Rui Sampaio

    428-Kayembe

    410-Pintassilgo

    671-Roberto

    6 Remates totais 15 2 Remates baliza 5 1 Cantos 11 0 Foras de jogo 1 17 Faltas cometidas 18

    Golos 1-0 Marinho 9 1-1 David Simo 71 (g.p.)

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  • I LIGA

    SOFRER UM VCIO FATALCRNICO O Penafiel continua sem conseguir segurar uma situao de vantagem no marcador. Depois do penlti que expulsou Haghighi, o Moreirense de Miguel Leal carregou para a vitria

    A exibio do ponta de lana do Moreirense no teve a exuberncia do jogo de Joo Pedro ou de Andr Fontes, para citar os mais habilidosos a construir o ataque, mas nem por isso deixou de ser determinante para o resultado final. Foi ele quem precipitou a sada de Haghighi e a gra