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Educação, Gestão e Sociedade: revista da Faculdade Eça de Queirós, ISSN 2179-9636, Ano 7, número 26, junho de 2017. www.faceq.edu.br/regs
O YOUTUBE COMO PLATAFORMA DE
MARKETING: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO
Alessandre da Silva (UB, ANHANGUERA)1
Amanda Martins Ferreira Gonçalves (UB, UNISUL)2
Eliane Calmon Malvar (UB, FGV/RJ)3
Marlom Villa (UNIMSB)4
Orlando de Jesus Saldanha (UB, UNIESP)5
Sidnei Albino Gregorio (UB, FACEQ)6
Resumo
O YouTube revolucionou o método de interação no ambiente online e offline. Desde sua
criação, a plataforma é tida como uma das maiores invenções do século. Este trabalho
relata o impacto desse ecossistema e como os profissionais da área de marketing,
publicidade e propaganda estão usando essa ferramenta para atingir os objetivos
comunicacionais empresariais, levando em conta a ótica do conceito de Marketing 3.0.
Palavras–chave: Marketing. YouTube. Comunicação. Internet. Empresa.
Abstract
YouTube has revolutionized the interaction method in the online and offline
environment. Since its inception, the platform has been regarded as one of the greatest
inventions of the century. This paper reports on the impact of this ecosystem and how
1 Mestrando em Ciências Ambientais na Universidade Brasil (UB). Superior Sequencial de formação
específica em Gestão de Recursos Humanos pelo Centro Universitário Moura Lacerda. Especialização
(MBA) em Gestão de Pessoas e em Gestão Estratégica de Negócios pela Anhanguera Educacional.
Bacharel em Ciências Contábeis e em Administração pela Associação Faculdade de Ribeirão Preto
(AFARP). É docente e coordenador na AFARP. 2 Mestranda em Ciências Ambientais na Universidade Brasil (UB). Especialista em Marketing para o
Mercado de Trabalho pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Bacharel em Publicidade e
Propaganda pela Universidade de Ribeirão Preto. É coordenadora na Associação Faculdade de Ribeirão
Preto (AFARP). 3 Mestranda em Ciências Ambientais na Universidade Brasil (UB). Pós-Graduada em Gestão Comercial e
MBA em Marketing pela Faculdade Getúlio Vargas (FGV/RJ). Bacharel em Comunicação Social pela
Universidade Gama Filho. Coordenadora de Projetos Sociais da Faculdade Sociedade Unificada de
Ensino Superior e Cultura (SUESC). Professora no Centro Universitário Moacyr Sreder Bastos. 4 Bacharel em Comunicação Social pelo Centro Universitário Moacyr Sreder Bastos (UNIMSB). 5 Mestrando em Ciências ambientais na Universidade Brasil (UB). MBA em Gestão da Qualidade e
Produtividade. MBA em Comércio Exterior. MBA em Logística Empresarial. Graduado em Logística.
Docente na União das Instituições Educacionais do Estado de São Paulo (UNIESP). 6 Mestrando em Ciências ambientais na Universidade Brasil (UB). Pedagogo e Especialista em Docência
do Ensino Superior; Alfabetização e Letramento; Libras - Língua Brasileira de Sinais. Docente na
Faculdade Eça de Queirós (FACEQ).
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professionals in the field of marketing, advertising and advertising are using this tool to
achieve business communication objectives, considering the perspective of the concept
of Marketing 3.0.
Keywords: Marketing. YouTube. Communication. Internet. Company.
Introdução
Por meio de estudo bibliográfico e análise de plataformas digitais, este artigo
visa identificar o impacto e examinar os resultados estatísticos sobre o sucesso das
criações audiovisuais que alcançam determinado destaque no YouTube. Diante dessas
premissas, convém enfatizar que a internet tem causado profundo impacto na
macroeconomia, ocasionando novas formas de se compreender o marketing e como
impactar consumidores. Seja desktop ou móbile, os profissionais de marketing devem
prestar atenção às novas formas de obter sucesso na comunicação digital (KOTLER,
2012).
O YouTube é a rede social de compartilhamento de vídeos mais popular da
internet. Com mais de um bilhão de usuários, cerca de 300 horas de vídeos são enviadas
a cada minuto (YOUTUBE, 2015). O site também é o segundo mais visitado, tanto no
ranking mundial, quanto no ranking brasileiro, perdendo, em ambos os casos, apenas
para o Google (ALEXA, 2016). Assim como os outros gigantes da internet, sua renda é
fixada principalmente dos anúncios inseridos, de diversas formas, nas páginas
disponibilizadas. No caso do YouTube, o conjunto de formato que traz mais receitas é
chamado de TrueView, em língua portuguesa Visão Real. Ele possui esse nome porque
implica que o usuário escolha qual propaganda quer ver ou não, sendo que o anunciante
só paga pela propaganda vista. Segundo o Media Kit do TrueView:
Eles são uma família de formatos de anúncios em que você paga quando os
usuários escolhem assistir a seu anúncio, não quando uma impressão é
veiculada. O TrueView permite às pessoas assistir a mais anúncios que
considerarem interessantes e menos anúncios que considerarem
desinteressantes. Todos ganham: os espectadores escolhem anúncios
relevantes para eles e você alcança pessoas que estão interessadas em sua
mensagem. À medida que a contagem de seu vídeo crescer, você saberá que
está alcançando usuários realmente envolvidos. (YOUTUBE, 2016, p. 1)
Observando esta nova vertente, é necessário analisar o potencial de marketing
e quanto ele já é uma realidade nos circuitos das agências de comunicação. O
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faturamento da empresa YouTube em 2013 foi de 3,5 bilhões de dólares (TRACTO,
2014).
1 A evolução do Marketing
A ideia de marketing evoluiu concomitante à forma com a qual o consumidor
interage com os produtos e como leva isso para seus círculos sociais; a associação
Americana de Marketing (AMA) descreveu o conceito em 1935, como uma organização
da produção de bens, serviços e fluxos dos produtores aos usuários. Em 1985, a mesma
entidade, explicou o marketing como a concepção de produtos e serviços voltados
inteiramente para o consumidor, desde o planejamento, formação do conceito e do
preço, além da gestão da comunicação e logística satisfazendo, assim, objetivos
individuais e empresariais. A definição de 2004 aponta que o marketing tinha a função
de criação e transmissão de valores para os clientes e, ainda, a administração de
relacionamentos com a empresa, processos alinhados com as metas estabelecidas para o
alcance do sucesso empresarial (DARROCH et al., 2004 apud FREDERICO, 2008).
Estas informações são relatos sobre os reflexos das mudanças que aconteceram
ao longo da história e impactaram a visão, o conjunto de técnicas e as formas pelas
quais o marketing é aplicado. Na era industrial, o marketing se limitava a vender os
produtos pelo menor preço possível, como forma de diferencial frente ao cliente. Tinha-
se a visão de padronizar a linha de produtos, reduzindo ao máximo os custos e
aumentando o volume de produção. Esse método, denominado, posteriormente, como
marketing 1.0, foi inicialmente conhecido como fordismo, já que fora popularizado por
Henry Ford na montadora automobilística que leva seu nome. “O carro pode ser de
qualquer cor, desde que seja preto”, já dizia ele sobre seu primeiro produto, o modelo T
(MAGALHÃES, 2012, p. 77).
Essa forma de produção e venda era muito eficaz em cumprir o plano
empresarial das grandes entidades, pois a pouca concorrência fez com que “[...] essas
empresas detivessem um maior poder, focando a atenção das empresas mais nas
técnicas de produção do que nas necessidades e desejos do público consumidor”
(ÁVILA, 2007, p. 6). Com o passar do tempo, impulsionado pela alta concorrência, o
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cliente ganhou muito em poder comparativo de ofertas. Com isso, os profissionais da
área perceberam que era necessário colocar o consumidor como parte fundamental do
processo, segmentando seus produtos para atender aos anseios e necessidades do
usuário.
Inserindo posicionamento e diferenciais, as empresas agregam valores
sentimentais ao seu produto e marca, estando sempre um passo à frente de seus
concorrentes (KOTLER, 2012). A perspectiva de que o cliente tem sempre razão
funciona como explicação geral desta nova era. Esse novo processo foi denominado de
Marketing 2.0, mas ainda tinha foco no “Push” (empurrar), pois assim como no 1.0,
acreditavam que o consumidor tinha relação passiva quanto às campanhas de marketing.
Porém, o novo fluxo é exatamente o inverso do anterior: o consumidor decide todos os
aspectos do produto desde sua propaganda, passando pela gestão de relacionamento
com o cliente, distribuição e embalagem (GOMES, 2013).
Após a nova onda de tecnologia e popularização dos computadores pessoais e
internet, em meados da década de 1990, surgiu a ideia de rede de pessoas segmentadas
por interesses, já que a barreira do espaço físico não existia mais. Assim,
O networking de computadores foi acompanhado pelo networking de seres
humanos. A computação em rede permitiu maior interação entre os seres
humanos e facilitou a difusão do compartilhamento de informações pelo boca
a boca. Tornou as informações onipresentes, e não mais escassas. Os
consumidores tornaram-se bem conectados e, assim, bem informados. Para
dar conta de todas essas mudanças, profissionais de marketing ao redor do
mundo expandiram o conceito e passaram a focar também as emoções
humanas. Introduziram novos conceitos, como marketing emocional,
marketing experimental e valor de marca. Para gerar demanda, não bastava
apenas atingir a mente do cliente com o clássico modelo de posicionamento.
Era necessário atingir também o coração do cliente. Os conceitos de
marketing que surgiram nas décadas de 1990 e 2000 refletiram
principalmente a disciplina de gestão de marca. (KOTLER, 2012, p. 31)
Por isso, acontece uma nova evolução, que é chamada de Marketing 3.0. Essa
vertente é voltada para a missão e valores; sua principal função é se mostrar como parte
da solução de questões complexas da sociedade, como justiça econômica e social.
Apesar de obter correlação com o conjunto de práticas que o antecedeu no quesito de se
atentar para o consumidor, sua principal diferença é a de que se trabalha para atingir um
patamar mais alto de satisfação e entender que o usuário está comentando e interagindo
ativamente sobre os produtos nos seus círculos sociais expandidos pela rede digital.
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O cliente agora possui várias informações sobre todas as marcas e é um
potencial divulgador de qualquer conteúdo, seja essa informação positiva ou negativa
(KOTLER, 2012). Nesse contexto,
As redes sociais digitais conectam consumidores e estimulam mudanças
fundamentais no comportamento. As interações entre consumidores e marcas
são iniciadas precocemente e nunca acabam. Eles querem se conhecer, se
conectar, trocar, participar, coparticipar, cooperar, cocriar, coproduzir.
(SILVA et al., 2013, p. 104)
Um dos casos mais conhecidos de sucesso, sob esta nova perspectiva, é a
campanha usada pela equipe do ex-presidente dos Estados Unidos da América, Barack
Obama, nas eleições presidenciais de 2008. As peças cobriram as mais diversas
plataformas digitais e destacaram o valor da mudança, com ações que foram construídas
e encorajadas a serem compartilhadas massivamente.
A combinação de uma mensagem forte à qual milhões de eleitores
americanos estavam abertos, somada à promoção daquela mensagem em
todos os canais de comunicação disponíveis – do Youtube e Facebook até
jogos de Xbox e mensagens de texto in boxes, televisores e camisetas – tudo
levou a mensagem até os lares. [...] O nível de entendimento tecnológico
exibido pela campanha de Obama foi significativo. Eles pareciam cobrir cada
ferramenta on-line possível, com uma clara percepção de como obter o
máximo de cada uma. Eles postaram fotos pessoais e íntimas ao longo da
campanha no Flickr. Conduziram eventos no grupo do Facebook e enviaram
tweets no Twitter, tanto de anedotas pessoais, quanto de mensagens políticas
sérias. O Youtube era atualizado regularmente com anúncios e endereços de
Barack Obama. Eles usaram o Ustream.tv para conduzir eventos ao vivo,
comícios e discursos, de forma que as pessoas pudessem sintonizar a TV
Barack, vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana. (HUNT, 2010, p.
47-48)
O objetivo foi alcançado: Obama se tornou o primeiro presidente negro dos
EUA, com uma grande parcela de sua campanha financiada por doações individuais,
com média de 100 dólares. O total arrecadado ficou em torno de 640 milhões de dólares
(HUNT, 2010). Este valor é quase quatro vezes superior ao arrecadado por seu
concorrente, John MacCain, que somou 164 milhões de dólares em donativos
(PIMENTA, 2010).
2 O YouTube
A plataforma veio para suprir uma necessidade do mercado sobre
compartilhamento de vídeos. Sua interface amigável e intuitiva permite que uma pessoa
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com pouco conhecimento de internet compartilhe rapidamente qualquer tipo de
gravação ou produção audiovisual da qual tivesse direitos legais.
O domínio youtube.com foi ativado em fevereiro de 2005, sendo aberto ao
público em maio do mesmo ano (TECHTUDO, 2015). O site, que nessa época possuía
o slogan “Broadcast Yourself” (que significa em tradução literal, “transmita-se”) foi
considerado a melhor invenção do ano pela revista americana Times (G1, 2006). Em
novembro de 2006, a empresa Google adquiriu a rede por 1,65 bilhões de dólares (BBC,
2006), porém o investimento demorou para dar retorno financeiro. Em 2010, foi
noticiado que a empresa ainda não tinha encontrado meios de faturar, mas que estava
buscando lançar algum método para obter lucro, até o fim daquele ano. Sendo assim, em
dezembro de 2010 lançaram o TrueView (VENTUREBEAT, 2010).
Isso fez com que eles (criadores de conteúdos) ganhassem uma parte da
receita de qualquer anúncio tocado nos vídeos. A corrida do ouro começou.
Investir tempo em um canal no Youtube se tornou mais popular, tanto quanto
as pessoas que queriam fazer parte do movimento. Ganhar dinheiro por fazer
qualquer tipo de vídeos e os carregar na internet não parecia ser uma má
ideia. Uma nova era de empreendedorismo começou a crescer (HOLMBOM,
2015, p. 3)
Em 2011, foi lançada mais uma ferramenta expressiva dentro da plataforma: a
Transmissão ao Vivo (YOUTUBE, 2011). O recurso trouxe uma nova dinâmica e novas
possibilidades aos usuários, tendo sido utilizada em grandes eventos mundiais dos
últimos anos como o casamento real inglês entre William e Kate Middleton
(TECNOBLOG, 2011), o maior festival de música eletrônica do mundo Tomorrowland
(LOPES, 2015) e até no enterro do vocalista da banda de rock Motorhead, Lemmy
Kilmister (DP, 2016).
O sistema também teve sua participação nos esportes na abertura das
Olimpíadas de 2012, em Londres (TECMUNDO, 2012). O Livestream (Live Streaming
ou transmissão ao vivo de dados) que contou com o maior número de acessos
simultâneos ficou por conta do austríaco Felix Baumgartner, enquanto ele saltava da
estratosfera, a mais de 39 mil metros de altura; para ver esse evento, mais de 8 milhões
de dispositivos estavam conectados ao seu canal do YouTube (TECHTUDO, 2012). Em
2016, a Google incrementou a aplicação permitindo transmissões em 360 graus
(AGRELA, 2016).
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3 Criação de conteúdo: o impacto dos Youtubers e seus canais
Vivemos um momento da história singular, no qual um novo tipo de
empreendimento surge: os canais no YouTube. Com isso, nasce uma profissão moderna
e de caráter global: o Youtuber (GRÜNEWALD; HAUPT, 2014).
Ao longo dos anos, surgem esses criadores de conteúdo audiovisual e o que
eles fazem até ganhou sua própria terminologia. Qualquer criativo que
investe muito tempo no Youtube é comumente chamado de Youtuber. O
processo que Youtuber tem ao criar e carregar vídeos na plataforma é, para
algumas pessoas, chamado de Youtubing. (HOLMBOM, 2015, p. 5)
Tendo em vista que a rede de vídeos online atinge mais jovens e adultos do que
qualquer rede a cabo nos Estados Unidos (YOUTUBE, 2016), é fácil perceber que
muitos desses empreendedores se tornaram celebridades com muita popularidade. A
pesquisa feita pela Variety (2014) constatou que, para os americanos entre 13 e 18 anos,
os cinco maiores influenciadores são Youtubers.
No Brasil, o sucesso não é diferente. A Revista Forbes (TEIZEN et al., 2016),
em sua lista de 30 brasileiros mais promissores abaixo dos 30 anos, colocou três
criadores de vídeos da plataforma, sendo eles, Kéfera Buchmann, Felipe Castanhari e
Nina Santina; os três somam mais de 20 milhões de inscritos nos seus canais do
YouTube. A primeira é autora do décimo livro mais vendido de 2015 “Muito Mais Que
5inco Minutos”. Segundo o Publishnews (2016), outros três livros entre os quinze livros
mais vendidos neste ano são de donos de canais populares na internet e mais de cinco
livros estão no ranking dos vinte mais vendidos nos quatro primeiros meses de 2016.
O criador de conteúdos que mais faturou com a plataforma em 2014, Felix
Kjellberg, arrecadou cerca de 7 milhões de dólares apenas em anúncios (BBC, 2015). A
quantia tem média mensal de 583 mil dólares e é mais de 150 vezes superior à média
salarial da Suécia, país onde o Youtuber mora (STATICS SWEDEN, 2015), já a marca
Porta dos Fundos, canal brasileiro que possui mais de 111 milhões de inscritos e dois
bilhões de visualizações (SOCIALBLADE, 2016), foi avaliada em 500 milhões de reais
em 2015 (KROEHN, 2015). Com esse sucesso demasiado, essas figuras são
responsáveis por um enorme impacto, não só economicamente quanto socialmente.
Apesar de ainda haver descrença de populares sobre a seriedade deste trabalho, ele
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exige muito empenho, planejamento e conhecimento das ferramentas disponíveis tanto
offline, quanto online (UOL, 2016).
4 A geração C: o usuário do YouTube
Com o lançamento da plataforma de anúncios, muitas empresas e agências de
publicidade começaram a criar conteúdo de veiculação paga. Um dos pontos
necessários para se entender esse novo meio de propaganda era o perfil do usuário da
rede social. Por isso, em um estudo feito em conjunto com o instituto de Pesquisa Ipsos
(2013), a Google definiu os maiores consumidores do YouTube e suas opções
preferidas e intenções com relação à plataforma. Eles denominaram esse público de
geração C, pois eles detêm quatro interesses comuns: compartilhar, criar, conexão e
comunidade, sendo que 71% desse público possui menos de 35 anos e 52% são homens.
Dentre os dados apresentados sobre as pessoas dessa geração, é perceptível o
quanto a interação sobre a internet (dentro ou fora dela) faz parte do cotidiano deles,
ainda mais quando 80% disseram que comentam ou compartilham o que viram no
YouTube nos seus diversos círculos sociais. Além de 90% que realizam pelo menos
uma atividade de criação na internet por mês, 50% afirmam que a primeira coisa que
fazem pela manhã é pegar seu smartphone ou tablet e 80% têm pelo menos uma
atividade de compartilhamento na semana (IPSOS, 2013).
A motivação para assistir um vídeo é proveniente de vários fatores, os mais
citados foram escutar música (67%), ver situações engraçadas (61%), buscar
entretenimento (54%), assistir indicações de amigos ou familiares (53%), aprender algo
novo (49%), procurar informações sobre áreas de interesse (46%), relaxar (44%) e
encontrar vídeos para compartilhar com amigos e parentes (37%). O YouTube, por ser
um serviço de vídeos separados por canais, tem comparação com a televisão de forma
inevitável, apesar das claras diferenças na produção e consumo.
O Youtube, mais ainda do que a televisão é um objeto de estudo
particularmente instável, marcado por mudanças dinâmicas (tanto em termos
de vídeos, como de organização), diversidade de conteúdos (que caminha em
um ritmo diferente do televisivo, mas que, da mesma maneira, escoa por
meio do serviço e, às vezes, desaparece de vista) e uma frequência cotidiana
análoga, ou “mesmice”. (BURGESS; GREEN, 2009, p. 23-24)
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A pesquisa revela que 45% da Geração C passa o mesmo ou mais tempo no
YouTube do que na televisão. Outras estatísticas mostram que a relação entre esses dois
canais nem sempre é uma disputa e sim uma relação complementar, pois 69% dos
entrevistados utiliza a plataforma online para ver algum conteúdo de origem televisiva.
Também é comum Youtubers terem seus programas ou aparecer na televisão, como
Felipe Neto (Até que faz sentido), Kéfera Buchmann (Zica, Coletivation), PC Siqueira
(PC na TV), Júlio Cocielo (Pânico na Band) entre outros.
Quando se trata de marcas e produtos, os dados são animadores para quem
deseja anunciar na plataforma, pois é uma prática normal deste grupo procurar
informações sobre produtos/serviços (37%) e eles acreditam que as marcas devem usar
vídeos para divulgar informações sobre seu produto (67%) ou fazer propaganda através
de artistas populares da plataforma (55%).
Na fase de busca de informações, os indivíduos podem recorrer à busca
interna (experiências anteriores) ou à externa (por exemplo, o uso da
internet). Trata-se de uma etapa importante, na qual serão levantadas
informações que darão suporte à decisão de compra. Com relação à fase de
avaliação de alternativas, em geral, os consumidores atribuem importância à
opinião dos outros. (ALMEIDA; RAMOS, 2012, p. 667)
Além disso, 72% já interagiram com alguma marca após ver seus anúncios,
seja indo à loja, enviando e-mail ou utilizando as redes sociais.
5 A busca pelo sucesso dos anunciantes
Atentos a todas as mudanças de paradigmas sociais, os publicitários e as
agências estão constantemente procurando novas formas de tornar a sua comunicação
mais eficiente e obter apreço pelas marcas. O YouTube cumpre essa proposta e, apesar
de modelar um novo tipo de padrão de funcionário, simplifica o processo de criação e
produção dos anúncios, segundo Versolato (2014).
A publicidade nunca esteve tão permissiva para “botar as ideias” no ar. Criar
um conteúdo para o YouTube é algo completamente diferente de criar um comercial.
Antigamente, colocar um anúncio para TV era complicado exigia muitas
pesquisas [...] Está surgindo [atualmente] uma nova vertente de ideias, de
experiências, que está exigindo um outro tipo de profissional. Eu não quero
um redator e um diretor de arte, quero inteligência (VERSOLATO, 2014,
s/p).
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De acordo com Anselmo Ramos (2014), no Brasil, a plataforma é funcional
para testar novos conceitos e identificar campanhas que, de alguma forma, conseguiram
alcançar os objetivos da comunicação empresarial. Esse é mais um dos fatores que
alteraram a forma da propaganda, tendo em vista que no passado se fazia uma
campanha, colocava na TV, tinha o plano de mídia pré-comprado e fim do processo.
Com as ferramentas de monitoramento que a ferramenta dispõe, é muito mais fácil dar
continuidade a propostas que deram certo.
Um dos maiores fatores que interessam às marcas, quando se trata de
campanha audiovisual digital, é a coalizão entre engajamento e viralização. Este
segundo, conta não só com as visualizações orgânicas (não pagas), como
compartilhamentos por toda a rede, amplificando seu alcance, muitas vezes.
No caso da marca Bom Negócio, o resultado foi muito além do esperado neste
sentido. A marca que tinha como objetivo aumentar a fluxo de visualizações do site e
alcançar a geração usuária das redes sociais, não só bateu mais de 370 milhões de
visualizações em sete vídeos, como gerou mídia espontânea. Além de um crescimento
de quase 200% no número de anúncios 2016cadastrados no site em fevereiro de 2014,
mesmo mês em que duas das propagandas surgiram no ranking de anúncios do
YouTube. “Sabe de nada inocente”, bordão de um dos comerciais que se tornou popular
nas redes sociais, tem aproximadamente 450 mil resultados no Google (THINK, 2014).
A campanha do bomnegócio.com tem uma criação irreverente que é perfeita
para ganhar força na internet. Com criativos desta qualidade, pudemos
utilizar a maior plataforma de vídeo do país para gerar awarness e criar
engajamento com a marca. Todas as campanhas premium rodadas no
Youtube tiveram impacto relevante nas métricas de performance que
acompanhamos na Blinks: buscas pela marca, taxa de conversão das
campanhas, taxa de rejeição e o volume de transações gerados no site.
(PUPPI, 2014, p. 5)
Já o diretor de criação da NBS, Marcello Noronha (2014), acredita que o fator
de sucesso da campanha foi o uso de pessoas com personalidades marcantes e
exageradas ao invés de usar celebridades. Acredita-se também que as empresas que não
utilizam as redes sociais, podem ter resultados catastróficos, pois, de acordo com Adam
Penenberg (2010):
Os mais competentes em alavancar toda essa capacidade dentro dos seus
próprios mercados terão a maior probabilidade de crescer ao longo da
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próxima década e além. Aqueles que não, talvez sigam o caminho de todas as
formas de vidas extintas. O fundador da Amazon, Jeff Bezos, comparou o
impacto da internet ao período cambriano, quando organismos unicelulares
abriram caminho para vida multicelular. Foi uma era em que o número de
formas de vida explodiu; foi também o período de maior taxa de extinção.
Isso impõe um desafio quase darwiniano. (PENENBERG, 2010, p. 101)
Por tudo isso, o YouTube se tornou alternativa de marketing tão forte, quanto
consolidada. Prova disso é que todas as 100 maiores marcas do mundo rodaram
anúncios em vídeos pela plataforma em 2015 (YOUTUBE, 2016).
Considerações finais
É notório que a participação socioeconômica do YouTube mudou a forma de
comunicar no meio digital. A plataforma que é considerada como ponto chave de uma
democratização no surgimento de novas celebridades, desmonta o fluxo tradicional e
burocrático da mídia tradicional e deve ter seus profissionais respeitados. Esses
produtores de conteúdo têm uma forte responsabilidade como influenciadores de uma
geração inteira. Eles transmitem seus pensamentos, seus métodos e muitas vezes são
duramente criticados por isso, tendo seu estilo de vida e suas opiniões consideradas, por
alguns, inapropriadas e com impacto negativo para crianças e adolescentes.
A cada dia, mais empresas aderem ao meio pelos seus pontos fortes. Sendo
eles, a possibilidade de desenvolver ações de marcas que proporcionam impacto, se
mantendo no ar mesmo após o período de circulação proposto e ativação em vídeos sob
demanda, garantindo uma eficácia muito superior aos outros métodos. É importante
ressaltar a necessidade de fazer algo bem mais elaborado e até com maior qualidade do
que em outros meios.
Os fatores determinantes para esta afirmação são o grande fluxo de informação
que pode fazer seu anúncio circular sem ter nenhuma visibilidade e o fato de que se
tiver muita visibilidade e for ruim ou ofensivo ele pode receber muitas críticas e ter um
resultado negativo, muitas vezes pior do que se fosse em outro lugar. O terreno digital
tem suas peculiaridades e deve ser bem estudado e compreendido antes de qualquer
manobra.
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Recebido em 10/04/2017
Aceito em 10/05/2017