O USO DE GEOTECNOLOGIAS NA ELABORAÇÃO DE UMA … · Uma segunda visita ao campo de trabalho foi...
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O USO DE GEOTECNOLOGIAS NA ELABORAÇÃO DE UMA TRILHA URBANA NO
CENTRO DA METRÓPOLE PAULISTANA
José Carlos Bonini, Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho,
Jean Pereira de Azevedo do Carmo, Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho,
André Felipe Mussio Morales, Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho,
Juliana Antunes de Azevedo, Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho,
Resumo: A valorização das Trilhas Urbanas se faz necessária no contexto da crescente preocupação de
preservação dos patrimônios no centro da capital paulista. A cidade de São Paulo possui inúmeros pontos que
podem ser catalogados e transformados em roteiros de Trilhas Urbanas. Além de servirem como suportes para o
Turismo, contribuem para a criação, manutenção e fortalecimento de uma identidade cultural dos moradores da
cidade. O objetivo do trabalho é propor uma trilha urbana interpretativa, na região do centro histórico da cidade
de São Paulo, com ênfase em seu patrimônio arquitetônico. E assim contribuir para direcionar ações efetivas por
parte do poder público, visando o incremento infra-estrutural e a valorização das características especifica de
cada ponto turístico da trilha urbana.
Palavras Chaves: Patrimônio Cultural, Identidade Cultural, Turismo
Abstract: The recovery of the Urban Trails is necessary in the context of growing concern for preservation of
heritage in São Paulo. São Paulo has many points that can be cataloged and processed in tours of Urban Trails.
Contribute to the creation, maintenance and strengthening of a citizen’s cultural identity. The objective is to
propose an urban interpretative trail, in the heart of the city of São Paulo, with emphasis on its architectural
heritage. And thus help guide effective actions by the public authorities to increase the infrastructure and
enhancement of the specific characteristics of each point of the tourist trail urban.
Key Words: Cultural Heritage, Cultural Identity, Tourism
INTRODUÇÃO
Segundo SCARIOT, DAVALE, ZANIN, 2006: O espaço tem sido, ao longo do tempo, destinado a cumprir funções específicas que variam segundo as necessidades das organizações sociais em cada época. Dentro dessa perspectiva, a cidade é a resultante, inacabada e em transformação, de intervenções reguladas por diferentes sistemas de valores sociais e econômicos. (SCARIOT, DAVALE, ZANIN, 2006, p.226)
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Fatores como o aumento exponencial da população, urbanização acelerada e sem o
planejamento correto e os rápidos avanços tecnológicos são apontados como responsáveis pelas
profundas transformações no cenário das cidades. Essas transformações têm importante papel no
desenvolvimento urbano, porém, acarretam profundas modificações na paisagem de um determinado
local, ocasionando a deteriorização de importantes patrimônios que representam a identidade e a
história das cidades e de seu povo. (TELLES, 1997 apud SCARIOT, DALAVALE, ZANIN, 2006).
O Patrimônio Cultural se restringe aos monumentos ou construções, antes disso, representa
uma ampla variedade de itens, entre eles os ambientais, ligados à história e em processo contínuo de
formação. Isto é o que mostra Lamy (2005), que considera o patrimônio cultural como:
Um reconhecimento oficial de um conjunto amplo e heterogêneo, por definição jamais acabado, de bens culturais móveis e imóveis, materiais e simbólicos, monumentais e ambientais, cuja existência reporta ao peso do passado dentro da formação histórica da nação e da construção de uma responsabilidade coletiva a vista do futuro. (LAMY apud NIGRO, 2005, p.166)
Nesse contexto, o presente trabalho tem o objetivo de propor uma trilha urbana interpretativa,
na região do centro histórico da cidade de São Paulo, com ênfase em seu patrimônio histórico-cultural-
arquitetônico. Pretende-se elaborar um banco de dados geográficos e mapas temáticos abordando os
pontos da referida trilha urbana e cujas informações possam ser disponibilizadas digitalmente, como
forma de divulgação tanto para a população da cidade em geral, quanto para contribuir com
pesquisadores ou interessados em ações de planejamento e manejo na região que visem à conservação
desse patrimônio.
MATERIAIS E MÉTODOS
O Trabalho foi desenvolvido obedecendo algumas etapas. Na primeira delas, um Trabalho de
Campo foi realizado no centro de São Paulo e consistiu no reconhecimento da área e discernimento
dos pontos relevantes da futura trilha urbana.
Uma segunda visita ao campo de trabalho foi realizada com objetivo de coletar dados como
localização das ruas e referências no terreno dos diferentes pontos da trilha, informações que pudessem
alimentar o Banco de Dados, bem como um registro fotográfico, possível através do uso de uma
Câmera Digital Sony Cyber-shot DSC-W125 7.2 Megapixels.
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Após essas etapas iniciais, o preenchimento de planilhas (tabulação dos dados) com as
informações coletadas em campo e complementadas pela bibliografia, naturalmente foi o caminho a se
seguir, propiciando a alimentação do Banco de Dados gerado no programa Microsoft Access 2007.
Para a elaboração do “Mapa de Localização da Trilha” foram utilizados os softwares livres
Google Earth (obtenção de imagens) e Photo Plus (edição das imagens). Já no “Mapa dos Patrimônios
Histórico-Culturais-Arquitetônicos” o software utilizado foi o GPS TrackMaker utilizando suas
ferramentas no traçado da trilha e para adicionar símbolos a um mapa base extraído do site Google
Maps (www.maps.google.com.br).
O “Mapa de Distância e Formato da Trilha Urbana” foi gerado através de uma simplificação do
mapa feito no TrackMaker. Essa simplificação consistiu na exclusão dos layers de ruas e outras formas
representadas no mapa de localização da trilha, deixando apenas uma linha traçando e representando o
formato da trilha. Esse processo resultou em uma representação mais limpa e objetiva.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
A) Trilhas Urbanas:
A importância das Trilhas Urbanas reside, segundo ABASCAL (2007):
(...) organizar um conjunto de informações capaz de divulgar o interesse histórico, arquitetônico e cultural do ambiente construído estudado, com o intuito de divulgar o conhecimento da cidade como um bem comum. A elaboração de percursos cumpre o papel metodológico de reconhecer, por observação direta, a relevância e o significado na paisagem do patrimônio construído, bem como a qualidade de sua inserção na ambiência urbana. Trata-se de constatar a qualidade do que está consolidado na paisagem (edifícios, mobiliário urbano e elementos paisagísticos característicos de vegetação), que marquem presença, quer tenham ou não um valor acadêmico, devido à autoria consagrada ou tombamento, ou ainda despertem interesse acadêmico por qualquer outro motivo. (ABASCAL, 2007, p.06)
Nesse sentido é importante salientar que as trilhas podem se caracterizar, segundo
GUIMARÃES (2006), de duas formas diferentes:
I. Trilhas de interpretação de caráter educativo, pois consistem em instrumentais pedagógicos, podendo ser: (1) auto-interpretativa ou auto-guiada; (2) monitorada simples ou guiada; (3) com monitoramento/guia associado a outras programações. O percurso deve ser de curta distância, onde buscamos otimizar a compreensão das características naturais e/ou construídas da seqüência paisagística determinada pelo
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traçado. No caso de áreas silvestres são conhecidas como trilhas de interpretação da natureza ("Nature Trails"); em áreas construídas, especialmente as urbanas, em geografia, são conhecidas como percursos de espaço vivido. ("Espace Vécu" / "Living Space"). II. Trilhas cênicas ("Scenic Trails"; "Wilderness Trails"), isto é, trilhas que integram um sistema de outras redes, geralmente com uma seqüência paisagística envolvendo uma travessia por cenários urbanos, rurais, selvagens, enfocando aspectos e atributos culturais, históricos, estéticos, etc. Possuem longas distâncias e grandes extensões, sendo consideradas de caráter recreacional devido às viagens regionais. (GUIMARÃES, 2006 apud JULIÃO, IKEMOTO, COSTA, p.02)
Tanto as trilhas cênicas como as interpretativas de caráter educativo podem ser elaboradas com
auxílio da geotecnologia. Para essa elaboração é indicado uma visita a campo, visando identificar e
reconhecer possíveis locais de interesse. O passo seguinte seria o estudo bibliográfico destes locais
considerados relevantes. Após essas etapas se faria necessário o retorno a esses locais e a demarcação
via GPS dos pontos na trilha, bem como a realização de um levantamento fotográfico. Faz-se
necessário ainda a elaboração ou aquisição de cartas (mapas) temáticas do local (SIG) e o estudo de
cenários com base nos materiais adquiridos como aportes para a posterior leitura da paisagem urbana
sob o ponto de vista do ambiente construído e o natural.
Por serem interpretativas, as trilhas urbanas proporcionam um ambiente capaz de promover a
interação das pessoas. Os aspectos urbanos relevantes para interpretação são tanto humanos quanto
físicos, bem como as inter-relações existentes entre eles são consideradas. Esses aspectos são
percebidos diante da complexidade urbana nas metrópoles, onde os aspectos humanos e físicos
aparecem permeados por diversas transformações. A pressão urbana sobre os aspectos físicos é um dos
fatores mais relevantes a serem abordados nas trilhas urbanas, como por exemplo, a influência
climática, geomorfológica e hidrográfica. Os aspectos humanos, por sua vez, são expostos claramente
no cotidiano das metrópoles e devem ser abordado nas trilhas urbanas.
A Trilha Urbana, fruto desse trabalho foi escolhida obedecendo três critérios básicos. O
primeiro critério adotado foi adequação da trilha ao roteiro sugerido pelos docentes da disciplina
Trabalho de Campo Integrado (TCI) para o trabalho de campo na capital paulista. Segundo critério
atendeu como não poderia deixar de ser, a grande qualidade e quantidade de patrimônios existentes no
percurso. Por fim, o terceiro critério foi a tentativa de sensibilizar a população de São Paulo, chamando
a atenção para importância de preservar esse patrimônio da cidade.
A maior cidade brasileira, com seus 454 anos de história e com um centro riquíssimo sob o
ponto de vista histórico-cultural-arquitetônico deve ser exaltada, motivo de orgulho e, sobretudo
conservada.
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B) Geotecnologias:
No processo de construção de Trilhas Urbanas, ganha papel de destaque a Geotecnologia. Esse
conjunto de tecnologias dá suporte à coleta, armazenagem, processamento, análise e visualização de
dados sobre o mundo real e aliada à particularidade de unir Hardware, Software e Peopleware,
credencia-se como poderosa ferramenta para soluções e tomada de decisões a partir de informações
geográficas. A diferenciação do conceito de informação geográfica, cujo conjunto de dados contém
associações ou relações de natureza espacial (dados representativos na forma gráfica, numérica e
alfanumérica).
A informação geográfica apresenta uma natureza dual: um dado geográfico e atributos descritivos. O dado geográfico possui uma localização geográfica expressa, diretamente ou indiretamente, através de coordenadas em um espaço geográfico. Os atributos descritivos podem ser representados num banco de dados convencional e são quaisquer informações descritivas (nomes, números, tabelas e textos) relacionadas a um único objeto, elemento, entidade gráfica ou um conjunto deles, os quais caracterizam um dado fenômeno geográfico (CÂMARA e MEDEIROS, 1998 Apud NEVES 2003).
Segunda ROSA (2005) pode-se destacar como geotecnologias: Sistemas de Informação
Geográfica (SIG), Cartografia Digital, Sensoriamento Remoto, Sistema de Posicionamento Global
(GPS) e a Topografia Georreferenciada.
Levando em consideração a literatura consultada, algumas considerações sobre essas
geotecnologias se fazem necessárias. Segundo BURROUGH, 1987 apud ROSA 2005, o SIG -
Sistemas de Informação Geográfica (ou Geographic Information System - GIS) processa dados
gráficos e não gráficos (alfanuméricos) com ênfase em análises espaciais e modelagens de superfície.
É importante destacar ainda que, o geoprocessamento envolve quatro categorias técnicas
relacionadas ao tratamento da informação espacial:
1. Técnicas para coleta de informação espacial (cartografia, sensoriamento remoto, GPS, topografia, levantamento de dados alfanuméricos); 2. · Técnicas de armazenamento de informação espacial (bancos de dados – orientado a objetos, relacional, hierárquico, etc.); 3. · Técnicas para tratamento e análise de informação espacial (modelagem de dados, geoestatística, aritmética lógica, funções topológicas, redes, etc.); 4. · Técnicas para o uso integrado de informação espacial, como os sistemas GIS – Geographic Information Systems, LIS – Land Information Systems, AM/FM – Automated Mapping/Facilities Management, CADD – Computer-Aided Drafting and Design. (ROSA e BRITO, 1996)
Ao SIG agregam-se ainda os aspectos institucionais, recursos humanos (peopleware) e,
principalmente, aplicação específica.
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Arquitetura de um SIG
Fonte: Câmara, 1996.
As potencialidades de um SIG são enumeradas por LISBO FILHO, 1999. De maneira resumida
podemos indicar as funções de Recuperação de Dados (busca seletiva, manipulação e geração de
resultados), Funções de Medida (executada sobre objetos espaciais como pontos, linhas, polígonos e
conjunto de células, bem como distancia entre pontos, comprimentos de linha e perímetros de áreas),
Funções de Sobreposição de Camadas (overlay: relaciona informações de duas ou mais camadas de
dados), Funções de Interpolação (método matemático no qual valores não definidos em uma
localização podem ser calculados com base em estimativas feitas a partir de valores conhecidos em
localizações vizinhas), Funções Matemáticas (regressão polinomial, Séries de Fourier, médias
ponderadas), Geração de Contorno (linhas de contorno representando superfícies), Funções de
Proximidade (permitem análise de proximidade, associadas à geração de zonas de buffer).
A Cartografia Digital ou Cartografia Assistida por Computador deve ser vista não apenas como
um processo de automação de métodos manuais, mas sim como um meio para se buscar ou explorar
novas maneiras de lidar com dados espaciais (Taylor, 1991). A Cartografia Digital pode ser
considerada como parte de um Sistema de Informação Geográficas SIG, tendo em mente que os mapas
são centro para todos os SIGs. Outra visão é que um SiG representa uma superestrutura de um Sistema
de Cartografia Assistida por Computador. Segundo TAYLOR (1991), todos os SIGs têm componentes
de Cartografia Digital, mas nem todos os sistemas de Cartografia Digital têm componentes de um
SIGs. Um SIGs envolve muito mais que a elaboração de mapas digitais, mais verdadeiramente a
habilidade de analisar dados com referência.
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O Sensoriamento Remoto pode ser definido, de uma maneira ampla, como sendo a forma de
obter informações de um objeto ou alvo, sem que haja contato físico com ele. As informações são
obtidas utilizando-se a radiação eletromagnética refletida e/ou emitida pelos alvos, geradas por fontes
naturais como o Sol e a Terra, ou por fontes artificiais como, por exemplo, o Radar (NOVO, 1988;
MOREIRA, 2003; ROSA, 1993 apud ROSA, 2005).
O sensoriamento pode ser orbital, neste caso, informações obtidas por satélite ou, sub-orbital
quando as informações são obtidas por aeronaves. As informações da superfície terrestre são coletadas
por um sensor. O sensor é um dispositivo capaz de responder à radiação eletromagnética em
determinada faixa do espectro eletromagnético, registrá-la e gerar um produto numa forma adequada
para ser interpretada pelo usuário. O sensor é constituído basicamente por um coletor, que pode ser
uma lente, espelho ou antena e um sistema de registro, que pode ser um detector ou filme. Os sistemas
sensores utilizados na aquisição e registro de informações de alvos podem ser classificados segundo a
resolução espacial (imageadores e não-imageadores), segundo a fonte de radiação (ativos e passivos) e
segundo o sistema de registro (fotográficos e não-fotográficos). Os sensores também possuem
características próprias, como resolução temporal, radiométrica, espectral e espacial, que os diferencia
em termos de aplicação (ROSA, 2005).
Sistema de Posicionamento Global (GPS) vem do ingles “NAVSTAR GPS” (Navigation
System with Time And Ranging Global Positioning System) e consiste num sistema baseado em
satélites desenvolvido pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América. O GPS permite a
qualquer usuário saber, segundo ROSA (2005), a sua localização, velocidade e tempo, 24 horas por
dia, sob quaisquer condições atmosféricas e em qualquer ponto do globo terrestre.
O sistema GPS pode ser divido em três segmentos: Espacial (cobertura mundial, a partir de 4
satélites visíveis 24 horas por dia), de Controle (operacional, estação mestra e estações de controle
operacional) e do Usuário (aplicação do sistema).
ROSA (2005) complementa que os fundamentos básicos do GPS baseiam-se na determinação
da distância entre um ponto (o receptor) e outros de referência (os satélites). Sabendo a distância que
separa o receptor de 3 pontos podemos determinar sua posição relativa aos mesmos. A posição é a
intersecção de 3 circunferências cujos raios são as distâncias medidas entre o receptor e os satélites. Na
realidade são necessários no mínimo 4 satélites para determinar a posição satisfatoriamente.
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C) Mapa de Localização da Trilha Urbana no Centro de São Paulo.
Trilha Urbana no Centro de São Paulo
Fonte: BONINI et al. (2008)
O chamado “mapa”, na verdade é um mosaico de imagens de satélite obtidas através do
programa Google Earth. A área de interesse inclui o centro velho de São Paulo, Vale do Anhangabaú,
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Praça da República, até o Largo do Arouche. O programa utilizado para a edição das imagens foi o
Photo Plus. Cada imagem salva do Google Earth tinha 1.280x674 pixels, com resolução de 96 pixels
por polegada. Foram salvas na extensão *.jpg, possuindo cerca de 130 kb em média. A imagem
resultante da junção de todas possui tamanho de 3347x2675 pixels, com uma resolução de 72 pixels
por polegada. A imagem total, incluindo título, legenda e outras informações, tem 3720x5068, com
2,33 MB. Para que durante o processo de junção das imagens não ocorressem distorções, era
importante que todas as imagens salvas tivessem as mesmas características. Desta forma, foi utilizada
como pontos de referência: a altitude no ponto de visão, 1,39 km; O Norte fixado na parte superior da
tela, e a imagem sempre ortogonal ao terreno. Quanto aos layers, para não poluir a imagem, foi usada
apenas a opção “estradas”, que no caso era interessante, pois informava o nome das ruas e de outros
logradouros públicos. Na imagem resultante foi marcado em vermelho o trajeto da trilha, que iniciou
no Pátio do Colégio, terminando no largo do Arouche. Os pontos de interesse foram marcados com
números, que indicam as fotos de cada lugar e norteiam o Banco de Dados sobre os Patrimônios
Históricos-Culturais-Arquitetônicos. Este “mapa” tem finalidade meramente ilustrativa, pois apresenta
distorções, inerentes ao próprio programa utilizado. Porém mesmo assim é uma ferramenta
interessante, pois possibilita uma visão geral do centro da cidade de São Paulo, com a sua intensa
verticalização, sua malha viária e o contraste com as áreas verdes.
D) Mapa dos Patrimônios Histórico-Culturais-Arquitetônicos.
Trilha Urbana no Centro de São Paulo
Fonte: BONINI et al. (2008)
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Foi elaborado um Mapa Temático no qual foram pontuados os Patrimônios Histórico-Culturais-
Arquitetônicos considerados relevantes a trilha urbana proposta. Para a construção desse Mapa
Temático utilizamos o software GPS TrackMaker. Através do software e suas ferramentas específicas
foi possível desenhar o traçado da trilha e adicionar os símbolos que representariam os locais
importantes, destaques da trilha. No programa utilizamos a escala 1:1000 km, o que facilitou a
visualização das ruas e avenidas.
A principal dificuldade enfrentada durante todo o processo foi à falta de um aparelho GPS.
Dessa forma tivemos que fazer todo o trajeto de forma manual. Se tivéssemos utilizado um GPS todo
esse trabalho seria automatizado, já que nele poderíamos marcar o caminho percorrido, pontos,
coordenadas geográficas, velocidade, altitude.
A importância do GPS fica clara nesse contexto, como facilitador do processo, porém é preciso
salientar que sua ausência não impede a construção de uma trilha urbana.
E) Mapa de Distância e Formato da Trilha Urbana.
Traçado da Trilha Urbana - Centro de São Paulo
Fonte: BONINI et al. (2008)
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F) Banco de Dados Geográficos.
Imagem do Banco de Dados. Fonte: Geografia Integral Turma 2005, Grupo Trilhas Urbanas
Fonte: BONINI et al. (2008)
Os Banco de Dados Geográficos são empregados como tecnologia da informação que servem
para armazenar, processar, distribuir e compartilhar dados espaços-temporais. A partir dessa definição
decidimos criar um banco de dados dos Patrimônios Histórico-Culturais-Arquitetônicos, uma vez que
para a elaboração de uma trilha urbana é necessário a utilização de técnicas de geoprocessamento no
sentido de facilitar os processos que sugerem sua construção.
A primeira etapa do desenvolvimento desse banco de dados consistiu no trabalho de campo
onde pontuamos os principais prédios do centro de São Paulo (respeitando o perímetro pré-
estabelecido). Anotamos diversas informações e registramos com fotografias que nos auxiliaram
posteriormente na tarefa. Após essa etapa, no gabinete, preenchemos planilhas elaboradas pelo grupo e
passamos para a etapa seguinte: a confecção do Banco de Dados. Para isso o Software escolhido foi o
Microsoft Access 2007. Foi criado então o Banco de Dados intitulado “Trilha Urbana”, onde foram
definidos os tópicos a serem armazenados. São eles: Patrimônio Arquitetônico, Coordenada
Geográfica, Inauguração, Importância, Arquitetura, Época Histórica, Responsabilidade, Atualmente,
Revitalização/Restauração, Inauguração e Enquadramento em Projetos.
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Esse Banco de Dados futuramente pode ser vinculado a um SIG (ArcGis ou Spring) para a
elaboração de um mapa temático sobre os Patrimônios Histórico-Culturais-Arquitetônicos e também
na elaboração de outras trilhas urbanas.
Ponto Nome Latitude Longitude 01 Pátio do Colégio 23º 32’ 52,99” S 46º 37’ 58,74” O 02 Edifício do Banespa 23º 32’ 44,65” S 46º 38’ 23,20” O 03 Edifício Martinelli 23º 32’ 45,48” S 46º 38’ 61,20” O 04 Largo do Café 23º 32’ 46,43” S 46º 38’ 03,70” O 05 Praça do Patriarca 23º 32’ 51,68” S 46º 38’ 14,79” O 06 Viaduto do Chá (Vale do Anhangabaú) 23º 32’ 48,87” S 46º 38’ 89,50” O 07 Prefeitura São Paulo 23º 32’ 51,81” S 46º 38’ 14,74” O 08 Praça Ramos 23º 32’ 47,28” S 46º 38’ 19,78” O 09 Rua Marconi 23º 32’ 44,51” S 46º 38’ 25,67” O 10 Praça Dom José Gaspar 23º 32’ 49,40” S 46º 38’ 31,54” O 11 Avenida São Luís 23º 32’ 48,60” S 46º 38’ 35,72” O 12 Edifício Itália 23º 32’ 43,82” S 46º 38’ 36,55” O 13 Praça da República 23º 32’ 34,73” S 46º 38’ 35,85” O 14 Largo do Arouche 23º 32’ 29,14” S 46º 38’ 44,04” O
Tabela de Latitudes e Longitudes dos Pontos Demarcados: Trilha Urbana Fonte: BONINI et al. (2008)
A seguir seguem as informações presentes no Banco de Dados construído no software
Microsoft Access 2007:
1) Ponto Inicial: Pátio do Colégio Patrimônio Pátio do Colégio: Inaugurado em 1544, Projeto Viva Centro Arquitetura Igrejas e Monumentos Artísticos. Importância Sítio Arqueológico no qual se realizou a primeira construção da atual cidade de São
Paulo. Padre Manuel da Nóbrega e o então noviço José de Anchieta, Jesuítas a mando de Portugal, resolveram estabelecer o local para fins de catequização de indígenas.
Responsável Prefeitura Municipal / Igreja Católica. Época Histórica Início da Descoberta do Brasil. Inicio das Missões Jesuíticas no Brasil. Atualmente Local de visitação. Conserva restos mortais do noviço Padre Anchieta. Revitalização e Restauração
Reformas realizadas pela Prefeitura e Igreja Católica.
Ponto Inicial: Vista do Pátio do Colégio
Figura: Sá, F. V. de (2008)
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2) Edifício Banespa Patrimônio Edifício Banespa: Inaugurado em 1947, Projeto Viva Centro Arquitetura Seu projeto inicial foi espelhado no edifício Empire State Building de Nova York. Importância Sede do Antigo Banco de São Paulo hoje ele foi privatizado. Responsável Santander Banespa. Época Histórica Governo Getúlio Vargas. Atualmente Continua sendo sede do banco além de possuir um museu, obras de artes além de abrir
para visitação do público. Revitalização e Restauração
Poucas Reformas Registradas.
Edifício “Altino Arantes” Banespa
Fotos: Sá, F. V. de (2008) e Ricardo Pereira (fonte: Google Imagens)
3) Edifício Martinelli Patrimônio Edifício Martinelli: Inauguração em 1929, Projeto Viva Centro Arquitetura Composta de vários estilos. Importância Em 1932, durante a Revolução Constitucionalista, os terraços do Martinelli abrigaram
a bateria antiaérea de São Paulo, para defendê-la dos aviões de Getúlio Vargas. O Edifício Martinelli foi considerado por muitos o primeiro arranha céu do Brasil.
Responsável Prefeitura Municipal. Época Histórica Crash da Bolsa de Valores dos Estados Unidos, 1929. Atualmente Possui escritórios comerciais. Revitalização e Restauração
Durante a década de 70 o Edifício sofria um processo de deterioração, sendo considerado como uma “Favela Vertical”. Na mesma década, a prefeitura promoveu um processo de recuperação do prédio, restaurando e adaptando-o aos tempos atuais.
Fonte: http://theurbanearth.files.wordpress.com e Sá, F. V. de (2008)
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4) Largo do Café Patrimônio Largo do Café, Projeto Viva Centro Arquitetura Largo. Possui Bares com Arquitetura peculiar. Importância Local como ponto de encontro para compra e venda de café, na época dos Barões do
Café, servindo como uma espécie de Bolsa de Valores do Café, na qual os preços eram definidos.
Responsável Prefeitura Municipal. Época Histórica Ciclo do Café. Atualmente O local está estruturado para atender a população com bares e pequenas lanchonetes. A
população costuma se dirigir ao local após o expediente de trabalho para relaxar na companhia de amigos.
Revitalização e Restauração
Reformas realizadas por projetos de revitalização do Centro de São Paulo.
Vista do Largo do Café
Fotos: Sá, F. V. de (2008)
5) Praça do Patriarca Patrimônio Praça do Patriarca: Inauguração 1950/1960 Arquitetura Praça Importância Ao redor da Praça localiza o prédio do Patriarca (Prefeitura Municipal). Responsável Prefeitura Municipal. Atualmente De fato, a Praça do Patriarca foi aberta por necessidade de ampliar-se o espaço para o
trânsito naquele local em que a confluência das ruas pequenas provocava sempre aglomeração. Derrubou-se, então, para construí-la um quarteirão limitado pelas ruas São Bento, Direita, Líbero Badaró e Quitanda.
Revitalização e Restauração
Reformas realizadas pela Prefeitura.
Praça do Patriarca
Fotos: Sá, F. V. de (2008)
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6) Edifício Patriarca (Prefeitura) Patrimônio Edifício Patriarca (Prefeitura): Inaugurado em 1926, Projeto Viva Centro Arquitetura Praça recentemente reconstruída por Paulo Mendes da Rocha Importância Centro comercial mais moderno da época, com a chegada da loja de
departamentos Mappin Stores Responsável Prefeitura Municipal. Época Histórica Presidente Arthur Bernardes/ Luta contra o Tenentismo. Atualmente Ela é a porta do centro histórico de São Paulo Revitalização e Restauração
Passou por vários processos de restauração sendo a última em 2002.
Edifício Patriarca (Prefeitura Municipal de São Paulo)
Figura: Sá, F. V. de (2008)
7) Viaduto do Chá (Vale do Anhangabaú) Patrimônio Viaduto do Chá (Vale do Anhangabaú): Inaugurado em 1892 Arquitetura Espaço Público. Importância É um espaço público caracterizado por uma praça, no qual tradicionalmente se
organizam manifestações públicas, comícios políticos e apresentações e espetáculos populares.
Responsável Prefeitura Municipal. Época Histórica O Nascimento do Primeiro Presidente do Brasil Manuel Deodoro da Fonseca. Atualmente Local de Eventos Culturais e encontro de tribos jovens. Revitalização e Restauração
Reformas realizadas pela Prefeitura Municipal.
Vale do Anhangabaú
Foto: Sá, F. V. de (2008)
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8) Praça Ramos de Azevedo Patrimônio Praça Ramos de Azevedo (Teatro Municipal e Antigo Mappin) Importância Logradouro situado na área central da cidade de São Paulo, junto ao Vale do
Anhangabaú, formando com este um grande espaço livre público. Atualmente A praça também se localiza ao lado do Teatro Municipal de São Paulo, do Edifício
Alexander Mackenzie (Shopping Light) e do Viaduto do Chá, e compõe, com tais espaços, um conhecido cartão-postal da cidade.
Revitalização e Restauração
Reformas realizadas por projetos de revitalização do Centro de São Paulo.
Contraste entre o Novo e o Antigo – Praça Ramos de Azevedo
Foto: Sá, F. V. de (2008)
Teatro Municipal
Foto: Sá, F. V. de (2008)
9) Praça da República Patrimônio Praça da República: Inaugurado em 1889, Projetos Culturais Arquitetura Praça. Importância É um dos mais tradicionais pontos de São Paulo. Localizada no centro da cidade, a
praça é visitada diariamente onde as pessoas aproveitam para conhecer o famoso local que guarda um pouco da história da metrópole.
Responsável Prefeitura Municipal. Época Histórica O Marechal Deodoro da Fonseca expulsa a família real do Brasil. Atualmente Abriga a mais conhecida feira de artes de São Paulo. Revitalização e Restauração
A Praça da República passa por obras de revitalização que visam aprimorar o espaço para o uso de descanso e lazer da população.
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Visão Aérea da Praça da República
Fonte: http://www.cidadedesaopaulo.com Acesso em: 03 dez 2008
10) Praça Dom José Gaspar Patrimônio Praça Dom José Gaspar, Projeto Viva Centro Arquitetura Praça. Importância A praça era encontro de Boêmios e Intelectuais nos anos 60 e 70. Responsável Prefeitura Municipal, mas foi adotada pela Maringá Turismo. Atualmente Local de encontros culturais, além de possuir vários bares e restaurantes. Revitalização e Restauração
Em parceira com a Maringá Turismo, a praça passa por reformas constantes.
Praça Dom José Gaspar 2008
Fonte: www.skyscrapercity.com 11) Edifício Louvre
Patrimônio Edifício Louvre: Inaugurado na Década de 1950 Arquitetura Ecletismo Arquitetônico. Importância Projetado por um grande arquiteto Paulistano João Artacho Jurado. Época Histórica Época áurea do Presidente Getúlio Vargas. Atualmente Possui lojas, Financeiras, Transportadoras e Agências de Turismo. Revitalização e Restauração
Poucas Reformas Registradas
Edifício Louvre - Fonte: http://flickr.com/photos/gaf/2804028995
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12) Edifício Itália Patrimônio Edifício Itália: Inaugurado em 1965 Arquitetura Clássica Importância Patrimônio Histórico por ser um dos maiores exemplos da arquitetura verticalizada
brasileira. Época Histórica Período Militar - Presidente Castelo Branco. Atualmente É o segundo maior edifício de São Paulo, possuí restaurantes e escritórios comerciais. Revitalização e Restauração
Poucas Reformas Registradas
Edifício Itália (Circolo Italiano)
Fonte: Lucas B. Salles (Wikipédia.org)
13) Largo do Arouche Patrimônio Largo do Arouche: Inaugurado em 1822, Projeto Viva Centro Arquitetura Largo Importância Mercado de Flores, Local de Festividades de Artes e Gastronomia Responsável Prefeitura Municipal Época Histórica Dom Pedro II recusa-se a atender convocação das Cortes de Lisboa para voltar a
Portugal. A data ficou conhecida como Dia do Fico. Atualmente Existe vários bares e restaurantes além do comércio de flores. Revitalização e Restauração
Reformas e manutenção realizada pela prefeitura.
Vista Aérea do Largo do Arouche
Foto: http://www.projetosurbanos.com.br
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A valorização das Trilhas Urbanas se faz necessária no contexto da crescente preocupação de
preservar os patrimônios no centro da capital paulista. O meio acadêmico, bem como o turismo e a
população em geral tem participação fundamental nesse processo e podem se beneficiar com tal ação.
A cidade de São Paulo possui centenas de pontos que podem ser catalogados e transformados
em inúmeros roteiros de Trilhas Urbanas. Nesse sentido as trilhas urbanas na cidade de São Paulo
representariam uma forma de organização da logística no Turismo dentro da cidade, uma vez que o
município possui características de alta densidade e grande extensão territorial, o que dificulta o acesso
do turista a cada ponto. As trilhas podem contribuir tanto ao turista quanto ao morador local na escolha
da atividade que melhor lhe satisfazer, podendo escolher, por exemplo, entre Trilha da Gastronomia,
Trilha Patrimônio Cultural, Trilha da Saúde, entre outras.
As Trilhas Urbanas além de servirem como suportes para o Turismo contribuem para a criação,
manutenção e fortalecimento de uma Identidade Cultural dos próprios moradores da cidade, já que
muitas vezes estes podem não compreender o significado histórico que determinada localidade carrega
e dessa forma não valorizar, fiscalizar e cobrar o poder público quanto a ações que visem à
conservação daqueles patrimônios.
Hoje as Geotecnologias desempenham papel de facilitadoras do processo de construção de
Mapas Temáticos que atendam as exigências na elaboração das trilhas urbanas. Na construção da
“Trilha Urbana no Centro de São Paulo”, tivemos acesso a imagens de satélite disponíveis na Internet
e utilizamos Softwares Freeware (livres) que simulam GPS, por exemplo. Após o trabalho de campo,
esses materiais foram essenciais para a elaboração da Trilha Urbana e para obter resultados
satisfatórios.
Portanto ao criar uma Trilha Urbana, apostamos que demos um passo na direção de transformar
São Paulo em uma metrópole que valorize sua Identidade Sociocultural, promovendo discussões e
debates no sentido de uma cidade com personalidade própria, e ao mesmo tempo integrados com o
restante do país, externamente e, sobretudo, dentro de si mesma - buscando desenvolver sua economia;
sendo atenciosa às questões sociais; politicamente influente e na vanguarda da prestação de serviços –
valorizando seus aspectos físicos e principalmente seus habitantes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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