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PREÇOS' No RiOr.r...... $500 Nos Estados.... $600 O TflCQ -TOCO ANO XXVI11 O Tico-Tico publica os retratos de todos os seus leitores RIO DE JANEIRO. 18 DE NOVEMBRO DE 1931 O Tio dc Lamparina N. 1.363 73S'íí2T~! 1 9^4AmÍ78 ¦ ;-'¦3 —^3' 4\/?-*r ' " Como Lamparina tivesse fugido do cole- Eio, Carrapicho falou-lhe energicamente: mandei Oizer a teu tio. o "Larr.pcâa" .. .. .pa! 3 te vir bjscar. Depois Carrapicho foi á casa cie Goiabada e lhe pediu para arranjar liir.a roupa de bandoleiro e temar a si a... .-. .incumbência de imitar o "Lampeão". Em- ' quanto isso, Lamparina comunicava á policia ] que "Lampeáb" era seu tio e vinha buscá-la... \ .ífêjp? * \ \ Êk ^o\\^^ \ -v^T^v ^/"\ / •• dentro de poucos dias. No dia marcado. .»,Lamparina: e Carrapicho, depois.de dar .. .a confusão. Apareceu a policia e aos grites Goiabada apareceu cm casa de Carrapicho com conselhos á negrinha, deixou-a ir em. compa- òe "pega o Lampeão" prenderam Goiabada. u,r>- asptto aterrador. Vinha buscar.»nh;a de Goiabada. Foi ahi cjue se estabelecc/ú... eraquanto Lamparina fugia

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PREÇOS'

No RiOr.r...... $500Nos Estados.... $600O TflCQ -TOCO

ANO XXVI11

O Tico-Tico publica os retratos de todos os seus leitoresRIO DE JANEIRO. 18 DE NOVEMBRO DE 1931

O Tio dc Lamparina N. 1.363

3S'íí2T~! 1^4AmÍ 8

¦ ;-'¦ 3 —^3' 4\ /?-* r ' "

Como Lamparina tivesse fugido do cole-Eio, Carrapicho falou-lhe energicamente: —Já mandei Oizer a teu tio. o "Larr.pcâa" ..

.. .pa! 3 te vir bjscar. Depois Carrapicho foi ácasa cie Goiabada e lhe pediu para arranjarliir.a roupa de bandoleiro e temar a si a...

.-. .incumbência de imitar o "Lampeão". Em- 'quanto isso, Lamparina comunicava á policia ]que "Lampeáb" era seu tio e vinha buscá-la...

\ .ífêjp? * \ \ Êk ^o\\^^ \ -v^T^v ^/"\ /

•• dentro de poucos dias. No dia marcado. .»,Lamparina: e Carrapicho, depois.de dar .. .a confusão. Apareceu a policia e aos gritesGoiabada apareceu cm casa de Carrapicho com conselhos á negrinha, deixou-a ir em. compa- òe "pega o Lampeão" prenderam Goiabada.u,r>- asptto aterrador. Vinha buscar.» nh;a de Goiabada. Foi ahi cjue se estabelecc/ú... eraquanto Lamparina fugia

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O T ICO-T I C O ÍB — Novembro — 1931

9PO fiMQU £

E GOSTOSO!NÃO CONTEM ÓLEODISPENSA PURGANTENAO TEM DIETA

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LICOR PE CACAUVERMiFUGO XAVIER

O MELHOR LOMBRIGUEl&O

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UM BOM PRESENTEé o livro intitulado

A FLORA DAS MARAVILHASpelo Dr. Ribeiro de Almc:da, íilho, que ensina divei-tindo quanto ha de bom em nossa terra, por meio de

contos lindos calcados na v<da do sertão e noscostumes dos nossos indios.

Encontra-se á Rua Buenos Aires, 133 — K. AN-TUXES e nas principaes livrarias

Será posto & venda em D-zembro o ALMANAQUE D'0

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18 — Novembro — l'Ml 0 TICO-TICO

UM CONCURSO DEANEDOTAS COM MUITOS

PRÊMIOS

Cultuando, como c do seu fei-tio, o humorjsmo sadio e necessário,O MclJtOj a popular e prestigiosarevista que todo o Brasil lê, acaba<ie organizar um interessante con-curso de anedotas, ao qual podemconcorrer todos os cultores da ver-ve sadia. Como informação, damosa seguir as bases dc interessanteci incurso aberto pelo O Màuwi

1" — A anedota que vier para"O Malho" deverá ser inédita e,pelo menos, capaz dc fazer rir umfrade de pedra.

2 — Toda anedota enviada nãodeverá conter mais de 100 palavrasc, no mínimo, duas. . .

3° — Na própria folha de pa-pel em que fôr enviada a anedotapara o concurso deverão constar aidentidade e o endereço do auter.

4? — E' permitido ao concurren-te enviar mais de uma anedota, de-vendo, cada uma, vir numa folhade papel.

5" — Encerrado o concurso eapresentado r.o "O Malho'' o seuresultado, iniciaremos a publicaçãonão só das anedotas premiadas, co-mo também de todas as que tiveremalgum merecimento.

6* — Este concurso terá a dura-Ção de dois (2) meses que se con-tarão a partir dc hoje. Será assim.encerrado impreterivelmcnte no dia7 de Janeiro.

7" — Os trabalhos destinados aocertame deverão ser endereçados:

Concurso de anedotas — Red a-Çàu d'0 Malho — Rua da Ouitan-da, 7 — Rio.

8* — Todas as anedotas envia-Oas serão submetidas ao julgamcn-to de uma comissão, cujos compO-nentes serão oportunamente de-'-gnados por nós.

Entre os classificados pela com-missão julgadora do concurso deanedotas d'0 Malho serão distri-buidos dez prêmios, a saber: um dcTO0S000, um de 60$. um de 50$.Wn de 40S, um de 30$, um de 20$ equatro assinaturas, duas anuais eÜuas semestrais, do O Malho.

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GRÁTIS. — PEDIDOS a JU LIO N. DE SOUZA & CIAAVENIDA PASSOS, 120— Rio — Telepiione: 4-4424.

O menino sabidoChamava-se Lulú, um menino

muito levado e muito chorão.

Certo dia. sua mãe deu-lhe SOOréis para comprar pão. Lulú tinha o

péssimo costume de brincar e de-morar quando ia fazer compras pa-ra a mãe.

Aconteceu perder numa vala os

500 réis do pão e desatou a chorar.Momentos depois chega um homem,seu conhecido, c pergunta-lhe porque chora. Ele responde;

Choro porque perdi os 500 réisda mamãe com os quais ia comprar.pão.

O moço, com pena do menino,deu-lhe 500 réis para substituir osperdidos. Ele. porém, não parou dechorar; o transeunte perguntou-lheentão por que ainda chorava.

Lulú. entre choroso e zombeteiftf,respondeu-lhe:

Choro porque se achasse o»outros ficaria agora com 1.000 feia,-

Luis Thomé Machado

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O TICO-TICO IS —Novembro— 15131

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ÍÉ

NATAL, ANNO BOM E REIS0 Grande Concurso Instituído peloParaíso das Creanças"

PRÊMIOS PARA A GURYSADAA acreditada casa áo Rio de Janeiro — "PARAÍSO Enviado o trabalho prompto para a casa o,r.c iüS.üie

DAS CREANÇAS" — estabelecida á Rua 7 de Setem- ' . ...bro, 134, institue por intermédio d'0 TICO-TICO nm in- c COncurs0' ° "ulor *» Cülondo rCcebcr? e* tr0-* "™teressantissimo concurso com premios de real valor pava cartão numerado, que ihe dará direito ao sorteio a sea gurvsada desta capital e do interior Ao X):.v/., con- .. . , .".__«,curso esse nuc consiste em se colorir o desenho anui ruihzar »° d,a 4 dc J;il,t;,I'o dc Wj-> edm o5 aeguipteapubl • prem os :

V Premio — Vale de mercadorias no valor de 200$000-' " " " 100$00ü3* " :' " 50$000

4o e 5' " " » Cada 20$0006' ao 10" " » " » cada 10$000

O sorteio dos cartões numerados que o "PARAÍSO Anno B-m e Reis, á vista dos jornalistas c interessados,DAS CREANÇAS", á Rua 7 de Setembro, 134. entregará síndo os vales trocados immedistfa-pente por qualqtfeápessoalmente acs pe-jucros cencurrente. ou enviará pelo mercadoria, de secordo com os preços marcados r.-iscorrc'o cm troca «leste desenho colorido, será realizado, etiquetaioemo disícmes, rc d'r. 4 dc Janeiro de 1932, ra própria O resultado geral deste concurso será p_f_'cado nacaia ccn:i_erc"al qr.e ifiitiiuc o cencurso de Nalai, edição d'0 TICO-TICO do dia 13 dt Janeiro dc 1.32.

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O TICO -TICO

Redator-Chefe: Carlos Alanhaea — Diretor - Gerente A. de Souza e SilvaAssinatura — Brasilt 1 ano. 25J000; 6 meses. 13$000; — Estrangeiro: 1 ano. 60$0ü0; 6 meses, 35$üüO,

As assinaturas começam sempre no dia 1 do mês em que forem tomadas e serão aceitas anual ou semestralmen-te. TODA A CORRESPONDÊNCIA, como toda a remessa de dinheiro, (que pôde ser feita por «vale postal ou car-ta registrada com valor declarado), deve ser dirigida i Rua da Quitanda, 7 — Rio. Telefones: Gerencia: 2-4544.

Escritório: 2-5260 Diretoria: 2-5264.Sucursal, em São Paulo, dirigida pelo Dr. Plinto Cavalcanti — Rua Senador Feijó, 27 8° andar, salas 86 e 67.

CiCOQ• ^r\ Ji MBBwXwLj**^ \£*^

A S F É RMeus netinhos:

Dentro de poucos dias, duas se-manas talvez, vão entrar vocês, que-freqüentam a escola, no período dasférias, do descanso, que sempreprecede á quadra feliz do fim deano, do Natal, povoado dos sonhosmais lindos, dos sorrisos, das ale-grias e dos votos para uma exis-tencia longa e ditosa.

Cada menino que aproveitou oano escolar, estudando, aprendendoas sábias lições que lhe foram da-das na escola, já ha de estar so-nhando com o maravilhoso presen-te que Papal Noel, sem duvida, nãose esquecerá de colocar num sapati-n h o, cuidadosamente escondidonum vão de janela, na noite estie-

IAS E O Efeda de Natal. Mas, passado o Na-tal, passadas as festas de Ano Bome Reis, têm os meus netinhos ümdever maior a cumprir, uma obriga-ção que lh'es ha de garantir o bemestar e a felicidade futura. Esse de-ver, meus meninos, é o estudo. Semo amor aos livros, sem possuir osensinamentos que a escola e o larministram nem uma só criança fi-cará preparada para desempenhar

qualquer missão no futuro. Não hauma só profissão, meus netinhos,

por mais humilde que seja, que pos-sa ser alcançada pelo menino igno-rante, analphabeto.

Estudem, pois, meus netinhos,

juntem o pecúlio para o espirito,formem o patrimônio intelectual

S T U D Oindispensável a todo homem. Sai-bam, além disso, aproveitar o sa-crificio dos pais que desejam en-caminhar os filhos para a conquis-ta que lhes assegurará a vida felize honrosa. Para esse sacrifício, vo-cês estão na obrigação de mostrargratidão. E poderão mostrar, estu-dando, dedicando-se aos livros, mes-mo no período de ferias — tudo aolado de uma conduta de obediênciaaos pais, aos mestres, ao3 seus se-melhantes. Se assim procederemos meus netinhos serão dignos ei-dadãos de uma pátria grande e cul-ta, membros de uma sociedade quesó se exalçará aos exames domundo.-

VOVÔ

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O TICO-TICO 0 r- Í8 — Novembro — 1931

- <^f>yUma grande novidade para os meninos.

U 10 PAIO ¦11 BRASILEIRO Í1I Md, li |PRESEPE K MM M 0 TO-10?¦!§, 0

O ESFORÇO DIGNO DE LOUVOR DE UM JOVEM BRASILEIROO TICO-TICO, que sempre aplaude e es- uma cidade, onde nem falta a escola, pois nele

timula o esforço dos jovens, não podia deixar se vê a Escola ARricola Luiz de Queiroz, dede visitar o Parque Industrial Brasileiro, ma- Piracicaba.lavilhosa exposição de uma verdadeira cidadede bonecos, toda movimentada, iluminada, eque se encontra aberta á visita publica — narua do Passeio n.° 70, nesta Capital. — E' que oParque Industrial Brasileiro é trabalho pacien-te de um jovem de 23 anos — João Furlande —natural de Piracicaba,, que gastou trinta mesesa executar a sua prodigiosa creação, onde fi-guram 846 bonecos, 412 metros de fios, 612 depolios, tudo a girar, em 52 movimentos diferen-tes, produzidos por um motor de força de umquarto de cavalo. O Parque Industrial Brasilei-

O jovem João Furlande, inventor e cons-trutor da linda cidade movimentada, é um dosmaiores entusiastas d'0 TICO-TICO. e resolveupara dar maior atração á sua obra, completá-lacom o Presepe de Natal que O TICO-TICO es-tá publicando. O Presepe de Natal d'0 TICO-TICO, todo movimentado e iluminado, será,dentro de poucos dias, exibido juntamente como Parque Industrial Brasileiro. O maraviíhcsotrabalho do jovem João Furlande será, logo quetermine a sua exibição nesta Capital, levado a'todos os Estados do Brasil. E todos hão de ad-mirar o prodigioso trabalho de um jovem brasi-

ro, que vocês devem visitar, é a miniatura de leiro digno de aplausos e amparo.

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ÍS — Novembro —1931 0 TICO-TICO

DA FE'A nossa pátria deu ao mundo civilizado uma li-

ção grandiosa.Elevou em a sua Capital, em local de destaque,

a imagem de Christo Redentor.-Como que a Natureza, que encheu o Brasil de

encantos, deu-lhe o Corcovado, monte que se avistaao longe, a cavaleiro da nossa incomparavel Guana-bara, para que ele servisse de pedestal ao gigantescomonumento, que dá testemunho vivo a quantos apor-tem á nossa baía, do elevado grau da nossa crença.

Cosei os melhores momentos de minha vida, aoser levada, por minha mãe, ao pé daquela encanta-dora obra de arte, inspirada nos sãos princípios das, .eis Sagradas,.

Senti, ao transportar-me àquele alcantil, como seFosse bater ás portas do Céu, tão alta está a imagemdaquele que conduz o rebanho das almas boas aoaprisco da Luz.-

De lá, com os olhos fitos em Jesus, recordei aspreces que me ensinou minha mãe, e elevei-as a Ele,pedindo-Lhe por quantos não puderam render-Lhe ahomenagem de visita-LO, naquele trono que a Natu-reza adivinhou crear para o Brasil oferecer ao seuREDENTOR,

Glcusa Mendes Paes Leme

CARIDADEAnnita é uma menina bela, meiga, dócil e carido-

sa. Embutido no peito possue um coraçãozinho deouro. Está sempre pronta a socorrer os infelizes enecessitados. Annita tem pais com recursos. Moranum elegante "chalet", rodeado de um morro cheiode espessas romarias, fica quasi á beira do caminho,

Hoje de manhã, a menina recebeu do pai umamoeda de prata.

— E' para que tu compres os doces que me ps-diste, disse-lhe ele.

Annita ficou contente, arrumou o laço na cabeçae arranjou o vestidinho de crepe, apanhou a moedaque o pai lhe estendia- e partiu em direção da con-íeitaria.

Ao passar pelo caminho, seus olhos deram nummísero céguinho, que, sentado em uma pedra implo-rava a caridade publica.;

Al menina pensou nos doces, mas ao ver aquelepobre, num impulso de bondade toma a moeda e adeposita no roto chapéu.

E, alegremente, retírai-se correndo, sentindo noseu coração uma alegria enorme em "ter socorrido uminfeliz.;

Jaé Antônio Mathias

A BANDEIRANo sacrario de meu peito,onde cantam, noite e-dia.as juritís da esperançaas sabiás da alegria;

neste canteiro de sonhos,numa alvorada fagueira,brotou, cresceu e floriuo amor á nossa bandeira.

Com que prazer o meu lábio,hoje, a sorrir, se descerra

para saudar-te, orgulhoso,— bandeira da minha terra.

Soberbo, a_ta_te.ro e beloés tu — nobre pavilhão —a verônica sagradada alma de uma nação.

Quem te adore, quem te elevaserá bendito e feliz.Beijo-te assim, de joelhos,— bandeira do meu país!

Lilinha Fernandes

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O TICO-TICO — 8 18 — Novembro —19.1

BrincaRd^ de b a t a I h~ã o *% h

j111 I ________ ,_, i«-___-_-.

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Pedro, Paulo. Luiz, Martinho. José, João eTônico resolveram brincar de batalhão.

E no porão da casa encontraram uma porçãodc cousas para organisar o batalhão.» «———_————¦•——_—_—___-_-—____________________¦_¦_«__» j» ii i-iiiM-m iii.i «.i.i-mh. ii imi—ini iiiiii-—.

E eis os dois batalhões formados, um em fren-te ao outro, prontos para a luta, sob o _,_,.

...comando de Pedro. Começa a batalha e oexercito de Pedro, fica logo, ao primeiro,..

i' |~i—*—¦* ¦" ] * i« ¦ «¦»—--—________,^»»^M_M-

...embate, derrotado e Pedro tenta fugir. ...postiço. E na fuga perde Pedro o cavalo eMas o batalhão vencedor o persegue e dá-lhe uma das botas de general. Mas mesmo assimum banho de seringa, molhando-lhe o nariz... Pedro se põe em fuga.

(Continua),

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_8 — Novembro — 1931 9 — O TICO-TICO

¦6«8f__WC.__-

Colaboração de ..:_>£> a e.Galyão de Q».eii*o2..r>eíSo, c*.clui.vdmc.ile pacet

O TjOCO^TíQCOU-

Réco-Réco, ouviu dizer, que, no alto da-quele morro vivia uma velha feiticeira,que advinhava o futuro e ensinava comose ganharia dinheiro com muita faci-lidade.

Chamando Bolão e Azeitona, contou-lhes a historia e resolveram que ao cair danoite, iriam todos. Azeitona, a principio,não queria ir, pois ouvira dizer que a casada feiticeira era mal assombrada. Mas,Réco-Réco convenceu-o.

Quando começou a escurecer os nossostrês amigos partiram. O caminho era so-litario. As arvores, com o sopro do vento,.pareciam gemer. Azeitona andava com osolhos muito abertos, examinando tudo eassustando-se com o menor, ruido.

Ao chegarem no, alto do morro bate-ram resolutamente a porta da casinha dafeiticeira. Uma voz cavernosa respondeu:— Quem é? Diante do som daquela voz.Azeitona tremeu dos pés a cabeça. Mas es-tava resolvido a entrar, e entrou.

A feiticeira recebeu-os com um sorri-so satânico e os convidou a sentar, poisela iria consultar o seu globo de cristal.Azeitona suava por todos os poros. Bolãosentia-se mal. Somente Réco-Réco con-Servava o sangue frio.

•De repente tudo ficou as escuras. Viase apenas, o rosto da feiticeira junto aoKlobo de cristal c os olhos de uma enormecoruja. O silencio era profundo. Mas dcrjuando em quando, o bater de queixos deAzeitona e Bolão, ^quebrava essa monoitonia.

Agora nada se via. Na sala ouviu-seum estalido seco e logo cm seguida apa-receu um esqueleto dansando. Foi umagritaria infernal. Um barulho de gente acorrer e depois um nrofundo silen-cio.

flu_n_o a lua loi acesa. Rçeo-Réco quê

tinha ficado indiferente diante daquelequadro "dantesco",

procurou com o au-xilio da feiticeira, Bolão e Azeitona. De-pois de muito procura-los, encontrou-osdesmaiados e dependurados nos galhos deUma goiabeira. Os dois em vez de saírem.pela porta, bivían. raitedp pela janela."

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Osmelold r fí *-1masdePuccIn1

ISTORÍA: DA MUSlCAr-PELA SENHORA ^CHUMATirí [JeitfK.

patife* \^m/^ -• V ^~ímWml Vi tíSSS V 4.

\ IC: II.'?, :,v Kií.; Wuturií. S-, nilir.-ilr. In< MM 9HL— ^J^ÇrTtrT^ { Grtat Rrilain righn rtterWd. i

C< ! ACOMO Pucclni, o mais popular dos

I últimos compositores italianos, temum gosto pronunciado pelos melodramascoloridos e pela melodia. As suas opera-ssuo melodias combinadas com lances dra-maticos e ele era de tal modo liabil queconseguiu manter o interesse do publicopelas suas obras durante tres décadas.

NASCIDO em I.ucca, na Itália, em 1S3S,

Pueciui era descendente de uma velluiíamilia de músicos. Quando era meninoandava treze milhas para ir a» Pis:i. famosapela sua torre inclinada, afim de ouvir asoperas que ne representavam naquela ei-«lude. Estudou musica no Conservatório Ue "Milão e a Rainha ¦Margarida pagava as suasmensalidades..

NOS aeus tempos de estudante, 'Puccir.i

era muito pobre e vivia com algtmscompanheiros, artistas como êle, numaagua-furtada em Milão, lista sua-.rida foimais tarde reproduzida na sua opera.'I.iBoiième" fltté foi baseada na norel.i <deHeuri Murger, o femaac&ta parlstefUe:,:Sc;-.:i"'< í- lã Vh d"í> BolíVflíè'".

PUCCINI pôs em musica duas pei

ttcftnas. A primeira é a históriapatética ile -.Madame Butteríly", que Ge-íaldine Farrar encarnou. A segunda é *peça de David ilelaxeo. -Tlie Girl ot thJGolden West", um drama de mineração doo«ni na Califórnia mb 43.

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187- 'Novembro— líí.il — 11 o t i c o - t i í; o

PADRE-NOSSO

Vida das vidas, arma do Universo,- ai de bondade, entre baldões extremos,no vosso amor, cpte em tudo anda disperso,

a esperança colhemosde conquistar, por obras, algum dia,essa mansã^ de paz e de alegria,

que é o vosso reino eterno.Em nossos frágeis corações se aninha

este almejo supérno:

que se aproxime, azinha,a hora Iusjral da Benvaventurança,

que so a virtude alcança.Para tanto, Senhor, dai-nos virtude

que nos alente, na jornada rude.contra as forças do mai-.

Pundamos de altruísmo um santo ideal;c ofertaremos o perdão completo,mesnlo a quem nos causar atros martírio,pois o bem redentor do vosso afeto .se estende, por igual, ao cardo c ao lírio.. _Concedei sopesemos, nosso lenho,

sem desfalecimentos,do infortúnio encarando o áspero cenho.

Nos difíceis momentos,seja o divino mestre — que sofreu,

de alma serena e pura,por seus "irmãos", incrivel amargura —o nosso intemerato Cyrineü.Sustidos pela fé, que nos consola,havemos de arrostar todas as penas

da Terra — (pie é unia escola —-

pois, do calvário ao Céu" ha uni passo apenas.Indulgência. Senhor, para os filhinhos,

que, num arroubo, esta ousadia têmde tão alto elevar olhos mesquinhos.-

\mcii.

Thcotliilo Barbosa

(7)o livro "A Poesia da Escola").:

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Csuiríos-dadtes d© ___„ia_io anàmàS

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O LEÃO QUE NÃO CONSIDERA O HOMEM

SEU INIMIGO

O leão montanhez ou puma da America doSul, quando etn- estado selvagem, parece respeitai"o homem. Raramente o ataca e, muitas vezes, pre-cura defendê-lo. Diz-se que o puma é covarde, oque não é exato, porque ataca todos os animais,muito maiores do que ele próprio. O puma defendeconstantemente o hcmcm do jaguar. A luta entreambos é terrível, mas o puma vence sempre.

i

O PONTO 1'KACO DO ALLTGATOR

Às mandibulas do alligator são terríveis quan-do- se fecham. Então elas são capazes de partirossos, como os das pernas de um cavalo. Mc?, naíndia, ha homens que. com muita habilidade, con-segjtem surpreender alligatores, passando de lado alado pedaços de pau fortes e dominando completa-mente o réptil perigoso

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O T I C O - I I C O 12 18 — Novembro—1931

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Maria. José, Tlicrcza, Vcnicio eLucilia, filhos do sr. Mario Tiso

— Três Pontes

s/rtíJ <? Jayme. filhos dodr. Antônio M. de Lact

— S Paulo

Maria Angélica, Iulmttndo. e Fer-liando, filhos no dr. Colombo

Spinola — Baía

Unia raposa e um gato do maiotentaram, por varias vezes, um as-salto a um galinheiro, mas nadaconseguiram porque um cão, queera o guarda do terreiro, os afu-gentava.

Vendo que sós nada podiam fa-zer, resolveram pedir o auxilio doum tigre, que tai*ibem gostava dípegar cabras, veados, porcos, ove-,has e outros animais.

Combinaram então o seguinte: otigre se encarregaria de liquidar ocão; e até que o dono arranjasseoutro, eles teriam muito tempo deir todas as noites pegar as aves qúc«juizessem.

l'ur sua vez, se comprometiam aatrair para um determinado logaros animais que mais o tigre apre-

-e, para os devorar.Para execução do plano, inven-

tariam um banquete, com o pre-texto, de festejar o aniversário deum dele-, e convidariam cabras,pacas, carneiro-, veados, porcos eoutros cpue encontrassem, esco-lhendo um logar apropriado onde afuga fosse difícil.

Estando todos de acordo, esco-lheram um sitio á beira de um rio

que corria apertado entre as duasmargens, formando unia corredei-ra, e togo adiante uma cachoeira

Sociedade «"s^»V*VN/*V-<*

que acabou malque sc despenhava pela serra cober-ta de uma vegetação gigantesca, —sitio que era uma espécie de becosem saida, como sc diz vulgarmente.

Xo dia determinado, quando te>l s estivessem reunidos, o tigre,(pie se postaria escondido á pequenadistancia do logar, daria Q assaltoe como os convivas não poderiamdescer a sarra, fácil era para o ti-gre pegar qualquer deles.

Segundo o acordo, p macaco nãodeveria ser convidado, porque eramuito malicioso, e podia estragar oplano; e estando todo combinado,ntí outro dia íoram feitos os con-vites, c marcada a hora da reunião.

Mçp o que eles não esperavam éque a combinação tivesse sido ou-,vida pelo tuacaco, que por acaachava no logar da Conferência, c

y s. > \

ijue se ocultou quando eles se apre*ximaram.

Logo que se retiraram, o macacofoi prevenir o cão de tudo o quehavia ouvido, c trataram tambémdo que deviam fazer.

() macaco disse ao cão:Olha! eu já estudei um meio

de atrapalhar o planp dos tais; pas--arei um logro no tigre; você ficaráem um logar por mim indica'! i, eua ocasião oportuna passará os den-tes na raposa e no gato do mato.

Quando chegou o dia do banque*te, ps convidados compareceram; eo macaco, que tinha já arranjadoduas casas de vespas e tapado asentradas, embrulhou-as num papelpor de rosa, e foi também se diri-gindo ao logar onde o tigre estava

mdido, e ao vê-lo exclamou co-mo que surpreendido:

Oh! por aqui também, amigotigre? então? vais ao banquete?

Vou sim, respondeu o tigreía/endo uma cara feia.

li você?Del também vou! não sabias?Não! mas fico satisfeito por-

que podemos ir juntos, e dandouma boa prosa até lá.

¦— Alas, afinal, amigo macaco, òque é que levas aí tão bem embru--lhatio? perguntou o tigre.

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18 — Novembro —1931 ,- 13 — O TICO-TICO

OS AMIGUINHOS D' " O TICO-TICO"

m^ssssmfivffljkSLmmÈm^

Wr" ^TPsfli-JsTsB *-y<HBlÉA.fe'< sWmKam^á^fik - '-fm

S»Psí;' ¦Á-';5âsK^í tfiLJflsRs^HKDHm:>:m\wBÈmiBk\ '¦¦ jÊmÊ^sa

"gBBK^ '•>:-:' :--:¦'' y^SfiMiilw?'-

Danilo e Dilma, filhos do sr.J. Affonso de Lima —

Maceió

Antonietta, filhinha do sr. Joa-quhn Bastos Lisboa — Faraíba

do Norte

Jansen, filho do sr. Jor-a e J o sé de Andrade

— Rio

¦— Pois o que ha de ser! um prc«sente! quem vai cumprimentar ami-gos em aniversário precisa levar umpresente.-

Oh! com os diabos, retrucouo tigre, fingindo-se aborrecido Jpois não has de ver que me esquecitio presente?...

1— Que fiasco você vai fazer,disse o macaco.-

—- Seja camarada! me faça o fa-vor: vá me buscar um presente

.qualquer, emquanto eu te espero aquijpara irmos juntos, disse o tigresatisfeito por achar aquele meio deafastá-lo dc sua companhia.

Sim, eu poderia ir, mas tenhoItnedo que com a pressa eu amasseÓ presente que vou levando; e se,tal acontecer eu não mostrarei láift minlia cara, tenho vergonha,

*— Podes deixar que eu tomareiconta, c com todo o cuidado, disse|o tigre muito contente, pensandoíer logrado o macaco. Vá sem re-çeio.;

*— Então, até logo!O macaco voltou e foi ter com 6

.Ç*0* e logo que desapareceu da vis-

ta do tigre, este disse com seu3 bo-toes:

Bem que eu saiba que ele nãoirá sem o presente; por isso o me-lhor é espatifá-lo; e antes que elevolte irei dar o assalto, porque jáestão todos reunidos.

Assim dizendo deu uma patadanos embrulhos, espatifandoos, masnão sab!a que eram casas de marim-bondos, e estes se enfureceram ecaíram sobre ele com ferroadas queo fizeram urrar e ficar desesperado,e começou a rolar pelo chão, en-

quanto o macaco, de longe, davarisadas e gritava:

Que é isso, compadre? assimvocê suja a roupa e não pode irao banquete! O que acoteceu? es-tás com dores de barriga? Estásaprendendo a virar cambalhotas?hein?...

Não me amoles, canalha! tume has de pagar e bem carol.._y

Desesperado com as ferroadas otigre corre e se joga nagua para li-vrar-se dos marimbondos; ma3 acorrenteza era tão forte naquelelogar, que ele foi precipitado nacachoeira e lá pereceu com a fúriadas aguas. t

Pela demora, veio o gato do ma-to procurá-lo, mas o cão que estavaescondido, saltou-lhe em cima. eapezar da sua agilidade não poudeescapar-se.-

Mortos os dois principais iniml-gos, o cão e o macaco foram até ologar onde se realizava o banquete,e sem mais cerimonia o cão estri-pou a rapoosa, e o macaco explicouaos presentes o perigo que os amea-cava, e convidou-os para celebra-rem a vitoria.

Fizeram então uma ovaçâo aomacaco e ao cão, e estes agradece-ram; e terminando a festa cada umse retirou para sua casa, c nessanoite o cão dormiu muito sossega-do, porque tinha liquidado os doisinimigos das galinhas de seu amo.

22—io—93 r,

LÊO PARDO

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18—Novembro—1U3I — í; n i 11: o - i í e o

Minha Bandeira(Para O TICO-TICO, cm homenagem ao dia aa

bandeira)

Meu coração hoje rejubila de alegria; é a home-nagem única e singela que posso prestai>te no dia dehoje, ó linda flamula auri-verde, bela imagem ceminha pátria adorada!

Quer estejas tremulando nos mastaréos dos na-vios ao sopro fresco da brisa,,,quer hasteada em edi-íicios, quer carregada em triunfo nos batalhões pelosnossos garbosos soldados, quer te envolvas nas san-grentas batalhas ou na candidez da paz, sinto por tiunia sensação sobrenatural ao pousar o meu olhar nastuas cores sagradas, vejo em ti, não um simples fra-gmento de pano, mas uma reliquia adorada e divina.

Tu representas as belezas de minha pátria, o meucaro Brasil.

O teu verde risonho taz-me lembrar as belezasde nossas matas, as riquezas e os encantos de nossaflora tão variada, a vastidão de nossos campos, onde,

sob um céu de anil, o gado pasta tranqüilamente, ru-minando a erva fresca e bebendo a água de nossos riosonde sc refletem todas as maravilhas de nossa aben-coada terra.

O teu amarelo, representa o ouro cubicado denossas minas, a nossa principal riqueza.

O teu azul, tão lindo, recorda-me ao mesmotempo o céu e o mar; o céu, onde á noite se ostentagarboso o Cruzeiro do Sul, e o mar sempre tão côr dcanil, a nossa formosa baia de Guanabara, salpicada de• mbarcaçoes de toda a espécie, desde o minúsculo bar-quinho de vela aos mais possantes cruzadores para adefesa marítima de nossa pátria.

Assim, ó lindo pendão do Brasil, enceras em teuseio, parte, ou melhor, todas as nossas maravilhas!

Sim! Tu és a imagem viva dá pátria, és o espe-lho em que o Brasil mira a sua fronte bronzeada decaboclo forte, altahe.ro, incólume, a sonhar todas asgrandezas!

Sinto em mim uma emoção de entusiasmo e ar-dor patriótico ao contemplar-te, d bandeira ciuerida!

O* bandeira adorada!Sou toda tua, já o jurei, e continuarei a ser-te

fiel, preferindo mil vezes a morte a deixar de te amar,honrar e defender, pois, assim fazendo, honro, defendoe amo a minha pátria, o meu Brasil de quem és a vi-va imagem.

Bandeira do Brasil, querido pavilhão, envolve-me nas tuas dobras auri-verdes!

Comtigo viverei contente!• Comtigo morrerei sorrindo»

.031.,YOL.lXD.l BARROS FREIRE

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í?yrnno aa jjandeira(Musica dc FrpitciSco Braga)

Salve, lindo pendão cia esperança.Salve, símbolo augusto da paz!

Tua nobre presença á lembrança. ;A grandeza da Patna nos trás. :

Recebe o afeto que se encerra ;Eni nosso peito juvenil, !Querido símbolo da terra, IDa amada terra do Brasil!

Em teu seio formoso retratas, 1Este céu de puríssimo azul, '•A verdura sem par destas matas ]E o esplendor do Cruzeiro do Sul.

Recebe o afeto, etc.

Contemplando o teu vulto sagrado,Compreendemos c nesso dever,E o Brasil, por seus filhos amado,Poderoso e querido ha de ser.

Recebe o afeto, et* ..

Sobre a imensa nação brasileira,Nos momentos de festa ou de dor,.Paira sempre, sagrada bandeira, '

Pavilhão da Justiça e de amor.

Recebe o afeto, etc.

OLAVO B1EAC

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o G R A N D E P R E S E DE N A T AL- PAGINA DE ARMAR N.e 15

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(Continua no próximo numero)

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O TICO-TICO — 18 — 18 —\«. ombro—liKü

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PROTEGEI OS ANIMAIS

Có-có-ró-có!!! — é a palavra que parecemos ouvir

quando a cantar, está o galo a anunciar o nascimento do dia.Có-có-có-có-có-ró!!! — parece dizer a galinha, quando

avisa que no ninho está um ovo fresquinho para o mingáuou a sopa do bébé.

£ se, ouvindo esses cantos, ferem os nossos amigui.nhos até o galinheiro, hão de ver como é bonita a pluma-gem do galo e da galinha, como é gracioso o porte que sa-bem ostentar, a andar de um lado para outro, como se es-tivessem orgulhosos, e com inteira, razão, da utilidade querepresentam para o homem. De fato, as galinhas são, comoem geral todos os animais, seres que fornecem ao homemuma porção de cousas úteis. A carne de galinha é das maisinofensivas, o ovo é excelente agente de nutrição, as

penas motivos de adorno para chapéus e uma infinidadede objetos. Assim sendo, têm os meninos, no galo, na ga-linha que estão no galinheiro, um assunto muito alteres-sante para, na escola ou mesmo em casa, escreverem umacomposição. E escrevam, remetendo o trabalho feito aoO Tico-Tico. Se assim fizerem realizarão um ótimo exer-cicio de redação e ficarão admirando ainda mais esses lin-dos animais, dignos do amparo e da proteção do homem.

A legemia da mofte. de ¦ Rolando

(LUCIA F. GUIMARÃES)

Quand oldados do imperador Car-agno voltaram <!as terras Ja

nha, as tropas dá retaguarda, comandadaspc!o conde Rolando [oram atacadas, no in-

dcsíiladciro profundo do Roncevaux,pelos Galgos, que, do alto da maiatiravam, em cima <!os soldados, pedaçosde rodicJo.s c tfencos dc arvores. Rolandotocou a cometa, para chamar Carlos Ma-gno cm seu auxilio.

oove c quer retroceder. Cbdar uma ordem mas o traidor Gánelori I_3

ra que 0 o toque cio algum pro chamando a reunir o rebanho.As -nem adeante.Uma segunda chamada, mais longa c vi-

bran te, chega, porém, iis, aos pu-vidos do imperador que, no mete, quer retroceder ao encontro da reta-guarda.-lias o traidor insinua que, na cer-ta, Rolando persegue alguma lebre pelamontanha, i

Entretanto Rolando, prestes a sucumbir,toca a cometa tão fortemente qae ias veias do pe-

Dcstà vez Carlos Magno não foi atrásde insinuações c fez retroceder ia todo o galope. Mas... já é tarde'. T -dos os companheiros do paladino foram cs-

dos pelos rochedos atirados.Rotmdo vive, ainda. Antes de morrer

quer quebrar a sua vitoriosa espada afimde que da não caia em poder dos inimi-gos.

com a espada no penhasco, batecom tanta força que faz, na rocha, umalarga abertura, chamada, mais tarde, "Bre-

cha de Rolando''. Mas seus esforços sãoinúteis:

A espada não se quebra c ele cada vezmais perde as forças.

Então o valente paladino atira sua espa-da num riacho que corria perto, dcp:is deter envenenado suas agu

u iria buscá-la.foi o seu derradeiro esforço, F .:-

£0 depOÍI morria

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1? — Novembro — lím O T I ( O - T I C O

/Sí\ (C/f*^\ rV^Vti jí&\\ Á^S[rW*\\\ i) /*** *"ll \ f*» **ll ff»« i\ \j Al^w^vi"•v*» JáC 2-*v-*0'SiL^x*Jif^,***S*1-»^. Tbv^/Lá Nk • l1

*«_^**\.**^5?-*^-Si^^^ ^y*^ ~^^^-~-^:C^j~*^X>^'

1/^ ^^Jusíiça de Deus»,

Viviam, num povoado, uma mulher Idosae teu filho, do nome José, que era o seuúnico arrimo..

José era um grande exemplo de amor íl-liai. Para com sua mãe nao media sacrifi-cios, fazendo tudo o quo lhe fosso ordena-<To, salndo-so sempre bem, dada a graftdehOa vontade com quo sempre agia.

Ura belo dia, sua mão prostrou-se de ca-ma e Josô viu-se em situação critica, nãosabendo o quo fazer: se trabalhar ou ficarem casa, cuidando de sua progenitora.

llesolveu afinal permanecer em casa, massentindo-so necessitado, teve que voltar aotrabalho, entregando a doente aos cuidadosduma prima.

Mau grado o desvelo da prima com a cn-• ferma, esta veio a falecer.

Josô, multo abalado, não quis continuarna terra onde morava, mudando-se para umlogar vizinho.

Nessa logar houve um assassinato c nãose conseguiu descobrir o assassino.

José empregou-se numa fabrica de teci-dos, onde continuava vivendo triste e me-lancolico.

S:ia tristeza foi tanta, que a policia ven-do-o daquele modo, supôs fosso elo o as-sas3!no, que assim fazia -para livrar-so daJustiça.' O bom filho ae nnaa desconfiava, poistendo a sua consciência tranqüila, não po-dia passar por sua idéia o oue se pensa-va dele.

Unia noite não conseguiu dormir. Mui-to tarde, já madrugada, apareceu-lhe ' umasombra, dizendo:

— "Meu filho, antes do tudo não tenhasmedo de mim; sou tu.-j, mãe. Vim aquipara livrar-te da prisão. Desconfiam quo•e-gus p autor do um horrendo crime, mas,como toste sempre um bom filho, vi:u sal-

var-te. Para isso dove3 sair desta terra,amanhã bem cedo, vai para longe daqui,para outro logar, que uma lnvisivel mãote mostrará. Al, enentrarâs a felicidade,em paga de tua bondade para comigo'*..

Dizendo isto, desapareceu nas trevas.José muito cedo arribou dali, deparando-

se-lhe logo a mão invisível que lhe mos-trava a direção.

Segum pelo caminho Indicado, indo darna capital de um reino.

Al a mão desapareceu, míterlosamente,do mesmo modo como aparecera.

Bra o país onde havia de encontrar afelicidade.

Af José se empregara; todos queriam-no muito, por ser delicado, cortês, possui-dor de outras qualidades idênticas.

Nesse ínterim é descoberto o verdadeiroassaesmo, causando a José, grande sat's-íaçâo.

Estava salvo.O rei deste país não tinha nenhum pa-

rente a não ser um filho natural, quo de-veria, se fosse encontrado, suceder-lho notrono, lias não se sabia do seu paradeiro.

Como fosse velho, ordenou quo todos 00moços comparecessem em seu palácio, afimde saber a filiação de cada.

Josô foi um dos que se apresentaram.Nunca conheceu pai, e, segundo sua niãalhe dizia, era õrfão.

O rei chamou-o á, sua presença, pergun-tando-lhe o nom„ de sua progenitora..Quando José lho deu a resposta, o rei viunele seu filho, consequentemente seu her-deiro.

José ficou no palácio, onde todos lheprestavam obediência.

Morto o rei, íoi substituido por Joséque sempre foi estimado d'o todos, pois go-vernou como um bom rei.

MORALIDADE): — O bom filho, cedoou tarde, terã a recompensa de Deus.

VfylgBTierlo dc Carvalho

Para os airaiasTitas de enulgmas-,, j

li ^lír !^aWtií-,^

f" - |hJ.Mf ¦ ¦ i ***¦¦ ¦*-

An, i m um enSfD»*» l)*"** ob noKbk firarem.;,.,'''., . h que o calo qv.e fe vt Da*¦* sm>l" • .-•.*¦ ando.

*ft '.. ¦>! «... II » .1 -II. I». IIIÇII l| »»»—

O falastrás do Aristides(MONÓLOGO)

O Aristides FalastrásFoi convidado p'ra socloDo uma industria lucrativa,Cm portentoso negocio.Era uma fabrica antigaDe um remedio consagradoQue curava toda gente.Sendo muito procurado.Mas era secreta a fórmula,Só dos sócios conhecida,Que a ninguém mais, com escrúpuloA passavam nesta vida.O Aristides, sendo sócio.Declarou logo, am medo.Quo jamais divulgariaAquele grande segredo.Mas esperto concurrentsConhecendo o FalastrásTanto insiste que' consegui}¦fazer falar c rapaz.Conhecido o seu processe-Depressa foi ImitadoPerdendo, com isso, a fama,O excelente preparado*Foi descoberto, afinal,Quo o Aristides falAratE o segredo do remédioAo coucurrente contara..No mesmo dia, fcaugados,Os sócios o despediram,E forte indemnizaçãoAo Aristides pediram,

[âla pagou muitos centooSem demonstrar cara teia,Pois. do contrario, teriaDo ir "marchando"' pra a cadela.

Depois do caso o AristidesNotou não ser fraso -roscaDizer que "em boca fechada2\ão entra mosca'....

O. MAIA

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O TICO-TICO -20 — 1S — Novembro —1931

FBI.—& vasi li -^ ___ír____.. -!____/ V__^ I,

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se liga ao pano em ponto de cruz.

Um dos bordados mais namoda é o feito em ponto de«ruz; fica muito bonito comoguarnição. Ha tambem quem oaproveite nas calças e combi-*nações, camisolas e pijamas dasmoças. Aliás, o ponto de cruz

é maravilhoso — conforme o de*,j-enho — no crepe seda. Moder-camente, porem, os bordadosçempre são de tonalidades difc->«•entes das dos vestidos ou "lin«

trepei

Nesta pagina figura um panoque serve para fundo de ban-*deja, de "abat-jour"- toalha demesinha de pequenas dimensões,etc. Ele é composto de uma rosanum "passse-partout". de pontocruz formando medalhão, e aflor, bem como a cercadura domedalhão cm "festonné". Para ofim acima mencionado é pano de4o x 40 de dimensão.

Uma bela almofada será a quese Uga ao pano em ponto de cruz.IfYliás, pelo feitio ovalado, daa,mais vistosas. Os lírios e florõesisão presos uns aos outros por"barrettes" Richelieu e bordadosem ponto de "festonné" — linhagrossa, brilhante, — pondo-os emrelevo alguns pontos de "plu-

inetis" e de nó. O Unho grosso,o mais empregado, e nas tonali-ílades natural e "gris" sobre sestim preto, verde gritante ou ver-melho lacre, -Ditflensão; 6o k

40-<

liVem depois ura caminho demesa que é verdadeira maravilha,em linho branco. Assim sendo,lia de sofrer repetidas lavagens,portanto recomendável que sõ secortem as "barrettes" depois dqbordadas. O bocado de pano quefica interiormente ajuda a forta-lecer o bordado.) -i

Numa serie de vestidos e aven-itais para criança estão os quadra*cios no estilo norntando e feito»em linha brilhante.. As leitora?

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IS — Novembro — 1Ü31 21 — O TICO-TICO

\'"Í \^rf^^±S±^^-^' !*§ Víâ-| Vmmml) !•!

aproveitarão o desenho, sem, n>entanto, precisarem de descri-«jão sobre o ponto que qual-quer principiante sabe executar,e que é, apesar disso, guarniçãobonita.

Temos, por ultimo, os quatroazes, um bordado inglês c a linh:ijbrilhante vermelha ou preta. Ser-vem para enfeitar a pala de univestido, punhos e gola, roupas d«jcriança e roupa do cama e mesa.

Fantasia. Alas francamente in-teressante. — S.(Todas as «novidades rm matériade roupas para crianças, no "Pa-

raizo das Crianças"..)

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O TICO-lltü 18—\me_.i..ii. —19.1

O G _ O T P O 3 Eo.: c vira !que mal tinha o que comer, pats o pai cm-

3\.i.. ...ú.o ! Quan__; taresÜiU nobre garoto s>.m mãe,

bria^a/E-e constantemente.ijonitu, .alvez. mas cuja beleza desaparecia sol o sen rosto iniubdc, cie

VÂ_a . rolar >ia lama das calcadas, merecende mais compaixão que r os1 i-1 vi ¦ cães. As suas vestes, sujas ; rasgadas, sempre as mesmas, davam umaimpres-ãi triste _ quem c visse, procurando enfeiar mais aquele corpo que bemmt.fciü iima sorti melh.r. f

iPorém, se e corpo era assim ião horrível, nãu o era o seu caráter., üle era sempre -visto a conduzir cegos, ou ajudando a pobres velhos a.

atrai ess;.rem ;; rua, até botá-los fora de perigo de qualquer veiculo.Se algum;: senhora saía cheia de compras de algum armazém, ele procurava

-!;i do peso. carregando um ou dois embrulhos.Uin sorriso lhe paira nos lábios nesse instante !Que eslá vendo ele .j'.' que, não muito longe de si, uma loura criança chora segura pela mãe,

rue )!i_ íaz gestos para _e calar.De um salto achou-se perto do pequerrucho.Curioso e bondoso como era, procurou informar-se do motivo daquelas la-

primaSj julgando que talvez pudesse ser útil.• I'or que choras, pequenino ?

£' que... é que eu Queria um gatinho—respondeu em pranto a criancinha.¦ üm gatinho ?

>¦— Sim ! Não vês naquela janela aa gatinho branco?li apontava para a ca=:_ cm frente; 'r

Vejo. Então é aquele que tu queres ?£'. -Mas a mamãe não quer dc:xar-mc ir buscá-lo...,

íL começou a chorar novamente.A mãe o tinha deixado e palestrava com uma conhecida.O garoto pobre foi falar com ela se podia levar o gato, pois junto da

dona ele tinha Certeza que o conseguia.A. criança, vendo-se só, achou o momento próprio e gritou:

Mamãe! Oh mamãe! Eu vou buscar o gatinho... — c correu para omeio da rua.

Quando estava quasi a alcançar a outra margem, surgira, na esquina, derepente, uni automóvel. Estava a toda velocidade e vinha em cheio sobre ocorpo do menino. Escapou do. lábios de todos um grito de horror.

E seguindo a este, veio outro.Um novo corpo de menino também atirava-se de encontro ás rodas. O

chauffer.r, não tendo tempo de parar o carro, desviara a direção, indo chocar-se cem um poste.

Ao ver a poeira que se levantava. »_ois corpos que caiam, todos julgaramque ambos tinham perecido. Mas não foi tal.

O garoto pobre, com índomita coragem, atirou-se na frente do automóvel.Para que as rodas não o esmagassem, ele empurrou a criancinha, indo ela cairno passeio, salvando-sc assin.; e deitou-se no chão, com extrema rapidez, tendoa felicidade de não ser tocado pelas rodas. O automóvel passou-lhe por cima,porém, sem lhe tocar, pois ele ficara no vão.

Quando o perigo passou, todos cs assistentes vieram abraçal-o, chamando-ode herói; a mãe do pequeno, chorando de alegria, o abraçou e o beijou milvezes, cem a mais reconhecida gratidão, chamando-o de '"o restttuidor da feli-cidade quasi perdida''.

Mas o garoto pobre, sorrindo, procurou fugir daquela multidão que oaplaudia. Desvencilhando _é dc um e de outro, .ele conseguiu sair dali, poucoacostumado àquelas manifestações, despresado como era.

/Uns meninos bem trajados que passavam, p olharam com admiração, e umalinda menina, saindo do meio deles, correu para o garoto pobre c, á vista detodos, o beijou. Ele olhou-a com espanto, e sentindo que as lagrimas lhe subiamaos olhos de comoção, virou o rosto, disfarçou e foi-se embora, como se nadahouvesse acontecido.

A menina voltou para o meio dos seus, c um daqueles, talvez orgulhoso de .sua situação, disse :

Como ! Beijar em nossa frente um garoto da rua ?Ao que ela respondeu :

O ouro não apodrece em contacto com a lama. E ele possue um co-ração de ouro t

í,o..ge, lá no fim da rua, e sem olhar para trás, ia o garoto pobre — o herói.

J/»SE' MF.NDÍ-S DE OLIVEIRA(12 •31.9?)

_^"^*V_

«___TCaçadores reais

O rei Jorge I, da Saxonia, c seufilho, eram celebres caçadores. Numano mataram 225.701 peças de caça.Parece que tão ilustres caçadoresnão faziam outra coisa senão caçar.

O .• -¦ <?-¦ <*> ¦£ <S> .• <8>

A eletricidade e asffollhas das arvores

As folhas das arvores são* os me-lhores condutores de eletricidade quese conhecem.-Muitas delas têm chan-fros nos .eixos, c cada um desses

pontos é um poderoso elemento paraatrair a eletricidade do ar, e paratransportá-la para a terra.

Uma só erva diz-se que atráe tresvezes mais eletricidade do que umaagulha, e um ramo de folhas atráemelhor a eletricidade do que o pára-raios mais perfeito. As arvores le-vam constantemente eletricidade daterra para o ar e do ar para aterra.

Também parece que as plantasestão, em geral, em estado elétriconegativo, e por isso se crê que nostrópicos, onde ha muita eletricidade

positiva no ar. a condição elétricanegativa das folha.- produz tormen-tas freqüentes.

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O TICO- T 1 C í»l» — IVovembro— lü::i — 23 —

* [MÃO Ô^OLLifa. ' ] í PATRÃO .V^IOS rerí_ \ Jn~~~—-—___ (. TR^Z mCaj CX^XPEO IFOIv fAMORj >» \GuERR£v ENVl^e. ,£s. CHIW^ 1 A ^--. Vj^AUTC rOWMt-.AMpfl

Hoje v/ou ao] ITedro alvares c^bpau ^ \vjpu raae» ^>*

s^u.co i^r<ffi?JANW-i, DO TRA^I/N evre c^PEO PARA uratar^iS, ^- \ um

ÇASA>NDO,5tü VAD.oA | [ -—m4«'

PAR^ÕT)EU ÇOU AP ISTO e>U.^T£> F£. ^t-»*Cf^ 1 PAPA' l í^~r\ \rsÁo dou coNn/^f^S^^ ^v^m^Y, LN°&L (O v ¦

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O T 1 C O - T ICO — 24 18 —Novena!».o—1931

AS AVENTURAS DO 6ATO FELIX(Dc-' Htió d, Pat Sullivan — Exclusividade do "O TICO-TICO" para o Brasil)

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WswÊsnsVsm^s\^mtÊts\Mam __7___ ^*_/— -'"1 _I .__-_____ V - "L * *_--«-—--_.

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______ FW|fl Kr_P'

O pirralho chorava tanto que Gato Felix ^ara 1sso fcz Ja cauda ....arranjou uma cartoünha, transformando-se num im-viu-se obrigado a fingir-se de palhaç.. uma bengala c._ pigavcl Carlito que fez o pirralho por uns instantes...

... calar a boca. Mas ...de dansar porque '...boca berrando como um. ...Gato Felix ma-l ...— disse Gato-tato Felix nâo podia quando parava o pirra- bezerro. I; o pirralho berrou . luco.— Vou fazê-lo Felix trepando na- in-tansc... lho escancarava a... tanto que quasi pôs... rir um bocado!..., cabeceira da...passar um iw mf li

ri 'SV^ — +XT .o_li«^_-_1 Aç-"*-^-.

cama para dansar. Mas de repente Gato -Nesse instante o pirralho em vez de • ..quando estava com a mamadelra n_Felix escorregou c bateu com o focinho no chorar, riu. Aauèle Dirralho só fica- boca. Mamava, mamava e não ofereci..

va quieto... um l-c:ado.

...de leite a Gato Felix. Mas Galo Felix ...ventilador _leve uma idéa: amarrou o pirralho numa bebeu calma-das pás do... mente o.,.,

.resto do leite que ficara na mamadeira.

(Continua)

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18 _ Novembro —1931 O TICO-TICO

AS AVENTURAS DO RATINHO CURIOSO(Desenhos de Wall Disney eU. B. liçerks, exclusividade para 0 TICO-TICO, em todo o Brasül

y^B*!*t*-*\*wg^-' M\M\ x* ¦ ¦ y

Ratinho Curioso deu alguns socos no Ra-tão, campeão de peso pesado e primo dsMacaquita. Mas agora Ratinho Curioso..-

^^g^gp £fS?P ^^—^^^^^^)^i...encontra o inimigo, que lhe ...insignificante? E, assim falando,diz: — Você pensa mesmo que manda um direto em cima do Ratinhome derrotou, seu... Curioso. Mas a mão de Ratão bate...

UÊ—i —********* i—A*mm. » i ¦ .¦ . ,. -<—«*********** +»m... .no andaime e urn^ fardo de feno Ratão, furioso, pensa que foi Ratinho' E

que o agrediu e resopirralho.

quando vai desferir um formida-cai Ia do alto em cima do valente Curioso que o agrediu e resolve escan- vel soco na cabeça de Ratinho. Ratão* ___ galhar o pirralho. Curioso recebe um violento

-*>i.empurrão que o atira pelos ares. Fô- ...ao chão desacordado, parecendo ...não esperou que o Ratão re-ra uma bomba que explodira no barra- mesmo que o choque-o havia machuca- cuperasse os sentidos. Tratou dacão. E Ratão cai... do muito. Ratinho Curioso... fugir, correndo. Mas Ratão,...

•••erguendo-se do chão, saiu em. ...esconder atrás de um barril para. af. ••• Justamente escondido do outro ladoPerseguição de Ratinho Curioso, esfolar aquele ratinho insignificante do barril onde se encontrava Ratão.-aisposto a matá-lo. E foi se.t. Mas gatinho Curioso estava... ,„ ,. , .(Continua)

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O TICO-TICO ' — 26 —. 18 — .Novembro — 1931

?*<^B-'V H-^W '1 Ir•t=- J; LJT^ ^-J

A PATRULHA DO "TICO TICO"

VI Resumo dos anteriores — Napraia das Painciras, lindo arrabalde bal-neai-o a uma hora da Capital, á margemesquerda do rio Claro, um grupo de me-ninos resolve organizar uma patrulha deescoteiros. Estão na primeira reunião eOctavio. que teve a iniciativa, conta ahistoria de Robinson Crosué, o primei-ro escoteiro (1).

(Continuação)

Nessa primeira viagem correu tu-do bem. Robinson estava maravi-Ihaclo com a sua nova existência.

Numa segunda viagem, para aAmerica, as coisas mudaram umpooCO. O navio foi atacado por umcorsário turco c o nosso herói apri-sionado, amargou, durante doisanos a dureza de um cativeiro.

(I) Programuia de instrução paraMi grupo que se inicia. 1» reunião:um jogo atraente; historia de Robin-son Crosué, o primeiro escoteiro; co-mentar os artigos 1 c3 da lei; etc. Do•'Qu» do Escoteiro".

Conseguindo evadir-se embarcou no-vãmente com destino á Guiné, numpequeno navio de 20 toneladas, teu-do apenas quatorze homens de gtJâr.nição, inclusive o capitão. O navioera armado com seis canhões por-que naquela época quem andava nomar devia defender-se dos piratas ecorsários, marinheiros ousados queinfestavam os oceanos.-

O começo da viagem correu bem:mar sereno, ventos bonançosos; masdepois de uma semana desandou umviolento temporal que os fez passargrandes sofrimentos, inclusive aperda de três homens, dois dos quaiscaíram ao mar. Afinal o tempoamainou, o capitão tornou a orien-tar-se e prosseguindo nova rota.

Mas o destino do rapaz desobe-diente estava escrito: novo furacão,desta vez mais violento ainda aco»meteu-os. Numa madrugada, os ai-bores da manhã vinham apenas sedissipando quando o marujo de vi.gia gritou do alto do mastro — ter-ra! terra!

Ma! haviam corrido, para ver on-de <se achavam, e o navio, com umviolento tranco, bate no fundo, fi-cando solidamente preso na areia.

As ondas, arrebentando com fra-gor, punham-nos em peor perigo doque em antes. O navio não poderiaresistir e em pouco começava a fa.zer-se em pedaços. Era urgenteabandoná-lo. Mas a terra estavalonge ainda e como seria possivelatingi-la no pequeno escaler de bor-do, sob as violentas ondas que su-.portavam? No entanto, ficar seriapeor. O capitão decidiu-se e com

mil dificuldades puseram o oarconagua, embarcaram-se e, dai.do-força aos remos rumaram para acosta que se distinguia ao longe.Não tinham vencido metade do ca-mi nho e uma grande onda, verda-deira montanha dágua, cobriu o es-caler, emborcande-o, e separou to-dos oi companheiros.

Robinson e'ra bom nadador: lu-tando com o mar, com o vento, de-pois das mais trágicas peripécias,vendo mil vezes a morte ao seu la-do, conseguiu, no limite de suas for-ças, atingir um rochedo, de onde,após um pequeno descanço, maismorto do mie vivo, foi jogado naareia.

Estava salvo. Elevou graças aiDeus a quem devia o milagre de seter livrado da morte em tais cir-cunstancias. Depois de um repousoreparador, quando já as forças lhehaviam voltado, ergueu-se para exa-minar o logar onde se encontrava.Era uma praia aberta onde o mararrebentava com fragor; nenhum si-na) de vida; dos companheiros —nem sombra. Começou Robinson apesar a sua situação, que era dasmais criticas; — que fazer, comopoderia viver ali, tendo comsigoapenas uma faca e um cachimbo.Desesperado pôs-Se a correr pelapraia, na esperança de encontrar ai-guma coisa com que mitigasse a fo-*me e a sede abrazadora que oatormentavam. Afinal, já ao escure-eer, encontrou uma fonte de agitalímpida. Desalterou-se c, depois deum pequeno descanço, tratou deprocurar uma arvore bôa, onde pu-desse dormir á salvo dos animais

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1$ — Novembro — 19*11 — 27 — O TICO-TI<

selvagens que certamente existiriamnaquela região',

Xo dia seguinte, ao acordar, viuque, não so Q navio não fora a pi-que mas com a maré de enchente

[se aproximara muito mais, enca-lhando numas pedras a cerca de umamilha da costa.-

A maré estava baixa, o mar tran-quilo; foi possivel a Robinson ir apé até o meio daquela distancia,seiído o resto facilmente vencido anadi •.

, Escala o navio e uma vez lá den-tro arma, com paus, vergas e mas-tros, uma solida jangada que comgrande dificuldade consegue pôr aomar.-

Carrcga-a ,com quanto materiallhe pudesse ser útil na vida de isolamento em que, sabia, teria de vi-ver: em primeiro logar mantimen-tos, caixas de bolachas, trigo, carneem conserva, etc.; depois ferramen-tas, a caixa do carpinteiro de bordo,espingardas, pistolas, machados, to-da sorte de armas; ainda arranjouespaço para uns pedaços de lona ecabos; catando todo esse material,encontrou na gaveta do capitão umabolsa cheia de ouro, as moedas seespalharam pelo chão com absolutodespreso de Robinson, pois elas denada lhe valiam. Com a jangadaabarrotada a não mais poder, des-prende-a do costado e, aproveitamdo a maré que gichia, deixa-a ir áderiva, guiande a com um remo.Foi acostar numa pequena enseadapara onde a correnteza o conduziu.Encalhada num logar seco, descar-regou todo o material. '

Sua vida, decididamente, mudaracom aquelas riquezas. ¦

Arma uma pequena barraca napraia para abrigar-se c ao material,disposto a voltar, novamente ao na-vio no dia seguinte. Nas mesmascondições repete varias vezes a ex-cursão e consegue trazer muitas coi-sas mais, inclusive um cão e um ga-to, que passaram a ser os seus uni*cos companheiros.

No quarto dia caiu, durante onoite, uma violenta tempestade. Demanhã viu Robinson que o naviodesaparecera ,j

(Coulinúa).

LEITE E PDDE BEÍ.ESO

ORIENTALn%

*i>

__&____ -'^-J-Tn-fc"

os SUPREMOSEM BELES ADORES

DA CUTIS fi VENDA EN TODO 0 BRASil e nas

PERFUMAM AS LOPES -o.s.pauu>

Oração' do E scoteiro"Senhor *?*Fazc com que sejam sempre puras

minhas mãos, meus pensamentos e mi-nhas palavras;

Ajuda-me a lutar pelo bem difícil con-tra o mais fácil;

Livra-me de adquirir hábitos que re-

laxein a minha vida;Ensina-me a trabalhar com energia e

ser sempre leal não só quando todos

me possemver e julgar mas tambemquando só tú me vejas.

Pcrdóe-me quando fór mau, e ajuda-me a perdoar aos oue não me tratarembem;

Tomá-me capaz de auxiliar aos ou-tros quando isso me custa;

Dá-me oportuniuade dê fazer umpequeno beneíicio todoj o» diai e apró-ximar-se assim um pouquinho de Je-

Uniformes e Equipamentos para Escoteiros — "PARAÍSO DAS CRIAN-ÇAS" — Rua 7 de Setembro, 134 — RIO.

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O TICO-TICO — 28 - • 18 — Novembro — 1031

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Consultório dâ Criança. IPVv3

URTICARIA Como evitar e tratar as manifes- sais de cálcio principalmente o Ia.tações da urticaria? Primeiramente ctato que será dado dias seguidos.

Às injeções de soro antidiftcrico, procuramos estabelecer ura regime Os comprimidos de fermento bul-antitetanico e muit&s outras provo- alimentar compatível com a idade garo, de lactobil, etc, são gabadoscam com relativa facilidade o apa- da criança, pois é essa a melhor por muitos colegas.recimento, ora cm redor do ponto profilaxia da urticaria.de iuoculação, ora em todo o corpo. -. , ,

Quando ela ja esta presente de-de uma erupção que lembra muitasvezes a do sarampo. Estas manchasfugazes avermelhadas, geralmentearredondadas, mais ou menos sa-lientes e pruriginosas constituem oque se chama urticaria.

As causas do seu aparecimento sãodiversas e sua evolução apresentaaspectos bem diferentes.

O contado com as folhas de de-terminadas arvores (ortigas) a pt«cada de certos insetos, certos ali-mentos (ovos, queijo, chocolate,peixe, carne de porco, etc, algunsmedicamentos (cloral, antipirina,salol, etc.) são causas freqüentesde urticaria. Além dessas já fala-mos nas injeções de soro e outras.

Fora dessas causas, as urticariassão cm geral produzidas pela auto-intoxicação intestinal. São as criar:-ças que sofrenrou de prisão de ven-tre ou de outras perturbações in-testinais as mais sujeitas a C5í.\smanifestações pruriginosas da pele.As mães, muitas vezes se assustammuito, porque, repentinamente ape-rece o filhinho todo vermelho secocando muito, ora com febre oracom o estado geral perturbado (vo-mitos, dor dc cabeça, mal estar,etc.).

EQ_s pensam em sarampo ou emcoisas mais graves, chamando, nãoraro, o medico ás pressas. Feliz-mente, porém, as urticarias não sãograves, são mesmo, benignas c deduração efêmera.

Existe uma variedade de urtica-ria, muito freqüente nas criançasaté quatro anos chamada urticariapapulosa. E' unia pequena elevaçãoda pele do tamanho duma cabeçade alfinete com uma bo-tãzinha ouvesicula no ápice. Estas urticarias

- papulosas são muito pruriginosas eaparecem com mais freqüência nascostas, no ventre e nas pernas, orosto em regra é poupado.

CORRESPONDÊNCIAvemos corrigir os erros alimentaresque por acaso existam, ao mesmotempo que iniciamos o tratamentolocal — lavagens com álcool timo-lado a um por cento. As coceirassão abrandadas com talco saliciladoa um por cento ou com aplicaçõesde agita cloroformada, etc. O trata*mento geral será feito por meio dos¦"'"*¦ ¦-^¦-«•^^r' ¦IIIHBim !¦ 1 _¦¦ _¦!¦_¦¦! ——I

O GRANDE LIVROAssim como O TICO-TICO é

a única revista no gênero quíencerrra todos os requisitos pararecrear e educar a criança, o seuAlmanaque contém, como nãopodia deixar de ser, um reposi-torio vasto dos mais úteis ensi-namentos. E' ele o brinde cobi-çado por todas as crianças. Esteano essa útil publicação vai ex-ceder, quer na sua confecçãomaterial, quer no copioso e edu-cativo texto, a dos anos anterio-res. As mais belas historias dcfadas, os mais lindos brinquedosde armar, comédias, versos, bis-torias, conterá o primoroso AL*MANAQUE DO TICO-TICOpara 1932, a sair em Dezembro,nas proximidades do Natal.

Cada pagina desse lindo anua-rio é um beneficio á infância,pois encerrará proveitos apre-ciaveis ao espirito dos pequeni-nos leitores.

MME. A. DE FREITAS (Rio)'— Não continue a pingar esses re*médios que não foram receitadospor especialista. Seu filhinho nãotem melhorado? Leve-o a um cs-peciali.-ta de olhos.

MME AIDA B. (Rio) — Fa*ça injeções de Pcrtussol. Os xaro-pes não dão resultado. A criançanão deve ficar tão presa em casa;a vida ao ar livre oferece maioresvantagens.;

AVISO — As consultas sohre regi*tr.es alimentares e doenças das crian-ças podem ser dirigidas ou para o con*saltorio ou para a resid;ucia do

DR. OCTAVIO ANÜELO DA VEIGA

Director do Instituto Pasteur do Rio dcJaneiro. Dos Consultórios de Higiene In-fantil (D. N. S. P.) Medico da Crèchsda Casa dos Expostos. Especialidade: Do-cr.ças das Crianças — Regimes alimen-tares. Residência: Rua Jardim Botânico.-174 — Telefone 6-0.127 — Consultório:Rua da Assembléa. 87 — Telefone 2-20012as, 4.as c 6.as — De 4 ás C horas.,

O FERROO ferro desempenha um pa;>c*

muito mais importante do que seencontra-se em toda a

parte, Na terra caem acrolitos deferro quasi puro. O espetroscopiomostra-::o- que o ha nas estrelas'"ais loi ; a duodecima par*te da crosta terrestre é tambémferro; o pó das entradas está mi;*tttrado cor.: ferro, e ferro ha iguaí*mente no ar que respiramos, r.aágua que bebemos e nos alimentosque tomamos; é, finalmente, o grau-di colorista da Natureza, e dá acôr vermelha ao nosso sangue.

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18 — Novembro —1901 m- 29 — O TICO-TICO

RESULTADO DO CONCURSO NU-MERO 3.591

// 013^A solução cxacta do concurso

Solucionistas: Ebcnczar Fernandes.Jenny Cony, Vanúii G. Fagundes, Octa-eilio G. Fontana,- Nathalia de C. Simas,Orlando C. Mattos, Maria Nilda ClcberBonccker, Oswaldo Cavinato. Hermcnc-gildo Adami» João Blocdan, TherezinhaCorrêa Leonel, Leonardo Miotti, HaydéeAlves Cardoso, Renor Gouveia, IvcttcSachinello, Jasson Vieira, Affonso Vahia,Marina Vaz Lima, Maria José Cavai-canti, Adalberto Ferreira Dias, LauroCotias, José Ferreira, Jair L. Guimarães,Oswaldo Cândido de Souza, Annelise-Xormann, Fernando Pacheco, GeraldoMayella, Etcl Translatti, Débora Cavai-canti, Manoel Morgado, Dylson B. Drn-mond, Américo Florcntino, Flavio .M.May, João M. Cardoso, Cláudio Emma-noel Corrêa Lima, Amadeu Rcmello»Vssiel Miranda Ferraz, Tliaira C. Rihei-fo» Jorge Rugard Bcrcht, SebastiãoBotto Barros, Diva Vassallo, Luiz Mon-teiro, Celcuis Vieira, Milton BarrosoCampos, Maria Nascimento, Maria He-lena Pereira, Roberto Schacfcr, Qswal-<!o Lemos Santos, Silva Araújo, Edu-ardo Barreiros Lima, Luiz Geraldo M.Nunes, Laura Lopes Santo-, AntoniqPimentel, Maria Apparecida Bastos, Ay-rcs Castello. Sebastião G. Alvarenga,José Nelson Méa, Américo Gomesda Silveira, Luiz Geraldo M. Nunc-.Ruth Garcia, Pedro N. da Rocha, Yvon-

ne de Souza Ribeiro, Alzira Mendes daSilva, Nilza Alves Nunes, Maria F. Cr.m-pello, Odevaldo Cardoso Botto, Hélio.S. de Oliveira» José Maurício CardosoBotto, Eneida dc Mello Barbosa, Ma-noel Vieira Roto. Cclia Velloso, Walky-ria dos Santos, Mynan de Souza Lopes,Geraldo Leite Cintra, Nicia Andrade,Alberto Lopes Filho, Antônio Salgado.Paulo S. Keula Santos, Raul Costa Fi-lho, Eber Renault, Dulce de Barres, An-tonio Marques da Cunha, Walter Pires

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CANTIGAS DE QUANDO EU ERA PEQUENINAde

CRIÇAO ilc BAHKOS BARRETOcm todas as boas livrarir?

Farias, Gustavo Joppert Filho, Acir Ba-nmgratz, Maurício Guanabara, JoãoPaganOi Geraldo Rocha, Frederico Ah-tonio Pinto, Maria de Lourdes Maga-lb.ãcs, Jorge Lian Miliíão, Léa Soare*Ferreira, Roberto de Britto Pereira,Francico Brevigteiro," João Roberto,Luiz dc Lucca, Paulo Ilté, Antônio Au-gustò Gaspar, Nilza Braga, Hclitúri Mot-ta Haydt, Walter Martins, Bracir.::iBraccini, Luiza Fattori Georgino, Cor-rêa Rodrigues, Therezinha Cabral deMello, Naly Garcia, José Alia:: Dias.Carlos Augusto G. Lopes, Ruy de Pau-Io Leite, Luiz P. Netto, Sebastião d*An-gelo Castanheiro, Alcides Duque Estra-da, Edmundo Sodré, Duke Ferreira, Al-ínyr Sá dos Santos. Epitácio Alexandre.José da Cruz Vital, Martinho Lopes.Rubem Dias Leal, Luciola de Oliveira.Helena Cavalcanti, Paulo Rendy, WaldaPereira, Odorico Pires Pinto, Jo.". >Evaldo Marques, Urandy Vieira de Sou-za, Ary Domingo Levino de Souza, Ni-colau Dionio, José dc Araújo, Jcsé Moa-cyr Paiva, Oswaldo Diosio, Maria Tfie-reza, Lopes, Rubem Aguiar Bittencourt.Júlio Paulo Ferreira.

Foi premiado, com um lindo livro dehistorias infantis o concurrente:

Sebastião Botto de Barros

dc 6 annos de idade e morador á n-.ado Lagarto n. 198. cm Aracaju, Eí::'..odc Sergipe. •

RESULTADO DO CONCURSOMERO -3.594

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-ias certas

Ia — Tcrii.2* — Regato.3" — Orava4a — Sala.5a — Caneta.

PÍLULAS

ÜF1LULAS DE PAPAINA E PODO*FHYI.INA)

_ Empregadas coin suecesso nas moles-tias do estômago» figado ou intestino».Essas pílulas» além de tônicas, sio indi-cadas nas dyspepsias, dores de cabeça,moléstias do figado e prisão de ventre.São uni poderoso digestivo e regulari-zador das funeções gastro-intestinae».

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O TICO-TICO 30 18 —Novembro ---"1931

Soliicionistas: Napoleão Maria Co-mes, Celi Araujo, Léa Acquerone, Er-nesto Milanesi, Eduardo Barreiro de Li-ma, Rubem Dias Leal, Thaisa Costa Ri-beiro, Emmanoel Corrêa Lima, Alda Vi-eira da Rosa, Fernando Octavio, Syl-vette Mendonça de Freitas, Hélio Fer-reira Mendes, Napoleão Braga dos San-tos, Barbara Malindade da Silva, CletoRaia da Silva, Maria Luiza Cotia, JoséMauricio Cardoso, Natalina Ramos, JoséAraujo Pinheiro, Herculano M. Borges,Myriau de Souza Lopes, Jair Wanick de.Souza, Erminia Ruisecco, Francisco S.Leite Cintra, Débora Cavalcanti, Mauri-cio Guanabara, Cecilia A. Lima, Ruy dePaula Leite, Ilcrmcncgiklo Adini deCarvalho, Álvaro Coelho, Aecidio No-vaes, Maria do Carmo Carneiro, Rcuáda Silva Fernandes, Edmin Paul Tavcs.Nice Santos, Mauricio Guanabara, LuizCarlos Wendcl, Avelino Rodrigues Net-to, Francisco Mozeleshi, José Maria B.da Fonseca, Luiz Rios de Menezes, Rey-naldo Mello Moraes, Vcnizcllos Dralc-laquci. Wallcr Martins. Neusa Perma.Jorge Feres Lian, Dhalia Horta, MariaCândida Pcnido.. Preginy Tovar, CléaCampos, Francisco Xavier, Musa d'An-gelo Castanheiro, Maria Thereza Casta-nheiro, Sebastião d'Angelo Castanheiro.Thcophilo de Souza, Antônio Augusto,Nilza Fialho. Maria de Lourdes Maga-lhães, Acio Eeam-rratz, Watltuie Bitten-court, Roberto de Britto Pereira, Dulcede Barros Falcão, Tnpy Corrêa Porto,João Ferreira Silvestre, Levino de Sou-za, Képler Santos, Francisco Veras.Adamo Schacair, Celio Frederico Ban-deira, Raymundo Mendonça Tibau, \ i-riato Freitas, Diva Maria das Neves,Iracy F. da Costa, Lúcio de Araujo Mel-ra, Oswaldo Cândido de Souza, LéoSoares Ferreira, /Jed da Mathias Netto,•José Geraldo B. de Almeida, Lilian Bor-ges Cruz, Joaquim Cardoso de Andrade,Álvaro Alves da Faria, Nina Vaz Lima,Alberto Guimarães, João Baptista daAndrés Ribeira, Renato Marques daCunha, Dalva Feijó, Leonardo Miotti.Dylson B. Drumond, Ildelindo M. deCarvalho, Dulce Guimarães Peres, Ame-rico Florentino, Walkyria dos Santos'Mello, Wilson Nogueira, Raul CostaFilho, Tordeliz Zaltar, Ângelo Torres,-Manoel Botelho, José Alfredo Caetano.Adelea de Oliveira, Eliete de Carvalho,

A iWÇAMEAÇAVOSSOS"ÍLHOS

uimomillina% c.W-P.M-SS010 9U5 EVITA. |jo-a,CAST«0*£NtERIT.. FESíta /lnsoninl.,Di_rr|Ma-go]ic.s; tiV -VI

Isa Braga N. da Gama, Haydée VieiraAgnez, Marilia Martins Amaral, JoséAlberto Giannasio, João Baptista daSilva, Maria Luiza Cavalcanti, MarcosMonte Lima.

Foi premiada, com um rico livro de• historias infantis, a concurrente

Cléa Campos de Albuquerque

de 9 anos de idade e moradora á ruaBarão de S. Borja u. 57, nesta Capital.

OOKCURSO N. 3*.60.t

r.MiA js u-.iTonr.s desta _ati¥a_ Z dos

ESTADOS rn.0XI.MOS

Perguntes-,

V — Qual é o nome de homem que éflor?

(3 sílabas).Valdir Santos.

ir \âí\. #*^-5^ 'íí ¦ í

503N.aã: SQTiagia!sojiaqca _op tp<Snb;3J,uá

aniWàdnsS3ÜGNVX31Vliiii

2' — Qua] o sobrenome que é abrigomarítimo ?

ii lila)De mesmo.

3* — Qual é o movei f. : , f|„t-do e pe'o nome de homem?

(4 silalJaír Pimentel.

A' renda e:n !ol«* as p!iari>nc:a».

4* — Qua! o sinal de pontuação forma-Io infinito de verbo c peto pecado

mortal ?(3 silabas*).

José A. Ma:'

5* — Qua' r> sobrenome tormado peiiadjetivo aualificativo e pelo advet!.i. (L*tempo?

(3 sílabas).N.--tr W

TENDES FERIDAS, ESPf-NHAS. MANCHAS, ULCE-RAS. ECZEMAS, emfim qual-quer moléstia de origem SY-

PHILITICA?usae o poderoso

Elixir de Nogueira

do Pharmc» áiSBIfc C h i m i c oI -__j.-.oB

João da FÉ*! Silva Sil-

veira

GRANDEDEPURATIVO DO SANGUE

Vinho CreosotadoDo Pharm. Chim.

João da Silva SilveiraPODEROSO FORTI-FICANTE PARA OSANÊMICOS E PE-

PAUPERADOS.Empregado com sue-cesso nas Tosses,Bronchites e Fraqueza

Geral.

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As soluções devem ser enviadas á reda-Cão d'0 TICO-TICO, devidamente assina-das, separadas das de outros quaisquerconcursos e ainda acompanhadas do valeque vai publicado a seguir e iem o n3.006.

Tara este concurso, que esrá encerradeno dia 11 de Dszcmbro vindouro, daremoscomo premio, por sorte, entre as soluçõescertas, um rtrTO de historias infantis.

1»AJR..A. OCONODllfO

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is —- Noveiiilfa. — 19:jj — 31 —

CONCURSO N. 3.605

r.\nà os LEITORES ni:sv.\ c.\rií.\i. ic dos e$Tad<

^P^l\\ ^"íí m9^s-^-ml **S^' V**

B_k\ /^^^fe^ ^_k. V n_S •¦^ ^BBBwH h9

Ura concurso fácil, o de hoje. Rccor- no dia 15 de Dezembro, da'c<r.o -erno pre-tem os pedaços do ''clichê" acima e for- n-'o.-por so**te ?ntr? as foujõcs ccrLas,mera com eles a figura de um leão e um uni rice livro dt lii*-o-a- mim scordeiro.

As soluções devem ser enviadas á reda-Ção d'0 TICO-TICO, separadas das de°utros quaisquer concursos e acompanha-das, não só do vale que vai publicado aseguir e tem o n. 3.605 como também da•"issinatura. declaração de idade e residen-Cia ('o conuurenlc.

pain este concurso que será encerrado

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O TICO-TICO

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Assim como O TICO-TICO ca ttliicij revista no gênero queencerra todos os requisitos horarecrear e educar a criançaimpcHAlmanaque contem, como «u. po-dia deixar de ser, um repositório¦vasio dos mais ulcis cnsinamen-fios. li' cie o brinde cobiçado portodas as crianças. Este ano essaii li! publicação -vai excedei-, querna sua cAifcceão material, querno copioso c educativo texto, ados anos anteriores. As muijbelas histórias de fadas, oslindos brinquedos de armar, co-médias, versos, his/órias. conteráo primoroso A L M A K A QUED'0 TICO-TICO para 193-, a

sair em Dezéfítoro.«-

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Todos Us Senhoras São Interessadas... JI UM lEMI PIU 0 li

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A data de 15 de Novembro c uma data política,que serviu para reformar o regimen de governo quefoi instituído depois de nossa independência.

Como deveis saber, o BrasíJ descoberto em 1500por Pedro Alvares Cabral, fez sua independência a 7de. Setembro de 1822, organizando-se o país pofitica*mente tomo Império Constitucional.

Assim se conservou, mantendo o previlegio áe umafamilia para reinar, até 15 de Novembro de 1889,quando uma revolução, que já havia conquistado ccoração e a consciência de fódOs os bons brasileiro?,fez desaparecer o regimen írionardjuico e surgir a Re-publica.

/. Republica é o regimen democrático da liberdadee com o qual o povo tvm o direito de se governar a simesmo, não só elegendo pela sua livre escolha e pre-sidente da Republica, que é o chefe do Poder K\-e-cutivo, como também os deputados e senadores quecoristitdem o Poder Legislativo

Precisamos bem compreender estas coisa-, paraque assim a nação entre na posse de si mesma.

Jayme Augusto (S anos de idade)

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HTi rr_M__________i___n_L n , ., __.i__a__r_1»^

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Chiquinho alugou dois jumentos no Jardim Zoologi- Cnegando lá, deixaram os burricos sob .i"guarda deto e foi á Penha. Acompanharam-no Benjamim e Jasunn.' um barraqueiro e pu2eram-se a caminho a p«L

Encontraram logo adiante um casal brigando, ven-do-se ao lado, ainda, a toalha com os restos «4o festirru«-t.

-v- a T '¦ • •« - .'!'. i '" ¦' ii-_—————— iiiiim-m" ií ¦ i—ul_jP

_¦ -__-_-__:->—/__> l_Scí «----____, S * wfi> "*-i i - . >, __,,„, ,,-m-T-r-rr dois pratos e muitas garrafas vasbs. O homem batiana mulher levado pelos efeitos do álcool. Acjiaflt-routrosembriagados. —- Sabes quem são eles? .

Pala daqueles meninos aleijadinhos que passam ra em.asa. E aquele que está ali. é pai do João. o menino quesofre de ataques epüéticas,

Chiquinho voltou horrorizado, encontrando uma leva'de desgraçados que regressavam da Penha bebedos, aos '«]boliks. Ee.taiUQsna "semana.contra o^akocd-smc—.—,.