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O Sistema Internacional de Propriedade Intelectual: Dinâmica de Proteção e Comercialização Beatriz Amorim-Borher Escritório da OMPI no Brasil 29 de outubro, 2013

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O Sistema Internacional de

Propriedade Intelectual: Dinâmica

de Proteção e Comercialização

Beatriz Amorim-Borher

Escritório da OMPI no Brasil

29 de outubro, 2013

Propriedade Intelectual - antecedentes

• 1469: Feudo de Veneza passa a conceder a inventores exclusividade de exploração de seus inventos por um período de 5 anos

• Século XVI - O Papa Leão X concede a Ariosto direitos de autor pela obra Orlando Furioso

• Organização formal:

– 1623 - Estatuto do Monopólio - Inglaterra

– 1787 - Constituição dos EUA: cláusula sobre proteção a inventos e copyright

– 1790 - EUA: Lei sobre patentes e sobre direitos autorais. Secretario de Estado Thomas Jefferson - responsável pelo sistema

–“(... Lincoln) foi funileiro, trabalhou como agrimensor e detinha a patente de um invento para retirar balsas dos bancos de areia do rio Mississippi. ...” Afirmou que os fatos “mais importantes para o progresso da civilização (haviam sido) a escrita... a imprensa, a descoberta da América e a criação das leis de patentes”

Fonte: Di Blasi, Gabriel, A Propriedade Industrial: os sistemas de marcas, patentes e

desenhos industriais, Rio de Janeiro, Forense, 2005.

Morris, Charles. Os Magnatas. Porto Alegre, RS, L&PM, 2006 WiIPO - Beatriz Amorim, 2013

• Lei sobre Patentes: 1791 - França; 1890 - Suiça; 1810 Áustria -; 1812 - Rússia -; 1837 - Portugal, etc

• Brasil: Concessão de privilégios a inventores - Alvará de 1809, do Príncipe Regente D. João VI

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Propriedade Intelectual - antecedentes

A Revolução Industrial e a intensificação das relações

comerciais entres continentes demandou a

estruturação de regras internacionais.

International Exhibition of Inventions (Vienna, 1873)

Exibidores internacionais se recusaram em participar – receio de que suas idéias fossem ser roubadas e exploradas comercialmente em outros países

Primeiros Grandes Tratados Internacional em PI:

Convenção da União de Paris (1883): Proteção da Propriedade Industrial

Convenção de Berna (1886): Direitos de Autor

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Propriedade Intelectual - antecedentes

• Nesse contexto, os profissionais que conduziram e

protagonizaram a estruturação de regras e que lideraram a

implementação do sistema tinham, em sua maioria, formação

jurídica.

• 1893 - Escritório da União Internacional para a Proteção da

Propriedade Intelectual (BIRPI)

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Propriedade Intelectual - antecedentes

A Organização Mundial da Propriedade Intelectual - OMPI

• 1970: Organização Inter-Governamental;

• 1974: Agência Especializada das Nações Unidas

• 185 estados membros - 25 tratados

•Missão: Promover inovação e criatividade para o desenvolvimento sócio-econômico de todos os países, por meio de um sistema de propriedade intelectual balanceado e efetivo

•Quatro linhas de ação: 1. Serviços (gestão de registros internacionais); 2. Marco legal; 3. Infraestrutura; 4. Desenvolvimento

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•Apesar da crise econômica, o PCT apresentou um crescimento de 6,6% de 2011 à 2012 (crescimento do ano anterior – 11%) •Probabilidade alta de que a China passe a Alemanha em breve nos depósitos PCT •Entre 2009 e 2011, os depósitos de patentes no SIPO (China) cresceram mais de 70%. •Nos cem anos anteriores, as três primeiras posições foram de três Escritórios – EUA, Japão e Alemanha

Inovação: movimento dinâmico

Deslocamento geográfico

Em 1994, quando o Acordo TRIPS foi concluido, o sudeste asiático –

Japão e Coréia – contava com 7,6% dos pedidos internacionais de

patentes. Em 2010, essa Região apresentou 26,2% do total de pedidos.

Os INPIs dos mencionados países asiáticos figuram entre os cinco

maiores institutos do mundo em termos de volume de solicitações. A Ásia,

de maneira geral, conta agora com 45% dos profissionais com graduação

em ciência, tecnologia e engenharia no mundo. A indústria de software na

India cresceu de $ 1.2 bilhões em 1995 para $60 bilhões em 2010.

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Sr. Francis Gurry, Diretor Geral da OMPI, ressalta que “embora deva-se ter cuidado ao utilizar estatísticas de depósito de patentes como indicador de comparação entre países, esses dados, de qualquer modo, refletem como a geografia da inovação tem-se alterado.” www.wipo.int

• Primeiro “boom” (1983-89) – volume cresceu em 29%. Restrito a dois Escritórios (JPO; USPTO)

• Segundo “boom” (1995-08) – volume cresceu em 85.6%. Mais Escritórios (+SIPO; KIPO; JPO; USPTO; EPO)

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Crescimento total do número de patentes: possíveis razões

1. Intensificação do comércio externo e internacionalização das empresas (solicitações múltiplas)

2. Progresso tecnológico acelerado (surgimento de grande variações de tecnologias)

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Crescimento total do número de patentes: possíveis razões

3. Mudança na dinâmica dos sistemas de inovação e, nesse contexto, nas estratégias de patenteamento das empresas e outros atores (Inovação Aberta)

Movimento na forma de inovar – colaboração intensa

GE, IBM, L’Oreal , Microsoft, Simmens no Rio de Janeiro

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A expansão da internacionalização das atividades de P&D de empresas americanas levaram o Governo dos EUA a refletir sobre algumas questões, entre elas: qual o nível de segurança legal em termos de proteção dos direitos de PI e quais os critérios de prioridade utilizados no caso de depósito de patentes? (Globalization of Science and Engineering

Research 2012, National Science Foundation, www.nsf.gov/statistics)

Quais as preocupações dos Governos dos

países emergentes/receptores de investimentos?

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Uma Mudança de Paradigma: Era do Conhecimento

• Conhecimento passa a ser elemento central para a competitividade

• Governos passam a estabelecer políticas específicas para o desenvolvimento tecnológico

• Intangíveis passam a ser os ativos mais valiosos das empresas

• Recursos Humanos capacitados e capital Intelectual - elementos centrais nas estratégias de inovação de Estados e empresas

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Acordos de Colaboração e Desenvolvimento de Tecnologia

Prestação de Serviços de Pesquisa – Parte A desenvolve pesquisa

para Parte B em troca de remuneração. Parte A é titular da PI Pesquisa Patrocinada —Patrocinador financia um programa de

pesquisa na universidade, que por sua vez provê o capital humano, mas há uma colaboração intelectual limitada. Universidade e patrocinador (no caso dos Brasil) negociam titularidade da PI. Nos EUA, universidade tem a titularidade da PI gerada.

Licenciamento – direito ao uso de PI gerado pelo titular. Desenvolvimento Tecnológico – Quando dois ou mais atores

combinam suas competências de engenharia e/ou científica para conduzir pesquisa aplicada e/ou desenvolver novas soluções

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Cannady, Cynthia (2013), Technology Licensing and Development Agreements, Oxford University Press

FORMAÇÃO DE GESTORES DE TECNOLOGIA E PI NO BRASIL

PARCERIAS COM A OMPI

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Seis edições no Brasil em parceria com várias instituições: - INPI, FINEP, PUC-Rio, Petrobrás, Rede de Tecnologia do RJ, FIEBA, Versões setoriais

Algumas empresas que participaram do

programa: EMBRAER, Vale, Petrobrás,

Brasken, Natura, Ouro Fino, Biobrás,

EMBRAPA, EMBRACO, FURNAS,

CODEVASF, ELETROBRÁS, Biobrás,

entre outras

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Licenciamento de Tecnologia e Acordos de Colaboração

CURSO DE LICENCIAMENTO EM 2005 - PRIMEIRA EDIÇÃO -

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EDIÇÃO EM BIOTECNOLOGIA 2008,

(PUC-RIO)

Grande demanda para

participação no programa

Três edições do programa no

Brasil, duas delas na PUC-RJ

Uma parte presencial e outra

à distância

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Poucos redatores em economias emergentes Perfil técnico para redação das revindicações, mas trabalho conjunto final com advogados para adequação às fronteiras e possibilidades legais

ALGUMAS ATIVIDADES PLANEJADAS PARA 2014

• Workshop sobre Prospecção em Documentos de Patentes

• Comercialização de PI em Economias Emergentes (IP BRICS)

• Curso de Licenciamento de Tecnologia – módulo da OMPI/STL

• Workshop sobre Acordos de Colaboração e Desenvolvimento de Tecnologia

• Administração e adaptação de outros módulos de cursos à distância

• Treinamento em mediação e arbitragem voltado para casos de TT

• PI para Exportadores: o usos do sistema de registro internacional

• A Relevância Estratégica de Proteção do Desenho Industrial para Competitividade Empresarial

• O Registro de Indicação Geográfica para Agregação de Valor e Desenvolvimento Regional

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ENSINO À DISTÂNCIA CURSOS INTRODUTÓRIOS E ESPECIALIZADOS (DISPONÍVEIS EM

PORTUGUÊS)

– DL001 Introdução ao curso inicial de PI

– DL101 Curso Geral de PI

• Versão em português, adaptada à legislação brasileira – administrada pelo INPI (1° edição – 2369; 2° edição 2464)

– Curso de ensino à distância sobre o PCT- Introdução

– DL201 Direitos Autorais e Direitos Conexos

– DL202 Comércio Eletrônico e PI

– DL204 Biotecnologia e PI

– DL301 Patentes

– DL302 Marcas, Desenhos Industriais e Indicações Geográficas

– DL317 Procedimentos de Arbitragem e Mediação de acordo com as Regras da OMPI

ENSINO À DISTÂNCIA CURSOS AVANÇADOS

(DISPONÍVEIS EM INGLÊS)

– DL318 Patent Information Search

– DL320 Basics of Patent Drafting

– DL401 Managing Intellectual Property in the Book Publishing Industry

– DL450 Intellectual Property Management

Obrigada!

Tel: 21 21034621

Escritório da OMPI no Brasil

[email protected]